PORTUGAL: ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E...
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PORTUGAL: ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO
Regiões Portuguesas no Contexto Europeu
LetóniaLituânia
Polónia
Eslováquia
Hungria
Chipre
MaltaEslovénia
Holanda
França
Reino Unido
Grécia
Espanha
Estónia
Irlanda
República Checa
Portugal
SuéciaBélgicaItália
AustriaAlemanha
Dinamarca
Finlândia
25
50
75
100
125
0 25 50 75 100 125 150PIB p/capita em € (UE15=100)
[a dimensão económica do país (PIB, €) é representada pela dimensão da "bolha"]
PIB
p/c
apita
em
PPC
As Economias Nacionais na Europa Alargada(PIB per capita, UE-15 = 100, período do QCA III QCA III –– 20002000--20062006)
Fonte: Mateus (2005)
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A Combinação Nacional dos Níveis de Desenvolvimento Regional(Peso das Regiões por Nível de PIB per capita em % da População, 2002)
0%
25%
50%
75%
100%
DK LU IE NL IT AT FI UK BE ES DE FR PT SE CZ SK EL CY HU SI EE LV LT MT PL
PIBpc > UE15 PIBpc > UE25 e < UE15 PIBpc > 75% UE 15 e < UE25 PIBpc >75% UE25 e < 75% UE15 PIBpc < 75% UE25
Fonte: Mateus (2005)
O Papel dos Fundos Estruturaisno desenvolvimento das regiões
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Desde meados dos anos 1980, a importância dos Fundos Estruturais nas políticas de desenvolvimento (estrutural e coesão) não tem parado de aumentar:
Representam mais de 1/3 do orçamentocomunitário0.37% do PIB da UEE uma percentagem considerável do PIB em
determinados países (3.5% em Portugal, Grécia e Irlanda) e 5% nos Açores e Madeira)É a segunda área de política comunitária (atrás da
PAC)
Fonte: Rodriguez-Pose and Fratesi (2004)
http://europa.eu.int/comm/regional_policy/funds/prord/guide/euro2000-2006_en.htm
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http://europa.eu.int/comm/regional_policy/funds/procf/cf_en.htm
• Cohesion Fund• Member States whose GNI (Gross National Income) is lower than 90% of the EU average
can benefit from cohesion fund: that is all the regions of the following countries:
• Convergence objective• Regions at level 2 of the NUTS classification whose GDP (Gross Domestic Product) per
inhabitant is less than 75% of the Community average are eligible for funding under theConvergence objective
• A phasing-out system is granted to those regions which would have been eligible for fundingunder the Convergence objective if the threshold of 75% of GDP had been calculated for theEU at 15 and not at 25:
• Regional competitiveness and employment objective• All regions which are not covered by the Convergence objective or by the transitional
assistance (NUTS 1 or NUTS 2 regions depending on the Member States) are eligible for funding under the competitiveness and employment objective.
• A phasing-in system is granted until 2013 to NUTS 2 regions which were covered by theformer Objective 1 but whose GDP exceeds 75% of the average GDP of the EU-15.
• European territorial cooperation objective• Cross-border cooperation addresses NUTS level 3 regions along all internal land borders
and certain external land borders and all NUTS level 3 regions along maritime bordersseparated by a maximum distance of 150km.
• For transnational cooperation: the list was adopted by the Commission in its decision of 31 October 2006
• For interregional cooperation: all regions in Europe are eligible.
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http://ec.europa.eu/regional_policy
0.1
0.12
0.14
0.16
0.18
0.2
0.22
0.24
0.26
0.28
0.3
1988
1989
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
Stan
dard
dev
iatio
n
EU15 (excluding Germany)
Greece
Italy
Portugal
Spain
Fonte: Rodriguez-Pose and Fratesi (2004)
Mas a convergência económicapraticamente parou após a reforma dos Fundos Estruturais de 1989
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Portugal• Crescimento do PIBpc em 1,76 X entre 1985 e 2000
• Imigrantes, população feminina e idosa foramessenciais apra o crescimento da taxa de actividade, que compensou ganhos menos significativos naconvergência da produtividade ao nível europeu
• Crescimento económico baseou-se essencialmentenos bens e serviços não transaccionáveis e no sector financeiro. A exportação de bens e serviços diminuiude 33% em 1986-91 para 30% em 1995-2000 do total PIB em Portugal
• Forte integração de Portugal no espaço económicoibérico
Quatro períodos do processo de convergênciaeconómica
1. Convergência real entre 1986 e 1992, resultante de fluxoselevados de IDE, Fundos Estruturais do I QCA (1989-1993) e dadinâmica de exportações
2. Abrandamento do crescimento económico entre 1992 e 1993 devido à recessão das economias dos mercados dos paíseseuropeus mais avançados
3. Convergência real entre 1994 e 1999 como resultado do crescimento das exportações, controlo das importações, crescimento da produtividade, diminuição da inflação e da taxa de juro e processo de integração monetária (EMU e EURO)
4. Abrandamento da convergência desde 2000 e crescimentodivergente (alargamento a Leste...)
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Source: Eurostat
0
20
40
60
80
100
120
140
1988 1990 1995 2000 2003
GD
P pe
r hea
d (P
PS),
EU-1
5=10
0
EL E IRL P
Convergência Real nos Países da Coesão, 1988-2003
Aspectos positivos da integração europeia:
• Estímulo ao crescimento económico e bem-estar• Expansão e inovação da base económica (automóvel,
turismo, ...)• Modernização das infra-estruturas e melhoria dos níveis
de acessibilidade
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Aspectos menos positivos:
• Cortes da despesa pública (Pacto de Estabilidade e Crescimento) afectam crescimento económico
• Dificuldades de ajustamento estrutural em regiões com especialização em actividades tradicionais (agricultura, pesca, têxtil,...)
• Quase não se produziram efeitos na correcção das assimetrias regionais em Portugal
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
%
A B C D E F G H I J K L M N O P
NORTE
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
A B C D E F G H I J K L M N O P
CENTRO
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
A B C D E F G H I J K L M N O P
LVT
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
A B C D E F G H I J K L M N O P
ALENTEJO
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
A B C D E F G H I J K L M N O P
ALGARVE
Other servicesPHotels and restaurantsH
Social and personnel ServicesORetail and distributionG
HealthNConstructionF
EducationMElectricity, gas and waterE
Public administration and defenceLManufacturing industriesD
Real Estate and business services
KMining and quarryingC
FinanceJFishingB
Transport and communicationIAgriculture and forestryA
Gross Value Added Structure by region (compared with National Structure), 1999
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Fonte: Vale (2005)
Competitive clusters
Science & Technology Infrastructure
Fonte: Vale, 2004
AUTOEUROPA
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Os Eixos Estruturantes do Conceito de Competitividade
(Organização e Gestão Empresarial, Progresso Tecnológico)
Produtividade / “Cadeia de valor”
Nível de Vida / “Coesão” / “Sustentabilidade”
(Políticas Públicas, Regulação, Regime de Crescimento, Inserção Internacional)
(Dinâmica de Especialização)(Factores Chave na Concorrência )
[infra-estruturas e serviços suporte]
(Aglomeração – Cooperação)(Dinâmica de Inovação)
Envolvente Mesoeconómica
FundamentosMicroeconómicos
Eixos estruturantesdo conceito de
Competitividade
PerformanceMacroeconómica
“Sector”
“Região”
“Cluster”
Fonte: Mateus (2005)
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A noção de “coesão territorial” adoptada valoriza o “território” como espaço privilegiado de integração de comportamentos, centrando-se na maior ou menor capacidade de um território (país, região) conseguir equilibrar o desenvolvimento dos processos de construção de uma economia competitiva e de uma sociedade coesa”.
A “coesão territorial”, na construção europeia, corresponde, assim, à valorização da articulação entre políticas sectoriais e regionais, quer na dotação de recursos e infra-estruturas, quer na promoção dos factores territoriais da competitividade.
O ponto de partidaA “Coesão Territorial”
Fonte: Mateus (2005)
A Competitividade e Coesão TerritorialCompetitividade e Coesão Territorial das Regiões Portuguesas(os rankings globais no índice sintético em 2000-2002)
Minho-Lima
Cávado Alto Trás -os-Montes
Ave
TâmegaGrande Porto
Entre Douro e Vouga
Douro
Serrada
Estrela
Dão-LafõesBeira
InteriorNorte
BaixoVouga
Cova da Beira
BaixoMondego
PinhalInteriorNorte
Pinhal Interior
Sul
BeiraInterior
Sul
PinhalLitoral
Médio Tejo
Região Autónoma dos Açores
Alto AlentejoOesteLezíria
doTejo
Grande Lisboa
Península de Setúbal Alentejo Central
AlentejoLitoral
Baixo AlentejoRegião Autónoma da Madeira
Algarve
N
40 0 40 Km
ISCCT> 120] 100 ; 120 ]] 80 ; 100 ]] 60 ; 80 ]< 60
44,4
50,3
51,1
52,8
59,6
59,8
62,9
63,8
65,5
67,2
68,1
71,3
71,7
76,3
77,7
77,8
81,5
83,4
84,3
84,7
89,7
94,3
94,3
97,4
99,3
100,9
109,5
115,8
126,7
155,8
0 25 50 75 100 125 150
Alto Trás-os-Montes
Pinhal Interior Sul
Tâmega
Douro
REGIÃO dos AÇORES
Serra da Estrela
Minho-Lima
Pinhal Interior Norte
Baixo Alentejo
Cova da Beira
Beira Interior Norte
Dão-Lafões
Ave
Alto Alentejo
REGIÃO da MADEIRA
Cávado
Médio Tejo
Oeste
Beira Interior Sul
Alentejo Litoral
Entre Douro e Vouga
REGIÃO do ALGARVE
Lezíria do Tejo
Baixo Mondego
Pinhal Litoral
Alentejo Central
Baixo Vouga
Grande Porto
Península de Setúbal
Grande Lisboa
Região CENTRO
Região ALENTEJO
Região LISBOA E
VALE DO TEJO
PORTUGAL=100(Média Ponderadapela População)
1º Quartil (64,3)
3º Quartil (94,3)
Mediana (77,7)
Região NORTE
Fonte: Mateus (2005)
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Os “Mapas” da Competitividade e da Coesão das Regiões Portuguesas(índices sintéticos parciais em 2000-2002)
Minho-Lima
Cávado Alto Trás -os-Montes
Ave
TâmegaGrande Porto
Entre Douro e Vouga
Douro
Serrada
Estrela
Dão-LafõesBeira
InteriorNorte
BaixoVouga
Cova da Beira
BaixoMondego
PinhalInteriorNorte
Pinhal Interior
Sul
BeiraInterior
Sul
PinhalLitoral
Médio Tejo
Região Autónoma dos Açores
Alto AlentejoOesteLezíria
doTejo
Grande Lisboa
Península de Setúbal Alentejo Central
AlentejoLitoral
Baixo AlentejoRegião Autónoma da Madeira
Algarve
N
40 0 40 Km
IS Competitividade> 120] 100 ; 120 ]] 80 ; 100 ]] 60 ; 80 ]< 60
Minho-Lima
Cávado Alto Trás -os-Montes
Ave
TâmegaGrande Porto
Entre Douro e Vouga
Douro
Serrada
Estrela
Dão-LafõesBeira
InteriorNorte
BaixoVouga
Cova da Beira
BaixoMondego
PinhalInteriorNorte
Pinhal Interior
Sul
BeiraInterior
Sul
PinhalLitoral
Médio Tejo
Região Autónoma dos Açores
Alto AlentejoOesteLezíria
doTejo
Grande Lisboa
Península de Setúbal Alentejo Central
AlentejoLitoral
Baixo AlentejoRegião Autónoma da Madeira
Algarve
N
40 0 40 Km
IS Coesão> 120] 100 ; 120 ]] 80 ; 100 ]] 60 ; 80 ]< 60
O “Mapa” da Competitividade O “Mapa” da Coesão
Fonte: Mateus (2005)
Competitividade e Coesão nas Regiões Portuguesas(NUTS III, 2000-2002)
Minho-Lima
Tâmega
Açores
Beira Interior Sul
Beira Interior Norte
Cova Beira
Alto Alentejo
Alentejo Litoral
Pinhal Interior Norte
Serra Estrela
Baixo MondegoAlgarve
OesteMédio Tejo
Dão-Lafões
Douro Alto Trás-os-Montes
Baixo Alentejo
Pinhal Interior Sul
Lezíria Tejo
Madeira
Baixo Vouga
Alentejo Central
Ave
PinhalLitoral
Cávado
Península Setúbal
GrandePorto
Entre Douro e Vouga
Grande Lisboa
50
75
100
125
25 50 75 100 125 150 175
Indicador Sintético de Competitividade
Indi
cado
r Sin
tétic
o de
Coe
são
5
Fonte: Mateus (2005)
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A avaliação detalhada dos níveis de coesão e competitividade das regiões, se permitiu confirmar a existência de assimetrias significativas no nível de desenvolvimento económico e social, permitiu evidenciar, uma clara preponderância de situações de vulnerabilidade competitiva, para um determinadonível de coesão considerado, ou de situações de “excesso” de dotação nas condições da coesão, para um determinado nível de competitividade alcançado
Uma conclusão analítica de largo alcance práticoAs assimetrias regionais exprimem um forte
desequilíbrio na relação entre a Coesão (“Querer”) e a Competitividade (“Poder”) ...
Fonte: Mateus (2005)
O modelo concreto de desenvolvimento económico e social em acção revela, assim, uma clara tendência para a colocação da “coesão à frente da competitividade”, que pode ser mais “desejada” (opções de política pública, escolhas dos eleitores, comportamentos dos cidadãos e dos agentes económicos) ou mais “sofrida”(consequências da integração europeia e da globalização), e que compromete, no longo prazo, o próprio ritmo de crescimento económico e de melhoria do nível de vida da população.
Uma conclusão analítica de largo alcance prático... traduzido numa clara “preferência revelada”pela “segurança” da Coesão (“Equidade”) em
detrimento do “risco” da Competitividade (“Eficiência”)
Fonte: Mateus (2005)
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Os desafios de programação estruturalna lógica das regiões inovadoras e competitivas
1Aceleração do processo de renovação dos modelos empresariais, favorecendo uma maior convivência
com mercados mais internacionalizados e concorrenciais e percebendo que as políticas públicas não podem
fazer muito por actividades e modelos de negócio em declínio e fim de ciclo de vida, embora possam e
devam fazer muito pelas pessoas e territórios afectados
... favorecendo uma lógica de “destruição criadora”,sem “medo” dos riscos da reestrutruação,
da inovação e da eficiência
Fonte: Mateus (2005)
Os desafios de programação estruturalna lógica das regiões inovadoras e competitivas
2Procura de novos caminhos de uma melhor e mais efectiva articulação entre competitividade e coesão, que só podem ser obtidos através da utilização da coesão como condição
e factor de competitividade e da competitividade como suporte da consolidação da coesão
... só ao alcance de polpolííticas pticas púúblicas de base regionalblicas de base regional, adequadamente ancoradas em territórios onde se
conjugam pessoas, actividades e instituições, apoiadas por polpolííticas pticas púúblicas nacionais de base temblicas nacionais de base temáática, transversaltica, transversal,
que garantam unidade e coerência estratégicaFonte: Mateus (2005)
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Os desafios de programação estruturalna lógica das regiões inovadoras e competitivas
3
Valorizar o papel da dinâmica da especialização de actividades no crescimento económico, tendo em conta, que as variações do emprego e da produtividade reflectem movimentos complexos de conservação, renovação e inovação de tecnologias, processos e produtos, no quadro de “ciclos de vida” cada vez mais curtos
com uma incidência geográfica cada vez mais global
... importando participar de forma, também, cada vez mais precoce e qualificada, nos processos de consolidação do alargamento da Europa e da aceleração da Globalização
Fonte: Mateus (2005)