Power point "Frei Luís de Sousa"

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Frei Luís de Sousa

• ESTRUTURA

• Externa: Frei Luís de Sousa apresenta-se dividido em 3 atos com 12, 15 e 12 cenas, respetivamente.

• Interna: exposição, conflito e desenlace.

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Cada ato em Frei Luís de Sousa contém uma exposição.

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• No primeiro ato, a Exposição desenrola-se nas primeiras 4 cenas: o leitor/espetador tem acesso ao contexto em que decorrerá a ação dramática, aos antecedentes da ação e ao passado das personagens.

• No segundo ato, a Exposição decorre nas 3 primeiras cenas: o que se passou depois de terem saído de casa após o incêndio.

• No terceiro ato, a Exposição corresponde à primeira cena: a decisão de entrada para o convento como solução para o conflito.

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Cada ato em Frei Luís de Sousa contém um Conflito.

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• No primeiro ato, o Conflito decorre da quinta à oitava cena: à intenção dos governadores de Lisboa se mudarem para Almada, ocupando a casa de D. Manuel de Sousa Coutinho que decide incendiar o palácio para impedir que tal aconteça.

• No segundo ato, o Conflito decorre entre a quarta e a oitava cena: D. Manuel vai a Lisboa, levando Maria e Telmo e deixa D. Madalena sozinha com Frei Jorge.

• No terceiro ato o Conflito decorre entre a segunda e a nona cena: morte social das personagens e preparação para o desenlace.

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Cada ato contém um Desenlace.

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• No primeiro ato, o Desenlace decorre da nona à décima segunda cena: incêndio do palácio.

• No segundo ato, o Desenlace decorre entra a nona e a décima quinta cena: chegada de um romeiro com notícias perturbadoras – reconhecimento de D. João de Portugal nessa figura.

• No terceiro ato, o Desenlace decorre entre a décima e a décima segunda cena: morte física de Maria e morte social dos seus pais.

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AÇÃO

• Constitui-se no drama que se abate sobre a família de Manuel de Sousa Coutinho casado com e D. Madalena de Vilhena (viúva de D. João de Portugal) de quem tem uma filha.

• D. Madalena pressente que a sua felicidade e harmonia familiar podem estar em perigo, sendo disso prenunciador os versos d'Os Lusíadas: “Naquele engano d’alma ledo e cego, /Que a fortuna não deixa durar muito...”

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• O incêndio no final do ato I permite uma mudança dos acontecimentos e já na antiga casa de D. Madalena e de D. João de Portugal, a ação atinge o seu Clímax, proporcionando ao Romeiro a possibilidade de reconhecer a sua antiga casa e de se identificar a Frei Jorge.

• Os presságios da desgraça iminente sucedem-se e tudo se conjuga para um desfecho dramático: morte física de Maria e a morte para o mundo de Manuel e Madalena.

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PERSONAGENS

Todas as personagens têm um relevo significativo.

As relações entre pais, e pais e filha, entre o aio (figura tutelar) e os seus amos e a relação fraterna com Frei Jorge.

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•D. Madalena de Vilhena foi casada com D. João de Portugal e tinha 17 anos quando este desapareceu na batalha de Alcácer Quibir, junto com D. Sebastião. Foi procurado intensamente durante 7 anos.

•Casou-se ao fim desse tempo com D. Manuel de Sousa Coutinho, com quem vive há catorze anos. É uma mulher bela, de grande caráter, que pressente que a sua felicidade é efémera, e que está predestinada à tragédia.

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• Teme inconscientemente a vinda de D. João de Portugal, que nunca foi encontrado morto ou vivo. Fica transtornada quando se vê confrontada com a necessidade de voltar para o antigo palácio onde viveu com o seu primeiro marido.

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• D. Manuel de Sousa Coutinho é um nobre e honrado fidalgo, que incendeia a sua própria casa para impedir que nela se instalem os governadores que querem fugir à peste que então grassava em Lisboa.

• Racional, equilibrado e sereno é dominado pelos sentimentos quando se preocupa com a doença da filha. É um bom pai e um bom marido (será Frei Luís de Sousa quando entra para o convento).

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• Maria de Noronha tem 13 anos, é uma menina bela e frágil que sofre de tuberculose (incurável na época), que acredita que D. Sebastião regressará para pôr fim ao domínio Filipino.

• Revela-se muito curiosa e pressente que pode ser filha ilegítima. É em Maria que recai o desenlace trágico.

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• Telmo Pais é um velho criado, confidente privilegiado, que se caracteriza pela lealdade, pela fidelidade e pelo grande amor que tem a Maria que viu crescer.

• Nunca acreditou na morte do seu antigo amo, D. João de Portugal.

• No fim, acaba por trair um pouco a lealdade de escudeiro para com D. João pelo amor que o une à filha daquele casal, D. Maria de Noronha.

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• Por um lado, representa o papel de coro da tragédia grega, com os seus agoiros/presságios e com os seus apartes; mas por outro, representa também o corte com o Portugal velho incarnado pela figura de D. João de Portugal, abrindo a esperança de um novo Portugal.

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• O Romeiro apresenta-se, inicialmente, como um peregrino da Terra Santa, mas é o próprio D. João de Portugal que os vinte anos de cativeiro transformaram num homem velho que ninguém reconhece nem mesmo o seu velho escudeiro Telmo.

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• Identifica-se como "Ninguém" ao defrontar-se com a impossibilidade de um lugar na vida de D. Madalena e, por conseguinte, na sociedade.

• A sua existência constitui a impossibilidade da felicidade daquela família, tornando inválido o casamento de D. Madalena e ilegítimo o nascimento de Maria.

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• Frei Jorge Coutinho é irmão de Manuel de Sousa, é o confidente e amigo nas horas de angústia.

• Desempenha um papel importante na identificação do Romeiro, que à pergunta Romeiro, quem és tu, responderá com um gesto ao indicar o quadro de D. João de Portugal, sem olhar para ele (sabendo, portanto, exatamente a localização do quadro, denunciando, deste modo, a sua verdadeira identidade).

• Aconselha a entrada de D. Madalena e D. Manuel Coutinho na vida religiosa como solução para o conflito.

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TEMPO

• A ação reporta-se ao final do século XVI, embora a descrição do cenário do Ato I se refira à "elegância" portuguesa dos princípios do século XVII.

• O texto é, porém, escrito no século XIX, acontecendo a primeira representação em 1843.

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• A ação dramática de Frei Luís de Sousa passa-se 21 anos após a batalha de Alcácer Quibir, durante o domínio filipino, em 1599:

• "A que se apega esta vossa credulidade de sete... e hoje mais catorze... vinte e um anos?" Pergunta D. Madalena a Telmo (Ato I, cena II).

• "Vivemos seguros, em paz e felizes... há catorze anos" (Ato I, cena 11).

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• "Faz hoje anos que... que casei a primeira vez, faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião, e faz também que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa", afirma D. Madalena (Ato II, cena X).

• "Morei lá vinte anos cumpridos" (...) "faz hoje um ano... quando me libertaram", diz o Romeiro (Ato 11, cena XIV).

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ESPAÇO

• O ato I passa-se numa “câmara antiga com todo o luxo e caprichosa elegância do século XVII”, no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada. Este espaço elegante pretende corresponder à felicidade e harmonia familiar que aí se vive.

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• O ato II acontece “no palácio que fora de D. João de Portugal, em Almada; salão antigo, de gosto melancólico e pesado, com grandes retratos de família...” As memórias do passado e soturnidade deste espaço indiciam fatalidade.

• O ato III passa-se na capela, que se situa na “parte baixa do palácio de D. João de Portugal”.  “É um casarão vasto sem ornato algum.” O espaço simboliza e caracteriza o mundo da espiritualidade em que os bens materiais não fazem sentido.

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A atmosfera

• Sebastianismo (crença no regresso do monarca desaparecido e consequente libertação do domínio filipino). Telmo Pais alimenta estas crenças, e Maria mostra-se uma fervorosa partidária. Existe uma atmosfera de superstição em redor de D. Madalena.

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Simbologia

• A leitura dos versos de Camões refere-se ao trágico fim dos amores de D. Inês de Castro que, como D. Madalena, também vivia uma felicidade aparente, quando a desgraça se abateu sobre ela e a sua família.

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• O tempo dos principais momentos da ação acontece num dia aziago, sexta-feira:

– fim da tarde e noite (Ato I), sexta-feira, tarde (Ato II), sexta-feira, alta noite (Ato III);

– D. Madalena casou-se pela primeira vez a uma sexta-feira; a uma sexta-feira viu Manuel pela primeira vez;

– à sexta-feira dá-se o regresso de D. João de Portugal; a uma sexta-feira morreu D. Sebastião, vinte e um anos antes.

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• A numerologia parece ter sido escolhida intencionalmente:

– Madalena casou 7 anos depois de D. João ter desaparecido na batalha de Alcácer Quibir;

– há 14 anos que vive com Manuel de Sousa Coutinho;

– a desgraça, com o aparecimento do Romeiro, sucede 21 anos depois da batalha (21 = 3 x 7).

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– O número 7 liga-se ao ciclo lunar e representa o descanso no fim da criação.

– O número 3 é o número da criação e representa o

círculo perfeito e exprime o percurso da vida: nascimento, crescimento e morte.

– Na crença popular o 13 indicia azar. Maria vive apenas 13 anos.

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