Portugal Post Maio 2009

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PORTUGAL POST Director: Mário G. M. dos Santos ANO XVI • Nº 178• Maio 2009 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718 Leia nesta edição Página 5 Página 17 Página 12 Página 15 Publicidade Emigrantes enviam 6,8 milhões de Euros por dia para Portugal Remessas Alemanha: Economia vai cair 6% e número de desempregados aumentar em um milhão em 2009. Emigrantes queixam-se de penalizações no cálculo das reformas. Entrevista Os Deolinda: ao som da língua portuguesa Dança Portuguesa dirige em Berlim melhor escola de sapateado da Europa Professores de Português no estrangeiro com maior protecção social Ibérico Import em Hamburgo Uma empresa de importação em franca expansão Comunidade organiza procissões em honra de N. Sra. de Fátima em Werl, Colónia e Hamburgo Pág. 9 Foto: G.Votel

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Portugal Post Maio 2009

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PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos

ANO XVI • Nº 178• Maio 2009 • Publicação mensal • 2.00 €

Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718

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Emigrantes enviam 6,8 milhões de Euros por dia para Portugal

Remessas

Alemanha: Economia vai cair 6% e número de desempregados aumentar em um milhão em 2009.

Emigrantes queixam-se de penalizações no cálculo das reformas.

Entrevista Os Deolinda:

ao som da línguaportuguesa

Dança Portuguesa dirige

em Berlim melhor escola de

sapateado da Europa

Professores de Português

no estrangeiro com maior

protecção social

Ibérico Import em Hamburgo

Uma empresa de importação em

franca expansão

Comunidade organiza procissões emhonra de N. Sra.de Fátima emWerl, Colónia e Hamburgo Pág. 9

Foto: G.Votel

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PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009

EditorialMário dos Santos

2

DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS

REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE

CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAPAULO ALEXANDRE: HAMBURGOZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT

COLUNISTASANTÒNIO JUSTO: KASSELDORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA

ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO

FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG

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REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADEBURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUNDTEL.: (0231) 83 90 289FAX: (0231) 83 90 351WWW.PORTUGALPOST.DEE MAIL: CORREIO @ FREE.DE

REGISTO LEGAL: PORTUGAL POSTJORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHAISSN 0340-3718 • K 25853PROPRIEDADEPORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654

PORTUGAL POSTAgraciado com a medalha da Liberdadee Democracia da

Assembleia da RepúblicaFundado em 1993

OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICU-LAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST

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este ano vamos ser chamados a votar

em, pelo menos, três eleições: Parla-

mento Europeu, legislativas portuguesas

e, em alguns Estados na Alemanha, elei-

ções comunais.

É conhecida a fraca participação dos portugue-

ses residentes no estrangeiro em actos eleito-

rais. Sempre que há eleições em que os

portugueses na Alemanha são chamados a votar

quem ganha é sempre a abstenção.

As elevadas percentagens de abstenção são o

resultado da distancia existente entre os portu-

gueses residentes fora do país e a politica. Se

acrescentarmos a falta de informação sobre as

propostas dos partidos e ainda a ausência de

campanhas de esclarecimento e de recensea-

mento, entre outras razões, temos condições

criadas para o divórcio entre os cidadãos e o

acto de votar.

Não se percebe, por exemplo, porque é que

ainda não há informação produzida sobre a al-

teração verificada no que diz respeito ao voto

para o Parlamento Europeu que é, agora, pre-

sencial e não por correspondência como era no

passado.

A poucos dias da eleições para o Parlamento

Europeu, os eleitores não sabem que têm que

se deslocar aos consulados para votar, como

também não sabem que o podem fazer nos dias

5, 6 e 7 de Junho.

A informação sobre a possibilidade dos eleito-

res poderem votar aqui na Alemanha nos parti-

dos deste país também não existe, tal como não

existe a informação sobre a inscrição nos ca-

dernos eleitorais até ao próximo dia 17 deste

mês para quem queira votar nos candidatos ale-

mães.

Num momento em que o mundo passa por uma

crise social e económica de proporções assus-

tadoras; em que é preciso que sejam os cida-

dãos a indicar qual o rumo a seguir depois do

falhanço de um modelo capitalista assente na

ideia das virtudes do “mais mercado e menos

Estado”, é importante que votemos e participe-

mos porque, a exemplo do que se passou nos

EUA com a eleição de B. Obama, vale a pena

votar e ser o eleitor a exigir dos políticos mu-

danças claras e soluções para ultrapassar o mo-

mento difícil que se vive

Sim, sabemos que neste momento falta à Europa

alguém com a estatura política que se aproxime

um pouco de B. Obama. Isto é, a Europa sofre

neste momento com a falta de líderes e é quase

angustiante não haver alguém que se constitua

alternativa a Durão Barroso...

Apesar dos nossos compatriotas não darem a

importância devida às eleições europeias, a ver-

dade é que tudo o que o Parlamento Europeu

decide tem efeitos na nossa vida e no nosso dia-

a-dia.

A Europa é hoje quase que a nossa terra. A sua

construção, cujos alicerces deve ser a união e a

justiça social, passa pelo desejo dos cidadãos em

a tornar realidade, e isso só se faz participando

e acreditando no ideal europeu que deve ser a

Europa do cidadãos.

Os eleitores que o desejarem poderãotambém votar nos candidatos alemãesque mais os inspiram. Para isso terão dese inscreverem nos cadernos eleitorais dacomuna local até ao dia 17 deste mês. Osque já votaram em anteriores eleiçõesem partidos alemães não necessitam defazer a inscrição.

EVotar por uma Europa social

Page 3: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 Remessas 3

Nos últimos oito anos, as re-

messas de emigrantes residentes

no estrangeiro para Portugal caíram

de 3,7 mil milhões de euros em

2001 para 2,5 mil milhões em 2008,

ao que se traduziu numa queda de

33 por cento.

„A entrada de remessas dos

trabalhadores portugueses radica-

dos no estrangeiro têm vindo a di-

minuir nos últimos anos, o que se

deve à nova geografia da população,

reflectindo-se na balança de paga-

mentos“, disse à o economista João

Ramos da Silva.

O professor do Instituto Supe-

rior de Economia e Gestão (ISEG),

Ramos da Silva, destaca que alguns

países exteriores à União Europeia,

como Angola, Brasil, Singapura e a

Venezuela, têm vindo a adquirir

uma „importância crescida“ no

novo mapa da emigração portu-

guesa.

Como exemplo, cita o Brasil

que teve um ligeiro decréscimo em

2006 e 2007, mas no ano passado

registou um novo aumento (25 por

cento): „O Brasil representa actual-

mente [em remessas] quase me-

tade do valor da Venezuela“,

sublinha o mesmo especialista.

Estes dados vêm confirmar o

alerta do Presidente da República

que, há cerca de dois meses, defen-

deu a dinamização das exportações,

enfatizando o papel que os emi-

grantes podem desempenhar na re-

solução das dificuldades que

Portugal atravessa.

„A exportação de bens e servi-

ços por parte de Portugal é prati-

camente a única via que nós

dispomos para conseguir combater

o crescimento explosivo da dívida

externa e, ao mesmo tempo, defen-

der o emprego dos trabalhadores

portugueses“, defendeu Cavaco

Silva.

O Chefe de Estado afirmou

também que seria importante ter

presente que „quanto menores

forem as remessas de emigrantes

para Portugal, e quanto menor for

o seu investimento no país, menos

crédito terão os bancos para con-

ceder às empresas“.

Em 2008, a Alemanha, França e

o Reino Unido, as remessas de emi-

grantes caíram 13,4 por cento, para

147,6 milhões de euros e 4,2 por

cento para 983 milhões de euros e

23,6 por cento para 125 milhões de

euros, respectivamente. Dos gran-

des países da Europa, a Espanha foi

a excepção, onde o valor das re-

messas dos emigrantes apresentou

uma tendência crescente nos últi-

mos três anos (19,9 por cento em

2006, para 61,8 milhões de euros,

de 56,4 por cento em 2007, para

96,7 milhões de euros e 30,6 por

cento em 2008, para 126,2 milhões

de euros).

A França lidera o „top“ dos paí-

ses da União Europeia em que os

emigrantes portugueses enviam

mais remessas com 39,6 por cento

do total, seguida pela Alemanha

com 5,9 por cento, pela Espanha

com um peso de 5,1 por cento e

do Reino Unido com 3,6 por cento.

Ainda na Europa destaque para

a Suíça que representa 22,3 por

cento do total das remessas.

Fora do espaço europeu, os Es-

tados Unidos lideram graças aos

171 milhões de euros enviados para

Portugal que lhe conferem um peso

de 6,9 por cento do montante glo-

bal. Na América Latina sobressai a

Venezuela com 19,3 milhões de

euros (0,8 por cento do total), para

além do já mencionado Brasil.

Economistas contactados pela

Lusa disseram também que os dois

países ibéricos têm „uma forte in-

tegração económica“ e com o

aprofundar da crise no mercado es-

panhol „é natural“ que o valor das

remessas venha a reduzir-se, no-

meadamente influenciado por sec-

tores como o da construção civil e

obras públicas.

Os países da União Europeia

representavam 62 por cento em

2008 do total das remessas dos

emigrantes para Portugal, no mon-

tante de 1,5 mil milhões de euros.

„No curto prazo, as remessas

de emigrantes e a deslocação de

portugueses para outros mercados

que não os tradicionais vai conti-

nuar a aumentar, registando-se uma

perda nos mercados tradicionais,

tendência que contraria o grande

‘boom’ da imigração nos anos 60“,

realçou Ramos Silva.

Já Suíça, embora apresente uma

variação positiva de 1,7 por cento

em 2008, „não se pode dizer que

seja „um país recente“, disse.

Mais de cinco milhões de por-

tugueses ou luso-descendentes

vivem no estrangeiro. A maioria

tem dupla nacionalidade e 1,3 mi-

lhões possuem passaporte portu-

guês.

Portugueses enviam 6,8 ME por dia, menos um terço que há oito anos

Os portugueses radica-dos no estrangeiro en-viaram 6,8 milhões de

euros por dia para Por-tugal em 2008, menosum terço que o valor

das remessas de há oitoanos, segundo dados doBanco de Portugal cal-

culados pela agência denotícias Lusa.

Remessas de Emigrantes

O crescente número de por-

tugueses em Angola, em 2008,

tem paralelo no „boom“ das re-

messas destes emigrantes para

Portugal, ao triplicaram nos últi-

mos quatro ano para 70,9 mi-

lhões de euros, indicam dados do

Banco de Portugal, recentemente

divulgados.

„Estamos perante uma explo-

são da presença dos portugueses

em Angola e o crescimento em

47,3 por cento em 2008 do valor

das remessas dos residentes por-

tugueses deste país para Portugal,

face a 2007, é extraordinária“,

afirmou o economista da Univer-

sidade Católica, João César das

Neves.

De acordo com cálculos ela-

borados pela Lusa, as remessas

de emigrantes portugueses a re-

sidir em Angola registaram um

acréscimo de 13,1 por cento em

2005, face ao ano anterior, para

23,4 milhões de euros.

Em quatro anos triplicaram,

de 13,1 por cento em 2005, para

32,9 milhões de euros em 2006,

um ano depois para 48,1 por

cento e terminado com um cres-

cimento de 47,3 por cento no

final de 2008.

A evolução crescente da emi-

gração portuguesa para Angola

apresenta „um padrão consis-

tente“ no tempo, que em nada

tem a ver com a altura em que se

desencadeia a crise internacional.

„Esta é uma tendência que

não tem a ver com a crise, o

mesmo se passando com a re-

messas dos emigrantes, tendo

ambos os movimentos tendência

para se reforçar“, explicou à Lusa

o economista.

Os dados do Banco de Por-

tugal permitiram perceber que a

entrada de remessas dos emi-

grantes angolanos em Portugal

têm mantido um padrão de evo-

lução praticamente constante ao

longo dos últimos cinco anos.

As remessas dos angolanos

para Portugal que se situavam em

11,1 milhões de euros em 2004,

passaram para 13,7 milhões no

ano seguinte, 11,5 milhões em

2006, e no final de 2007 e 2008

fixaram-se em 12,2 milhões e

13,1 milhões de euros, respecti-

vamente.

„É [um fenómeno] espan-

toso“, disse à agência Lusa um

economista do Instituto Superior

de Economia (ISEG), reportando-

se à evolução das remessas dos

portugueses de Angola para Por-

tugal.

„No início da década havia

uma situação mais ou menos

equilibrada entre remessas de

ambos os povos, para Portugal ou

para Angola“, explicou.

Nos últimos anos, está-se pe-

rante um fenómeno em que as

remessas em valor para Angola

dos seus nacionais estabilizaram,

o que denota que „o rendimento

auferido corresponde a salários

baixos“ e a entrada de angolanos

em Portugal „estabilizou ou al-

guns saíram do país“.

No caso de Portugal, „esta-

mos em presença de emigrantes

com salários superiores e a preo-

cupação em enviar remessas para

Portugal é fundamental para me-

lhorar o nível de vida dos familia-

res“, salientou.

Remessas de Angola triplicamnos últimos quatro anos comboom na emigração

Vista de Luanda

Telma Teixeira Bonito Promotora na área Imobiliaria, Finanças e Seguros

Informe-se sobre: Seguro de Doença, de Acidente, Caixa Privada, Reforma Particular, Contas poupança para crianças, Conta habitação “Wohn- Riester”Aproveite os benefícios do Estado para a compra da sua casa Aluguer de casas em toda a NRW

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Page 4: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 20094

O total de portugueses e luso-

descendentes até à terceira geração

soma cerca de 31,19 milhões no es-

trangeiro e Portugal teria actual-

mente mais de 40 milhões de

habitantes, não fosse a emigração,

segundo um estudo.

A conclusão é resultado de um

detalhado estudo realizado pelo

empresário português Adriano Al-

bino, 78 anos, através de um levan-

tamento de portugueses que

emigraram para diversas partes do

mundo, entre 1951 e 1965.

“Foi um período de grande emi-

gração portuguesa para o mundo,

depois da abertura do país, com o

fim da II Guerra Mundial”, disse o

empresário à Agência Lusa.

“Durante a guerra, Portugal es-

tava fechado, como uma barragem

cheia que se partiu, com uma

grande debandada de portugueses

à procura de um futuro melhor”,

disse.

Estatísticas oficiais indicam que

4,53 milhões de portugueses emi-

graram nesse período, sendo 1,2

milhões para o Brasil, nomeada-

mente para os estados de São

Paulo e do Rio de Janeiro.

O estudo “Emigração: A diás-

pora dos portugueses”, publicado

recentemente no Brasil, partiu dos

4,53 milhões de emigrantes origi-

nais das estatísticas oficiais e calcu-

lou um coeficiente multiplicador

dessas famílias que chegaram às di-

ferentes regiões do mundo.

No Brasil, depois de realizar

uma investigação de campo, através

de entrevistas e recolha de dados

de centenas de emigrantes, o em-

presário considerou que o factor

multiplicador seria nove, o que to-

taliza 10,8 milhões de portugueses

e luso-descendentes.

Com base na mesma metodo-

logia, o estudo indica que existem

9,31 milhões de portugueses e

luso-descendentes nos Estados

Unidos e Canadá, 3,19 milhões em

África, 154.800 na Ásia, 7,54 mi-

lhões na Europa e 193.360 na

Oceania.

O estudo levou em considera-

ção o nome do emigrante, estado

civil, data de chegada, cidade de ori-

gem, número de filhos, netos e bis-

netos, de cada uma dessas regiões

do mundo.

“Isso foi resultado de muita in-

vestigação, de muita convivência

com a comunidade portuguesa.

Caso não houvesse essa diáspora,

Portugal teria mais de 40 milhões

de habitantes”, sublinhou.

Há 31,2 milhões de por-tugueses e luso-des-cendentes no mundo ?

Adriano, 50 anos, um antigo

operário da construção civil a re-

sidir há uma década na Suíça, foi

internado há cerca de um ano

numa clínica psiquiátrica em Chur,

cantão de Grisões, onde perma-

neceu até ao passado dia 16 de

Março, quando surgiu de surpresa

em casa da mãe no Alentejo.

„Apareceu em casa da minha

mãe no distrito de Beja no dia 16

de Março eram quase onze da

noite“, disse a irmã, acrescen-

tando que Adriano, seropositivo,

lhe relatou ter chegado a Portugal

acompanhado por um enfermeiro

que o deixou no Centro de Saúde

de Alvalade, em Lisboa, sem ne-

nhum relatório, documento de

alta ou prescrição médica.

A irmã acusa a clínica psiquiá-

trica de ter enviado o irmão para

Portugal „pela calada” - porque o

caso estava a ser tratado entre

países, através do consulado em

Zurique - e deixando-o “no meio

do nada”.

O cônsul de Portugal em Zu-

rique, Antas de Campos, que em

Novembro visitou o emigrante na

clínica, disse que foi „surpreen-

dido“ pela saída de Adriano, tendo

de imediato pedido esclarecimen-

tos ao tutor que a comuna de

Thusis nomeou para defender os

interesses do português.

De acordo com Antas de

Campos, o tutor Tony Kaiser terá

admitido que as autoridades por-

tuguesas não foram avisadas „de-

liberadamente“ para que não

contestassem a decisão.

O caso está também a ser

acompanhado pelo conselheiro

da comunidade portuguesa na

Suíça, Manuel Beja, que acusa as

autoridades comunais de Thusis

de terem „expulso“ o português

à revelia dos acordos bilaterais

entre a Confederação Helvética e

a União Europeia em matéria de

saúde e segurança social.

„A entidade que o colocou

em Portugal não o pode fazer da

forma que fez. Há exportação de

um doente que fez descontos na

Suíça durante dez anos“, disse,

acrescentando que o emigrante

tem autorização de residência até

2011.

Contactada, a clínica psiquiá-

trica Waldhaus afirmou não dar

informação sobre pacientes, e a

comuna de Thusis remeteu todos

os esclarecimentos para o tutor.

Tony Kaiser alegou sigilo pro-

fissional para não responder e,

quando confrontado com as acu-

sações de que é alvo, limitou-se a

dizer: „É tudo mentira.“

O caso de Adriano mereceu já

a intervenção da eurodeputada

comunista Ilda Figueiredo que

questionou a Comissão Europeia

sobre o acompanhamento do

acordo bilateral entre a Suíça e

União Europeia.

Manuel Beja reclama apoio ju-

rídico do Governo português ao

emigrante, acrescentando que, se

isso não acontecer, “será a comu-

nidade a fazer avançar juridica-

mente o caso, pagando o

advogado“.

O embaixador de Portugal em

Berna, Eurico Pais, disse aguardar

informação „mais detalhada“

sobre a situação para decidir se

se justifica uma intervenção junto

das autoridades federais suíças.

Fonte do gabinete do secretá-

rio de Estado das Comunidades

disse que a situação do emigrante

está a ser acompanhada desde

2008 de “forma a acautelar a

eventual transferência” para Por-

tugal.

“A 23 de Março, a Direcção-

Geral dos Assuntos Consulares e

Comunidades Portuguesas tomou

conhecimento de que (Adriano)

estava em Portugal e a partir daí

foram efectuadas diligências junto

do Hospital Júlio de Matos por-

que a clínica suíça teria informado

que a transferência foi ‘minuciosa-

mente preparada’ com aquela uni-

dade”, mas onde “nada consta”

sobre este doente.

A mesma fonte adiantou que

Adriano está já a ser acompa-

nhado pelos serviços médicos e

da segurança social do Alvito,

Beja, acrescentando que o consu-

lado continua a seguir o processo

para „apurar a responsabilidade

do tutor suíço e da clínica na

transferência“ sem conhecimento

das autoridades portuguesas.

Português em tratamento mental alegadamente expulso do país

Um emigrante por-tuguês, que estava a re-

ceber tratamento desaúde mental na Suíça,

foi alegadamente ex-pulso deste país e apa-receu em casa da mãeno Alentejo sem que afamília consiga perce-

ber como deixou a clínica onde se en-

contrava internado echegou a Portugal.

Mais de metade dos eleitores vo-

taram „não“ num referendo, realizado

no passado dia 26 de Abril, sobre a

obrigatoriedade das aulas de religião

nas escolas de Berlim, anunciaram

fontes oficiais.

De acordo com os dados divulga-

dos, 51,3 por cento dos eleitores

votou „não“, contra 48,5 por cento

de votos a favor, o que significa nas

escolas da capital alemã, do sétimo ao

10º ano, continuará a haver apenas

aulas obrigatórias da disciplina de

Ética, introduzida há três anos, sendo

que as aulas de Religião permanecem

facultativas.

Para alterar a lei, a iniciativa Pro

Reli - que promoveu o referendo, di-

zendo que pretendia colocar a disci-

plina de Religião em pé de igualdade

com as aulas de Ética - precisava não

apenas da maioria dos votos expres-

sos, mas também de, pelo menos, um

quarto do número 2,45 milhões de

eleitores inscritos, o que correspon-

deria a um mínimo de 611.422 votos

no “sim”. A Pro Reli agrupou as duas

principais igrejas representadas em

Berlim, a Católica e a Protestante, e

teve também o apoio da comunidade

judaica e da União Democrata-Cristã

(CDU), da chanceler Angela Merkel e

dos Liberais (FDP), além de algumas

destacadas figuras do Partido Social-

Democrata (SPD).

As igrejas, cujos crentes repre-

sentam cerca de 30 por cento dos

3,36 milhões de habitantes de Berlim

- considerada um centro do ateísmo

na Alemanha -, exigem que as aulas de

Religião passem a ser obrigatórias,

considerando “irrealista” esperar que

os alunos se decidam a frequentar

aulas facultativas, devido à sobrecarga

horária do conjunto das outras disci-

plinas.

Os partidários do “não” reuni-

ram-se na iniciativa Pro Ética, que

considera o modelo actual o mais

adequado para promover o diálogo

intercultural. Entre estes partidários

estavam o Senado (governo regional)

de Berlim, formado pelo SPD e pelo

Partido de Esquerda (Die Linke), os

Verdes, vários sindicatos e outras for-

ças de esquerda, lideradas pelo presi-

dente do Parlamento Regional,

Walter Momper (SPD). FA

Alemanha:

Berlim diz não às aulas obrigatórias de Religião

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Page 5: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 Nacional e Comunidades 5

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Muitos emigrantes reformados

que descontaram em Portugal e no

estrangeiro consideram-se penali-

zados pelo sistema português, quei-

xando-se de cortes nas pensões

mínimas e do não reconhecimento

de reformas de invalidez.

Depois de uma operação à co-

luna, Maximiano, 55 anos, trabalha-

dor da construção civil na Suíça há

mais de 26 anos, foi reformado por

invalidez.

Com mais de 14 anos de des-

contos em Portugal, Maximiano re-

quereu há dois anos o

reconhecimento da invalidez em

Portugal.

„O meu cunhado tem um co-

mando para injectar medicamentos

directamente na coluna para poder

andar, mas em Portugal essa situa-

ção não é reconhecida como inva-

lidez“, disse a cunhada de

Maximiano, Maria Perpétua Al-

meida.

O caso de Maximiano é um dos

vários analisados durante uma série

de debates sobre reformas dos ex-

emigrantes, que o Partido Comu-

nista Português (PCP) promoveu

em Vale de Vargo, concelho de

Serpa.

Anselmo Dias, responsável do

PCP, defendeu „o reconhecimento

automático“ das situações de inva-

lidez para a generalidade dos países

europeus, à semelhança do que já

acontece com o Luxemburgo.

O Ministério do Trabalho e Se-

gurança Social (MTSS) confirmou a

existência desde 1999 de um

acordo com o Luxemburgo para o

reconhecimento recíproco da „cer-

tificação de invalidez”, explicando

que relativamente aos restantes

países a pensão é concedida apenas

se a „incapacidade permanente“ for

reconhecida e certificada em Por-

tugal.

Além do não reconhecimento

das pensões de invalidez, foi ainda

levantada a questão da diferença

nas idades de reforma, que por

exemplo em França é aos 60 anos

e em Portugal aos 65.

„Desde que tenha direito à re-

forma num país, deve também ter

direito em Portugal“, sustentou An-

selmo Dias, defendendo que o emi-

grante não deve esperar cinco anos

para se reformar em Portugal, nem

ser prejudicado por antecipar a

pensão.

A redução dos valores pagos

quando o pensionista passa a acu-

mular pensões de dois regimes so-

ciais foi outro dos aspectos

abordados durante as reuniões.

Jorge Fernandes expôs o caso

dos pais, que viram reduzidos os va-

lores das respectivas reformas

quando passaram a receber pen-

sões de França.

„A minha mãe recebia uma pen-

são de Portugal de cerca de 185

euros, tendo-lhe sido atribuída uma

pensão de França de quase 115

euros. Ao fazerem o acerto ficou a

receber apenas mais cerca de 8

euros que a pensão que tinha“, con-

tou.

Hoje na casa dos 70, os pais de

Jorge Fernandes recebem no con-

junto das suas quatro reformas

cerca de 700 euros, situação consi-

derada „injusta“ pelo filho, que

evoca os mais de 35 anos de des-

contos que cada um fez nos dois

países.

Fonte do MTSS explicou que as

percentagens pagas por cada país

são proporcionais aos anos de des-

contos, acrescentando que, quando

não é atingido o valor da pensão

mínima é pago um complemento

social que cobre a diferença e asse-

gura que ninguém recebe menos

que o valor considerado como li-

miar da pobreza em Portugal (4.800

euros anuais).

Um montante que „poderá bai-

xar quando o pensionista começa a

receber pensão de outro regime“,

sendo „revisto o complemento so-

cial se a soma das pensões ultrapas-

sar o valor mínimo“, refere o MTSS.

Manuel Beja, conselheiro das

comunidades na Suíça, considera

estas situações „graves“ e „penali-

zantes“ para os emigrantes e de-

fende que seja considerado como

limite para o pagamento do com-

plemento social o valor mais ele-

vado definido como limiar da

pobreza nos dois países em causa.

Em Dezembro de 2008, exis-

tiam em Portugal mais de 300 mil

pensionistas emigrantes ou ex-emi-

grantes a quem foram pagos 920

milhões de euros nesse ano.

Emigrantes queixam-se de penalizações no cálculo das reformas

Os professores do ensino

de Português no estrangeiro

vão estar representados no

Conselho Consultivo do Insti-

tuto Camões e o Estado su-

portará os encargos, como en-

tidade patronal, sempre que

estes forem obrigados a ins-

creverem-se na segurança so-

cial local.

O Instituto Camões coor-

dena o ensino de Português

no estrangeiro.As modifica-

ções surgem após a Federação

Nacional de Sindicatos da Edu-

cação (FNE) e o Ministério

dos Negócios Estrangeiros

(MNE) chegarem a acordo.

Em comunicado, a FNE elo-

gia a „disponibilidade negocial“

do Ministério e, embora real-

çando que este não é o docu-

mento delineado pelo

sindicato, o acordo foi possível

porque as „contrapropostas

que a Federação apresentou à

tutela mereceram acolhi-

mento, corrigindo algumas la-

Professores de Português no estrangeiro com maior protecção social

Já foi publicado no Diário da

República o novo Regulamento

Consular da responsabilidade do

Ministério dos Negócios Estrangei-

ros.

Nesse Regulamento, está pre-

vista a criação, num prazo de três

meses, do novo Conselho Consul-

tivo junto de cada posto ou secção

consular, “onde existam, pelo

menos, 1.000 cidadãos portugueses

inscritos”.

O Conselho é composto pelo

Titular do posto, que preside, por

assessores consulares, adidos ou

conselheiros sociais ou culturais,

quando existam, pelo Coordenador

do ensino português no estrangeiro

da respectiva área de jurisdição, ou

na inexistência deste, por um pro-

fessor de português ou encarre-

gado de educação inscrito no posto

ou secção consular e ainda por

“elementos representativos da Co-

munidade portuguesa, residentes na

área de jurisdição do posto, a indi-

car de entre as associações de por-

tugueses e nomeados pelo chefe do

posto ou secção consular, de

acordo com o número de inscritos

nos registos consulares.

Os elementos de cada Conse-

lho Consultivo podem ser no mí-

nimo de 2 e no máximo de 12

elementos.

“Os membros do Conselho são

nomeados até 180 dias após en-

trada em funções de cada novo res-

ponsável do posto, cessando a sua

nomeação com a substituição do

referido titular” refere o Regula-

mento Consular.

Ao Conselho compete produ-

zir informações e pareceres sobre

as matérias que afectem os portu-

gueses residentes na respectiva

área de jurisdição consular, assim

como elaborar e propor recomen-

dações respeitantesà aplicação das

políticas dirigidas às Comunidades

portuguesas.

O Conselho reúne ordinaria-

mente três vezes por ano, em data

a convocar pelo responsável do

posto consular, e extraordinaria-

mente por sua iniciativa ou a reque-

rimento de, pelo menos, um terço

dos seus membros.

Conselho Consultivo previstono novo Regulamento Consular

cunas“.

Os professores de Portu-

guês no estrangeiro passam a

estar representados no Con-

selho Consultivo do Instituto

Camões pelos sindicatos, pas-

sando a participar activamente

na definição de regras a seguir.

O Estado suportará os en-

cargos da entidade patronal

caso os docentes sejam obri-

gados a inscreverem-se na se-

gurança social do país onde

leccionem, sendo nos restan-

tes casos abrangidos pelo re-

gime de protecção social

convergente ou pelo regime

geral de segurança social.

Está ainda prevista a cria-

ção de um „seguro para co-

bertura de eventualidades não

abrangidas (acidentes), com

encargos suportados a 65 por

cento pelo Instituto Camões“.

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Page 6: Portugal Post Maio 2009

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om a passagem da respon-

sabilidade de quase todos

os sectores do EPE- ex-

cepto a parte pedagógica

- para o Instituto Camões,

encontramo-nos agora no

limiar de uma nova “era”

para o EPE.

Se a “ nova era” será muito di-

ferente da antiga e se trará melho-

res condições de ensino -

aprendizagem , a essa pergunta só

o futuro poderá responder.

As negociações entre os sindi-

catos e o representante do Minis-

tério dos Negócios Estrangeiros,

Dr. António Braga, embora tivessem

decorrido num clima ameno, in-

fluenciado positivamente pelo  pe-

ríodo pré-eleitoral, deixaram claros

os dois pontos seguintes:

Em primeiro lugar, parece não

existir possibilidade – ou desejo –

de alargar o orçamento previsto,

dado que a actualização salarial dos

docentes se ficou pelos 2,9% , em

aberto contraste com  a totalidade

de 5,2% recebida desde 2006 pelos

professores em Portugal e que foi

o mínimo reclamado pelos sindica-

tos.

Em linguagem muito clara, se

os professores em Portugal estão

mal pagos, os professores no es-

trangeiro estão  ainda pior.

Pedidos de um regime de

tributação mais justo e de um sub-

sídio de refeição adequado à reali-

dade económica de cada país, de

uma solução urgente para os pro-

fessores na Suíça, desde o ano pas-

sado a sofrer mensalmente uma

redução de cerca de 150 euros no

vencimento, devido ao câmbio des-

favorável,  foram, de modo diploma-

ticamente educado e discreto,

relegados para datas posteriores e

para o Ministério das Finanças.

Deixando a parte económica e

passando à pedagogia, pode consta-

tar-se, como já é hábito, uma certa

renitência em reconhecer as reali-

dades existentes, como por exem-

plo no respeitante à restrita

separação de ciclos para efeitos de

completação de horário. Assim que

a nova legislação entrar em vigor, os

professores de só poderão leccio-

nar no ciclo para o qual possuem

habilitação, isto independentemente

da realidade de haver largo número

de docentes  do 2° ciclo que há lar-

gos anos ensina alunos do 1° ciclo

e vice-versa.

Foi, sem grandes reservas, feita

tábua rasa de uma prática de longos

anos e que se revelou benéfica

tanto para alunos como professo-

res, visto que os primeiros tiveram

possibilidade de ter aulas de Portu-

guês, mesmo que fossem em nú-

mero reduzido, agrupando ciclos, e

os segundos evitaram longas deslo-

cações e o desgaste causado pelas

mesmas.Se a nova prática trará van-

tagens, e quais, só o futuro o dirá.

Com experiência pessoal de

mais de 20 anos no EPE, e sempre

em pequenas localidades, vejo com

desconfiança a nova disposição, vá-

lida na teoria, inválida na prática,

visto que trará uma sobrecarga de

deslocações aos professores e até

diminuição do número de alunos, se

estes tiverem de se deslocar a

outra escola, mais longe, para serem

leccionados por um professor do

“seu” ciclo. E a Alemanha, como país

em que os grupos pequenos são

mais a regra do que a excepção,

será com certeza um dos primeiros

países em que as consequências

desta prática se farão notar. 

E para terminar, o Instituto Ca-

mões, com toda a boa vontade de

facultar ao estrangeiro um ensino

do Português da melhor qualidade,

já elaborou novos materiais para o

mesmo. Só que, lamentavelmente,

nem uma pequena consulta fez,

nesse ponto, aos docentes que há

tantos anos realizam o trabalho

“em campo “ e que decerto pode-

riam esclarecer , melhor que nin-

guém , sobre as necessidades

pedagógicas dos alunos.

Além disso, os professores vão

ser avaliados pelos Coordenadores.

Só poderão ter renovação de con-

trato os que merecerem a classifi-

cação de « Bom ».E quem serão os

« bons » professores ? Os sindica-

tos não aprovaram este ponto da

legislação ,mas tal não significa que

o mesmo não seja aplicado.

Positivo, a quase a 100%, se não

fosse a classificação de « Bom », a

figura jurídica da comissão de ser-

viço, que permite aos actuais do-

centes de EPE uma permanência de

mais 6 anos, alargados de dois anos

suplementares, no estrangeiro, man-

tendo os lugares no quadro da es-

cola em Portugal para os que se

encontram nessas condições.

Esta possibilidade trará sem

dúvida mais estabilidade aos profes-

sores e ao ensino em si, pressu-

pondo que a referida permanência

não seja ensombrada pelos “exce-

lentes” , “bons” e “insuficientes”, a

atribuir por coordenadores tam-

bém mais ou menos « bons » ou

« suficientes ».

Professora de LCP na AlemanhaSecretária- Geral do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusía-das- SPCL    

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Page 7: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 7Comunidade Alemanha

com uma particular

emoção que eu, a minha

Mulher e a Comitiva

que nos acompanha es-

tamos hoje aqui, em Os-

nabrück, entre

compatriotas, com a

Comunidade Portu-

guesa residente na Alemanha.

Permitam-me que comece por

destacar a presença, entre nós, do

Presidente do Parlamento Europeu,

o meu amigo Hans-Gert Pöttering,

a quem devo as primeiras sugestões

para que visitasse esta cidade. Tinha

ele toda a razão, porque os mo-

mentos que aqui vivemos jamais os

esqueceremos.

Momentos para os quais ele

próprio muito contribuiu, mas que

ficamos igualmente a dever à mag-

nífica hospitalidade com que fomos

recebidos pelo Senhor Burgomes-

tre e pelas autoridades de Osna-

brück.

Aproveito a oportunidade para,

de forma pública, agradecer a

todos. O tratamento que quiseram

dar ao Chefe de Estado de Portugal

reflecte bem o apreço e a admira-

ção que têm pelos portugueses re-

sidentes na Alemanha e, por isso, ao

agradecer-lhes, é também a vós, aos

Portugueses da Alemanha, que agra-

deço.

Tenho querido celebrar os ani-

versários da minha tomada de

posse como Presidente da Repú-

blica Portuguesa na companhia dos

portugueses residentes no estran-

geiro. Foi assim, nos dois primeiros

anos, no Luxemburgo e no Brasil.

Este ano, ainda que com três dias de

antecipação, quis celebrar o ter-

ceiro aniversário com os portugue-

ses da Alemanha.

Pretendo, com este gesto, assi-

nalar o respeito e a admiração que

me merecem os portugueses e os

luso-descendentes que vivem no

exterior .

Pretendo, ainda, sublinhar pe-

rante todos os nossos compatrio-

tas a importância do contributo

dos portugueses que vivem no es-

trangeiro para aquilo que nos de-

fine como Povo. Portugal somos

todos nós que o amamos e que lhe

damos o melhor de que somos ca-

pazes. E é difícil encontrar melhores

exemplos de amor à nossa Pátria e

de dedicação ao nosso País do que

entre os portugueses que vivem e

trabalham além-fronteiras.

Nas minhas deslocações ao es-

trangeiro, tenho tido a oportuni-

dade de constatar como as

Comunidades Portuguesas se en-

contram plenamente integradas nas

respectivas sociedades de acolhi-

mento. A Comunidade Portuguesa

residente na Alemanha não é ex-

cepção e constitui um exemplo

para todos.

Neste grande país que é a Ale-

manha, tal como aliás por todo o

mundo, encontramos inúmeros

casos de sucesso, de portugueses

que aqui se afirmam e se destacam

nos mais variados domínios, desde

a vida empresarial ao mundo acadé-

mico, da vida cultural à investigação

científica, da participação cívica ao

exercício de profissões liberais.

Estes casos de sucesso constituem

um estímulo e um motivo de orgu-

lho para todos os portugueses.??

O sucesso da integração social

depende também, em boa medida,

do grau de participação na vida cí-

vica dos países de residência.

Quero, pois, deixar uma palavra de

incentivo ao aprofundamento do

envolvimento de todos vós nas so-

ciedades que vos acolheram. Esse

envolvimento contribuirá não só

para uma melhor integração, mas

também para a melhor defesa dos

interesses das comunidades portu-

guesas.

Caros Concidadãos,O mundo vive hoje uma crise

económica e financeira que a todos

atinge, incluindo o nosso País. Estou

ciente de que esta crise também

afecta alguns portugueses e luso-

descendentes que residem na Ale-

manha. A todos quero deixar um

testemunho de solidariedade.

Quero que saibam que acompanho

de muito perto esta situação e que

farei tudo o que estiver ao meu al-

cance para minorar os seus efeitos.

Nos encontros que mantive

nesta minha Visita de Estado à Ale-

manha, ouvi, dos meus interlocuto-

res, inúmeras palavras de apreço e

consideração pela Comunidade

Portuguesa aqui residente. E cons-

tatei, também, o empenho e a de-

terminação das autoridades alemãs

em vencer as dificuldades que aqui

se vivem.

Quero, por isso, deixar-vos uma

palavra de esperança, incentivar-vos

a que não se resignem à adversi-

dade do momento. Estou certo de

que, através do empenho e da soli-

dariedade de todos, saberemos ul-

trapassar este momento difícil e

encontrar soluções que garantam o

bem-estar e a prosperidade econó-

mica e social que todos desejamos.

Caros Concidadãos,Quero, hoje de novo, apelar ao

que tenho designado por “espírito

de portugalidade”, esse espírito que

nos une e que nos acompanha, para

lá das fronteiras do nosso país, até

ao mais recôndito lugar onde resida

um português. Esse espírito que se

mantém vivo na nossa língua e na

nossa cultura.

Peço, por isso, que não percam

jamais essa ligação à vossa terra de

origem, à terra dos vossos pais e

avós, e que continuem a cultivar o

uso da língua de Camões e a rever-

se nas realizações da cultura portu-

guesa, de que todos nos

orgulhamos.

Portugal tem que se empenhar

na promoção do ensino da língua

portuguesa no estrangeiro. Este é

um imperativo para com as nossas

Comunidades, mas é também fun-

damental para a valorização do es-

tatuto da Língua Portuguesa no

mundo, para a valorização e projec-

ção internacional do nosso País.

A língua portuguesa é falada por

mais de 200 milhões de cidadãos

espalhados pelos cinco cantos do

Mundo. É a terceira língua europeia

mais falada no mundo. Entendemos

que é tempo de ver reconhecida a

sua importância e o seu valor como

língua mundial. Este objectivo de

promoção internacional da Língua

Portuguesa, que une Portugal aos

outros países de expressão oficial

portuguesa, não pode ser unica-

mente um esforço de Estados, exige

o apoio e a acção de todos nós.

Conto, pois, convosco para a con-

cretização desta legitima aspiração

de ver a Língua Portuguesa consa-

grada como uma Língua verdadeira-

mente Mundial. Usem-na, sempre

que puderem, e estimulem outros a

fazê-lo.

Caros Concidadãos,Portugal necessita, hoje mais do

que nunca, da ajuda da sua Diás-

pora. Contamos com a vossa acção

para projectar o nosso País, com a

colaboração de todos para que

possamos aumentar as exporta-

ções de produtos e serviços portu-

gueses, para promover a nossa

terra como um destino turístico de

excelência.

Contamos, ainda, com o inves-

timento de todos quanto se sintam

capazes de o fazer. É bem sabido

que o contributo dos nossos emi-

grantes sempre foi muito impor-

tante para a vida económica

portuguesa. Neste momento difícil,

ele assume uma importância deter-

minante. O futuro de Portugal a

todos nós diz respeito e sei que

Portugal pode contar convosco. ??

Mas não nos iludamos: um Por-

tugal que se sente legitimado para

pedir o apoio dos portugueses que

vivem e trabalham no estrangeiro

tem que estar à altura de respon-

der às necessidades desses mesmos

portugueses e de tudo fazer para

promover a sua ligação ao seu País.

É meu firme propósito conti-

nuar a fazer o que estiver ao meu

alcance para que os portugueses

residentes no estrangeiro e os luso-

descendentes possam aumentar a

sua participação cívica e política e

reforçar os laços que os unem a

Portugal.

Peço a todos vós que conti-

nuem a promover Portugal, a nossa

língua e a nossa cultura, apoiando a

projecção internacional do nosso

país e contribuindo para o seu cres-

cimento e prosperidade. A todos

vós peço que não esqueçam nunca

Portugal, a nossa terra, a vossa

terra, essa terra onde tudo come-

çou.

Muito obrigado.

Presidente da RepúblicaProf. Dr.

Aníbal Cavaco Silva

Intervenção do Presidente da República Portuguesa por ocasião do Concerto e Recepçãoem honra da Comunidade Portuguesa

Devido à solicitação de muito leitores que nos pediram para reproduzir o discurso que o Presidente da República dirigiu à comunidade portuguesa na Alemanha no passado dia 6 de

Março em Osnabrück, o PORTUGAL POST publica a intervenção do PR com a devida autorização e cortesia.

É Peço, por isso, que nãopercam jamais essa li-gação à vossa terra deorigem, à terra dosvossos pais e avós, eque continuem a culti-var o uso da língua deCamões

Portugal necessita, hojemais do que nunca, daajuda da sua Diáspora.Contamos com a vossaacção para projectar onosso País, com a cola-boração de todos paraque possamos aumentaras exportações de pro-dutos e serviços portu-gueses, para promover anossa terra como umdestino turístico de ex-celência.

Page 8: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009Comunidade Alemanha8

No passado dia 6 de Março, o

Presidente da República Portuguesa

visitou a cidade de Osnabrück e con-

vidou a Comunidade portuguesa para

um encontro marcado para as 19h30

numa sala daquela cidade. Uma hora

antes já muitos convidados estavam à

porta munidos do convite. Houve al-

guém que pensou que haveria à en-

trada um controlo rigoroso e logo se

muniu também do B.I., o que estava

ao lado fez o mesmo e, em pouco

tempo, a maioria tinha o B.I. e o con-

vite na mão, alguns até foram ao

carro buscá-lo.

A porta abriu uns vinte minutos

antes da hora e para admiração dos

que tinham preparado a identificação

esta não lhes foi pedida, havia apenas

uma senhora à entrada que, a pensar

nos beijinhos que quase todos lhe

davam, deve ser muito conhecida de

toda a Comunidade portuguesa espa-

lhada pela Alemanha ou, outra expli-

cação, os convidados eram quase

todos da mesma cidade. Quem não

tinha convite era-lhe entregue um no

momento e também entrava.

Ao entrar na sala alguém notou

a falta de cadeiras, realmente só havia

mesas para descansar os cotovelos,

iluminadas por baixo do pano com as

cores da bandeira portuguesa.

No convite que eu recebi suge-

ria-se aos homens fato escuro e à se-

nhoras vestido curto. A definição do

traje não foi para alguns bem enten-

dida. Pará além de muitos estarem

vestidos a rigor havia alguns com que

trajavam blusões de cabedal escuros,

outros de fato domingueiro das mais

variadas cores, mas, a verdade se diga,

em tempo de crise quem é que ia

comprar um fato para ir ver o Presi-

dente?

Assim enquanto se esperava (sem

ninguém saber o desenrolar do pro-

grama) dava-se uma vista de olhos à

ementa e observava-se o que fazia o

vizinho do lado. Passado uns três

quartos de hora sem prévio aviso, e

sem a maioria saber para onde ia, vê-

se os convidados uns atrás dos ou-

tros a subir as escadas para o

primeiro andar, quando passa um res-

ponsável (português) pelo evento que

me diz que “ia começar o concerto

de fados na sala do primeiro andar”,

mas tinha que me apear porque a sala

tinha poucos lugares. As escadas eram

largas mas estavam repletas de pes-

soas. Esperou-se uns minutos mas

ninguém andava, quando por fim lá se

chegou ao patamar de cima e aí viu-

se que a “bicha” era derivada às pes-

soas não puderem entrar na sala de

espectáculos porque havia alguém à

porta que talvez por motivo de segu-

rança ou ordem não os deixava pas-

sar. Um alemão que estava de serviço

disse-me que a a sala de espectáculos

tinha capacidade para 800 pessoas.

Assim se explicava a “bicha” pois, e

segundo os organizadores, o número

de convivas era cerca de 1200. Os

que já não tinham lugar sentado lá os

deixaram entrar e foram-se encos-

tando às paredes, quando, de repente,

explodiram aplausos (também aqui a

maior parte começou a bater palmas,

como o vizinho batia há que bater

também). Foi que a fila da frente le-

vantou-se e assim as outras fila suces-

sivamente se foram levantando

excepto aqueles que já estavam de pé

claro. ( parecia La Ola)

Um convidado a meu lado diz:

ainda ninguém cantou e já batem pal-

mas?

O motivo das palmas era porque

o Presidente tinha entrado na sala,

por uma porta quase junto ao palco,

(se não fosse por respeito ao Presi-

dente aqui podia-se utilizar um outro

nome que se dá a estas portas). Cá

de trás era quase impossível ver que

o Presidente acompanhado da es-

posa e da sua comitiva tinha, enfim,

entrado .

Depois de uns pequenos acenos

as pessoas aqueles que se podiam

sentar sentaram-se, e o concerto co-

meçou. Ao olhar em volta tentando

ver se havia um assento livre onde

pudesse descansar um pouco as per-

nas, observo que o camarote estava

completamente vazio, e disse: não

compreendo porque não deixam as

pessoas ocupar o camarote, um con-

vidado ao meu lado com uma criança

aos ombros deixa o comentário: o ca-

marote não é para o zé povinho.

Kátia Guerreiro iniciou a sua ac-

tuação com um, se assim se pode

chamar, fado (Fadinho Serrano).

Com todo o respeito pelo meu

amigo Arlindo de Carvalho, mas uma

fadista como a Katia Guerreiro iniciar

um concerto com um presunto já

rançoso... Enfim, faltou ao concerto

qualquer coisa que prendesse os es-

pectadores ao seu lugar e tenho a

certeza que muitos estavam dese-

jando que aquilo terminasse para “ir

dar de beber à dor” porque já eram

as nove da noite e ainda não se tinha

molhado a garganta.

Vim para a sala de entrada onde

estava o palco para o Presidente ler

a sua palestra. Encostei os cotovelos

a uma mesa que estava quase em

frente ao palco, satisfeito de ter con-

seguido um bom lugar, e quando a

multidão veio para baixo vi que não

valeu a pena ter sido dos primeiros,

logo começaram a meter-se em

frente da mesa onde já estavam mais

cinco convidados, sem se preocupa-

rem se incomodavam ou não.

Um pouco confuso com o com-

portamento de certas pessoas, pois

nunca vi algo parecido noutras recep-

ções, concentrei-me na palestra do

Presidente, o qual entre outras coisas

falou sobre a importância da nova

geração aprender a língua portu-

guesa que é falada mundialmente

por “duzentas pessoas”, e logo se

ouviu os mais intelectuais a sussurrar,

outros a sorrir entre os dentes e ou-

tros a dizer: “ele enganou-se, são du-zentas mil”.

No entanto, quem reparou viu a

primeira Dama corrigir silenciosa-

mente o marido apenas com o mo-

vimentos dos lábios dizendo

milhões, com o marido, sem dar

pelo lapso, a continuar a sua mensa-

gem, falando da crise que se faz sentir

e apelando aos emigrantes para aju-

dar Portugal neste momento difícil.

Quando Cavaco Silva termina a

sua mensagem e abandona o palco,

logo a multidão tenta cumprimentá-

lo, mas, para tristeza de muitos, não

havia autógrafos para ninguém.

Ao meu lado houve um convi-

dado que dizia que ainda bem que ele

pensa na gente, dizendo que tinha es-

crito uma carta e não lhe deixaram

entregar. Outro dizia a um da comi-

tiva presidencial “o que vocês querem

é lá o nosso dinheiro, mas isso já aca-

bou e vai acabar”. Não percebi bem

qual era a deste convidado que, das

duas uma, ou “já acabou ou vai aca-

bar“.

Depois do Presidente sair, teve

lugar para alguns o ponto mais alto

da noite, a abertura do bufete. Aqui

houve a necessidade de se decidir em

que bicha se colocava primeiro, na das

bebida ou na da comida, as cadeiras

na sala do Concerto eram poucas

mas as mesas para meter os pratos e

copos ainda eram menos, como nós

somos especialistas em improvisar

depressa se tornou o palco e a plata-

forma dos jornalistas em mesa e as-

sentos e, de súbito o recinto tornou-

se numa espécie de piquenique, o

que até condizia porque para muitos

aquilo até teve carácter de excursão,

havendo gente que se deslocou de

outras cidades em autocarro.

Sobre o Bufete só há a dizer que

só não comeu e não bebeu quem

não quis ou não teve tempo para

estar á espera.

Depois de toda a euforia ainda

pensei que houvesse a oportunidade

de ver, falar ou cumprimentar o Pre-

sidente ou um outro acompanhante,

como é normal em recepções deste

género. Além das várias recepções

com outras individualidades alemãs

que tenho participado, recordo-me

de participar numa do Presidente da

Republica Federal Alemanha, na al-

tura era o já falecido Sr. Joahnnes

Rau, depois da parte oficial quem

queria tinha a possibilidade de dar

um papo de conversa com o anfitrião.

Neste caso foi diferente, Sua Exa.

o Presidente da Republica Portu-

guesa saiu e nunca mais ninguém o

viu, como o Zé Povinho tinha caldo

verde, bacalhau à Braz, bolinhos de

bacalhau, rissóis, azeitonas, pão e para

sobremesa pastéis de nata assim

como para beber cerveja e vinho

entre outras, se calhar ninguém deu

por falta do Presidente.

Como o Presidente foi o pri-

meiro a sair não deve ter tido a

oportunidade de levar um exemplar

do Portugal Post que foi distribuído

gratuitamente à saída da sala.

Nesta recepção viu-se o Cônsul

de Portugal em Hamburgo, represen-

tantes do Escritório Consular de Os-

nabrück, o Embaixador de Portugal

em Berlim. Entre outras caras bem

conhecidas e simpáticas encontra-

vam-se também os Conselheiros Rui

Paz, Piedade Frias, José Eduardo e o

Presidente da FAPA, Vitor Estradas.

Notou-se a ausência do sr. Cônsul-

Geral de Portugal em Düsserldorf,

Dr. Weinstein, ou de um represen-

tante daquele consulado.

Antonio Horta Gelsenkirchen

Fala o LeitorVisita do Presidente da República a Osnabrückvista por um leitor

“Como o Zé Povinho tinha caldo verde, bacalhau à Braz, bolinhos debacalhau, rissóis, azeitonas, pão e para sobremesa pastéis de nataassim como para beber cerveja e vinho, entre outras, se calhar nin-guém deu pela falta do Presidente”

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Faleceu no dia 15 de Abril de 2009, em Odemira, José Manuel

dos Santos nascido a 2.3.1936 em São Luís, Concelho de Ode-

mira.

Emigrante na Alemanha desde 1963 em Essen-Steele, José

Manuel dos Santos foi chamado pela fábrica de vidro Wisthoff

em Essen-Steele em Dezembro desse ano onde trabalhou du-

rante longos anos.

Depois de ser reformado em 1995 continuou a viver na Ale-

manha.

Em Maio de 2008, depois de ter ficado subitamente doente José Manuel dos

Santos, resolveu voltar para Portugal onde faleceu no passado dia 15 de Abril

de 2009.

A esposa filhos, netos e noras do falecido, não o podendo fazer de outro modo,

vem meio manifestar a sua dor e pesar pelo desaparecimento do seu ente -que-

rido.

Faleceu José Manuel dos Santos,

um dos cinco fundadores do

Centro Português de Essen

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Page 9: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009Comunidade Alemanha 9

GENTEMiguel Alexandre é, na actualidade, o português mais mediá-

tico e com mais sucesso na Alemanha.

Autor, produtor e realizador de cinema,

Miguel Alexandre, nasceu em Faro a 21 de

Março de 1968, e vive em Lübeck, cidade

onde desde pequeno vive.

Realizador de alguns filme da série Tatort

da ARD, Miguel Alexandre tem no seu cur-

riculo filmes como "Schutzengel gesucht",

Die kleine Zeugin" (de 2000), "Weil ich gut

bin" (2001), "Das Geheimnis des Lebens"

(2003), "Für immer im Herzen", "Grüsse

aus Kaschmir" (ambos de 2004), "Der

Mann von nebenan lebt!", "Die Diebin und

der General" (ambos 2005), "Störtebe-

ker", "Die Frau vom Checkpoint Charlie"

(ambos de 2006), "Die Anwälte" (Série),

"R.I.S. - Die Sprache der Toten" (Série,

ambos de 2007), "Die Manns" (2008), e

"Kinder des Sturms" (2009 que recente-

mente passou no primeiro canal da televi-

são alemã.

Filmes ainda como "Gran Paradiso - Das

Abenteuer Mensch zu sein“ e o conhecido

Thriller "Macht" (1998) fazem parte deste

português de quem a critica fala como a

„grande esperança do cinema Alemão.

Tal como manda a tradição, a ci-

dade de Werl vai ser pelo 37º ano

consecutivo lugar de encontro para

milhares de famílias que ali se reu-

nirão para participar na peregrina-

ção em honra de Nossa Senhora de

Fátima.

A 9 e 10 deste mês a pequena

cidade de Werl, que dista a cerca de

trinta quilómetros de Dortmund,

será de novo invadida por milhares

de portugueses que ali vão manifes-

tar a sua fé, rezar e, no final, convi-

ver uns com os outros.

O programa litúrgico começa já

no sábado dia 9, pelas 20h00, com

vigília e profissão das velas. No dia

10, o programa inicia-se pelas

10h00 e vai até 15h30, tendo como

ponto alto a Procissão com a ima-

gem da Senhora de Fátima pelas

ruas da cidade.

Este ano a Peregrinação será

presidida por D. Serafim de Sousa

Ferreira e Silva, Bispo de Leiria – Fá-

tima.

Também em Hamburgo, a co-

munidade vai poder assistir e parti-

cipar a duas procissões. Uma, a

procissão de velas, será realizada no

Sábado. dia 16 de Maio, pelas 21h00,

com saída da Mariendom, na Dan-

zigerstr, na qual participa a comuni-

dade croata que se associa ao acto

mariano. Esta procissão, que foi ini-

ciada desde que o Padre Manuel Ta-

vares chegou a Hamburgo para

substituir o Padre Eurico Azevedo,

é realizada pelo quarto ano conse-

cutivo e será presidida por Werner

Thissen, Arcebispo de Hamburgo.

No dia 30 deste mês, também

em Hamburgo, será realizada, pela

primeira vez, uma procissão com a

imagem da Nossa Senhora de Fá-

tima pelas ruas do chamado “Por-

tugiesenviertel”. Será a primeira vez

que se realiza a procissão. O Padre

Manuel Tavares disse ao PP que as

razões que levaram a missão cató-

lica a organizar a procissão tem a

ver com o facto daquele bairro

constituir uma referencia para a co-

munidade lusa naquela cidade.

Esta procissão também terá ini-

cio às 20h00 com na St. Michaelis-

kirche que será presidida pelo

Padre Manuel Tavares.

O PORTUGAL POST também

estará presente com um repórter

para cobrir este importante evento

da comunidade local.

Em Colónia, a procissão das

velas será realizada este ano no Sá-

bado, dia 16, pelas 21h00. Tal como

nos anos anteriores, a procissão

sairá da Igreja Groß-St Martin em

direcção à Catedral. No domingo,

ainda na Catedral, o dia começa

com missa, seguindo-se, na parte de

tarde, da procissão que levará o

andor de Nossa Senhora de Fátima

à igreja de Groß St Martin. No final,

como de costume, haverá convívio

entre os participantes na cerimónia.

O Mês de N. Srª de Fátima

Comunidade organiza procissões em Werl, Hamburgo e Colónia

O Conselheiro Alfredo Cardoso

está a fazer um levantamento sobre

o movimento associativo luso na área

consular de Osnabrück com o objec-

tivo de detectar os problemas e as

potencialidades das associações.

O inquérito está a ser feito com

o conselheiro a deslocar-se a cada

uma das associações para contactar

com os seus responsáveis e também

para melhor poder ver a realidade da

vida associativa.

O levantamento abrange áreas

tais como o património da cada asso-

ciação, a forma actual de gestão, as di-

ficuldades financeiras com que se

debatem, os apoios que têm ou não

das entidades locais ou portuguesas,

as suas actividades, números de só-

cios, ligação à vida local e apuramento

dos grupos étnicos e etários que fre-

quentam o espaço físico das associa-

ções.

Segundo o conselheiro Alfredo

Cardo Cardoso, este levantamento

poderá ser uma ajuda preciosa num

momento em que se debatem solu-

ções alternativas aos actuais modelos

de gestão das associações. O conse-

lheiro é de opinião que este levanta-

mento deveria ser feito em todas as

áreas consulares e que contasse com

a colaboração dos restantes conse-

lheiros. Alfredo Cardoso já falou com

o presidente da FAPA, informando-o

da iniciativa que está neste momento

a levar a cabo.

O responsável pelo Escritório

Consular em Osnabrüch informou o

PP que naquela área existem vinte e

quatro associações.

Deixa-se aqui o contacto de Al-

fredo Cardoso para associações que

o queiram contactar as associações

que queiram contactar.

Conselho das Comunidades

Portuguesas:

Alfredo Cardoso,

Telelefone: 0172- 53 520 47

[email protected]

Conselheiro Alfredo Cardoso promoveinquérito junto das associações

Münster

A banda luso-germânica Atlânti-

cos já tem online o seu novo video-

clip com a música “Criança das

Estrelas”, o seu no trabalho que conta

com a participação do cantor Wolf

Maahn.

O novo trabalho do grupo de

Neuss é o resultado de uma exce-

lente simbiose entre os Atlânticos e

Wolf Maahn que lançaram o single

cantado em português e alemão. Gra-

vado este ano em Portugal, o título

“Criança das Estrelas” tem todos os

condmentos musicais para ser um

êxito. Em Março, o grupo este em

Portugal promover o novo trabalho

e participaram em programas dos

três canais de TV portugueses. .

O videoclip foi realizado por Kai

Schloesser e filmado por João Mo-

reira, com produção da Atlânticos Re-

cords teve ainda a pós-produção

vídeo da Zed Studio (edição de Nuno

Portugal).

O “Criança das Estrelas” é uma

nova versão da canção de Wolf

Maahn que fez furor nos anos oitenta.

Natural de Berlim, Wolf Maahn é um

dos cantores com maior sucesso na

Alemanha. Com 30 anos de carreira,

o cantor alemão já editou cerca de 20

trabalhos.

E é esse videoclip que já pode ser

visto na internet em youtube.com

O grupo Atlânticos lança video do novotrabalho “Criança das Estrelas”

Neuss

A Missão Católica de Expressão

Portuguesa de Colónia vai realizar a

sua habitual Festa das Comunidades.

Desta vez será no dia 14 de Junho

com um programa que se estenderá

ao longo desse dia. Assim, pelas

10h00 os presentes poderão partici-

par numa missa campal, seguida de

animação e algumas actividades des-

portivas para crianças jovens e para

os adultos. Os organizadores prepa-

ram jogos tradicionais portugueses

como o jogo da malha, etc.

Alegria, partilha de convívio, lem-

brar e manter vivas algumas tradi-

ções, unir a comunidade são os

objectivos dos organizadores da Festa

das Comunidades em Colónia que

este ano contará com a presença do

Padre Cantor José Luís Borga que ac-

tuará pelas 16h00.

Os organizadores esperam cerca

de 1000 pessoas que vão poder par-

ticipar nesta festa. Por isso não está

esquecido a gastronomia portuguesa

que costuma fazer as delícias de

quem participa, delícias que são pre-

paradas pelas senhoras da Missão Ca-

tólica lusa daquela cidade na margem

do Reno.

Para mais informações contactar

a Missão Católica Portuguesa através

do número 0221355 6558

Local: Köln-Hugo-Eckenerstr.Sportanlage Bocklemünd.

Comunidade Católica de Colóniaorganiza Festa das Comunidades

Page 10: Portugal Post Maio 2009

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Angola • Brasil • Guiné-Bissau • Cabo-Verde • Moçambique • Portugal • São Tomé e Principe • Timor Leste

Lusofonia

A tradicional atribuição de

prémios “Gala Ngingão” a perso-

nalidades angolanas é um dos

pontos altos do evento.

Nesta edição da “Gala Ngin-

gão”, os responsáveis pela revista

vão homenagear a obra de Bar-

celó de Carvalho “Bonga”, Mestre

do Semba o Herói angolano que

através das suas músicas tem sa-

bido preservar e divulgar além

fronteiras a essência dos valores

culturais do seu povo.

Na manhã do dia 2, a partir

das 10 horas, haverá um torneio

de futebol com a participação de

quatro equipas de futebol das co-

munidades angolanas e portugue-

sas, “África Unit”, de Angola,

Futebol Clube Sto. António de

Portugal, Futebol Clube “África

Power” da cidade de Herten e a

congénere angolana da Holanda,

disputarão pela primeira vez no

campo do Hoeschpark, Dort-

mund, a “TAÇA NGINGÃO”. No

final do Torneio, a organização

oferecerá a comunidade presente

um piquenique com animação

musical.

À noite, para aém da estrela

Bonga, a festa contará ainda com

a participação”. De Celma Ribas,

a voz do POP STAR angolana na

Alemanha, que estará em palco

para apresentar o seu primeiro

trabalho discográfico intitulado

“energia”.

A atribuição do “PRÉMIO

NGINGÃO 2009”, e a passagem

de testemunho de Emília Lopes

“Miss Ngingão 2008”, para a bel-

dade da comunidade que será

eleita na edição “2009”, serão ou-

tros atractivos da Gala.

Kota Ngingas

Grande Festa angolana em DortmundA revista angolana “Ngin-

gão Cultural” publicadaem Dortmund vai come-morar o seu 5º aniversá-

rio com uma festa dearromba e que conta com

a participação do conhe-cido cantor angolano

Bonga. A realizar-se-á nodia 2 deste mês no salão

do Gartenverein Nord, na rua Eberstr.46,

Dortmund.

O sonho do antropólogo brasi-

leiro Marcelo Reges, 31 anos, de fazer

o doutoramento em Portugal ou Es-

panha esvaiu-se com a crise mundial

e a sua esperança de um futuro me-

lhor transformou-se na agonia do de-

semprego.

„Eu iria como turista para a Eu-

ropa e depois ia arranjar um trabalho,

enquanto tentava conseguir um pro-

fessor que me orientasse no douto-

ramento. Faria a selecção na

universidade e, com o documento da

matrícula na mão, voltaria ao Brasil

para pedir um visto. Mas a crise atra-

palhou tudo“, disse à Lusa o jovem,

nascido em Anápolis.

Para Marcelo Reges, vai ser muito

mais difícil obter êxito no exterior

com a crise actual.

As suas amigas em Madrid, que

iriam ajudá-lo, aconselharam-no a não

tentar a sorte na Europa, sacudida

por uma onda de demissões, reflexo

da desaceleração económica.

Marcelo Reges acredita que nos

Estados Unidos a situação seria ainda

pior pelo facto de ser descendente de

árabes.

„Eu tenho medo da xenofobia.

Lutei tanto para conseguir o meu tí-

tulo e não quero ser considerado in-

ferior“, destacou.

Morando actualmente em Brasí-

lia, o antropólogo já estuda a hipótese

de voltar para a casa da mãe, em

Goiás, porque está desempregado há

quatro meses.

Para o analista político David

Fleischer, da Universidade de Brasília

(UnB), o caso de Marcelo Reges vai

tornar-se comum, assim como o de

muitos brasileiros que emigraram e

agora estão a regressar ao país.

„Na Europa e nos Estados Uni-

dos, os estrangeiros são os primeiros

a serem demitidos. E a situação está

pesada nos países desenvolvidos, com

a economia encolhendo e as empre-

sas reduzindo a força de trabalho“,

afirmou Fleischer à Agência Lusa.

O especialista em Relações Inter-

nacionais acredita também que os

brasileiros „vão pensar duas, três

vezes“ antes de sair do país por causa

de um possível aumento da hostili-

dade contra estrangeiros diante da

crise.

„A xenofobia aumentou bastante

nos últimos anos e vemos hoje situa-

ções de segregação mesmo de es-

trangeiros, como por exemplo na

Itália de Berlusconi, cujo Governo se-

parou as salas de aulas dos italianos e

dos estrangeiros. A tendência agora é

piorar“, observou Fleischer.

Brasileiros desistem de emigrar devido também à crise

O ministro português da Cultura,

José António Pinto Ribeiro, disse que

o acordo ortográfico entrará em

vigor "seguramente este ano". As de-

clarações do ministro foram feitas em

Belmonte, centro de Portugal, du-

rante a inauguração do museu À Des-

coberta do Novo Mundo, centrado

no Brasil e na viagem de descobri-

mento de Pedro Álvares Cabral, que

nasceu naquela vila.

Perante uma comitiva brasileira,

José António Pinto Ribeiro conside-

rou que "a língua foi o que de mais

extraordinário deixaram os navega-

dores". A língua, afirmou, "é mais forte

que o sangue".

Questionado sobre quando en-

trará em vigor o acordo ortográfico,

o ministro disse que será "segura-

mente este ano", mas sem apontar

uma data concreta.

"Estamos a identificar todas as ta-

refas, dado que, uma vez em vigor, ha-

verá um prazo de aplicação e

adaptação de vários anos para que

tudo aquilo seja assimilado por todos

nós", explicou Pinto Ribeiro.

Portugal adoptará nova ortografia ainda 2009

O cantor angolano Bonga vai estar em Dortmund para contentamento dos fãs.

Page 11: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 Alemanha 11

Quase a celebrar o quadragésimo

aniversário, o Centro Português de

Singen (CPS) inaugurou as instalações

renovadas e melhoradas da sua sede.

Graças ao empenho dos novos cor-

pos sociais que souberam investir no

momento exacto, o CPS oferece

agora melhor conforto, vantagens e

um agradável ambiente aos sócios e

a todos quantos os visitam .

O CPS conta também com novos

equipamentos e salas para a prática

de jogos de cartas, dominó. Os fuma-

dores não foram esquecidos e têm à

disposição uma sala onde podem

conviver e fumar “uma cigarrada”.

Duas TV Plasma oferecem melhor pa-

norâmica televisiva quando houver

jogos de futebol e programas de in-

formação e de entretenimento.

Salão principal, um bar, uma cozi-

nha, paredes embelezadas com qua-

dros mostrando as províncias de

Portugal, dão outro ar ao Centro. Só

é pena que a biblioteca fique um

pouco escondida. Mas, estamos cer-

tos que a Direcção vai encontrar uma

solução para dar mais visibilidade aos

livros que estão na vitrina.

No dia da inauguração da renova-

ção das instalações, o Centro Portu-

guês de Singen contou com a ilustre

presença do Presidente da Câmara da

cidade, o senhor (em Portugal diría-

mos dr) Olver Ereht. De salientar

também a presença de sócios funda-

dores, honorários e muitos outros

(alguns deslocaram-se de Portugal

para estarem presentes neste mo-

mento da vida do Centro) .

Não podemos vislumbrar ne-

nhum representante do consulado

nem coisa assim parecida.

O dia foi aproveitado para cele-

brar o 25 de Abril com um almoço e,

no final, realizou-se um jogo de fute-

bol para o campeonato da liga onde

o CPS joga. João Ferreira

PORTUGAL POST - Depois deter estado algumas vezes aqui naAlemanha para acompanhar deperto a acção do PS neste país,que nos pode dizer sobre o tra-balho de reorganização do Par-tido Socialista na Alemanha?O PS hoje na Alemanha tem duas sec-

ções bastante actuantes, em Estu-

garda e em Münster, com novos

membros e com uma nova atitude,

tanto virada para uma relação fru-

tuosa com Portugal como com o

SPD. Com a alteração dos estatutos

do PS, deixou de existir formalmente

a federação e passou a ser valorizado

o trabalho das secções. E isto faz

muita diferença porque dá uma maior

autonomia às secções para desenvol-

verem as suas iniciativas e para terem

uma maior colaboração com a sede

nacional. Estamos convencidos que o

PS tem agora melhores condições

para crescer e para representar me-

lhor os interesses dos portugueses

que residem na Alemanha. Mas obvia-

mente que precisamos de mais mili-

tantes para termos ainda mais força.

Com secções em Münster/Osna-brück e Estugarda já em pleno,para quando a criação de maisnúcleos ?Estamos a tentar criar secções na re-

gião de Düsseldorf e em Hamburgo.

Tanto num caso como noutro, temos

já um conjunto de pessoas activas e,

no caso de Düsseldorf, até já há os

militantes certos para assumirem a li-

derança. Com a ajuda de novos mili-

tantes, contamos dar o passo se-

guinte, que é a criação das respectivas

secções. Julgo que isso seria muito

importante para os portugueses des-

sas regiões em virtude da possibili-

dade de aí sermos também mais

influentes junto dos decisores políti-

cos alemães e de se criar uma ligação

mais forte a Portugal.

Sabe-se que o Partido Socialistaprivilegia a cooperação com oSPD....É verdade. O PS tem como princípio

procurar trabalhar sempre que pos-

sível com os partidos irmãos, que no

caso da Alemanha é o SPD. Conside-

ramos que esta colaboração é a me-

lhor forma de se criarem novas

oportunidade e de se conseguir uma

integração de melhor qualidade para

os portugueses. E como o PS tem a

nível nacional uma excelente relação

com o SPD, tentamos sempre apro-

fundar estes laços. De resto, os líde-

res do SPD estão sempre a insistir

que querem uma maior participação

dos portugueses nas suas actividades.

O problema é que, algumas vezes, os

portugueses não correspondem a

essas expectativas, embora isso seja

um tremendo erro porque se perdem

muitas oportunidades. Por isso, pro-

curamos sempre sensibilizar os mili-

tantes do PS na Alemanha para a

importância de procurarem essa

aproximação com o SPD.

O PORTUGAL POST anuncioua sua deslocação à Alemanhaprevista para o próximo dia 8 nacompanhia de José Lello. Quecontactos com a comunidade éque vão ter lugar?O Secretário Internacional do PS,

José Lello, e eu próprio, que também

estou nas listas para o Parlamento

Europeu, vamos participar numa

acção de campanha do SPD dirigida

para a Comunidade Portuguesa em

Hamburgo e depois eu partirei para

Estugarda, onde participarei numa ini-

ciativa semelhante. Isto só confirma o

bom relacionamento que existe entre

os dois partidos. Queremos com esta

colaboração chamar a atenção para a

importância de todos contribuirmos

para que os socialistas sejam maiori-

tários no Parlamento Europeu para

termos uma Europa mais de es-

querda, já que presentemente a maio-

ria dos governos é de centro direita

e o Parlamento Europeu também. E

um Parlamento Europeu forte é

muito importante para a Europa. Por

exemplo, há vários anos que os Socia-

listas, que são o segundo maior grupo

político no Parlamento Europeu,

andam a defender uma maior regula-

ção das instituições financeiras e do

sistema bancário, mas o centro direita

sempre se tem oposto. O resultado

está à vista com esta crise económica

terrível que a Europa e todo o mundo

estão a viver. Se tivesse havido essa

regulação certamente que agora a Eu-

ropa resistiria muito melhor à crise.

MGMS

Perguntas a... Paulo Pisco, Director do Departamento de Comunidades do PS

“Vamos criar secções em Hamburgo e Düsseldorf

Inesperada e

brutalmente,

José Martins

Rita, antigo

operário e

sindicalista da

M e r c e d e s

Benz, Unter-

t ü r k h e i m ,

Stuttgart, mor-

reu no desenrolar de uma pequena

operação num hospital de qualidade

de Lisboa, no dia 19 do passado mês

de Abril.

Aposentado há mais de 14 anos

em Portugal( Algarve), o frontal e co-

rajoso José Rita, alentejano activo e

solidário nascido numa povoação do

Concelho e Distrito de Beja, ainda se

deslocava amiúde a Estugarda para

ver os dois filhos e os netos que pro-

longam a gesta heróica a que meteu

ombros em 1964, quando decidiu

rumar à Alemanha para ganhar a vida

e conquistar a consciência da solida-

riedade social mais nobre. Sem sofis-

mas nem atavismos de pagador de

promessas ilusórias e vãs,como con-

vém salientar.

José Rita participou activamente

na vida política e cultural da Comuni-

dade Portuguesa, em Estugarda. Foi

sócio-fundador e dirigente da Asso-

ciação Operária 1° de Maio- Stutt-

gart, membro fundador da Secção do

PS na capital de Mercedes e Pors-

che;e pioneiro da implantação da Es-

cola Portuguesa em Esslingen. Andou

de porta-em-porta a arranjar pais e

encarregados de Educação para que

fosse criado aquele pólo educativo,

que ainda hoje prossegue na missão

educativa essencial.

Como escreveu o filósofo Carlos

Castãneda, a diferença fundamental

entre o homem comum e o guer-

reiro, é que o „ guerreiro encara tudo

como desafio, enquanto o homem

comum encara tudo como benção ou

maldição „. José Rita ultrapassou

todas as grandes dificuldades que aqui

se lhe depararam, com humor e valo-

res éticos- sem atraiçoar ninguém e

recusando resignar-se aos jogos-de-

espelhos da funesta mediocridade .

Está sepultado em Santa Vitória, Beja,

terra natal que amava e nunca esque-

ceu.

A toda a Família, em especial ao

nosso colega de Redacção Jorge Rita,

enviamos as nossas mais sentidas

condolências de profundo pesar.

F. Almeida Ribeiro

In memoriam de José Martins Rita(1931/2009) „ As ideias das pessoas sãopedaços da sua/nossa Felicidade „. W. Shakespeare

EstugardaSingen

Centro Português de Singen tem instalações renovadas

Os Conselheiros eleitos pela Comunidade Portuguesa na Alemanha lamentam profundamente a mortedo antigo colega e amigo Renato Calvário.Renato Calvário era um português emigrante de bom coração, sempre disposto a ajudar os seus com-patriotas e a servir a comunidade. Tinha um grande sentido de solidariedade e procurava sempreque possível o entendimento e o consenso entre todos membros da comunidade portuguesa.A comunidade deve-lhe inúmeros esforços e canseiras quer no quadro do CCP quer noutras actividadesparticularmente no campo da informação, da cultura e do esclarecimento.Renato Calvário foi pois um exemplo para todos nós de trabalho desprendido e dedicado que os Go-vernos e as instituições oficiais infelizmente raramente ou nunca reconhecem. É com tristeza mas também com um profundo sentimento de gratidão que prestamos homenagem aum colega simples e generoso que comungava dos ideais progressistas e libertadores do 25 de Abril.A melhor homenagem que poderemos prestar ao Renato Calvário é continuar o caminho por ele tri-lhado do trabalho desinteressado e voluntário ao serviço da Comunidade Portuguesa na Alemanha.Os conselheiros eleitos pela Comunidade Portuguesa na Alemanha

Aspecto da cerimónia da Inauguração das novas instalações.

Conselheiros eleitos pela comunidade portuguesa da AlemanhaMORTE DE RENATO CALVÁRIO

No passado dia 8 de Março, a Associação Portuguesa de Emesdetten juntou

os seus associados para um jantar de beneficência que reuniu a quantia de

€ 1195 para ser entregue à Aldeia S.O.S. de Lisboa.

Foi um gesto que fica bem e engrandece a associação lusa de Emsdetten.

Num tempo de crise pensar nos outros é digno e nobre.

Gesto de solidariedade da Associação Portuguesa de Emesdetten

Page 12: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 200912 Cultura

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A Viagem do Elefante, o mais re-

cente romance de José Saramago e

segundo o próprio autor, um livro,

que poderia não ter sido escrito,

tais foram os problemas de saúde

que afectaram o autor pouco de-

pois de o iniciar, “é uma metáfora

da vida humana”. Ele explica: O “ele-

fante desta história que tem de

andar milhares de quilómetros para

chegar de Lisboa a Viena, morreu

um ano depois da chegada e, além

de o terem esfolado, cortaram-lhe

as patas dianteiras e com elas fize-

ram uns recipientes para pôr os

guarda-chuvas, as bengalas, essas

coisas”, referiu. “Quando uma pes-

soa se põe a pensar no destino do

elefante (...) no fundo, é a vida de

todos nós. Nós acabamos, morre-

mos, em circunstâncias que são di-

ferentes umas das outras, mas no

fundo tudo se resume a isso.”

O livro é ententido ou classifi-

cado pelo próprio autor como um

conto, por não ter “os ingredientes

que é costume encontrar num ro-

mance”. Com efeito, as peripércias,

os diferentes fios narrativos, as per-

sonagens que se destacam numa in-

triga amorosa ou outra, enfim, o

que tradicionalmente caracteriza o

romance, isso está ausente desta

obra. Se o livro contém alguma pa-

rábola, é algo que os leitores dirão,

mas o autor revela também que

nesta nova obra não há persona-

gens femininas com personalidade

forte como Blimunda, de „Memo-

rial do Convento“, ou a Mulher do

Médico, de „Ensaio sobre a ce-

gueira“. Este novo conto do Nobel

português, baseado em pouquíssi-

mos dados, promete dar que pen-

sar.

O livro narra uma viagem de

um elefante que estava em Lisboa,

e que tinha vindo da Índia, um ele-

fante asiático Salomão/Solimão que

foi oferecido pelo nosso rei D. João

III ao seu primo, o arquiduque da

Áustria Maximiliano II, genro do im-

perador Carlos V. Isto passa-se tudo

em meados do século XVI, em

1550, 1551, 1552. E, portanto, o ele-

fante tem de fazer essa caminhada,

desde Lisboa até Viena, e o que o

livro conta é isso, é essa viagem

que, ao levar o elefante e respectivo

cornaca de Lisboa a Viena, atraves-

sando parte de Espanha e de Itália,

também rasgando mar e rio, per-

mite fazer várias viagens.

É uma viagem pela história, a

que Saramago já nos habituou, em-

bora não seja propósito do autor

enveredar pelo caminho do ro-

mance histórico – diz Saramago

que “os dados históricos cabiam

numa página” – não deixa de ser re-

levante pelo que tem de reflexão

sobre os jogos de poder e, sobre-

tudo, sobre a situação da igreja

aquando de um momento particu-

larmente importante: o da Reforma

e da Contra-Reforma. Como seria

de esperar, é em tom jocoso e de

crítica mordaz que os assuntos re-

ligiosos são abordados. O “milagre”

protagonizado pelo elefante, regis-

tado num estilo deveras hilariante,

é exemplo perfeito do “estar” e do

estilo saramaguiano perante as

questões à religião respeitantes.

A(s) viagem(ns), no entanto, es-

tende(m)-se muito para além da

história. Pode-se afirmar que o

lugar onde começam e acabam tais

viagens é o homem. De facto, tam-

bém de acordo com o que faz ha-

bitualmente Saramago, nesta obra

são frequentes as reflex?es sobre o

ridículo do poder e a resignação fa-

talista (ou nem tanto) dos humilha-

dos. Revelando uma nítida simpatia

por estes últimos, Saramago, ou o

narrador por ele criado, usa de

humor acutilante para patentear a

sua crítica. Desta forma, “A Viagem

é uma meditação sobre o homem e

os seus destinos, no infungível de

cada um nas clivagens sócio-políti-

cas e relacionais pelo interior das

gerações. Sempre chegamos ao sítio

aonde nos esperam – é esta a epí-

grafe do romance. Sempre o

homem cumpre o seu destino –

como Salomão/Solimão cumpriu o

dele, chegando a Viena e, aí vindo a

morrer, sendo as suas patas diantei-

ras transformadas em bengaleiros.

É, pois, legítimo considerar que esta

narrativa saramaguiana dê destaque

ao destino último e incontornável

de tudo – a morte. Não é menos

relevante, porém, a forma como a

mesma narrativa aborda a questão

– o que se segue à morte pode ser

caricato (é o caso das patas do ele-

fante transformadas em bengalei-

ros), deixando-nos a inquietante

sensação do absurdo que é a vida e

a morte e da pouca dignidade que

tanto o viver como a morte podem

merecer.

Com uma poderosa imaginação

de ficcionista que já nos deu obras-

primas como Memorial do Con-

vento ou O Ano da Morte de

Ricardo Reis, José Saramago coloca

agora nas mãos dos leitores esta

obra excepcional que é A Viagem

do Elefante.

Neste livro, escrito em condi-

ções de saúde muito precárias, obra

da qual diz Saramago que, se for a

última, ficará satisfeito pois “é, além

do mais, uma homenagem à língua

portuguesa”, não sabemos o que

mais admirar - o estilo pessoal do

autor exercido ao nível das suas

melhores obras; uma combinação

de personagens reais e inventadas

que nos faz viver simultaneamente

na realidade e na ficção; um olhar

sobre a humanidade em que a iro-

nia e o sarcasmo, marcas da lucidez

implacável do autor, se combinam

com a compaixão solidária com que

o autor observa as fraquezas huma-

nas.

Escrita dez anos após a atribui-

ção do Prémio Nobel, A Viagem do

Elefante, uma ideia que Saramago

carrega há mais de dez anos,

quando viajou à Áustria e, por

acaso, entrou num restaurante de

Salzburgo chamado “The Elephant”,

mostra-nos um Saramago em todo

o seu esplendor literário, onde as-

sistimos à liberdade radical de

quem tudo conhece e convoca te-

cendo a teia da magia, ditos popu-

lares e brocardos, aforismos,

paradoxos, adágios, provérbios e ci-

tações, ritmos e cadências, lingua-

gens vagamundas, eloquência,

encantamentos e labirinto, isto é,

Saramago utilizando o verbo de

forma livre, criativa, não canónica,

mas, sempre com uma precisão vo-

cabular e uma sintaxa de recorte

tão exacto na sua complexidade

que se poderá afirmar estarmos pe-

rante um dos poucos virtuosos da

língua portuguesa.

Não deixe de ler!

Um livro a pensar (em) português

A Viagem do Elefante de José Saramago

Joaquim Peito

O PORTUGAL POST

errou

O PORTUGAL POST esqueceu-

se de mencionar Joaquim Peito

como autor do artigo “12 erros

que mudaram Portugal”. Por tal,

queremos apresentar ao autor as

nossas desculpas pela omissão in-

tencional.

Page 13: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 Comunidade 13

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O Clube Cultural Desportivo

Juventude do Minho de Hamburgo

organiza no Sábado, dia 2 de Maio,

na Sporthalle Hamburg, Kroch-

mannstr.55, um grande espectáculo

com o conhecido cantor Tony Car-

reira.

Criado em 1987 com o nome

“Os Minhotos”, O Clube Juventude

do Minho promove uma série de

actividades desportivas e culturais.

A organização do concerto de Tony

Carreira é, na história da associa-

ção, o maior evento de todos quan-

tos a Juventude do Minho já orga-

nizou.

Mas a deslocação do cantor a

Hamburgo foi uma ideia de Célia

Nascimento, uma sócia do Clube,

que contactou o cantor aquando da

sua última deslocação em 2008 à

Alemanha.

O local escolhido para o con-

certo, a Sporthalle de Hamburgo, é

um pavilhão com capacidade para

sete mil pessoas. O presidente do

Juventude do Minho, Francisco

Araújo e Célia Nascimento estão

confiantes no sucesso do evento.

O Juventude do Minho também

tem agendada para o próximo dia

20 de Junho uma grande Festa de S.

João que se realiza na Stenzelring

24. A festa decorrerá ao ar livre e

conta com folclore ,’’comes e

bebes’’ e com o verdadeiro fogo de

artificio com um pirotécnico vindo

directamente de Portugal. O Portu-

gal Post deseja que este aconteci-

mento seja um grande sucesso.

Texto e Fotos: Paulo Alexandre

Hamburgo

Os grandes eventos do Juventude do Minho

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Tony Carreira ladeado de Célia Nascimento e o seu marido

Francisco Araújo, presidente do Juventude do Minho, e Célia Nascimento po-saram para o PORTUGAL POST. Texto e fotos: Paulo Alexandre

Page 14: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 200914 Música

PP – Quem é a Deolinda? PM - A Deolinda é a perso-

nagem a que o João Fazenda

deu cara e que aparece na

capa do disco «Canção ao

Lado». É uma senhora na

casa dos 40 anos, que habita

nos subúrbios. Vive com o

seu peixinho, o seu gato, o

melro, os discos da avó, in-

cluindo a grafonola, e en-

carna todo o tipo de

imaginário que é o universo

das canções dos Deolinda.

AB - Ela observa a vida atra-

vés da janela. São essas as

histórias que canta nas músi-

cas.

PP – Como definem avossa música? LM - Um pouco a brincar di-

zemos que a música que fa-

zemos é a «canção ao lado»,

como o título do disco. Por-

que a nossa música tem um

pouco de todas músicas que

nos influenciam.

AB - E não está definitiva-

mente em nenhuma.

LM - Exacto. Sentimos que a

nossa música está polvilhada

da música tradicional portu-

guesa, do fado, da canção po-

pular, mas não a conseguimos

encaixar nesses géneros

PP – O humor é umacomponente essencial dovosso trabalho. A inten-ção é contrariar a ideiageneralizada pelo fado,de que a música portu-guesa é como os portu-gueses: triste emelancólica? AB - Penso que o humor, ou

esta maneira que temos de

encarar a música, que é tam-

bém como encaramos a vida,

é uma forma positiva de ver

as coisas. Também a Deolinda

conta histórias de amor não

correspondido. Mas a atitude

é mais positiva: se o rapaz

não está apaixonado pela ra-

pariga, pior para ele (Risos).

A rapariga não se deixa der-

rotar pelo amor não corres-

pondido. Acho que é uma

diferença de postura e uma

forma própria de encarar os

problemas que são os de

sempre.

PM - O triste e o melancó-

lico também estão um boca-

dinho em nós. Mas nós

temos cerca de 30 anos,

somos pessoas positivas,

com alento, que têm vontade

de ver as coisas acontecer e

de participar nelas. E ao fim

e ao cabo, nós já vivemos

esta crise há tantos anos,

desde pequenos que esta-

mos habituados a ouvir falar

em crise.

AB – A maneira de a encarar

é mesmo com leveza, porque

senão vivíamos derrotados

pela crise.

LM - Quanto à acusação de

que o humor escasseia na

música portuguesa: é ver-

dade que estamos habitua-

dos a caracteriza-la como

triste, melancólica, e um

pouco associada à palavra

saudade. Mas a verdade é

que há muita música portu-

guesa que vai muito além

disso. Por exemplo, a canção

tradicional, de norte a sul do

país, também tem muito

humor.

PP – O que distingue osDeolinda de muitas ou-tras bandas de músicapopular é a importânciacentral da letra das can-ções. Não será esse umobstáculo em concertosno estrangeiro?AB - A nossa primeira expe-

riência lá fora foi também

para pôr à prova essa dúvida

que nós próprios tínhamos.

Foi um concerto na Bélgica.

Aí percebemos que a música

é uma linguagem universal.

Apesar do público não per-

ceber tudo de imediato, a

música conseguiu transmitir

a mensagem. Além disso, eu

faço uma pequena introdu-

ção antes de cada música a

explicar o que se está a pas-

sar. Pelo que me têm dito, a

minha própria vivência da

música e a minha expressão

corporal, ajudam a perceber

os vários momentos do que

está a ser cantado.

PP – Os críticos colocama voz de Ana Bacalhau nagaleria das chamadasvozes femininas portu-guesas. O que é a «portu-galidade» da voz?AB - Essencialmente, a por-

tugalidade da voz reside na

língua. O som da língua por-

tuguesa é muito caracterís-

tico, talvez um pouco

fechado, por causa das vogais

fechadas, mas muito limpo. Se

pensarmos nas vozes portu-

guesas mais conhecidas, da

Mariza, da Teresa Salgueiro,

da Cristina Branco, timbrica-

mente elas não são muito

parecidas. E, para além desse

som, a língua portuguesa traz

também uma entrega, uma

carga emocional. São esses

dois factores que eu tento

também levar: uma dicção,

uma importância da língua da

letra, da língua portuguesa e

também da entrega emocio-

nal.

PP – Há quem vos vejacomo os renovadores po-tenciais de toda a músicapopular portuguesa.LM - Nós estamos apostados

no nosso projecto e em tra-

balhar as canções que temos.

A renovação da música po-

pular portuguesa é uma

carga muito grande para um

projecto de quatro pessoas

(Risos). Interessa-nos traba-

lhar o passado musical e um

pouco a mitologia da música

portuguesa. Há uma série de

autores que nos interessam

bastante e que são influên-

cias maiores: Zeca Afonso,

António Variações, Amália

Rodrigues, José Mário

Branco, Fausto, entre outros.

Eu acho que uma renovação

na música portuguesa está

sempre a acontecer.

AB - E nunca vem só com

uma banda. Tem que vir com

um conjunto de bandas. Um

trabalho conjunto de uma

geração só pode ser avaliado

daqui a muitos anos.

Em Abril passoupela Alemanha,

vindo do Sudoeste,uma lufada de arfresco musical: abanda «Os Deo-

linda». São quatrojovens músicos por-tugueses - Ana Ba-calhau (AB) na voz,

Pedro Leitão nocontrabaixo, LuísMartins (LM) naguitarra e PedroMartins (PM) naguitarra e voz –

apostados na reno-vação da música po-

pular portuguesaem todas as suas

vertentes, sem me-nosprezar influên-

cias de outrosgéneros musicais lu-sófonos e mundiais.

O Portugal Postfalou com três ele-

mentos do gruposobre o seu

projecto.

Cristina Krippahl

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Os Deolinda: ao som da língua portuguesa

Page 15: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 15

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Dança

Cristina Delius estudou dança

clássica na sua Lisboa natal, onde tra-

balhou na Oficina Teatro e Dança e

com o Ballet Gulbenkian antes de se-

guir para Paris, em 1984, onde estu-

dou no Conservatório Marcel Dupré

e prosseguiu a sua aprendizagem de

sapateado Centre de Dance du Ma-

rais, com Victor Cuno.

Em 1991 foi para Nova Iorque

onde, enquanto estudava dança mo-

derna com Merce Cunningham, apro-

fundou o estudo de sapateado (tap

dance, designação norte-americana)

com Brenda Bufalino, Ted Levy e Josh

Hilberman, entre outros.

Frequentou também master clas-

ses com Gregory Hines (1946-2003)

e Buster Brown (1913-2002), ex-

poentes máximos do tap dance

norte-americano.

“Entretanto, apaixonei-me por

um alemão e mudei-me para Berlim,

mas voltei a Nova Iorque em 1997

para dançar na companhia Manhattan

Tap, de Heather Cornell, com Josh

Hilberman, Max Pollak, Olivia Rosenk-

rantz, Jeannie Hill e Mike Minery”,

disse.

A sua vida centra-se agora na sua

escola de sapateado, em Berlim, com

constantes viagens a Nova Iorque,

Paris, Barcelona e Lisboa, onde está

também envolvida no ensino com Mi-

chel de Roubaix, actor e professor de

sapateado que vive em Portugal

desde 1979 e que conhece desde a

adolescência.

“A escola norte-americana de sa-

pateado está intimamente ligada ao

jazz, diz-se mesmo que os sapateado-

res negros norte-americanos influen-

ciaram muito os bateristas de jazz

nos anos 20 e 30 e que estão na ori-

gem dos primeiros solos de bateria”,

afirma.

Cristina Delius considera que o

sapateado europeu está ligado às di-

ferentes tradições do folclore de vá-

rios países, desde a Irlanda à Espanha

(flamenco) e Portugal, onde está pre-

sente no fandango ribatejano.

Mas, para Cristina Delius, estas

são tradições de certa forma fechadas

em modelos de execução colectiva

estabelecidos há muitas gerações e

sem grande evolução.

“O tap dance norte-americano

está em constante evolução porque,

tal como acontece com o jazz a que

está tão ligado, é produto de uma ex-

pressão individual, mais livre”, disse,

frisando que a técnica norte-ameri-

cana é completamente diferente da

europeia, muito mais desenvolvida.

“Os norte-americanos apostam

na evolução técnica, essencial para

que possam alargar cada vez mais o

seu horizonte de expressão individual

e trabalhar qualquer tipo de música,

o que é muito importante para mim”,

afirmou.

Cristina Delius confessou ter fi-

cado fascinada com as Quintas de

Leitura, onde actuou com Michel de

Roubaix (acordeão e dança) e Beatriz

Serão (percussão).

“É uma iniciativa magnífica, fiquei

fascinada. Encher uma sala de teatro

com público pagante para ver e ouvir

ler poesia é algo de muito raro.

Como portuguesa enche-me de or-

gulho que isto se passe no meu país.

Não conheço em Berlim nada seme-

lhante”, afirmou.

Actualmente dá espectáculos em

toda a Alemanha, na Europa e nos Es-

tados Unidos e trabalha com um trio

em Berlim com um contrabaixista

alemão e uma guitarrista brasileira ali

residente.

A sua próxima actuação em Por-

tugal é a 30 Maio no Dia Mundial do

Sapateado 2009, em Palmela, organi-

zado pelo núcleo de sapateadores de

Portugal, agrupado em torno de Mi-

chel de Roubaix no site

Sapateado.org.

O endereço Internet de Cristina

Delius é www.cristinadelius.de, onde

podem ser vistas, em vídeo, várias das

suas criações e excertos de alguns es-

pectáculos.

Bailarina portuguesa Cristina Delius dirige em Berlim melhor escola de sapateado da EuropaA bailarina portuguesa CristinaDelius dirige em Berlim, ondereside, a Tapa Toe Steptanzstu-dio, considerada pelos melhoresbailarinos norte-americanos desapateado como a melhor es-cola da especialidade na Europa.

Cristina Delius

Page 16: Portugal Post Maio 2009

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Infante Sagres NovoLüdinghausenInfante Sagres é o novíssimo restaurante aberto no passado dia 9 de Abril em (59348)Lüdinghausen com inauguração oficial prevista para o dia 3 deste mês. Gerido pelo empresário Paulo Cortes, proprietário de uma das mais conceituadas ge-ladarias da região (ver em www.sanremo-eiscafe.de), o Restaurante Infante Sagrespromete ser uma casa que prestigiará a gastronomia Portuguesa.A abertura do restaurante Infante Sagres teve a estimada colaboração de DomingosMendes, promotor local da BKM, amigo de longa data do Gerente. Com capacidade para 100 comensais, 20 mesas, a sala é excelente para almoços, jan-tares ou lanches para ocasiões festivas ou para eventos, efemérides, etc.Como curiosidade, o Restau-rante Infante Sagres tem umasala à parte para os clientes fu-madores.Uma das vantagens que osclientes muito apreciarão seráa esplêndida esplanada onde,em dias de bom tempo, poderásaborear mariscos da sua pre-ferência acompanhados de umbom vinho verde fresco. Apaixonado pela cozinha portuguesa, Paulo Cortes, 41 anos, natural do Alentejo, chegouà Alemanha quando tinha 18 anos, idade com que iniciou a trabalhar na gastronomia,tornando-se mais tarde um empresário de sucesso na área.O restaurante decorado com muito bom gosto, onde não faltam detalhes que evocamo espírito marinheiro do povo português e os seus navegadores, tem um ambienteagradável onde apetece estar a degustar as especialidades da casa.E por falar em especialidades, Paulo Corte lembra-nos o cabrito à transmontana comoprato especial no primeiro domingo de cada mês.Em suma, o Restaurante Infante Sagres vai ser o lugar preferido para as suas refeiçõescom familiares e amigos. A ementa: que vai desde as entradas com muito por onde escolher, com destaque paraas entradas de mariscoA cozinha está entregue a dois chefes cozinheiros, um português e brasileiro.

“Comer e chorar por mais”

Cabrito à transmontanaFeijoada de BúziosPicanhaCozido à PortuguesaPratos variados de MariscoGrelhados de Carne e PeixePão caseiroSobremesas caseirasGelados

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Infante SagresGerência: Paulo CortesWilhelmstr 7 – 959348 Tel.: 02591-940 435Na foto: à esq., Paulo Cortes acompanhado do seu amigo Domingos Mendes

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Page 17: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 Economia 17

Alemanha

Firmino Gomes é conhecido na comunidade portuguesa

pela sua longa experiência no comércio de produtos portu-

gueses alimentares , artesanato, etc., actividade onde sempre

trabalhou na Alemanha.

Hoje, gerente da Ibérico Import, empresa de venda a

grosso e a retalho do ramo de produtos alimentares, Firmino

Gomes, fala com orgulho do seu primeiro estabelecimento

– o Mercado Ibérico - que abriu faz quinze anos na Lange

Reihe, como o início de uma actividade que tem hoje a Ibé-

rico Import como uma das empresas de importação de pro-

dutos alimentares portugueses mais sólidas do norte da

Alemanha.

Nestas casas pode-

mos encontrar, para além

do atendimento simpático

e familiar, uma gama muito

diversificada de produtos

alimentares bem como al-

guns artigos de artesanato

regional que desperta a

curiosidade do cliente.

De destacar a garra-

feira de vinhos bastante

diversificada para servir a

sua clientela portuguesa e

alemã.

Com armazém, super-

mercado e escritórios

centrais em Wilhelmsburg, a Ibérico Import é fruto de um

crescimento sustentado, de trabalho e de uma aposta num

mercado que foi conquistando a partir da primeira loja.

Firmino Gomes, 48 anos, natural de Celorico de Basto e

pai de 3 filhos, chegou a Hamburgo em 1989, é hoje ajudado

pelo seu filho, Daniel Gomes de 23 anos que logo após ter-

minar o curso de gestão de empresas se juntou ao pai para

seguir os seus passos.

Como não há duas sem três, Ibérico Import abriu em

Harburg Rathaus um novo estabelecimento que dá pelo su-

gestivo nome ''CIDADE GALO'' (fazendo jus à fama do Galo

de Barcelos) cuja gerência está entregue à sua filha Célia

Gomes, 25 anos, que, tal como o seu irmão, se juntou ao seu

pai para o ajudar na expansão da empresa. A nova loja (Por-

tugiesische Geschenkartikel & Stehe-Café) é um estabeleci-

mento de artigos de decoração, regionais, olaria, artesanato,

uma boa garrafeira, não faltando alguns produtos alimentares

em cujo espaço se encontra um café muito agradável para

beber uma bica, um copo ou mesmo degustar alguns petis-

cos e doces regionais.

Ibérico Import

Uma empresa familiar de importação em francaexpansão

Fotos: Em cima. Firmino Gomes e o seu filho DanielGomes. Al lado: Célia Gomes e, em baixo, aspecto domercado Iberico na Lange Reihe.

Os institutos de pesquisa que aconselham o governo alemão

previram um recuo de 6 por cento do PIB e um aumento de um

milhão de desempregados em 2009 na maior economia europeia,

no seu relatório anual.

Os cinco institutos (quatro alemães e um suíço) confirmaram

assim que a Alemanha atravessa a maior crise económica desde

o fim da II Guerra Mundial, em 1945.

O presidente do instituto de Pesquisa ifo, de Munique, Hans-

Werner Sinn, falou mesmo da “pior depressão” desde a crise que

abalou a economia mundial, em 1929.

Para 2010, apesar de alguma recuperação, os referidos insti-

tutos prevêem que o Produto Interno Bruto (PIB) germânico

volte a contrair-se 0,5 por cento, e advertem que só em 2013 a

economia alemã regressará aos níveis de 2008.

Quanto ao desemprego, actualmente nos 3,586 milhões (8,6

por cento), estimam que ultrapassará os quatro milhões de pes-

soas, já no próximo Outono, e que as perdas de postos de traba-

lho atinjam um milhão até ao final do ano.

Em 2010, o número de desempregados deverá aproximar-se

dos cinco milhões, quando as empresas começarem a despedir

funcionários até agora mantidos em regime de trabalho parcial,

para fazer face à crise.A situação no mercado de trabalho afectará

o consumo, que este ano poderá ainda ser superior em 0,3 por

cento a 2008, mas em 2010 deverá cair 1,2 por cento, avançam

os mesmos economistas.

A quebra do consumo só está a ser atenuada pela baixa in-

flação, que em 2009 não deverá ultrapassar os 0,4 por cento, ob-

servam ainda. O Fundo Monetário Internacional prognosticou

também uma quebra de 5,6 por cento da economia alemã, e o

prosseguimento da recessão em 2010.

O governo de Ângela Merkel também admitiu ontem que em

breve corrigirá em baixa a sua previsão de uma contracção do

PIB, dos actuais 2,25 por cento para pelo menos cinco por cento.

No próximo ano, haverá uma retoma moderada, avaliaram os

institutos alemães, recusando, simultaneamente, propostas de um

terceiro plano anti-crise, exigido pela central sindical e pelas con-

federações patronais. “Sob o pano de fundo de um previsível au-

mento do défice, não é aconselhável implementar mais pacotes

conjunturais”, afirma-se no relatório.

Admitem, porém que possa haver necessidade de tomar

novas medidas deste género, “se todos os esforços na zona Euro

falharem”, mas aconselham que tais medidas sejam tomadas no

quadro europeu. Os economistas alemães aconselharam, simul-

taneamente, que o Banco Central Europeu promova nova descida

dos juros, dos actuais 1,25 por cento para 0,5 por cento.

O cenário de agravamento da crise já levou responsáveis

como o chefe do gabinete de estudos económicos do Deutsche

Bank, Norbert Walter, e o presidente da Confederação dos Sin-

dicatos, Michael Sommer, a alertar para um recrudescimento da

agitação social.

“A paz social pode estar em risco”, admitiu Walter ao canal

de televisão pública ZDF.

Sommer tinha advertido para um aumento dos protestos la-

borais, invocando que a recessão “já abrange também domínios

clássicos da sociedade, como os operários, os empregados e a

classe média”. FA

Economia vai cair 6% e número de

desempregados aumentar em um milhão

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Seg-Dom.: 11H30-24H00

Em DortmundTexto e fotos: Paulo Alexandre

Page 18: Portugal Post Maio 2009

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José Saramago As intermitências da mortePreço: € 10,00No dia seguinte ninguém morreu». Assim co-meça este novo romance de José Saramago.Colocada a hipótese, o autor desenvolve-aem todas as suas consequências, e o leitor éconduzido com mão de mestre numa ampladivagação sobre a vida, a morte, o amor, e osentido, ou a falta dele, da nossa existência.

Jorge AmadoCapitães da AreiaPreço: € 10,00Capitães da Areia é o livro de Jorge Amado maisvendido no mundo inteiro. Publicado em 1937, tevea sua primeira edição apreendida e queimada empraça pública pelas autoridades do Estado Novo.Em 1944 conheceu nova edição e, desde então, su-cederam-se as edições nacionais e estrangeira, e asadaptações para a rádio, televisão e cinema.Jorge Amado descreve, em páginas carregadas degrande beleza e dramatismo, a vida dos meninosabandonados nas ruas de São Salvador da Bahia,

conhecidos por Capitães da Areia.

Lewis CarrollAlice no País das MaravilhasPreço: € 10,00É um dos mais extraordinários contosde fadas de sempre, onde a imagina-ção reina como senhora absoluta, oabsurdo e o nonsense delirante domi-nam e onde tudo é possível. O CoelhoBranco, o Gato de Cheshire, a Lebrede Março, o Chapeleiro Maluco, aRainha de Copas… e, claro, Alice…

Quem não se lembra das personagens que Lewis Carroll imortalizoue que fazem parte do imaginário de várias gerações?

Anónio Lobo AntumesOs Cus de JudasPreço: € 10,00António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e espe-cializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante váriosanos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foimobilizado para o serviço militar. Embarcou para An-gola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em1979 publicou os seus primeiros livros, Memória deElefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980,Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são

marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.

Miguel TorgaBichosPreço: € 10,00«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pe-quena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tãoespontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso queme liberte do medo de parecer ufano da obra, evenha delicadamente cumprimentar-me uma vez aomenos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»

Manuel AlegreAlmaPreço: € 10,00As memórias de infância. Os cheiros, as vozes, asemoções de um tempo em que o tempo não temfim e o significado está presente nas mais peque-nas coisas. Todas elas ficam sempre, como marcasna alma, princípios que norteiam a vida. A nostal-gia dos lugares mágicos da infância. De Alma, vilaencantada onde convive tradição e subversão, me-lancolia e audácia, crendices, ideologia e fute-

bol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-se a conhecer,chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre a República e a Monar-quia, um país que era, á época, o mundo de uma criança expectante eatenta. De Alma, partiu toda a sua vida. Ler + português

Título: Inês de PortugalAutor: João Aguiar

Preço: 10 €

Título: Amor de PerdiçãoAutor: Camilo Castelo Branco

Preço: 10 €

Título: Histórias ExtraordináriasAutor: Egar Allan Poe

Preço: 10 €

Título: Os da Minha RuaAutor: OnjakiPreço: 10 €

Título: História Universal da InfâmiaAutor: José Luís Borges

Preço: 10 €

Page 19: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 19Publicidade

Page 20: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 200920

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iços

3Catarina Tavares

[email protected]

Telf.: 00 351 21 370 00 00

AdvogadaLisboa

m 4 de Julho de 2008, foi aprovado o decreto-lei

116/2008 que criou uma série de medidas cujo ob-

jectivo foi o da simplificação e eliminação de actos e

procedimentos desnecessários no âmbito do registo

predial, bem como na celebração dos negócios jurídi-

cos que envolvam imóveis.

Este diploma faz parte do programa SIMPLEX que

já implementou medidas nas áreas do registo comercial, automó-

vel e civil.

Pretendeu-se com estas alterações, apostar na criação de

novos serviços online, e facilitar a vida dos cidadãos nas relações

com as Conservatórias e a Repartição de Finanças, entre outros.

De entre as medidas aprovadas, evidenciam-se as seguintes:

eliminação da competência territorial das conservatórias de re-

gisto predial; obrigatoriedade de obtenção dos documentos ne-

cessários para instruir o registo, por parte das conservatórias;

dispensa da escritura pública na formalização dos negócios jurí-

dicos; registo obrigatório e dentro do prazo que a lei impõe; de-

pósito online de documentos e certidão permanente online.

Com a eliminação da competência territorial das Conserva-

tórias, o cidadão pode efectuar qualquer acto de registo, sem

estar limitado à Conservatória da localização do bem imóvel, po-

dendo escolher entre as 337 Conservatórias de Registo Predial.

Vejamos o caso de uma herança que inclui três prédios situados

em diferentes localizações, Braga, Lisboa, Beja. Quando fosse ne-

cessário obter os documentos de identificação do prédio, seria

preciso recorrer às conservatórias de registo predial de Braga,

Lisboa e Beja para se obter as certidões de registo predial ou

realizar actos de registo. Isto resultaria em várias deslocações que

implicariam custos e tempo, ainda que fosse utilizada a via postal.

Com o fim da competência territorial, os interessados podem es-

colher qualquer conservatória, fosse em Braga, Lisboa ou Beja

para realizarem quaisquer actos de registo referentes aqueles

prédios. Poupando-se assim o tempo das deslocações e o custo

das mesmas.

Antes de 21 de Julho de 2008, para se realizar um contrato

de compra e venda, era necessário ir à Conservatória do Registo

Predial onde o prédio estava localizado para se obter a certidão

de registo predial, ir até ao serviço de finanças para que emitis-

sem a caderneta matricial e junto da Câmara Municipal para se

obter a licença de utilização. Era da responsabilidade do interes-

sado a obtenção de todos estes documentos. A partir de 21 de

Julho de 2008, criou-se uma rede de comunicação entre as con-

servatórias e os demais serviços da Administração Pública para a

obtenção de quaisquer documentos, nomeadamente, os acima

referidos. Assim a obrigação de apresentação de documentos

deixa de ser da responsabilidade do interessado para passar a ser

dos serviços da administração Pública.

Antes do dia 1 de Janeiro de 2009, a celebração de um negó-

cio jurídico era, salvo raras excepções, realizada num cartório no-

tarial por um notário através da escritura pública. Na chegada de

2009, os contratos passam a poder ser feitos pelas próprias pes-

soas desde que sejam submetidos a um Termo de autenticação,

que vai certificar que o que consta do documento particular é a

vontade expressa das partes.

As entidades que o legislador escolheu para autenticarem o

documento particular foram os advogados, os solicitadores, as

conservatórias, as câmaras de comércio e indústria e como se

bem entenderá, os notários. Foi assim que se criaram os cinco

balcões únicos.

Quais as vantagens de nos dirigirmos a um destes balcões

únicos? Nestes balcões únicos podemos tratar de todas as situa-

ções relacionadas com o imóvel em questão, formalizar o negócio

jurídico, pagar os impostos devidos, alterar a morada fiscal, efec-

tuar o registo, requerer a certidão permanente, etc. Mais uma vez,

existirá uma poupança efectiva de tempo e custos para os inte-

ressados, basta recorrer a um daqueles lados para se tratar de

tudo o que é necessário para se vender, doar, constituir usufruto,

ou que seja, sobre os imóveis.

Outra das alterações, foi que a partir de 21 de Julho de 2008

o registo predial passou a ser obrigatório, procurando-se assim,

salvaguardar a segurança jurídica dos imóveis situados em Por-

tugal. No entanto, se antes era o adquirente que tinha de registar

o seu direito, agora passam a ser as entidades reconhecidas como

balcões únicos, as obrigadas a promover o registo obrigatório,

quando participem no acto de celebração do negócio jurídico.

Por cada acto de registo é entregue ao cidadão uma certidão

predial do prédio, estando o seu custo já previsto no emolumento

de registo. Optou-se também pela criação de uma certidão per-

manente online, que tem a vantagem de estar constantemente

actualizada, ter um custo inferior à certidão em papel, e estar

acessível através de uma senha que poderá ser entregue aos ser-

viços da administração pública, aquando da necessidade de a

mesma ser consultada ou até mesmo entregue.

Negócios com imóveis – O que mudou?

E

Page 21: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 21

ADVOGADASilvia Neves Oliveira

Consultasem português

RechtsanwaltskanzleiSilvia Neves de OliveiraUhlandstr. 4273092 HeiningenTel.:07161 / 65 63 002Mobil:0172 / 74 53 408Fax: 0 7161 / 65 63 [email protected]

3José Gomes Rodrigues

Assistente SocialCaritas Neuss

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Nem sempre a “universidade”da

rua ou o conselho dos colegas

tem o cariz informativo absoluto.

Não acredite simplesmente e não

se deixe levar friamente por essas

escolas. Poderão ser úteis mas

mantenha uma certa distancia

sobre a sua veracidade. Procure

entrar mais profundamente no

cerne das questões. Queremos

minimizar o impacto dessas esco-

las. Permaneça livre e convidamo-

lo a procurar outras fontes de

informação. Vamos dar umas pas-

sadas rápidas no campo de direito

laboral para o elucidar e, pensar

duas vezes, antes duma decisão

que pode ser importante no seu

caso.

Claro que posso, durante otrabalho, ter uma consultamédica!Engana-se, uma consulta médica

pertence ao âmbito privado. Du-

rante o trabalho só poderá ir ao

médico desde que, por motivo de

fortes dores ou por ferimentos

graves, não possa adiar essa con-

sulta até o final do dia de trabalho

ou até ao outro dia. O mesmo é

válido quando necessita de tirar

sangue ou outra inspecção mé-

dica de rotina.

Sendo fumador, claro possofumar no lugar de trabalho! Mesmo que esteja na firma há 40

anos ou mais, não pode de forma

alguma exigir que lhe seja reser-

vado um espaço próprio para

fumar ou que lhe seja permitido

ter pausas para alimentar esse

vicio. Terá de usar as pausas gerais

para isso, já que, durante o traba-

lho, terá de estar sempre disponí-

vel para qualquer intervenção ou

serviço exigido

Durante uma doença nãoposso de forma ser despe-dido!Lamentamos, mas esse comporta-

mento não condiz com a lei labo-

ral em vigor. Este regra existiu na

antiga Alemanha Oriental (DDR),

mas foi retirada após a reunifica-

ção. A lei geral a aplicar é que, ha-

vendo prognose de saúde

negativa, pode o patrão despedir

o trabalhador em questão, não só

durante a doença, mas também

por causa da doença. O normal

funcionamento da firma não pode

ser obstruído.

Quem muda de residênciatem de usar das suas fériasanuais!Quem o faz sacrifica direitos a

que tem. Se muda de casa, tem di-

reito a ferias especiais. Estes dias

livres estão devidamente regula-

mentados no contrato tarifário.

Não só neste caso existem dias

livres devidamente pagos, mas

também para o próprio casa-

mento. Neste caso tem dois dias

livres pagos. Por morte do côn-

juge, terá direito ate 4 dias. Em

caso de doença do filho poderá

ficar em casa até cinco dias para

tratar convenientemente dele,

desde que sejam cumpridas ou-

tras condições. Mesmo que tenha

de apresentar-se a outra firma

para questões de trabalho tem di-

reito a um determinado tempo

livre.

Tenho direito a um atestadode bom comportamento daempresa!Não será bem assim, claro que o

seu chefe pode passar esse certi-

ficado, mas tem de apoiar-se na

verdade dos factos e não servir-

se da estratagemas ou duma lin-

guagem que não corresponda à

verdade dos factos.

Posso escolher trabalho par-cial ou a tempo inteiro naempresa!Não será bem assim! O patrão

pode, a seu pedido, averiguar se

na empresa existe a possibilidade

de um emprego parcial. O mais

difícil será o contrario. Se alguém

esta ligado à empresa com um

contrato de trabalho reduzido

não poderá exigir um trabalho a

tempo completo.

Enamorar-se na empresa...não interessa ao patrão!Esta sua visão não condiz com a

verdade. É claro que o chefe não

pode imiscuir-se na sua vida pri-

vada. Contudo se, em virtude

desse enamoramento, haja pro-

blemas na secção, o patrão pode

afastá-los para duas diferentes

secções, ou admoestá-los pela

forma escrita ou até com o des-

pedimento se o andamento da

empresa vier a sofrer com isso.

Ou sendo uma frima de serviços,

os clientes vierem notarem al-

guma anormalidade e evitarem o

consumo.

Posso gozar as minhas feriasonde e como quero!Seria mesmo bom se isso fosse

verdade. Claro que o patrão pode

concordar com a marcação das

suas férias, desde que nenhum in-

conveniente exista para o normal

funcionamento da empresa. Ne-

nhum empregado pode tomar

por si só as ferias quando lhe ape-

tece ou convier a si. Se o fizer,

pode arriscar um despedimento

sem prazo. Lembramos que as fé-

rias devem ser tomadas durante

um certo tempo sem correr o

perigo de caducarem.

O tempo de firma propor-ciona-me certas liberdadesde acção!Totalmente errado! Para quem

estiver há mais tempo numa em-

presa é-lhe exigido uma maior

lealdade, já que é considerado

como modelo perante os outros

mais jovens. Por um simples des-

cuido, que à primeira vista posso

ser considerado uma insignificân-

cia, pode ser despedido saem

prazo.! Basta desviar uma lâm-

pada mesmo que seja dum preço

insignificante.

Acusar colegas, não é meufeitio, mas há situações!Mesmo que não seja muito agra-

dável, há situações em que não há

alternativa. Quando somos teste-

munhas que colegas levem para

casa objectos de trabalho, mesmo

acessórios de escritórios como

papel ou outro matéria, deve de-

clará-lo ao patronato mesmo

anonimamente. Quem cala po-

derá arriscar ser despedido, caso

venham a ser conhecidos esses

actos.

O patrão não me pode deforma alguma mudar de sec-ção...a antiguidade conta!Se a possibilidade de mudança de

secção estiver estipulada no con-

trato de trabalho, o que na maior

parte das vezes acontece, não há

nada a fazer. Deve, sem resmun-

gar, acatar a ordem emanada do

patrão ou da direcção da em-

presa.

Nem pensar! Estou determi-nado a não fazer nem umahora extraordinária!Quem assim pensa pode colocar

em perigo o seu lugar de trabalho.

A gerência da firma pode exigir-

lhe até 10 horas de trabalho diá-

rias.

Uma condição para esta exigência

é que, nos últimos seis meses,

não se tenha ultrapassado as 8

horas em media diárias. É de real-

çar que o sábado, nesta contagem,

conta como dia útil normal de

trabalho.

Causando dano na empresaterei mesmo de ser respon-sabilizado? Não é tanto assim! pode pagar li-

vremente os danos causados. Mas

não o faça.

Quando os custos de reparação

são enormes e sem relação com

o ordenado, não o faça. Exempli-

ficando, se o seu ordenado men-

sal for de 2500 € e tiver causado

um prejuízo no valor de 150.000€

pode ser-lhe exigido simples-

mente uma comparticipação de

10 a 20% do total.

Erros mais comuns no direito de trabalho

* Consulta medica durante o trabalho* Despedimentos e rescisão voluntária do contrato de trabalho* Doença e despedimento* Férias suplementares* Atestados de bom comportamento* Antiguidade na empresa e direitos – horas extraordinárias

Page 22: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009Comunidade22

Todo o tipo deinstrumentos paragrupos musicais,

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Gerente: Anibal Gonçalves

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AgendaTome Nota

Sugestão de LeituraTítulo: Os BichosAutor: Miguel Torga (encomenda PORTUGAL POST SHOP)

Maio 20092.05.2009 – FELBACH:

Grande Festa do 12° Ani-

versário do Centro Portu-

gues de Fellbach e. V. Com

o artista Rui Alves (pela

primeira vez na Alemanha)

-Baile com Teixeira e Ilisio.

Band Expression. DUO

OASIS. Elvis. Madame Juju.

Grupos de danca mo-

derna. Folclore. Local: Fell-

bach-Schmiden, Sport alle

Hofäcker Str. 2, a partir

das 16h00

2.05.09 – ESTUGARDA- Festival de folclore do

grupo Etnográfico Danças

e Cantares de Stuttgart.

Baile com a Banda Atlantis.

Info:0152-07077610

2.05.2009 –

DORTMUND: Festival

de Folclore organizado

pelo do R.F. Santo Antó-

nio de Dortmund. Partici-

pação de vários ranchos

folclóricos. Baile com o

grupo musical FM RADIO

Local : Dietrich-Keuning-

Haus, Leopoldstrasse 50,

Dortmund

Com início pelas 16.00

horas. Info 0174 7418721

2.05.200 - HAMBURGO:

Tony Carreira ao Vivo.

Local: Sporthalle, Kroch-

mannstr.55. ;

2.05.2009 –

DORTMUND – Festa

Angolana, com torneio de

futebol durante todo o dia

até às 18h00 no do

Hoeschpark, Dortmund, à

noite, pelas 22h00, actua-

ção do cantor Bonga.

Local: Gartenverein Nord,

na rua Eberstr.46, 44145

Dortmund.Info:

015209938525

7.05.2009 – HAM-BURGO – Concerto de

Ana Moura. Inicio: 21h00.

Local:Fabrik Barnerstr. 36

9/10. 05. 2009 – Werl- “Pe-

regrinação a Werl” com

procissão de Velas, Sábado,

e Domingo, dia 10, Procis-

são pelas ruas da cidade.

Info: (0)231- 8479187

9.05.2009 –

HAMBURGO – Exposi-

ção de algumas obras de

Maria Lino. Local Consu-

lado-Geral de Portugal,

Büschstr.7.. Durante o ho-

rário de abertura do con-

sulado.

10.05.09 - ESTUGARDA- Tradicional festa da bar-

raca na mineral Bader.

Baile com duo José tei-

xeira e Ilisio. 0152-

07077610

13.05.2009 – HAM-BURGO – Concerto de

Sara Tavares. Início 20h00.

Local:Fabrik Barnerstr. 36

16.05.2009 – HAM-BURGO - Procissão de

N. Senhora de Fátima. Iní-

cio: 19h00. Local de saída:

Mariendom, Danzigerstr.

16.05.2009 - OFFEN-BACH/M - Noite de

Fados no restaurante Casa

Portuguesa com a partici-

pação de Ciro da Silva e

Fátima Moita. Guitarra

Portuguesas: Augusto San-

tos, viola, João Silva. Início:

21H00. Info: 0176 - 28 82

57 71. Waldstr. 40

17.05.2009 –

OSNABRÜCK – Baile

no Centro Português de

Osnabrück com o Trio Ca-

brita. Org. Club Motards.

Inicio: 21h00Entrada Gra-

tuita.

23.05.09 ESTUGARDA- festa das Velhas Glórias

de Stuttgart. Baile com o

duo Jose Teixeira e Ilisio.

0152-07077610

30 e 31.05.09

MAGSTADT - Tradicio-

nal Festa da Mata

e baile com o duo Jose Tei-

xeira e Ilisio.

0152-07077610

31.05.09 – KAISERS-LAUTERN - Tradicional

Festival de folclore do

Grupo Folclórico de Kai-

serslautern. Baile com

Banda Atlantis e artista

cinvidado (Nuno ex.parti-

cipante na Operação Tri-

unfo da RTP). Info:0172

2686632

31.05.09 – BONA - Festa

portuguesa em Bonn-

Duisdorf. Local: Sporthalle.

Baile com o duo Hora-H.

0152-07077610

30.05.2009 – GÜTERS-LOH – 7º Baile da Pinha

com início às 20h00 no pa-

vilhão “Schützenhalle Verl”.

Durante a Tarde Torneio

de futebol. Org. Associa-

ção Portuguesa de Güters-

loh. Inf. Tel.: 05241/40414

30.05.2009 – HAM-BURGO -Procissão de N.

Senhora de Fátima que

percorrerá o Portugiesen-

viertel. Início: 19h00. Local

de saída:Ditmar-Koel-

Str.15)

Concertos do TelmoPires com a pianista deJazz Maria Baptista

para apresentar o novoálbum "Sinal", quesaiu a 3 de Abril9.05.2009 – GERA – no

Gera Theater. 19.30h

23.05.2009 – COLÓNIA- Altes Pfandhaus. 20h00 -

Local: Kartäuserwall 20

26.05.2009 – BERLIN -

Admiralspalast 20h00 –

Local: Friedrichstraße 101,

(BHF Friedrichstraße)

Tel.: 030 3253 3130

Leituras, com o escritor angolanoAgualusa19.05.2009 MUNIQUE -

19h00 . Local: Buchhand-

lung KOKON Lenbach-Pa-

lais, Lenbachplatz 3, Mün-

chen

22.05.2009 FRANK-FURT - 20h00 . Local:

TFM - Centro do Livro,

Große Seestraße 47,

60486 Frankfurt,

25.05.2009 LEIPZIG -

20h00 . Local: Haus des

Buches, Gerichtsweg 28,

04103 Leipzig

26.05.2009 BERLIM -

19h00 . Local: Brasiliani-

sche Botschaft, Wallstraße

57, 10179 Berlin

27.05.2009 ROSTOCK -

20h00 / andere buchhand-

lung

28.05.2009 COLÓNIA -

20:00 / N.N.

29.05.2009 HAM-BURGO - 19h00 . Local:

Werkstatt 3, Nernstweg

32-24, 22765 Hamburg

Sara Tavares na Alemanha13.05.2009

HAMBURG, Fabrik

15.05.2009

BERLIN, Kesselhaus

16.05.2009

FRANKFURT, Brotfabrik

17.05.2009

LUDWIGSHAFEN,

BASF Gesellschaftshaus

19.05.2009

DORTMUND, Konzert-

haus

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Page 23: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 Conselhos 23

Crise é a palavra de ordem cada dia que passa. Não se ouve falar

de outra coisa, enquanto não houver um acontecimento extraor-

dinário que abafe este sindroma doentio no mundo das grandes

empresas e dos grandes magnatas. E no final, são sempre os mais

pequenos, os pobres que pagam a maior factura.

Como podemos fazer um bom “inventário à nossa em-presa pessoal”?Eu creio que há um aspecto muito importante que cada um de

nós deve ter em conta. É um pequeno segredo, o qual se chama

ATITUDE. Reparem no seguinte exemplo:

Países como a Índia e o Egipto têm mais de 3000 anos e são po-

bres. Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há

150 anos atrás eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos

e ricos. A diferença entre países ricos e pobres também não re-

side nos recursos naturais disponíveis. O Japão possui um terri-

tório limitado: 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e

a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O país é

como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima

do mundo inteiro e exportando produtos manufacturados.

Outro exemplo é a Suiça, que não planta cacau, mas tem o melhor

chocolate do mundo. No seu pequeno território cria animais e

cultiva o solo apenas durante quatro meses no ano, fabricando

lacticínios da melhor qualidade. Este país, sendo pequeno, deixa

passar uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o

transformou numa caixa forte do mundo da finanças.

Segundo estudos feitos, concluiu-se que não há diferença intelec-

tual significativa entre executivos de países ricos e os seus con-

géneres de países pobres. A raça ou a cor da pele também não

são importantes. Imigrantes rotulados de preguiçosos nos seus

países de origem são a força produtiva de países ricos europeus.

Qual é então a diferença?

A diferença é a atitude das pessoas moldada ao longo dos anos

pela educação e pela cultura. Ao analisarmos a conduta das pes-

soas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande

maioria segue os seguintes princípios de vida:

A ética, como princípio básico;

A integridade;

A responsabilidade;

O respeito às leis e regulamentos;

O respeito pelo direito dos demais cidadãos;

O amor ao trabalho;

Oesforço pela poupança e pelo investimento;

O desejo de superação;

A pontualidade.

Nos países pobres apenas uma minoria segue esses princípios bá-

sicos na sua vida diária.

Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou por-

que a natureza foi cruel connosco. Somos pobres porque nos falta

atitude. Falta-nos vontade para cumprir e ensinar esses princípios

de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

Somos assim, por querer levar vantagens sobre tudo e todos;

Somos assim, por ver algo de errado e dizer: “deixa p’ra lá!”.

Os nossos políticos têm atitudes pouco dignificantes;

Esbanjamos dinheiro em vaidades que faz falta para o essencial;

Agora, para concluir, eu creio que para fazermos um bom “inven-

tário à nossa empresa pessoal”, devemos reflectir muito bem esta

mensagem aqui transmitida, na medida do possível pô-la em prá-

tica, para que uma grande maioria de nós pense muito a sério no

assunto e MUDE de atitude!!!

A crise saiu à rua..Algumas soluções para as famílias resistirem à crise

Saiba onde pode cortar no orçamento familiar e quais as melho-

res opções para pôr o dinheiro a render.

Muitas famílias já estão a sentir os efeitos da crise que se atra-

vessa a nível mundial. Com o orçamento quase estrangulado,

muita gente já estão endividados e têm mesmo de apertar o cinto

para conseguirem pagar tudo. Entre a prestação da casa e do

carro, cartões de crédito, alimentação e transportes torna-se di-

fícil saber onde é possível cortar nas despesas.

Aqui algumas dicas sobre onde pode poupar e como poderá ren-

tabilizar o seu dinheiro. Quais as melhores opções de investi-

mento no actual contexto económico e financeiro.

1. Despesas da casaÉ possível reduzir a factura da água, luz e gás  com alguns peque-

nos gestos. Utilize lâmpadas fluorescentes e desligue os aparelhos,

pois em modo ‘stand by’ gastam energia. Reduza o tempo do

banho e opte por duches rápidos, desligando sempre a água

quando não a está a utilizar.

2. TransportesPartilhar o carro com colegas do trabalho permite-lhe dividir gas-

tos e, por isso, gastar menos dinheiro. No entanto, deixar o carro

em casa é sempre a opção mais barata.

3. ComunicaçõesNos dias de hoje a Internet e o telemóvel são quase uma exten-

são de cada pessoa. Mas mesmo sendo imprescindível é possível

reduzir os custos. Se apenas vê cinco ou seis canais, por que razão

precisa de um pacote completo de canais. 

4. Comissões bancáriasRequisição de cheques, transferências bancárias e consultas de

extractos são algumas das operações  que a maioria da pessoas

utiliza. Em vez do balcão, opte pelo ‘Internet banking’ ou pelo mul-

tibanco. Em alguns casos a poupança é considerável, uma vez que

as operações que até apresentam um custo ao balcão saem a

custo zero através da Internet.

5. SupermercadoFaça uma lista antes de ir às compras e, sempre que possível, opte

pelas marcas brancas. A diferença pode parecer pouca, inicial-

mente, mas acaba por poupar alguns euros. Por exemplo, um car-

rinho cheio que represente uma conta de 300 euros, poderá ficar

por 200 euros, substituindo alguns produtos.

6. Almoçar e jantar foraPonha o preconceito de lado e comece a levar o almoço para o

trabalho. Vai ver que, ao final do mês, não vai sentir vergonha

quando tiver conseguido poupar mais de 200 euros. Sempre que

possível opte por jantar em casa, as refeições fora são um gasto

supérfluo que deve ser dos primeiros a cortar.

7. SegurosRenegociar o seguro do carro ou mesmo mudar de seguradora

pode representar um poupança anual considerável. Reavalie a sua

situação. Algumas seguradoras ‘on-line’ oferecem preços bastante

convidativos...

8. Férias e entretenimentoEsteja atento às promoções. Planeie com antecedência e compre

viagens através da Internet – que oferece planos mais económi-

cos. As companhias ‘low cost’ são uma boa opção. Aproveite

praias e jardins perto de casa para os passeios. Informe-se sobre

espectáculos e concertos gratuitos. Se fuma e está a adiar para

deixar o vício, esta pode ser uma boa altura – sempre são cerca

de 100 euros que poupa por mês.

9. Depósitos a prazoCom o aumento dos juros, os bancos oferecem também taxas

superiores nos depósitos a prazo, podendo esta ser uma opor-

tunidade para pôr o seu dinheiro a render.

10. ImobiliárioFoi no mercado imobiliário que a crise começou. Mas também é

sabido que os cenários de crise criam oportunidades e o imobi-

liário é uma delas. Para quem tem capital, este pode ser um bom

investimento no longo prazo. Existem também fundos imobiliários

que permitem ganhar com a valorização do mercado imobiliário

mas com o risco mais diluído.

11. VolatilidadeA volatilidade está instalada nos mercados financeiros. Num dia

as acções estão em alta e no dia seguinte em mínimos: uma au-

têntica montanha-russa imprópria para cardíacos. Em vez de apa-

nhar sustos com as subidas e descidas, faça da volatilidade uma

fonte de rendimento. O fundo CAAM Volatility Euro Equity co-

mercializado pelo ActivoBank7 e Banco Best está a ganhar no úl-

timo ano 15%.

12. InflaçãoO aumento da inflação é quase inevitável, por isso, se não é pos-

sível evitá-la, invista nela. O Parveste Global Inflation-Linked Bond

L, comercializado, pelo Banco Best, investe na inflação e nos últi-

mos 12 meses está a ganhar mais de 11%.

13. Fundos de investimentoOs fundos de investimento permitem diversificar o investimento

e reduzir o risco. Por essa razão, e de acordo com o seu perfil,

poderá optar por um fundo mais conservador ou até mesmo

agressivo. Consoante os activos que componham a carteira a ren-

dibilidade pode ser atractiva. Mas não deve fazer do passado a

história do fundo. Lembre-se que rendibilidades passadas não são

garantias de ganhos futuros.

14. Outras variantes Se um investidor poupar desde os 25 anos 2,5 euros por dia,

quando chegar aos 65 terá acumulado 143 mil euros. Mas para

que tal aconteça é preciso que os consumidores saibam escolher

as aplicações financeiras mais adequadas ao respectivo perfil de

risco.

Há soluções para todos os gostos. Se os depósitos, produtos de

capital garantido e certificados de aforro são aplicações mais in-

dicadas para quem não gosta de correr riscos, já as acções, os

‘warrants’ ou futuros são instrumentos adequados para investi-

dores corajosos.

Importante mesmo é começar a criar hábitos de poupança o

quanto antes. Porque neste campo, tempo é dinheiro.

Diz o ditado que “de tostões se fazem milhões!”

*Diácono e responsável das comunidades portugueses da diocese deAugsburg

Mudança de atitude é urgente em tempos decrisePor

Rui Mendes*

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Page 24: Portugal Post Maio 2009

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Entre médicos

Um médico encontra num congresso uma médica, após a palestra

saem juntos, e resolvem jantar. Depois vão para um hotel e resolvem

ficar hospedados no mesmo.

No quarto prosseguem com as carícias, beijos, exame físico com-

pleto e após a relação a doutora vai para o toalete, começa a se

lavar esfrega cada falange, metacarpo, antebraço umas 50 vezes.

Na cama, o médico observa e diz:

- Já sei qual sua especialidade!

A médica pergunta:

- Qual é?

Ele diz:

- Você é cirurgiã!!

Ela responde:

- Muito bem, como é que você descobriu?

Pela forma que você se lava.

- Eu também descobri sua especialidade

O médico assutado disse:

- Impossível não me levantei da cama, nem me lavei!

- Você é anestesista

- Como é que a Sra. descobriu?

Foi fácil eu não senti nada durante a relação!

Um homem de 69 anos congelou o

corpo da sua falecida mãe a fim de

poder continuar a receber a sua

pensão de reforma, revelou a polícia

norte-americana.

Roland Auslander foi detido na al-

deia de Cooks Falls, a 170 quilóme-

tros a Norte de Nova Iorque, seis

meses depois da descoberta do

corpo da mãe no congelador da

casa da família, indicou a polícia do

Estado de Nova Iorque.

A polícia estima que a mãe de Aus-

lander, quase centenária, tenha mor-

rido de morte natural em 2007

numa data indeterminada.

O filho, que desapareceu depois da

descoberta do corpo em Outubro,

na sequência de uma denúncia, foi

acusado de eliminação ilícita de res-

tos humanos e de falsificação de as-

sinatura.

Congelou a mãe paracontinuar a receber asua reforma

Um norueguês corre o risco de pagar

uma multa e ter a carta de condução

suspensa, depois de a polícia o ter

prendido quando mantinha relações

sexuais com a namorada ao mesmo

tempo que conduzia alta velocidade.

O casal, um homem de 28 anos e uma

mulher de 22, foi detido pela polícia

rodoviária numa estrada a 40 km da

capital do país. Tor Stein Hagen, do

departamento de polícia de Soendre

Buskerund, explicou a um jornal local

que os agentes prenderam o casal

quando circulava num Mazda a 133

km/h, numa área com velocidade má-

xima limitada a 100 km/h.

Mas, a maior surpresa ainda estava

para chegar: «O carro seguia de um

lado para o outro porque a mulher

estava sentada no colo do homem.

Ele conduzia ao mesmo tempo que

fazia sexo. Não podia ver quase nada

porque as costas da mulher enco-

briam a sua visão».

Se conduzir não...faça sexo

Um homem, de 42 anos, foi preso

por não pagar a pensão alimentícia

dos seus filhos nos últimos seis

anos, de acordo com registos do

município de Flint, no Michigan.

Com 14 filhos de 13 mulheres dife-

rentes, Thomas Frazier, desempre-

gado, deve mais de 530 mil dólares.

Segundo um jornal local, Frazier po-

derá continuar detido caso não

efectue um pagamento de 27.900

dólares.

O americano nega ter tantos filhos,

afirmando ser pai de apenas três.

Segundo ele, o pagamento de 3 mil

dólares por mês seria impossível.

«Ninguém ganha tanto», disse.

Todavia, Frazier foi detido no mês

passado a dirigir um Mercedes

Benz, levando consigo 5 mil dólares

e uma passagem aérea para a Fló-

rida.

De acordo com o jornal local, Fra-

zier argumentou em sua defesa que

terá sido o sistema que o levou a

procurar afecto junto das mulheres

mais velhas, considerando-se assim

uma «vítima».

O americano teria sido pai aos 15

anos, tendo o seu primeiro filho

nascido em 1989.

Tem 14 filhos de 13 mu-lheres diferentes... enão paga a pensão

Charles L. Clemens Jr., de 61 nos de

idade, tornou-se conhecido depois

de «casar» com duas mulheres que

viviam no mesmo condomínio, em

Overland Park, no estado do Kan-

sas (EUA). Ou seja, eram vizinhas.

O «noivo» foi, entretanto, detido

pelas autoridades e acusado de bi-

gamia. A primeira denúncia foi feita

em Novembro passado, quando

uma das esposas foi a casa da

«outra» e descobriu que ele já era

casado, quando contraiu matrimó-

nio consigo.

Clemens casou com a primeira mu-

lher há 22 anos, mas em Janeiro de

2006, voltou a casar. No entanto,

omitiu à noiva que já era casado.

Ambas têm idades compreendidas

entre os 50 e os 60 anos.

Americano casou com duas mulheresque eram vizinhas

poesias de amor

e de outros sentires

A Flor que ÉsA flor que és, não a que dás, eu quero.Porque me negas o que te não peço.Tempo há para negaresDepois de teres dado.Flor, sê-me flor! Se te colher avaroA mão da infausta esfinge, tu perereSombra errarás absurda,Buscando o que não deste.

Ricardo Reis

Acredite se quiser

Page 25: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 25Passar o Tempo

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Previsões para Maio 2009Por Maria Helena Martins

Aprenda a viver sem medoFormato: 15,5 X 23 cmPáginas: 92

Preço: 18.99 €Este livro pretende ajudá-lo a vencer osmedos com que lida diariamente: o medo dedesagradar, o medo de fracassar, o medo deser rejeitado, o medo da mudança, entre ou-tros, e a aprender a confiar em si mesmo enas suas decisões.

CarneiroAmor: Aja de acordo com as indicações do seucoração. Seja audaz no que diz respeito à con-quista da sua felicidade.Saúde: É possível que uma doença do passadovolte a surgir, prejudicando o seu sistema imu-nitário. Esteja alerta e tudo correrá pelo melhor.Dinheiro: Apesar de ser um mês positivo, poderáestar sujeito a alguns gastos inesperados.

TouroAmor: Acredite que o seu amor apenas tem olhospara si e fomente a cumplicidade entre ambos.Saúde: Tenha alguns cuidados e mentalize-seque a sua saúde não é de ferro. Dinheiro: Assuas finanças denunciam alguns problemas. Es-teja atento às suas fragilidades.

GémeosAmor: É uma boa altura para os nativos solteirosiniciarem um relacionamento estável.Saúde: O descanso e o exercício físico são fun-damentais para conseguir aguentar a pressãoexercida sobre si durante este mês.Dinheiro: Planifique a sua vida profissional paraque possa ser mais organizado e rentabilizar oseu trabalho.

CaranguejoAmor: Tente não se desentender com uma pes-soa querida por meros boatos. Opte pelo diálogoe aja com sentido de justiça. Saúde: Apesar de as suas preocupações estaremvoltadas para outros aspectos da sua vida, asaúde é algo que não poderá descurar duranteeste mês. Dinheiro: Poderá ter de ajudar alguém de quemgosta muito, através de um empréstimo finan-ceiro.

LeãoAmor: Durante algum tempo tem feito progres-sos nesta área, mas não se iluda com alguémque conhece mal. Saúde: Neste período, poderá sentir o seu sis-tema imunitário mais fragilizado. Reduza oritmo de trabalho. Dinheiro: Evite colocar em risco a sua reputação.Seja responsável e dedicado ao trabalho.

Virgem Amor: Esforce-se por basear a sua relação ematitudes de diálogo e compreensão.Saúde: O desequilíbrio em que se encontra podeestar associado ao cansaço e à falta de exercí-cio.Dinheiro: Desenvolva alguns dos seus projectos,pois esta é a melhor altura para os colocar emprática.

Balança Amor: As relações amorosas estão na ordem dodia, mas previna-se contra as falsas amizades. Saúde: Liberte-se um pouco do trabalho e da ro-tina diária e dê especial importância ao seubem-estar. Dinheiro: O seu trabalho reflectir-se-á na suasaúde e no modo como organiza a sua rotinadiária.

EscorpiãoAmor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sa-crifícios para manter o bem-estar familiar. Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indis-posição que o conduzirá à redução do seu ritmodiário. Dinheiro: Poderá ter as condições necessáriaspara se dedicar a um projecto deixado na ga-veta.

SagitárioAmor: Dê especial atenção aos seus amigos, poiseles necessitarão da sua ajuda. Saúde: Afaste-se um pouco da sua rotina diária,tire uns dias de folga e restabeleça as suas ener-gias. Dinheiro: Possibilidade de abraçar novos pro-jectos profissionais que permitirão uma entradaextra de dinheiro.

CapricórnioAmor: Dê a si mesmo a oportunidade de a emo-ção estar mais presente na sua vida.Saúde: É um período excelente para melhorar asua actividade física. Dinheiro: Aprimore o sentido de responsabili-dade e competência e o seu reconhecimento seráfeito.

AquárioAmor: Será alvo de muita atenção por parte dequem o rodeia. Saúde: Boa saúde e bem-estar serão as palav-ras-chave que o acompanharão ao longo de todoo mês. Dinheiro: A obtenção de dinheiro em áreas dis-tintas daquela em que trabalha revelar-se-á umaboa opção que lhe possibilitará aumentar osseus rendimentos.

PeixesAmor: Altura ideal para efectuar a mudança quetanto necessita de fazer. Saúde: Canalize a sua energia para actividadesde lazer. Faça apenas aquilo que realmentegosta.Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dosseus rendimentos, para conseguir melhorar asua situação económica.

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Page 27: Portugal Post Maio 2009

PORTUGAL POST nº 178 • Maio 2009 27Vinhos de PortugalOs Novos Vinhos de Portugal

PorDra. Teresa Colaço do Rosário

A “Ibérico Import” organi-

zou pela primeira vez a sua

primeira degustação de vi-

nhos portugueses e espa-

nhóis na sede da empresa

em Wilhelmsburg.

Realizada nos dias 24 e 25

de Abril, a prova teve como

objectivo dar a conhecer

diversos vinhos de varias

regiões de Portugal que a

“Ibérico Import” repre-

senta, em exclusivo, na Ale-

manha, dar a conhecer aos

seus clientes alguma das

marcas

Os clientes da “ibérico Im-

port” tiveram a ocasião de

degustar cerca vinte e sete

marcas novas, tendo algu-

mas merecido especial

atençnao dos presentes

O “Xara Tinto”, da região

do Douro; o “Fado Tinto” e

o “Terras do Crato Tinto”,

da região do Alentejo,

foram alguns dos muitos

tintos que brilharam.

Já nos vinhos brancos, re-

fira-se o verde “Quinta de

Santa Cristina” e o “Casa

da Tojeira”, entre outros.

O gerente da ”Ibérico Im-

port”, Firmino Gomes, já

está a pensar na organização da próxima prova devido ao êxito desta pri-

meira experiência.

“Ibérico Import” organiza primeira prova vinhos

Aspecto da prova de vinhos com a presença dealguns clientes da “Ibérico Import”. Em baixo:aspecto da fachada da empresa de FirminoGomes.Texto e Fotos: Paulo Alexandre, corresponde emHamnurgo

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A actual Região Demarcada dos

Vinhos Verdes estende-se por todo

o noroeste do país, na zona tradicio-

nalmente conhecida como Entre-

Douro-e-Minho. Tem como limites a

norte o rio Minho (fronteira com a

Galiza), a nascente e a sul zonas

montanhosas que constituem a se-

paração natural entre o Entre-

Douro-e-Minho Atlântico e as zonas

do país mais interiores de caracte-

rísticas mais mediterrânicas, e por

último o Oceano Atlântico que

constitui o seu limite a poente.

Orograficamente, a região apre-

senta-se como „um vasto anfiteatro

que, da orla marítima, se eleva gra-

dualmente para o interior“ (Amo-

rim Girão), expondo toda a zona à

influência do oceano Atlântico, fenó-

meno reforçado pela orientação dos

vales dos principais rios, que cor-

rendo de nascente para poente faci-

litam a penetração dos ventos

marítimos.

As vinhas, que se caracterizam

pela sua grande expansão vegetativa,

em formas diversas de condução,

ocupam uma área de 34 mil hectares

e correspondem a 15% da área vití-

cola nacional.

Na última Prowein – feira inter-

nacional de vinhos em Düsseldorf -

tive oportunidade de provar os Vi-

nhos Verdes da colheita de 2008, que

me surpreendeu pela sua extraordi-

naria qualidade. Na colheita de 2008

houve uma quebra da produção, que

se traduziu num incremento da qua-

lidade e dos preços!

Entre vários produtores que

contactei, salientou-se a Quinta de

Gomariz, em Santo Tirso. Esta

quinta, integrada na sub-região do

Ave, é dirigida pelo proprietário Ma-

nuel da Silva Correia e Sá, que é res-

ponsável pelas vinhas e pelos vinhos.

Os vinhos são produzidos com tec-

nologia moderna mas respeitando a

tradição dos Vinhos Verdes. No en-

cepamento destacam-se as castas

Loureiro, Trajadura e Alvarinho nas

brancas e Espadeiro, Padeiro de Bas-

tos e Vinhão nas tintas.

O Quinta de Gomariz Loureiro

Colheita Seleccionada 2008 é um

vinho feito a partir da casta Lou-

reiro. Apresenta uma cor citrina e

brilhante, no aroma mostra-se muito

vivo, com notas florais e frutadas. Na

boca é muito equilibrado com uma

“agulha” natural muito persistente.

O Quinta de Gomariz Colheita

Seleccionada 2008 é obtido a partir

das castas Loureiro, Trajadura e Pe-

dernã. É um vinho com um aroma

frutado muito prolongado, lembra

frutos tropicais como licheas e ana-

nas. Na boca é um vinho delicioso,

muito equilibrado, com final de boca

longo. O vinho perfeito para os

amantes de comida tailandesa e ja-

ponesa.

Para terminar, não posso deixar

de referir o Quinta de Gomariz Al-

varinho Colheita Seleccionada, um

vinho com um aroma a frutos tropi-

cais, com algumas notas florais, típi-

cos da casta. Na boca apresenta uma

textura fina, com notas minerais e

um sabor muito prolongado e agra-

dável. Acompanha bem pratos de

marisco e queijos fortes.

Para mais informações visite o

site www.quintadegomariz.com

Os “Verdes” da Quintade Gomariz

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