Poster .- new middle jurassic tracksite from Pedreira/Amoreira
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UMA NOVA ICNOJAZIDA DE DINOSSÁURIOS TEROPODES
DO JURÁSSICO MÉDIO E…… UM NOVO RECORDE !
Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos
E.B.I. Dr. Joaquim de Barros
Grupo de Paleontologia - 2015
O registo fóssil é fundamental para compreendermos a evolução
da vida. Mas, “para além de incompleto, apresenta distorções”
(Darwin 1859).
Um dos intervalos de tempo em que o registo fóssil dos
vertebrados é mais escasso é o Jurássico médio. Os
investigadores considerem este período de 20 milhões de anos
um dos mais enigmáticos, porque ocorreram grandes
transformações evolucionárias, como no grupo dos dinossáurios
teropodes, que ainda são desconhecidas.
Várias saídas de trabalho
de campo realizadas a
partir de 1998 permitiram
colocar à vista mais de 5
pistas e cerca de 20
pegadas individuais, todas
tridáctilas, preservadas
como epirrelevos concâvos
e atribuídas a dinossáurios
teropodes.
.
Em Portugal, até 1994, todas as evidências deixadas por dinossáurios -
somatofósseis ou icnofósseis - datavam do Jurássico final ou de tempos
posteriores.
A pista 3, formada por 11 pegadas consecutivas com comprimento médio de 72 cm, apresenta passos
alternadamente curtos e longos (diferença de 17%). Como o passo mais curto é sempre o esquerdo, o
predador coxeava e sofria de alguma enfermidade ou lesão no lado esquerdo.
A origem de muitos dos principais grupos dos dinossáurios carnívoros
ocorreu durante o Jurássico médio , altura em que o seu registo fóssil é
ainda quase desconhecido.
Dongyu Hu, Lianhai Hou, Lijun Zhang & Xing Xu, 2009
Foi preciso esperar por 1994 para se reconhecer a presença de dinossáurios sauropodes no
Jurássico médio, através das pistas encontradas na pedreira do galinha (Bairro), datada do limite
Bajociano – Batoniano.
E onde estavam as evidências dos predadores destes herbívoros gigantescos?
A resposta surgiu em finais de
1997, com a descoberta por
parte de caçadores de 3
pegadas tridáctilas, formando
uma pista, que as encontraram
a cerca de 3 km da pedreira do
Galinha, entre as aldeias de
Amoreira e Pedreira.
A maioria das pegadas representa animais de grande porte.
Algumas pegadas alcançam os 72 cm de comprimento,
representado das maiores pegadas de predadores conhecidas
para todo o Jurássico – altura de ancas aproximando-se dos 3 m!
Algumas pegadas tridáctilas apresentam comprimento inferior a 30
cm; mas todas terão sido produzidas por teropodes.
A morfologia muito distinta, permite inferir que coexistiram nestes
habitats dois tipos de predadores. A sua presença juntamente
com carnívoros de dimensões gigantesca sugere ambientes não
stressados, com presas abundantes.
A passagem dos teropodes autores das pistas 1, 2,3 e 7, no mesmo sentido e caindo dentro de um arco
apertado de 37º, sugere a passagem de um grupo progredindo simultaneamente, num frente ampla.
Evidências de comportamento gregário para teropodes são relativamente escassas.
A pista 7 é formada por 3
pegadas consecutivas com 67
cm de comprimento. O ângulo
de passo é de 176º, como seria
de esperar de um bípede
progredindo rapidamente.
De fato, a passada de 6,20m
confirma uma velocidade
elevada, cerca de 18,6 km/h.
Para dinossáurios carnívoros
com pegadas superiores a 40
cm de comprimento, constitui
um novo recorde!