Portugues Pac

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PACOTE PARA ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DA SUFRAMA TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Prezado amigo concurseiro, Que tal você começar o ano de 2014 como funcionário público? Para isso você precisa arregaçar as mangas e começar a estudar com todo empenho agora mesmo! O concurso para ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRTIVO DA SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA) é uma ótima oportunidade. Quer inspiração, além daquelas que vêm naturalmente com a carreira (estabilidade profissional e salário atrativo, por exemplo)? Então leia o que disse Martin Luther King: “Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização”. Pensando em ajudá-lo a superar a concorrência, a equipe do Ponto preparou este pacote de teoria e exercícios comentados, e eu estou responsável pelo curso de Língua Portuguesa, que está atualizado com questões de recentes concursos elaborados pelo Cespe, a banca que elaborará sua prova. É importante lembrar a você que esta disciplina tem constituído uma das provas mais importantes dos últimos concursos do Cespe, pois vem apresentando o maior número de questões do grupo Conhecimentos Básicos. A importância dela é acentuada ainda mais quando os candidatos são submetidos a uma prova discursiva. É fato que muitos candidatos têm perdido a classificação por inobservância das normas gramaticais ao redigirem seus textos. Apresentação do Professor Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos

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  • PACOTE PARA ANALISTA TCNICO-ADMINISTRATIVO DA SUFRAMA

    TEORIA E EXERCCIOS COMENTADOS

    LNGUA PORTUGUESA PROFESSOR ALBERT IGLSIA

    Prof. Albert Iglsia www.pontodosconcursos.com.br

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    Prezado amigo concurseiro,

    Que tal voc comear o ano de 2014 como funcionrio pblico?

    Para isso voc precisa arregaar as mangas e comear a estudar com todo

    empenho agora mesmo!

    O concurso para ANALISTA TCNICO-ADMINISTRTIVO DA

    SUPERINTENDNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA) uma tima

    oportunidade. Quer inspirao, alm daquelas que vm naturalmente com a

    carreira (estabilidade profissional e salrio atrativo, por exemplo)? Ento leia o

    que disse Martin Luther King: Mesmo as noites totalmente sem estrelas

    podem anunciar a aurora de uma grande realizao.

    Pensando em ajud-lo a superar a concorrncia, a equipe do Ponto

    preparou este pacote de teoria e exerccios comentados, e eu estou

    responsvel pelo curso de Lngua Portuguesa, que est atualizado com

    questes de recentes concursos elaborados pelo Cespe, a banca que elaborar

    sua prova.

    importante lembrar a voc que esta disciplina tem constitudo

    uma das provas mais importantes dos ltimos concursos do Cespe, pois

    vem apresentando o maior nmero de questes do grupo Conhecimentos

    Bsicos. A importncia dela acentuada ainda mais quando os candidatos so

    submetidos a uma prova discursiva. fato que muitos candidatos tm perdido

    a classificao por inobservncia das normas gramaticais ao redigirem seus

    textos.

    Apresentao do Professor

    Ah, voc no me conhece ainda? Ento, permita-me fazer uma

    breve apresentao. Sou o professor Albert Iglsia, formado em Letras

    (Portugus/Literatura) pela Universidade de Braslia (UnB) e ps-graduado em

    Lngua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exrcito

    Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. H onze anos

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    ministro aulas de Lngua Portuguesa voltadas para concursos pblicos. Iniciei

    minhas atividades docentes no Rio de Janeiro meu estado de origem. Desde

    2004 moro em Braslia, onde dou aulas de gramtica, interpretao de texto e

    redao oficial. Durante quase seis anos estive cedido Casa Civil da

    Presidncia da Repblica, onde atuei no setor de capacitao de servidores e

    ministrei cursos de atualizao gramatical e redao oficial. J integrei o

    quadro de instrutores da Esaf e de outras instituies particulares. No Ponto

    dos Concursos, j participei de vrios trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ,

    ICMS-SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU,

    Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Cmara dos

    Deputados, Ministrio do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21 Regio, TRT-12

    Regio, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, STF, Bacen, CEF, Banco do Brasil...

    A lista extensa. Atualmente, tambm integro a equipe de professores que

    assessoram os candidatos na elaborao de recursos (Ponto Recursos) e nas

    aulas de discursivas (Ponto Discursivas).

    Meu endereo eletrnico [email protected].

    Sempre que precisar, faa contato comigo. Mas lembre-se de que dvidas,

    crticas, sugestes e elogios (muitos, por favor!!!) sobre este curso devem ser

    direcionados ao frum de cada aula.

    Apresentao do Curso de Lngua Portuguesa

    Voc agora deve querer saber como este curso de Lngua

    Portuguesa est estruturado, no mesmo? Tudo bem, eu vou explicar cada

    detalhe.

    Nossas aulas sero desenvolvidas com base no EDITAL N 1

    SUFRAMA, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2013. Voc estudar comigo todo o

    contedo programtico estabelecido pelo Cespe, banca contratada para

    elaborar as provas, em 10 aulas (incluindo esta aula demonstrativa), da

    seguinte maneira:

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    Aula 0 Apresentao do professor. Apresentao do curso. Tipologia textual.

    Fatores de coeso e coerncia textual

    Aula 1 Mtodos indutivo e dedutivo de compreenso e interpretao textual,

    reescritura de frases e pargrafos, noes de semntica

    Aula 2 Ortografia oficial (inclui regras de acentuao)

    Aula 3 Emprego e colocao das classes de palavras

    Aula 4 Regncia e crase

    Aula 5 Sintaxe dos termos da orao

    Aula 6 Sintaxe das oraes do perodo

    Aula 7 Pontuao

    Aula 8 Sintaxe de concordncia

    Aula 9 Correspondncia oficial (Manual de Redao da Presidncia da

    Repblica)

    Comentarei questes de provas elaboradas pelo Cespe/UnB,

    inclusive as de 2013. So mais de 300 no total.

    Reproduzirei os textos e os itens (ser respeitada a grafia original

    dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. Como a

    instituio tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele,

    apresentar vrias assertivas, possvel que eu repita o mesmo texto (ou

    fragmento dele) na explicao do contedo de outras aulas. Portanto, no

    estranhe se isso acontecer. O procedimento puramente didtico.

    Espero que aproveite cada explicao e cada exemplo da melhor

    forma possvel. Interaja comigo nos fruns. A sua participao fundamental

    para o bom rendimento do curso.

    Tipologia Textual

    Tipologia textual designa uma espcie de sequncia teoricamente

    definida pela natureza lingustica de sua composio (aspectos lexicais,

    sintticos, tempos verbais, relaes lgicas).

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    Diferentemente do que aprendemos na escola, vamos dividir os

    textos em cinco tipos: descritivo, narrativo, expositivo (ou informativo),

    argumentativo (ou simplesmente dissertativo) e injuntivo.

    Para efeito de prova, a banca pode usar ainda as terminologias

    dissertao expositiva e dissertao argumentativa para se referir,

    respectivamente, aos textos expositivos e argumentativos.

    Que tal caracterizarmos cada um deles?

    Texto descritivo (retrato verbal)

    o tipo de redao na qual se apontam as caractersticas que compem um

    determinado objeto, pessoa, animal, ambiente ou paisagem. Apresenta

    elementos que, quando juntos, produzem uma imagem.

    Calisto Eli, naquele tempo, orava por quarenta e quatro anos.

    No era desajeitado de sua pessoa. Tinha poucas carnes e compleio, como

    dizem, afidalgada. A sensvel e dissimtrica salincia do abdmen devia-se ao

    uso destemperado da carne de porcos e outros alimentos intumescentes. Ps e

    mos justificavam a raa que as geraes vieram adelgaando de carnes.

    Tinha o nariz algum tanto estragado das invases do rap e torceduras do

    leno de algodo vermelho. A dilatao das ventas e o escarlate das

    cartilagens no eram assim mesmo coisa de repulso. (Camilo Castelo Branco, A queda dum anjo)

    Desperte para as caractersticas desse tipo de texto:

    1) Predomnio de adjetivos.

    2) Descrio objetiva (expressionista): limita-se aos aspectos reais e

    visveis; no h opinio do autor sobre o tema.

    3) Descrio subjetiva (impressionista): o autor emite sua opinio sobre o

    assunto.

    4) Descrio fsica: limita-se descrio dos traos externos e visveis, tais

    como altura, cor da pele, tipo de nariz e cabelo etc.

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    5) Descrio psicolgica: est relacionada a aspectos do comportamento da

    pessoa descrita: se carinhosa, agressiva, calma, comunicativa, egosta,

    generosa etc.

    6) No h uma sucesso de acontecimentos ou fatos, mas sim a

    apresentao pura e simples do estado a ser descrito em um

    determinado momento.

    7) Aqui, a matria o objeto.

    Texto narrativo

    a modalidade de redao na qual contamos um ou mais fatos que ocorrem

    em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.

    Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profisso coveiro

    era cavar. Mas, de repente, na distrao do ofcio que amava, percebeu que

    cavara demais. Tentou sair da cova e no conseguiu. Levantou o olhar para

    cima e viu que sozinho no conseguiria sair. Gritou. Ningum atendeu. Gritou

    mais forte. Ningum veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar,

    desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado. A noite

    chegou, subiu, fez-se o silncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada

    e, na noite escura, no se ouviu um som humano, embora o cemitrio

    estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. S pouco depois da

    meia-noite que vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro

    gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabea bria apareceu l em cima,

    perguntou o que havia: O que que h?

    O coveiro ento gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor.

    Estou com um frio terrvel! Mas, coitado! condoeu-se o bbado Tem

    toda razo de estar com frio. Algum tirou a terra de cima de voc, meu pobre

    mortinho! E, pegando a p, encheu-a e ps-se a cobri-lo cuidadosamente.

    Moral: Nos momentos graves preciso verificar muito bem para

    quem se apela.

    (O coveiro, Millr Fernandes)

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    Note as caractersticas do tipo narrativo:

    1) O fato narrado pode ser real ou fictcio.

    2) A descrio pode inserir-se na narrao, dada a importncia de se

    caracterizarem os personagens envolvidos na trama e o cenrio em que

    ela se desenvolve.

    3) Narrao em 1 pessoa: ocorre quando o fato contado por algum

    que se envolve nos acontecimentos (uso dos pronomes ns, eu).

    4) Narrao em 3 pessoa: o narrador conta a ao do ponto de vista de

    quem v o fato acontecer na sua frente (narrador onisciente); ele no

    participa da ao (uso dos pronomes ele(a), eles(as)).

    5) Narrao objetiva: o narrador apenas relata os fatos, sem se deixar

    envolver emocionalmente com o que est noticiado. de cunho

    impessoal e direto.

    6) Narrao subjetiva: leva-se em conta as emoes, os sentimentos

    envolvidos na histria. So ressaltados os efeitos psicolgicos que os

    acontecimentos desencadeiam nos personagens.

    7) A progresso temporal (exposio, complicao, clmax e desfecho)

    essencial para o desenvolvimento da trama.

    8) O tempo predominante o passado, cronolgico (um minuto, uma hora,

    uma semana, um ano etc.) ou psicolgico (vivido por meio de flashback,

    a memria do narrador).

    Texto argumentativo (dissertao argumentativa)

    o tipo de composio na qual expomos ideias seguidas da apresentao

    de argumentos que as comprovem. Tem por objetivo a defesa de um

    ponto de vista, por meio da persuaso.

    A informalidade em excesso soma-se

    ausncia do poder pblico e cultura da corrupo

    A imagem mais citada por testemunhas do desabamento de trs

    prdios na Rua Treze de Maio, na regio da Cinelndia, era a queda das torres

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    do World Trade Center, em setembro de 2001, em Nova York. A nuvem de

    poeira e detritos que varreu a rua e foi captada por uma cmera de vigilncia

    era, de fato, em escala bem menor, parecida com aquela, gigantesca, que

    subiu de downtown pela ilha de Manhattan, no colapso das Torres Gmeas.

    [...]

    Em outubro do ano passado, o restaurante Fil Carioca, instalado

    no trreo de um prdio na Praa Tiradentes, tambm no Centro, explodiu.

    Morreram trs pessoas e 17 ficaram feridas. Assim como a tragdia de quarta

    noite poderia ter sido muito maior se houvesse ocorrido mais cedo, aquele

    acidente seria mais dramtico se no tivesse acontecido de manh cedo.

    [...]

    No caso do restaurante, no h dvida. Contra o bom-senso e as

    prprias normas de segurana, a cozinha do Fil Carioca era abastecida por

    cilindros de GLP abrigados no subsolo. Aconteceu o que poderia ter sido

    previsto por um fiscal. Mesmo com uma cozinha convertida em paiol, o

    estabelecimento funcionava com alvar provisrio, renovado por cinco anos.

    Ora, alvar para negcios que envolvam risco de vida no pode ser

    provisrio. E pior: jamais o Corpo de Bombeiros vistoriara o local.

    [...]

    Na quarta noite, ficou mais uma vez evidente que o poder pblico

    gil na emergncia: no demorou muito para bombeiros, escavadeiras, etc.

    chegarem ao local. O mesmo acontece nas enxurradas e enchentes. Nos dois

    casos, faltam aes preventivas, no s para proteger a populao, mas

    tambm educ-la a cumprir as normas.

    [...]

    A informalidade em excesso soma-se ausncia do poder pblico e

    cultura da corrupo em reparties e cria situaes cujo desdobramentos

    costumam ser catastrficos (Internet: http://oglobo.globo.com/opiniao/um-alerta-cidade-do-rio-3772513. Acesso em 27/1/2012)

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    Texto expositivo (informativo; dissertao expositiva)

    O objetivo do texto passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual,

    no se faz a defesa de uma ideia. Encontrado em livros didticos e

    paradidticos (material complementar de ensino), enciclopdias, jornais,

    revistas (cientficas, informativas, etc.).

    A Unio Europeia baniu importaes de petrleo do Ir com o

    objetivo de pressionar o pas a interromper o seu programa nuclear. Os pases

    europeus tambm decidiram suspender transaes financeiras com o Banco

    Central de Teer. As sanes, que s sero totalmente aplicadas em julho,

    foram decididas pelos chanceleres de 27 pases reunidos em Bruxelas. H trs

    semanas, os EUA aplicaram medidas semelhantes.

    (Folha de So Paulo. Internet . Acesso em 24/1/2012)

    Repare agora que, diferentemente da inteno do autor do texto

    acima, este aqui no tem a presuno de convencer ningum a respeito de

    algo. Limita-se apenas a transmitir ao leitor, de forma imparcial e objetiva,

    uma informao sobre as sanes sofridas pelo Ir.

    Texto injuntivo (instrucional)

    Indica como realizar uma ao; aconselha. tambm utilizado para

    predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e

    simples. H predomnio da funo conativa ou apelativa (o emissor procura

    influenciar o comportamento do receptor; como o emissor se dirige ao

    receptor, comum o uso de tu, voc ou o nome da pessoa, alm dos

    vocativos e imperativos; usada nos discursos, sermes e propagandas que

    se dirigem diretamente ao consumidor instrues de uso de um aparelho;

    leis; regulamentos; receitas de comida; guias; regras de trnsito).

    Exemplo: "Coloque a tampa e a seguir pressione." (verbo no imperativo)

    "Coloca-se a tampa e a seguir pressiona-se." (verbo no presente do indicativo)

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    "Colocar a tampa e a seguir pressionar." (verbo no infinitivo)

    Agora, aplique tudo isso que aprendeu na resoluo de questes de

    provas anteriores.

    1. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) No texto, que se

    caracteriza como expositivo-argumentativo, identificam-se a combinao

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    de vocabulrio abstrato com metforas e o emprego de estruturas

    sintticas repetidas.

    Comentrio A primeira parte da assertiva afirma que o texto

    expositivo-argumentativo. O que ser que o Cespe quis dizer com isso? Texto

    expositivo-argumentativo simplesmente o que evidencia uma anlise crtica e

    pessoal sobre um assunto, apresentando dados, observaes, argumentos que

    a confirmem. No texto da prova, o autor discorre sobre a estruturao da

    fenomenologia da memria. A partir da linha 18, Paul Ricouer apresenta-nos a

    concluso da tese que defende.

    A segunda parte da assertiva afirma que podemos encontrar

    combinao de vocabulrio abstrato com metforas e o emprego de

    estruturas sintticas repetidas. Ser verdade? Veja os exemplos abaixo:

    Essa abordagem objetal levanta um problema especfico

    no plano da memria (l. 8-9);

    cuja tendncia foi fazer prevalecer o lado egolgico da

    experincia mnemnica (l. 13-15);

    Se nos apressarmos a dizer que o sujeito da memria o

    eu,... a noo de memria coletiva poder... (l. 18-21);

    Se no quisermos nos deixar confinar numa aporia intil,

    ser preciso manter... (l. 22-24).

    Resposta Item certo.

    Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536)

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    2. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) O texto, de carter

    informativo, exemplo do gnero biografia.

    Comentrio Como o prprio ttulo j anuncia, o texto um informativo

    sobre aspectos da vida de Erasmo de Rotterdam. A exposio de dados da vida

    desse ilustre personagem caracteriza-se como uma biografia gnero literrio

    em que, normalmente, se conta a vida de algum depois de sua morte.

    Resposta Item certo.

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    3. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) O trecho uma srie de

    avanos [...] bens materiais e simblicos (L.6-9) constitui a tese que os

    autores visam comprovar por meio da argumentao formulada no texto,

    que pode ser classificado como dissertativo-argumentativo.

    Comentrio De fato, o texto dissertativo-argumentativo, mas a tese

    outra. Voc notou isso? O que o texto sustenta que este o perodo

    histrico no qual se opera a mais radical das revolues j experimentadas

    pela humanidade, tanto em amplitude quanto em profundidade (l. 3-5).

    Observe que, a partir da linha 16, a autora reafirma a singularidade do perodo

    histrico: ...o que distingue a atual revoluo de outros tantos definitivos

    marcos histricos... a tremenda rapidez, a agilidade e a amplitude das

    mudanas e transformaes.

    Resposta Item errado.

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    4. (Cespe/TCU/AFCE/Auditoria de Obras Pblicas/2011) O texto caracteriza-

    -se como predominantemente dissertativo-argumentativo, e o autor utiliza

    recursos discursivos diversos para construir sua argumentao, como, por

    exemplo, linguagem figurada e repeties.

    Comentrio Note que a expresso dissertativo-argumentativo surge de

    vez em quando nas provas. A tese que o autor defende gira em torno da

    felicidade (primeiro perodo e segundo perodos). Note tambm que o autor

    usa reiteradamente o vocbulo felicidade. As expresses como uma deusa

    da vitria, vida que dor, avidez e privao e aquele que no sabe [...]

    colocar-se de p so exemplos de linguagem figurada.

    Resposta Item certo.

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    5. (Cespe/EBC/Cargos de Nvel Mdio/2011) O trecho de citao da fala do

    professor da Universidade de So Paulo predominantemente narrativo.

    Comentrio O trecho citado marcado pelo emprego das aspas e

    corresponde fala do professor Leal Filho. Na opinio dele, o sistema de

    comunicao deveria ser pblico. O professor tenta defender seu ponto de

    vista argumentando que o objetivo do sistema de comunicao prestar um

    servio pblico. Leal Filho tambm sustenta sua tese dizendo que em alguns

    pases assim que funciona. Portanto o discurso dele predominantemente

    dissertativo.

    Resposta Item errado.

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    6. (Cespe/IRB/Diplomata/2012) Ambos os fragmentos apresentam a

    estrutura textual tpica da narrativa, recurso empregado pelo autor como

    forma de manter a coerncia dos fatos narrados.

    Comentrio O fragmento II tpico de um texto descritivo. No caso, a

    descrio da cidade de So Paulo. Nele no h uma sucesso de

    acontecimentos ou fatos, mas sim a apresentao pura e simples do estado a

    ser descrito em um determinado momento. Percebe-se que a matria o

    objeto (ou o ambiente) e que o enunciador emite suas impresses sobre o que

    tenta descrever.

    Resposta Item errado.

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    7. (Cespe/TRE-MS/Tcnico Judicirio/2013) O texto , essencialmente,

    a) informativo.

    b) prescritivo e normativo.

    c) dissertativo-argumentativo.

    d) narrativo.

    e) descritivo.

    Comentrio No pargrafo introdutrio, o enunciador expe o assunto que

    ser tratado: o sufrgio universal. No pargrafo seguinte, ele acaba

    argumentando contra o senso comum a respeito do conceito desse tipo de

    sufrgio: Essa no , entretanto, um verdade absoluta (L. 15). O enunciador

    defende a ideia de que Um sistema eleitoral pode prever condies legtimas a

    serem preenchidas pelo cidado para se tornar eleitor (L. 15-17). Para validar

    sua tese, ele recorre ao doutrinador Jos Afonso da Silva (l.19). Portanto o

    texto pode ser classificado como dissertativo-argumentativo.

    Resposta C

    Agora, iniciarei as explicaes sobre compreenso e interpretao

    de texto. muito comum nas provas elaboradas pelo Cespe/UnB constarem

    itens que exigem conhecimentos sobre fatores de coeso e coerncia

    textual, argumentos dedutivos e indutivos e de reescritura de texto. O

    que se pretende com esse tipo de exigncia verificar a capacidade do aluno

    de assimilar e transmitir a informao lida. So assuntos fceis de entender,

    mas exigem ateno por parte dos candidatos. A instituio costuma fazer um

    jogo de palavras para tentar confundi-los.

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    18

    Adiante, fao a exposio do contedo terico sobre parte do que

    acabei de anunciar. Os exerccios extrados de provas anteriores viro em

    seguida, juntamente com outros comentrios a respeito.

    Coeso e Coerncia Textual1

    Primeiramente, importante diferenciar os dois conceitos. A

    coeso refere-se aos vnculos estabelecidos entre as partes de um enunciado

    ou de uma sequncia maior. A noo de coerncia, embora muito ligada de

    coeso, diz respeito mais ao processo de compreenso e de interpretabilidade

    de um texto. Voc pode se valer do quadro abaixo para melhor entender esses

    conceitos:

    Coeso Coerncia

    Articulao entre palavras e

    enunciados do texto.

    Manuteno da sequncia lgica de

    argumentao.

    Elementos coesivos (advrbios,

    conjunes, preposies, pronomes

    etc.).

    No deve haver contradies e

    mudanas bruscas no rumo do

    pensamento.

    Relao sinttica. Relao semntica.

    Observe o exemplo abaixo.

    Comprei trs laranjas e coloquei-as no freezer, pois tencionava

    fazer uma salada de frutas bem geladinha com elas; mas, como fui rua e

    me demorei muito, no pude aproveit-las na salada porque ficaram todas

    congeladas.

    1 Nesta seo, sirvo-me de algumas preciosas lies do professor Dlson Catarino, disponvel em

    http://www.gramaticaonline.com.br/gramaticaonline.asp?menu=4&cod=28&prox_x=1.

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    19

    Nesse pequeno texto, h vrios elementos que estabelecem

    ligao entre as partes dele, alm do jogo verbal e da sequncia de aes;

    enfim, so elementos reconhecveis e que formam os elos entre os termos.

    Na prxima passagem, no entanto, h uma carncia de elementos

    sintticos de ligao entre os perodos que compem o texto.

    Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de

    vida humana. Tentava recordar alguma coisa. Nada.

    Como voc pode perceber, o que permite dar um sentido ao texto

    a possibilidade de se estabelecer uma relao semntica (SENTIDO) ou

    pragmtica (INTERACIONAL) entre os elementos da sequncia. Assim sendo,

    possvel admitir que a coerncia mais relevante do que a coeso para a

    construo de um texto, embora os dois fatores sejam caractersticas

    importantes de todo bom texto.

    Processos de coeso textual

    Existem determinados vocbulos na lngua que no devem ser

    interpretados semanticamente por seu prprio sentido, mas sim em funo da

    referncia que estabelecem com outros itens. Um item referencial tomado

    isoladamente vazio e significa apenas: procure a informao em outro lugar.

    Observem o exemplo seguinte:

    Joo o maior empresrio daqui. No Distrito Federal, no h

    outro que o supere.

    Repare que Joo retomado no segundo perodo pelo pronome

    o; enquanto o advrbio aqui, no primeiro perodo, antecipa a circunstncia

    de lugar indicada por Distrito Federal. No caso da retomada, temos uma

    anfora. No caso de sucesso, uma catfora.

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    20

    Observa-se na coeso a propriedade de unir termos e oraes por

    meio de conectivos. A escolha errada desses conectivos pode ocasionar a

    deturpao do sentido do texto.

    Que tal treinar o emprego dos mecanismos de coeso a partir do

    texto abaixo?

    Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma famlia e dois

    tripulantes, alm de uma mulher que teve ataque cardaco) na queda de um

    avio (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da cidade de

    Maring (PR). O avio (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro sobrados da Rua

    Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de So Paulo, por volta

    das 21h40 de sbado. O impacto (2) ainda atingiu mais trs residncias.

    Estavam no avio (1) o empresrio Silvio Name Jnior (4), de 33 anos, que

    foi candidato a prefeito de Maring nas ltimas eleies (leia reportagem nesta

    pgina); o piloto (1) Jos Traspadini, de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo

    Antnio da Silva Jnior, de 38; o sogro de Name Jnior (4), Mrcio Artur

    Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (5) filhos Mrcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e

    Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), Joo Izidoro de

    Andrade (7), de 53 anos.

    Izidoro Andrade (7) conhecido na regio (8) como um dos maiores

    compradores de cabeas de gado do Sul (8) do pas. Mrcio Ribeiro (5) era

    um dos scios do Frigorfico Navira, empresa proprietria do bimotor (1).

    Isidoro Andrade (7) havia alugado o avio (1) Rockwell Aero Commander

    691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a So Paulo assistir ao velrio do filho (7)

    Srgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um

    assalto e ser baleado na noite de sexta-feira.

    O avio (1) deixou Maring s 7 horas de sbado e pousou no aeroporto de

    Congonhas s 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maring s 21h20

    e, minutos depois, caiu na altura do nmero 375 da Rua Andaquara, uma

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    21

    espcie de vila fechada, prxima avenida Nossa Senhora do Sabar, uma das

    avenidas mais movimentadas da Zona Sul de So Paulo. Ainda no se

    conhecem as causas do acidente (2). O avio (1) no tinha caixa preta e a

    torre de controle tambm no tem informaes. O laudo tcnico demora no

    mnimo 60 dias para ser concludo.

    Segundo testemunhas, o bimotor (1) j estava em chamas antes de cair em

    cima de quatro casas (9). Trs pessoas (10) que estavam nas casas (9)

    atingidas pelo avio (1) ficaram feridas. Elas (10) no sofreram ferimentos

    graves. (10) Apenas escoriaes e queimaduras. Eldia Fiorezzi, de 62 anos,

    Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto Socorro de

    Santa Ceclia.

    1. REPETIO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o texto.

    Observem que o vocbulo avio foi muito usado, principalmente por ter sido

    o veculo envolvido no acidente, que a notcia propriamente dita. A repetio

    um dos principais elementos de coeso do texto jornalstico, que, por sua

    natureza, deve dispensar a releitura por parte do receptor (o leitor, no caso). A

    repetio pode ser considerada a mais explcita ferramenta de coeso.

    2. REPETIO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repetio

    parcial o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalstico. Costuma-se,

    uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da vtima de um

    acidente, como se observa com o elemento (7), na ltima linha do segundo

    pargrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente o(s) seu(s)

    sobrenome(s). Quando os nomes em questo so de celebridades (polticos,

    artistas, escritores, etc.), de praxe, durante o texto, utilizar a nominalizao

    por meio da qual so conhecidas pelo pblico. Exemplos: Nedson (para o

    prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o candidato

    prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes femininos

    costumam ser retomados pelo primeiro nome, a no ser nos casos em que os

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    22

    sobrenomes sejam, no contexto da matria, mais relevantes e as identifiquem

    com mais propriedade.

    3. ELIPSE: a omisso de um termo que pode ser facilmente deduzido

    pelo contexto da matria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avio (1)

    o empresrio Silvio Name Jnior (4), de 33 anos, que foi candidato a prefeito

    de Maring nas ltimas eleies; o piloto (1) Jos Traspadini, de 64 anos; o

    co-piloto (1) Geraldo Antnio da Silva Jnior, de 38. Perceba que no foi

    necessrio repetir-se a palavra avio logo aps as palavras piloto e co-

    piloto. Numa matria que trata de um acidente de avio, obviamente o piloto

    ser de avies; o leitor no poderia pensar que se tratasse de um piloto de

    automveis, por exemplo. No ltimo pargrafo ocorre outro exemplo de elipse:

    Trs pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avio (1)

    ficaram feridas. Elas (10) no sofreram ferimentos graves. (10) Apenas

    escoriaes e queimaduras. Note que o (10) antes de Apenas uma omisso

    de um elemento j citado: Trs pessoas. Na verdade, foi omitido, ainda, o

    verbo: (As trs pessoas sofreram) Apenas escoriaes e queimaduras.

    4. SUBSTITUIES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um

    elemento j citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado a

    substituio, que o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo de

    palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os

    principais elementos de substituio:

    4.1 Pronomes: a funo gramatical do pronome justamente substituir ou

    acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a

    ideia contida em um pargrafo ou no texto todo. Na matria-exemplo, so

    ntidos alguns casos de substituio pronominal: o sogro de Name Jnior (4),

    Mrcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (5) filhos Mrcio Rocha Ribeiro

    Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6),

    Joo Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus retoma

    o sogro de Name Jnior (os filhos de Mrcio Artur Lerro Ribeiro...); o pronome

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    23

    pessoal ela, contrado com a preposio de na forma dela, retoma Gabriela

    Gimenes Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No ltimo pargrafo, o pronome

    pessoal elas retoma as trs pessoas que estavam nas casas atingidas pelo

    avio: Elas (10) no sofreram ferimentos graves.

    Vejamos outros casos de substituies indicadas por pronomes:

    a) Muitos brasileiros estavam assistindo corrida, mas isso no bastou para

    que Rubinho vencesse a prova (o pronome demonstrativo isso retoma a ideia,

    expressa anteriormente, de que muitos brasileiros estavam assistindo

    corrida);

    b) Em poca de fim de ano, as pessoas que trabalham com carteira assinada

    recebem o 13 salrio, o que aquece a economia do pas (o pronome

    demonstrativo o retoma o fato de as pessoas trabalharem com carteira

    assinada);

    c) [...] Srgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao

    reagir a um assalto e ser baleado na noite de sexta-feira (o pronome relativo

    que retoma Srgio Ricardo de Andrade - Srgio Ricardo de Andrade morreu

    ao reagir a um assalto...);

    d) A Jonas Ricardo foram atribudas atitudes violentas. Segundo sua esposa,

    ele a agrediu na ltima segunda-feira... (o pronome pessoal ele retoma Jonas

    Ricardo; o pronome pessoal a retoma sua esposa).

    4.2 Eptetos: so palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo em

    que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificao pode

    ser conhecida ou no pelo leitor. Caso no seja, deve ser introduzida de modo

    que fique fcil a sua relao com o elemento qualificado.

    a) [...] foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O

    presidente, que voltou h dois dias de Cuba, entregou-lhes um certificado...

    (o epteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso; poder-se-ia

    usar, como exemplo, socilogo);

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    24

    b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. Para o

    ex-Ministro dos Esportes, a seleo... (o epteto ex-Ministro dos Esportes

    retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam, por exemplo, usar as

    formas: jogador do sculo, nmero um do mundo).

    4.3 Sinnimos ou quase sinnimos: palavras com o mesmo sentido (ou

    muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prdio foi

    demolido s 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifcio, para

    conferir o espetculo (edifcio retoma prdio. Ambos so sinnimos).

    4.4 Nomes deverbais: so derivados de verbos e retomam a ao expressa

    por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos j utilizados.

    Exemplos: Uma fila de centenas de veculos paralisou o trnsito da Avenida

    Higienpolis, como sinal de protesto contra o aumento dos impostos. A

    paralisao foi a maneira encontrada... (paralisao, que deriva de

    paralisar, retoma a ao de centenas de veculos de paralisar o trnsito da

    Avenida Higienpolis). O impacto (2) ainda atingiu mais trs residncias (o

    nome impacto retoma e resume o acidente de avio noticiado na matria-

    exemplo).

    4.5 Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um

    elemento (palavra ou grupo de palavras) j mencionado ou no por meio de

    uma classe ou categoria a que esse elemento pertena: Uma fila de centenas

    de veculos paralisou o trnsito da Avenida Higienpolis. O protesto foi a

    maneira encontrada... (protesto retoma toda a idia anterior - da paralisao

    -, categorizando-a como um protesto); Quatro ces foram encontrados ao

    lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reao dos

    animais (animais retoma ces, indicando uma das possveis classificaes

    que se podem atribuir a eles).

    4.6 Advrbios: palavras que exprimem circunstncias, principalmente as de

    lugar. Em So Paulo, no houve problemas. L, os operrios no aderiram...

    (o advrbio de lugar l retoma So Paulo). Exemplos de advrbios que

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    25

    comumente funcionam como elementos referenciais, isto , como elementos

    que se referem a outros do texto: a, aqui, ali, onde, l, etc.

    1 Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com rgos

    do Executivo e do Judicirio, campanhas importantes para

    promover o bem-estar do cidado, como a da aplicao da Lei

    4 Maria da Penha no mbito dos tribunais; a do reconhecimento

    da paternidade voluntria; a do fortalecimento da ideia de

    conciliao no Judicirio; e a de valorizao da vida.

    [...]

    Internet: (com adaptaes).

    8. (Cespe/CNJ/Tcnico Judicirio/2013) No trecho a do reconhecimento

    (L.4), h elipse do termo aplicao (L.3), anteriormente utilizado.

    Comentrio Nesse processo de coeso textual conhecido como elipse, a

    palavra subentendida na linha 4 campanha, que foi mencionada pela

    primeira vez na terceira linha (devidamente pluralizada no contexto). Repare:

    1 Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com rgos

    do Executivo e do Judicirio, campanhas importantes para

    promover o bem-estar do cidado, como a [campanha] da aplicao da Lei

    4 Maria da Penha no mbito dos tribunais; a [campanha] do reconhecimento

    da paternidade voluntria; a [campanha] do fortalecimento da ideia de

    conciliao no Judicirio; e a [campanha] de valorizao da vida.

    [...]

    Resposta Item errado.

    Depois de tudo isso, chegou a hora de resolver mais algumas

    questes de prova. Voc perceber que so itens fceis de serem respondidos,

    mas todos exigem ateno.

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    26

    Romance LXXXI ou Dos Ilustres Assassinos

    1 grandes oportunistas,

    sobre o papel debruados,

    que calculais mundo e vida

    4 em contos, doblas, cruzados,

    que traais vastas rubricas

    e sinais entrelaados,

    7 com altas penas esguias

    embebidas em pecados!

    personagens solenes

    10 que arrastais os apelidos

    como paves auriverdes

    seus rutilantes vestidos,

    13 todo esse poder que tendes

    confunde os vossos sentidos:

    a glria, que amais, desses

    16 que por vs so perseguidos.

    [...]

    Ceclia Meireles. Romanceiro da Inconfidncia.

    Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8.

    9. (Cespe/PF/Papiloscopista/2012) O emprego do pronome possessivo em

    seus rutilantes vestidos (v.12) evidencia que essa expresso

    corresponde vestimenta usada por autoridades em eventos solenes.

    Comentrio Nesse processo de coeso, o possessivo seus guarda relao

    com paves auriverdes. A ideia de uma comparao entre os personagens

    solenes, que arrastam os apelidos, e os paves auriverdes, que arrastam

    seus rutilantes vestidos. Observe que o verbo, no original, veio

    subentendido: personagens solenes / que arrastais os apelidos / como

    paves auriverdes / [arrastam] seus rutilantes vestidos. Caso a referncia

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    27

    fosse feita a personagens solenes, conforme sugere o examinador, o pronome

    possessivo deveria ser de segunda pessoa do plural, para harmonizar-se

    linha discursiva do poema: calculais, traais, arrastais.

    Resposta Item errado.

    10. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) O pronome o (L.24)

    retoma, por coeso, a expresso o poder do rei (L.23).

    Comentrio No exatamente o que o examinador disse. Para constatar,

    substitua o tal pronome pela expresso indicada (e reorganize a frase): ...que

    obrigaram o poder do rei a pedir autorizao a um conselho... Percebeu a

    falta de coerncia? O poder do rei no pede nada, o rei quem pede alguma

    coisa. Portanto o pronome o retoma, por coeso, o substantivo rei.

    Resposta Item errado.

    1 A discriminao, como um componente indissocivel

    do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se

    inegavelmente de uma roupagem competitiva. Afinal,

    4 discriminar nada mais do que tentar reduzir as perspectivas

    de uns em benefcio de outros. [...]

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    28

    Joaquim Barbosa B. Gomes. As aes afirmativas e os processos de

    promoo da igualdade efetiva. In: AJUFE (Org.). Seminriointernacional:

    as minorias e o direito. 1. ed. 2003, p. 91-2 (com adaptaes).

    11. (Cespe/CNJ/Analista Judicirio/2013) Sem prejuzo para a coerncia e a

    correo gramatical, os dois primeiros perodos do texto poderiam ser

    condensados no seguinte perodo: A discriminao, elemento

    indissocivel do relacionamento entre seres humanos, reveste-se

    inegavelmente de uma roupagem competitiva, porquanto

    corresponde a uma tentativa de se reduzirem as perspectivas de

    uns em benefcio de outros.

    Comentrio No se percebe nenhum problema de ordem gramatical

    (pontuao, concordncia, regncia etc.) no novo perodo formado. Quanto

    coerncia, muitos alunos discutiram a substituio da palavra denotativa

    Afinal pela conjuno porquanto. No trecho original, O segundo perodo

    expressa uma situao que motiva o revestimento da discriminao com uma

    roupagem competitiva. Na reescritura, a conjuno porquanto contribui com

    a unio dos perodos iniciais e ressalta a exposio do mesmo motivo. A

    passagem continua coerente mesmo com a modificao proposta.

    Resposta Item certo.

    Se ficou alguma dvida sobre o que eu expliquei at aqui, volte ao

    ponto e leia tudo outra vez. Se a dvida persistir, escreva para mim por meio

    do frum. Lembre-se de que o xito deste curso tambm depende do dilogo

    entre ns dois.

    Eu espero voc na prxima aula, em que daremos continuidade s

    explicaes sobre aspectos textuais e noes de semntica, tudo acompanhado

    de exerccios extrados de provas anteriores do Cespe.

    Fique com Deus e at a prxima aula.

    Albert Iglsia

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    29

    Lista das Questes Comentadas

    1. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) No texto, que se

    caracteriza como expositivo-argumentativo, identificam-se a combinao

    de vocabulrio abstrato com metforas e o emprego de estruturas

    sintticas repetidas.

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    30

    Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536)

    2. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) O texto, de carter

    informativo, exemplo do gnero biografia.

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    31

    3. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) O trecho uma srie de

    avanos [...] bens materiais e simblicos (L.6-9) constitui a tese que os

    autores visam comprovar por meio da argumentao formulada no texto,

    que pode ser classificado como dissertativo-argumentativo.

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    32

    4. (Cespe/TCU/AFCE/Auditoria de Obras Pblicas/2011) O texto caracteriza-

    -se como predominantemente dissertativo-argumentativo, e o autor utiliza

    recursos discursivos diversos para construir sua argumentao, como, por

    exemplo, linguagem figurada e repeties.

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    33

    5. (Cespe/EBC/Cargos de Nvel Mdio/2011) O trecho de citao da fala do

    professor da Universidade de So Paulo predominantemente narrativo.

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    34

    6. (Cespe/IRB/Diplomata/2012) Ambos os fragmentos apresentam a

    estrutura textual tpica da narrativa, recurso empregado pelo autor como

    forma de manter a coerncia dos fatos narrados.

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    35

    7. (Cespe/TRE-MS/Tcnico Judicirio/2013) O texto , essencialmente,

    a) informativo.

    b) prescritivo e normativo.

    c) dissertativo-argumentativo.

    d) narrativo.

    e) descritivo.

    1 Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com rgos

    do Executivo e do Judicirio, campanhas importantes para

    promover o bem-estar do cidado, como a da aplicao da Lei

    4 Maria da Penha no mbito dos tribunais; a do reconhecimento

    da paternidade voluntria; a do fortalecimento da ideia de

    conciliao no Judicirio; e a de valorizao da vida.

    [...]

    Internet: (com adaptaes).

    8. (Cespe/CNJ/Tcnico Judicirio/2013) No trecho a do reconhecimento

    (L.4), h elipse do termo aplicao (L.3), anteriormente utilizado.

    Romance LXXXI ou Dos Ilustres Assassinos

    1 grandes oportunistas,

    sobre o papel debruados,

    que calculais mundo e vida

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    36

    4 em contos, doblas, cruzados,

    que traais vastas rubricas

    e sinais entrelaados,

    7 com altas penas esguias

    embebidas em pecados!

    personagens solenes

    10 que arrastais os apelidos

    como paves auriverdes

    seus rutilantes vestidos,

    13 todo esse poder que tendes

    confunde os vossos sentidos:

    a glria, que amais, desses

    16 que por vs so perseguidos.

    [...]

    Ceclia Meireles. Romanceiro da Inconfidncia.

    Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8.

    9. (Cespe/PF/Papiloscopista/2012) O emprego do pronome possessivo em

    seus rutilantes vestidos (v.12) evidencia que essa expresso

    corresponde vestimenta usada por autoridades em eventos solenes.

    10. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) O pronome o (L.24)

    retoma, por coeso, a expresso o poder do rei (L.23).

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    37

    1 A discriminao, como um componente indissocivel

    do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se

    inegavelmente de uma roupagem competitiva. Afinal,

    4 discriminar nada mais do que tentar reduzir as perspectivas

    de uns em benefcio de outros. [...]

    Joaquim Barbosa B. Gomes. As aes afirmativas e os processos de

    promoo da igualdade efetiva. In: AJUFE (Org.). Seminriointernacional:

    as minorias e o direito. 1. ed. 2003, p. 91-2 (com adaptaes).

    11. (Cespe/CNJ/Analista Judicirio/2013) Sem prejuzo para a coerncia e a

    correo gramatical, os dois primeiros perodos do texto poderiam ser

    condensados no seguinte perodo: A discriminao, elemento

    indissocivel do relacionamento entre seres humanos, reveste-se

    inegavelmente de uma roupagem competitiva, porquanto

    corresponde a uma tentativa de se reduzirem as perspectivas de

    uns em benefcio de outros.

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    38

    Gabarito das Questes Comentadas

    1. Item certo

    2. Item certo

    3. Item errado

    4. Item certo

    5. Item errado

    6. Item errado

    7. C

    8. Item errado

    9. Item errado

    10. Item errado

    11. Item certo