Português renato - 3º perdão - 3 b -tipo 01

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Língua Portuguesa – 3º Perdão - Prof. Renato Oliveira 3º BIMESTRE - DATA: 22/09/2014 NOME: .......................................................... ............................. Nº: ........... Texto 01 Entrevista: Beth Carmona A tevê na mira Coordenadora da 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes, Beth Carmona diz que a programação do Brasil é liberal Aziz Filho e Liana Melo O Rio de Janeiro vai sediar, de 19 a 23 de abril, a 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes. Durante quatro dias, a programação de televisão do mundo inteiro será discutida à exaustão por pesquisadores, educadores, publicitários e professores de várias partes do mundo. Eles vão se reunir na imponente sede da Escola Naval, na ilha de Villegagnon, centro do Rio. Aumentar a qualidade da programação dos programas infantis e juvenis é a principal preocupação desta 4ª Cúpula, que elegeu o tema “Mídia de todos, mídia para todos” para permear as discussões. A coordenadora é Beth Carmona, uma paulistana de voz suave que há um ano trocou os Jardins pelo Leblon, no Rio, com a missão de presidir a Rede Brasil (que congrega as TVEs do Rio e do Maranhão, além das Rádios MEC AM e FM do Rio e de Brasília) e ampliar o compromisso social da tevê pública no País, atraindo patrocínios. Beth foi um dos destaques da geração que fez da TV Cultura, de São Paulo, um canal com programação competitiva e índices de audiência de grandes canais. ISTOÉ - O que deve mudar na programação dessa 4ª Cúpula por ocorrer num país do Hemisfério Sul? Beth Carmona – Dependendo do lugar onde a Cúpula acontece, uma preponderância dos temas que mobilizam o continente. Na última reunião, que ocorreu na Grécia (as outras foram na Austrália e na Inglaterra), houve certa similaridade com a discussão que estamos tendo no Brasil porque a Grécia se identifica com os países menos desenvolvidos. Foi nesse encontro, em 2001, que a América Latina, a África e a Ásia defenderam uma mesa-redonda batizada de “Mídia de todos, mídia para todos”, que virou o tema da 4ª Cúpula. ISTOÉ- Esse tema pode envolver países ricos e pobres? Beth - A globalização mudou o eixo da discussão. Se, por um lado, ela liberou o acesso, por outro fechou muitas portas porque os conglomerados ficaram ainda mais poderosos. O marco da mudança foi o 11 de setembro e, mais recentemente, o 11 de março, em Madri. A sociedade mudou sua visão de mundo, passou a querer formar gente com melhor cabeça, para se proteger mais. As pessoas desejam uma sociedade mais ESCOLA ESTADUAL BRASILIANO TIPO

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“A publicidade deve ser mais responsável”

Língua Portuguesa – 3º Perdão - Prof. Renato Oliveira3º BIMESTRE - DATA: 22/09/2014

NOME: ....................................................................................... Nº: ...........

Texto 01

Entrevista: Beth Carmona

A tevê na miraCoordenadora da 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes, Beth Carmona diz que a programação do Brasil é liberal

Aziz Filho e Liana Melo

O Rio de Janeiro vai sediar, de 19 a 23 de abril, a 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes. Durante quatro dias, a programação de televisão do mundo inteiro será discutida à exaustão por pesquisadores, educadores, publicitários e professores de várias partes do mundo. Eles vão se reunir na

imponente sede da Escola Naval, na ilha de Villegagnon, centro do Rio. Aumentar a qualidade da programação dos programas infantis e juvenis é a principal preocupação desta 4ª Cúpula, que elegeu o tema “Mídia de todos, mídia para todos” para permear as discussões.

A coordenadora é Beth Carmona, uma paulistana de voz suave que há um ano trocou os Jardins pelo Leblon, no Rio, com a missão de presidir a Rede Brasil (que congrega as TVEs do Rio e do Maranhão, além das Rádios MEC AM e FM do Rio e de Brasília) e ampliar o compromisso social da tevê pública no País, atraindo patrocínios. Beth foi um dos destaques da geração que fez da TV Cultura, de São Paulo, um canal com programação competitiva e índices de audiência de grandes canais.ISTOÉ - O que deve mudar na programação dessa 4ª Cúpula por ocorrer num país do Hemisfério Sul?Beth Carmona – Dependendo do lugar onde a Cúpula acontece, há uma preponderância dos temas que mobilizam o continente. Na última reunião, que ocorreu na Grécia (as outras foram na Austrália e na Inglaterra), houve certa similaridade com a discussão que estamos tendo no Brasil porque a Grécia se

identifica com os países menos desenvolvidos. Foi nesse encontro, em 2001, que a América Latina, a África e a Ásia defenderam uma mesa-redonda batizada de “Mídia de todos, mídia para todos”, que virou o tema da 4ª Cúpula. ISTOÉ- Esse tema pode envolver países ricos e pobres?Beth - A globalização mudou o eixo da discussão. Se, por um lado, ela liberou o acesso, por outro fechou muitas portas porque os conglomerados ficaram ainda mais poderosos. O marco da mudança foi o 11 de setembro e, mais recentemente, o 11 de março, em Madri. A sociedade mudou sua visão de mundo, passou a querer formar gente com melhor cabeça, para se proteger mais. As pessoas desejam uma sociedade mais equilibrada e nisso a mídia tem um papel fundamental. A questão da tolerância é superpresente nos programas infantis europeus. Há uma série em que uma menina americana é levada para viver em um país muçulmano e vice-versa. O Brasil não faz nada disso. Estamos muito atrasados.ISTOÉ - Qual é o maior desafio para as tevês educativas?Beth - A situação mudou com as tevês por assinatura. Elas só alcançam uns 10% da população, mas mudaram a concorrência com os canais infantis 24 horas. Pesquisas indicam que, quando tem opção, a criança sempre escolhe a programação infantil. Ainda há os canais comunitários e os universitários. O espectro da programação aumentou e o mercado se dividiu. Acredito que seja possível fazer uma tevê educativa se houver boa vontade dos empresários.ISTOÉ - A sra. concorda com os que consideram a televisão a maior responsável pelo aumento da violência?Beth - A tevê exerce uma forte influência, mas não é a única culpada. É ruim quando a televisão exagera, carrega nas tintas. O desenho japonês Power Rangers é um exemplo. As pessoas estão andando na rua e de repente aparece um monstro. Esse tipo de coisa tira o parâmetro da realidade, cria medo, susto, em um contexto impossível demais.A tevê, a novela, os programas policiais criam uma situação complexa de exacerbação das situações e você fica com medo de sair na rua. ISTOÉ- Mas isso produz o medo, não necessariamente a violência.Beth - A sociedade americana está se armando pelo medo. O Michael Moore diz que, ao incutir o medo, a mídia incita a violência. Nós estamos muito mal na parte regulatória, não

temos muita regra. Quem tem a concessão tem a concessão e pronto. Os limites, os deveres, o uso, tudo é mito livre.ISTOÉ - É possível regular sem censurar?Beth - Claro que sim. Há países com marcos regulatórios bem interessantes. Eles não se limitam a dizer o que não pode, mas estimulam o que pode e estabelecem limites, horários, coisas mínimas. A gente sabe que autorregulação não funciona. O governo deve ter uma política regulatória e deve haver uma sociedade que desligue os canais, pressione. A publicidade precisa ser mais consciente. Se o anunciante é orientado a não botar dinheiro no que é ruim, tudo muda.

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ISTOÉ - A mídia tem sido criticada pelo comportamento social, muita liberalidade, muitas cenas quentes nas novelas. A sra. concorda com as críticas? Beth- Realmente o Brasil é muito liberal. Em outros países, as pessoas se escandalizam com o que vemos em horário livre aqui. Na Europa ou nos Estados Unidos, não seria possível veicular muitas coisas. Somos um pouco responsáveis pela perda da infância precoce, pela erotização, por adiantar temas que não deveriam estar na preocupação das crianças. Mas, já que isso existe, deveria ser feito com mais responsabilidade

QUESTÃO 01

As características apresentadas nas alternativas abaixo permitem reconhecer o texto como do gênero entrevista, EXCETO:a) Apresenta, abaixo do título, um resumo das informações

mais importantes (lead).b) Aparece em portadores destinados a circular dentro de um

segmento social restrito.c) Estrutura-se com alternância dos turnos de fala dos

interlocutores.d) Inicia-se com uma série de informações relativas ao

assunto e à pessoa entrevistada.QUESTÃO 02

A entrevista acontece normalmente numa situação de linguagem oral, por isso é comum encontrarem-se nela traços de coloquialidade. Todas as alternativas abaixo comprovam essa afirmativa, EXCETO:

a) “Esse tipo de coisa tira o parâmetro da realidade, cria medo...”

b) “A globalização mudou o eixo da discussão.”c) “Quem tem a concessão tem a concessão e pronto.”d) “A gente sabe que autorregulação não funciona.”QUESTÃO 03

De acordo com o texto, todas as alternativas apontam possível solução para a melhoria da qualidade da programação da TV, EXCETO:a) Conscientizar o anunciante a não investir em programas

ruins.b) Convencer os empresários da necessidade de tornar a

programação mais educativa.c) Exercer a sociedade o seu poder de pressão ao desligar

os canais.d) Incentivar as emissoras a criar mecanismo próprio de

regulamentação

QUESTÃO 04

Todas as alternativas abaixo contêm cada uma, um fragmento do texto e, à frente, a sua interpretação. Analise-os e marque aquela em que NÃO se faz uma interpretação correta:

a) “O marco da mudança foi o 11 de setembro e, mais recentemente, o 11 de março, em Madri.” (Datas em que o terrorismo assombrou o mundo com os ataques ao World Trade Center e ao metrô de Madri, respectivamente.)

b) “..as tevês por assinatura. Elas só alcançam uns 10% da população, mas mudaram a concorrência com os canais infantis 24 horas.” (Apesar de pequena parte da população ter acesso às tevês por assinatura, elas influenciaram a programação infantil dos canais 24 horas.)

c) “Quem tem a concessão tem a concessão e pronto.” (Depois que se consegue autorização para operar um canal de TV, a preocupação é fazer uma programação de qualidade para ganhar audiência da concorrência).

d) “O Michael Moore diz que, ao incutir o medo, a mídia incita a violência.” (O cineasta faz alusão ao fato de, por medo, a pessoa reagir agressivamente como forma de defesa.)

QUESTÃO 05

O tema da 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes é “Mídia de todos, mídia para todos.” Marque a alternativa que NÃO se relaciona com esse tema:

a) Os programas que exibem culturas diversificadas se restringem a divulgar o exotismo de certas regiões.

b) Os países pobres propuseram esse tema durante uma reunião que ocorreu na Grécia.

c) A tevê brasileira precisa aperfeiçoar a sua programação para atender ao que propõe a 4ª Cúpula.

d) O foco da discussão, depois dos atentados, passou a ser a formação de uma sociedade mais equilibrada.

QUESTÃO 06

Assinale a alternativa incorreta quanto aos princípios básicos divulgados pelos participantes da Semana de Arte Moderna:

a) Manutenção da temática poética simbolista e parnasiana;b) Desejo de expressão livre e tendência para transmitir, sem

os embelezamentos tradicionais dos academicismos, a emoção e a realidade do país;

c) Rejeição dos padrões portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próxima do falar brasileiro;

d) Valorização do prosaico e do humour, que, em todas as suas gamas, lavou e purificou a atmosfera sobrecarregada pelos acadêmicos.

.QUESTÃO 07

Faça a associação correta:

Movimentos:

Verde-Amarelo Pau-Brasil Antropofagia.

Objetivos:

1 – Revalorização do primitivismo, da cultura indígena enraizada no Brasil antes mesmo dos portugueses chegarem aqui.

2 – Valorização do Nacional e crença de que o Brasil seria um lugar em que foi possível a síntese de todas as raças.

3 – Deglutição da consciência europeia depositada nos brasileiros.

a) A – 3, B – 2, C-1.b) A – 2, B – 1, C-3.c) A – 1, B – 2, C-3.d) A – 1, B – 3, C-2.

TEXTO II : A culinária nacional ficaria empobrecida, e sua individualidade profundamente afetada, se acabasse com os quitutes de origem indígena: eles dão um gosto à alimentação brasileira que nem os pratos de origem lusitana nem os manjares africanos jamais substituíram. Mas salienta o que foi nas cozinhas das casas-grandes que muitos desses quitutes perderam o ranço regional, o exclusivismo caboclo, para se abrasileirarem. Revista Superinteressante

QUESTÃO 08

Mas saliento que foi nas cozinhas das casas-grandes que muitos desses quitutes perderam o ranço regional, o exclusivismo caboclo, para se abrasileirarem.

Em relação ao verbo salientar, o trecho destacado funciona como

a) Aposto.b) Objeto indireto.c) Objeto direto.

A B C

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d) Complemento nominal.

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QUESTÃO 09

As frases abaixo foram classificadas corretamente entre parênteses, EXCETO:

a) Briguei com meu amigo, porque ele desarrumou todo meu quarto. (explicativa)

b) Estavam famintos, precisavam, pois, de um pouco de comida. (conclusiva)

c) Ele estuda muito e não consegue passar na prova. (adversativa)

d) Nós fomos precisos, mas também pacientes. (adversativa)

QUESTÃO 10

No excerto “ Tenho a impressão de que a é época dos canivetes era melhor”, a oração posta em destaque deve ser classificada como

a) Oração Subordinada Substantiva Subjetivab) Oração Subordinada Substantiva Completiva

nominal c) Oração Subordinada Substantiva Objetiva

Indiretad) Oração Subordinada Substantiva Predicativa