Português Instrumental - Dissertação

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Português Instrumental Dissertação

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Manual ensinando a fazer um texto dissertativo.

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O MUNDO DISSERTATIVO Na dissertação expressamos nossas ideias a respeito de um assunto, apresentamos pontos de vista e argumentos em defesa de nossas posições Não existem receitas, mas apenas métodos. A diferença é capital: a receita é do padronizado, o método é sob medida. Não é lendo um manual de natação que se aprende a nadar, é mergulhando na piscina. O mesmo vale para a dissertação. O conselho mais importante é o seguinte: para avançar, o único meio exercitar ao máximo. Pratique.

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ESTRUTURA: Em geral para se obter maior clareza na exposição de um ponto de vista, costuma-se distribuir a matéria em três partes: Introdução: em que se apresenta a ideia ou o ponto de vista que será defendido; Desenvolvimento ou argumentação: em que se desenvolve o ponto de vista para tentar convencer o leitor; para isso, deve-se usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados... Conclusão: em que se dá um fecho ao texto, coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.

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PLANEJANDO A DISSERTAÇÃO:

Quando queremos ir a algum lugar a que nunca fomos, costumamos, mesmo que só mentalmente, estabelecer um roteiro. Sem esse roteiro prévio, corremos o risco de ficar rodando à toa e não chegar ao destino e, caso tenhamos a sorte de chegar, teremos perdido muito tempo nessa tarefa.

A elaboração de um texto, principalmente dissertativo-argumentativo, não é diferente: se não tivermos um plano ou um roteiro previamente preparados, correremos o risco de ficar dando voltas em torno do tema, sem chegar a lugar algum.

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VIOLÊNCIA SOCIAL

Atualmente, um dos grandes problemas que afetam a vida de uma

sociedade, é a violência nela inserida. Violência essa que devido a vários fatores, segundo sociólogos, psicólogos e outros estudantes das ciências humanas, será praticamente impossível de ser eliminada.

A dificuldade na solução deste problema está na complexidade do mesmo. Várias são as causas e para cada uma se faz necessária uma medida especial, medidas essas que muitas vezes são impossíveis de serem colocadas em prática.

A violência pode ser gerada pela própria sociedade, por crises econômicas, por um problema mental do individua, pelo grande número de adeptos ao uso de drogas, e por uma enorme série de outros fatores.

Devido as perspectivas quase que inexistentes em uma solução a curto ou médio prazo para a questão da violência, o melhor a fazer, é se precaver para não se tornar mais uma vítima de uma dos problemas mais sérios da nossa sociedade.

(Redação de aluno)

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VIOLÊNCIA SOCIAL

A violência no Brasil acontece pela diferença econômica e social que existe nas sociedades nacionais. O Brasil está mudando, crescendo e progredindo, só que ainda existe a má distribuição de renda para as populações. Assim o “cidadão” privilegiado vivendo na pobreza, na miséria fica revoltado e tem como solução de vida violentar os outros para sobreviver. Para outros a sobrevivência formada na miséria é se adaptar as drogas para fugir da realidade e não saber o que se faz. Dentro dessas desigualdades encontra-se o comércio clandestino de armas que se transforma em um ato comum do dia-a-dia do cidadão. A arma é usada como um utensílio “doméstico”. Entretanto o Estado deve dar prioridades a classe baixa, investindo em educação, moradia, saúde, uma distribuição de renda bem feita, para chegarem numa condição de vida melhor e para que esta parte social não tenha necessidades de procurarem e violentarem outras pessoas para terem uma vida decente.

(Redação de aluno)

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ESQUEMA PADRÃO Inicialmente, é preciso não confundir esquema com rascunho. Cada texto dissertativo-argumentativo, dependendo do tema e da argumentação, pede um esquema. Esquema, portanto, é um guia no qual colocamos, em frases sucintas, o roteiro a ser seguido para a elaboração do texto.

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ESQUEMA 1: TÍTULO

1º PARÁGRAFO: TEMA + ARGUMENTO 1 + ARGUMENTO 2 2º PARÁGRAFO: DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO 1 3º PARÁGRAFO: DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO 2 4º PARÁGRAFO: REAFIRMAÇÃO DO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL

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ESQUEMA 2: TÍTULO

1º PARÁGRAFO: APRESENTAÇÃO DO TEMA 2º PARÁGRAFO: CAUSA (COM EXPLICAÇÕES ADICIONAIS) 3º PARÁGRAFO: CONSEQUÊNCIA (COM EXPLICAÇÕES ADICIONAIS) 4º PARÁGRAFO: REAFIRMAÇÃO DO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL

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ESQUEMA 3: TÍTULO

1º PARÁGRAFO: APRESENTAÇÃO DO TEMA 2º PARÁGRAFO: ASPECTOS FAVORÁVEIS 3º PARÁGRAFO: ASPECTOS CONTRÁRIOS 4º PARÁGRAFO: POSICIONAMENTO PESSOAL EM RELAÇÃO AO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL

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ESQUEMA 4: TÍTULO

1º PARÁGRAFO: APRESENTAÇÃO DO TEMA 2º PARÁGRAFO: ÉPOCA MAIS DISTANTE 3º PARÁGRAFO: ÉPOCA MAIS PRÓXIMA E ÉPOCA ATUAL 4º PARÁGRAFO: RETOMADA DO TEMA AGORA SOB UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

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Leia uma proposta de redação da FUVEST e uma dissertação que obteve nota máxima. Observe como o texto foi desenvolvido. Apresentação do tema e do ponto de vista. Exemplos a, b, c (do passado, apresentados na sequência). Exemplo d (do presente). Apresentação dos porquês. Reafirmação do ponto de vista.

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TERRA DE CEGOS

Há um conto de H. G. Wells, chamado “A terra dos cegos”, que narra o esforço de um homem com visão normal para persuadir uma população cega de que ele possui um sentido do qual ela é destituída; fracassa, e afinal a população decide arrancar-lhe os olhos para curá-lo de sua ilusão.

Discuta a ideia central do conto, comparando-a com a do ditado popular “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Em sua opinião essas ideias são antagônicas ou você vê um modo de conciliá-las?

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A AUDÁCIA DE ENXERGAR À FRENTE

A capacidade de estar à frente de seu tempo quase nunca confere ao seu possuidor alguma vantagem. A dureza das sociedades humanas em aceitar certas noções desmente, não raro, o ditado popular que diz que “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Exemplos, a história é pródiga em nos apresentar. Sócrates foi obrigado, pela sociedade ateniense, a tomar cicuta, em razão de suas ideias. Giordano Bruno, que concebeu a terra como um simples planeta, tal como sabemos hoje, foi chamado herege e queimado. Darwin debateu-se contra a incompreensão e condenação de suas ideias, mais tarde aceitas. Ainda hoje, temos exemplos de procedimentos similares. Oscar Arias, presidente da Costa Rica e prêmio Nobel da Paz, ainda há pouco tempo se debatia contra a sociedade de seu país, que teimava em colocar obstáculos à sua atuação. Em tempo: o mérito de Oscar Arias nem era o de estar à frente de seu tempo, mas simplesmente o de analisar os problemas do presente. Esse mal não será curado tão cedo. Isso porque as pessoas que conseguem enxergar à frente apresentam ao homem o que ele odeia desde tempos imemoriais: a necessidade de rever as próprias convicções. Enquanto esse ódio – ou será medo – não for superado, a humanidade continuará mandando outros “Giordano Bruno” para a fogueira da incompreensão e do isolamento. E, ignorando as pessoas de visão, continuará cega para o futuro e para si mesma.