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7 PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DO LIXO HOSPITALAR SANDRA COELHO LANDIM Orientador: CLOVIS RICARDO M. DE LIMA Co-orientadora:ANA PAULA ALVES RIBEIRO Rio de Janeiro 2008

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DO LIXO HOSPITALAR

SANDRA COELHO LANDIM

Orientador: CLOVIS RICARDO M. DE LIMA

Co-orientadora:ANA PAULA ALVES RIBEIRO

Rio de Janeiro

2008

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DO LIXO HOSPITALAR

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Administração em Saúde.

Por: Sandra Coelho Landim

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AGRADECIMENTOS

Á professora Ana Paula Alves Ribeiro, minha

Co-orientadora e principalmente ao meu

marido e meus filhos.

DEDICATÓRIA

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Dedico este trabalho a minha família que tanto

me apoiou e me incentivou.

RESUMO

O resíduo sólido hospitalar tem sido tema de interesse mundial, pois os

resíduos provenientes dos estabelecimentos de saúde são considerados um dos

grandes desafios enfrentados dentro do problema Saneamento Ambiental. É

possível concluir que esses resíduos não estão sendo manuseados de forma correta

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e que o modo de descarte está sendo de forma errônea e com total descaso com o

meio ambiente.

Os responsáveis pelo manuseio desses resíduos necessitam de um maior

esclarecimento, esclarecimento sobre os danos que esses resíduos podem

ocasionar para a saúde humana e para o meio ambiente, os responsáveis

necessitam de treinamento, esclarecimento e conscientização para lidar com os

resíduos que provem dos estabelecimentos assistenciais de saúde.

No decorrer contextual veremos como podemos conscientizar a população e

enquadrar os estabelecimentos geradores desses resíduos nas normas de descarte

impostas pelos órgãos ambientais.

METODOLOGIA

A metodologia a ser utilizada nesse trabalho estará baseada principalmente na

integração de uma base de dados previamente estabelecidas, envolvendo pesquisas

de livros, Internet e manuais disponíveis por órgão do meio ambiente tais quais,

CONAMA e ANVISA. A ferramenta de pesquisa retirada de diversos modelos de

comunicação proporcionará um cruzamento de diversos níveis de informações.

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Dentre a pesquisa, os manuais de descarte de resíduos disponibilizados pela

ANVISA será a unidade central de informações, pois contém uma variada fonte de

pesquisadores.

Numa fase final do trabalho, será feita a analise geral das informações para a

confecção da conclusão.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................

.. 8

1 - RESÍDUOS................................................................................................................

9

1.1 - Conceitos

..................................................................................................... 9

1.2 - Etapas e Manipulação

..................................................................................

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1.3 - Quanto a Triagem e

Acondicionamento.........................................................

1.4 - Quanto a

coleta............................................................................................11

1.5 - Quanto apresentação a coleta

publica.........................................................

2 - CLASSIFICAÇÃO PARA SO RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAUDE....................12

2.1 - Grupo A – Resíduos biológicos e/ou

infectantes.............................................

2.2 - Grupo B – Resíduos

Químicos.....................................................................12

2.3 - Grupo C – Rejeitos

Radioativos...................................................................13

2.4 - Grupo D – Resíduos

Comuns.......................................................................14

3 - ACONDICIONAMENTO E DESTINO DOS RESIDUOS

HOSPITALARES................15

3.1 - Tratamento do lixo hospitalar

......................................................................15

4 - A GESTÃO DE RESIDUOS

......................................................................................15

4.1 - A importância do

GIRSS...............................................................................16

4.2 - O Gerenciamento dos Resíduos

Sólidos......................................................19

4.3 - Contribuição do

GIRSS................................................................................20

4.4 - Normas para o descarte dos

resíduos..........................................................20

4.5 - Princípios de uma política de gestão de resíduos de serviços

da saúde.......................................................................................................

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4.6 - A Importância da gestão de resíduos para o meio

ambiente.......................21

5 - O TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO LIXO

.............................................................23

5.1 - Contribuição do GIRSS para a comunidade e meio

ambiente.....................24

6 – ETAPAS DO

GIRSS..................................................................................................25

6.1 - Segregação e

Acondicionamento.................................................................25

6.2 - Armazenamento Interno

(temporário)...........................................................26

6.3 - Coleta (transporte)

interna(o).......................................................................27

6.4 - Armazenamento

Externo..............................................................................28

6.5 - Coleta (transporte)

Externo(o)......................................................................28

6.6 - Tratamento Final

.........................................................................................28

7 - TIPOS DE

TRATAMENTOS......................................................................................28

7.1 -

Autoclavagem...............................................................................................28

7.2 - Esterilização por

Microondas........................................................................29

7.3 - Desinfecção

Química....................................................................................29

7.4 - Incineração e

Pirólise....................................................................................

7.5 - Desativação

Eletrotérmica............................................................................31

7.6 - Radiação

Ionizante.......................................................................................31

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7.7 - Outros

Processos.........................................................................................32

8 - DISPOSIÇÃO FINAL

TRANSITORIA........................................................................32

9 - DISPOSIÇÃO

FINAL.................................................................................................32

9.1 - Vala Séptica

................................................................................................32

10 -

BIOSSEGURANÇA...................................................................................................

10.1 - Equipamento de Proteção Individual (EPI)................................................

10.2 - Condutas de Higiene

Pessoal....................................................................

11 – LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

ESPECIFICAS........................................

11.1 - Principais

Legislações................................................................................

11.2 - Principais legislações – Especificas por tema

.............................................

GLOSSÁRIO..................................................................................................................

...

CONCLUSÃO................................................................................................................

...

BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................

.

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INTRODUÇÃO

A Gestão dos resíduos (lixo) hospitalar, hoje é um problema mundial.

Através desse projeto monográfico que abrange a gestão dos resíduos (lixo)

hospitalar. Podemos dizer, como os gestores hospitalares podem gerenciar esse lixo

sem que este acarrete danos ao planeta e principalmente às vias pluviais.

A preocupação hoje com a camada de ozônio e os gases tóxicos desses

resíduos e principalmente a água potável, que estará escassa no nosso planeta em

pouquíssimas décadas.

A gestão desses resíduos Identifica vantagens e desvantagens, técnicas,

direitos, obrigações e métodos associados a cada papel funcional para essa gestão;

Levanta e explora a qualidade e quantidade de atenção dispensada ao assunto a

dezena de setores que desenvolvem estas atividades; Estimula métodos e decisões

para o bem estar da população, Reduzindo assim os riscos de contaminação nos

próprios hospitais através da reutilização de resíduos em matérias primas como os

dos gases gerados. Identifica, classifica e gerencia com apoio dos Órgãos Públicos

e conforme a legislação vigente.

Nos diferentes processos operacionais utilizados hoje em dia no Brasil e no

Exterior. Aqui no Brasil em hospitais que são referências com o tratamento dos

resíduos (lixo) como o utilizado hoje como na casa de Saúde São José e em alguns

hospitais de São Paulo.

Através da análise e avaliação das estruturas organizacionais nas entidades

privadas e públicas quanto a esses resíduos. Demonstrando assim, a abrangência e

principais funções exercidas para esse gerenciamento e ainda diferentes processos

operacionais utilizados hoje em dia. Como também produtos e serviços

desenvolvidos nesses processos.

Como um coadjuvante, deste trabalho Monográfico, completa-se com um

fluxograma como alternativo para um gerenciamento ambiental como resultante

deste trabalho e ainda entrevistas como meio de referência aos padrões utilizados

hoje em dia no Brasil.

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1. RESIDUOS (LIXO)

Resíduos Sólidos Hospitalar

Abordaremos a seguir alguns conceitos e definições de termos que serão

empregados no decorrer do trabalho.

1.1 - Conceitos e definições

O termo muito utilizado lixo pode ser considerado sinônimo da expressão

resíduos sólidos que a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT define

como:

“resíduos nos estado sólido e semi-sólido, que resultante de atividades da comunidade de

origem: industrial domestica hospitalar, agrícola, de serviços e de varrição”.(“NBR 10.004

1987, p.1)”.

O termo também é utilizado para nomear os restos ou as sobras de um

processo industrial.

O dicionarista Aurélio Buarque de Holanda conceitua lixo como tudo aquilo

que se joga fora, ou ainda como coisas velhas, sem valor. Quando se trata de

resíduos sólidos ou lixos também se podem empregar os termos rejeito e refugo.

O lixo hospitalar é constituído por materiais que entraram em contato com

materiais orgânicos, tais quais, drenos, sondas, restos de curativos, bolsas de

sangue, equipo de soro etc.

Quando pensamos em comparar o lixo hospitalar com o lixo ou outros

resíduos produzidos nas instituições de saúde pensamos que o lixo hospitalar possa

ser de quantidade inferior, o que por erro de segregação na fonte geradora de lixo

não ocorre, já que nas lixeiras destinadas a materiais contaminados também são

colocados lixos comuns, tais como papeis, copo descartáveis, resto de alimentos,

resultando assim uma maior quantidade de lixo a ser enterrado sem necessidade e

diminuindo o volume total de lixo, que poderia ser reciclado podendo aumentar o

volume com uma melhor segregação do mesmo nas instituições de saúde.

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O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que,

em muitos casos, os resíduos, ou sejam ignorados, ou recebam um tratamento com

excesso de zelo, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições

hospitalares. Não raro lhe são atribuídas as culpas por casos de infecção hospitalar

e outras tantas mazelas dos nosocômios. A incineração total do lixo hospitalar é um

típico exemplo de excesso de cuidados, sendo ainda neste caso, uma atitude

politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como

dioxinas e metais pesados.

1.2 - Etapas de manipulação dos resíduos

Existem três grandes classes de lixo que são:

- Urbano

- Industrial

- Hospitalar

O ultimo citado merece atenção especial. O lixo hospitalar é aquela porção de

materiais que podem estar contaminadas com vírus ou bactérias das salas de

cirurgia e curativos, das clinicas dentarias, dos laboratórios de analises alem de

biotérios e veterinárias.

O manuseio dessa classe tão especial de lixo requer atenção, pois as

pessoas que manuseiam esse tipo de lixo estão propícias e sujeitas a doenças e

outros tipos de contaminações.

O manual do Ministério da Saúde (1989), em relação ao gerenciamento dos

resíduos de serviços de saúde, relata que a manipulação destes, deve ser dividida

em quatro partes, assim distribuídas:

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1.3 - Quanto à triagem e acondicionamento:

A separação dos resíduos deve ser realizada no local onde o mesmo foi

produzido, sob a responsabilidade de um técnico do setor, observando-se para isto a

identificação deste resíduo quanto à natureza e a unidade de origem, como também

o tratamento prévio, quando necessário. O acondicionamento deve adequar-se aos

diferentes tipos de resíduos e recomenda-se a utilização de embalagens plásticas

especificadas pela Norma Básica Regulamentadora (NBR) 9190 da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que são da cor branca leitosa (tipo II),

quanto aos resíduos considerados comuns, deve-se usar os sacos plásticos para

uso em lixo domiciliar (tipo I);

1.4 - Quanto à coleta e transporte:

Os resíduos dos serviços de saúde devem ser coletados da fonte que os

produziu em intervalos regulares, em horários, preferencialmente, de menor

movimento. Esta coleta, basicamente, constitui-se na retirada do lixo, previamente

fechado, de cada setor, e transportado até o local de armazenamento final dentro da

unidade. Os carrinhos utilizados para este transporte deverão conter paredes lisas,

com identificação visível e tampa de fácil manejo, além de dreno tipo válvula de pia,

para facilitar a limpeza diária;

1.5 - Quanta apresentação à coleta pública:

O local designado para o armazenamento interno final dos resíduos deve ser

planejado com a finalidade de facilitar o acesso dos carros de transporte interno e

dos veículos de coleta pública, devendo inclusive ser dimensionado de acordo com a

quantidade e o volume dos resíduos que são produzidos na unidade de saúde;

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2. CLASSIFICAÇÃO PARA OS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

2.1 - Grupo A - Resíduos Biológicos e/ou Infectantes

São aqueles que possuem agentes biológicos ou se apresentam

contaminados por eles, causando riscos potenciais à saúde pública e ao meio

ambiente. Esses resíduos podem ser:

• Bolsas de sangue, sangue e hemocomponentes;

• Peças anatômicas: produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor

que 500 gramas;

• Animais mortos de experimentação, carcaças e vísceras;

Todos os resíduos provenientes de pacientes em estado de isolamento;

• Material perfurante e cortante;

• Materiais descartáveis que tenham entrado em contato com quaisquer fluidos

orgânicos.

Representado pela simbologia:

2.2 - Grupo B - Resíduos Químicos

São os que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente devido às

suas características químicas. São eles:

Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à

saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de

inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

• Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;

• Imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando

descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de

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medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos

Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.

• Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo

metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados

por estes.

• Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).

• Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas

• Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR

10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

• Resíduos perigosos (Resíduos Sólidos -Classificação);

• Medicamentos vencidos, contaminados, interditados e demais medicamentos

impróprios para consumo;

• Objetos perfurantes e cortantes contaminados com quimioterápicos ou por

outro produto químico perigoso;

• Mercúrio e outros resíduos com metais pesados: amálgamas, lâmpadas,

termômetros, esfignomanômetros de coluna de mercúrio, pilhas, baterias, saneantes

e domissanitários, dos reveladores de filmes;

Quaisquer resíduos contaminados por agentes químicos.

Representado pela simbologia:

2.3 - Grupo C - Rejeitos Radioativos

São quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados

na Norma CNEN-NE-6.02 - Licenciamento de Instalações Radiativas – publicada do

DOU de 02 de junho de 1998. Enquadram-se neste Grupo todos os resíduos que

tenham sido contaminados.

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Representado pela simbologia:

2.4 - Grupo D - Resíduos Comuns

São todos os resíduos semelhantes aos resíduos domésticos e que não mantiveram

contato com os resíduos classificados nos grupos anteriores.

Subdivididos em:

• Resíduo de Cozinha: é todo resíduo do preparo de alimentos de pacientes

e/ou de funcionários;

• Resíduos Finais: são resíduos que não têm mais utilidade, e que por isso

devem ser encaminhados para aterro sanitário, como resto alimentar, papel de uso

sanitário de funcionários e pacientes que não estejam em estado de isolamento;

• Resto Alimentar: é todo resto alimentar de paciente e/ou restaurante de EAS

que não pode ser reaproveitado, devendo ser desprezado. Se proveniente de

paciente em estado de isolamento, deve ser considerado como resíduo do Grupo A.

Se proveniente de outras áreas, deve ser considerado como Resíduos Finais;

• Material Reciclável: são materiais que, devido a sua natureza, podem ser

reutilizados ou ser transformados em matéria-prima para fabricação de novos

produtos, como papel, papelão, vidros, alumínios, plásticos etc.;

• Entulho de Obras: é a sobra de material reciclável.

Simbologia dos materiais recicláveis que são respectivamente:

Ø Vidro

Ø Papel

Ø Alumínio

Ø Aço

Ø Plástico

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3. ACONDICIONAMENTO E DESTINO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

GRUPO 1 - material perfurocortante em caixas de papelão reaproveitadas e

adaptadas para esta finalidade, demais resíduos em sacos plásticos brancos

identificados com a simbologia de material infectante - destino: incineração ou aterro

sanitário através de sistema de coleta especial;

GRUPO 2 - material radioativo conforme legislação própria do CNEN; material

farmacêutico é devolvido aos fabricantes conforme acordo na compra do próprio

material;

GRUPO 3 - vidros, plásticos, papel, papelão, metais e outros materiais recicláveis

recebem embalagens próprias conforme o tipo de material - destino: reciclagem

interna ou venda como sucatas diversas.

Toda a elaboração do projeto teve como premissa básica de que "a

separação e embalagem deve ser feita no local de origem e não deve ser admitida a

separação posterior".

3.1 - Tratamento do Lixo Hospitalar

O lixo hospitalar deve ser acondicionado de forma especial segundo norma

EB 588/1977 que diz que os lixos de vem, ser colocados em uns sacos plásticos

branco-leitosos, grossos e resistentes.

Por pesquisas, a melhor forma de destruir o lixo hospitalar é a incineração,

desde que a tecnologia dos incineradores sejam adequadas e que não cause danos

ao meio ambiente e a população. Mas pelo alto custo do tratamento do lixo

hospitalar, esses lixos estão sendo depositados em usinas de lixo urbano, aterros

sanitários e lixões o que é um risco para o meio ambiente e para a população. Para

resolver tal problema esta sendo incentivando a criação de consórcios de geradores,

a fim de adotar uma solução comum no destino final do lixo.

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4. A GESTÃO DOS RESÍDUOS.

4.1 - A importância do gerenciamento interno dos resíduos de serviço de

saúde

O plano de Gerenciamento interno dos resíduos de serviços de saúde

(GIRSS), é um instrumento com a finalidade de orientar quaisquer ações de maneio

dos resíduos, contemplando as etapas de geração, segregação acondionamento,

coleta interna, armazenamento interno, transporte e de destinação final. Tendo

assim o seu objetivo base organizar e uniformizar todos os procedimentos

relacionados ao manuseio dos resíduos de serviços de saúde.

O plano de gerenciamento interno dos resíduos de serviços de saúde

(GIRSS), esta prevista na resolução CONAMA 005/93 como parte integrante do

processo de licenciamento ambienta, contemplando ainda o tratamento desses

resíduos.

É de responsabilidade dos dirigentes dos Estabelecimentos Assistenciais de

Saúde (EAS) a elaboração do Plano de GIRSS contemplando os critérios técnicos

de acondicionamento, identificação, coleta interna, tratamento preliminar,

armazenamento temporário e externo, coleta e transporte externo, tratamento e

disposição final, a ser realizado por empresas devidamente qualificadas.

“Art. 4º Caberá aos estabelecimentos... o gerenciamento de seus resíduos, desde

a geração até a disposição final, de forma a atender aos requesitos ambientais e de

saúde pública”.Fonte: Resolução CONAMA 005/93

As conseqüências negativas ao meio ambiente e a saúde pública estão

diretamente ligadas ao manejo inadequado dos resíduos de serviços de saúde

pública. Os riscos com esse material ou resíduo de serviços de saúde para quem

manipula são grandes, mas no decorrer contextual encontraremos algumas formas

de prevenções que podem evitar ou minimizar o risco de contaminação.

O manejo inadequado dos resíduos de serviços de saúde traz conseqüências

negativas diretas à saúde pública e ao meio ambiente. Com relação à saúde pública,

os riscos envolvem diretamente quem manipula esse tipo de resíduo, seja no

estabelecimento gerador, seja o pessoal ligado à assistência médica ou veterinária,

seja o pessoal ligado ao setor de limpeza ou até mesmo o usuário do serviço.

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Em termos ambientais, a disposição dos RSS de maneira descontrolada em

lixões, possibilita a contaminação de mananciais de água potável, superficiais ou

subterrâneas, e a disseminação de doenças através de vetores que se multiplicam

nos lixões ou que fazem dele sua fonte de alimentação. Outro ponto triste diz

respeito aos catadores, muitas vezes crianças, que buscam no lixo alimentos ou

vasilhames para revenda. No caso de revenda, há o risco da comercialização de

materiais potencialmente perigosos.

Isto posto, podemos afirmar que para o equacionamento da questão dos

resíduos sólidos de serviço de saúde alguns aspectos são primordiais, como o

reconhecimento das responsabilidades por parte dos envolvidos em cada etapa do

processo, a respeito da forma de gerenciar os resíduos; a participação integrada de

todo o sistema prestador de serviço de saúde, para que o gerenciamento seja mais

racional; a formulação de plano de gerenciamento dos resíduos de acordo com o

sistema municipal de resíduos sólidos.

A primeira etapa de um processo de gestão racional de RSSS passa

obrigatoriamente pela caracterização qualitativa e quantitativa do elemento a gerir.

Vários problemas de concepção e dimensionamento de equipamentos para

tratamento dos RSSS estão relacionados com o desconhecimento destas

características. No caso dos RSSS esta operação consiste em uma adequada

identificação dos materiais que o compõe. Os resíduos devem ser hierarquizados

em função de determinadas características que tornem importantes, do ponto de

vista sanitário, operacional e ambiental, mantê-los em classes distintas.

A caracterização de resíduos de serviços de saúde vem sendo considerada

como um instrumento básico para o gerenciamento, de primordial importância para o

controle das situações de risco derivadas do manejo inadequado destes,

influenciando todas as etapas envolvidas. A caracterização é a primeira atitude a ser

tomada a fim de tornar possível a segregação adequada, o acondicionamento

diferenciado, a coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados. As

características de cada setor, bem como o teor de matéria orgânica gerada, são de

fundamental importância para a análise dos resíduos gerados. Neste sentido

enfatiza-se a necessidade da caracterização quantitativa e qualitativa dos RSSS no

município de Erechim em todos os estabelecimentos de saúde, onde a segregação

na fonte, segundo sua origem e os riscos de infecção que apresentam, propiciaram

sistemas de tratamento mais adequados a que devem ser submetidos. Enfatiza-se

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ainda que a caracterização dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos

de serviços de saúde do município permitirá dimensionar os espaços físicos

necessários ao manejo dos diferentes tipos de resíduos, decidir satisfatoriamente

sobre quais as alternativas técnicas a se utilizar para o tratamento de cada fração

componente e selecionar os equipamentos e dispositivos mais convenientes para

coleta destes resíduos. Além disso, são fundamentais nas etapas de manuseio,

tratamento e disposição final.

A formulação de um processo de capacitação de pessoas vinculadas ao

sistema de resíduos sólidos de serviços de saúde é muito importante para a gestão

ambiental, a fim de viabilizar um gerenciamento interno consistente. Da mesma

forma, a possibilidade de transformar o gerenciamento de resíduos em atitude

cultural a ser apropriada pela população envolvida, deve encaminhar no sentido de

que o conhecimento a respeito do tema seja disseminado, de maneira a transformar-

se em obrigação, via diploma legal, cuja inspiração possa originar-se em nível

municipal e/ou estadual.

Podemos afirmar com toda certeza que, o gerenciamento correto dos

resíduos sólidos de serviço de saúde propicia a otimização de vários aspectos

benéficos sanitários e ambientais, em cada etapa de sua realização, desde a

melhoria da prevenção à infecção hospitalar; reaproveitamento e reciclagem de

materiais; minimização de espaço para aterros sanitários, com redução de custos;

menos perigo de contaminação no meio ambiente, enfim, uma melhoria significativa

da qualidade de vida em relação a outro tipo de manejo, inadequado.A exposição a

microorganismos patológicos é apenas um dos riscos ocupacionais no processo de

trabalho dos que manuseiam resíduos. À medida que estes microorganismos

encontram um hospedeiro suscetível pode ocorrer diversa doença infecciosa. No

Brasil, são poucas as unidades de saúde onde os resíduos são considerados com a

devida importância, não havendo inclusive a preocupação com a saúde dos

trabalhadores, representada por esterilização de perfurocortantes, treinamento e

desinfecção. Dificilmente encontram-se serviços de saúde que possuam recipientes

rígidos utilizados para descarte de agulhas e bisturis, com a finalidade de reduzir ou

eliminar os acidentes. A ausência do descarte correto de perfurocortantes associada

a uma incorreta sistemática gerencial pode tornar-se responsável por doenças

infecciosas, através da prática de "reaproveitamento" de seringas e agulhas pelos

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catadores de lixo existentes nos diversos aterros sanitários, que comercializam estes

produtos inclusive no tráfico de drogas (Ferreira, 1997).

O trabalhador é o elemento mais importante do processo de trabalho para a

análise do que seja "saúde no trabalho". É possível, através da organização do

processo de trabalho, observar as diversas formas de consumo da força de trabalho,

que implicam em diversas formas de desgaste do trabalhador. Estas formas de

consumo são a síntese da mais-valia absoluta e relativa. A mais-valia absoluta é a

forma mais antiga de exploração do trabalhador, seja através do aumento da jornada

de trabalho ou da diminuição do salário. A mais-valia relativa pode ocorrer de duas

maneiras: através da intensificação do trabalho ou pelo aumento da produtividade do

trabalho, através de uma mudança na organização do trabalho (Laurell, 1981).

Os trabalhadores do serviço de limpeza e conservação são, quase sempre,

contratados por empresas de serviços terceirizados, ficando assim, mais expostos a

situações de controle mais rígido por parte dos serviços médicos, inclusive a

procedimentos eticamente condenáveis como o exame médico admissional

(utilizado para discriminar candidatos) e para o controle do absenteísmo (Mendes,

1991), além de serem facilmente substituídos em caso de doença, devido a sua

baixa escolaridade e por "não necessitarem", segundo alguns, de conhecimentos

técnicos aprimorados.

4.2 - O gerenciamento dos resíduos Sólidos

Primeiramente para o sucesso do gerenciamento, deve-se identificar e

classificar os tipos de resíduos por fonte geradora ou serviços envolvidos.

O gerenciamento e manuseio de resíduos ou lixos hospitalares requerem

cuidados especiais. Pois o manejo inadequado de dejetos gerados por unidades de

saúde, necrotérios, consultórios e clinicas veterinária representam um grande perigo,

tanto para a população quanto para o meio ambiente. Dentre os dejetos que

constituem resíduo hospitalar, estão bolsas de sangue, seringas, agulhas, resto de

medicamentos, curativos entre outros que sem o devido gerenciamento poderão

infectar o meio ambiente e outras pessoas.

O bom gerenciamento desses dejetos evitaria noticias como o caso no lixão

de Olinda(PE), 1994. Quando uma catadora de lixo e seu filho comeram uma mama

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amputada. Por esse e diversos outros que a adequação do descarte de resíduos

hospitalares é tão importante.

4.3 - Contribuição do gerenciamento interno dos resíduos de serviço de saúde

(GIRSS).

Com o intuito de citar as verdadeiras contribuições do (GIRSS), a seguir citarei as

principais contribuições que são:

Ø Contribuir com a redução de incidência de acidentes ocupacionais através de

uma Educação Continuada;

Ø Contribuir para a redução dos índices de infecção em serviços de saúde;

Ø Contribuir com uma melhor segregação dos resíduos promovendo a redução

do seu volume;

Ø Estimular a reciclagem e com postagem dos resíduos comuns, desde que

não contaminados;

4.4 - Normas para o descarte dos resíduos.

A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou algumas

regras para o descarte dos resíduos de serviços de saúde. Entre essas regras uma

estabelece que a segregação, tratamento, acondicionamento e transporte adequado

é de total responsabilidade da unidade de saúde onde foram gerados.

Visando o cumprimento das normas estabelecidas pela Agencia Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA), a mesma promove capacitação estaduais e

municipais em parceria com o ministério do meio ambiente, para os técnicos de

vigilância sanitária e de maio ambiente dos estados e capitais em todo o país.

Tentando tornar mais ampla a divulgação de sua regulamentação, e para tentar

facilitar a implantação da mesma.

Como a fiscalização de tal assunto é de difícil execução a ANVISA, depende da

denuncia da população, que para ajudar deve denunciar aos órgãos locais de maio

ambiente caso constatem alguma inadequação dos aterros sanitários. Já que estudo

de saneamento ambiental detectou uma carência da utilização das técnicas corretas

de disposição dos resíduos em solo nos aterros sanitários. Sendo assim fica óbvio

que o cumprimento das normas imposta pela ANVISA extingue qualquer tipo de

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risco para o meio ambiente (contaminação do solo e águas superficiais e profundas)

e para a população. Mesmo porque o material hospitalar que pode produzir cortes e

perfurações, por norma devem ser encaminhados para aterros sanitários, que não

admitem a presença de catadores, o que assegura a disposição final dos resíduos

de serviços de saúde em solo. Essas conclusões só não são empregadas, quando

referimos aos resíduos químicos. Esse tipo de resíduo deve passar por um prévio

tratamento ou então ser encaminhados para aterros especiais para resíduos

perigosos chamados classe1. Esses dejetos radioativos são tratados com técnicas

específicas na própria unidade.

4.5 - Princípios de uma política de gestão de resíduos de serviços de saúde

Para a elaboração do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de

saúde, há princípios fundamentais que deveriam ser critérios padrões fixados por

órgãos ambientais tais como:

Ø Evitar a geração de resíduos;

Ø Minimizar sua geração;

Ø Reutilizar;

Ø Tratar;

Ø Dispor os resíduos de forma adequada (destinação final).

4.6 - A importância da gestão de resíduos para o meio ambiente

O Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Ministério da Saúde

elaboraram o Plano Estratégico de Resíduos Hospitalares (PERH), tendo sido

despachado pelos dois Ministérios em 5 de junho de 1999.

O Plano estratégico de Resíduos Hospitalares aponta metas que deveriam

ser cumpridas desde o final do ano de 2000. Essas metas sevem para que o devido

gerenciamento seja de total valia, impossibilitando danos ao gerador com o alto

custo, para a população com a falta de inspeções e para o meio ambiente com a

indevida alocação de resíduos que possam contaminar o solo e afluentes.

Essas metas são as seguintes:

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• Avaliar a necessidade de revisão da legislação relevante e proceder em

conformidade, nomeadamente o Despacho n.º 242/96, de 13 de Agosto, da Ministra

da Saúde, face à evolução dos preceituados da gestão;

• Estabelecer critérios, baseados em normas, relativos ao conceito de

descontaminação, a garantir, através dos tratamentos alternativos à incineração;

• Aperfeiçoar o intercâmbio e a comunicação entre os diferentes Organismos

Institucionais envolvidos na problemática dos resíduos hospitalares;

• Elaborar, pelas unidades de prestação de cuidados de saúde, programas de

gestão de resíduos, apoiados preferencialmente, em Sistemas de Gestão Ambiental;

• Promover ações de formação e informação, no sentido de garantir um

registro, triagem, recolha seletiva e tratamento adequados;

• Melhorar as condições de funcionamento do sistema de recolha seletiva no

interior das unidades de saúde, visando o incremento da componente valorizável;

• Criar ou melhorar as instalações de incineração de resíduos hospitalares

perigosos passíveis de requalificação ambiental, no máximo de duas;

• Encerrar todas as instalações de incineração identificadas que não obedeçam

aos requisitos tecnológicos e legais exigíveis, ou que pela sua pequena dimensão

não justifiquem a sua existência;

• Desenvolver novas instalações de tratamento alternativo à incineração, bem

como tratamentos específicos para os diferentes fluxos especiais;

• Criação de esquemas de quantificação que permitam avaliar os custos reais

de gestão de resíduos, em cumprimento da legislação ambiental em vigor;

• Avaliar a necessidade de sustentabilidade com instrumento de financiamento

para as várias soluções implementadas;

• Incrementar as ações de inspeção conducentes a prossecução das metas

anteriormente definidas;

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• Definir indicadores de cumprimento para avaliar a aplicação das estratégias

A gestão dos resíduos previne danos para o meio ambiente, tais como as

contaminações e poluições diversas.

As poluições mais comuns por resíduos hospitalares são a poluição do solo e

da água. Nas grandes aglomerações urbanas o principal foco de poluição do solo

são os resíduos industriais e domésticos.

Algumas soluções para a redução do acumulo de lixo são incineração,

disposição em aterros, também tem efeito poluidor, a incineração se não feita

adequadamente emite fumaça tóxica poluindo assim o ar, e o deposito de resíduos

em locais inadequados produzem fluidos tóxicos que se infiltram no solo e

contaminam os lençóis de água. Procurando uma maneira de solucionar ou

minimizar esse problema especialista chegaram à conclusão que a melhor forma é a

redução da quantidade de lixo produzido, por meio da reciclagem e do uso de

materiais biodegradáveis ou não descartáveis.

5. O TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO LIXO.

Para entendermos o impacto ambiental que o lixo seja-o hospitalar, urbano ou

industrial tem no meio ambiente, temos que levar em mente o tempo de

decomposição dos lixos.

Vidro – Indeterminado: o vidro jogado no solo, nunca mais se decompõe.

Plástico – 450 anos

Alumínio – 200 a 500 anos

Lata – 100 anos

Papel e alimentos – 2 a 4 semanas

Mas mudanças de hábitos podem mudar esses números, algumas regras a

serem tomadas e conscientizações que atualmente a população e algumas

instituições de saúde ainda não tem ou não põem em pratica tais como:

• Evitar: Jogar Lixo no meio Ambiente;

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• Reduzir: gerar menos lixo evitando desperdício. Ex: utilizar a frente e o verso

do papel para escrever.

• Reutilizar: usar o lixo antes de descartá-lo, para a mesma função ou utilizá-lo

de outras formas. Ex: usar garrafas de plástico para fazer vasos, guardar grãos.

• Reciclar: aproveitar produtos jogados no lixo para a fabricação de novos

objetos. Ex: O plástico usado em bolsas e soro pode dar origem a canos de PVC.

• Separação: Separar os Resíduos por tipo Ex: Plástico, Papeis, Vidros, etc.

5.1 - Contribuição do (GIRSS) para a comunidade e o meio ambiente

A contribuição do gerenciamento interno dos resíduos de serviços de saúde

(GIRSS) para o meio ambiente e para a comunidade vizinha de lixões e depósitos

de resíduo hospitalar são notórias e importantes, essas contribuições ajudam a

prevenir e estimular esse serviço tão importante, essas contribuições são:

Ø Estimular o desenvolvimento de tecnologias e de equipamentos voltados para

as questões de resíduos de serviços de saúde;

Ø Preservar a saúde pública e os recursos naturais;

Ø Aumentar a vida útil dos aterros sanitários otimizando a sua utilização.

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6. ETAPAS DO GIRSS

Nesse capitulo vamos falar sobre as diversas etapas fixadas no processo de

gerenciamento de resíduos, etapas essas que são de entendimento mais técnico,

mas que são de suma importância para o entendimento geral do (GIRSS).

As etapas do gerenciamento são:

6.1 - SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO

A primeira etapa de GIRSS refere-se à operação de segregação ou

separação dos resíduos no momento e no local de sua geração, acondicionando-os

imediatamente de acordo com a classificação adotada.

Grupo A - Resíduo Biológico ou Infectante: devem ser acondicionados no

momento da sua geração em saco plástico leitoso, resistente, impermeável,

identificado com a simbologia de resíduo infectante conforme ABNT-NBR 7500/94 -

Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de material -

Simbologia - e ABNT-NBR 9191/93 – Sacos Plásticos para Acondicionamento de

Lixo -(Especificação). Caso contenha peças anatômicas de humanos, deverá

constar ainda descrição do conteúdo, data e nome da unidade geradora e a

inscrição de "PEÇAS ANATÔMICAS". Se animais mortos, carcaças e/ou vísceras,

além das informações anteriores, constar tipo de contaminação e a inscrição

"PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS".Os perfurantes e cortantes devem ser

descartados separadamente e imediatamente após o seu uso, em recipientes

estanques, rígidos, com tampa e no local · Evitar a geração de resíduos;

• Minimizar sua geração;

• Reutilizar;

• Tratar;

• Dispor os resíduos de forma adequada (destinação final).

Grupo B - Resíduo Químico: devem ser acondicionados em recipiente que garanta

a integridade física dos frascos, evitando choque mecânico, e mantendo seus

recipientes originais. Na ausência destas embalagens originais, devem ser

acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas plásticas, resistentes,

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rígidas e estanques, com tampa rosqueada, vedante e identificadas com simbologia

de substância tóxica, acrescida da expressão "RESÍDUOS QUÍMICOS", indicando o

risco que representa e informações sobre o elemento químico e sua toxicidade. Os

resíduos quimioterápicos (incluindo equipos, restos de fármacos administrados,

compressas, vestimenta de trabalho, luvas e outros descartáveis) devem ser

acondicionados em separado dos demais resíduos químicos, em saco impermeável

e resistente, devendo ser colocado em outro saco devidamente identificado. Os

perfurantes e cortantes devem ser descartados separadamente e imediatamente

após o seu uso, em recipientes estanques, rígidos, com tampa e no local da sua

geração, identificados com a inscrição "PÉRFURO-CORTANTE" associado à

inscrição de “RESÍDUO”.

Grupo C - Rejeito Radioativo: os resíduos sólidos deste grupo deverão ser

acondicionados em saco branco leitoso, resistente, impermeável, utilizando saco

duplo para os resíduos pesados e úmidos, devidamente identificado utilizando-se os

símbolos baseados na norma da ABNT-NBR 7500/94 - Símbolos de Risco e

Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material - Simbologia. Deverá

ainda indicar o risco que representa, informações sobre o conteúdo, nome do

elemento radioativo, tempo de descaimento, data de geração, nome da unidade

geradora e outras que exigir a Resolução CNEN-NE-6.05 - Gerência de Rejeitos

Radioativos em Instalações Radiativas - DOU 17/12/85. Os perfurantes e cortantes

devem ser descartados separadamente e imediatamente após o seu uso, em

recipientes estanques, rígidos, com tampa e no local da sua geração, identificados

com a inscrição "PÉRFURO-CORTANTE" associado à inscrição de “REJEITO”.

Grupo D - Resíduo Comum: os resíduos deste grupo, do tipo finais, devem ser

acondicionados em saco plástico, de qualquer cor, exceto na cor branca (ABNT-

NBR 9191/93 - Sacos Plásticos para Acondicionamento de Lixo - Especificação).O

resíduo de cozinha, que é pesado e úmido, deve ser acondicionado em saco duplo,

também de qualquer cor, exceto na cor branca, com peso de até 16kg. O material

reciclável, após classificação (papel/papelão, metais, vidros, plásticos) deve ser

acondicionado em sacos transparentes, o que facilita a sua visualização.

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6.2 - ARMAZENAMENTO INTERNO (TEMPORÁRIO)

O armazenamento temporário de resíduos de serviços de saúde deve se dar

em contêiner devidamente identificado. Seu objetivo é permitir o aguardo da coleta

interna de forma adequada. Não se deve ultrapassar o período de oito horas de

armazenamento. A tampa do contêiner deve permanecer fechada e sem

empilhamento de recipientes sobre as mesmas.

6.3 - COLETA (TRANSPORTE) INTERNA (O)

Consiste no translado dos resíduos dos locais de armazenamento interno

(temporário) para o armazenamento externo. Deve obedecer a horários e roteiros

preestabelecidos, em sentido único, nunca coincidindo com horário de distribuição

de refeição, medicamentos, roupa limpa e em horários de visitas. Os resíduos

devem ser transportados separadamente em carros coletores identificados para

cada tipo de resíduo e por profissionais capacitados. Após cada recolhimento os

carros deverão sofrer higienização (desinfecção e limpeza) no local de lavagem de

contêineres.

6.4 - ARMAZENAMENTO EXTERNO

Os resíduos transportados mediante a coleta interna devem permanecer

armazenados em abrigo até que a coleta externa seja efetuada, dispostos em

contêineres devidamente identificados. Após a coleta externa ou sempre que ocorrer

derramamento de resíduos infectantes, o abrigo deverá sofrer higienização

(desinfecção e limpeza). O acesso ao abrigo de resíduos deve ser restrito aos

profissionais responsáveis pela coleta interna e externa.

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6.5 - COLETA (TRANSPORTE) EXTERNA (O)

Os resíduos infectantes deverão ser coletados por veículo coletor dotado dos

seguintes requisitos:

• Apresentar superfícies internas lisas, de cantos arredondados;

Ser estanque para impedir vazamento de líquidos devendo ter, como segurança

adicional, caixa coletora impermeabilizada de líquido percolado com volume

adequado para coleta de resíduos de serviços de saúde;

• Não possuir sistema de compactação de resíduos;

• Quando possuir sistema de carga e descarga mecanizado, este deve operar

de forma a não permitir o rompimento dos sacos plásticos;

• Ser de cor branca, com a simbologia específica para o transporte de resíduos

infectantes (ABNT-NBR 7500/94 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte

e Armazenamento de Material - Simbologia) Os equipamentos de transporte de

resíduos infectantes não poderão ser utilizados para transportar outros resíduos. Os

resíduos do Grupo D - Resíduo Comum - deverão ser coletados dentro dos

estabelecimentos de serviços de saúde, separados dos resíduos infectantes.

6.6 - TRATAMENTO FINAL

Os resíduos infectantes deverão ser tratados por sistemas que garantam sua

esterilização. Deverão ser tratados em unidades centralizadas, sendo vedada a

instalação dessas unidades na malha urbana. As unidades de tratamento deverão

atender ao disposto na Legislação Ambiental pertinente e seguir o estabelecido nos

sistemas de licenciamento ambiental vigentes.

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7. TIPOS DE TRATAMENTOS

7.1 - Autoclavagem – Consiste na desinfecção dos resíduos em temperaturas entre

110°C e 150°C, por vapor superaquecido, em um tempo de aproximadamente 1

hora.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Custo operacional relativamente baixo;

• Não emite efluentes gasosos e o efluente líquido é estéril;

• Manutenção relativamente fácil e barata.

Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Não há garantia de que o vapor d'água atinja todos os pontos da

massa de resíduos, salvo se houver uma adequada trituração previamente à fase de

desinfecção;

• Não há redução de volume dos resíduos, a não ser que haja trituração

dos resíduos;

• Processo em batelada, não permitindo um serviço continuado de

tratamento dos resíduos dos serviços de saúde.

7.2 - Esterilização por Microondas - Consiste na trituração dos resíduos,

homogeneização da massa triturada com vapor d'água aquecido a 150º C, seguido

da exposição a ondas eletromagnéticas de alta freqüência, atingindo uma

temperatura final entre 95°C e 98°C.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Custo operacional relativamente baixo;

• Não emite efluentes gasosos e o efluente líquido é estéril

• Manutenção relativamente fácil e barata;

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Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Garantia questionável da eficiência do tratamento dos resíduos, uma

vez que há possibilidade de parte da massa de resíduos não se expor às

microondas;

• A massa exposta a esse tratamento não pode conter objetos metálicos

em concentração superior a 1%.

7.3 - Desinfecção Química - Consiste na trituração dos resíduos, seguida pela

imersão da massa triturada em um líquido desinfetante (hipoclorito de sódio, dióxido

de cloro ou gás formaldeído) por um período de tempo.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Economia operacional e de manutenção;

• Garantia de tratamento dos resíduos.

Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Geração e tratamento dos efluentes líquidos;

• Não redução volumétrica dos resíduos.

7.4 - Incineração e Pirólise - É a queima dos resíduos em temperaturas superiores

a 1000°C, por um período de cinco a dez segundos, com tratamento dos efluentes

gasosos e líquidos. Na incineração, a queima é realizada com excesso de oxigênio,

enquanto na pirólise a queima é feita na ausência de oxigênio.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Garantia da eficiência de tratamento, quando em perfeitas condições

de funcionamento;

• Redução de volume dos resíduos a serem dispostos em torno de 95%

do volume inicial.

Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Elevados custos operacionais e de manutenção;

• Manutenção e operação difíceis, exigindo trabalho constante de

limpeza no sistema de alimentação de combustível auxiliar, principalmente se for

utilizado óleo combustível;

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• Elevado risco de contaminação do ar, com geração de dioxinas e

dibenzofuranos a partir da queima de materiais clorados (luvas e sacos de PVC,

desinfetantes hospitalares a base de cloro e outros);

• Risco de contaminação do ar pela emissão de materiais particulados;

7.5 - Desativação Eletrotérmica - É a dupla trituração dos resíduos, seguida pela

exposição a um campo elétrico de alta potência gerado por ondas eletromagnéticas

de baixa.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Ausência de efluentes de qualquer natureza;

• Redução de volume de resíduos obtida na trituração;

• Processo contínuo.

Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Custo operacional relativamente alto;

• Garantia questionável da eficiência do tratamento dos resíduos, uma

vez que há possibilidades de nem toda a massa de resíduos ficar exposta aos raios

eletromagnéticos;

• Não há garantia da descaracterização dos resíduos.

7.6 - Radiação Ionizante - É a exposição dos resíduos à ação de raios gama

gerado por uma fonte enriquecida de cobalto 60 que provoca a inativação dos

microorganismos, através de sua ionização e quebra do DNA celular.

As vantagens e desvantagens deste processo são as mesmas do processo de

Desativação Eletrotérmica, agravadas pela dificuldade de manutenção do

equipamento.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Ausência de emissão de efluentes de qualquer natureza;

• Processo contínuo.

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Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Custo operacional relativamente alto;

• Dificuldade de manutenção do equipamento;

• Não há redução do volume de resíduos a ser aterrado, salvo se houver

trituração;

• Garantia questionável da eficiência do tratamento dos resíduos, uma

vez que há possibilidades de que nem toda a massa de resíduos ficar exposta aos

raios eletromagnéticos.

7.7 - Outros processos

Além dos processos apresentados, ainda existem outros processos cuja utilização

pode ser considerada como o aquecimento a vapor ou óleos térmicos e a

incineração a plasma.

8. DISPOSIÇÃO FINAL TRANSITÓRIA

Como fase transitória, podemos considerar a disposição dos resíduos infectantes em

aterros existentes, até a implantação das unidades de tratamento. A área para

disposição de resíduos infectantes deverá ser isolada do restante do aterro, cercada

e com acesso restrito à equipe de trabalho desse setor. A parte inferior do aterro

deverá ser impermeabilizada por manta plástica de polietileno de alta densidade e

uma camada de argila compactada de 1,00m de espessura, com coeficiente de

permeabilidade menor ou igual a 1,0 x 10-7cm/s. À frente de trabalho será recoberta

diariamente com argila, formando uma camada com espessura mínima de 0,20m

(vinte centímetros) depois de compactada.

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9 DISPOSIÇÃO FINAL

9.1 - Vala Séptica - Consiste em dispor os resíduos em uma vala escavada no

solo, revestida inferior e superiormente por uma manta plástica impermeável.

Ø Aspectos positivos desse tratamento:

• Baixo custo operacional.

Ø Aspectos negativos desse tratamento:

• Não assegura a desinfecção dos resíduos em curto prazo;

• Riscos de contaminação do solo e do lençol freático se houver ruptura

da manta ou se as soldas da manta não forem bem executadas;

• Não descaracteriza os resíduos;

• Não há redução do volume de resíduos a ser disposto.

10 BIOSSEGURANÇA

Nesse capitulo vamos abordar sobre a segurança das pessoas que manejam

os resíduos hospitalares.

10.1 Equipamentos de proteção Individual – EPI

Quando falamos de segurança nos preocupamos com tudo, ainda mais

quando o assunto é o risco de contaminações entre outros diversos riscos que os

resíduos hospitalares nos proporcionam. Sendo assim há uma seria de

equipamentos que devem ser utilizados que são:

Mascaras - Utilizada para proteger o indivíduo contra inalação de aerossóis

(nas mucosas da boca e nariz). Devem ser respiratórias (tipo semifacial) e

impermeáveis (ABNT-NBR 12810/93);

ÓCULOS - Usados para proteger a mucosa ocular contra possíveis respingos

de sangue e secreções. Devem ter lentes panorâmicas, incolores, ser de plástico

resistente, com armação em plástico flexível, com proteção lateral e válvulas para

ventilação (ABNT-NBR 12810/93);

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AVENTAL - Utilizado durante os procedimentos onde houver possibilidade de

contato com material biológico e com superfícies contaminadas. Protege a roupa do

profissional de limpeza e a região abdominal contra umidade. Deve ser de PVC,

impermeável e de médio comprimento (ABNT-NBR 12810/93).

LUVAS - São indispensáveis para proteger o profissional de limpeza em suas

atividades e de qualquer contato direto ou indireto com material orgânico (sangue,

secreções, excretas, tecidos).Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de

cores claras, antiderrapantes e de cano longo. Admite-se, também, o uso de luvas

de borrachas que são mais flexíveis;

BOTAS - Utilizadas para proteção dos pés em locais úmidos ou com

quantidade significativa de material infectante. Devem ser de PVC, impermeáveis,

resistentes,

de cor clara, com cano 3⁄4 e solado antiderrapante. Admite-se o uso de sapatos

impermeáveis e resistentes, ou botas de cano curto.

UNIFORME - Utilizado para proteção do corpo e identificação do profissional.

Deve ser composto de calça comprida e camisa com manga, no mínimo de 3⁄4, de

tecido resistente e de cor clara (ABNT-NBR 12810/93).

Os cuidados com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), também

necessitam de cuidados tais como as pessoas que manejam os resíduos, algumas

atenções com o EPI são indispensáveis. Os EPI utilizados devem ser lavados e

desinfetados diariamente. Quando o EPI for atingido por sangue ou secreções, deve

ser substituído imediatamente.

O profissional dos Estabelecimentos Assistenciais à Saúde (EAS), ou

qualquer outra pessoa que manuseiam resíduos, devem estar sempre atentos a

algumas palavras no seu cotidiano. Proteção, Cuidado, utilização realização

manutenção e prevenção.

Proteção - Da pele e do corpo;

Cuidado - Ao lidar com matérias perfuro-cortantes;

Utilização - Dos Equipamentos de proteção individual;

Realização - De exames periodicamente;

Manutenção - Das vacinas em geral;

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Prevenção - De exposição acidental a sangue e outros fluidos corporais. Lembrando

das normas para esse procedimento que são

• Realizar anti-sepsia das mãos sempre que houver contato da pele com

o sangue e secreções;

• Usar luvas sempre e, após retirá-las, realizar lavagem simples das

mãos;

• Não fumar e não se alimentar nos setores;

• Usar sempre mascaras e óculos quando em setores que tenham risco

de contaminação

• Manter o ambiente sempre limpo

• Manter a atenção, e em caso de acidente com perfurante e cortante,

lavar bem o local, aplicar solução anti-séptica e notificar imediatamente a Comissão

de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

10.2 - Condutas de Higiene pessoal

Manter perfeita higiene pessoal (banho diário, cabelos limpos e penteados,

unhas limpas e aparadas, barbas);

Lavar as mãos antes e após cada procedimento de limpeza uso de toaletes e

antes das refeições;

Prender cabelos;

Usar calçados limpos;

Levar para casa o uniforme sujo em saco plástico e lavá-lo separadamente do

resto da roupa de casa.

Esses procedimentos proporcionam uma maior segurança e higienização para as

pessoas que manejam os resíduos, são de suma importância os seguimentos de

todas as regras impostam pelos órgãos de saúde e ambientais.

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11. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS

Objetivando a apresentação de forma sistemática, seguem algumas normas,

decretos, legislações e técnicas relacionadas aos resíduos sólidos, necessárias para

um bom e correto gerenciamento dos inúmeros tipos de resíduos gerados nos

estabelecimentos assistenciais de saúde. Essas são as principais normas federais,

que são conjuntas com as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas ABNT.

11.1-Principais Legislações

Constituição da República Federativa do Brasil - Título III (Da Organização do

Estado), Capítulo II (Da União) - artigos 23 e 24.

• Constituição da República Federativa do Brasil - Título IV (Dos Municípios) -

artigo 30.

• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII (Da Ordem Social),

Capítulo VI (Do Meio Ambiente) - artigo 225.

• Lei nº 6.938, de 31.08.1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

providências.

• Lei nº 9.605, de 12.02.1998 (Lei de Crimes Ambientais), dispõe sobre as

sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao

meio ambiente, e dá outras providências.

• Decreto nº 3.179, de 21.09.1999, dispõe sobre a especificação das sanções

aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências.

• RDC ANVISA nº 50, de 21.02.2002, dispõe sobre o regulamento técnico para

planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de

estabelecimentos assistenciais de saúde.

RDC ANVISA nº 305, de 14.11.2002: "Ficam proibidos, em todo o território nacional,

enquanto persistirem as condições que configurem risco à saúde, o ingresso e a

comercialização de matéria prima e produtos acabados, semi-elaborados ou a

granel para uso em seres humanos, cujo material de partida seja obtido a partir de

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tecidos/ fluidos de animais ruminantes, relacionados às classes de medicamentos,

cosméticos e produtos para a saúde, conforme discriminado".

• Instrução Normativa da Comissão Técnica Nacional de

Biossegurança/Ministério da Ciência e Tecnologia CTNBio nº 7, de 06.06.1997.

• Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária/Ministério da Saúde SVS/MS

344, de 12.05.1998, aprova o regulamento técnico sobre substâncias e

medicamentos sujeitos a controle especial.

• Decreto-lei nº 2.657, de 03.07.1998, promulga a Convenção nº 170 da

Organização Internacional do Trabalho - OIT, relativa à segurança na utilização de

produtos químicos no trabalho, assinada em Genebra, em 25.06.1990 - Presidência

da República.

• Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico -

Ministério da Saúde, 2004.

11.2 - Principais Legislações – Específicas por tema

Construção Civil

• Resolução CONAMA nº 307, de 05.07.2002, estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as

ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.

Produtos químicos

• Decreto Legislativo no 67, de 04.05.1995, aprova o texto da Convenção

nº170, da Organização Internacional do Trabalho, relativa à segurança na utilização

de produtos químicos no trabalho, adotada pela 77ª Reunião da Conferência

Internacional do Trabalho, em Genebra, em 1990.

• Resolução CONAMA nº 23, de 12.12.1996, regulamenta, no território

brasileiro, a aplicação das disposições da Convenção da Basiléia, definindo os

resíduos cuja importação e/ou exportação são permitidas ou proibidas, bem como as

condições para que estas se realizem.

• Resolução CONAMA nº 316, de 29.10.2002, disciplina os processos de

tratamento térmico de resíduos e cadáveres, estabelecendo procedimentos

operacionais, limites de emissão e critérios de desempenho, controle, tratamento e

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disposição final de efluentes, de modo a minimizar os impactos ao meio ambiente e

à saúde pública, resultante destas atividades.

Materiais radioativos

• Norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear - Norma Nuclear CNEN-

NE-6.05 define critérios gerais e requisitos básicos relativos à gerência de rejeitos

radioativos em instalações radioativas.

• Norma CNEN-NE-3.05 define os requisitos de radioproteção e segurança

para serviços de medicina nuclear.

• Norma CNEN-NE-6.01 dispõe sobre os requisitos para o registro de

profissionais para o preparo, uso e manuseio de fontes radioativas.

• Norma CNEN-NE-6.02 define o processo relativo ao licenciamento de

instalações radioativas, conforme competência atribuída pela Lei no 6.189, de 16 de

dezembro de 1974.

• Norma CNEN-NE-3.03 define os requisitos básicos para a certificação da

qualificação de supervisores de radio proteção.

• Lei nº 10.308, de 20.11.2001, dispõe sobre a seleção de locais, a construção,

o licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a indenização, a

responsabilidade civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos,

e dá outras providências.

• Norma CNEN-NE-6.09 define critérios de aceitação para deposição de

rejeitos radioativos de baixo e médio níveis de radiação.

• Norma CNEN-NE-3.01 define as diretrizes básicas de proteção radiológica

das pessoas em relação à exposição à radiação ionizante.

Transporte de produtos perigosos

• Decreto-lei nº 2.063, de 06.10.1983, dispõe sobre multas a serem aplicadas

por infrações à regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário

de cargas ou produtos perigosos, e dá outras providências.

• Resolução do Grupo Mercado Comum GMC 82.02 - Mercosul - que aprova as

Instruções para a fiscalização do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos no

Mercosul.

• Decreto nº 96.044, de 18.05.1988, aprova o Regulamento para o Transporte

Rodoviário de Produtos Perigosos, e dá outras providências.

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• Decreto nº 98.973 de 21.02.1990, que aprova o Regulamento do Transporte

Ferroviário de Produtos Perigosos.

• Decreto nº 875, de 19.07.1993, promulga o texto da Convenção sobre o

Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

• Decreto nº 1.797, de 25.01.1996, dispõe sobre o Acordo de Alcance Parcial

para Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos no Mercosul.

• Resolução CONAMA no 23, de 12.12.1996, dispõe sobre a movimentação

transfronteiriça de resíduos perigosos. Decreto no 2.866, de 07.12.1998, aprova o

Regime de Infrações e Sanções Aplicáveis ao Transporte Terrestre de Produtos

Perigosos no Mercosul.

• Resolução do Conselho Nacional de Trânsito/Ministério da Justiça

Contran/MJ 91, de 04.05.1999, dispõe sobre os cursos de Treinamento Específico e

Complementar para Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de

Produtos Perigosos.

• Decreto no 4.097, de 23.01.2002, altera os art. 7º e 19 dos regulamentos

para o transporte rodoviário (Decreto no 96.044/88) e ferroviário (Decreto no

98.973/02) de produtos perigosos.

• Portaria MT nº 349, de 10.06.2002, aprova as Instruções para Fiscalização

de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional.

• Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT-MT no 420,

de 12.02.2004, aprova as Instruções Complementares para Fiscalização de

Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional.

Saúde ocupacional

• NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO –

Ministério do Trabalho. Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.

• NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA – Ministério

do Trabalho. Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

• NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde – Ministério

do Trabalho. Estabelece diretriz básica para a implementação de medidas de

proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em serviço de saúde.

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Resíduos de pilhas, baterias, lâmpadas.

• Resolução CONAMA nº 257, de 30.06.1999, dispõe sobre o uso de pilhas e

baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus

compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos

ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que as

contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, e dá outras

providências.

Resíduos de estabelecimentos de saúde e barreiras sanitárias

• Resolução CONAMA nº 6, de 19.09.1991, desobriga a incineração ou

qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos

estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos, ressalvados os casos previstos em

lei e acordos internacionais.

• RDC ANVISA nº 342, de 13.12.2002, institui e aprova o termo de referência

para elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Portos,

Aeroportos e Fronteiras a serem apresentados a ANVISA para análise e aprovação.

• RDC ANVISA nº 306, de 25.11.2004, dispõe sobre o regulamento técnico

para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Resíduos recicláveis

• Resolução CONAMA nº 275, de 25.04.2001, estabelece código de cores para

diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.

Sistema de tratamento

• Resolução CONAMA nº 316, de 29.10.2002, dispõe sobre procedimentos e

critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.

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GLOSSARIO

GIRSS – Gerenciamento Interno dos Resíduos de Saúde;

EAS – Estabelecimento Assistencial de Saúde;

EPI – Equipamento de Proteção Individual;

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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CONCLUSÃO

As ações desenvolvidas por órgão de saúde em parceria com as prefeituras

dos estados e seus municípios, para a implementação das normas de gestão do

hospitalar, que tem demonstrado grande sucesso para a prevenção do meio

ambiente e também na conscientização dos riscos pela população e pelos

profissionais de saúde que estão diretamente ligados ao lixo hospitalar.

O grande sucesso com a gestão do resíduo hospitalar possibilitou a

diminuição de acidentes com perfurocortantes e outros matérias nocivos,

modificando assim a condição de risco no ambiente de trabalho, com as técnicas de

gerenciamento os profissionais que manuseiam os resíduos passam a trabalhar sem

o medo de contaminação ou acidente.

Concluindo é necessário, continuar o acompanhamento da implementação

dessa tão importante ferramenta de prevenção do meio ambiente, dos profissionais

dos estabelecimentos assistenciais de saúde e da população. Verificando assim o

efetivo cumprimento das normas e legislações para o descarte desses materiais.

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BIBLIOGRAFIA

ANVISA. Manual do Gerenciamento dos resíduos de Serviço de Saúde e Tecnologia

em Serviço de Saúde. Editora ANVISA - Agencia Nacional de vigilância Sanitária.

Disponível em:

< http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf

VEIGA, M.J.J. Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Goiás, ano 04.

Disponível em:

< http://www.visa.goias.gov.br/arquivos/manual_PGRSS.pdf

MEDEIROS, Carlos. CRA - Centro de Recursos Ambientais – Instruções Para a

Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –(PGRSS)

Disponível em:

< http://www.seia.ba.gov.br/SGDIA/transarq/arquivos/Formul%C3%A1rios%20-

%20Modelos%20-%20Normas%20-%20Roteiros/Roteiros/Arquivo/PGRS.pdf