POSTURA ÉTICA E PROFISSIONAL DO CERIMONIALISTA

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CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA-CEUT FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, SAÚDE, EXATAS E JURÍDICAS DE TERESINA BACHARELADO EM SECRETARIADO EXECUTIVO JEANNE PATRÍCIA SILVA JÉSSICA MARIA COSTA DA MATA MÁRCIA LENY LIMA MARQUES POSTURA ÉTICA E PROFISSIONAL DO CERIMONIALISTA

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CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA-CEUT

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, SAÚDE, EXATAS E JURÍDICAS DE TERESINA

BACHARELADO EM SECRETARIADO EXECUTIVO

JEANNE PATRÍCIA SILVA

JÉSSICA MARIA COSTA DA MATA

MÁRCIA LENY LIMA MARQUES

POSTURA ÉTICA E PROFISSIONAL DO CERIMONIALISTA

TERESINA-PI

2012

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JEANNE PATRÍCIA SILVA

JÉSSICA MARIA COSTA DA MATA

MÁRCIA LENY LIMA MARQUES

POSTURA ÉTICA E PROFISSIONAL DO CERIMONIALISTA

Projeto de Pesquisa, apresentado ao curso de Secretariado Executivo da Faculdade CEUT, como requisito para aquisição da segunda nota da disciplina Comunicação Científica e elaboração do Artigo Científico.

Orientadora: Prof.:MSC. Maria Auxiliadora Pereira da Cruz

TERESINA-PI

2012

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................03

1.1. Objetivos..............................................................................................................03

1.1.1. Objetivo Geral...................................................................................................03

1.1.2. Objetivos Específicos.......................................................................................03

1.2. Justificativa..........................................................................................................04

2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................05

2.1. Cerimoniais: Conceitos e Evolução Histórica......................................................05

2.1.1. Eventos.............................................................................................................07

2.1.2. Precedências....................................................................................................08

2.2. Cerimonialista......................................................................................................09

2.2.1. Perfil.................................................................................................................09

2.2.2. Ética e Ética Profissional..................................................................................11

3. METODOLOGIA DA PESQUISA...........................................................................13

4. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES......................................................................14

REFERÊNCIAS..........................................................................................................15

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1. INTRODUÇÃO

Hoje, em virtude da grande demanda de eventos sociais e solenidades

públicas, cada vez mais se tem a necessidade dos serviços do profissional de

Cerimonial. Essa nova realidade exige além do perfil e postura, conhecimento

humanístico, habilidade para realizar pesquisas, conhecimento de normas, do

estatuto, planejamento e total controle de suas emoções e crenças pessoais.

Com a nova realidade que surge, o amadorismo e erros protocolares devem

ser substituídos por conhecimentos, firmeza e coerência, pois conhecer as leis e

precedências do cerimonial é o primeiro passo para que esse profissional se

fortaleça como cerimonialista.

Diante desse exposto pretende-se investigar nesse estudo qual a

importância da postura ética e profissional do cerimonialista para consolidar sua

marca no mercado de trabalho?

1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral

Analisar a importância da postura ética do profissional cerimonialista com

vista à consolidação de sua marca no mercado de trabalho.

1.1.2. Objetivos Específicos

Identificar o perfil do cerimonialista exigido pelo mercado de trabalho.

Identificar os eventos que estes profissionais podem atuar, analisando a

importância da adoção de uma postura ética e profissional durante a

realização destes ventos.

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Discutir os tipos de conhecimentos que este profissional deve adquirir, bem

como as estratégias que deve adotar para consolidar a sua marca no

mercado de trabalho.

1.2. Justificativa

A escolha do tema foi devido à necessidade de conhecimento do perfil e

postura deste profissional no mercado.

A importância desta pesquisa consiste em apresentar uma reflexão sobre a

qualidade dos serviços prestados pelos cerimonialistas no mercado atual, bem como

da necessidade de conhecimento ético e profissional desse cargo bem como da

coerência protocolar para atender as expectativas solenes, públicas e sociais.

A contribuição que essa pesquisa trará será quanto ao fornecimento de

conhecimento teóricos acerca do tema em questão que serão úteis principalmente

para os estudantes do curso de Secretariado Executivo no sentido de aprimorar

seus conhecimentos numa área tão necessária para o bom desenvolvimento do

trabalho em um cerimonial.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Cerimoniais: Conceitos e Evolução Histórica

Aurélio define cerimonial como um “Conjunto de formalidades de atos

solenes e festas públicas”. Pode-se ainda ressaltar que é um conjunto de diretrizes

que precisam ser conhecidas e observadas em eventos oficiais ou especiais, sendo

o indicador de como os participantes devem se comportar no convívio social formal.

Para Wagner é o conjunto de formalidades que se devem seguir nos atos ou

reuniões solenes realizadas por ocasião de determinados atos da vida Municipal,

Estadual ou Nacional, cuja alta significação convém ser ressaltada. 

O cerimonial e protocolo são tão antigos quanto à história da humanidade.

Há relatos que antes da descoberta do fogo e da roda os homens já se organizavam

em clãs, onde havia uma hierarquia a ser respeitada em eventos, como a hora de

saborear a caça.

Os primeiros registros sobre rituais e cerimoniais são chineses. Na China o

conhecimento dos cerimoniais fazia parte da formação do indivíduo. Apesar do peso

religioso não ser tão forte como no Egito, Roma e Grécia.

Religião, hábitos, tradições, tudo isso envolve a formação dos cerimoniais

em todos os tempos.

No Brasil, durante o I e II Reinados, por influência portuguesa, o cerimonial

contou com boas performances de nossos governantes. D. João VI contribuiu para a

consolidação de práticas de cerimonial.

Todo cerimonial moderno, tem sua base no exército, já que não há que

mais entenda de rituais e cerimoniais e com o passar dos tempos esses cerimoniais

foram evoluindo chegando ao que temos nos dias de hoje. O Departamento de

Cerimonial e Protocolo da 13ª Região Tradicionalista faz um relato sobre os tipos de

cerimoniais. Dentre eles citam-se:

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Cerimonial Estrangeiro - Relacionado a tudo que abrange: Honras Reais,

títulos Hierárquicos, precedências nos estados e seu chefe, correspondência, regras

de etiquetas e a regulamentação de algumas normas do cerimonial estrangeiro.

Cerimonial Diplomático 1 – Limita-se e executar, de modo eficiente, todas

as honras e cortesias devidas aos representantes diplomáticos no exercício de suas

funções, observando a qualificação e hierarquia de cada um.

Cerimonial Diplomático 2 – É o código que vigora entre as elites de todos os

países, possui valor internacional e é a síntese dos usos e costumes, das tradições,

das leis e normas internacionais.

Cerimonial Protocolar ou de Chancelaria 1 – Objetiva cumprir fielmente as

regras gerais que se devem observar na redação dos atos e ofícios diplomáticos de

qualquer natureza.

Cerimonial Protocolar ou de Chancelaria 2 – Objetiva transmitir uma carga

de estilo formal e requinte convencional aos simples atos da vida.

Cerimonial Público ou Internacional – Objetiva melhorar as relações sociais

entre povos de diferentes culturas, criando modelos de comportamento de

cerimonial a serem desenvolvidas em datas e situações oportunas.

Cerimonial de Corte – Tem como objetivo e função prever todas as regras

para cada circunstância e ocasião.

Cerimonial Eclesiástico - É considerado um dos mais extensos da

atualidade, embora já tenha sofrido algumas modificações que atenuaram seu

caráter rigoroso e o deixou mais simplificado.

Cerimonial Privado ou de Relações Públicas 1 – Congrega uma

diversidade de normas e praxes, objetivando garantir a cada participante de um

evento o tratamento adequado a sua posição na escala hierárquica de honra e poder

diante dos demais componentes do grupo.

Cerimonial Privado ou de Relações Públicas 2 – Compreende as normas

vigentes na sociedade e as observadas nos serviços de relações públicas, que

inúmeras vezes desempenham as atividades referentes ao cerimonial ou protocolo

nas empresas e entidades.

Cerimonial Universitário – As universidades brasileiras seguem a legislação

vigente, regulamentada pelo decreto federal n° 70.274, de 9 de março de 1972, mas

existem peculiaridades nestas instituições. Exemplificando:

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O Cargo do Reitor é o mesmo em instituições federais, estaduais e

particulares, no entanto, no Decreto, existe uma diferença de 65 cargos a separar o

Reitor de uma Universidade Federal dos Reitores de Universidades Estaduais e

Particulares.

Existe ainda o cerimonial militar da Marinha, do Exercito e da Aeronáutica,

que tratam especificamente do cerimonial e cerimônias de cada força armada.

Cerimonial Militar do Comando da Marinha: é regulado pelo Decreto nº

87.427, de 27 de julho de 1982, têm por finalidade estabelecer os procedimentos

relativos à etiqueta militar da Marinha.

Cerimonial Militar do Comando do Exercito: é regulado pela  Portaria n°

594 de 30 de outubro de 2000 tem por objetivo desenvolver o sentimento de

disciplina, a coesão e o espírito de corpo, pela execução em conjunto de

movimentos que exigem energia, precisão e parcialidade.

Cerimonial Militar do Comando da Aeronáutica: é regulado pela Portaria

n° 940/GC3, de 16 de dezembro de 2002, têm por finalidade estabelecer os

procedimentos relativos a serem seguidos no Cerimonial Militar do Comando da

Aeronáutica, sendo que em 17 de dezembro de 2002 foi instituída a ICA 900-1

(Cerimonial Militar do Comando da Aeronáutica)

Cerimonial dos Municípios: Geralmente é regulado por legislação

especifica, mas, sempre considerando o Decreto 70.274 de 9 de março de 1972. 

2.1.1. Eventos

Lukower (2006, p. 37 a 40) mostra uma tipologia dos principais eventos que

são realizados na atualidade:

Eventos Sociais - São eventos sem caráter comercial, promovidos por

empresas ou por pessoas físicas. Podem ser casamentos, festas de debutantes. As

empresas ou entidades de classe promovem eventos sociais com o intuito de

confraternização.

Eventos Profissionais - São eventos de caráter comercial. São os

congressos, convenções, fóruns, debates, ciclo de palestras, entres outros. Quando

há convidados especiais é necessário que se organize uma mesa de honra,

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obedecendo a uma ordem de precedência pela importância dos participantes e, se

forem autoridades de governo ou clero, é preciso consultar a Ordem Geral de

Precedências, de acordo com o Decreto 70.274.

Eventos Técnico-Científicos - São eventos ligados a áreas específicas,

geralmente congressos e encontros, feiras técnicas, conferências, seminários,

mesas redondas, palestras e todos os eventos onde informações técnicas-científicas

serão abordadas.

Eventos de Caráter - Estes eventos estão ligados à área de negócios em

geral, como convenções, feiras e exposições.

Eventos Religiosos- São ligados à liturgia religiosa. Pode até haver uma

parte do evento que seja social, porém o motivo maior será sempre o caráter

religioso.

Recepções Oficiais- As recepções seguem uma dinâmica em que cada tipo

de evento corresponde a um tipo de recepção. Os tipos de recepção que

encontramos em protocolo destinam-se aos eventos de caráter diplomático,

2.1.2. Precedências

Wagner (2007) define precedências como o direito que tem uma autoridade

civil ou militar de passar á frente das demais, de ocupar à direita ou lugar

predeterminado, ou de presidir as cerimônias a que assistir, é identificar, reconhecer

a primazia de uma hierarquia sobre a outra, portanto a precedência é à base do

cerimonial e de todo o processo de planejamento, elaboração e execução da

cerimônia de um evento.

De acordo com Lukower (2006, pag. 17) as normas de Cerimonial e

Protocolos Oficiais, descritas no decreto 70.274 de 09 de março de 1972, visam

principalmente às precedências e o que deve ser observado é a hierarquia dos

cargos e sua representatividade no evento. Para exemplificar é interessante citar o

próprio livro de normas. No caso de recepção de uma delegação estrangeira, o

Ministro das Relações Exteriores terá prioridade sobre o Ministro da Justiça, que

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teria na escala hierárquica a maior importância em um evento corriqueiro. Segue o

mesmo critério quando o evento for de cunho militar, que possui suas próprias

normas de cerimonial e protocolo.

Para ele é interessante ter o conhecimento da sequência da formação dos

estados da federação, pois eles são priorizados exatamente desta maneira, é

conveniente obter o conhecimento básico para evitar qualquer tipo de

constrangimento. O conhecimento das normas de precedência auxiliará também o

profissional de eventos a dimensionar a importância da escala hierárquica, em

qualquer evento em que irá trabalhar.

Para que o organizador de eventos tenha uma dimensão exata da

importância de cada convidado, caso não seja uma cerimônia oficial, é preciso que

ele seja bem informado. Caso tenha dúvida, pesquise entre os colegas ou dentro do

próprio círculo social dos convidados.

Ao observar as regras e normas de precedência, pode se notar certa lógica

que deve sempre prevalecer em qualquer tomada de decisão, principalmente de

ordem diplomática. Como exemplo, temos a ordem de precedência do ministério, na

qual em primeiro lugar é convocado o Ministro da Justiça, seguido pela Marinha e

Exército, Relações Exteriores e então o Ministro da Fazenda. Se considerarmos que

em nossa os dizeres são Ordem e Progresso, notamos que a precedência dos

Ministros segue justamente esta lógica: a ordem com a justiça e os militares,

seguidos da Fazenda que corresponde aos negócios. Da mesma maneira, a ordem

de precedência dos estados segue a formação oficial, com exceção do Distrito

Federal, que fica em ultimo lugar sempre, por questão de destaque e deferência.

É importante frisar que o Cerimonial, Protocolo e Ordem Geral de

Precedência, baseiam-se no Decreto 70.274 de 09 de março de 1972, podendo ser

ajustado dependendo de cada região, sem fugir da essência do decreto supracitado.

2.2. Cerimonialista

2.2.1. Perfil

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O cerimonialista Embaixador Augusto Estellita Lins diz que o “Cerimonial é

fenômeno profundo, no qual se estriba todo o comportamento social dos

participantes de um evento”. Pensando assim o cerimonialista deve adotar um perfil

e postura responsável chegando antes do horário marcado para início do evento,

verificando com os organizadores quais e quantas autoridades confirmaram

presença e com isso tendo condições de formar a mesa e mudar a fala se

necessário, já poderá, também, começar a pré-estabelecer a ordem de

precedência. Checará o equipamento de som. Verificará se consta da abertura a

execução do Hino Nacional e em que condições será executado: instrumental ou

vocal. Verificará se as bandeiras estão dispostas corretamente na panóplia, de

acordo com o artigo 19 da Lei 5.700. Checar com os auxiliares de protocolo e

recepcionistas para saber como está estabelecido o recebimento e encaminhamento

a seus lugares de autoridades e personalidades, assim como o procedimento para

entrega de homenagens, quando isso estiver incluído no programa. Essas

providências evitarão que o cerimonialista não se torne refém de uma programação

de que não tem suficiente conhecimento.

Infelizmente nem sempre o protocolo recebe a devida importância das

autoridades tanto governamentais ou empresariais, vale ressaltar também a omissão

educacional hoje já não se canta o Hino Nacional no início das aulas, muito menos

se reverencia os Símbolos Nacionais como o dia da Bandeira.

Algumas considerações podem ser observadas quanto à responsabilidade

social e profissional do cerimonialista em relação ao comportamento pessoal: Não

pode ser prolixo, ele deve ter apenas falar o necessário para bem apresentar a

solenidade, nem lacônico, a pobreza de informações por parte do

cerimonialista,deixa lacunas e dúvidas junto ao público e aos próprios

participantes,não pode ser inflexível, a inflexibilidade impede que boas ideias

enriqueçam o programa, não pode ser inibido pois firmeza, desembaraço, facilidade

de expressão são indispensáveis, nem exibido pois a discrição deve ser o seu traço

característico.

É importante ressaltar ainda que a condução firme, a exposição clara e a

apresentação correta são fundamentais para o bom andamento da cerimônia, bem

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como, serve de diferencial para o profissional demonstrando sua competência e

capacidade.

A apresentação correta- refere-se à sua aparência pessoal. A exposição

clara tem a ver com a forma de articular as palavras, de utilizar o microfone e de

impostar a voz, Joseph Conrad diz: “Deem-me a palavra certa, no tom exato de voz

e eu moverei o mundo”. A Condução firme volta-se ao aspecto da autonomia e da

autoridade funcional, quanto mais firme e segura for à postura do condutor da

solenidade, mais possibilidades ela tem de ser bem sucedida.

O Cerimonialista Não pode parar no tempo, ele precisa ser dinâmico

sempre atento às mudanças e se preparando com cursos, pesquisas, literatura,

congressos, isso o fará está sempre preparado para se destacar e consolidar sua

marca no mercado de trabalho.

Na verdade ele deve ser o guardião das leis, das formalidades, estatutos,

precedentes e isso exigem essa gama de conhecimentos acima abordado para que

seu trabalho possa fluir com harmonia além de observar a ética profissional tão

necessário em toda profissão.

2.2.2. Ética e Ética Profissional

Para Lukower (2006, p.10), a ética “é o código moral em que a sociedade está

calcada. A ética retrata o momento histórico da sociedade com seus valores”. Para

ela todo o processo de protocolo e cerimonial segue uma lógica, todas as regras e

ritos têm um por que e se observarmos encontramos em praticamente todas as

atividades como: alimentação, linguagem, os tratamentos, vestuários, os gestos, a

escrita, o comportamento e a etiqueta.

A Ética é de fundamental importância em todas as profissões, e para todo ser

humano, para que possamos viver relativamente bem em sociedade. Com o

crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas das vezes deixamos nos

levar pela pressão exercida em busca de produção, pois o mercado de trabalho está

cada vez mais competitivo e exigente, e às vezes não nos deixa tempo para refletir

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sobre nossas atitudes. Temos que ter a consciência de que nossos atos podem

influenciar na vida dos outros e que nossa liberdade acarreta em responsabilidades.

Todo profissional deve saber comporta-se em qualquer situação e com o

cerimonialista não é diferente, a preocupação com o aprimoramento dos

conhecimentos de comportamento social e de etiqueta deve ser observado, ele deve

conhecer sempre seu público em cada evento, seus costumes, sua cultura, estar em

dia com as notícias de última hora, preparado para qualquer eventualidade.

O Comitê Nacional de Cerimonial Público (CNCP) disponibiliza através de seu

site o Código de Ética e Disciplina do Cerimonialista (Aprovado pelo Ato Normativo

nº 08/2000) onde são abordadas algumas normas do processo Ético Disciplinar,

Deveres e infrações disciplinares.

Entre os deveres vale ressaltar: elevar o conceito de cerimonial, obedecer às

normas legais e administrativas que disciplinem o Cerimonial Público,

desenvolver seu trabalho, tendo como objetivo maior os interesses da instituição à

qual presta serviços, cumprir os compromissos assumidos de modo a merecer a

confiança de todos, respeitar e fazer-se respeitado, no exercício das suas

atividades, auxiliar na área de sua competência o trabalho de despertar da

consciência cívica, auxiliar na padronização das atividades do cerimonial, buscando

a eficiência e a eficácia do trabalho desenvolvido por seus pares, agir sempre com

lealdade para com os colegas cerimonialistas, emitir juízo sobre programas e

atividades referentes ao Cerimonial Público, somente após conhecimento pleno de

todas as suas circunstâncias, abster-se, quando solicitado, de prestar serviços de

forma contrária às leis decretos e outras normas correlatas, aplicadas ao Cerimonial

Público, bem como de maneira conflitante com as normas estabelecidas pelo Comitê

Nacional do Cerimonial Público, zelar pela qualidade do seu trabalho.

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3. METODOLOGIA DE PESQUISA

Neste estudo será utilizado o método de abordagem qualitativo de caráter

descritivo, analítico e preditivo. Será utilizada as seguintes técnicas de

procedimentos de coletas de dados: pesquisa bibliográfica.

Os dados secundários serão coletados por meio de consultas: em livros e

sites de internet e analisados de maneira crítica e qualitativa.

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4. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS NO PROCESSO

DE PESQUISA.

ORDEM ATIVIDADES INÍCIO TÉRMINO

01 Revisão de literatura Contínua Contínua

02 Elaboração do projeto de pesquisa 18.09.2012 07.11.2012

03 Elaboração dos instrumentos de coleta de dados 13.11.2012 14.11.2012

04 Coleta e análise dos dados 15.11.2012 24.11.2012

05 Elaboração do artigo científico 26.11.2012 10.12.2012

06 Apresentação oral do artigo e entrega em cd 11.12.2012 11.12.2012

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REFERÊNCIAS

CESCA, Cleuza Gertrude Gimenes. Organização de eventos. 6ª edição, São

Paulo: Sumus, 1997.

LUKOWER, Ana. Cerimonial e Protocolo. 3ª edição, São Paulo: Contexto, 2006.

MOURA, Jânio Ferreira de. Cerimonialista, um serviço ainda desconhecido por

muitos. Disponível em: http:// www.cncp.org.br. Acesso em: 03/ 10/ 2012.

OLIVEIRA, J.B. A responsabilidade social e profissional do cerimonialista.

Disponível em: http:// www.cncp.org.br. Acesso em: 03/ 10/ 2012.

WAGNER, Ildo, Departamento de Cerimonial e Protocolo. Disponível em: http://

www.13rt.com.br/deptos/cerimonial.htm. Acesso em: 08/ 10/ 2012.