PORTUGUÊS

5
5/24/2018 PORTUGUS-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/portugues-561ec02bb9dc5 1/5 PORTUGUÊS ELEMENTOS DO DISCURSO Comunicação e Intencionalidade discursiva / Funções Intrínsecas do Texto Elementos básicos da comunicação; Texto e discurso/ a intenção no discurso; As funções intrínsecas do texto. Todo ato comunicativo envolve componentes essenciais:   Emissor - remetente, locutor, codificador, falante;  Receptor - destinatário, interlocutor, decodificador, ouvinte;  Mensagem - prática social em que algo é comunicado, conteúdo transmitido pelo emissor;  Intenção - objetivo, finalidade do discurso, intencionalidade;  Código / linguagem - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem (verbal, gestual, musical, visual, mista, etc);  Contexto - referente, momento histórico;  Circunstância – situação de produção (compromisso profissional, social, acadêmico, lazer, etc);  Suporte – canal, ambiente por onde a mensagem é veiculada ( tela de computador, livro, revista, placas, faixas, cd, etc);  Recursos  –  formas de organizar o texto (diálogo, humor, linguagem poética, etc). ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO: Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação Texto: É uma unidade lingüística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa. Elementos Auxiliares na Construção do Sentido de um Texto - o contexto discursivo:  Papel social dos interlocutores;  O conhecimento de mundo do interlocutor;  As circunstâncias históricas em que se processa a comunicação;  A intenção do locutor. Discurso:  Discurso é a atividade comunicativa capaz de gerar sentido, desenvolvida entre interlocutores.  Texto + Contexto discursivo. Intencionalidade Discursiva São as intenções, explícitas ou implícitas, existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação comunicativa. Exemplo: -Por favor! Me joga uma corda que eu estou me afogando! - E além disso ainda quer se enforcar? (Jô Soares, Veja, 20/05/02) Na piada, o locutor, ao pedir uma corda, naturalmente deseja ser socorrido, prendendo-se a ela. O interlocutor, entretanto, interpreta sua pergunta como se o locutor desejasse se enforcar. O humor é extraído do fato de as personagens não levarem em conta um princípio básico das interações verbais: a intencionalidade discursiva.

Transcript of PORTUGUÊS

PORTUGUS

ELEMENTOS DO DISCURSO

Comunicao e Intencionalidade discursiva / Funes Intrnsecas do TextoElementos bsicos da comunicao;Texto e discurso/ a inteno no discurso;As funes intrnsecas do texto.

Todo ato comunicativo envolve componentes essenciais: Emissor - remetente, locutor, codificador, falante; Receptor - destinatrio, interlocutor, decodificador, ouvinte; Mensagem - prtica social em que algo comunicado, contedo transmitido pelo emissor; Inteno - objetivo, finalidade do discurso, intencionalidade; Cdigo / linguagem - conjunto de signos usado na transmisso e recepo da mensagem (verbal, gestual, musical, visual, mista, etc); Contexto - referente, momento histrico; Circunstncia situao de produo (compromisso profissional, social, acadmico, lazer, etc); Suporte canal, ambiente por onde a mensagem veiculada ( tela de computador, livro, revista, placas, faixas, cd, etc); Recursos formas de organizar o texto (dilogo, humor, linguagem potica, etc).

ELEMENTOS BSICOS DA COMUNICAO:

Obs.: as atitudes e reaes dos comunicantes so tambm referentes e exercem influncia sobre a comunicao

Texto: uma unidade lingstica concreta, percebida pela audio (na fala) ou pela viso (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa.Elementos Auxiliares na Construo do Sentido de um Texto - o contexto discursivo: Papel social dos interlocutores; O conhecimento de mundo do interlocutor; As circunstncias histricas em que se processa a comunicao; A inteno do locutor.Discurso: Discurso a atividade comunicativa capaz de gerar sentido, desenvolvida entre interlocutores. Texto + Contexto discursivo.

Intencionalidade DiscursivaSo as intenes, explcitas ou implcitas, existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situao comunicativa.Exemplo:-Por favor! Me joga uma corda que eu estou me afogando! - E alm disso ainda quer se enforcar? (J Soares, Veja, 20/05/02)Na piada, o locutor, ao pedir uma corda, naturalmente deseja ser socorrido, prendendo-se a ela. O interlocutor, entretanto, interpreta sua pergunta como se o locutor desejasse se enforcar. O humor extrado do fato de as personagens no levarem em conta um princpio bsico das interaes verbais: a intencionalidade discursiva.

FUNES DA LINGUAGEM: funes intrnsecas do texto

Funo EmotivaTambm chamada de expressiva, tal funo que ocorre quando o destaque dado ao emissor. Suas principais caractersticas so: verbos e pronomes em primeira pessoa; presena comum de ponto de exclamao e interjeies; expresso de estados de alma do emissor (subjetividade e pessoalidade); presena predominante em textos lricos, autobiografias, depoimentos, memrias . Ex.: Posso te falar dos sonhos, das flores, de como a cidade mudou... Posso te falar do medo, do meu desejo, do meu amor... Posso falar da tarde que cai E aos poucos deixa ver no cu a lua Que um dia eu te dei. (A lua que eu te dei/ Ivete Sangalo)

Funo ConativaTambm chamada de apelativa, essa funo ocorre quando o destaque dado ao receptor. Observe que a inteno principal do anncio estimular o receptor a adquirir a revista. As principais caractersticas dessa funo so: verbos no imperativo; verbos e pronomes na segunda ou terceira pessoas; tentativa de convencer o receptor a ter um determinado comportamento; presena predominante em textos de publicidade e propaganda; Emprego da ambiguidade.

Funo Referencial / Funo Cognitiva ou Denotativa a funo que ocorre quando o destaque dado ao referente, ou seja, ao contexto, ao assunto. A inteno principal do autor informar o leitor sobre a vida do pintor Portinari. As principais caractersticas desse tipo de texto so: Objetividade- linguagem direta, precisa, denotativa; Clareza nas ideias; finalidade traduzir a realidade, tal como ela ; Presena predominante em textos informativos, jornalsticos, textos didticos, cientficos; mapas, grficos, legendas, recursos representativos. Ex: Portinari: valorizao do Brasil e da arte Filho de imigrantes italianos, Cndido Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de caf nas proximidades de Brodsqui, em So Paulo. Com a vocao artstica florescendo logo na infncia, Portinari teve uma educao deficiente, no completando sequer o ensino primrio. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restaurao de igrejas passa pela regio de Brodsqui e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indcio do talento do pintor brasileiro.

Funo Metalingstica a funo que ocorre quando o destaque dado ao cdigo. Numa situao em que um lingista define a lngua, observa-se que, para conceituar um termo do cdigo, ele usou o prprio cdigo, ou seja, definiu 'lngua' usando a prpria lngua. Tambm ocorre metalinguagem quando o poeta, num texto qualquer, reflete sobre a criao potica; quando um cineasta cria um filme tematizando o prprio cinema; quando um programa de televiso enfoca o papel da televiso no grupo social; quando um desenhista de quadrinhos elabora quadrinhos sobre o prprio meio de comunicao, etc. Em todas as situaes citadas, percebe-se o uso do cdigo. O exemplo mais definitivo desse tipo de funo so as aulas de gramtica, os livros de gramtica e os dicionrios da lngua. Ex.: Alvo. Sm. 1. Ponto a que se procura atingir com a arma; mira. 2. Fim. 3. A cor branca.

Funo FticaOcorre quando o canal posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem apenas testar o canal, tendo como objetivo prolongar ou no o contato com o receptor, ou testar a eficincia do canal, o que tem o mesmo valor de um aceno com a mo, com a cabea ou com os olhos. Exemplo tpico da funo ftica a linguagem das falas telefnicas, saudaes e similares.Ex.: - Al, al, marciano. Aqui quem fala da Terra.Pra variar estamos em guerra. (Elis Regina)

Funo Potica Ocorre quando a prpria mensagem posta em destaque, ou seja, chama-se a ateno para o modo como foi organizada a mensagem; Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela metafrica. Valorizam-se as palavras, suas combinaes; Exemplos de textos poticos: alm dos provrbios e letras de msica, conforme citado, encontramos esse tipo de funo em textos escritos em prosa, em slogans, ditos populares. Logo, no se trata de uma funo exclusivamente encontrada em poesias.

Ex1: At onde existe amor / De quem assume esta sina / Viver um vo para a felicidade e a voz da verdade (Daqui por diante/ Baro)Ex2: Deus ajuda a quem cedo madruga.

Dica: importante ressaltar que, em um mesmo texto, pode coexistir mais de uma funo. Isso, depende da inteno do emissor ao elaborar a mensagem.INTERTEXTUALIDADE Para a compreenso global de um texto, muitas vezes preciso entender as aluses e referncias que ele faz a outros textos, sua intertextualidade (PLATAO & FIORIN, 2007). Podemos, portanto, dizer que a intertextualidade como um dilogo entre diferentes textos.

Conforme Plato & Fiorin (2007), a intertextualidade pode estar explcita ou implcita no texto: Explcita quando um texto cita outros textos, o texto vem entre aspas, indicando-se o autor e o livro de onde se extraiu a informao. Implcita geralmente ocorre em textos literrios. No indica o autor e a obra, pois pressupe-se que de conhecimento do seu leitor tais informaes.Ex.: Uma boa noite de sono combate os males Quem espera sempre alcana Faa o que eu digo, no faa o que eu fao Pense, antes de agir Devagar se vai longe Quem semeia vento, colhe tempestadeBOM CONSELHO: Chico BuarqueOua um bom conselho / Que eu lhe dou de graaIntil dormir que a dor no passaEspere sentado / Ou voc se cansa / Est provado, quem espera nunca alcanaVenha, meu amigo / Deixe esse regao / Brinque com meu fogo / Venha se queimar Faa como eu digo / Faa como eu fao / Aja duas vezes antes de pensar / Corro atrs do tempoVim de no sei onde / Devagar que no se vai longe Eu semeio o vento / Na minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestadeFs de rockn roll tem obrigao de saber essa... Graas foto da capa do lbum dos Beatles, a faixa de pedestres de Abbey Road ficou conhecida mundialmente e atualmente patrimnio ingls. Faixa Abbey Road, Londres, 1969

TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE ALUSO: referncia explcita ou implcita a uma obra de arte, a um fato histrico ou a um autor, para servir de termo de comparao e que apela capacidade de associao de ideias do leitor.

CITAO: Ocorre sempre que h reproduo de um texto em outro processo textual. Pode ser ipsis litteris (com as mesmas letras/palavras) ou de forma livre, observando-se a interpretao.

EPGRAFE: Pequeno texto ou fragmento em forma de inscrio destacada que colocada no incio de um livro,captulo, poema, etc, para servir de tema, mote ou motivao; para resumir o pensamento ou o conjunto ideolgico que ser apresentado.

PARFRASE: H uma ampliao do texto base que reproduz explicativamente um texto, do qual se mantm as ideias originais.

PARDIA: a criao de um texto a partir de um bastante conhecido, ou seja, um texto consagrado. Algum utiliza sua forma e rima para criar um novo texto cmico, irnico, humorstico, zombeteiro ou contestador, dando um novo sentido ao texto. pode ocorrer em pinturas, no jornalismo e nas publicidades

PLGIO: Apropriao indevida de texto alheio, apresentando-o como se fosse original ou de propriedade do plagiador

TRADUO: Passar um texto de determinado idioma para outro.No totalmente neutro, pois toda recriao sofre interferncias,apesar da tentativa de neutralidade

VERSO: Variante de um texto do qual se aproveita algum recurso formal, mas em que, geralmente, no h compromisso com o contedo original.

TIPOS TEXTUAIS1. TEXTO NARRATIVO2. TEXTO DESCRITIVO3. TEXTO DISSERTATIVO4. TEXTO INJUNTIVO5. TEXTO DIALOGAL CONVERSACIONAL

CONJUNES COORDENATIVASA conjuno a palavra que liga duas oraes ou termos de mesma funo na orao. Quando a conjuno exerce seu papel de Ligar as oraes, estabelece entre elas uma relao de coordenao ou subordinao.As oraes coordenadas so independentes entre si, ou seja, possuem significado singular, mesmo que ligadas pela conjuno. Veja o exemplo: A lua surgiueas estrelas inundaram o cu de luz.As duas oraes esto ligadas pela conjunoee no tm relao de dependncia entre si. Ento, a primeira orao (A lua surgiu) tem sentido completo e independe da segunda (As estrelas inundaram o cu de luz) para t-lo; e assim tambm a segunda em relao primeira.

Duas ou mais oraes que mantm independncia entre si chamam-se coordenadas, e consequentemente, a conjuno que liga tais oraes denominada conjuno coordenativa.

A conjuno coordenativa tambm ocorre quando duas palavras so ligadas na mesma orao. Veja o exemplo: Ele vender brinquedosourevistas.

Observe que a conjunoouest ligando duas palavras: brinquedos e revistas, as quais exercem o mesmo papel de objeto direto na orao.Podemos classificar as conjunes coordenativas em:

Aditivas- exprimem ideia de adio, soma: e, no s, mas tambm, nem...nem (= e no s.... como tambm), tampouco, ademais etc.; Exemplos: Fui escola e joguei bola. No fui escola nem joguei bola.

Adversativas exprimem ideia de contraste, oposio, situao adversa ou contrria: mas, porm, contudo, no entanto, entretanto, no obstante, etc.; Exemplos: Fui escola, porm no levei meu caderno. Fui escola, no entanto, no prestei ateno nas explicaes.

Alternativas exprimem alternncia de ideias ou excluso, ou escolhas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, etc.; Exemplos: Ou estudo para a prova, ou tiro nota baixa. Ora como fastfood, ora me alimento bem.

Conclusivas exprimem ideia de concluso (depois do verbo): pois (aps o verbo ou entre vrgulas), logo, portanto, por isso, por conseguinte, ento etc.; Exemplos: Pratiquei exerccios fsicos, por isso me senti muito melhor. Aquele medicamento tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita.

Explicativas exprimem ideia de explicao: porque, que, etc.. Exemplos: Ele deve ter sado da escola, pois no veio mais. No quero mais comer, porque estou satisfeito.

PRONOMES RELATIVOS