Ppc Bct Ufersa Reformulado2011 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO MOSSORÓ-RN 2010

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Descrição do curso de C&T na UFERSA.

Transcript of Ppc Bct Ufersa Reformulado2011 1

  • UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS

    CURSO DE BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO

    MOSSOR-RN 2010

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA ii

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008

    UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIRIDO

    REITORIA

    Reitor: Josivan Barbosa Menezes

    Vice - Reitor: Francisco Xavier de Oliveira Filho

    PR - REITORIAS

    Pr-Reitoria de Planejamento e Administrao: George Bezerra Ribeiro

    Pr-Reitoria de Graduao e Ensino: Jose de Arimatea de Matos

    Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao: Jos Domingues Fontenele Netp

    Pr-Reitoria de Recursos Humanos: Alvanete Freire Pereira

    Pr-Reitoria de Extenso e Cultura: Rodrigo Srgio F Moura

    Pr-Reitoria de Assuntos Comunitrios:

    DIRETORIAS

    Diretor da Diviso de Registro Escolar: Joana DArc Veras de Aquino

    Diretor da Diviso de Materiais e Compras: Jorge Luiz de Oliveira Cunha

    Diretor da Diviso de Finanas e Oramento: Antnio Aldemir Fernandes Lemo

    Prefeito do Campus: Francisco Ilbernom Barbosa Alves

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA iii

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008

    UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIRIDO

    BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA

    PROJETO POLTICO-PEDAGGICO

    Coordenao do Bacharelado em Cincia e Tecnologia

    Coordenador: Walter Martins Rodrigues

    Vice-coordenador: Antnio Nunes Gomes

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA iv

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008

    COMISSO RESPONSVEL PELA PROPOSTA:

    Prof. Dr. Jos de Arimatea de Matos

    (Engenheiro Agrcola, Presidente da Comisso)

    Prof. Dr. Idalmir de Souza Queiroz Jnior

    (Engenheiro Eletricista)

    Prof. Dr. Walter Martins Rodrigues

    (Matemtico)

    Prof. Dr. Milton Morais Xavier Jnior

    (Fsico)

    Prof. Dr. Antnio Jorge Soares

    (Filsofo)

    Portaria UFERSA/GAB N 385/2008, de 27 de junho de 2008.

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA v

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008

    LISTA DE QUADROS

    Tabela 1. Relao das disciplinas comuns obrigatrias 14

    Tabela 2. Relao das disciplinas optativas sugeridas 16

    Tabela 3. Nmero mximo de faltas permitidas segundo a carga horria das

    disciplinas

    20

    Tabela 4. Composio curricular do Projeto Poltico Pedaggico do Curso de

    Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA por perodo letivo

    25

    Tabela 5. Composio curricular do Projeto Poltico Pedaggico do Bacharelado em

    Cincia e Tecnologia da UFERSA das disciplinas optativas

    27

    Tabela 6. Corpo Docente da UFERSA 54

    Tabela 7. Acervo Total da Biblioteca 58

    Tabela 8. Acervo por rea de Conhecimento 58

    Tabela 9. rea Fsica Construda 59

    Tabela 10. Consultas e emprstimos/dirios 60

    Tabela 11. Horrio de Atendimento 60

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA vi

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008

    Sumrio

    1. INTRODUO 01

    2. APRESENTAO 02

    3. HISTRICO 04

    4. JUSTIFICATIVA 08

    5. O BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA

    5.1. OBJETIVOS DO CURSO

    5.1.1. OBJETIVO GERAL

    5.1.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

    5.2. PERFIL DO PROFISSIONAL

    5.3. CAMPOS DE ATUAO DO PROFISSIONAL

    5.4. ESTRUTURA CURRICULAR

    5.4.1. NCLEO DE CONTEDOS COMUNS OBRIGATRIOS

    5.4.2. NCLEO DE CONTEDOS ELETIVOS E OPTATIVOS

    5.5. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    5.6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

    5.7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAO

    6. ATIVIDADES CURRICULARES

    6.1. MATRICULA NA INSTITUIO

    6.2. TRANCAMENTO DE MATRICULA

    6.3. DESLIGAMENTO DA INSTITUIO

    6.4. INSCRIO EM DISCIPLINAS

    6.5. CANCELAMENTO DE INSCRIO EM DISCIPLINA

    6.6. TRANSFERNCIA DE ALUNOS DE OUTRAS INSTITUIO

    6.7. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS

    6.8. ASSIDUIDADE

    6.9. COMPENSAO DE AUSNCIA

    6.10. ESTRATGIAS PEDAGGICAS

    6.11. VERIFICAO DE APRENDIZAGEM

    6.12. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS

    6.13. COEFICIENTE DE RENDIMENTO ACADMICO

    6.14. NDICE DE MENSURAO DE SUCESSO

    6.15. BOLSAS

    6.16. ASSISTNCIA AO ALUNO

    7. INTEGRALIZAO CURRICULAR

    7.1. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO

    7.2. EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS 40

    8. INTEGRALIZAO COM OS CURSOS DE SEGUNDO CICLO 37

    9. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 37

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA vii

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, Mossor-RN, 2008

    9.1. ADMINISTRAO UNIVERSITRIA 50

    9.2. ADMINISTRAO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSO. 55

    9.3. RECURSOS HUMANOS 55

    8.3.1. CORPO DOCENTE

    10. INFRA-ESTRUTURA 56

    10.1. INFRA-ESTRUTURA FSICA E TECNOLGICA 56

    10.1.1. SALA DE AULA 56

    101.2. LABORATRIO DE ENSINO, PESQUISA E PRESTAO DE SERVIOS. 56

    10.1.2.3. LABORATRIOS DE QUMICA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 57

    10.1.2.4. LABORATRIOS DE FITOSSANIDADE 57

    10.1.2.5. LABORATRIOS DE FITOTECNIA 57

    10.1.2.6. LABORATRIOS DE SOLOS E GEOLOGIA 57

    10.1.2.7. LABORATRIOS DE ZOOTECNIA 58

    10.1.2.8. LABORATRIOS DE MEDICINA VETERINRIA 58

    101.3. BIOTRIO 58

    10.1.4. BIBLIOTECA CENTRAL 58

    10.1.4.1. ACERVO TOTAL DA BIBLIOTECA/2005 59

    10.1.4.2. ACERVO POR REA DE CONHECIMENTO/2005 59

    10.1.5. REDE DE INFORMAO ACESSADA 59

    10.1.5.1. POLTICA DE ATUALIZAO DO ACERVO 60

    10.1.6. REA FSICA CONSTRUDA 60

    10.1.7. CONSULTAS E EMPRSTIMOS/DIRIOS 60

    10.1.8. HORRIO DE ATENDIMENTO (SEGUNDA A SEXTA) 60

    10.2. RECURSOS MATERIAIS 61

    11 CARACTERSTICAS GERAIS 61

    12 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 61

    13 ANEXOS 63

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    1. INTRODUO

    O Conhecimento cientfico e o desenvolvimento tecnolgico de um pas esto intrinsecamente

    ligados ao seu desenvolvimento econmico, superando todas as riquezas naturais, pois agregam um

    alto valor produo. Enquanto nos ltimos 10 anos o PIB de diversos pases do mundo cresceu em

    torno de 45%, o PIB brasileiro vem crescendo menos da metade deste valor no mesmo perodo. O

    Brasil, apesar do grande trabalho de seus pesquisadores, um dos ltimos do ranking de patentes

    mundiais. As causas so claras, os baixos incentivos ao desenvolvimento tecnolgico e industrial e a

    pequena participao de empresas privadas nos financiamentos pesquisa.

    Aliado a estes problemas, as Universidades brasileiras no conseguem suprir o dficit de

    engenheiros que o pas precisa. Anualmente as Universidades brasileiras formam cerca de 23 mil

    engenheiros, onde a maior parte de engenheiros civis, para atender a uma populao de cerca de

    180 milhes de habitantes, ficando com uma proporo de 1 engenheiro para cada 8 mil pessoas,

    isto um dcimo do que formam pases desenvolvidos. Como forma de resolver seus prprios

    dficits, algumas empresas no Brasil esto oferecendo esta formao para funcionrios, ou pessoas

    que ainda no so do quadro de funcionrios para obter mo-de-obra qualificada.

    Segundo a Federao Interestadual de Sindicatos de Engenheiros FISENGE, A Engenharia

    indispensvel para o fortalecimento do estado como indutor do desenvolvimento econmico,

    investidor na infra-estrutura econmico e social e promotor de polticas pblicas baseadas na

    universalizao dos direitos sociais. Cabe-nos perguntar: Ser que as universidades brasileiras

    esto conseguindo formar engenheiros na quantidade necessria para atender as demandas do

    pas?. Ser que o modelo de ensino aplicada formao de engenheiros est funcionando

    adequadamente? Ser que os futuros engenheiros esto aprendendo a aprender, criar ou

    desenvolver seus prprios conhecimentos?

    Uma reflexo acerca das perguntas anteriores, aliada a quantidade de vagas ociosas nos

    cursos de engenharia, em torno de 40%, alm disso, apenas cerca de 25% dos estudantes de

    engenharia conseguem concluir seu curso, isso nos faz pensar que o modelo de Universidade precisa

    de reformulaes. Entre os diversos problemas enfrentados pelas Universidades brasileiras podemos

    destacar em primeiro lugar a escolha prematura que muitos jovens tm que fazer para prestar o

    vestibular. Em segundo lugar, prticas pedaggicas com grande nfase em aulas tericas

    tradicionais, sem nenhuma, ou com pouqussimas aulas prticas e de laboratrios. Por fim, a

    ociosidade de muitos estudantes, que poderiam passar mais tempo nos laboratrios, bibliotecas, ou

    em projetos de ensino, pesquisa ou extenso com seus professores, vivendo realmente a

    Universidade, porm no encontram ambiente propcio ou no lhes foi introduzida esta cultura. Estas

    so, em parte, algumas das causas da grande evaso de estudantes nos cursos de engenharia.

    Para oferecer uma formao melhor, mais cidad, mais crtica e com mais qualidade aos

    nossos estudantes, para atender aos anseios da populao brasileira e das necessidades do

    mercado de trabalho, foi criado um novo modelo de formao universitria baseado nos projetos

    iniciais de Ansio Teixeira e Darcy Ribeiro na UnB, chamado de Universidade Nova, anos antes da

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    ditadura militar instaurada no final da dcada de 1960. Infelizmente, antes de dar frutos este modelo

    foi encerrado no incio da ditadura militar. Baseado no sistema 3+2 (3 anos e formao bsica geral e

    2 anos de formao especfica), em contraposio ao sistema atual 2+3 (2 anos e formao bsica

    geral e 3 anos de formao especfica) das atuais engenharias, este novo projeto recebeu o nome de

    REUNI Reestruturao e Expanso das Universidades Federais. O REUNI foi institudo pelo

    Decreto n 6.096, de 24 de abril de 2007, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e

    Expanso das Universidades Federais (REUNI) uma das aes do Plano de Desenvolvimento da

    Educao (PDE) e tem como objetivo proporcionar s universidades federais condies necessrias

    para ampliao do acesso e permanncia na educao superior.

    Dentro deste modelo foi criado o Bacharelado Interdisciplinar, que segundo Paulo Roberto da

    Silva, uma modalidade de curso de graduao, e se caracteriza por agregar uma formao geral

    em diversas reas do conhecimento humano, e um aprofundamento num dado campo do saber,

    promovendo o desenvolvimento de competncias e habilidades que possibilitaro ao egresso a

    aquisio de ferramentas cognitivas que conferem autonomia para a aprendizagem ao longo da vida

    bem como uma insero mais plena na vida social, em todas as suas dimenses.

    Comprometido com a excelncia no ensino, na pesquisa e na extenso, este novo modelo tem

    como objetivos, promover o ensino de graduao e de ps-graduao, bem como a pesquisa e a

    extenso universitria, alm de desenvolver as cincias, as letras, as artes, o esporte e a sade e

    tambm prestar servios tcnicos especializados comunidade. Conforme dados fundamentados no

    ano de 2006, a Universidade

    Segundo Paulo Roberto da Silva, apenas 10% dos jovens de 18-24 anos de idade encontram-

    se na universidade brasileira, contra 20% na Argentina, 50% na Frana e 80% na EUA. Aliado a estes

    dados, dos 10% de universitrios brasileiros, apenas 13% deles se formam engenheiros, ou seja, a

    cada 100 universitrios, apenas 1,3 estudam engenharia. Isso devido ao modelo de formao

    acadmica e profissional adotado no Brasil, que baseado numa concepo fragmentada e

    compartimentada do conhecimento. Esse modelo, que ora questionado, foi resultado de reformas

    universitrias parciais e limitadas nas dcadas de 1960 e 70, sobretudo a de 1968, onde a principal

    caracterstica foi a predominncia de currculos de graduao pouco flexveis, com forte vis

    disciplinar e sem nenhuma articulao entre a graduao e a ps-graduao. Outra caracterstica

    negativa o fato de que os jovens so obrigados a escolher, prematuramente, a carreira profissional

    num processo seletivo pontual e socialmente excludente para ingresso na graduao. Percebe-se

    isso claramente na Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA, quando em poca de

    pedidos de transferncia, muitos de nossos estudantes optam por mudar de curso, por diversos

    motivos.

    2. APRESENTAO

    A mudana se torna inevitvel, acompanhando uma tendncia mundial o MEC est investindo

    esforos para a mudana no modelo educacional de nvel superior no Brasil. Desde 1930 quando foi

    criado o Ministrio da Educao, seguindo-se as primeiras regulamentaes do ensino superior, o

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    MEC se atualiza e acompanha a modernizao, iniciando com a primeira Lei de Diretrizes e Bases

    LDB, lei 4.024/61. Os antigos currculos mnimos remontam a essa primeira LDB, onde cada

    modalidade de curso superior possua um currculo mnimo nico e obrigatrio em todo o pas.

    Posteriormente reformou-se a L.D.B por meio da Lei 5.540/68, introduzindo o sistema de crditos e

    fortalecendo a ps-graduao brasileira. Essas reformas foram amplamente discutidas nos anos

    1980/90, surgindo a nova LDB - Lei de Diretrizes e Base da Educao Nacional, a Lei 9.394/96. Esta

    Lei e subseqentes normas determinaram profundas modificaes na educao superior, dentre

    as quais destacamos:

    1. Recomenda a extino dos departamentos nas universidades

    2. Extino dos currculos mnimos

    3. Introduo das Diretrizes Curriculares, flexibilizao curricular, mobilidade acadmica,

    enfoque sistmico e interdisciplinar, criao dos ciclos bsico e profissional, entre outros.

    4. Diploma ou Certificado acadmico diferente de ttulo profissional, no dando mais o direito

    automtico de exerccio da profisso.

    5. Reduo da durao dos cursos, onde a graduao considerada etapa inicial da formao,

    devendo ser complementada com a ps-graduao.

    6. Insero de at 20% de EAD nas disciplinas semipresenciais.

    7. Introduo de avaliao institucional e de cursos, o SINAES.

    O curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA foi viabilizando atravs do projeto

    REUNI, este novo curso esta inserido neste contexto de nova educao superior no Brasil, delineado

    em harmonia com modificaes no ensino superior propostas pela nova LDB. Assim, tem em seus

    objetivos a melhorar da qualidade e ampliao do acesso e permanncia do estudante nos cursos de

    graduao em uma proposta nova de formao em dois ciclos. Certamente com este novo curso

    deve-se elevar a taxa de concluso de cursos, aumentar a incluso social das classes menos

    favorecidas da populao, sobretudo quando prioriza a abertura de cursos noturnos. Para incentivar o

    interesse e a permanncia do aluno no curso foi institudo no REUNI um projeto de mobilidade

    acadmica que permitir o intercmbio de alunos entre universidades brasileiras.

    A nova resoluo do CREA, a resoluo 1.010, que sistematiza os campos de atuao

    profissional, est em conformidade com as novas diretrizes curriculares, que preconiza uma formao

    mais ampla, diferenciada daquela vinculada a diploma/exerccio profissional, pois, segundo o Parecer

    0136/2003 CNE, diploma no mais gera direito automtico de exerccio da profisso. O diploma,

    segundo o artigo 48 da LDB (Lei 9.394/96) o certificado de formao acadmica. Em outras

    palavras o diploma credencia para a competio acadmico-cientfica e no para a competncia de

    tarefas profissionais, cabendo ao sistema profissional elaborar as suas prprias normas para o

    exerccio da profisso. Assim como os professores universitrios, a chamada Academia reclama do

    baixo nvel de formao bsica dos estudantes, as empresas tm reclamado da baixa qualificao

    dos engenheiros recm-formados.

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    A UFERSA considera que os Projetos Pedaggicos so mais do que um meio de organizar o

    ensino, representa a possibilidade de reorientar a formao profissional e estabelecer novos

    parmetros que possibilitem a garantia da afirmao da Universidade enquanto Instituio Pblica e

    com o pblico comprometido. Este documento apresenta o Projeto Poltico-Pedaggico do

    BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA da UFERSA, descrevendo seus aspectos

    pedaggicos e polticos, estabelecendo as estratgias para a formao do profissional que se deseja.

    O Projeto est organizado de forma a tornar explicito o perfil do profissional egresso e as aes

    necessrias para atingir os objetivos desejados. Nele detalhamos aes, objetivos, metodologias de

    ensino, recursos materiais e humanos necessrios.

    Espera-se que este projeto poltico pedaggico seja discutido por membros da comunidade, e

    sempre que necessrio seja atualizado para atender a formao dos profissionais a que o curso se

    prope a formar.

    3. HISTRICO

    A Unio Europia, com a sua grande unificao, mostra ao mundo que para a estabilidade

    nacional, o crescimento econmico e a melhoria da qualidade de vida de sua populao, requer uma

    grande mudana no sistema educacional, mudana esta, que tambm j est dentro de muitas

    Universidades americanas importantes. A nova Europa, a Europa do Conhecimento, considera que

    para o crescimento humano e social, a consolidao e o enriquecimento da cidadania, ela deve ser

    capaz de fornecer aos seus cidados as necessrias competncias para encarar os desafios do novo

    milnio, bem como desenvolver a conscincia de valores partilhados e relativos a um espao comum,

    social e cultural. A importncia tanto da educao como da cooperao no desenvolvimento e no

    reforo de sociedades estveis, pacficas e democrticas universalmente reconhecida como da

    maior importncia, sobretudo em vista da situao do sudeste europeu.

    Deste ponto de vista, reconhece-se de extrema importncia a renovao educacional. Para

    tanto 28 pases europeus, entre eles, a Alemanha, ustria, Blgica, Dinamarca, Frana, Grcia, Itlia,

    Holanda, Portugal, Espanha, Sucia, Sua e Reino Unido, aderiram ao tratado de Bolonha no dia 19

    de junho de 1999. Os objetivos deste tratado incluem igualdade em condies de empregabilidade e

    a competitividade internacional do sistema europeu do Ensino Superior para os cidados europeus.

    Entre estes objetivos est a adoo de um sistema essencialmente baseado em dois ciclos principais,

    o graduao e a ps-graduao, a mobilidade estudantil entre os diversos pases que assinaram o

    tratado, incluindo estudantes, professores e pesquisadores.

    Pertinente a tudo o que foi apresentado, e tendo em vista que grande parte dos egressos do

    curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia objetiva outra formao superior, principalmente em

    engenharia, cabe ao projeto pedaggico do BCT necessariamente abordar 3 grandes vertentes :

    saber pensar, saber fazer e saber ser. Ao primeiro tema, saber pensar, associamos a Matemtica, a

    Fsica, a Qumica, e as cincias da engenharia. O saber fazer est associado a disciplinas que fazem

    a integrao do saber pensar e do saber ser para o desenvolvimento e projeto de elementos,

    sistemas e processos que visam satisfazer necessidades especficas. Para o ltimo tema, saber ser,

    integram os conhecimentos relacionados s cincias sociais e humanas, as artes, a economia, a

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    gesto, a comunicao, lnguas, etc. Todas as trs vertentes so igualmente importantes para o

    Bacharel em Cincia e Tecnologia, a profundidade de especializao em cada tema que limita a

    carga didtica obrigatria no curso. Uma vez que o estudante do BCT ter acesso a pelo menos oito

    disciplinas de carter eletivas poder sedimentar de conhecimento em uma direo de maior

    afinidade.

    1. Em 2007, o MEC retoma a idia inovadora e visionria da dcada de 1960 elaborada por

    Ansio Teixeira e Darcy Ribeiro, chamada de REUNI. Este modelo de reestruturao do

    ensino, apesar de extremamente recente, tm sido aceita por quase todas as Universidades

    Federais do pas, veja a lista completa destas Universidades na seco de Anexos.

    Destacamos aqui a Universidade Federal do Recncavo da Bahia UFRB, que j iniciou

    este novo modelo, e a Universidade Federal de Lavras UFLA, que ao completar 100 anos em

    2008, fez um planejamento projetando seu crescimento, calcado no REUNI, para os prximos anos

    at 2012. Este projeto inclui a ampliao de vagas em todos os cursos, a criao de novos cursos

    como Licenciaturas em Matemtica e Fsica, Educao Fsica, Jornalismo, Engenharia de Controle e

    Automao, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, entre outros. Alm disso, num prazo de 5

    anos todos os cursos da UFLA tero que flexibilizar, no mnimo, 20% da carga horria de suas

    matrizes curriculares. A Universidade de Viosa, por exemplo, entrar no REUNI com quatro

    licenciaturas noturnas (fsica, qumica, biologia e matemtica) e tambm na rea tecnolgica onde os

    quatro primeiros perodos sero comuns e os dois ltimos sero diferenciados por rea, at 20% da

    carga horria desta modalidade ser semipresencial. A Universidade Federal de Gois UFG ir

    criar quatro cursos inovadores, so eles: Licenciatura em Direitos Humanos, Gesto Ambiental,

    Letras com habilitao em Libras e Licenciatura Intercultural. A Universidade Federal de So Paulo

    UNIFESP iniciar com um bacharelado em Cincia do Mar e Meio Ambiente, para posteriormente

    encaminhar seus egressos aos cursos de Engenharia de Pesca, Engenharia Porturia, Engenharia

    do Meio Ambiente ou Oceanografia. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN cria

    juntamente com o Bacharelado em Cincia Exatas e Tecnolgicas um curso de nivelamento oficial

    para estudantes que atingem o ponto de corte, mas no atingem a nota mnima exigida para

    aprovao, sendo este nivelamento uma continuao do vestibular, apenas para as disciplinas de

    fsica e matemtica, disciplinas essenciais para a formao do engenheiro. Aps as duas fases

    iniciais, exame objetivo e exame subjetivo, os estudantes que atingiram a nota mnima exigida

    estaro automaticamente aprovados no vestibular. Os estudantes que apenas passaram no ponto de

    corte cursaro o nivelamento, que ser a terceira fase do vestibular, e um semestre aps as duas

    fases anteriores do vestibular faro exames para identificar quais sero considerados aprovados ou

    no, dependendo das notas na terceira fase do vestibular.

    A Escola Superior de Agronomia de Mossor - ESAM foi criada pela Prefeitura Municipal de

    Mossor, atravs do Decreto N 03/67 de 18 de abril de 1967 e inaugurada aos 22 de dezembro do

    mesmo ano. Teve na sua fase de implantao, como entidade mantenedora, o Instituto Nacional de

    Desenvolvimento Agrrio (INDA) e foi incorporada Rede Federal de Ensino Superior, como

    autarquia em regime especial em 1969, atravs do Decreto-Lei N 1036, de 21 de outubro de 1969.

    Em 13 de julho de 2005, o Senado Federal aprova o projeto de lei que transforma a ESAM em

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA. Em 29 de julho de 2005, o Presidente da

    Repblica, sanciona a lei n 11.155 que cria a Universidade Federal Rural do Semi-rido UFERSA.

    A lei n 11.155, de 29 de julho de 2005 publicada no Dirio Oficial da Unio no dia 01 de agosto de

    2005, na seo 1, n 146.

    Para cumprir o seu papel de ensino, pesquisa e extenso, a UFERSA conta atualmente com

    110 docentes efetivos, distribudos entre quatro departamentos, em sua grande maioria na condio

    de dedicao exclusiva. Destes 78 (70,9%) so titulados em doutores, 29 (26,4%) so mestres, 02

    (1,8%) especialistas e 01 (0,9%) com aperfeioamento. Dentre os servidores de nvel superior, muitos

    apresentam ttulo de especialistas e mestres, sendo trs detentores do ttulo de Doutor.

    A UFERSA possui um campus de 1.731 hectares, sendo 1.300 hectares no Campus Central e

    419 hectares em uma Fazenda Experimental, distante 18 km da sede do municpio, alm de um stio

    com 12 hectares. A estrutura fsica composta de edificaes para fins didticos e de pesquisa,

    administrativo e residencial somam uma rea de 72.000 m2, dos quais 56.781 m

    2 construdos. Sua

    estrutura dividida em 04 departamentos didtico-pedaggicos, 35 laboratrios, duas estaes

    meteorolgicas, Biblioteca especializada, vila acadmica, lanchonetes, mini-auditrio e dois

    auditrios, ginsio poliesportivo e campo de futebol. Alm de Museu, agncia da Caixa Econmica

    Federal, usina de beneficiamento de semente, fbrica de doces e polpas de frutas, correios,

    biofbrica, grfica, viveiro de produo de mudas, Centro de Treinamento Loureno Vieira, Parque

    Zoobotnico, hospital veterinrio, Centro de Multiplicao de Animais Silvestres e fbrica de raes.

    A UFERSA, quatro anos aps sua primeira expanso, saindo da categoria de Escola Superior

    e tornando-se Universidade, tambm adere ao plano do REUNI, e em 2008.2 inicia seu Bacharelado

    em Cincia e Tecnologia BCT, incluindo grande parte de seus cursos de engenharia nesta nova

    modalidade.

    Entre outras possibilidades ser oferecida, para seus estudantes de engenharia e de sistema

    de informao, uma formao dividida em dois ciclos. O primeiro ciclo ser o Bacharelado em Cincia

    e Tecnologia, seguida do segundo ciclo que ser o curso de Engenharia ou Sistema de Informao

    numa nova formatao, e o terceiro ciclo ser a ps-graduao. Propondo uma formao mais geral

    e com forte base cientfica, a UFERSA oferecer seu bacharelado com uma durao de trs anos

    denominado Bacharelado em Cincia e Tecnologia BCT. Neste novo modelo proposto, o primeiro

    ano ser formado por disciplinas bsicas de cunho cientfico comum a todas as engenharias

    agregadas. Neste ano nossos alunos estudaram, entre outras disciplinas, matemtica, fsica, qumica,

    informtica, expresso grfica e humanidades. O segundo ano, alm das disciplinas citadas para o

    ano anterior, ter reforada a rea humanstica e disciplinas aplicadas s engenharias, como Projetos

    Auxiliados por Computador, por exemplo. E, por fim, no ltimo ano, concludas as matemticas,

    fsicas e qumicas sero apresentadas com mais nfase as disciplinas humansticas e o estudante

    poder escolher entre diversas disciplinas optativas, aquelas direcionadas para a rea de formao

    desejada, alm de um Trabalho de Concluso de Curso TCC, obrigatrio. Esta formao ter a

    durao de 3 anos, com uma carga horria de 2.400 horas, alm da obrigatoriedade de completar 60

    horas de Atividades Complementares. Ao concluir este ciclo o estudante poder cursar mais dois

    anos e concluir um curso de engenharia, estando credenciado para a competio acadmico-

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    cientfica no terceiro ciclo (lato senso ou stricto senso), ou, aps autorizao do CREA oferecer sua

    competncia profissional ao mercado de trabalho. As regras para o ingresso nos cursos de

    engenharia, aps a concluso do bacharelado, sero regulamentadas pela UFERSA.

    Esta disciplina desenvolver os conhecimentos tcnico-metodolgicos

    especficos para a elaborao do projeto de TCC e para a sua posterior consecuo.

    Tem como objetivos gerais: Contribuir para a compreenso do aluno a respeito da

    importncia da pesquisa e sua disseminao por intermdio do TCC; e contribuir

    para a estruturao da pesquisa monogrfica.

    Bibliografial

    AZEVEDO, Israel Belo de. O Prazer da produo Cientfica. So Pauo: Hagnos,

    2000.

    BRENNER, Eliana de Moraes. Manual de Planejamento e Apresentao de

    Trabalhos Acadmicos. So Paulo: Atlas, 2007.

    Bibliografia complementar

    BARROS, Aidil de Jesus Paes de e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto

    de pesquisa: propostas metodolgicas. 8.ed. Petrpolis: Vozes, 1999.

    ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15.ed. So Paulo: Perspectiva, 1999.

    LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho

    cientfico. 4.ed. So Paulo: Atlas, 1992.

    MEDEIROS, Joo Bosco. Redao cientfica. A prtica de fichamentos, resumos,

    resenhas. 4.ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    MORAES, Reginaldo C. Corra de. Atividade de pesquisa e produo de texto.

    Textos Didticos IFCH/Unicamp, Campinas, n. 33, 1999.

    RUDIO, Franz Victor. Introduo ao projeto de pesquisa cientfica. 24.ed.

    Petrpolis:Vozes, 1999.

    SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do trabalho cientfico. 20.ed. So

    Paulo:Cortez, 1996.

    4. JUSTIFICATIVA

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Conforme o Censo da Educao Superior de 2005, o Brasil contava com 176 universidades,

    das quais 90 eram pblicas, sendo 52 do sistema federal, 33 estaduais e 5 municipais. Nesse ano, o

    sistema pblico acolhia um total de 1.192.189 matrculas de graduao. O setor privado compreendia

    1.934 instituies, dentre elas 86 universidades, com 3.260.967 matrculas de graduao. A cada ano

    tm ingressado 1.700.000 novos estudantes de graduao, na modalidade presencial, no sistema

    nacional de educao superior. No ano de 2005, os programas de ps-graduao do Brasil

    matricularam cerca de 124.000 estudantes de mestrado e doutorado e formaram aproximadamente

    9.000 doutores. Nos ltimos anos, a comunidade cientfica do pas produziu 1,92 % dos trabalhos

    cientficos publicados no mundo inteiro, ao mesmo tempo em que 93% dos programas de ps-

    graduao esto concentrados em universidades pblicas, responsveis por 97% da produo

    cientfica do pas.

    Enfim, os dados indicam que a pesquisa desenvolvida no pas encontra-se fortemente

    concentrada nas instituies pblicas, o que consistentemente reconhecido pelas diversas

    dimenses do sistema nacional de avaliao. O setor privado est saturado e com grande quantidade

    de estudantes inadimplentes. O setor privado mostra sinais de que sua expanso est se esgotando,

    pois o ensino superior caro. Como se pode perceber, a ampliao das vagas na educao superior

    pblica torna-se imperativa para o atendimento da grande demanda de acesso educao superior.

    Segundo relata as Diretrizes Gerais do REUNI, o sistema educacional brasileiro ainda o

    mesmo da reforma universitria de 1968. Este currculo pouco flexvel, exigindo que o estudante

    curse uma lista de disciplinas, que no d margem para cursar disciplinas fora de sua matriz

    curricular de disciplinas obrigatrias ou optativas. H uma excessiva precocidade na escolha de

    carreira profissional, alm de tudo submetida a um sistema de seleo pontual e socialmente

    excludente para ingresso na graduao. Os jovens so obrigados a tomar a deciso de carreira

    profissional de nvel universitrio muito cedo e de forma imatura. A manuteno da atual estrutura

    curricular de formao profissional e acadmica, ao reforar as lgicas da precocidade profissional e

    do compartilhamento de saberes, coloca o pas em risco de isolamento nas esferas cientfica,

    tecnolgica e intelectual de um mundo cada dia mais globalizado e inter-relacionado.

    necessrio que os atuais currculos de cursos de graduao se tornem mais flexveis e

    interdisciplinares. As aulas, em sua grande maioria, tericas, precisam ser mais enriquecidas de

    contedos prticos e experimentais, com uma metodologia que permita o uso de novos recursos

    didticos. preciso ampliar o raio de ao da Universidade aumentando tambm a quantidade de

    vagas oferecidas pelas Universidades como um meio de atingir mais a populao brasileira. E por

    fim, importante restringir a evaso dos cursos universitrios e reduzir os horrios ociosos das

    Universidades, principalmente o turno noturno.

    O REUNI tem como objetivos aumentar a quantidade de vagas de ingresso, especialmente no

    perodo noturno, reduzir as taxas de evaso, ocupar as vagas ociosas, revisar a estrutura acadmica

    r os cursos de graduao, diversificar as modalidades de graduao, articular a educao superior

    com a educao bsica, profissional e tecnolgica, articular a graduao com a ps-graduao,

    atualizar as metodologias de ensino-aprendizagem, promover a mobilidade estudantil, aumentar as

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    polticas de incluso social, e os programas de assistncia estudantil e de extenso, entre outros.

    Com uma meta de aumentar a relao de 18 alunos para cada professor em todas as Universidades

    Federais e aumentar a taxa para 90% nos cursos de graduao superior reduzindo as vagas ociosas

    e as evases.

    5. O BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA

    5.1. OBJETIVOS DO CURSO

    5.1.1. OBJETIVO GERAL

    Este Projeto Poltico-Pedaggico tem como objetivo estabelecer as diretrizes para a

    formao de Bacharis em Cincia e Tecnologia na UFERSA. Os egressos deste curso atuaro

    de forma crtica e inovadora frente aos desafios da sociedade, tendo slida formao geral e

    cientfica, para entrar no mercado de trabalho e atuar de forma crtica e criativa na identificao e

    resoluo de problemas, considerando seus aspectos ambientais, sociais, polticos, econmicos e

    culturais.

    5.1.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

    Formar Bacharis com viso humanitria, tica, comprometidos com a preservao do meio

    ambiente e o seu desenvolvimento sustentvel. O Bacharelado em Cincia e Tecnologia procura se

    adaptar s exigncias do novo milnio de respeito ao meio ambiente e atuando no mercado de

    trabalho propondo solues inovadoras e eficazes.

    O Bacharel em Cincia e Tecnologia estar apto a desempenhar as funes onde se requer

    uma formao superior generalista, principalmente aquelas onde conhecimentos em Cincias Exatas

    so desejveis. Entre outras, podem-se citar as profisses nos setores bancrio, comercial e de

    servios; o setor pblico, principalmente nos cargos administrativos; os cargos de gesto, em

    empresas de qualquer setor; e a prestao de servios de apoio em Cincia e Tecnologia. Com o

    nvel superior, este profissional estar apto a prestar concursos em que a exigncia seja apenas o

    nvel superior, como grande parte dos concursos existentes no Brasil. Este Bacharel pode criar sua

    prpria empresa e trabalhar no ramo tecnolgico, gerenciando seu prprio negcio.

    O BCT da UFERSA, alm de garantir uma formao superior como um curso pleno de

    graduao, funcionar tambm como mecanismo de acesso a cursos de Engenharia na UFERSA ou

    em qualquer Universidade do pas que tenha aderido a este modelo de ensino. Os cursos de

    Engenharia que esto sendo oferecidos na UFERSA no tero admisso de alunos diretamente do

    Vestibular, pois admitiro apenas Bacharis em Cincia e Tecnologia que, aps uma formao

    complementar de 2 anos, concluiro a formao adicional na Engenharia especfica. Ou aps um ano

    tero o diploma de Licenciados nas modalidades Matemtica ou Fsica, que sero oferecidos no turno

    noturno.

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    5.2. PERFIL DO PROFISSIONAL

    O curso de Graduao em Bacharelado em Cincia e Tecnologia tem como perfil do formando

    egresso/profissional o bacharel, com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, capacitado

    a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuao crtica e criativa na

    identificao e resoluo de problemas, considerando seus aspectos polticos, econmicos, sociais,

    ambientais, culturais, com viso tica e humanstica, em atendimento s demandas da sociedade. O

    currculo proposto prioriza a formao de um profissional com slida base cientfica, capaz de

    assimilar e avaliar inovaes bem como ter flexibilidade de atualizar-se e capacitar-se face a

    problemas novos.

    5.3. CAMPOS DE ATUAO DO PROFISSIONAL

    O Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA visa formao de Bacharis com

    conhecimento em sistemas gerais em cincia e tecnologia. O campo de atuao do Bacharel egresso

    bastante amplo, estando apto a atuar em diversas empresas, como:

    1. Empresas de servios;

    2. Empresas de consultoria, assessoria e fiscalizao onde um profissional com bons

    conhecimentos matemticos e cientficos desejvel;

    3. Autarquias, associaes e governos federal, estadual e municipal em cargos onde o nvel

    superior necessrio;

    4. Indstrias na parte de gesto e superviso;

    5.4. ESTRUTURA CURRICULAR

    O currculo proposto busca atender alm do perfil do formando, tambm competncias e

    habilidades necessrias ao profissional para garantir uma boa formao tanto terica quanto prtica

    capacitando o profissional a adaptar-se a qualquer situao. O currculo caracterizado por um

    conjunto de disciplinas comuns obrigatrias, que permite uma slida formao geral e cientfica.

    O Currculo baseado nas Diretrizes do REUNI e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os

    Cursos de Engenharia (resoluo CNE/CES 11/2002), pois estes profissionais podero seguir a

    formao continuada e entrar em um curso de Engenharia, para tanto, os componentes curriculares

    so compostos por: ncleo de contedos comuns obrigatrios, Trabalho de Concluso de Curso,

    Atividades Complementares e Disciplinas Optativas das diversas Engenharias. Este um ponto forte

    na proposta, a possibilidade do estudante escolher a rea em que quer se formar apenas no terceiro

    ano, quando j estiver mais certo do que deseja e maduro o suficiente para no mudar sua opo de

    curso, e com isso reduzir a evaso dos cursos de engenharia.

    A estrutura curricular do Bacharelado em Cincia e Tecnologia do noturno contempla

    disciplinas em modelo semi-presencial, de acordo com a portaria do PORTARIA N 4.059 (DOU de

    13/12/2004, Seo 1, p. 34) que garante que s instituies de ensino superior podero introduzir, na

    organizao pedaggica e curricular de seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de disciplinas

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    integrantes do currculo que utilizem modalidade semi-presencial. A portaria destaca que podero ser

    ofertadas as disciplinas referidas no caput, integral ou parcialmente, desde que esta oferta no

    ultrapasse 20 % (vinte por cento) da carga horria total do curso. No caso do curso Bacharelado em

    Cincia e Tecnologia a carga horria total distncia pode chegar a 480 horas, totalizando 20% da

    carga horria total do curso.

    A estrutura inicial da UFERSA viabiliza a formao em segundo ciclo dos estudantes em

    Engenharia ou Sistema de Informao. As disciplinas eletivas a serem escolhidas pelos estudantes

    tero quantidade limitada de vagas, direcionando-os para uma das seguintes cursos de formao em

    segundo ciclo:

    Destaca-se que a flexibilidade do curso permite maior integrao com outras reas de

    formao, desde cincias atuariais, computao, gesto financeira e gesto ambiental at as

    licenciaturas em matemtica, qumica e fsica. Entretanto, a incorporao destes cursos sistemtica

    de formao em dois ciclos relacionada ao curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia (BCT) da

    UFERSA deve ser gradativa, pois a Universidade ainda carece de estudos detalhados neste sentido.

    Mas sem dvida a UFERSA tem interesse em desenvolver todas as potencialidades do curso.

    O BCT, alm de garantir uma formao superior como um curso pleno de graduao,

    funcionar tambm como mecanismo de acesso a outros cursos. Novos cursos de Engenharia que

    esto sendo propostos na UFERSA no tero admisso de alunos diretamente, pois admitiro

    apenas bacharis em Cincia e Tecnologia que, aps uma formao complementar de 2 anos,

    concluiro a formao adicional na Engenharia especfica ou Sistema de Informao. Os cursos

    atualmente existentes nos Departamentos Envolvidos podero tambm destinar vagas para

    reingresso destes profissionais, que ingressaro no curso para preencher vagas ociosas. O

    Bacharelado em Cincias e Tecnologia BCT ser um curso generalista cuja formao se

    concentrar em trs vertentes principais:

    1. Cincias Exatas e Naturais,

    2. Tecnologia, principalmente nos contedos bsicos da formao em Engenharia e

    3. Cincias Sociais Aplicadas e Humanidades.

    Curso durao Engenharia Agrcola e Ambiental 2 anos

    Engenharia Civil 2 anos

    Engenharia de Energia 2 anos

    Engenharia Mecnica 2 anos

    Engenharia do Petrleo 2 anos

    Engenharia de Produo 2 anos

    Engenharia Qumica 2 anos

    Sistema de Informao 2 anos

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Os alunos do BCT tero a possibilidade de, caso decidam continuar seus estudos

    imediatamente aps a concluso do bacharelado em um curso de formao em segundo ciclo, devem

    fazer o opo pela formao profissional durante o curso, e no logo na inscrio no concurso de

    ingresso na graduao em primeiro ciclo. J os estudantes que no tm interesse em iniciar um

    curso de imediatamente aps o trmino do BCT podero reingressar no curso de segundo

    ciclo que a UFERSA oferece atravs de um exame de seleo de re-ingressantes graduados

    em Cincia e Tecnologia. A estrutura curricular do BCT reserva quase 80% das disciplinas dos

    dois ltimos perodos na forma de eletivas, que podem ser de carter generalista ou

    especficas, que com isso poder mold-lo de acordo com seus interesses. Alm disso, aps a

    concluso, ser aberto um leque de possibilidades de reingresso em vrios outros cursos de

    Engenharias e Cincias Exatas, o que aumenta ainda mais as escolhas existentes quanto

    formao.

    O curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA que ser oferecido no turno

    diurno ter uma durao de 6 perodos letivos semestrais, enquanto o oferecido no noturno ser

    composto por 7 perodos letivos semestrais. Para o turno diurno, os quatro primeiros constituem

    um ncleo comum, cujas disciplinas sero cursadas por todos os alunos. Os dois ltimos perodos

    tm um conjunto de disciplinas eletivas e optativas, o que possibilita ao aluno fazer a escolha pela

    nfase de formao que deseja. J o turno noturno, dispe dos cinco primeiros semestres letivos

    voltados para o estudo do ncleo comum, cujas disciplinas sero cursadas por todos os alunos do

    BCT; e tambm usar os ltimos dois perodos para cursar um conjunto de disciplinas eletivas

    especficas indexadas aos cursos de segundo ciclo e componentes curriculares eletivos de

    formao generalista, que so disciplinas eletivas mais diversas e no necessariamente

    indexadas cursos de segundo ciclo que a UFERSA esteja oferecendo. As nfases escolhidas so

    particularmente importantes para aqueles alunos que pretendem ingressar em outra formao aps a

    concluso do BCT ou para o estudante que quer cursar apenas o BCT tenha uma formao

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    adequada seus interesses. Nestes casos, h uma indicao do conjunto especfico de disciplinas

    que devem ser cursadas para ingresso em cada curso que recebe egressos do BCT. Cursando estas

    disciplinas, o aluno poder concluir a outra formao no menor tempo possvel. Alm das nfases

    que preparam para ingresso nos outros cursos, h tambm uma indicao para aqueles alunos que

    pretendem concluir o BCT como formao terminativa.

    O curso proposto ter uma carga horria de 2.400 horas, distribudas em 3 (trs) anos de

    formao no turno diurno e 3,5(trs anos e meio) no turno noturno. Ser oferecida em trs turnos,

    sendo 200 vagas por semestre para o diurno e com a oferta de 100 vagas por turno por semestre,

    totalizando 600 vagas por ano.

    Na construo da proposta do curso imagina-se que haver reduo de vagas ociosas, pois os

    acadmicos formados pelo BCT podero ocupar vagas ociosas nos cursos existentes dos

    Departamentos Acadmicos da UFERSA, alm de todas as vagas abertas pelos novos cursos de

    Engenharia. Os cursos da UFERSA de um modo geral apresentam grande taxa de evaso.

    Algumas instituies no pas e muitas no mundo adotam o modelo proposto para este curso de

    bacharelado como formao inicial dos cursos de Engenharias e Cincias Exatas. Bacharis em

    Cincia e Tecnologia destas e de outras instituies podero realizar sua formao especializada na

    UFERSA e vice-versa. A mobilidade entre cursos intrnseca ao modelo proposto, pois os formandos

    no necessariamente ingressam aps o bacharelado na formao especfica que tinham em mente

    quando entraram na Universidade, aps conhecerem melhor a realidade dos cursos. Alm disso, os

    formados pelo BCT podem realizar nenhuma, uma ou mais de uma formao profissionalizante, no

    necessariamente imediatamente aps a concluso do bacharelado, o que abre espao para a

    formao continuada.

    Algumas das principais dificuldades na formao de profissionais em Cincias Exatas e

    Tecnologia esto muito relacionadas com o ensino mdio, em razo de carncias na formao. Como

    o BCT vai abrir um nmero relativamente grande de vagas, provvel que uma parcela significativa

    dos estudantes admitidos sofra em maior ou menor grau de algumas destas deficincias. Por esta

    razo, dever ser proposto um mecanismo de nivelamento de forma a oferecer a esta parcela dos

    estudantes um mecanismo de superao parcial destas limitaes na formao do ensino mdio. Por

    outro lado, como o vestibular ser nico, tambm existir a chance de serem aprovados os 300

    melhores candidatos em cada vestibular, pois o que se v atualmente, que muitos candidatos,

    mesmo tendo melhor formao do que outros, no so aprovados, isto devido concorrncia no

    curso em que ele escolheu, enquanto isso, cursos menos procurados recebem estudantes com uma

    formao no to boa, pois seu curso possui uma concorrncia menor.

    H uma constante inquietao dentro das universidades manifestadas por professores e

    coordenadores de todos os Cursos quanto carncia na formao bsica dos discentes. Trata-se de

    uma posio consensual a deficincia principalmente em Lngua Portuguesa e em Matemtica, o que

    dificulta o processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, urge a execuo da poltica de interveno

    pedaggica procedendo aos Projetos de Nivelamento dessas disciplinas, visando a propiciar ao

    aluno ingressante no curso de graduao um conhecimento bsico em disciplinas de uso

    fundamental aos seus estudos universitrios. Contudo, entendemos que o Projeto de Nivelamento

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    no ir solucionar os problemas. A soluo adequada do problema passa por aes integradas entre

    as universidades, redes de ensino, governos e a sociedade.

    Entretanto, no podemos nos furtar a proporcionar instrumentos que permitam amenizar os

    resultados que criam perversamente um universo to grande de analfabetos funcionais, em que a

    relao entre leitor e texto de estranhamento, visto que no h por parte do leitor imerso naquilo

    que se l, em que a leitura dialgica no se estabelece, o que leva o acadmico a reconhecer-se,

    erroneamente, como incapaz de estar naquele lugar, evadindo-se da universidade e deslocando a

    discusso que deve ser travada sobre este assunto para ao mbito da responsabilidade privada.

    Desta forma o projeto pedaggico do BCT objetiva instituir um programa de nivelamento aos

    ingressantes no curso, em modalidades presencial e semi-presencial oferecidas nos primeiros

    semestres e acadmicos do curso. Mais especificamente, o programa de nivelamento deve buscar:

    Proporcionar aos estudantes um aumento qualitativo no conhecimento do aluno em relao

    ao ensino bsico da Lngua Portuguesa e Matemtica.

    Desenvolver as habilidades em leitura, interpretao de texto e operaes matemticas.

    Ampliar o prazer pela leitura e pela matemtica e desenvolver a apreciao dos diversos

    tipos de textos atravs de um trabalho integrado e interdisciplinar.

    Provocar uma modificao da atitude do aluno em relao ao processo de ensino e

    aprendizagem, isto , a auto-aprendizagem.

    Minimizar deficincia dos acadmicos em relao aos contedos fundamentais da

    Educao Bsica.

    Estimular os alunos a raciocinar em tempos lgicos. Bem como, desenvolver a capacidade

    de anlise de problemas e de sua resoluo atravs de estudo de caso.

    O curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia da UFERSA ficar vinculado ao Departamento

    de Cincias Exatas e Naturais da UFERSA e os professores do curso ficaro lotados em suas

    unidades de origem. Existiro prdios prprios a serem construdos, onde se localizaro as salas de

    aula, laboratrios e demais espaos fsicos necessrios ao curso. A estrutura administrativa ser

    composta por um Coordenador de Curso e um Colegiado de curso. Os colegiados dos Cursos de

    Graduao so rgos permanentes formalmente institudos, de carter deliberativo, responsveis

    pela execuo didtico-pedaggica e atuam no planejamento, acompanhamento e avaliao das

    atividades de ensino, pesquisa e extenso dos cursos de Graduao da UFERSA, em conformidade

    com as diretrizes da instituio. A idia geral por trs desta estrutura administrativa que o Colegiado

    do Curso, ao ser solicitado seu parecer por meio de requerimento devidamente documentado e

    protocolado na Coordenao de curso e encaminhado ao seu presidente, dever, nas suas decises,

    dar prosseguimento no processo protocolado de acordo com os trmites internos necessrios e

    adotados na instituio. Naturalmente, dentre outras tarefas cabe ao colegiado do BCT:

    a) realizar atividades que permitam a integrao da ao tcnico-pedaggica do grupo

    docente;

    b) propor s diretorias da instituio o estabelecimento de convnios de cooperao tcnica

    e cientfica com instituies afins com o objetivo de desenvolvimento e capacitao no

    mbito do curso;

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    c) verificar e avaliar semestralmente a execuo dos Planos de Ensino das unidades

    curriculares e propor as aes cabveis;

    d) participar da avaliao e reformulao dos Planos de Ensino de cada unidade curricular,

    periodicamente ou sempre que for solicitado;

    e) analisar e dar parecer de solicitaes referentes avaliao de atividades executadas

    pelos alunos no previstas no Regulamento de Atividades Complementares;

    O currculo do curso prev a integrao vrias metodologias de ensino-aprendizado:

    Disciplinas tericas, ministradas majoritariamente de forma presencial e algumas

    atravs do ensino a distncia futuramente.

    Disciplinas experimentais de prtica em laboratrio.

    Atividades complementares. Um tipo importante de atividade complementar sero

    oficinas de familiarizao com os cursos que recebem egressos do BCT.

    Contemplando tipos de atividade que o estudante desenvolve ao participar dos cursos

    de preparao para o mercado de trabalho, como microinformtica, lngua estrangeira,

    etc. Bem como, atividades de auto desenvolvimento que o estudante desenvolva tanto

    no aspecto de formao humanstica como cientfica.

    Trabalho de concluso de curso.

    5.4.1. NCLEO DE CONTEDOS COMUNS OBRIGATRIOS

    O ncleo de contedos comuns obrigatrios poder ser desenvolvido em diferentes nveis de

    conhecimentos, e em sua composio deve fornecer o embasamento terico necessrio para que o

    futuro profissional possa desenvolver seu aprendizado. Este ncleo ser composto por disciplinas

    cujos tpicos esto estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formao do

    Engenheiro.

    Tabela 1: Relao das disciplinas comuns obrigatrias

    Ncleo das Disciplinas Comuns Obrigatrias Carga Horria

    Carga Horria Crditos

    1. Administrao

    1.1. Administrao e Empreendedorismo

    60

    04

    2. Cincia e Tecnologia dos Materiais

    2.1. Resistncia dos Materiais I 60 04

    3. Cincias do Ambiente

    3.1. Ambiente Energia e Sociedade 60 04

    4. Comunicao e Expresso

    4.1. Anlise e Expresso Textual 60 04

    5. Economia 60 04

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    5.1. Economia para Engenharias

    6. Expresso Grfica

    6.1. Expresso Grfica

    6.2. Projeto Auxiliado por Computador

    60

    60

    4

    4

    7. Fenmenos de Transporte

    7.1. Fenmenos de Transporte 60 04

    8. Fsica

    8.1. Mecnica Clssica

    8.2. Laboratrio de Mecnica Clssica

    8.3. Ondas e Termodinmica

    8.4. Laboratrio de Ondas e Termodinmica

    8.5. Eletricidade e Magnetismo

    8.6. Laboratrio de Eletricidade e Magnetismo

    60

    30

    60

    30

    60

    30

    04

    02

    04

    02

    04

    02

    9. Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania

    9.1. tica e Legislao

    9.2. Introduo Sociologia

    30

    30

    02

    02

    10. Informtica

    10.1. Informtica Aplicada

    10.2. Clculo Numrico

    60

    60

    04

    04

    11. Matemtica e Estatstica

    11.1. Clculo I

    11.2. Clculo II

    11.3. Introduo s Funes de Vrias Variveis

    11.4. Geometria Analtica

    11.5. lgebra Linear

    11.6. Equaes Diferenciais

    11.7. Estatstica

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    12. Mecnica dos Slidos

    12.1. Mecnica Geral I 60 04

    13. Metodologia Cientfica e Tecnolgica

    13.1. Filosofia da Cincia e Metodologia Cientfica 60 04

    14. Qumica

    14.1. Qumica Geral

    14.2. Laboratrio de Qumica Geral

    14.3. Qumica Aplicada Engenharia

    14.4. Laboratrio de Qumica Aplicada Engenharia

    60

    30

    60

    30

    04

    02

    04

    02

    15. Segurana no Trabalho

    15.1. Engenharia de Segurana no Trabalho 60 04

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    16. Seminrio

    16.1. Seminrio de Introduo ao Curso 30 02

    17. Trabalho de Concluso de Curso

    17.1. Trabalho de Concluso de Curso 60 04

    Subtotal 1800 120

    5.4.2. NCLEO DE CONTEDOS ELETIVOS

    Ncleo de Contedos Eletivos composto por eixos de disciplinas e atividades que permitem

    ao discente complementar seus conhecimentos tcnicos e cientficos, em diversas reas de atuao

    e/ou compondo estrutura bsica para o sucesso em demais cursos de graduao da instituio. O

    ncleo de contedos eletivos ser composto por campos de conhecimentos destinados

    caracterizao da identidade do profissional e/ou a integrao mais ampla entre o BCT e s

    engenharias relacionadas ou demais cursos de formao em segundo ciclo oferecido pela UFERSA.

    Os agrupamentos destes campos de saber geram grandes reas que caracterizam o campo

    profissional, por exemplo, integrando as subreas de conhecimento que identificam certa Engenharia

    ou permitem o desempenho em atividades profissionais voltadas para o mercado de trabalho.

    Tabela 2: Relao das disciplinas eletivas generalista

    DISCIPLINAS ELETIVAS GENERALISTA Carga horria crditos

    1.1 Matemtica Discreta 60 04

    1.2 Botnica 60 04

    1.3 LIBRAS- Linguagem Brasileira de Sinais

    1.4 Psicologia na Educao

    60

    60

    04

    04

    1.5 Laboratrio de Ensino de Matemtica I

    1.6 Prticas de Ensino de Matemtica I

    1.7 Prticas de Ensino de Matemtica II

    1.8 Epistemologia do Ensino de Matemtica

    60

    60

    60

    60

    04

    04

    04

    04

    1.9 Estgio curricular supervisionado em Matemtica I

    1.10 Matemtica Financeira

    1.11 Educao Especial e Incluso

    1.12 Filosofia e Educao

    1.13 Sociologia e Educao

    60

    60

    60

    60

    60

    04

    04

    04

    04

    04

    1.14 Anlise Real I

    1.15 Teoria dos Conjuntos

    1.16 Teoria dos Nmeros

    1.17 Geometria Euclidiana I

    60

    60

    60

    60

    04

    04

    04

    04

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    1.18 Geometria Euclidiana II

    1.19 lgebra Abstrata

    1.20 Topologia

    1.21 Geometria Diferencial

    60

    60

    60

    60

    04

    04

    04

    04

    1.22 Programao de computadores

    1.23 Introduo Lgica

    1.24 Programao Orientada Objeto

    1.25 Estrutura de Dados I

    1.26 Banco de Dados I

    1.27 Introduo Computao e Sistema de Informtica

    1.28 Algoritmos e Programao I

    1.29 Lgica e Matemtica Discreta

    1.30 Algoritmos e Programao II

    1.31 Princpios de Engenharia de Software

    1.32 Inteligncia Artificial

    1.33 Laboratrio de Circuitos Eletrnicos

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    06

    60

    60

    60

    30

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    02

    1.34 Teoria Geral da Administrao

    1.35 Teoria das organizaes

    1.36 Administrao da Produo I

    1.37 Marketing I

    1.38 Direito das Organizaes

    1.39 Introduo a Cincia do Direito I

    1.40 Economia Poltica

    1.41 Fundamentos de Administrao

    1.42 Contabilidade Introdutria

    1.43 Teoria Econmica

    1.44 Mercado Financeiro

    1.45 Organizao, Sistemas e Mtodos

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    60

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    04

    O ncleo de contedos eletivos ser composto por dois grupos, um formado por disciplinas

    cujos tpicos esto estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formao do

    Engenheiro, o qual chamaremos de Eletivas especficas e outro por que visam o desempenho em

    atividades profissionais voltadas para o mercado de trabalho, este um grupo mais aberto e ser

    denominado de Eletivas generalistas. Nesta etapa, os estudantes j possuem maturidade suficiente

    para escolher a rea de seu interesse podendo construir seu currculo na direo da Engenharia que

    desejar ou a formao generalista de Bacharel em Cincia e tecnologia. Desta forma o estudante no

    venha a optar por nenhuma engenharia, pode se matricular nas disciplinas Eletivas generalistas, que

    na verdade so mais abrangentes. No sentido de concluso do curso do Bacharelado em Cincia e

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Tecnologia no h distino em quais eletivas o estudante cursou, tanto as eletivas quanto as

    eletivas livres tem o mesmo efeito para sua formao no BCT, h distino no curso de segundo ciclo

    e certamente para o mercado de trabalho.

    Tabela 2: Relao das disciplinas eletivas especficas das Engenharia e Sistemas de Informao

    DISCIPLINAS ELETIVAS ESPECFICAS

    CH CR Pr-Requisitos

    Metrologia 60 04 -

    Mecnica geral II 60 04 Mecnica Geral I

    Fundamentos da Cincia dos Materiais

    60 04 Qumica Aplicada Engenharia

    Termodinmica Aplicada 60 04 Fenmeno dos Transportes + Qumica Ap. Engenharia

    Resistncia dos Materiais II 60 04 Resistncia dos Materiais I

    Materiais de Construo Mecnica Geral I

    60 04 Qumica Aplicada Engenharia

    Processos de Fabricao I 60 04 Metrologia

    Mecnica dos Fluidos 60 04 Fenmeno dos Transportes + Int. F. Vrias. Variveis

    Cultivos Agrcolas 60 04 -

    Fsica do Solo 60 04 -

    Geologia Aplicada a Engenharia 60 04

    Mecnica dos solos 60 04 G. Aplicada a Engenharia

    Topografia 60 04 Expresso Grfica

    Climatologia 60 04 Mecnica Clssica

    Relao gua Solo Planta Atmosfera

    60 04 Climatologia + F. dos Solos

    Geoprocessamento 60 04 Inf. Aplicada + Topografia

    Poluio e Impacto Ambiental 60 04 -

    Geoqumica Ambiental 60 04 Geoqumica Ambiental

    Estatstica Experimental 60 04 Estatstica

    Material de Construo I 60 04 Resistncia dos Materiais I

    Mecnica das Estruturas 60 04 Resistncia dos Materiais II

    Estradas e Ferrovias I 60 04 Topografia

    Cartografia 60 04 Expresso Grfica

    Botnica I 60 04

    Silvicultura 60 04 Botnica I

    Manejo e Gesto Ambiental 60 04 -

    Geologia e Mineralogia 60 04 Qumica Ap. Engenharia

    Qumica e Fertilidade do Solo 60 04 Geologia e Mineralogia

    tica e Fsica Moderna 60 04 Elet. Magnetismo

    Eletricidade Bsica 60 04 Elet. Magnetismo + A. Linear

    Laboratrio de Eletricidade Bsica

    60 04 Elet. Bsica (Co-requisito)

    Instalaes Eltricas 60 04 Elet. Magnetismo + Proj. A. Computador

    Fontes Alternativas de Energia 60 04 Elet. Magnetismo

    Materiais Eltricos e Magnticos 60 04 Elet. Magnetismo

    Anlise de Circuitos Eltricos I 60 04 Elet. Bsica + Eq. Diferenciais

    Tcnicas e Conservao e Uso Eficiente de Energia

    60 04 Instalaes Eltricas

    Circuitos Eletrnicos 60 04 Elet. Bsica

    Conservao Elet. de Energia I 60 04 Elet. Bsica

    Qumica Inorgnica 60 04 Qumica Ap. Engenharia

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Qumica Orgnica I 60 04 Qumica Ap. Engenharia

    Termodinmica para Engenharia Qumica

    60 04 Fenmenos de Transportes

    Princpios de Processos Qumicos

    60 04 Fenmenos de Transportes

    Fundamentos de Anlise Qumica

    60 04 Qumica Inorgnica

    Laboratrio de Anlise Qumica 60 04 Fundamentos de Anlise Qumica (Co-requisito)

    Transferncia de Quantidade de Movimento

    60 04 Princpios de Processos Qumicos

    Qumica Orgnica II 60 04 Qumica Orgnica I

    Fundamentos da Qumica do Petrleo

    60 04 Qumica Orgnica I

    Geologia do Petrleo 60 04 Qumica Ap. Engenharia

    Sistemas de Produo e Processos Produtivos

    60 04 -

    Engenharia de Mtodos e Processos

    60 04 -

    Arranjos Produtivos Organizacionais

    60 04 -

    Ergonomia 60 04 -

    Planejamento, Programao e Controle da Produo

    60 04 -

    Engenharia da Qualidade I 60 04 -

    Engenharia da Qualidade II 60 04 Estatstica

    Gesto e Otimizao da Produo

    60 04 -

    Gesto da Manuteno 60 04 -

    Confiabilidade Lgica 60 04 -

    Matemtica Discreta 60 04 -

    Algoritmos e Programao I 60 04 -

    Princpios de Engenharia de Software

    60 04 -

    Organizao e Arquitetura de Computadores

    60 04 -

    Processos e Requisitos de Software

    60 04 Princpios de Engenharia de Software

    Algoritmos e Programao II 60 04 Algoritmos e Programao I

    Fundamentos de Banco de Dados

    60 04 -

    Anlise e Projeto de Sistemas 60 04 Princpios de Engenharia de Software

    Teoria Geral dos Sistemas 60 04 -

    Projeto e Desenvolvimento de Produto

    60 04 -

    Hidrulica 60 04 -

    Mecanismo e Elementos de Mquinas

    60 04 -

    5.5. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    Este projeto pedaggico do curso conta com a execuo de um Trabalho de Concluso de

    Curso em determinada rea terica-prtica ou de formao profissional, como atividade de sntese e

    integrao de conhecimento, devidamente, regulamentado e aprovado pelo seu Conselho Superior

    Acadmico, contendo, obrigatoriamente, critrios, procedimentos e mecanismos de avaliao, alm

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    das diretrizes tcnicas relacionadas com a sua execuo. Este trabalho deve obedecer s normas

    vigentes da Instituio. Neste caso, o Projeto Poltico Pedaggico do Bacharelado em Cincia e

    Tecnologia dever reservar o ltimo perodo para o cumprimento do trabalho de concluso do curso,

    de forma a dar condies para que o aluno termine o curso num prazo mdio de trs anos. Esta

    atividade regida pela legislao interna do CONSEPE/UFERSA 004/2005, de 05 de setembro de

    2005.

    5.6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

    As Atividades Complementares tm como objetivo garantir ao estudante uma viso acadmica

    e profissional mais abrangente. Estas atividades so componentes curriculares de formao

    acadmica e profissional, que complementam o perfil do profissional desejado.

    As Atividades Complementares so compostas por um conjunto de atividades

    extracurriculares, tais como a participao em conferncias, seminrios, simpsios, palestras,

    congressos, cursos intensivos, trabalhos voluntrios, debates, bem como outras atividades cientficas,

    profissionais, culturais e de complementao curricular. Podem tambm incluir projetos de pesquisa,

    monitoria, iniciao cientfica, projetos de extenso, mdulos temticos, e at disciplinas oferecidas

    por outras Instituies de Ensino.

    O Estudante do Bacharelado em Cincia e Tecnologia dever cumprir 60 horas de Atividades

    Complementares para concluso do curso, sendo esta atividade regida pela Resoluo

    CONSEPE/UFERSA 01/2008, de 17 de Abril de 2008.

    BIBLIOGRAFIA BSICA:

    CANDAU, Vera M. & LELIS, Isabel. A Relao Teoria-prtica na formao do professor.

    Tecnologia Educacional. RJ, (55): 12-18, nov-dez, 1983.

    FRITZEN, Silvino Jos. Exerccios Prticos de Dinmicas de grupo. Petrpolis: Vozes,

    2007.

    PIMENTA, Selma Garrido. O Estgio na Formao de Professores: Unidade Teoria e

    Prtica? So Paulo: Cortez, 2001 BIANCHETTI, Lucdio (org.). A bssola do escrever: desafios

    e estratgias na orientao de

    teses e dissertaes Florianpolis : ed. da UFSC: So Paulo: Cortez, 2002.

    CORTELLA, Mario S. A escola e o conhecimento fundamentos epistemolgicos e polticos.

    So Paulo: Cortez-Instituto Paulo Freire, 1998.

    LDKE, Menga e ANDR, Marli E. D. A. Pesquisa em Educao: abordagens qualitativas.

    So Paulo: EPU, 1986.

    PICONEZ, Stela Bertholo. A prtica de ensino e o estgio supervisionado. So Paulo:

    Papirus, 1991

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    PIMENTA, Selma G. O estgio na formao de professores unidade teoria e prtica? So

    Paulo: Cortez, 1994.

    RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docncia da melhor qualidade.

    ed.. So Paulo: Cortez, 2001.

    CIDRAL, A. et al., A abordagem por competncias na definio do perfil do egresso

    cursos de graduao. In: XXIX COBENGE, 2001. Anais. Porto Alegre:

    EDIPUCRS. CD-ROM.

    Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia, de 12/12/2001,

    homologada por despacho do Ministro da Educao em 22/2/2002. Disponvel em:

    http://www.abmes.org.br/legislacao/2003/parecer/Par_CES

    3. Regulamento das Atividades Complementares do UFERSA. Disponvel em

    .

    5.7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAO

    Como todo projeto pedaggico, este tambm dever ser acompanhado permanentemente pela

    Instituio, desde a sua implementao e durante todo o seu desenvolvimento. Esse

    acompanhamento permitir ajustes e aperfeioamentos adequados.

    Com relao avaliao deve-se refletir sobre as experincias e conhecimentos disseminados

    ao longo do processo de formao profissional e a contextualizao regional. Para tanto, deve ser

    executado um Programa de Auto-Avaliao em conjunto com o Programa de Avaliao Institucional,

    e o Projeto Poltico-Pedaggico da UFERSA. Devero ser observados os processos de formao do

    profissional, a formao acadmica e a insero no mercado de trabalho. Este processo envolver

    professores, alunos e gestores acadmicos.

    A avaliao deve passar pela avaliao da aprendizagem e do ensino. A avaliao de

    aprendizagem ser realizada de acordo com o regimento da Instituio, que trata da verificao da

    aprendizagem e da freqncia. A avaliao do ensino pode ser realizada a partir da aplicao de

    questionrios, em consonncia com o Programa de Avaliao Institucional.

    Sistema de Avaliao do Projeto do Curso

    Uma vez que o Bacharelado em Cincia e Tecnologia atua em diversas reas bsicas do

    conhecimento cientfico, envolve uma grande dinmica operacional, a avaliao do Projeto

    Pedaggico do BCT da UFERSA dever ser realizada de forma contnua pelo colegiado do curso.

    Essa avaliao dever inserir-se no processo de avaliao institucional j desenvolvido pelo Sistema

    Nacional de Avaliao da Educao Superior SINAES,

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Nesse contexto, a avaliao do projeto pedaggico oferecer subsdios para a tomada de

    decises sobre ajustes e correes de fragilidades identificadas no decorrer do curso. Esta avaliao

    dever, portanto, cumprir:

    a) Funo Pedaggica: para comprovar o cumprimento dos objetivos e das habilidades e

    competncias do curso;

    b) Funo Diagnstica: para identificar os progressos e as dificuldades dos professores e

    dos alunos durante o desenvolvimento do curso;

    c) Funo de controle: para introduzir, em tempo hbil, os ajustes e as correes

    necessrias melhoria do Curso.

    Trata-se de um processo avaliativo de natureza preventiva e de carter cumulativo, cabendo ao

    colegiado do curso a coordenao dessa atividade. Em conformidade com a concepo de avaliao

    institucional do SINAES, na avaliao do projeto devero ser utilizados procedimentos geradores de

    dados quantitativos e qualitativos, de forma a garantir uma anlise global da execuo do projeto e do

    desenvolvimento do curso.

    Sistema de Avaliao do Processo de Ensino-Aprendizagem

    Na avaliao da aprendizagem dos alunos devem ser destacados dois objetivos:

    a) Auxiliar o graduando no seu desenvolvimento pessoal;

    b) Responder sociedade pela qualidade da formao acadmica oferecida pela

    Instituio.

    Primeiramente, esta avaliao responde misso institucional, na medida em que a

    UFERSA, como instituio pblica, deve cumprir mandato social de ministrar ensino superior

    visando o desenvolvimento do esprito poltico-cientfico e scio-ambiental (Inciso I, Art. 4 do

    Estatuto - UFERSA, 2006).

    O processo avaliativo dever proporcionar aos alunos a possibilidade de manifestao dos

    conhecimentos produzidos, das condutas, competncias e habilidades desenvolvidas, para atingir os

    objetivos do Curso e do perfil de aluno que se pretende formar. Com essa compreenso cabe

    ressaltar que o histrico escolar do aluno , de certa forma, um testemunho social da qualidade da

    formao acadmica que a IES oferece sociedade.

    Em segundo lugar, a avaliao da aprendizagem objetiva auxiliar o aluno a compreender o

    grau de amadurecimento em seu processo de formao, especialmente no que concerne ao

    desenvolvimento de competncias e apropriao dos conhecimentos significativos para atuao

    profissional. A avaliao se constitui, portanto, em um diagnstico sobre a aprendizagem do aluno no

    processo de constituio de sua formao.

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    Nesse sentido, avaliao da aprendizagem diz respeito, tambm, ao professor e Instituio,

    na medida em que est atrelada ao processo e s condies materiais de ensino. Por outro lado, a

    avaliao da aprendizagem no uma questo apenas de aluno o sujeito que aprende, mas,

    tambm do professor o sujeito que ensina, em condies objetivas de trabalho.

    Em consonncia com a compreenso de que a avaliao da aprendizagem deve ser clara,

    transparente e coerente com os contedos estudados e com as competncias e habilidades

    desenvolvidas, os procedimentos tcnicos devem ser diversificados, comportando, assim, tanto os de

    natureza quantitativos como os qualitativos, em quaisquer momentos da execuo das tarefas de

    uma disciplina ou do Curso.

    A base da avaliao da aprendizagem do Curso Bacharelado em Cincia e Tecnologia da

    UFERSA dever, portanto, apresentar a possibilidade de abertura ao dilogo entre o aluno e o

    professor, em um processo interativo de humanizao do ensino e obedecer a Resoluo

    especfica, que regulamenta os procedimentos de avaliao do processo ensino-aprendizagem nos

    cursos de graduao da Instituio, onde o aproveitamento do aluno mensurado atravs de

    avaliaes, cujos resultados sero expressos em notas de 0 (zero) a 10 (dez) e ser aprovado

    quando obtiver mdia ponderada, em cada disciplina, igual ou superior a 7,0 (sete). Em se tratando

    de aluno que tenha que prestar exame final, ser considerado aprovado quando obtiver a mdia

    mnima de 5,0 (cinco), resultante da mdia parcial e do exame final. A assiduidade ser mensurada

    atravs de freqncia igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) da carga horria prevista

    em cada disciplina/atividade curricular obrigatria, obtida pelo aluno. Em se tratando da avaliao do

    ensino, est ser realizada mediante o preenchimento por parte dos alunos de um formulrio

    avaliativo do professor, para cada disciplina, ao final de cada semestre.

    6. ATIVIDADES CURRICULARES

    6.1. MATRCULA NA INSTITUIO

    A matrcula na Instituio realizada uma nica vez, aps a aprovao do aluno no vestibular,

    obedecendo aos prazos fixados no Calendrio Letivo.

    O aluno que por justa causa no puder comparecer pessoalmente no ato da matrcula, poder

    efetiv-la atravs de representante munido de instrumento procuratrio, devidamente legalizado.

    6.2. TRANCAMENTO DE MATRCULA

    O aluno poder solicitar o trancamento de sua matrcula na instituio, observadas as

    seguintes condies:

    a) por um perodo mximo consecutivo ou no, de 3 semestre;

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    b) que as renovaes de trancamento institucional, sejam feitas, at o ltimo dia do semestre

    letivo;

    c) que apresente documento de regularidade (nada consta) da Biblioteca.

    6.3. DESLIGAMENTO DA INSTITUIO

    O aluno ser desligado automaticamente da instituio nos seguintes casos:

    a) se reprovado em todas as disciplinas em que se matriculou por trs perodos letivos

    consecutivos;

    b) se no comparecer para inscrio nas disciplinas no prazo estabelecido;

    c) se no efetuar ou renovar o trancamento da matrcula institucional nos prazos

    estabelecidos;

    d) quando no integralizar o currculo de Curso dentro do prazo de 10 (dez) anos.

    6.4. INSCRIO EM DISCIPLINAS

    Antes de iniciar cada semestre letivo, o aluno deve inscrever-se nas disciplinas que pretende

    cursar no perodo letivo seguinte, observando os pr-requisitos (quando for o caso) e a

    compatibilidade de horrios, onde o aluno somente poder se inscrever em no mnimo 7 e no mximo

    34 crditos.

    6.5. CANCELAMENTO DE INSCRIO EM DISCIPLINAS

    O cancelamento de inscrio em disciplina ser concedido nos seguintes casos:

    a) que na data do requerimento, o aluno comprove, mediante atestado do professor, que

    atende s exigncias de freqncia da disciplina que est cursando e que a carga horria

    ministrada at o momento 1/3 da carga horria da disciplina, objeto da solicitao;

    b) que o aluno no tenha cancelado a inscrio anteriormente na mesma disciplina. vedada

    a concesso de cancelamento de inscrio mais de uma vez na mesma disciplina. O no

    cumprimento das exigncias anteriores implicar em reprovao na referida disciplina.

    6.6. TRANSFERNCIA DE ALUNOS DE OUTRAS INSTITUIES

    A transferncia de alunos de outras instituies, nacionais ou estrangeiras, para a UFERSA,

    depende de anlise feita pela Diviso de Registro Escolar obedecendo as normas do Conselho de

    Pesquisa e Extenso (CONSEPE) e s poder ser efetuada durante o perodo previsto no calendrio

    escolar, observados os limites de vagas e condies regulamentares de cada curso.

    6.7. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    O aluno que j tenha cursado com aproveitamento, qualquer disciplina em estabelecimento de

    ensino superior autorizado ou reconhecido pelo Conselho Nacional de Educao, pode solicitar

    aproveitamento das disciplinas j cursadas. Para tanto, dever dirigir-se Diviso de Registro

    Escolar (DRE) com os programas das disciplinas que pretende aproveitar e histrico escolar.

    Dependendo da similaridade destes com os programas das disciplinas oferecidas na UFERSA,

    podero ento, ser aproveitadas.

    6.8. ASSIDUIDADE

    o comparecimento do aluno s atividades programadas em cada disciplina, ficando

    automaticamente reprovado aquele que faltar a mais de 25% dessas atividades, vedado o abono de

    faltas.

    Tabela 3: Nmero mximo de faltas permitidas segundo a carga horria das disciplinas

    Carga horria N mximo de faltas permitido da disciplina

    30 07

    45 11

    60 15

    75 18

    90 22

    6.9. COMPENSAO DE AUSNCIA

    Embora seja vetado o abono de faltas podero ser compensadas por exerccios domiciliares

    supervisionados pela instituio, nos seguintes casos:

    a) quando o aluno estiver em condies de sade que no permita o seu comparecimento ao

    estabelecimento de ensino, na proporo mnima exigida, embora haja condies de

    aprendizagem. De acordo com o Decreto-lei n 1.044 de 21 de outubro de 1969; o aluno

    ter direito a solicitar do professor da disciplina em questo, exerccios ou tarefas

    domiciliares que podero ser contadas como horas-aula.

    b) gravidez, a partir de 8 ms de gestao e durante 3 meses, a aluna ficar assistida pelo

    regime de exerccios domiciliares, de acordo com o Decreto-lei n 8.202/75;

    c) alguns empecilhos causados por atividades ligadas ao Servio Militar (Decreto-lei n

    715Jt39).

    Observao: Para que o aluno tenha direito compensao acima referida, a sua ausncia deve ser

    comunicada imediatamente DRE, logo no incio do perodo de afastamento, no ter direito quando

    sua ausncia for inferior a 10 dias.

    6.10. ESTRATGIAS PEDAGGICAS

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    A estratgia pedaggica adotada pelos professores da UFERSA consiste fundamentalmente

    em ensino de teorias e prticas, onde as teorias normalmente ministradas por meio de aulas

    expositivas e as prticas por meio de desenvolvimento de atividades no campo e/ou nos laboratrios.

    Os contedos das disciplinas so ainda complementados por visitas tcnicas a empresas com

    atividades relacionadas ao curso bem como aos centros de pesquisas estaduais e federais.

    Trabalhos escolares extra-classe contemplam contedos tericos e prticos e podem ser

    desenvolvidos na biblioteca.

    Os alunos podem desenvolver conhecimentos especficos e quando suas aptides, com

    estgios, nos diversos setores de ensino, pesquisa e extenso da universidade, como auxilio a

    atividade do professor, monitoria voluntria ou remunerada.

    Programas de bolsa de estudo de iniciao cientifica so concedidos a um significativo numero

    de alunos que desenvolvem pesquisas com orientao individual de professor e apresentam

    resultados em seminrio anual de iniciao cientifica.

    6.11. VERIFICAO DE APRENDIZAGEM

    A verificao de aprendizagem registrada atravs de pontos computados cumulativamente,

    em cada disciplina.

    O nmero de avaliaes ser de no mnimo 3 (trs) em cada disciplina cursada.

    Os resultados das avaliaes so expressos em notas que variam de 0,0 a 10,0 (zero a dez),

    com uma casa decimal.

    Ser aprovado na disciplina o aluno que obtiver Mdia Parcial (MP) igual ou maior que 7,0

    (sete vrgula zero) ou Mdia Final (MF) igual ou maior que 5,0 (cinco vrgula zero).

    Para clculo da MP usa-se a seguinte frmula:

    MP = (2 x A1 + 3 x A2 + 4 x A3) / 9

    onde A1, A2 e A3 so as notas da primeira, segunda e terceira avaliaes respectivamente.

    O aluno que obtiver a Mdia Parcial (MP) igual ou superior a 3,5 (trs vrgula cinco) e inferior a

    7,0 (sete vrgula zero), se submeter a uma prova final (PF), em carter cumulativo e ter sua mdia

    final (MF) calculada de acordo com a seguinte frmula:

    MF = (7 x MP + 3 x PF) / 10

    onde MF e PF so a Mdia Final e Prova Final respectivamente.

    obrigatria a publicao, pelo professor, dos resultados de cada avaliao no prazo mximo

    de 10 (dez) dias teis aps a avaliao, sendo resguardado ao aluno o direito de ver a avaliao no

    prazo de (trs) dias teis aps a publicao.

    O aluno ter direito a uma prova de reposio por disciplina, que ocorrer 3 dias aps a

    terceira prova em cada semestre e obrigatoriamente antes da quarta avaliao. O contedo versar

    sobre a matria da prova perdida e no poder ser cumulativa.

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    O aluno pode requerer reviso no resultado de sua avaliao, para isso bastando requerer ao

    Chefe do Departamento, num prazo de 5 (cinco) dias teis, a partir da data da publicao do

    resultado.

    6.12. APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS

    O aluno que tenha cursado, com aproveitamento, qualquer disciplina em estabelecimento de

    ensino superior autorizado ou reconhecido, poder solicitar DRE o seu aproveitamento, que tem o

    seguinte ordenamento regimental:

    - A DRE encaminhar a solicitao ao Departamento a que estiver vinculada disciplina objeto

    do pedido de aproveitamento, que, em funo das compatibilidades do contedo e da carga horria,

    retornar o seu parecer conclusivo.

    - A DRE submeter o parecer do Departamento ao visto do Coordenador do Curso, de forma a

    manter coerncia de pareceres sobre o mesmo contedo programtico.

    O CONSEPE estabelecer normas que podero permitir ao discente, que venha a demonstrar

    aproveitamento extraordinrio, reduzir a durao de seu curso, e estabelecer normas que podero

    permitir o aproveitamento de disciplina cujo contedo contemple conhecimento adquirido

    anteriormente pelo discente, aps avaliao, satisfatrio para a integralizao da disciplina.

    6.13. COEFICIENTE DE RENDIMENTO ACADMICO

    Este coeficiente ser calculado, ao final de cada perodo letivo, individualmente, em funo das

    mdias, desistncias, aprovaes e das reprovaes de cada disciplina.

    O Coeficiente de Rendimento Acadmico (CRA) tem um valor entre 0,00 e 10,00, expresso

    com duas casas decimais, e ser calculado de acordo com a seguinte expresso:

    CRA = (MD x DC) / DM

    onde:

    MD a mdia aritmtica de todas as disciplinas cursadas, com aprovaes e/ou reprovaes;

    DC o nmero de disciplinas cursadas com aprovao;

    DM o nmero de disciplinas em que o estudante matriculou-se.

    No Arredondamento do CRA:

    a Somar uma unidade (1) ao valor da segunda decimal, quando a terceira for maior ou igual a

    5 (cinco);

    b Manter o valor da segunda decimal, quando a terceira for menor que 5 (cinco)

    c Os casos omissos ou especiais em desacordo, total ou parcial, com essas normas, sero

    julgados pelo CONSEPE.

    6.14. NDICE DE MENSURAO DE SUCESSO

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    O ndice de Mensurao de sucesso (IMS) uma medida comparativa que permite

    organizar rankings dos cursos de segundo ciclo relacionados ao BCT de modo a

    relevar positivamente o rendimento do estudante em cada disciplina cursada e o

    nmero de crditos, a exemplo do CRA, mas leva-se em considerao o grau de

    proximidade de cada disciplina do BCT e atribui peso maior a nota em que o

    estudante foi aprovado.

    Cada curso X de formao em segundo ciclo o ndice de Mensurao de sucesso

    (IMS) do estudante no curso do BCT calculado pela expresso:

    Aix : nvel de afinidade da i-sima disciplina em relao ao curso de segundo ciclo X,

    sendo ),10

    310(

    NAAi

    com },3,2,1{NA o nvel de afinidade com o curso.

    Pi: mdia ponderada das notas obtidas na i-esima disciplina, com pesos 2 para as

    notas de reprovao e 8 para as notas em que o estudante obteve sucesso

    (aprovao na disciplina).

    Ci: nmero de crditos da i-sima disciplina, sendo ),10

    10(

    NCci

    onde NC indica

    o nmero de crditos da i-sima disciplina.

    6.15. BOLSAS

    Bolsa Atividade

    A UFERSA dispe de uma bolsa de assistncia ao aluno para auxiliar o estudante durante o

    seu curso de graduao. Para ter direito sobre a bolsa atividade, o aluno dever:

    a - ser aluno regularmente matriculado na UFERSA conforme comprovante do semestre letivo

    correspondente fornecido pela Diviso de Registro Escolar;

    b - estar matriculado e cursando regularmente pelo menos 05 (trs) disciplinas, conforme

    comprovante da Diviso de Registro Escolar;

    c - apresentar os documentos originais que comprovem sua situao econmica, tais como,

    comprovao de renda dos pais ou responsveis (carteira profissional, contra cheque, declarao do

    Imposto de Renda, etc);

    Bolsa de Monitoria

    As atividades de Monitoria (regulamentada pela Resoluo CTA/ESAM n 016/2000) se

    desenvolvem nas reas bsicas do ensino, pesquisa e extenso. O candidato Bolsa de Monitoria

  • Projeto Pedaggico do Bacharelado em Cincia e Tecnologia UFERSA

    dever apresentar, por ocasio de sua inscrio, comprovante de concluso da disciplina objeto da

    monitoria com nota igual ou superior a 7 (sete) e que no estejam em dependncia em alguma

    disciplina do curso.

    A monitoria ter a vigncia de 02 (dois) perodos letivos consecutivos, sendo permitida a igual

    reconduo.

    A proposta do BCT prev a utilizao de um bom nmero de bolsistas monitores para auxiliar

    no ensino das disciplinas. Boa parte destas bolsas ser ocupada por alunos do prprio BCT. Esta

    poltica, alm de tornar possvel a abertura de um nmero maior de vagas, cria condies de

    permanncia na UFERSA de um bom nmero de estudantes carentes.

    Bolsa de Iniciao Cientfica

    O aluno regularmente matriculado nos cursos de Graduao poder receber bolsa de iniciao

    cientifica de acordo com o Programa de Iniciao Cientifica CNPq, ou da UFERSA coordenado pela

    coordenao de pesquisa e ps-graduao.

    Outras Bolsas

    Alm das bolsas ofertadas pela instituio, ainda so ofertadas bolsas obtidas por meio de

    convnios com prefeituras municipais, secretarias de estado e projetos aprovados. Estas podem ter

    durao curta (como ocorre com aquelas para apoio tcnico em eventos), intermediria (por exemplo,

    Universidade Solidria) ou longa (como as bolsas de trabalho em convnio com