Portugues Instrumental 3 Capitulo 1 Ano de Enfermagem

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Disciplina: Português Técnico Profª Jurema HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS São muito comuns os erros de grafia e pronúncia de palavras semelhantes na Língua Portuguesa. A seguir, alguns mais corriqueiros, a partir dos quais vamos esclarecer algumas dúvidas relativas ao assunto. COMO SE FALA E SE ESCREVE? cumprimento ou comprimento? descrição ou discrição? a fim ou afim? acento ou assento? Às vezes, ouvimos uma pessoa dizer “que tem muitos homônimos”, ou seja, que há outras pessoas com o nome igual ao dela. Para entendermos melhor como isto ocorre, é necessário que conheçamos um pouco da formação das palavras. HOMÔNIMO (ou palavras homônimas) quer dizer: (do grego) HOMOS = igual + ONYMA = nome São vocábulos que se pronunciam ou se escrevem da mesma forma, mas têm sentidos diferentes. Ou seja, são palavras polissêmicas. Exemplo: manga de camisa e a fruta manga. POLISSEMIA (do grego) POLYS = muitos + SEMA = significação / sinal Ocorre quando fazemos uso de um termo com vários sentidos. É o caso dos homônimos. Cecília Meireles faz uso de homônimos em sua poesia “Moda da menina trombuda”. Utiliza a palavra “muda” com dois sentidos: adjetivo / sem voz e verbo mudar. E a moda da menina muda da menina trombuda que muda de modos e dá medo. (…) Entre os homônimos, há dois tipos especiais: os homógrafos (palavras homógrafas) e os homófonos (palavras homófonas). E, claro, os homônimos perfeitos (que são homógrafos e homófonos ao mesmo tempo). Vejamos: Homônimo HOMÓGRAFO (ou palavras homógrafas) quer dizer: (do grego) HOMOS = igual + GRAPHEIN = escrita São vocábulos que se escrevem da mesma forma, mas a pronúncia é diferente. Exemplos: Vou colher as frutas. (recolher) A colher de chá está suja. (utensílio de mesa e cozinha) No seguinte trava-línguas, podemos observar o uso ambíguo de maria-mole como palavra homógrafa. Ou seja, a mesma palavra utilizada como nome de um doce e, por associação de idéia, como atributo de uma pessoa preguiçosa. Maria-Mole é molenga, se não é molenga, Não é Maria-Mole. É coisa malemolente,

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Disciplina: Portugus TcnicoProf JuremaHOMNIMOSP!"NIMOSSo muito comuns os erros de grafia e pronncia de palavras semelhantes na Lngua Portuguesa. A seguir, alguns mais corriqueiros, a partir dos quais vamos esclarecer algumas dvidas relativas ao assunto.COO S! "ALA ! S! !SC#!$!%cumprimento ou comprimento%descrio ou discrio%a fim ou afim%acento ou assento%&s ve'es, ouvimos uma pessoa di'er (que tem muitos hom)nimos*, ou se+a, que h, outras pessoas com o nome igual ao dela. Para entendermos melhor como isto ocorre, - necess,rio que conhe.amos um pouco da forma.o das palavras./O012O 3ou palavras hom)nimas4 quer di'er53do grego4 /OOS 6 igual 7 O18A 6 nomeSo voc,9ulos que se pronunciam ou se escrevem da mesma forma, mas t:m sentidos diferentes. Ou se+a, so palavras poliss:micas.#emplo: manga de camisa e a fruta manga.POL2SS!2A3do grego4 POL8S 6 muitos 7 S!A 6 significa.o ; sinalOcorre quando fa'emos uso de um termo com v,rios sentidos. < o caso dos hom)nimos.Ceclia eireles fa' uso de hom)nimos em sua poesia (oda da menina trom9uda*. =tili'a a palavra (muda* com dois sentidos5 ad+etivo ; sem vo' e ver9o mudar.E a modada menina mudada menina trombudaque muda de modos e d medo. ()!ntre os hom)nimos, h, dois tipos especiais5 os hom>grafos 3palavras hom>grafas4 e os hom>fonos 3palavras hom>fonas4. !, claro, os hom)nimos perfeitos 3que so hom>grafos e hom>fonos ao mesmo tempo4. $e+amos5/om)nimo /O?@#A"O 3ou palavras hom>grafas4 quer di'er53do grego4 /OOS 6 igual 7 @#AP/!21 6 escritaSo voc,9ulos que se escrevem da mesma forma, mas a pronncia - diferente.#emplos:Vou colher as frutas. 3recolher4A colher de ch est suja. 3utenslio de mesa e co'inha41o seguinte travaAlnguas, podemos o9servar o uso am9guo de mariaAmole como palavra hom>grafa. Ou se+a, a mesma palavra utili'ada como nome de um doce e, por associa.o de id-ia, como atri9uto de uma pessoa pregui.osa.aria!ole " molenga# se no " molenga#$o " aria!ole. % coisa malemolente#$em mala# nem mola# nem aria# nem mole./om)nimo /O?"O1O 3ou palavras hom>fonas4 quer di'er53do grego4 /OOS 6 igual 7 P/O1! 6 somSo voc,9ulos que t:m a mesma pronncia, mas a grafia e o sentido so diferentes.#emplo:Acerca de um assunto 3a respeito de4& cerca de dois anos 3h, um certo tempo4O9serve como a letra de ($amos fugir*, interpretada por @il9erto @il, tornaAse interessante com o uso de um hom)nimo hom>fono 9astante criativo5 (regue* 3ver9o regar4 e (reggae* 3ritmo musical4.() Vamos fugir'r(onde haja um tobog)nde a gente escorregue*odo dia de manh+lores que a gente regue,ma banda de ma)utra banda de reggae()HOMNIMOS P"$ITOSSo voc,9ulos que se pronunciam e se escrevem da mesma forma, mas t:m sentidos diferentes.#emplos: 3a4cerca de BCC metros 3a uma certa distDncia de4 3a4 cerca de um quintal 3o que est, em torno de um terreno, de madeira, de plantas4 cerca de BEh 3aproFimadamente4 cumprimento ao mestre 3sauda.o4 cumprimento das tarefas 3reali'a.o4O9serve o uso dos hom)nimos perfeitos nos versos da can.o (Gire as mos de mim*, interpretada por Chico Huarque de /ollanda. A 9rincadeira lingIstica consiste no uso da palavra (n>s* como su9stantivo 3la.o apertado4 e como pronome 3BJ pessoa do plural4. () %ramos n-sEstreitos n-sEnquanto tu%s lao frou.o ()PA#012OS 3ou palavras par)nimas4 quer di'er5PA#A 6 a lado de 7 O18A 6 nomeSo voc,9ulos que t:m grafia e pronncia semelhantes ; parecidas, mas significados diferentes.#emplo: comprimento da camisa (tamanho) cumprimento ao professor (saudao)O9serve como @a9riel, O Pensador fa' uso de um par)nimo como forma de se referir a uma composi.o de Chico Huarque e @il5 (caleAse* 3ver9o no imperativo4 e (c,lice*3su9stantivo;ta.a4.Alguns eFemplos mais usados de /om)nimos e Par)nimos53O9s5 lista completa no site KKK.dsignos.com.9r4 !rros diversos relacionados L pronncia ou L escrita das palavras5A pu9licidade e a literatura utili'amAse muito da homonmia ou polissemia para criar a am9igIidade da mensagem 3palavras iguais que levam L possi9ilidades de interpreta.o pela aproFima.o dos diferentes sentidos4. Os +ogos de adivinhas e os ditados populares tam9-m 9rincam com o duplo sentido das palavras5 Para terminar, citamos um eFemplo liter,rio de "rancisco aciel Silveira M de seu livro (Palimpsestos5 uma hist>ria interteFtual da Literatura Portuguesa* M quando se refere L atividade de pregar do Padre Ant)nio $ieira5 (Ventr/loquo de 0eus1emeador de muitos passos al"m do 'ao 2apro.imao das pala3ras 4passo4 (andar) e 4pao4 (palcio)5. 1empre a pregar no deserto do ol3ido6Nolvidar 6 esquecer O ouvido de ouvir A a oralidade vocali'a o L em =, portanto a polissemia est, em se poder ler5 no deserto do esquecimento e no isolamento de quem no sa9e ouvirP7 Rosana Morais Weg e Virgnia Maria Antunes de Jesus so professoras uni3ersitrias e consultoras empresariais da DSignos Solues e Desenvolvimento em Linguagens# empresa que fornece solu8es na rea de 9omunicao Empresarial e 'edag-gica.