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Gratuito PASSOS COELHO: Elogio a Cavaco - SANTARÉM: Alerta por risco de cheias - FC PORTO: Vítor Pereira defende Pinto da Costa Leia mais ÚLTIMAS Directora Graça Franco Editor Hugo Monteiro Grupo r/com www.rr.pt www.rfm.pt www.mega.fm www.radiosim.pt Quinta-feira 28 Março 2013 Porto Lisboa Sábado Sexta Págs.2 a 6 » A 28 de Março... 1974: última “Conversa em Família” Pág.13 » Passos Coelho nega pressões sobre o Tribunal Constitucional José Sócrates Cavaco sem “autoridade moral” para falar de lealdade Chipre Doze dias depois, os bancos reabriram Os bancos estão de novo abertos em Chipre, de- pois de 12 dias de portas fechadas. Um cidadão português a viver no país diz que a situação está calma, mas que esta manhã havia muitas pesso- as à porta das instituições bancárias. Pág.10 » “Sejam pastores no “Sejam pastores no meio do seu rebanho e meio do seu rebanho e pescadores de homens” pescadores de homens” Pág.8 » Pág.7 » Ettore Ferrari/EPA Papa Francisco Papa Francisco

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Quinta-feira28 Março 2013

Porto LisboaSá

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Págs.2 a 6 »

A 28 de Março...

1974: última

“Conversa em Família”

Pág.13 »

Passos Coelho nega pressões sobre o Tribunal Constitucional

José Sócrates

Cavaco sem “autoridade

moral” para falar de

lealdade

Chipre

Doze dias depois, os bancos reabriram

Os bancos estão de novo abertos em Chipre, de-pois de 12 dias de portas fechadas. Um cidadão português a viver no país diz que a situação está calma, mas que esta manhã havia muitas pesso-as à porta das instituições bancárias. Pág.10 »

“Sejam pastores no “Sejam pastores no meio do seu rebanho e meio do seu rebanho e pescadores de homens”pescadores de homens”

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Papa FranciscoPapa Francisco

O Papa Francisco deixou, na Missa Crismal desta Quin-ta-feira Santa, uma mensagem muito forte aos sacer-dotes da sua diocese, Roma. “Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, que acabam por viver tristes – padres tristes, transfor-mados numa espécie de coleccionadores de antiguida-des ou então de novidades, em vez de serem pastores com o ‘cheiro das ovelhas’. Peço-vos isto: sejam pas-

tores com o cheiro de ovelhas, pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens”, apelou, durante a sua homilia, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Francisco referiu-se, ainda, aos óleos abençoados du-rante esta missa, para sublinhar que “a unção não é para nos perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-se-ia rançoso... e o coração amargo”. Os óleos benzidos na Missa Crismal, que abre o tríduo pascal, vão ser utilizados durante o ano litúrgico para

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Missa Crismal

Papa Francisco pede aos sacerdotes que “sejam pastores com o cheiro de ovelhas”Francisco presidiu, esta manhã, à missa crismal, com cardeais, arcebispos, bispos e sacerdo-tes da Diocese de Roma, na Basílica de São Pedro. “Sejam pastores no meio do seu rebanho e pescadores de homens”, pediu, sublinhando que “o bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo”. Em Lisboa, D. José Policarpo recordou que o celibato sacerdo-tal não é apenas privação, mas uma nova maneira de amar que dá uma densidade nova ao amor.

Aura Miguel e Filipe d’Avillez »

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O Papa Francisco abre caminho à bea-tifi cação de Sílvia Cardoso Ferreira da Silva, uma portuguesa natural de Pa-ços de Ferreira que se distinguiu pelas suas actividades sociais. Sua Santidade aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de Sílvia Cardoso, que nas-ceu em 1882 em Paços de Ferreira. Sílvia Cardoso, mais conhecida por “Dona Sílvia”, nasceu a 26 de Julho de 1882, em Paços de Ferreira, Diocese do Porto, e após uma formação cató-lica, dinamizou várias instituições, in-cluindo a Sopa dos Pobres (Penafi el), com prioridade à educação de crian-ças pobres e aos doentes, em várias regiões do país. Amiga de Guerra Junqueiro e Leonardo Coimbra, deixou escritos espirituais e empenhou-se, durante a sua vida, em promover casas de retiros como espa-ços de formação católica. Sílvia Cardoso faleceu a 2 de Novem-bro de 1950, em Paços de Ferreira, cidade onde se ergue uma estátua em sua homenagem que foi inaugurada pelo então Cardeal Patriarca de Lis-boa, D. Manuel Cerejeira. O processo de beatifi cação e canoni-zação está em curso desde 6 de Junho

de 1984, tendo dado entrada na Con-gregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) em 1992. Juntamente com Sílvia Cardoso Fer-reira da Silva foram reconhecidas “virtudes heróicas” a mais seis pes-soas. No mesmo documento são reco-nhecidos os martírios “por ódio à fé” de oito pessoas. Quatro são espanhóis que perderam a vida durante a guerra civil naquele país, há ainda um húnga-ro e um romeno que perderam a vida às mãos dos comunistas no bloco de Leste, e dois italianos, um dos quais morreu no campo de concentração de Dachau, às mãos dos nazis. Por fi m, o Papa reconhece ainda a va-lidade de um milagre atribuído a uma freira alemã, fundadora de uma or-dem religiosa.

Primeira nomeação episcopal

O Papa Francisco fez hoje a sua pri-meira nomeação episcopal, precisa-mente para preencher a vaga deixa-da em aberto pela sua eleição para Papa. O Bispo Mario Aurelio Poli vê-se assim transferido da Diocese de Santa Rosa para a capital argentina.

Licenciado em Serviço Social e douto-rado em Teologia, Mario Aurelio Poli tem actualmente 65 anos, tendo sido ordenado sacerdote tardiamente, já com 29 anos, uma vez que só entrou para o seminário depois de terminar a licenciatura. Foi ordenado bispo em 2002, como au-xiliar em Buenos Aires, cujo arcebispo era o actual Papa, mas em 2008 foi enviado para a recém-criada Diocese de Santa Rosa. O Papa não tem feito ainda nenhuma nomeação episcopal, o que se pode explicar tanto pela necessidade de se inteirar melhor dos processos como pelo facto de não querer substituir muitos bispos resignatários mesmo an-tes das celebrações pascais. No caso de Buenos Aires não só existe já um profundo e natural conhecimento das pessoas e das necessidades no terre-no, como assim o Papa evita que a dio-cese atravesse a Páscoa sem bispo. Em Portugal há actualmente dois bis-pos resignatários. D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, aguarda substi-tuto.Também D. Januário Torgal Ferreira aguarda que a sua resignação por limi-te de idade seja aceite.

Papa abre caminho à beatifi cação de portuguesa

os sacramentos do baptismo, crisma, ordenações e un-ção dos doentes. “O bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é un-gido o seu povo. Nota-se quando o nosso povo é ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia”, refe-riu.

Vida sacerdotal próxima dos mais necessitadosVida sacerdotal próxima dos mais necessitados

Na sua homilia, o Papa voltou a defender a necessidade

de uma vida sacerdotal próxima dos que mais precisam e fi el ao Evangelho. “Nas ‘periferias’ onde há sofrimento, sangue derra-mado, cegueira que quer ver, prisioneiros de tantos patrões maus... Não é, concretamente, nas auto-ex-periências nem nas reiteradas introspecções que en-contramos o Senhor: os cursos de auto-ajuda na vida podem ser úteis, mas viver a nossa vida sacerdotal pas-sando de um curso ao outro, de método em método faz-nos tornar pelagianos, faz-nos minimizar o poder da Graça, que se activa e cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós mesmos e a oferecer o Evangelho aos outros”, afi rmou. Hoje à tarde, Francisco visita o Instituto Penal de Me-nores, onde vai celebrar a missa da Ceia do Senhor e lavar os pés aos 46 jovens que lá se encontram detidos e em reabilitação. A cerimónia é privada e, portanto, fechada a jornalistas. Depois, o Papa junta-se aos jo-vens no ginásio da instituição, para conversar.

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Poucas coisas são mais tradicionais que a Semana Santa, a mais importante do calendário cristão, na cidade que mui-tos consideram o centro geográfi co do Cristianismo, ou pelo menos do mundo Católico.Tradicionalmente a missa de Quinta-feira Santa que assinala a instituição da Eucaristia é celebrada na Basílica de São João de Latrão, a verdadeira sede do Papa em Roma. Mas Francisco quebrou com essa tradição ao anunciar que este ano (esta tarde) celebra essa missa numa casa de correcção, com jovens reclusos, numa missa que será fechada até aos jornalistas. Este será o segundo evento do Papa Francisco nes-ta quinta-feira, depois de esta manhã

ter celebrado a Missa Crismal.O próximo grande momento terá lugar amanhã com a Via Sacra que, este ano, como é costume, terá lugar no Coliseu de Roma. Todos os anos as refl exões que acompanham os diferentes passos da Via Sacra versam sobre temas dife-rentes e desta vez a sua redacção cou-be ao Patriarca dos Maronitas, o Carde-al Bechara Raï, do Líbano, juntamente com alguns jovens cristãos do Médio Oriente que assim chamarão atenção para as difi culdades por que passam os fi éis naquela parte do mundo.Antes terá tido lugar a celebração da Paixão do Senhor, durante a qual os cristãos recordam os sofrimentos por que passou Jesus no dia em que foi cru-

cifi cado. Este é o único dia do ano em que não há celebração da missa, mas apenas esta liturgia solene que evoca a tristeza e a desolação que antecede a Ressurreição, no Domingo.Sábado Santo não há celebrações pró-prias, mas a Páscoa começa a ser ce-lebrada a partir da tarde, segundo as regras litúrgicas. Assim, a primeira missa pascal será a vigília de sábado à noite, com começo às 19h30, hora por-tuguesa. Já no Domingo propriamente dito, o momento alto será às 09h15, hora de Lisboa, com a celebração da missa pas-cal que será seguida pela bênção “urbi et orbi”, para a cidade e para o mundo, dada pelo Papa Francisco.

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Novidades e cristãos do Médio Oriente na Páscoa romana

Filipe d’Avillez

As celebrações pascais do Patriarcado de Lisboa contam com transmissão em directo através de várias platafor-mas. Depois da Missa Crismal de hoje, a Renascença transmi-tirá a oração de Laudes (de Sexta e Sábado Santo) para além da própria Missa do Domingo de Páscoa, às 11h30. Para quem quiser ver na televisão há outras hipóteses. A TVI transmite também a missa pascal, mas todas as cerimónias têm transmissão directa no canal do Patriar-cado no Meo. O canal ‘Patriarcado TV’ está disponível para os assi-nantes Meo – premindo a tecla verde do comando e ace-dendo ao canal 210021 –, e resulta de uma parceria do Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa com o Sapo.pt. O Departamento da Comunicação tem contado, também, com o apoio do Grupo r/com e do CNE – Corpo Nacional de Escutas.

Transmissões das celebrações

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O Papa Francisco vai lavar os pés a 12 jovens detidos na celebração desta tar-de. Para o Bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, “trata-se de um gesto sim-bólico e o Papa quis fazê-lo aos meno-res dos menores”.O Sumo Pontífi ce “quis mostrar a ra-dicalidade com que ele assume, não só o ministério do sucessor de Pedro, como também a própria radicalidade evangélica”, afi rmou D. Nuno Brás, no programa de actualidade cristão das quartas-feiras, na Renascença.

Para Carlos Vaz Patto, “não quer dizer que todas as dioceses tenham de seguir este exemplo, porque a criatividade pode levar a outro tipo de testemu-nhos, mas a linha deve ser esta de ir ao encontro dos mais pobres, porque foi assim que fez Jesus”.A celebração será muito simples e vai realizar-se longe dos jornalistas e sem transmissão televisiva em directo, no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo.A vaticanista Aura Miguel conta que,

depois da missa, os jovens vão oferecer um crucifi xo ao novo Papa Francisco e, por seu lado, o Santo Padre vai levar bolos e ovos de Páscoa.No programa de actualidade cristã da Renascença desta semana também esteve em destaque o Domingo de Ra-mos, a Audiência Geral desta quarta-feira no Vaticano, a Via Sacra deste ano em Roma, dedicada aos cristãos do Mé-dio Oriente, e as alterações que o novo Papa Francisco está a provocar ao nível da logística e segurança na Santa Sé.

Patriarca exorta a “entusiasmo pela santidade”Patriarca exorta a “entusiasmo pela santidade”

O Patriarca de Lisboa exortou, nesta Quinta-feira San-ta, os padres do Patriarcado a sentirem “entusiasmo pela santidade”. Na Missa Crismal, que se celebrou, esta manhã, na Sé de Lisboa, D. José Policarpo falou um pouco da experi-ência em Roma, antes do Conclave que elegeu o novo Papa, e disse que o “problema dos sacerdotes foi tema

forte” nas reuniões. “A Igreja foi ferida pelos pecados de tantos sacerdotes, que escandalizaram o mundo. Mas também foi dito que é preciso partir, com confi ança, do testemunho de san-tidade e de vida entregue a Cristo e à Igreja, da maior parte dos sacerdotes que procuram viver a sua vida na fi delidade a Cristo e aos irmãos e que a Igreja será sempre o lugar da misericórdia e da conversão”. “Este tem de ser um momento de entusiasmo pela san-

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Papa Francisco com os “menores dos menores”

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Um grupo de jovens cristãos da Arqui-diocese de Évora vai viver o Tríduo Pas-cal em comunidade rural. A iniciativa é conjunta, dos departa-mentos da juventude e das vocações. Em tempos de “desencanto”, os jovens querem aprofundar este mistério cris-tão que espelha também a realidade em que muitos vivem.A missa crismal de hoje constituiu o iní-cio do Tríduo Pascal e, para 12 jovens cristãos, o início de uma experiência que desejam possa, apesar da distân-cia temporal, assemelhar-se à vivência dos apóstolos.Chama-se “Páscoa dos 12” e é defi nida nestes moldes pelo Padre Ricardo Car-doso, sacerdote que também participa na iniciativa: “Uma encarnação naqui-lo que foi a vida e a experiência dos apóstolos na Páscoa do Senhor, com o momento da Paixão, da morte e poste-riormente da Ressurreição”.Três dimensões marcam o período que

se vive entre hoje e 31 de Março: ce-lebrativa, em comunhão com a Igreja eborense; contemplativa, numa expe-riência de meditação e deserto; e ca-ritativa, na aldeia de Monte do Trigo, no concelho de Portel, onde estes jo-vens vão fi car instalados para vivenciar o período pascal não só com os que sofrem, mas com toda a comunidade, que nem sempre consegue ter o seu pá-roco a tempo inteiro.É também um desafi o, numa altura em que muitos jovens olham para o futu-ro com apreensão. Pensar na Paixão do Senhor, diz o Padre Ricardo Cardo-so, a começar “pela agonia em que o Senhor se vê sozinho é a experiência de muitos jovens, que por vezes só já têm os pais que os possam suportar”. Lembra, ainda, uma realidade cada vez mais frequente nos jovens “em que tudo lhes foge à sua volta, sobretudo aquilo que eram os seus sonhos e assim sendo a Paixão do Senhor faz-nos uma

leitura da vida de sofrimento de mui-tos jovens, hoje a viverem verdadeiros dramas”.Mas o importante a reter, reforça o director do departamento das Voca-ções da Arquidiocese de Évora, é que a Ressurreição é um sinal claro de que o cristão não pode fi car retido na morte, pois “nós esperamos os novos céus e a nova terra como diz a Sagrada Escritu-ra”.O sacerdote considera que nas últimas décadas as pessoas contentaram-se “com aquilo que o mundo nos dava o que nos fez esvaziar de nós próprios”, daí que o também vice-Reitor do Semi-nário de S. José, em Vila Viçosa, lem-bre que é urgente “voltar a ter pleni-tude e esquecer que o mundo nos pode saciar e que apenas é um meio no qual fazemos uma peregrinação nesta terra, mas que a verdadeira Páscoa do Senhor é a glória, não a que buscamos, mas a que o Senhor nos dá”.

tidade, exigida pelo nosso ministério, de busca da con-versão e de confi ança na misericórdia. O Papa Francis-co já deu sinais de querer conduzir a Igreja para esse tempo de esperança, de autenticidade e simplicidade evangélica, que leve não apenas a sanar os pecados, mas a evitá-los, na consciência clara de que o nosso sacerdócio é uma exigência de santidade”, disse. A homilia de D. José Policarpo foi dirigida de forma especial aos padres, uma vez que esta é uma missa na qual tradicionalmente todos os sacerdotes da diocese se reúnem com o seu bispo. Outro tema abordado pelo Patriarca foi o do celibato obrigatório para os padres da Igreja Católica Romana. “As infi delidades a esta consagração virginal, no ce-libato, estiveram no centro dos recentes escândalos do clero. O celibato difi cilmente se aguenta concebi-do apenas como privação. Ele é uma nova maneira de amar, participando da maneira de Cristo amar, leva-nos a dar uma qualidade e densidade nova ao amor com que amamos as pessoas, desafi ando aqueles e aquelas que nos amam, a não o fazerem segundo a carne e o sangue, mas partilhando do Espírito do amor divino”. “Este amor é algo de novo que o mundo não conhece, mas que é fonte de felicidade e alegria”, insistiu D. José Policarpo, concluindo a dizer: “Tenhamos consci-ência que a mentira na nossa maneira de amar, pode signifi car a mentira de toda a nossa vida. O nosso sa-cerdócio não é só função, é anúncio desse amor defi -nitivo que Cristo mereceu para nós, no seu sacrifício pascal”.

Bispo de Vila Real convida à centralidade em CristoBispo de Vila Real convida à centralidade em Cristo

Partindo da essência da Eucaristia, que “cria e anuncia a união com Cristo glorioso”, “memorial da Sua morte, sinal sacramental de fé, amor e esperança nos bens e na vida eterna”, o Bispo de Vila Real convida, nesta Páscoa, os cristãos a acolher o apelo de João Paulo II

e Bento XVI a abrirem-se a Cristo e “a caminhar, a não parar, a ir mais além, a olhar o futuro, com esperança, certos de que Jesus caminha connosco”, como exorta o recém-eleito Papa Francisco. Na sua mensagem pascal, o Bispo de Vila Real refere ainda que “Cristo não tem sucessores”, mas sim “dis-cípulos, seguidores e testemunhas“, e apresenta Bento XVI, a quem apelida de “génio humilde”, como modelo de quem segue radicalmente a Cristo “na humildade, no despojamento e na responsabilidade” - virtudes que, segundo D. Amândio Tomás, levaram o agora Papa Emérito a abdicar “noutro, com mais forças e menos idade, para que ele emprestasse a visibilidade e ener-gias a Cristo, para bem do Seu corpo que é a Igreja”. D. Amândio Tomás apresenta ainda o exemplo de São Paulo, para incentivar os fi éis à esperança, ao anúncio e ao testemunho de Cristo Ressuscitado - “Cheio da esperança na Ressurreição, (Paulo) fala com ardor de Jesus, Caminho, Verdade e Vida que se sujeitou à mor-te para a vencer. Sem medo nem vergonha, fala, sofre e labuta, pelo Evangelho”.

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“Páscoa dos 12”

Rosário Silva

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Reportagem

Obras de FéNesta semana da Páscoa, a Renascença transmitiu reportagens sobre Fé e caridade, o tema que domina a mensagem Quaresmal.

Liliana Monteiro »

Numa altura em que muitos jovens aproveitam para via-jar ou simplesmente para descansar, há quem aproveite a Semana Santa para fazer voluntariado e ajudar quem mais precisa. É o caso de vários jovens da zona de Lisboa que, sob o lema “Just a Change”, ou “Só uma Mudança”, se juntam para, neste caso, fazer umas obras de restau-ração na casa do senhor Zé, no Bairro Alto. “Desde crianças fomos ensinados a dar aos outros. Se temos, damos aos outros. Isso foi a base, oferecer os dons que Deus nos deu e por à disposição dos outros. Foi assim que isto começou”, explica Lourenço, um dos jovens que ajudou a criar o “Just a Change”, que tem página no Facebook e que pode ser contacado por e-mail também. A formação cristã está, assim, na base desta iniciati-va, mas outros chegam a ela por diferentes vias. Para o senhor Zé, que fi ca com a sua casa, renovada, o local de partida de cada um dos dirigentes é indiferente, ele agradece e aproveita o facto de ter a casa cheia para fazer conversa numa semana que para ele foi mais Santa que o costume.

Universitários cantam para

fi nanciar boas acções

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Mouraria, 10h30. É num banco de jardim que encontra-mos Ermelinda já à nossa espera. Voluntária de coração e alma do projecto “Mais proximidade, Melhor vida”, vive fora de Lisboa e por isso acordou cedo para poder visitar a D. Fernanda, uma senhora que a doença atirou para uma cama, que tem como parceira garantida - na maior parte dos seus dias - a solidão. Vive num prédio pequeno, amarelado, de três andares, enfi ado numa ruela muito movimentada.Confi nada a um quarto pequeno e cheio de memórias encontramos a D. Fernanda deitada e aconchegada pela roupa. Recebe-nos de sorriso nos lábios. Nos olhos a feli-cidade de ter o quarto cheio, de ouvir vozes diferentes, de poder também ela comunicar A morte da mãe de Ermelinda, a voluntária, fez nascer dentro dela a vontade de dar e ajudar, de tornar a vida de outras pessoas um pouco melhor. Técnica de reabili-tação e fi sioterapia durante muitos anos numa clinica, dá agora o que de melhor sabe fazer. A D. Fernanda cumpre todos os exercícios à risca, quase sem descanso, concentrada no que Ermelinda lhe pede, só pensa nessa altura na reabilitação e no quão impor-tantes e úteis são aqueles movimentos quando está so-zinha. Mas a par dos exercícios físicos há também espaço para a beleza e para alegrar um pouco o espírito e Ermelinda não descura isso. Uma ou duas vezes por semana, a nossa voluntária visita esta mulher de 60 anos, mas visita outros tantos que vivem perto de si também. Feliz com a vida, e com um sorriso que não conseguiu desmanchar durante toda a visita, Ermelinda revela-nos o resultado desta entrega sem limites, onde tudo é feito com fé, amor e dedicação. Eternamente grata por esta ajuda e de nó na garganta, a D. Fernanda revela-nos que o seu desejo seria que to-das as famílias fossem mais presentes e ajudassem os idosos. O tempo que passa com Ermelinda, diz, passa a voar e quando ela se vai embora regressa à dura realidade.

Dois dias por semana a

D. Fernanda pode sorrir

Não chegam a 400, mas dão luta sem tréguas a uma das doenças mais dramáticas da sociedade moderna. São milhares os doentes de cancro que esperam por eles, pela alegria que trazem e pelo sorriso que invariavel-mente conseguem despertar. Maria da Graça é voluntária no Instituto Português de Oncologia há 18 anos. Foi a primeira a visitar o Ricardo, internado há 11 dias, e já foi adoptada por ele: chama-lhe tia e já não passa sem as suas visitas. Maria da Graça é uma de centenas de membros da Liga Portuguesa contra o Cancro e já perdeu a conta às horas que passou no hospital, mas uma coisa não esquece: foi quando lá foi a primeira vez e quando decidiu que havia ali pessoas a precisar da sua ajuda, que começou aquilo a que chama o “bichinho do voluntariado”. Com Maria da Graça anda também José António Garcia. São a dupla da tarde. Ele juntou-se ao voluntariado há 12 anos e é um pouco mais tímido e reservado, mas não tem duvidas que recebe todos os dias muito de quem enfrenta graves problemas de saúde e está muitas vezes no limite da vida. Aqueles a quem dá um sorriso, duas ou três palavras de conversa, a quem ajuda que a comida chegue muitas vezes à boca.

Aliados na luta contra o cancro

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O ex-Primeiro-ministro, José Sócrates, não reconhe-ce ao Presidente da República “autoridade moral para dar lições de lealdade institucional”.“O senhor Presidente da República fez-me uma acu-sação de falta de lealdade institucional. Acho extra-ordinário esse comportamento do Presidente”, disse o antigo chefe do Governo, em entrevista à RTP, a primeira desde que perdeu as eleições legislativas em 2011. “Faz-me um ataque pessoal escrito um ano depois de eu ter saído do Governo. Isso diz muito da atitude do senhor Presidente. Não reconheço no Presidente da República nenhuma autoridade moral para dar lições de lealdade institucional”, continuou Sócra-tes.Fez questão de dar dois exemplos: o da notícia de que a Presidência da República estaria a ser espiada - “uma conspiração organizada e inventada contra o Governo” - e o discurso de tomada de posse do segundo mandato de Cavaco Silva, um discurso “de oposição ao Governo”. “O senhor Presidente da República fez tudo para haver uma crise política e foi a mão escondida atrás dos arbustos da crise política”, acusa.“A crise política foi, de certa forma, espoletada por aquele discurso. O senhor Presidente da República não fez nada para evitar isso [a queda do Governo] com aquele discurso, colocou-se numa posição de dar um sinal político evidente à oposição de que podia, sem a intervenção do senhor Presidente da República, causar a crise política”, argumentou.

“Parem de escavar, parem com a austeridade”“Parem de escavar, parem com a austeridade”

Sócrates acusou o Governo de “aplicar o dobro da aus-teridade que estava no memorando inicial da troika”.Foi criada, pela direita, toda uma “narrativa”, com vá-rios “embustes”, contra o seu Governo, disse.Um desses embustes, argumentou, “é este de dizerem que estão apenas a aplicar o memorando assinado pelo anterior Governo”. “Lamento muito, mas não posso es-tar de acordo, porque aquilo que o Governo fez nestes dois anos foi aplicar o dobro da austeridade que estava no memorando inicial”, afi rma, concluindo que o pro-grama de assistência já foi alterado sete vezes. Sócrates considera que o Executivo de coligação PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho, “meteu-se num buraco e acha que a solução é continuar a escavar”.“Parem de escavar, parem com a austeridade, pare-mos com esta loucura. Nestes dois anos já se demons-trou que essa solução não resulta”. “Se continuarmos a escavar não cumpriremos na dívida, nem no défi ce”, disse.A política de austeridade do Governo Passos Coelho le-vou à “maior dívida pública de sempre” - Portugal está nos 123% do PIB, argumenta.Sócrates considera que o actual Executivo tem um “problema de comando político” e aconselha Passos Coelho a “acabar com os erros, não continuar com a austeridade, alterar o discurso”. “O discurso político vale muito”, salienta.O discurso do actual Governo faz lembrar a Sócrates uma passagem da “Divina Comédia”, de Dante, em que

quando à entrada do inferno uma voz diz: “Ó, vós que entrais, abandonai toda a esperança”. “Um político que desiste do futuro não está à altura das suas res-ponsabilidades”, sublinhou.Outros dois “embustes” que Sócrates quis desmontar foram a ideia “de que os problemas que o país enfren-tava eram apenas problemas da governação, problemas nacionais, não havia crise internacional” e que “foi o anterior Governo” que conduziu o país “à ajuda exter-na”. “Recuso essa leitura. O anterior Governo fez tudo para nos livrar da ajuda externa e foi o chumbo do PEC 4 que nos conduziu à ajuda externa”.Sócrates negou ter sido um Primeiro-ministro “despe-sista” e admitiu ter errado quando aceitou formar um Governo minoritário após as eleições de 2009.O ex-líder do PS, que vai passar a comentar a actua-lidade política na RTP, garante que não pensa voltar a ser Primeiro-ministro, em tem planos para chegar a Presidente da República. “Não tenho nenhum plano para regressar à vida política activa.”A entrevistou registou 1,6 milhões de espectadores, avançou hoje o director de Informação da RTP, Paulo Ferreira, no Facebook.

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José Sócrates

Cavaco “foi a mão escondida” que levou à queda do Governo

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Sócrates, o “animal feroz”

sem “nenhuma novidade”

Sócrates voltou a ser “um animal feroz” na primeira en-trevista que deu à RTP depois de dois anos de silêncio. “Já não é Primeiro-ministro mas continua a ser olhado dessa forma”, diz Raquel Abecasis, subdirectora de in-formação da Renascença. “Sócrates respondeu a todos, não deixou nenhuma das críticas por responder”, referiu Raquel Abecasis.A jornalista e sub-directora de Informação considera que é claro que o antigo Primeiro-ministro “não vai ser co-mentador político, vai ser actor político”.“Já tinha saudades de ver um político tão bem prepara-do a dar uma entrevista, tem esse dom e essa qualidade. Estava muitíssimo bem preparado”, acrescenta. No en-tanto, “no conteúdo foi medíocre” porque “não trouxe nenhuma novidade”, diz.Raquel Abecasis considera que José Sócrates tratou “com indiferença” o líder do PS António José Seguro,, mas lembra que ambos propõe a mesma solução: “parar com a austeridade”.

Sócrates, minutos antes da entrevista que seria vista por 1,6 milhões de espectadores

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Crise política

Passos nega pressões sobre Constitucional

O Primeiro-ministro nega estar a exercer qual-quer tipo de pressão sobre o Tribunal Constitucio-nal (TC) ao pedir responsabilidade nas decisões. Passos Coelho também não comenta notícias sobre alegadas ameaças de demissão que terá feito caso o parecer dos juízes não seja favorá-vel. Em causa está a fi scalização do Orçamento do Estado e um cenário de possível chumbo de algumas normas do documento.Segundo o jornal “Público”, o Primeiro-ministro terá dito ao seu “núcleo duro” que se demitia se o TC chumbar algumas medidas do Orçamento do Estado.Passos, que falou hoje aos jornalistas no fi nal da visita que o primeiro-ministro da Suécia realizou à fábrica da Swedwood – Ikea, em Paços de Ferreira, garantiu que aguarda com serenidade a decisão do Tribunal Consti-tucional. Passos Coelho diz que não entra em especulações, nem trabalha com cenários. “Aguardarei a decisão que o tribunal venha a tomar sobre o orçamento deste ano, sabendo que isso é im-portante ao nível de cumprimento do programa de as-sistência económica e fi nanceira que estamos a reali-zar, mas não vou especular e criar cenários à volta de hipotéticas decisões”, afi rmou.O chefe do Executivo não quer causar instabilidade no país e afi rma que os apelos que fez à responsabilidade não constituem uma pressão sobre os juízes do Consti-tucional. “Era o que faltava que um apelo à responsa-bilidade fosse considerada uma pressão, seja ao Tribu-nal Constitucional, seja a quem for.”

Défi ce de 6,4% é “boa notícia”Défi ce de 6,4% é “boa notícia”

O Instituto Nacional de Estatística (INE) colocou hoje o défi ce de 2012 nos 6,4% e revelou que a dívida pública terá atingido os 123,6% do PIB no ano passado, um au-mento de quase 20 mil milhões de euros num só ano, o que fi ca acima da estimativa do Governo e da troika, feita há menos de duas semanas. Os dados constam da primeira notifi cação do INE ao abrigo do Procedimento dos Défi ces Excessivos enviada a Bruxelas.O Primeiro-ministro considera positivo o facto do défi -ce de 2012 se ter situado nos 6,4%, abaixo do limite de 6,6% admitido pelo Governo.“Os números que foram apresentados pelo ministro das Finanças apontavam para um défi ce que, incluindo acertos estatísticos ou sobre operações que já tiveram lugar no passado, po-deria chegar aos 6,6%. Se o número que foi divulgado ofi cialmente foi 6,4, fi cou aquém, o que é uma boa no-tícia, mas é preciso saber os detalhes dessa operação e eu não disponho nesta altura desses detalhes”.

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Crise

Cavaco vai ao Facebook dizer como “se defende o interesse nacional”

Marta Grosso »

O Presidente da República voltou hoje ao Facebook para dizer que é no terreno que se defende o interesse nacional “e não através de uma retóri-ca infl amada e vazia de conteúdo”. O post de Cavaco Silva começa por enumerar as empresas que visitou nas últimas semanas e segue para a lição: “É estimulando, apoiando e dando visibilidade a empresas como estas, e não através de uma retórica infl ama-da e vazia de conteúdo, que se defende o interesse nacional e se contribui para a recuperação económica e para o combate ao desemprego”. “Devemos apoiar o empreendedorismo, valorizar a iniciativa empresarial e reconhecer o valor daqueles que têm mérito, talento e conhecimento. Esse é um caminho decisivo para enfrentar a situação dramática que é o desemprego de tantos milhares de portugueses e abrir uma janela de esperança para os nossos jovens”, concluiu, numa mensagem que parece também dirigida ao Governo, que ainda não conseguiu inverter a tendên-cia de aumento da taxa de desemprego. Nas suas visitas, o chefe de Estado diz ter visto “empresários com espírito de iniciativa e confi antes no futuro do país”, bem como “trabalhadores motivados e empenhados na criação de valor para a empresa e de riqueza” nacional.

Silva Peneda

Schauble quer acordar “fantasmas de guerra”

O presidente do Conselho Económi-co e Social (CES), José Silva Peneda, escreveu uma carta ao ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schau-ble, acusando-o de querer desper-tar “fantasmas de guerra”.A carta aberta de Silva Peneda, re-produzida hoje no “Público”, refe-re-se a declarações que o ministro de Angela Merkel fez esta semana, segundo as quais os outros Estados europeus invejam a prosperidade que a Alemanha atingiu nas últimas décadas.Silva Peneda acusa Wolfgang Schau-ble de querer “contribuir para des-valorizar e até aniquilar todos os progressos feitos na Europa com vista à consolidação da paz e da prosperidade, em liberdade e em solidariedade”.

r/com renascença comunicação multimédia, 2013

Passos e o Primeiro-ministro sueco visitaram a fábrica da Ikea

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Vila Franca de Xira

Novo hospital abre portas

João Cunha »O novo hospital de Vila Franca de Xira abriu portas esta manhã. Trata-se de mais uma parceria público-privada (PPP), com o grupo Mello, que custou 108 milhões de euros e vai substituir o actual Hospital Reynaldo dos Santos.A abertura faseada é feita na data prevista, mas, ontem as obras dos acessos ao novo hospital ainda decorriam, com muitas máquinas a terminar a obra. O presidente do conselho de administração da nova unidade hospi-talar, Vasco Mello, garante, mesmo assim, que tudo vai funcionar normalmente.Sai-se da Estrada Nacional 10 e os acessos ao hospital são feitos através de uma rotunda e um viaduto, que permite a entrada directa nas urgências, gerais, pedi-átricas e obstétricas ou nas consultas. Agora, arrancam as consultas. O serviço de Urgências vai começar a funcionar a 3 de Abril.Mas a abertura ao público fi ca marcada por um pro-

testo dos funcionários, que vão ter de pagar 15 euros por mês para estacionar as suas viaturas no parque do novo hospital. Vasco Mello argumenta que se fez o possível e argu-menta que “o estacionamento é da responsabilidade da entidade gestora do edifício, não do hospital”. O novo equipamento vai prestar cuidados de saúde a uma população de mais de 200 mil utentes dos conce-lhos de Vila Franca de Xira, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja e Benavente. Vai também disponibilizar três novas especialidades que não existiam em Vila Franca de Xira: Psiquiatria, Hemodiálise e Infecciologia.

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SNS

Médicos pagos indevidamente alvo de processos disciplinares

O ministro da Saúde revelou já ter sido ordenada a instauração de pro-cessos disciplinares aos médicos que receberam indevidamente incentivos para realizar cirurgias, quando as faziam dentro do horário normal de tra-balho. “Estamos a falar, de facto, de verbas indevidamente pagas. Há um conjun-to de orientações que foram dadas, quer de instauração de processos dis-ciplinares, quer de orientações concretas aos conselhos de administração - que é quem conhece esta realidade de perto -, quer também o pedido de um novo balanço, no sentido de apurar as responsabilidades e diferenças, que terá de ser entregue ao Ministério da Saúde pela Inspecção-geral das Actividades em Saúde, nos próximos meses”, disse Paulo Macedo. O ministro falava, ontem, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter dado sangue, numa iniciativa para assinalar o Dia Nacional do Dador de Sangue. Questionado sobre possíveis consequências criminais, Paulo Macedo ne-gou, alegando que estão em causa matérias de responsabilidade civil e, eventualmente, de natureza disciplinar. O caso teve destaque no jornal “Público”, que noticiou terem sido de-tectados, pela Inspecção-geral das Actividades em Saúde, vários casos de médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que receberam incentivos para a realização de cirurgias no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, mas que as realizavam dentro do normal horário de trabalho. “No caso mais fl agrante, o de um médico oftalmologista, foram pagos mais de 1,3 milhões de euros, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, sendo que 1,2 milhões de euros dizem respeito a intervenções feitas durante o horário do médico”, diz o jornal. Confrontado com estes dados, o ministro da Saúde defendeu que está “cla-ramente” em causa uma minoria de profi ssionais, já que “a maioria - e concretamente os médicos - tem uma grande dedicação”. Na opinião de Paulo Macedo, foi essa “dedicação” que fez com que fosse possível aumentar o número de cirurgias no SNS, apontando que, em 2012, foram realizadas mais intervenções do que em 2011, e que os primeiros dois meses de 2013 apontam para a mesma tendência.

Madeira

Taxa de mortalidade infantil superior à média nacionalA presidente do Instituto de Admi-nistração da Saúde e Assuntos So-ciais da Madeira (IASAUDE) diz que a “prematuridade e o baixo peso à nascença” explicam a maior taxa de mortalidade infantil do país que a região apresenta.Em declarações à Lusa, Ana Nunes salientou que, ainda assim, a “taxa de mortalidade infantil da Madeira não é muito superior à média na-cional”.Segundo as Estatísticas Demográ-fi cas, ontem divulgadas pelo Insti-tuto Nacional de Estatística (INE), “a taxa de mortalidade infantil passou de 2,5 óbitos por mil nados vivos em 2010 - ano em que atingiu o valor mais baixo alguma vez re-gistado em Portugal - para 3,1 em 2011”.O INE revela que o número de mor-tes durante o primeiro ano de vida aumentou ligeiramente, em 2011, em todas as regiões, excepto no Alentejo, onde se manteve, e nos Açores, onde se reduziu em cerca de metade. O Alentejo é a região portuguesa com a taxa de mortalidade infan-til mais baixa (2,3%), em 2011, e a Região Autónoma da Madeira é a que apresenta a taxa mais elevada (3,3%).

r/com renascença comunicação multimédia, 2013

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A Itália fez ontem uma emissão de dívida. Correu mal. Por causa do impasse político em Roma? Decerto – e as perspectivas aí não são animadoras.

Mas jogou, também, o desastroso processo do resgate a Chipre, que penaliza os países periféricos da zona euro, como Portugal. Embora, no caso português, a banca tenha uma sólida situação, sendo impensável um resgate semelhante ao da banca cipriota, que levanta receios nos investidores, sobretudo por causa da pe-nalização dos depósitos.

À sucessão de erros das entidades europeias – o pior dos quais foi ter avançado com impostos sobre depósitos mesmo até cem mil euros, protegidos por seguros (medida que teve de abandonar) – sucederam-se outros episódios infelizes. Como o novo presidente do Eurogrupo, o ministro holandês das Finanças, afi rmar que o modelo aplicado a Chipre poderia ser usado noutros países; ou que não achava provável que bancos do euro fossem recapitaliza-dos directamente, ao contrário do que prevê o projecto da união bancária. A UE parece disposta a quebrar as suas próprias regras e compromissos.

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África do Sul

Mandela regressa ao hospital

O líder histórico sul-africano Nelson Mandela foi internado devido a uma infecção pulmonar recorrente, que já o tinha levado ao hospital no iní-cio do mês. O antigo Presidente da África do Sul tem 94 anos de idade e foi inter-nado “pouco antes da meia-noite de quarta-feira”, informou esta quinta-feira de manhã o Governo sul-africano. “Os médicos estão a tratá-lo e a assegurar que benefi cia do melhor tratamento possível e de todo o conforto”, indica o mesmo comu-nicado do gabinete do Presidente Jacob Zuma, sem precisar o local onde se encontra o Nobel da Paz.

Ponto de vista

A UE contra si própria

Francisco Sarsfi eld CabralJornalista

r/com renascença comunicação multimédia, 2013

Chipre

Filas à porta dos bancos

Dezenas de pessoas faziam hoje fi la a menos de 30 mi-nutos da reabertura dos bancos em Chipre, que estão sob altas medidas de segurança depois de terem estado fechados 12 dias. Os bancos em Chipre reabriram hoje entre as 12h00 lo-cais (10h00 em Portugal continental) e as 18h00, depois de terem estado encerrados mais de duas semanas. Apesar disso, logo ao início da manhã já se via muita gente à espera, mas de forma ordeira e pacífi ca, como contou, à Renascen-ça, Nuno Gomes, um jogador de fute-bol português em Chipre: “A afl uência aos bancos foi enorme. Todos os ban-cos colocaram cartazes a dizer que só abriam às 12h00 até às 18h00 para o público em geral. Muitos devem ter fi -cado à espera. Às 11h00 passei junto a um banco e já havia muita gente à espera. Acho que está tudo a ver o que é que pode fazer às suas contas”.O comércio está aberto, mas em muitas lojas e bombas de gasolinas compras só em dinheiro e o mesmo se passa nos hipermercados: “Nos úl-

timos dias, há certas lojas e bombas de gasolina que não aceitam cartões, apenas dinheiro. Vamos ver com a abertura dos bancos o que é que se vai passar. Acho que hoje e amanhã vai-se esclarecer muito o que se vai passar. Em termos de comércio está tudo normal, neste momento estou na zona turística e está cheia, está tudo aberto”. “Em termos de hipermercados diz-se que alguns forne-

cedores não aceitam reposições com pagamentos com cheque e multiban-co, aceitam só por dinheiro. Com a abertura dos bancos hoje acho que algumas coisas vão melhorar.” Os bancos reabriram hoje embora com fortes limitações tanto nos levanta-mentos como nas transferências ban-cárias. Medidas consideradas neces-sárias para evitar a fuga de capitais depois do acordo com a troika para o resgate fi nanceiro ao país. Seguranças, alguns armados, foram colocados à frente dos bancos locais e estrangeiros da capital cipriota, um fenómeno novo na ilha.

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Artes

Adriana Calcanhotto e Deolinda em Castelo Branco

Adriana Calcanhotto, Deolinda, Chrysta Bell e John Pi-zzarelli são alguns dos nomes em destaque na agenda cultural de Castelo Branco para o trimestre de Abril a Junho, que inclui ainda bailado e outras artes, anun-ciou o município. Em co-produção com a Câmara de Castelo Branco, o Quorum Ballet vai apresentar a 23 de Maio a primeira versão portu-guesa contemporânea do bailado “O Lago dos Cisnes”, de Tchaiko-vsky. A 5 de Abril, a cidade recebe o novo trabalho da banda Deolinda e duas semanas depois, no dia 19, será a vez do concerto da brasileira Adria-na Calcanhotto, integrado numa digressão da cantora por Portugal. Maio está reservado para duas for-mações históricas da música portu-

guesa, Ala dos Namorados, no dia 3, para apresentação do novo disco “Razão de Ser”, e GNR, no dia 31, com o espectáculo “Afectivamente”. Chrysta Bell, artista e modelo que junta teatro e mul-timédia, musa do realizador David Lynch, tem espectá-culo marcado para 8 de Junho. John Pizzarelli, guitar-

rista e cantor de jazz, apresenta-se em concerto no dia 27. Todos os espectáculos vão decorrer no Cine-Teatro Avenida. Para além dos espectáculos em destaque, o município vai apoiar diversos grupos e iniciativas lo-cais. É o caso do espectáculo “Hey You”, realizado com dezenas de ci-dadãos, amadores da arte teatral e da performance e que, semanal-mente, preparam a sua apresenta-ção, agendada para 21 de Junho.

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Teatro

O Dia Mundial do Teatro “mais negro” A Plateia e o CENA lamentaram aquele que classifi caram como o Dia Mun-dial do Teatro “mais negro” de que há memória em democracia e questio-naram se 2014 trará melhores condições para o sector.Em comunicado no Dia Mundial do Teatro, que se assinalou ontem, a Asso-ciação dos Profi ssionais das Artes Cénicas Plateia e o Sindicato dos Músicos, dos Profi ssionais do Espectáculo e do Audiovisual (CENA) criticaram a “polí-tica de desvalorização da cultura enquanto bem público, desorçamentan-do-a de modo desproporcional e colocando em causa a sua acessibilidade e diversidade, facto agravado pelo actual Governo”.As duas estruturas, que hoje se reuniram, sublinharam que uma “situação que parecia não ter como piorar” se agravou com o actual secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, que acusam de abrir um concurso de apoio às artes com “um atraso nunca antes visto” e de alterar o quadro legal sem ouvir os representantes do sector. A Plateia e o CENA responsabilizam ainda o secretário de Estado pela “bu-rocratização absurda dos procedimentos concursais” e o “desmantelamen-to do fi nanciamento directo à criação artística”, bem como o “extermínio anunciado de mais de metade das estruturas em actividade”. “Este ano temos poucas razões para celebrar, será que para o ano teremos algumas? Apenas fi ca a certeza de que não deixaremos cair no esquecimen-to os nomes de todos aqueles que, mandatados como representantes dos portugueses, arrastaram a cultura para uma situação tão catastrófi ca”, escreveram as duas entidades.

Música

Heróis do Mar voltam com concerto no Pavilhão AtlânticoOs Heróis do Mar volta a reunir-se para um concerto, no próximo dia 30 de Novembro, no Pavilhão Atlân-tico, em Lisboa, confi rmou ontem à agência Lusa o músico Pedro Ayres de Magalhães, um dos fundadores do grupo.O espectáculo terá lugar na maior sala de concertos da capital e marca o regresso da banda portuguesa aos palcos, após 23 anos de ausência.Os Heróis do Mar, que reuniram Rui Pregal da Cunha (voz), Pedro Ayres Magalhães (guitarra baixo), Paulo Pedro Gonçalves (guitarra), Carlos Maria Trindade (teclados) e Tó Zé Almeida (bateria), formaram-se em 1981.Lançaram quatro álbuns e um mini-EP, tendo constituído uma das ban-das da pop portuguesa com mais êxitos no mercado, até à separação, em 1990.

r/com renascença comunicação multimédia, 2013

Adriana Calcanhotto

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Qualquer que seja o resultado dos jogos de sábado que envolvem Benfi ca e FC Porto, os encarnados vão termi-nar a 24.ª jornada da I Liga no topo de tabela classifi -cativa. Os quatro pontos de vantagem do Benfi ca sobre os azuis e brancos permitem à equipa de Lisboa jogar mais descontraidamente frente ao Rio Ave, apesar de estar a receber o sexto classifi cado do campeonato. Antes, o FC Porto entra em campo, em Coimbra, para defrontar a Académica, com a missão de não perder mais pontos na corrida ao título.A jornada começa amahã, em Paços de Ferreira, com a equipa sensação da I Liga a receber o Gil Vicente. Os

pacenses lutam directamente com o Sporting de Braga pelo terceiro lugar da tabela.São, precisamente, os bracarenses que encerram a jor-nada, na segunda-feira. Recebem o Sporting, que cum-pre o primeiro jogo com um novo presidente, depois da tomada de posse, ontem, de Bruno de Carvalho.No sábado à tarde, realizam-se três jogos: o Vitória de Setúbal recebe o Marítimo, o Estoril desloca-se a Mo-reira de Cónegos e Beira-Mar e Olhanense defrontam-se em Aveiro.Na segunda-feira há mais uma partida. Na Madeira, o Nacional joga com o Vitória de Guimarães.

24ª jornada

Benfi ca e FC Porto jogam no sábado

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Quatro segmentos do muro de Berlim

foram retirados para facilitar a constru-ção de um prédio

de luxo, apesar da contestação ao que

os críticos dizem ser a destruição do segundo monumen-to mais visitado da

capital alemã. A “East Side Gallery” era uma autêntica

galeria de arte ao ar livre. As autoridades dizem que a medida é temporária e que

os segmentos do muro serão coloca-

dos noutro local.

Olhar

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A 28 de Março de 1974...

Última “conversa em família” de Marcelo CaetanoPedro Rios »

Foi uma “conversa em família” que refl ectiu as difi cul-dades que o Estado Novo experimentava em 1974. A 28 de Março desse ano, através da RTP, o presidente do Conselho, Marcelo Caetano, protagoniza o último pro-grama “Conversas em Família” – um monólogo sem in-termediário que estreara a 8 de Janeiro de 1969.“Olhando para o trabalho realizado nos cinco anos e meio do Governo, fazendo exame de consciência sobre as intenções que me têm norteado e os actos que tenha cometido, fi ca-me a tranquilidade de ter sempre procu-rado cumprir rectamente o meu dever para com o País, que o mesmo é dizer, para com o Povo Português”, disse Marcelo na 16.º e última edição do programa. Foi a primeira vez que se usou o teleponto na televisão portuguesa.Caetano atacou o “egoísmo” (“a lepra da humanidade contemporânea”), que “instaura a indisciplina em todos os sectores, recusando-se a acatar outra norma que não seja a das conveniências pessoais de cada um”. Criticou a “irrefl exão dos ofi ciais que se lançaram na aventura de há dias”, numa referência ao golpe militar falhado de 16 de Março. Defendeu o Portugal de 1974 por opo-sição ao que acontecia noutras paragens. “Estamos pe-rante a invasão de uma mentalidade que grassa já na maior parte dos países e que, infelizmente, está longe de ser um sinal de progresso. Por esse caminho progride -se sim, mas para a anarquia”, disse. “A melhoria das condições económicas e sociais da vida portuguesa tem-se assim processado num clima de di-

fi culdades de toda a ordem — de ordem externa e de ordem interna — num mundo a braços com uma alta generalizada e incontida de preços, a que corresponde a crise do valor das moedas, numa época politicamen-te agitada e na qual Portugal é obrigado a sustentar a defesa de uma grande parte do território nacional”, afi rmou.Defendeu a ambição colonial. “Não se trata de terri-tórios adquiridos de fresca data, onde meia dúzia de funcionários e de empresários explorem velhas nações subjugadas. Mas de grandes regiões descobertas pelos portugueses de há cinco séculos”, afi rmou. “Foi Portugal que fez Angola; foi Portugal que criou Moçambique.”Depois, atacou os que críticos da falta de liberdade de expressão em Portugal. “Há por aí frequentes queixu-mes de que não temos por cá informação completa. Nada, porém, do que de verdadeiro se passa e que ao público interesse deixa de ser trazido ao conhecimento dele.”“Enquanto ocupar este lugar não deixarei de os ter pre-sentes, aos portugueses do Ultramar, no pensamento e no coração”, rematou Marcelo Caetano. Mas não ocupa-ria o lugar durante muito tempo: a 25 de Abril de 1974, uma revolução pôs fi m à ditadura.

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Foto: Soeren Stache/EPA

r/com renascença comunicação multimédia, 2013

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Santarém

Novo aviso da Protecção Civil

Santarém volta, ao fi nal da tarde, a estar sob aviso amarelo da Protec-ção Civil. O plano especial de emergência para cheias na bacia do Tejo é ac-tivado a partir das 18h30, devido à possibilidade de se verifi carem al-gumas inundações e isolamento de povoações. Hoje, existem várias estradas e pontes submersas em Constância, Coruche e Benavente. Durante o dia, pode haver inunda-ções em Vila Nova da Barquinha e em Santarém, prevendo-se que a povoação do Reguengo do Alviela fi -que isolada por causa da submersão da Estrada Nacional 365.

OCDE

Reformas nos países do Sul são “base sólida” A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que as reformas estrutu-rais desenvolvidas na Grécia, Irlan-da, Itália, Portugal e Espanha cons-tituem uma “base sólida” para a recuperação da competitividade e para a promoção do emprego. No relatório com as perspectivas económicas a curto prazo, publica-do hoje em Paris, a OCDE sustenta que os resultados dessas reformas serão visíveis assim que houver uma recuperação da procura. Para a organização, embora o cres-cimento nos países da Zona Euro seja decepcionante, “o reequilíbrio da economia está em marcha”.

Passos Coelho

Cavaco tem estado “ao nível das exigências do país”O Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho recusou, hoje, comentar a entrevista de José Sócrates à RTP, mas teceu elogios a Cavaco Silva, que foi visado com duras críticas por parte do antigo chefe de Go-verno. “Não faço nenhum comentário à entrevista”, disse Passos, à margem de uma visita a uma empresa de mobiliário de Paços Ferreira.O Primeiro-ministro elogiou, no en-tanto, Cavaco Silva: “Tem desem-penhado um mandato ao nível das exigências do país”.

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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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17ºC/14ºC 17ºC/14ºC

Moody’s mantém negativa

A agência Moody’s manteve classifi cação de Portugal com outlook negativo, mas a agência de notação fi nanceira sublinha o “progresso signifi cativo” que Portugal tem conseguido na consolidação orçamental e nas reformas.

Páscoa chuvosa

A chuva forte deve marcar o dia de Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa, nas regiões do Norte e do Centro em Portugal Continental.

Treinador defende Pinto da Costa

O técnico do F. C. Porto, Vítor Pereira, disse, hoje, que Pinto da Costa “defendeu os interesses do clube” na po-lémica que envolveu João Moutinho e a selecção.

África do Sul: Pistorius pode viajar

Um tribunal sul-africano decretou que o atleta Oscar Pistorius, acusado de ter assassinado a sua namorada, está autorizado a viajar para fora do país, mas apenas para efeitos desportivos.