Poster parfor tcc afetividade

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INTRODUÇÃO MATERIAIS E MÉTODOS CONCLUSÕES RESULTADOS E DISCUSSÃO AGRADECIMENTOS b Acadêmicas do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, UFOPA/PARFOR - Campus Santarém-PA Orientadora : Daiane Pinheiro -Universidade Federal do Oeste do Pará. E-mail: [email protected] Isabel Cristina de Aguiar Pinto, Lúcia Maria Maia Pimentel e-mail para contato: [email protected] , [email protected] AFETIVIDADE E MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Estudiosos apontam que a afetividade é fator fundamental para o desenvolvimento cognitivo de crianças. Wallon (2007) sugere que a educação não se limita somente ao processo de ensinar, ler e escrever, tendo em vista que as expressões humanas também fazem parte desse processo de aprendizagem. A partir desse interesse temática apresentamos como problemática desse estudo: De que forma as relações de afetividade são abordadas e articuladas nas práticas pedagógicas desenvolvidas em turmas do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola municipal de Santarém- PA? Neste contexto, considera-se de grande relevância realizar este estudo, promovendo caminhos para se pensar a afetividade como instrumento para estimular a aprendizagem. O objetivo desse estudo prioriza olhar para os efeitos e o processo da prática docente, e não a prática em si. Ou seja, priorizamos observar como acontece o processo e mediação didático-pedagógica articulado estritamente a questão da afetividade. Para dar conta dos processos investigativos que delinearam essa pesquisa nos posicionamos no campo da pesquisa qualitativa, considerando movimentos culturais, acontecimentos investigativos subjetivos e observações de ações dentro do contexto da sala de aula. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de ensino na cidade de Santarém/PA, com quatro turmas e três professoras, sendo que uma das professoras trabalha nos dois turnos, e alunos e professoras do primeiro ano do Ensino Fundamental. Os dados foram coletados através de observação tendo como instrumento um diário de campo pré definido com questões a serem observadas. Esse instrumento possibilitou o levantamento de informações pertinentes à afetividade no processo de ensino na escola municipal de Santarém. Para Fiorentini e Lorenzato (2009, p. 118) O diário de campo “[...] Tem como objetivo registrar de maneira detalhada e sistematizada, os acontecimentos, as rotinas e as conversas que contribuirão no processo de análise das ocorrências observadas”. Os dados foram apresentados em forma de categorias analíticas segundo as instruções do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (1997). sendo elas: Relações afetivas entre professor e aluno e Efeitos das relações afetivas em sala de aula sob o aprendizado dos alunos. Na primeira categoria foram analisadas as relações estabelecidas entre professores e alunos, tomando como parâmetros observações imediatas, que marcam os encaminhamentos afetivos os quais se instituem nas rotinas discentes e docentes e na segunda categoria buscou-se analisar os aspectos observados na dimensão afetiva e sua contribuição na construção do conhecimento, dando direcionamentos específicos para o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Diante das análises entende-se que a relação de afetividade entre professor e aluno é de fundamental importância para o processo de ensino, pois quando isso acontece o aluno sente-se seguro, aprende com mais facilidade, despertando o interesse e a motivação pela aprendizagem. Nesse contexto observou-se a relevância do planejamento na prática educativa, sendo dessa forma aliado à afetividade, considerados fatores determinantes na construção do conhecimento. De modo geral notou-se a dificuldade de algumas educadoras na mediação pedagógica, ao lidar com a afetividade na sala de aula, deixando de aproveitar o momento para fomentar o conhecimento do aluno através do afeto, respeito mútuo e carinho, sendo nesse contexto a base para construir, solidificar o cotidiano escolar, potencializando o ensino. No entanto, temos exemplos de bons profissionais, que fizeram do espaço escolar um lugar de aprendizagem, utilizando o carinho, respeito e afeto como ferramenta de ensino. Dessa forma, destacamos a importância dessa pesquisa, que deve ser divulgada, publicada, para servir de instrumento de consulta na própria escola. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução de Luís A. Reto e Augusto Pinheiro. 5ªed. Lisboa: Edições 70, 2009. CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo:Editora Gente, 2004. FIORENTINI, D. e LORENZATO, S. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. 2ª ed. Campinas: Autores Associados, 2009. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996. WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Buscamos aproximar os dados de pesquisa nas categorias mencionadas dando maior visibilidade e ênfase nas questões observadas quanto as relações afetivas, comportamento dos alunos e professores no processo de ensino e aprendizagem. De modo geral observamos que as professoras A, B e C iniciavam suas aulas com muita animação. No primeiro momento as professoras faziam a acolhida dos alunos através de orações e músicas infantis. O que nos chamou atenção foi a contação de historias que incentivam a formação de valores nos alunos. Na concepção de Chalita (2003, p.10):As histórias nos permitem conhecer e criar mundos fantásticos, ... sem elas, a infância, a adolescência, a juventude e a maturidade estariam condenadas a ocupar um palco sombrio, triste, desprovido de autores verdadeiramente apaixonados. Além dessa importância na construção da personalidade e subjetividade da criança, observamos que essas atividades colaboram para a aproximação afetiva entre os professor e aluno, bem como inter-relação constituídas entre os próprios colegas. Nesse processo educativo a sala de aula exerce um papel construtor no aprendizado, que mediado e organizado por um educador atento as necessidades de seus alunos transforma esse espaço num ambiente favorável e estimulador capaz de proporcionar o crescimento cognitivo, interpessoal, emocional e social formando assim, cidadãos críticos, responsáveis e construtores do seu próprio conhecimento.

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INTRODUÇÃO

MATERIAIS E MÉTODOS

CONCLUSÕES

RESULTADOS E DISCUSSÃO

AGRADECIMENTOS

b

Acadêmicas do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, UFOPA/PARFOR - Campus Santarém-PAOrientadora : Daiane Pinheiro -Universidade Federal do Oeste do Pará. E-mail: [email protected]

Isabel Cristina de Aguiar Pinto, Lúcia Maria Maia Pimentel e-mail para contato: [email protected], [email protected]

AFETIVIDADE E MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NO PROCESSO DE

ENSINO E APRENDIZAGEM

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Estudiosos apontam que a afetividade é fator fundamental para o

desenvolvimento cognitivo de crianças. Wallon (2007) sugere que a

educação não se limita somente ao processo de ensinar, ler e escrever,

tendo em vista que as expressões humanas também fazem parte

desse processo de aprendizagem. A partir desse interesse temática

apresentamos como problemática desse estudo: De que forma as

relações de afetividade são abordadas e articuladas nas práticas

pedagógicas desenvolvidas em turmas do primeiro ano do ensino

fundamental de uma escola municipal de Santarém- PA? Neste

contexto, considera-se de grande relevância realizar este estudo,

promovendo caminhos para se pensar a afetividade como instrumento

para estimular a aprendizagem. O objetivo desse estudo prioriza

olhar para os efeitos e o processo da prática docente, e não a

prática em si. Ou seja, priorizamos observar como acontece o

processo e mediação didático-pedagógica articulado estritamente

a questão da afetividade.

Para dar conta dos processos investigativos que delinearam essa

pesquisa nos posicionamos no campo da pesquisa qualitativa,

considerando movimentos culturais, acontecimentos investigativos

subjetivos e observações de ações dentro do contexto da sala de aula.

A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de ensino

na cidade de Santarém/PA, com quatro turmas e três professoras,

sendo que uma das professoras trabalha nos dois turnos, e alunos e

professoras do primeiro ano do Ensino Fundamental. Os dados foram

coletados através de observação tendo como instrumento um diário de

campo pré definido com questões a serem observadas. Esse

instrumento possibilitou o levantamento de informações pertinentes à

afetividade no processo de ensino na escola municipal de Santarém.

Para Fiorentini e Lorenzato (2009, p. 118) O diário de campo “[...] Tem

como objetivo registrar de maneira detalhada e sistematizada, os

acontecimentos, as rotinas e as conversas que contribuirão no

processo de análise das ocorrências observadas”. Os dados foram

apresentados em forma de categorias analíticas segundo as instruções

do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (1997). sendo

elas: Relações afetivas entre professor e aluno e Efeitos das relações

afetivas em sala de aula sob o aprendizado dos alunos. Na primeira

categoria foram analisadas as relações estabelecidas entre

professores e alunos, tomando como parâmetros observações

imediatas, que marcam os encaminhamentos afetivos os quais se

instituem nas rotinas discentes e docentes e na segunda categoria

buscou-se analisar os aspectos observados na dimensão afetiva e sua

contribuição na construção do conhecimento, dando direcionamentos

específicos para o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

Diante das análises entende-se que a relação de afetividade entre

professor e aluno é de fundamental importância para o processo de

ensino, pois quando isso acontece o aluno sente-se seguro, aprende

com mais facilidade, despertando o interesse e a motivação pela

aprendizagem. Nesse contexto observou-se a relevância do

planejamento na prática educativa, sendo dessa forma aliado à

afetividade, considerados fatores determinantes na construção do

conhecimento. De modo geral notou-se a dificuldade de algumas

educadoras na mediação pedagógica, ao lidar com a afetividade na sala

de aula, deixando de aproveitar o momento para fomentar o

conhecimento do aluno através do afeto, respeito mútuo e carinho,

sendo nesse contexto a base para construir, solidificar o cotidiano

escolar, potencializando o ensino. No entanto, temos exemplos de bons

profissionais, que fizeram do espaço escolar um lugar de aprendizagem,

utilizando o carinho, respeito e afeto como ferramenta de ensino.

Dessa forma, destacamos a importância dessa pesquisa, que deve ser

divulgada, publicada, para servir de instrumento de consulta na própria

escola.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução de Luís A. Reto e Augusto Pinheiro.5ªed. Lisboa: Edições 70, 2009.CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo:Editora Gente,2004.FIORENTINI, D. e LORENZATO, S. Investigação em educação matemática:percursos teóricos e metodológicos. 2ª ed. Campinas: Autores Associados, 2009.VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes,1996.WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Buscamos aproximar os dados de pesquisa nas categoriasmencionadas dando maior visibilidade e ênfase nas questõesobservadas quanto as relações afetivas, comportamento dos alunos eprofessores no processo de ensino e aprendizagem. De modo geralobservamos que as professoras A, B e C iniciavam suas aulas commuita animação. No primeiro momento as professoras faziam aacolhida dos alunos através de orações e músicas infantis. O que noschamou atenção foi a contação de historias que incentivam aformação de valores nos alunos. Na concepção de Chalita (2003,p.10):As histórias nos permitem conhecer e criar mundos fantásticos,... sem elas, a infância, a adolescência, a juventude e a maturidadeestariam condenadas a ocupar um palco sombrio, triste, desprovidode autores verdadeiramente apaixonados. Além dessa importância naconstrução da personalidade e subjetividade da criança, observamosque essas atividades colaboram para a aproximação afetiva entre osprofessor e aluno, bem como inter-relação constituídas entre ospróprios colegas. Nesse processo educativo a sala de aula exerce umpapel construtor no aprendizado, que mediado e organizado por umeducador atento as necessidades de seus alunos transforma esseespaço num ambiente favorável e estimulador capaz de proporcionaro crescimento cognitivo, interpessoal, emocional e social formandoassim, cidadãos críticos, responsáveis e construtores do seu próprioconhecimento.