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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 21.jul.2015 N.655 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Uma introdução à encíclica “Laudato si” (1) AGENDA Quais as razões da Áustria ter tão pouco desemprego Uma cultura de gestão e liderança à luz do amor ao próximo Homenagem a Rui Semedo 9 novos potenciais negócios a germinar no Executive MBA AESE Media “AESE promove contacto entre universitários e o mundo empresarial no verão”, entre outros… EUA, o país com maior taxa de população encarcerada Ciclo de encontros institucionais O declínio das adoções internacionais Lisboa, 23 de julho de 2015 Harvard Case Method Seminar Lisboa, 28 de setembro de 2015 PADIS Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 28 de setembro de 2015 Fazer com que as suas pessoas deem o seu melhor Business and technology: New wine in an old bottle Lisboa, 7 de outubro de 2015 Rendibilidade dos clientes Lisboa, 22 e 23 de setembro de 2015 Executive MBA AESE Lisboa, 2 de outubro de 2015 Especialista em Empreendedorismo discute com Alumni da AESE “Contra los ídolos posmodernos”

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NOTÍCIAS

21.jul.2015N.655

www.aese.pt

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NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Uma introdução à encíclica “Laudato si” (1)

AGENDA

Quais as razões da Áustria ter tão pouco desemprego

Uma cultura de gestão e liderança à luz do amor ao próximo

Homenagem a Rui Semedo

9 novos potenciais negócios a germinar no Executive MBA AESE

Media

“AESE promove contacto entre universitários e o mundo empresarial no verão”, entre outros…

EUA, o país com maior taxa de população encarcerada

Ciclo de encontros institucionais

O declínio das adoções internacionais

Lisboa, 23 de julho de 2015

Harvard Case Method SeminarLisboa, 28 de setembro de 2015

PADISPorto Palácio Congress Hotel & Spa, 28 de setembro de 2015

Fazer com que as suas pessoas deem o seu melhor

Business and technology: New wine in an old bottleLisboa, 7 de outubro de 2015

Rendibilidade dos clientesLisboa, 22 e 23 de setembro de 2015

Executive MBA AESELisboa, 2 de outubro de 2015

Especialista em Empreendedorismo discute com Alumni da AESE

“Contra los ídolos posmodernos”

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Rui Semedo, presidente do BancoPopular em Portugal, morreu napassada sexta-feira, 3 de julho.Nascera em Elvas, a 21 de abril de1958. Antes do Banco Popular,desempenhou diversas funções naAlta Direção do Grupo BCP e,posteriormente, esteve nassucursais portuguesa e espanholado Barclays, como CEO e CountryManager, respetivamente. Entroupara o Banco Popular de Portugal,em 2007.

Rui Semedo frequentou o 27.ºPADE - Programa de Alta Direçãode Empresas, em 2001, quando eradiretor geral da área de bancaprivada internacional, do grupoBCP. Em várias ocasiões, com asua tradicional simplicidade,reconheceu o papel do PADE nasua formação, motivo que o levou aenviar à Escola vários dos seuscolaboradores mais próximos,

porque a via como uma “Escola deLíderes”, mais do que uma Escolade Liderança, nas suas própriaspalavras.

Professor e conferencista em váriosprogramas, foi sempre muitoapreciado pela sua clareza ediscernimento das situações. Aindarecentemente, no passado dia 10de abril, esteve a partilhar com osalunos do MBA a sua trajetóriapessoal e profissional numaconversa devida e "deVida"deixando, como era seu timbre,uma forte marca na memória dosalunos.

Participante ativo, desde 2010, doConselho Geral da AESE, ao longodos anos teve ocasião de nelefazer várias intervenções em quesublinhou o papel estruturante daEscola, fortemente enraizada nasempresas, chamando a atenção

para a missão nitidamente trans-formacional da AESE, o queentendia ser a nossa responsabili-

Homenagem a Rui Semedo

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Membro do Conselho Consultivo da AESE

Lisboa, 6 de julho de 2015

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dade como Escola de referência.Desafiou-nos, continuamente, aformar uma nova geração quefosse capaz de liderar as mudan-ças, as necessárias implementa-ções, reiterando sempre a palavra“execução”.

A pessoa que Rui Semedo era eesta sua prolongada, cúmplice eprofícua relação com a AESEBusiness School deixa na Escolaum cunho indelével e, a todos,Saudade.

Com o nosso agradecimentoprofundo,

A Direção da AESE

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Sunil Handa, Professor do IIM deAhmedabad, esteve na AESE de 11a 15 de maio para um “Laboratoryin entrepreneurial motivation” de-senvolvido com os Alumni daAESE.

À margem das sessões com osparticipantes em programas daAESE, Sunil Handa deu a conheceralgumas reflexões suas acerca doempreendedorismo.

“A AESE é uma excelente escolade negócios, que investe no enco-rajamento do espírito empreen-dedor dos seus Alumni.

Há várias maneiras de incentivar osparticipantes. Em primeiro lugar,colocando-os em contacto com em-preendedores senior bem sucedi-dos. Referi numa das sessões quedaqui a 4 anos, um dos alunosestará a fazer uma apresentaçãosobre como começou, o que está a

fazer naquele momento e que oseu negócio tem uma receita de 3ou 5 000 000 €, ou mais. Haverápelo menos uma pessoa a assistir àaula, que apesar de “parecer nor-mal”, estará a ocupar o mesmolugar que eu como orador.

Em segundo lugar, o empreende-dorismo também pode ser alimen-tado com a visita a uma fábrica oua uma empresa, mostrando ediscutindo o medo do risco, todo oprocesso de produção em detalhe,os preços das matérias primas, osoutros custos, a rentabilidade, osdesafios da indústria que o líderteve de enfrentar na fase dearranque.”

Olhando para o país, “consideroque para Portugal, hoje, oempreendedorismo é a respostacerta. Os sucessos irão inspiraroutros. Esta é uma das vias para ocrescimento económico, na medida

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Especialista em Empreendedorismo discute com Alumni da AESE

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Professor do IIM de Ahmedabad, na Índia

Lisboa, de 11 a 15 de maio de 2015

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em que inspira prosperidade.

“Quando temos 30 alunos à nossafrente não sabemos quem iráavançar ou não. Há manuais comdicas de empreendedorismo. Masdos meus 25 anos de experiência,concluo que a iniciativa não tocaráa todos.

Nos próximos 2 a 3 anos, podereicontinuar a dar aulas na AESE,com cerca de 30 participantes,alguns dos quais ficarãocontagiados pelo empreendedoris-mo, outros não. Daqueles quesentirem a adrenalina, algunsdesistirão após algumas pressõesfamiliares, demasiado risco, medode fracasso, entre outros fatores.

Em contrapartida, outros não sedeixarão contaminar pelos re-veses, nem aceitarão qualquerconstrangimento: como obterfinanciamento? Como manter ointeresse dos parceiros? Passadoalgum tempo, encontraremos dois adarem-se francamente bem, dois adarem-se relativamente bem,enquanto os restantes regressarãoao seu antigo emprego.

E ainda assim, quem não tiverseguido o caminho do empreen-dedorismo terá aprendido muito.

Sobre como ser intraempre-endedor, o Professor responde que“um programa como o da AESEdesenvolve dirigentes com umamaior capacidade de resolver pro-blemas, de uma forma criativa, eaptos para agarrarem em matériaprima e transformá-la em ouro.”

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A Prof.ª Maria de Fátima Carioca foiuma das oradoras convidadas nopainel "A empresa como comu-nidade de pessoas: fundamentosde liderança", do 6.º Congresso daACEGE "Uma cultura de gestão eliderança à luz do amor aopróximo", realizado a 5 e 6 de junhode 2015.

Não deixar que ninguém se sintaanónimoDividindo a sua apresentação nostrês fatores que compõem o painelem causa – pessoas, comunidadee liderança -, a Dean da AESE –Escola de Direcção e Negócios,Fátima Carioca, chamou a atençãopara a riqueza da expressão“comunidade de pessoas”, as quaissão colocadas no centro e comofoco da organização.

Esta centralidade implica rejeitar anegação da individualidade nasempresas bem como outras abor-dagens coletivistas, consideradasnocivas por anularem ou diluírem ainteligência, a iniciativa e a liber-dade individual no interior do cole-tivo, em conjunto também com anegação utilitarista da pessoa en-quanto mão de obra, recurso ousimples posto de trabalho. Naverdade, e se pararmos um minutopara pensar, as abordagens coleti-vistas – em que cada um se perdenuma massa anónima – e asutilitaristas – em que o colaboradoré tratado como mão de obra e ocliente como mera “faturação”, porexemplo, continuam a subsistir emmuitas organizações, seguindo alógica de “o que ele me dá em trocae vice-versa”. Ora, e como defende6 CAESE julho 2015

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Uma cultura de gestão e liderança à luz do amor ao próximo

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Lisboa, 6 de junho de 20156.º Congresso da ACEGE: a proposta da Prof.ª Maria de Fátima Carioca sobre o que fundamenta a ação de um bom líder

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a responsável pela AESE, e citandoo cardeal Van Thuan, “Deus sósabe contar até 1, [na medida emque] cada pessoa é única aos Seusolhos”. Assim, não deixar “queninguém na empresa se sinta anó-nimo” pode resumir a importânciade se cultivar a individualidade e ostalentos próprios de cada um.

Prosseguindo com o significado dotermo “comunidade”, que vem decomungar, daquilo que é comum oupartilhado por todos, FátimaCarioca afirma que, na empresa,este conceito significa partilhar oque é valioso no seu interior. E, talcomo acontece em todas asorganizações humanas, o vínculocom a “comunidade empresa”estabelece-se quando “a pessoa sesente útil e que faz falta”, quandoestabelece uma relação emotiva –“sentindo-se querida” e quando é“contribuinte” para a missão damesma. Ou, em suma, quando “aspessoas sentem que são a peçapara uma obra”.

Defendendo que a atitude do lídernunca é neutra – “ou é boa ou é

má, ou ajuda ou destrói”, FátimaCarioca sublinhou ainda doisfundamentos de liderança: oprimeiro prende-se com o facto dea (boa) relação de um líder comcada uma das “suas” pessoasdever assentar na confiança.

Parafraseando Raul Diniz, um dosprofessores mais acarinhados daAESE, a confiança é “teologal”: éfé, esperança e caridade. Fé [quetem a mesma raiz de confiança]significa confiar em si mesmo,ultrapassando a inércia e ousando,mas também confiar nos outros,nos seus talentos, dar crédito àssuas ideias e palavras – sejam elescolaboradores, clientes, fornece-dores. Mas confiança é tambémesperança: é projetar-se, à empre-sa e aos outros no futuro, é tervisão e “confiar que lá chegareicom estas pessoas”. E confiança étambém caridade – ou amor. “Aoentregar-te esta tarefa, confio em ti”– “que maior prova de amor existedo que esta?”, questiona a respon-sável da AESE.

Por último, e sobre o segundo

fundamento da liderança quesublinhou – a relação do líder coma comunidade de pessoas – foiatravés das palavras de Franciscoque Fátima Carioca o definiu:

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fundamento da liderança quesublinhou – a relação do líder coma comunidade de pessoas – foiatravés das palavras de Franciscoque Fátima Carioca o definiu:“quando os líderes dos diferentessetores me pedem um conselho, aminha resposta é sempre a mesma– ‘diálogo, diálogo, diálogo’”,afirmou o Papa num discursoproferido no Brasil a um conjuntode dirigentes, no qual assegurouque o diálogo é a única forma deuma pessoa, uma família, umaempresa ou a sociedade poderemcrescer. Mas é também manteruma atitude aberta, disponível esem preconceitos, a qual Franciscodenomina como “humildade social”.Em suma, ‘ou se aposta no diálogo,na cultura do encontro, ou todosperdemos.”

Texto publicado por cortesia doPortal Ver - Helena Oliveira

Artigos relacionadosCobertura do 6.º Congresso daACEGE

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A apresentação pública das NovasAventuras Empresariais do 13.ºExecutive MBA AESE realizou-seem Lisboa, no dia 26 de junho de2015.

Este ano destacam-se projetos nasáreas de tecnologia e inovação,comunicação digital, turismo elazer, serviços e área alimentar.

Os planos de negócios foram de-fendidos pelos participantes peran-te os membros do júri, professores,colegas e investidores, nomea-damente de NAVES Sociedade deCapital de Risco.

Os projetos consistem resumida-mente nos seguintes negócios:

BCor ID“O objetivo do projeto é a

comercialização de uma solução dereconhecimento pessoal biométricoa partir de sinais cardioelétricos,baseada numa tecnologia inova-dora. O foco do projeto será avalidação e a exploração desoluções tecnológicas de reconhe-cimento pessoal valorizadas pelosector do aluguer de transporteligeiro de passageiros com condu-tor em articulação com os stakehol-ders relevantes: fornecedores,condutores, proprietários de viatu-ras, associações, clientes de Táxi eprofissionais do sector.” O projetofoi desenvolvido por AlexandreSilva, Filipe Costinha, Rui FrançaGouveia e Tiago Pousinha.

drone2You“A drone2You tem por objetivomudar o paradigma da gestãoflorestal, apostando na recolha e

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9 novos potenciais negócios a germinar no Executive MBA AESE

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Lisboa, 26 de junho de 2015 Com a aplicação prática das lições aprendidas no programa

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de processamento inovadores, quetêm como fim substituir, de formamais precisa e com valor acres-centado, os processos atualmenteexecutados de forma tradicional.Os serviços a prestar são análisedo estado fitossanitário, carênciasnutritivas e inventário florestal,informação esta relevante nosuporte à decisão e ao aumento deprodutividade florestal.Diferenciamo-nos da ofertaexistente através de um maior focono serviço ao Cliente e não natecnologia em si, na qualidade dainformação prestada em face dosserviços atuais e na aposta nodesenvolvimento de uma platafor-ma de gestão do conhecimento quepermite a disponibilização da aná-lise de resultados personalizadaaos nossos Clientes.” O plano denegócio foi apresentado por FilipeBarreira, Luís Capão, Tânia Saraivae Tiago Félix.

PostMyWorld“A partilha de momentos eemoções especiais entre família,amigos e colegas repete-se diaria-

mente. Sob a forma de fotografiasou mensagens personalizadas,enviadas através de redes sociase/ou aplicações online. Acomunicação online permite apartilha em tempo real, mas nãoperpetua no tempo esses momen-tos e emoções especiais. Falta criarum laço emocional mais forte! Esselaço emocional é criado quando sepassa do intangível para o tangível.Do online para o offline. A PostMy-World tem como objetivo tornarmais rápida e cómoda a partilhadesses momentos e emoçõesespeciais. Através da prestação deum serviço digital inovador de enviode postais personalizados pelocorreio. E utilizando uma aplica-ção/website a partir de um smart-phone ou computador. Vamos ligaro intangível da comunicação onlinecom o tangível das recordações,sob o formato icónico do eternopostal. Vamos voltar a dar vida aopostal.” Este desafio empresarial foidesenhado por: Bruno Gameiro,Eduardo Matos, Gonçalo Lage,Ricardo Esteves e Susana Justo.

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BEST EXPERIENCE – Lisbon(BEL)“O objetivo deste projeto, BESTEXPERIENCE – Lisbon (BEL),consiste na formação de umaempresa de serviços na área doturismo, nomeadamente direcio-nada para o desenho, organizaçãoe gestão de circuitos turísticos(touring) culturais, enológicos, gas-tronómicos e desportivos. A pro-posta de valor consiste em pro-porcionar uma experiência direcio-nada para o perfil de cliente identifi-cado, otimizando o matching entreas preferências e expectativas ma-nifestadas pelo cliente e o que demelhor a cidade de Lisboa tem paraoferecer.”Best Experience foi concebido porAna Maria Nunes, Marco Santos,Nuno Fialho e Rui Pereira.

MyStudy“A empresa MyStudy tem comofinalidade a criação, desenvolvi-mento e comercialização de umaaplicação com o mesmo nome quevisa direcionar e otimizar o esforçode estudo dos alunos de formacustomizada às suas neces-sidades, aferindo o seu nível de

conhecimentos. A MyStudy preten-de responder às necessidadescada vez mais atuais de grandepressão pelo sucesso escolar dosalunos, potenciando a entrada noscursos desejados e nas Universi-dades pretendidas. Por outro lado,ao criar melhores alunos, aaplicação por via indireta atuarátambém como elemento catalisadordo processo de melhoria daperformance dos professores e dasescolas nos rankings nacionais.”Hugo Azevedo, João Gonçalves,Leal Vasco e Samuel Fariaapresentaram os desafios e asoportunidades de implementar estenegócio no mercado.

Docks’Inn“Os Docks’Inn são hostels que têmcomo missão promover umaexperiência inesquecível decontacto com o universo marítimo,dirigidos a Clientes que procuramformas diferentes e integradas derelação com o mar, através dealojamentos localizados no interiordas docas bem como de atividadesfocadas no mar. Diferenciam-sepela sua localização bem comopelo ambiente que, em função

desta, será proporcionado aoshóspedes. A experiência persona-lizada será reforçada pelos produ-tos e serviços que serão disponibili-zados.” O plano de negócioresultou do trabalho da equipaconstituída por: Frederico ArrudaMoreira, Miguel CarrasqueiraBaptista, Pedro Guedes da Silva ePedro Morais Barbosa.

Your stay apartments“Propomo-nos prestar serviços naárea de alojamento local na regiãode Lisboa, na zona do Chiado. Oturismo em alojamento local en-contra-se em franca expansão. Nosúltimos oito anos, o número de hós-pedes recebidos em Portugal au-mentou consideravelmente, muitoem virtude da oferta de voos low--cost para o nosso território. Segun-do a consultora Roland Berger,espera-se que, em 2015 , Lisboachegue a 3 milhões de hóspedesestrangeiros, sensivelmente odobro dos nacionais, e a 7 milhõesde dormidas de estrangeiros e 2,6milhões de nacionais. Emresultado, os proveitos deverãoaumentar a um ritmo anual de8,3 %. (…). O negócio visa tirar

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partido das presentes condições demercado, nomeadamente do ajus-tamento da oferta à procura,alicerçado em vantagens com-petitivas sustentáveis.” Estetrabalho foi defendido por: RaquelFaria Sampaio, David Esteves,Manuel Jorge Andrade e Luís PintoLeite.

Roof Top Lounge“A RTL, Lda. será a entidadeexploradora de um Rooftop emLisboa, denominado RoofTop Loun-ge, na Praça Luís I, Cais do Sodré,em Lisboa, oferecendo serviços debar e restauração aos seus Clien-tes, num terraço aberto no topo deum edifício com a melhor vista dacidade e facilmente acessível.

Lisboa tem-se afirmado como umagrande potência no Turismo Mun-dial, figurando em inúmeros ran-kings internacionais de cidades avisitar e registando um aumento emquantidade e sobretudo na qua-lidade da oferta (podendo sermedida, por exemplo, na satisfaçãodo Cliente).” O modelo de negóciofoi desenvolvido por: Luís Arrais,Luís Ribeiro Gomes, Patrícia Giod

de Castro e Rafael de SouzaFalcão.

Olive 2 BrandEste plano de negócios prima por“permitir que o cliente (B2B) vendaum azeite premium com a marca doseu restaurante/hotel em cobran-ding associado a uma experiênciagastronómica de excelência.Permitir ao nosso cliente aumentara oferta e ganhar margem na vendaao cliente final (B2C). Valorizar amarca do cliente que, tendoprestígio no seu segmento, seassocia à marca de um azeitepremiado e de elevada qualidade.Potencial futuro: criar azeiteexclusivo e adaptado àsnecessidades de cada cliente(blend à medida), em função dotipo de comida e valores de marcado cliente ou Chef.” Cristina Varela,Gonçalo Canário, Nuno CardosoRodrigues, Nuno Farrim Miguel ePaulo Lopes Marcelo.

Uma vez defendidos os planos denegócio, os projetos serão avalia-dos e submetidos ao interesse dosinvestidores, disponíveis para ala-vancar as ideias e colaborar na sua

concretização. Caberá aos promo-tores assumirem o risco de tornaros seus trabalhos realidade.

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“Getting more from your people” foio repto lançado aos participantesno Seminário Executive & Coach,realizado na AESE, em Lisboa, nosdias 22 e 23 de junho de 2015.

Coube à Prof.ª Maria de FátimaCarioca introduzir o tema à luz dodesenvolvimento das pessoas edas equipas, sendo que “o seminá-rio trata da competência diretiva deser coach dos seus colaboradores.”

Apesar do papel de “um coachexterno ser muito importante pararesolver problemas instalados”, aProfessora referiu que “os dirigen-tes devem trabalhar com a equipade forma a promover a excelência,através da mudança e da apren-dizagem. Convém perceber quevisão desenvolver e em que mo-mento, com cada membro daequipa.

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Fazer com que as suas pessoas deem o seu melhor

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Lisboa, 23 e 24 de junho de 2015 Uma nova edição do seminário Executive & Coach

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Para desenvolver talento (caracte-rísticas inatas e desenvolvidas), im-porta o que podemos, queremos edevemos ser. A professora identifi-cou o que subjaz a cada uma des-tas facetas da gestão do talento,clarificando que se entende porcompetências, o conjunto de capa-cidades, habilidades, conhecimen-tos e atitudes que levam a um de-terminado comportamento.

Neste seminário, o Prof. JoséFonseca Pires orientou a discussãode casos reais, vividos em empre-sas e organizações, colocando osparticipantes na posição de deciso-res e aptos para refletir sobre “quetalento estamos a desenvolver nanossa organização?”, “que compe-tências desenvolver?” e “comodesenvolvê-las?”, na medida emque faz parte da responsabilidadedos dirigentes educar e desenvol-ver as competências dos colabora-dores.

Eduarda Luna Pais, TeachingFellow da AESE, começou a suaintervenção referindo "os cincodesafios de uma equipa" para

Patrick Lencioni. As pessoas estãoorientadas para o foco nos resulta-dos coletivos, exigem responsabili-dade e responsabilização pelaexecução dos planos, comprome-tem-se com decisões e planos deação, discutem ideias de formaaberta e sem filtros e confiam umasnas outras. A debilidade ou ausên-cia de uma das componentesreferidas constituem áreas demelhoria para o desenvolvimentode uma equipa eficiente. Os quatroelementos são: a confiança, afiabilidade, a aceitação, a aberturae a congruência.

Eduarda Luna Pais referiu aindaque na gestão de conflitos, importater consciência de que o “eu” e o“tu”, estando em interação, podemcompetir, acomodar, colaborar,evitar, comprometer. No plano deação para a gestão de conflitos háque sair da zona de conforto etreinar um estilo diferente do seuhabitual, com o objetivo de criarmais flexibilidade na negociação.

14 CAESE julho 2015

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AGENDA

15 CAESE julho 2015

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Sessão de continuidade

ProgramaPADISPorto Palácio Congress Hotel & Spa, 28 de setembro de 2015Saiba mais >

ProgramaExecutive MBA AESELisboa, 2 de outubro de 2015Saiba mais >

EventoHarvard Case Method SeminarLisboa, 28 de setembro de 2015Saiba mais >

Eventos

Sessão de continuidadeCiclo de encontros institucionaisLisboa, 23 de julho de 2015Saiba mais >

Seminários

SeminárioRendibilidade de clientesLisboa, 22 e 23 de setembro de 2015Saiba mais >

Programas

EventoBusiness and technology: New wine in an old bottleLisboa, 7 de outubro de 2015Saiba mais >

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O AESE Summer School foi motivode notícia no Diário Económicopelo sucesso que tem tido junto dosparticipantes.

Finda a 3.ª edição do programa,confirma-se a aposta ganha daAESE na formação de jovensuniversitários em matérias degestão, a parceria com empresasque permitem promover o primeirocontacto com o tecido empresariale a utilização do Método do Caso,um forte estímulo ao trabalho deequipa e à capacidade de tomadade decisões.

AESE nos mediaAESE promove contacto entreuniversitários e o mundo empresarialno verãoDIÁRIO ECONÓMICO - 8.7.2015.

16 CAESE julho 2015

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AESE promove contacto entre universitários e o mundo empresarial no verão

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In Diário Económico, 8 de julho de 2015

AESE nos Media

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Carlos Álvares é o novo presidente do Popular Portugal VIDA ECONÓMICA - 17.7.2015

AGENDAJORNAL NEGÓCIOS - 15.7.2015

O que fazer depois do programa... HRPORTUGAL.PT - 14.7.2015

Escolas de Negócios portuguesas entre as melhores do mundo - Pt.1ECONÓMICO TV – 10.7.2015Intervenção do prof. Rafael Franco00:03:35 - 00:05:5500:16:58 - 00:21:43Pt.200:11:22 - 00:15:05

Carlos Alvares é o novo presidente do Popular Portugal ECONOMICO.PT - 8.7.2015

Carlos Álvares é o novo presidente do Banco Popular Portugal EXPRESSO ONLINE - 8.7.2015

Carlos Alvares é o novo presidente do Popular PortugalECONOMICO.PT - 8.7.2015

Muda* os inventários DIÁRIO ECONÓMICO /UNIVERSIDADES & EMPREGO - 6.7.2015

AESE nos Media

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De 26 de junho de 2015

17 CAESE julho 2015

Morreu Rui Semedo, presidente do Banco Popular PortugalJORNAL DE NEGÓCIOS ONLINE - 4.7.2015

O trabalho no século XXI EXPRESSO /ECONOMIA - 4.7.2015

Conferência "A comunicação nas organizações"JORNAL DA BAIRRADA - 2.7.2015

O quebra-cabeças do shipping JORNAL DA ECONOMIA DO MAR - 1.7.2015

FORMAR COM RIGOR E INOVAÇÃOEXAME - 1.7.2015

Valorizar o conhecimentoEXAME - 1.7.2015

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PANORAMA

Quais as razões da Áustria ter tão pouco desempregoTer uma taxa de desemprego de5 % e um desemprego juvenil de9,3 % é um sucesso nos temposque correm na Europa. A Áustriapode considerar-se um país emdestaque com estes números,semelhantes aos da Alemanha.

O desemprego na Áustria foi umdos mais baixos na Europadurante a última década, e o de-semprego juvenil mal aumentounos anos da crise. Vários paísestêm observado o modelo austríacoem busca de soluções. De acordocom diversas análises, o sucessodeve-se, por um lado, à populari-dade e à qualidade da formaçãoprofissional; por outro, à abundan-

te oferta de cursos de aprendiza-gem na empresa (apprentice-

ships), um exemplo de sinergiaentre os setores privado e público.Além disso, existe uma coordena-ção bastante eficaz entre osdiversos agentes sociais atravésde organismos federais de repre-sentação dos empregadores e dostrabalhadores, juntamente comum setor sindical também unifica-do.

Em conjunto, este esforço decooperação voluntária é conhe-cido como o Sozialpartner (acordode colaboração social). A suamanifestação política é a Comis-são Paritária, uma entidade criada

para discutir a legislação laboral,embora a lei não exija isso, eonde estão representados tantoos empresários e sindicatos comoo governo federal. Os acordos sãotomados por ampla maioria, o quefomenta uma visão construtiva eevita a excessiva politização.

Outra razão para o baixo desem-prego na Áustria é a flexibilidadepara contratar e despedir, que secompensa com uma generosarede de ajudas públicas paraencontrar trabalho, e de subsídiospara o desemprego.

Não obstante, o mercado laboralaustríaco também tem os seus

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problemas. Um deles é a desigualtaxa de desemprego entre osmelhor e os pior educados, porum lado, e entre os austríacos eos de origem estrangeira, poroutro, em ambos os casos maior –em termos relativos – do que a daOCDE. Apesar do baixo desem-prego, o envelhecimento demo-gráfico (a taxa de fertilidade é de1,4, uma das mais baixas da Eu-ropa) leva o número de trabalha-dores por cada pensionista (3,4) aser menor do que o da OCDE.

Além disso, o desemprego au-mentou em 2014 relativamente aoano anterior, enquanto descia li-geiramente na Zona Euro.

A nota mais significativa daeducação austríaca é a elevadapercentagem de estudantes que

opta pela formação profissionalmédia. Se na OCDE somente30 % dos jovens entre 25 e 34anos se ficou por este níveleducativo, na Áustria o númerochega a 60 %. Pelo contrário, nes-ta mesma faixa etária, os quealcançam um título superior (uni-versitário ou similar) são apenas21 %, metade do que acontece naOCDE.

O abandono prematuro dos estu-dos (no termo do ensino obriga-tório, que na Áustria inclui um pri-meiro ano do pós-ensino secun-dário) mal chega a 8 %. Entreaqueles que continuam, três emcada quatro fazem-no num pro-grama de Formação Profissional,e somente um no percurso queprepara para a universidade.

A pontuação dos alunos austría-cos no teste PISA (aos 15 anos)não é de excelência: em matemá-tica estão ligeiramente acima damédia, mas em leitura algo abai-xo. Os resultados globais sãoinferiores aos que obtêm outrospaíses com gastos por estudantesimilares (dos mais elevados daOCDE). Além disso, a diferençapor estrato socioeconómico eentre estrangeiros e alunos aus-tríacos é sensivelmente maior doque a média, e não foi possívelreduzir nos últimos anos. Poroutro lado, a Áustria foi o paísonde mais cresceu na última dé-cada a diferença entre rapazes eraparigas na matemática.

Tem havido críticas que afirmamser a precoce separação por ca-pacidades no sistema austríaco a

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impedir muitos alunos, sobretudode grupos sociais desfavorecidos,de chegarem mais alto; destaforma, a Formação Profissionalconverte-se no destino naturalpara as classes sociais de baixosrendimentos, enquanto que a uni-versidade continua a ser umacoutada das elites sociais. Paraminorar este problema, no iníciodos anos 90 foram implantadas asFachhochschulen (Universidadesde Ciências Aplicadas), que ofere-cem estudos superiores de forma-ção profissional. Contudo, emboratenha aumentado o número dosseus alunos, ainda não conse-guem atrair uma percentagem si-gnificativa dos estudantes.

Contudo, o baixo desemprego ju-venil mostra o sucesso da Forma-

ção Profissional austríaca, quemuitos atribuem ao modelo deformação dual. A figura do apren-diz está completamente arraigada,tanto no sistema educativo, comono mundo empresarial. Mais de55 % dos aprendizes obtêm umposto de trabalho na empresaonde fizeram os estágios. Além daoferta que nasce naturalmente naempresa, o Estado oferece aosestudantes de Formação Profis-sional um compromisso para lhesencontrar lugar nalguma empresa,a qual é subsidiada com oequivalente a um salário reduzido.

Esta coordenação entre os seto-res privado e público no campodos aprendizes é uma manifes-tação do Sozialpartner ou acordode colaboração social. O mundo

empresarial está representadofundamentalmente por dois orga-nismos (“câmaras”) federais: aWKÖ, que agrupa a indústria e osserviços, e a LKÖ no setor daagricultura. A filiação em ambas éobrigatória para os empresáriosdos respetivos setores. Por seuturno, na BAK (Câmara do Tra-balho) estão inscritos automati-camente todos os assalariados dopaís. Este órgão defende os seusinteresses e os dos consumidores.Embora a lei regule a existênciadestes três organismos, a suagestão é completamente indepen-dente. Por último, os sindicatosagrupam-se sob a égide da ÖGBpara participar no Sozialpartner.

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A influência destes quatro atoresna vida política do país é grande.Além de participarem juntamentecom membros do governo naComissão Paritária (o executivo éobrigado a consultá-los para legis-lar sobre o mercado de trabalho),cada um tem a capacidade depromover projetos de lei. Por outrolado, os seus membros costumamser convidados a participar nascomissões parlamentares, e no-meiam mesmo alguns candidatospara “juízes ajudantes” (lay

judges) em conflitos laborais.

A Comissão Paritária conta com oseu próprio órgão de investigação.Os seus relatórios, realizados porprofissionais prestigiados, sãolevados muito em conta para de-senhar os programas na Forma-ção Profissional. Desta forma,assegura-se que a oferta educa-tiva esteja relacionada com aprocura profissional.

Em conjunto, o Sozialpartner, comos seus mecanismos concretos departicipação, fomenta uma colabo-ração positiva e não partidáriaentre os agentes sociais. Esta

vontade de cooperar, juntamentecom uma Formação Profissionalde qualidade e o forte tecido in-dustrial do país, explicam a baixataxa de desemprego austríaco e osucesso da formação dual.

F. R.-B.

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PANORAMA

O declínio das adoções internacionaisO número de adoções interna-cionais baixou dois terços entre2003 e 2013. Das 42 000 queaconteciam há dez anos, passou--se para pouco mais de 15 000nos dez países que mais adotam,segundo um estudo de Jean--François Mignot publicado narevista “Population & Sociétés”(“L’adoption internationale dans lemonde: les raisons du déclin”, N.º519, Février 2015). Daí que aadoção de uma criança estran-geira venha a ser cada vez maisdifícil.

A Espanha é o quarto país quemais crianças estrangeiras temadotado, atrás dos EUA, França eItália. Há poucos meses, oconselho de ministros espanhol

aprovou os projetos de lei deproteção da infância e daadolescência. O governo espanholafirma que “se agilizam os pro-cessos de acolhimento e adoçãode modo a favorecer que ascrianças, especialmente os meno-res de três anos, permaneçamcom uma família”. Em Espanha,há quase 35 000 menores sobtutela ou guarda das administra-ções, dos quais 13 400 estão emresidências, à espera de umafamília.

Ao mesmo tempo, o governodeseja dotar de maior segurançajurídica os processos de adoçãointernacional. Não se disponibili-zam dados, embora o Ministérioda Saúde refira que foram 13 295

os menores acolhidos entre 2008e 2012 por meio de processos deadoção internacional: o númerodesceu de 3 156 em 2008, para1 669 em 2012. Nesse período, osprincipais países de origem dascrianças foram Rússia (3 759),China (2 900) e Etiópia (2 602).Destes três países provinham, em2012, 73,5 % das crianças adota-das por famílias espanholas(“Aceprensa”, “Rusia levanta res-tricciones a España en materia deadopción”, 10.7.2014). As ado-ções de crianças espanholassituam-se em cerca de 800 porano.

A decisão do governo espanholchegou num momento em que di-minuem as adoções estrangeiras

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em todo o mundo. De 2004 a2013, os dois principais países deorigem foram a China e a Rússia,mas o número de menoresadotados por casais estrangeirosbaixou em três quartos (de 13 400para 3 400 na China e de 7 700para 1 700 na Rússia).

Além do alongamento dos proces-sos de adoção, os candidatosdisponíveis são cada vez maiscrianças “com necessidades espe-cíficas”: ter uma idade mais avan-çada, não as separar de outroirmão, ou padecer de patologiasmais ou menos graves. Passou otempo em que os casais conta-vam poder adotar em breve umacriança de três anos geralmentede boa saúde. Deverão habituar--se à ideia, sobretudo, porque amaioria recorre à adoção depois

de fracassos na procriaçãomedicamente assistida.

Esta evolução mostra que ospaíses de origem tendem acumprir a Convenção de Haiasobre proteção infantil de 1993,que convida a fazer todo opossível para manter a criança nasua família e, na sua falta, nopróprio país. Testemunhos deadotados já adultos confirmamque ser educada longe da culturado país originário pode ser umtrauma adicional para uma criançaabandonada.

Por outro lado, na medida em queos países mais pobres sedesenvolvam, aumenta a classemédia, avança a anticonceção etorna-se menos frequente oabandono de crianças. Ao mesmo

tempo, há mais casais locaisdispostos a adotar.

Este estreitamento dos canais daadoção internacional acontecequando, nos países desenvol-vidos, se atrasa cada vez mais aidade em que os pais têm o seuprimeiro filho, e cresce a infer-tilidade, ligada também à idade.

Em França, os últimos dadosmostram que pouco mais de 1 000crianças estrangeiras foram ado-tadas em 2014, contra as quase5 000 de há dez anos.

A diminuição das adoções acon-tece também em Itália, como es-creve Luciano Moia em “Avvenire”(21.2.2015). Em 2014, houve30 % menos do que em 2013 eaté 50 % menos do que o pico de

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2010, quando se autorizou oprocesso de entrada no país a4 130 crianças. Em 2014, o núme-ro foi de cerca de 2 000.

Nessa diminuição intervêm muitosdiferentes fatores. Não é apenaster baixado a generosidade dasfamílias italianas devido à crise.Muito menos tem a ver com oselevados gastos burocráticos e alentidão do processo, nem com anecessidade de passar tempo nospaíses de origem. Talvez influamais a decisão de alguns gover-nos de reduzir drasticamente asautorizações. Por exemplo, a Etió-pia diminuiu o ritmo dos proces-sos. Moscovo baixou para metade

o número de crianças disponíveispara adoção internacional: deduas mil para mil. O Congo blo-queou tudo desde setembro de2013. O Camboja passou de 554aprovações em 2011, para 179em 2013. Na Ucrânia, de 297 em2011, para 146 em 2013.

Os especialistas italianos salien-tam também a influência da ratifi-cação da Convenção de Haia an-tes mencionada. Ao mesmo tem-po, confirmam que, como emFrança, se chega ao processo deadoção depois do fracasso nafecundação assistida. Na opiniãode Moia, essas decisões pessoaisrefletem “uma progressiva perda

dos valores de solidariedade,generosidade e abertura à vidaque deveriam caraterizar a deci-são de adotar”. Isto não excluilogicamente as boas intenções eos desejos de dar continuidade aoapelido. Além disso, “o facto dacriança ser diferente, talvez comdiferentes traços faciais, e comdiversos costumes e línguas,implica um desafio nada fácil.Difícil, sim. Mas os pais que seatreverem terão o mérito de tertransformado um direito numadádiva, como deveria ser sempreconsiderado qualquer filho”.

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PANORAMA

EUA, o país com maior taxa de população encarceradaUm centro especializado perten-cente à Universidade de Essex(www.prisonstudies.org) tem vindoa publicar periodicamente estudossobre a população encarceradaem mais de duzentos países domundo. Nos seus balanços, refereo número total de pessoas priva-das de liberdade, com a data daúltima informação disponível, e apercentagem relativa dos habitan-tes de cada Estado. Em cada ca-so, indica a maior ou menor fiabili-dade dos dados, duvidosa nal-guns países, assim como as dife-renças de critério nos ordenamen-tos jurídicos (por exemplo, sobre amaioridade da idade penal ousobre a prisão preventiva).

O último relatório, de finais de2013, salientava que mais de 10,2milhões de pessoas estavam en-carceradas em instituições penaisem todo o mundo, divididas quaseem partes iguais entre prisãopreventiva e cumprimento de sen-tenças definitivas. Grande partedos condenados estavam nosEUA (2,24), Rússia (0,68) ouChina (1,64), embora na informa-ção da China e Coreia do Sul apa-reçam confusões devido às ex-cessivas detenções administrati-vas sem processo penal (cerca de0,65 e 0,15, respetivamente).

No ranking da população presa,estão no topo os Estados Unidos

com uma taxa de 716 por 100 000habitantes. Outros países em des-taque são Cuba (510) e Rússia(475). Metade dos países e terri-tórios analisados têm taxas infe-riores a 150, quase uma taxamundial para a população doplaneta em 2013, com 7 100 mi-lhões de pessoas). Na EuropaOcidental, a taxa média era de 98.

Não é fácil obter critérios regio-nais, pois existem notórias dife-renças entre países de culturas eeconomias semelhantes: porexemplo, a Argentina com 147,contra os 281 do Uruguai ou 266do Chile.

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Na Europa, destacam-se os dadosda Inglaterra e País de Gales(148), Escócia (147), assim comoos da Espanha (147) e Portugal(136). Com exceções, os restan-tes países estão em torno ouabaixo dos 100: Grécia (111), Bél-gica (108), Itália (106), Áustria(98), França (98), Irlanda (88),Suíça (82), Holanda (82), Ale-manha (79), Dinamarca (73), Sué-cia (67), Finlândia (58).

A única conclusão sólida é quetem havido um aumento progres-sivo da população encarceradadesde o primeiro relatório elabo-rado há dezasseis anos: aumen-tou mais do que o conjunto doshabitantes do planeta, passandode uma taxa de 136, para a atualde 144.

Apesar de tudo, uma combinaçãode mudanças sociais e de medi-das de segurança fez reduzir emmuito o número de delitos noOcidente.

A esse fenómeno do crescimentoinexorável referia-se uma repor-tagem do jornal “Le Monde”(12.11.2014). Em França, a popu-lação encarcerada cresceu a umaenorme velocidade: 37 000 pes-soas em 1980, 67 000 em 2014; eo aumento tem-se acelerado, commais 38 % de presos desde 2002.Já foi alcançada uma taxa de 102(incluindo os 25 % de preventivos,embora os juízes tendam a decre-tar como imprescindível a deten-ção prévia), e há um sério proble-ma de sobrelotação nas prisões,com mais de 10 % de presos adormir em tapetes no chão.

O rápido aumento do número dereclusos depende do aumento dascondenações de privação de liber-dade, assim como da sua maiorduração. Enquanto existe estabili-dade nos homicídios (9,2 % dospresos), aumentam os delitos con-tra a propriedade (22,6 %) ou pornarcotráfico (16,4 %), assim comodevido a violências premeditadas(13 %).

Algo de semelhante acontece emEspanha, onde havia, em maio,57 528 presos. Segundo uma in-formação do governo a uma per-gunta parlamentar, eram 8 000menos que cinco anos atrás. Mas,logicamente, por razões demográ-ficas, a taxa tinha chegado a 159por 100 000 habitantes, uma dasmais elevadas entre os vizinhosdesse país.

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PANORAMA

“Contra los ídolos posmodernos”“Contro gli idoli postmoderni”

Autor: Pierangelo SequeriHerder. Barcelona (2014)92 págs.

Para Pierangelo Sequeri, teólogo,bispo e membro da ComissãoTeológica Internacional, o preocu-pante não é a degradação antro-pológica que acarreta o modelocultural pós-moderno, mas a inér-cia generalizada com que ohomem de hoje a aceita. Nemadorador de Dionísio, nem segui-dor de Prometeu: a quem mais seassemelha o homem de hoje é aum Narciso indolente, satisfeito eaturdido. E o autor, precisamente,

quer remover a sua indiferença,quebrar o seu desencanto e curá--lo dessa doentia recaída nopaganismo.

Deste modo, “Contra los ídolosposmodernos” – que também éum manifesto breve e direto –possui quase um efeito terapêu-tico: identifica os ídolos ou ossímbolos que sintetizam os valo-res da pós-modernidade, os seusdogmas e mitos, mas tambémaponta recursos para combater aidolatria contemporânea. Os qua-tro fenómenos que analisa – aobsessão pela juventude, o mitodo crescimento, as armadilhas dacomunicação e a visão secularista

– provêm, no entanto, do quedenomina o princípio de autor-realização: a atenção e a super-valorização do eu, o jogo sen-timental das autorrealizações e apotenciação do desejo, que enca-minham o homem para o niilismo.

O primeiro ídolo é o da adoles-cência interminável, que impede oamadurecimento da pessoa, poisdurante a juventude, o que épróprio é aprender a distanciar-sede si mesmo e, como ilustra-tivamente afirma Sequeri, apro-priar-se do humano para poderdifundi-lo na idade adulta.

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A segunda doença é a obsessãopelo crescimento, que permitiu adifusão de uma mentalidade eco-nomicista e pragmática, e queconverte o cidadão num consu-midor político. A saturação infor-mativa e o exibicionismo do eu,em terceiro lugar, diminuem ariqueza da linguagem e da comu-nicação humana.

Por último, difundiu-se uma visãonegativa da religião, que colocana margem a dimensão espirituale, com ela, a grandeza do serhumano.

Sequeri é profundo e sabe distin-guir entre o trigo e o joio; analisaos fenómenos mais importantes,mas também as suas ramificaçõese explica o fundo das mudanças

culturais. Mas o tratamento quepropõe para estes males nãopodia ser novo: devolver a digni-dade moral ao adulto; regenerar apolítica; recuperar o espiritual ereconhecer a importância do silên-cio e do pudor, entre outras coi-sas. Em resumo, faz uma com-bativa apologia do humanismocristão, confiante e esperançosa.Na sua opinião, só reconhecendoa transcendência de Deus pode ohomem conquistar novamente asua dignidade, pelo que é indis-pensável que o cristianismo recu-pere a cultura. A Igreja, refúgio dohumanismo, tem hoje a tarefa deorientar o homem nesta travessia.

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DOCUMENTAÇÃO

Uma introdução à encíclica “Laudato si” (1)A encíclica (Carta Encíclica “Lau-dato si” do Papa Francisco, “LS”,24.5.2015) aborda aspetos relati-vos à ecologia, indo a pormenoresconcretos, com que o Papa exem-plifica a sua mensagem de espe-rança que nos convida a viver oEvangelho da Criação. O núcleocentral é o capítulo segundo, comas verdades de fé que devem mo-ver e orientar a ação do cristão. Aoriginalidade está no capítulo seis,expondo a nova cultura que nascedo compromisso da nossa fé.

Comentário-Resumo

As palavras escolhidas pelo PapaFrancisco para iniciar a sua encí-

clica, tomadas do canto às cria-turas de São Francisco de Assis,põem em evidência a atitude dohomem e, concretamente, do cris-tão, de admiração perante a cria-ção, como uma criança que con-templa cheio de orgulho as obrasdo seu Pai. Uma admiração queleva a louvar, dar graças a Deus,que nos deu o presente dacriação. Para um cristão, o cuida-do com o ambiente não é umaação opcional ou extra, mas algode extrema importância, porquese refere ao cuidado do lugar queo seu Deus Pai lhe deu como lar,a sua casa. Precisamente, apalavra ecologia deriva do gregooikos, que significa casa, lar. O

subtítulo da encíclica sublinhaeste facto: “O cuidado da casacomum”. E apresenta uma ideiaque permeia toda a encíclica: ocristão não está sozinho, a suafiliação fá-lo sentir-se irmão detodos os homens, o cuidado dacasa é uma tarefa que partilhamoscom todos eles, igualmente comas gerações futuras que, comonuma família, são as que impul-sionam a melhorar o ambiente dolar para acolhê-las do melhormodo possível.

A convicção de ter recebido estepresente de Deus, faz com que“nada deste mundo nos sejaindiferente” (“LS” 3), porque todas

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as “criaturas no seu próprio ser,refletem, cada uma a seu modo,um raio da sabedoria e da bon-dade infinitas de Deus. Por isto, ohomem deve respeitar a bondadeprópria de cada criatura paraevitar um uso desordenado dascoisas” (“Catecismo da Igreja Ca-tólica” 339). Os cristãos perante ogrande presente da criação sen-tem-se “chamados a ser os instru-mentos de Deus Pai, para que onosso planeta seja o que Ele so-nhou e responda ao seu projetode paz, beleza e plenitude” (“LS”53). Esta convicção leva o cristãoa ser protagonista na primeiralinha dos cuidados para com oambiente.

O estado da nossa casa

A Igreja não é alheia à crescentepreocupação com o problema

ecológico. Basta ver que, naencíclica, se citam mais de 14documentos de diversas conferên-cias episcopais sobre o tema. Oprimeiro capítulo da encíclicacentra-se nos diferentes temasque provocam inquietação relati-vamente ao ambiente, daquilo queafeta a nossa casa. Não sepretende fazer uma descriçãocompleta e pormenorizada dosproblemas, mas tomar consciên-cia e “converter em sofrimentopessoal o que se passa no mun-do, e reconhecer assim qual é acontribuição que cada um podedar” (“LS” 19). É normal que umfilho se preocupe ativamente e so-fra com os problemas do seu lar.

A encíclica convida a uma inves-tigação séria e honesta quepermita conhecer as causas dosproblemas e evitar descrições par-

ciais – movidas, às vezes, porinteresses particulares -, que es-condem a verdade dos problemas.Entre os que são enumerados, háum que chama a atenção por serconsiderado muitas vezes comoum problema ecológico, mas queé coerente com a ideia de cuidar anossa casa comum: a “deteriora-ção da qualidade da vida humanae degradação social” (“LS” 43-47).Os homens fazem parte dogrande presente da criação, e oempenho pelo ambiente tem deter “em conta que o ser humanotambém é uma criatura destemundo, que tem direito a viver e aser feliz, e que, além disso, temuma dignidade muito especial”(“LS” 43). A degradação ambientalafeta a vida de muitos sereshumanos que são nossos irmãos.

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O Evangelho da Criação

O Papa não pretende avançarcom soluções nem envolver-seem teorias científicas sobre ascausas, mas sim que, convencidoda sua missão e das exigênciasda nova Evangelização, deve“sair” com a Igreja para anunciar oEvangelho a todos os homens,iluminando o sentido do seu agir(cfr. “LS” 64). No segundocapítulo, expõe “algumas razõesque decorrem da fé judaico-cristã,a fim de procurar uma maiorcoerência no nosso compromissocom o ambiente” (“LS” 15) epropõe “algumas linhas de ama-durecimento humano inspiradasno tesouro da experiência espi-ritual cristã” (“LS” 15, que permi-tam efetuar as mudanças que odesafio ecológico suscita.

Criação, ato de amor de DeusPai

“A criação só pode ser entendidacomo um dom que surge da mãoaberta do Pai de todos, como umarealidade iluminada pelo amor quenos convoca para uma comunhãouniversal” (“LS” 76). Esta açãodivina provém “de uma decisão,não do caos ou da casualidade, oque o enaltece ainda mais. Existeuma opção livre expressa napalavra criadora. O universo nãosurgiu em resultado de umaomnipotência arbitrária, de umademonstração de força ou de umdesejo de autoafirmação. A cria-ção é da ordem do amor. O amorde Deus é a causa fundamentalde tudo o criado” (“LS” 77). Porisso, “cada criatura tem um valor eum significado” (“LS” 76), nenhu-ma delas é fruto do acaso, mas de

um querer divino. O homem édepositário deste dom de Deus. Éao homem a quem Deus confia acriação para trabalhá-la e tomarconta dela, sem esquecer quetambém lhe confia o cuidado a terpara com os seus irmãos, oshomens.

A relação estreita entre o cuidadodo ambiente e a responsabilidadepara com os outros é um ponto aque o Papa Francisco se refereem diversos lugares da encíclica,para mostrar a incoerência de umempenho em salvar a criaçãomaterial, quando se descuida ocuidado para com os restantes se-res humanos. Opõe-se ao controlodemográfico como solução para oproblema ambiental (“LS” 50); de-nuncia a incoerência de quemdesenvolve uma luta pelas espé-cies animais ou vegetais e não se

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empenha em defender a igual di-gnidade entre os seres humanos,atentando até, por vezes, contradireitos de outras pessoas (“LS”90-91); salienta a incapacidade dealguns para reconhecer o valor deum pobre, de um embrião huma-no, de um deficiente (“LS” 117);mostra a incompatibilidade da de-fesa da natureza com a justifi-cação do aborto (“LS” 120); revelaa sua preocupação quando algunsmovimentos ecologistas defendema integridade do ambiente ereclamam limites à investigaçãocientífica, mas não aplicam estesprincípios quando se referem àvida humana, justificando o ultra-passar todos os limites quando sefazem experiências com embriõeshumanos vivos (“LS” 136).

A tarefa do homem de trabalhar ecuidar do que for criado é a de um

“administrador responsável” (“LS”116). Isso significa que o domíniodo homem sobre a natureza não éum domínio absoluto, mas partici-pado. O mundo não é uma res

nullius – algo que não tem dono –mas res omnium – património dahumanidade; o seu uso deveredundar em benefício de todos(Cfr. “Gaudium et Spes” 69). Oconceito de administrador podeser limitado e dar a ideia de que ohomem é um operário que efetuau m a t a r e f a . N ã o , o P a p aFrancisco insiste em que o cui-dado do ambiente é um ato dereconhecimento do criador, pois“ao mesmo tempo que podemosfazer um uso responsável dasco isas, somos chamados areconhecer que os restantes seresvivos têm um valor próprio peranteDeus e ‘pela sua simples exis-tência, o abençoam e o glorifi-

cam’” (“LS” 69). O homem atrabalhar e a tomar conta do quefor criado glorifica Deus, quandoresponde a Deus pelo presente dacriação. A doação é mais perfeitaquando o dest inatá r io es táconsciente da mesma e é capazde a aceitar e de a agradecer.Aceita-se realmente não só aoreceber o que é doado, masquando se presta reconhecimentoà pessoa que doa, quando seidentifica a própria vontade com avontade da parte do doador. A boaadministração leva a exigir aohomem, enquanto imagem deDeus, que venha a participar dasua Sabedoria e da sua Soberaniasobre o mundo (cfr. São JoãoPaulo II, “Evangelium vitae” 42),isto é, que se venha a relacionarcom a terra com a mesma atituded o C r i a d o r, q u e n ã o s ó éOmnipotente, como também é

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Providência amorosa (cfr. SãoJoão Paulo II, “Redemptor hom-inis” 15). O homem recebe opoder de dominar o mundo para oaper-feiçoar e o transformar “nu-ma bela morada onde tudo sejarespeitado” (Beato Paulo VI,“Discurso à Conferência Interna-cional sobre o ambiente”,1.6.1972). Através do homem,torna-se visível e efetiva a provi-dência de Deus sobre o mundo.

Para conseguir uma “administra-ção responsável” exige-se o esfor-ço por conhecer a verdade detoda a criação, do seu valor e doseu significado, através de umconhecimento não só científico,como também metafísico eteológico, e o trabalho para con-duzir a criação ao destino queridopor Deus (cfr. São João Paulo II,“Sollicitudo rei socialis” 34). Só

assim, o homem poderá reconhe-cer os limites do seu agir. Oprimeiro limite da ação humanasobre o mundo é o própriohomem, pois “não deve utilizar anatureza contra o seu própriobem, o bem dos seus próximos eo bem das futuras gerações (…).O segundo limite são os serescriados, isto é, a vontade de Deusexpressa na sua natureza. Aohomem não lhe é permitido fazero que quiser e como o quiser comas criaturas que o rodeiam. Pelocontrário, o homem deve ‘cultivarisso’ e ‘tomar conta disso’, comoensina a narração bíblica dacriação (‘Génesis’ 2,15). O factode Deus ter ‘dado’ ao génerohumano as plantas para comer eo jardim ‘para ser cuidado’, implicaque a vontade de Deus deve serrespeitada quando se trata dassuas criaturas. Estão ‘confiadas’ a

nós e não simplesmente à nossadisposição. Por este motivo, o usodos bens criados implica obri-gações morais” (São João PauloII, “Discurso”, 18.5.1990, n. 4).

O mistério de Cristo

“A harmonia entre o Criador, ahumanidade e tudo o que foicriado, tem sido destruída porque[os homens] pretenderam ocuparo lugar de Deus, negando-se areconhecerem-se como criaturaslimitadas. Este facto desnaturali-zou também o mandato de ‘domi-nar’ a terra (cfr. ‘Gn’ 1, 28) e de ‘atrabalhar e de a cuidar’ (‘Gn’ 2,15)” (“LS” 66). O Evangelho dacriação recorda-nos a realidadedo pecado, que a bondade de to-da a criação foi contaminada pelomau uso da liberdade do homem.O mal no mundo foi introduzido

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pelo homem, não provém deDeus. Mas o mal não tem a últimapalavra, é possível a salvação,porque Deus “decidiu abrir umcaminho de salvação” (“LS” 71). OPai, que nos tinha oferecido todosos bens saídos das suas mãos,também nos promete a salvação:“o Deus que liberta e salva é omesmo que criou o universo, eesses dois modos divinos de atuarestão íntima e inseparavelmenteligados” (“LS”).

O plano de salvação de Deusconsiste no envio do seu Filho. “Acompreensão cristã da realidade,o destino de toda a criação passapelo mistério de Cristo, que estápresente desde a origem de todasas coisas: ‘Tudo foi criado por elee para ele’ (‘Colossences’ 1, 28).O prólogo de ‘João’ (1, 1-18)mostra a atividade criadora de

Cristo como Palavra divina(Logos). Mas este prólogo sur-preende pela sua afirmação deque esta Palavra ‘se tornou carne’(‘Jn’ 1,14). Um dos componentesda Trindade inseriu-se no cosmoscriado, correndo a sua sorte comele até à cruz. Desde o início domundo, mas de modo peculiar apartir da encarnação, o mistériode Cristo opera misteriosamenteno conjunto da realidade natural”(“LS” 99).

O Filho de Deus assumiu a nossacondição humana, habitou entrenós, trabalhou com as suas mãos,contemplou as maravilhas do seuPai, mas não só como também“ressuscitado e glorioso, [está]presente em toda a criação com oseu senhorio universal: ‘Deus quisque nele residisse toda a Pleni-tude. Por ele quis reconciliar con-

sigo tudo o que existe na terra eno céu, restabelecendo a paz pelosangue da sua cruz’ (‘Col’ 1, 19--20). Isto projeta-nos para o fimdos tempos, quando o Filho entre-ga ao Pai todas as coisas e ‘Deusé tudo em todos’ (‘1 Coríntios’ 15,28). Desse modo, as criaturasdeste mundo já não se nosapresentam como uma realidademeramente natural, porque oRessuscitado envolve-as misterio-samente e orienta-as para umdestino de plenitude. As mesmasflores do campo e as aves que Elecontemplou admirado com osseus olhos humanos, estão agoracheias da sua presença luminosa”(“LS” 100).

Esta salvação não é só uma obradivina, pois “Deus, que quer atuarconnosco e contar com a nossacooperação, também é capaz de

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retirar algum bem dos males quenós realizamos, porque ‘o EspíritoSanto possui uma inventivainfinita, própria da mente divina,que sabe prover a desfazer os nósdas vicissitudes humanas maiscomplexas e impenetráveis’ (SãoJoão Paulo II, ‘Catequese’ 6;24.4.1991). E de algum modo quislimitar-se a si mesmo ao criar ummundo necessitado de desenvolvi-mento, onde muitas coisas queconsideramos males, perigos oufontes de sofrimento, na realidadesão parte das dores de parto quenos estimulam a colaborar com oCriador” (“LS” 80). Esta ideia é onúcleo da mensagem de esperan-ça que o Papa quer enviar com aencíclica: “A humanidade aindapossui a capacidade de colaborarpara construir a nossa casacomum, porque o Criador não nosabandona, nunca fez marcha

atrás no seu projeto de amor, nãose arrependeu de nos ter criado”(“LS” 13).

Tendo Cristo como modelo doatuar do homem (cfr. “GS” 24), eem especial do cristão, o Papapropõe “o ideal de harmonia, dejustiça de fraternidade e de paz”(“LS” 82), que deve reger a “admi-nistração responsável”, recordan-do que o “domínio” do homemsobre o que foi criado deve ter emconta as palavras de Jesus: “Ospoderosos das nações dominam--nas como senhores absolutos, eos grandes oprimem-nas com oseu poder. Que não seja assimentre vós, mas que aquele quequeira ser grande, seja o servidor”(“Mateus” 20, 25-26). Deste modo,as tarefas – o estudo, a ciência, ainvestigação, a tecnologia, o tra-balho manual, os trabalhos do-

mésticos – com as quais o homemresponde ao dom divino da cria-ção, estarão sempre orientadaspara o serviço de todos oshomens.

Um novo olhar

Uma vez anunciado o Evangelhoda criação, o Papa Francisco, noterceiro capítulo, convida a que se“chegue às raízes da atual si-tuação, de modo que não olhe-mos apenas para os sintomas,como também para as causasmais profundas" (“LS” 15) dosproblemas ambientais. Tendo emconta todas as implicações queproporciona a luz da fé para ocuidado da nossa casa comum,podem-se valorizar melhor certosaspetos que estão intimamenterelacionados com a “administra-ção responsável” e que, por não

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estarem orientados segundo umavisão integral, provocaram e sãocausa dos problemas enunciadosno primeiro capítulo. O pontocentral pode-se resumir na frase:“não há ecologia, mas sim umaadequada antropologia” (“LS”118). A tecnologia, a ciência, ainvestigação e a inovação, otrabalho, os problemas sociais,são temas que têm como prota-gonista o ser humano. A crescentepreocupação com o ambiente emtodo o mundo leva a reconhecertanto a responsabilidade dohomem pelos abusos que fez noambiente, como a necessidade deque o homem procure e proponhasoluções para os problemasecológicos.

O Papa valoriza a importância e anecessidade do desenvolvimentoda tecnologia, das ciências, etc.,mas faz notar também as reper-cussões negativas que estastiveram sobre o ambiente e afamília humana. A tecnologia e asciências devem reconhecer umâmbito ético que as precede. Atecnologia e a ciência não sãocapazes de assegurar, por simesmas, o progresso, o aumentode segurança, de utilidade, debem-estar, de energia vital, deplenitude dos valores, porque arealidade, o bem e a verdade nãobrotam espontaneamente do po-der tecnológico e económico. Ahistória demonstrou que “ohomem moderno não foi educadopara o reto uso do poder” (“LS”

84), “porque o imenso cresci-mento tecnológico não foi acom-panhado por um desenvolvimentodo ser humano em responsa-bilidade, valores, consciência”(“LS” 105). O Papa convida arefletir sobre o desenvolvimento, acontemplá-lo com “outro olhar”,que seja capaz de ver a conexãodeste com o desenvolvimento dahumanidade e o serviço quepresta ao mundo.

O bom uso da tecnologia e dasciências exige uma mudança naspessoas, reconhecer que “ohomem é para si mesmo um domde Deus e, portanto, deve res-peitar a estrutura natural e moralde que foi dotado” (“LS” 115).

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O novo olhar que Francisco pro-põe, pode ser resumido destemodo: “Quando o pensamentocristão reclama um valor peculiarao ser humano acima dasrestantes criaturas, dá lugar àvalorização de cada pessoahumana, e assim provoca oreconhecimento do outro. A aber-tura a um ‘tu’ capaz de conhecer,amar e dialogar continua a ser amaior nobreza da pessoahumana. Por isso, para uma ade-quada relação com o mundocriado, não é necessário debilitara dimensão social do ser humanoe muito menos a sua dimensãotranscendente, a sua abertura ao‘Tu’ divino. Isso porque não se

pode propor uma relação com oambiente isolada da relação comas restantes pessoas e com Deus.Seria um individualismo românticodisfarçado de beleza ecológica eum asfixiante confinamento naimanência” (“LS” 119).

Tema central para uma visãointegral do empenho ecológico é otrabalho. “Se tentamos pensarquais são as relações adequadasdo ser humano com o mundo queo rodeia, emerge a necessidadede uma correta conceção dotrabalho, porque se falamos sobrea relação do ser humano com ascoisas, surge a pergunta pelosentido e pela finalidade da ação

humana sobre a realidade. Nãofalamos apenas do trabalhomanual ou do trabalho com aterra, mas de qualquer atividadeque implique alguma transfor-mação do existente, desde aprodução de um relatório social,até ao desenho de um desen-volvimento tecnológico” (“LS”125). Qualquer forma de trabalhotem por detrás uma ideia sobre arelação que se estabelece do serhumano com o mundo, com osoutros e com Deus.

[Continua na próxima edição do “Correio da AESE”]

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