Posicionamentos e transferencias

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 Fundação Cardeal Cerejeira Formadoras: Fisioterapeuta Andreia Longo, Fisioterapeuta Sara Jara e Fisioterapeuta Tina Narciso 4º Ano de Fisioterapia da ESSCVP  Acção de F ormação

Transcript of Posicionamentos e transferencias

Fundao Cardeal Cerejeira

Aco de Formao

Formadoras: Fisioterapeuta Andreia Longo, Fisioterapeuta Sara Jara e Fisioterapeuta Tina Narciso 4 Ano de Fisioterapia da ESSCVP

Em

fases

que

o

utente

necessite

de

perodos

de

acamamento, um bom posicionamento e uma mobilidade adequada, ir facilitar a manuteno da integridade da pele, tal como das amplitudes articulares, da fora muscular e do movimento.

As lceras de presso (lceras de decbito, lceras da pele ou escara) so leses cutneas que se produzem em consequncia de uma falta de irrigao sangunea e de uma irritao da pele que reveste uma salincia ssea, nas zonas em que esta foi pressionada contra uma cama, uma cadeira de rodas, uma tala ou outro objecto rgido durante um perodo prolongado.

DeveDeve-se ter em ateno:Roupa inapropriada (ex: apertada); Lenis enrugados; Frico de sapatos contra a pele; Exposio prolongada humidade (sudao frequente, urina ou fezes).

Pessoas Paralisadas; Pessoas muito debilitadas/acamadas; Pessoas com alteraes da sensibilidade, o que pode levar a diminuio da sensao de dor ou incmodo, podendo ser provocadas pela presena de uma ferida, diabetes, leso de um nervo e outras; Pessoas desnutridas, pois no possuem a camada de gordura protectora das extremidades sseas.

Dor Comicho Desconforto Rubor

A preveno das zonas de presso depende, do trabalho conjunto de vrios profissionais onde se inclui o Fisioterapeuta. Esta preveno feita atravs de: Auto-controlo espelho; Mudanas frequentes de decbitos/posio (2 em 2 horas); POSICIONAMENTOS; Mobilizao passiva ou activa;

Camas articuladas; Uso de material anti-escara; Alimentao adequada; Higiene adequada; Cuidados com a roupa.

A maioria das lceras de presso evitvel e podem ser prevenidas. As superfcies de apoio, sejam camas, colches ou cushins de cadeiras, tm sido utilizadas durante muitos anos para ajudar a preveno de lceras de presso

Prevenir lceras de presso evita a dor e desconforto desnecessrios e at mesmo a morte

Posicionamentos

Um posicionamento para ser eficaz, deve:Promover conforto = deve-se adaptar o posicionamento s

necessidades do utente, este posicionamento sempre que possvel deve ser uma opo conjunta entre o profissional de sade e o utente; Prevenir alteraes da fora muscular, movimento e amplitudes articulares = o posicionamento escolhido deve facilitar a mobilidade e mobilizao do utente; Prevenir ZONAS DE PRESSO. A mudana frequente de decbitos contribui como estimulo circulatrio (movimento), induzindo o alivio constante das zonas de presso.

Zonas mais susceptveis de presso

Posicionamento em Decbito Dorsal (Barriga para cima)SEMI-DEPENDENTEMembros superiores ligeiramente abduzidos (afastados); Cotovelos semi-flectidos, dedos ligeiramente abertos e semiflectidos; Tibio-trsica em posio neutra (evitar o peso da roupa).

TOTALMENTE DEPENDENTEColocao em posio neutra da cabea, tronco e membros; 1 almofada na cabea e ombros; 1 almofada em cada membro superior e membro inferior com ligeira abduo; Evitar o contacto dos calcneos.

Ter em ateno:

Curvaturas fisiolgicas; Descarga das zonas de presso; Alvio total das zonas de presso quando existir o mnimo sinal de alarme;

Posicionamento em Decbito Lateral (Deitado de lado)SEMI-DEPENDENTEPosicionamento funcional da mo; Membro inferior em apoio - anca em extenso, tibio-trsica bem posicionada/suportada (ateno ao malolo externo).

TOTALMENTE DEPENDENTEAlmofada entre as costas e a cama; Manter o ombro infra-lateral ligeiramente anteriorizado; Suportar a mo infra-lateral na almofada da cabea; Manter o membro supra-lateral ao nvel do ombro; Manter os joelhos em flexo com uma almofada entre os dois.

Ter em conta:

Cabea/segmento cervical suportado; Membro superior em apoio; Membro superior contra lateral semi-flectido sobre o tronco ou apoiado numa almofada;

Transferncias

Procedimento Padro para executar uma Transferncia1- AVALIAO DO UTENTE Tipo de patologia; Grau de dependncia; Condies em que est acamado. .

2 - SELECO DA TRANSFERNCIA Tipo de transferncia; Nmero de transportadores; Trajecto; Saber se o utente j fez alguma transferncia - como correu;

Procedimento Padro para executar uma Transferncia3 - POSIO DO EQUIPAMENTO Preparar o espao; Posio da cama, cadeira, C.R., etc ( + curto + fcil + seguro + funcional); Verificar onde esto os auxiliares de marcha; Verificar a altura das superfcies implicadas na transferncia.

4 - INFORMAR O UTENTE E POSICION-LO Informar: melhora a colaborao do utente; reduz a ansiedade/medo; maior sintonia; Posicionar: melhora a colaborao; diminui o risco de queda; diminui o risco de magoar certas zonas do corpo.

Procedimento Padro para executar uma Transferncia

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- INSTRUES POSICIONAMENTO DOS AJUDANTES/COMANDOS S um comanda; Palavras, nmeros; Exemplo: esto prontos? suportar puxar levantar 2 passos para trs parar baixar o utente.

6- CONTACTOS MANUAIS Posio da mo/dedos; Suportar, no agarrar; Mos suadas !!!! No; Fazer presso contra o colcho.

RegrasAs mos servem de suporte e no devem agarrar os membros por cima (instabilidade e insegurana); Evitar presso com as extremidades dos dedos, magoar e transmitir medo e insegurana; Durante a elevao do utente, devem ser evitados movimentos de maior amplitude.

Seleco da TransfernciaO utente est consciente ou inconsciente? Onde est o utente? Em que posio est? Para onde vamos transferi-lo? Existem problemas especiais como espasticidade ou flacidez?

Seleco da Transferncia

Todas as articulaes tm amplitudes de movimento normais? O utente consegue agarrar, puxar ou empurrar-se com as mos? O utente tem alguma deficincia auditiva ou visual? Podemos mobilizar o utente sem lhe provocar dor? A pele pode ser tocada nos stios onde vamos dar suporte para a transferncia?

Mobilidade no leito

Tipo de pegas

No incio da transferncia

Tipos de TransfernciasCLSSICA 1 TRANSPORTADORTransferncia utilizada em utentes parcialmente dependentes para: Cama cadeira Cadeira cadeira

CLSSICA 1 TRANSPORTADORTransferncia utilizada em utentes parcialmente dependentes para: Cama cadeira Cadeira cadeira

CLSSICA 2 TRANSPORTADORESTransferncia utilizada em utentes parcialmente dependentes para: Cama cadeira Cadeira cadeira

TRANSFERNCIA COM 2 TRANSPORTADORESTransferncia utilizada: Cama cadeira Cadeira cadeira

Prtica

RecomendaesAs transferncias devem ser feitas em grupo, quando possvel; Estabelecer quem comanda a transferncia aps definida a estratgia; Depois de toda a equipa informada, as ordens devem ser explicitas identificando bem a situao; A comunicao fundamental, no sentido de explicar de modo claro e simples a manobra ao utente; Proporcionar uma atitude de segurana/confiana; Explicao dos comandos equipa, simples e adaptada situao; Suporte, transmitir conforto e segurana pelo contacto manual.

Causas de Acidentes durante uma TransfernciaFalha na avaliao do peso e tipo de utente a transferir e n de pessoas requeridas; Utente muito pesado para o n de transportadores; Segurar demasiado tempo o utente; Acessibilidade dificultada pelo meio circundante ou moblia; Estar muito distante do utente;

Causas de Acidentes durante uma Transferncia

No haver comunicao com os transportadores ou com o utente; O utente falha na cooperao esperada; Os transportadores no usam roupa adequada tarefa; Transportadores com alturas muito diferentes; Problemas do transportador (costas, pescoo, ombros).

Factores de Influncia das MsculoLeses Msculo-EsquelticasA sade apresenta uma elevada taxa de Incidncia de Leses Msculo-esquelticas relacionadas com o trabalho (Doenas profissionais), nomeadamente ao nvel das leses nas costas.

Os auxiliares de aco mdica so uma das populaes em risco de contrair este tipo de patologia.

MsculoFactores de Influncia das Leses Msculo-Esquelticas

Frequncia, fora e posturas associadas transferncia e posicionamento dos utentes; Caractersticas dos utentes, em particular, as suas limitaes e o seu grau de dependncia; Conhecimento e aplicao correcta de tcnicas para transferncia e mobilizao de utentes; Existncia e uso apropriado dos equipamento de apoio para transferncia e mobilizao de utentes; Organizao do trabalho; Crena de que as leses msculo-esquelticas relacionadas com o trabalho fazem parte do trabalho.

Obrigado!!