PPC CST Em Gestao Publica Ead 2014

173
1 Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Modalidade a Distância Universidade Anhanguera – Uniderp 2014

description

Desfaio profissioanl

Transcript of PPC CST Em Gestao Publica Ead 2014

  • 1

    Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica

    Modalidade a Distncia

    Universidade Anhanguera Uniderp

    2014

  • 2

    Sumrio

    1. Contextualizao ...................................................................................................... 3 1.1 Histrico Institucional .......................................................................................... 3 1.2 Caracterizao Nacional ..................................................................................... 6

    1.2.1 Insero Regional - Regio Centro-Oeste .................................................... 9 1.2.2 Insero Regional Regio Sul ................................................................. 16 1.2.3. Insero Regional Regio Nordeste ....................................................... 23 1.2.4. Insero Regional Regio Norte ............................................................. 32 1.2.5. Insero Regional Regio Sudeste ........................................................ 36

    1.3 Justificativa para a oferta do Curso ................................................................... 45 2. Estrutura Acadmico-Administrativa ....................................................................... 48 3. Identificao do Curso ............................................................................................ 50 4. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso e outras exigncias legais ............. 51 5. Objetivos do Curso ................................................................................................. 53 6. Perfil do Egresso .................................................................................................... 55 7. Organizao Curricular e Inovaes Metodolgicas ............................................... 58

    7.1 Desafio Profissional ......................................................................................... 62 7.2 Programa do Livro Texto PLT ........................................................................ 64 7.3 Caderno de Atividades ...................................................................................... 64 7.4 NIVELAMENTO ................................................................................................ 65 7.5 Atendimento aos Estudantes com Deficincia ................................................... 66 7.6 Metodologia do Centro de Educao a Distncia .............................................. 67

    8. Matriz Curricular do Curso de Tecnologia em Gesto Pblica ................................ 72 8.1 Estrutura Curricular do Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica ...... 73

    9. Ementas e Bibliografias .......................................................................................... 76 10. Iniciao Cientfica .............................................................................................. 129 11. Sistema de Avaliao do Desempenho do Aluno e do Projeto do Curso ............ 130

    11.1 Avaliao Institucional ................................................................................. 133 12. Infraestrutura Fsica e sua utilizao ................................................................... 133 13. Polos de Apoio Presencial .................................................................................. 140

    13.1 Laboratrios de Informtica e Especficos ..................................................... 141 13.2 Biblioteca ...................................................................................................... 141

    14. Informaes Complementares ............................................................................ 143 14.1 Coordenao do Curso ................................................................................. 143 14.2 Corpo Docente .............................................................................................. 144 14.3 Tutor a distncia ........................................................................................... 149 14.4 Tutor presencial ............................................................................................ 152 14.5 Coordenador acadmico EaD ....................................................................... 154 14.6 Ncleo Docente Estruturante ........................................................................ 156

    15. Projetos Extensionistas ....................................................................................... 157 16. Outras Informaes Importantes da Especificidade do Curso ............................. 157 17. Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de Tecnologia (PROINTER) ............................................................................................................. 158

  • 3

    1. Contextualizao

    O presente Projeto Pedaggico do Curso de Tecnologia em Gesto Pblica na modalidade a distncia da Universidade Anhanguera Uniderp expressa a preocupao em concretizar a misso de promover o ENSINO de forma eficiente, com a qualidade necessria ao bom desempenho das futuras atividades profissionais dos educandos, para que, de forma competente e tica, possam desenvolver seus PROJETOS DE VIDA como cidados conscientes dos seus direitos, deveres e responsabilidades sociais.

    Nesse sentido, o Projeto Pedaggico foi desenvolvido e avaliado tomando como referncias as polticas de ensino decorrentes desta misso, as exigncias legais, as caractersticas regionais e do corpo docente e discente que nele esto envolvidos, bem como as avaliaes internas e externas s quais submetido.

    1.1 Histrico Institucional

    A histria da Universidade tem incio em 1970, quando foi criada a Moderna Associao Campograndense de Ensino (MACE), para atuar no ensino fundamental e mdio, na capital sul-mato-grossense. Ela acompanhou o desenvolvimento do Estado, o qual alcanou sua autonomia poltico-administrativa ao final daquela dcada.

    Em 1974, como consequncia daquele empreendimento, e, respondendo crescente necessidade por ensino superior, foi criado o Centro de Ensino Superior Prof. Plnio Mendes dos Santos (CESUP) constituindo um conjunto de instituies educacionais tradicionais por iniciativa de educadores idealistas do Estado. O objetivo era integrar experincias, ideias e patrimnios, para atender s aspiraes e s necessidades da populao do Estado de Mato Grosso do Sul.

    O CESUP implantou, de acordo com o previsto em seu projeto educacional, ainda em 1974, cursos de graduao, realizou pesquisas e implementou projetos de extenso. Em 1989, ampliou a sua atuao com uma nova unidade

  • 4

    em Rio Verde de Mato Grosso-MS, para atender a demanda daquela regio e sua rea de influncia.

    Como parte do seu desenvolvimento, em 1990, o CESUP solicitou ao ento Conselho Federal de Educao, autorizao para a transformao do Centro de Ensino Superior Prof. Plnio Mendes dos Santos na atual Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regio do Pantanal (UNIDERP). Tal solicitao mereceu aprovao de Carta-Consulta, pelo Parecer n. 43/91 - CFE, de 20/12/1991, e do Projeto de Universidade, pelo Parecer n. 126/92 - CFE, homologado pelo Ministrio da Educao em 02/7/1992. O reconhecimento da Universidade, pelo atual Conselho Nacional de Educao, deu-se pelo Parecer n. 153/1996, de 02 de dezembro de 1996, homologado por Decreto Presidencial de 18/12/1996.

    A UNIDERP atua nas modalidades presencial e a distncia nas diferentes reas do conhecimento, oferecendo, tambm, cursos de ps-graduao stricto e lato sensu.

    Em outubro de 2007, a UNIDERP foi adquirida pelo Grupo Anhanguera Educacional S.A. que, aps um ano de atividades, definiu pela alterao do Estatuto, de forma a incorporar as inovaes implementadas.

    Em outubro de 2008, o Conselho Universitrio decidiu por unanimidade pelo novo texto do Estatuto, aprovado, em seguida, pelo Ministrio da Educao, por meio da Portaria MEC n. 879, de 18 de novembro de 2008.

    A oferta de cursos de graduao da Universidade Anhanguera-Uniderp efetiva-se pela busca de um ensino de qualidade, atende s legislaes e normas estabelecidas pelo Ministrio da Educao e compromete-se com a inovao cientfica e tecnolgica na formao de profissionais que se instrumentalizam para a construo do seu prprio conhecimento.

    Fundamentados nesse pressuposto, os cursos de graduao propem a formao de indivduos ticos e autnomos, aptos a promoverem o

  • 5

    desenvolvimento socioeconmico, cultural, local, regional e nacional, e atuarem no meio social, auxiliando na soluo de problemas de interesses coletivos e desenvolvimento sustentvel.

    A Universidade Anhanguera-Uniderp opta pelo desenvolvimento local, regional e nacional pela melhoria de vida da populao do Estado de Mato Grosso do Sul e do pas, este ltimo atravs de sua modalidade de ensino a distncia. Assim, tem como um de seus objetivos integrar cientfica, tcnica e filosoficamente esforos institucionais pblicos e/ou privados para o desenvolvimento do Estado, da regio do Pantanal e do pas, de forma sustentvel.

    Atualmente, a Universidade Anhanguera-Uniderp oferece formao superior em todas as reas do conhecimento, nos cursos de graduao (bacharelados, tecnolgicos e licenciaturas), na modalidade presencial, nos perodos diurno e noturno. Na modalidade a distncia oferece formao superior nas seguintes reas: (bacharis e licenciatura) - Administrao, Cincias Contbeis, Letras, Pedagogia e Servio Social. Oferece ainda os Cursos Superiores de Tecnologia em: Gesto Comercial, Gesto Financeira, Gesto Hospitalar, Gesto em Recursos Humanos, Gesto Pblica, Logstica, Marketing e Processos Gerenciais.

    A Portaria Ministerial n 4.069, de 29 de novembro de 2005, credenciou a Universidade para oferta de cursos superiores a distncia. Os polos de educao a distncia so implantados de acordo com a necessidade social e regional e conforme as condies tcnicas e didtico-pedaggicas necessrias, podendo fazer uso de distintas metodologias de ensino e aprendizagem, concretizadas por meio de projetos pedaggicos, de acordo com as caractersticas dos cursos ou das regies, sempre com padro de qualidade aprovado pelo rgo competente.

    Ao ofertar cursos de graduao e ps-graduao a distncia, a Universidade Anhanguera Uniderp investiu em uma avanada estrutura tecnolgica, que permite a transmisso ao vivo de aulas via satlite e interao por internet,

  • 6

    dentre outras outros facilidades de recursos, e adotou uma proposta pedaggica inovadora para atuar em diversas cidades do Estado de Mato Grosso do Sul e do Pas, permitindo a incluso e a democratizao do acesso ao ensino superior a pessoas que vivem distantes dos centros urbanos ou mesmo daquelas que vivendo nesses centros no podem frequentar um curso presencial.

    1.2 Caracterizao Nacional

    Neste item apresentada a caracterizao das regies onde esto instalados os polos nos quais o curso oferecido.

    O Brasil dividido em cinco grandes regies, sendo uma delas a Centro-Oeste. Essa Regio dividida em 4 unidades federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois e Distrito Federal. A Regio Centro-Oeste um grande territrio, apresentando uma rea de 1.606.371,505 km, razo pela qual, a torna a segunda maior regio do Brasil em superfcie territorial. No entanto, a regio menos populosa do pas e possui a segunda menor densidade populacional, perdendo apenas para a Regio Norte.

    A Universidade Anhanguera-Uniderp detm prestgio e representatividade no contexto das universidades particulares e tem destaque no Centro-Oeste, conta com cursos de graduao presencial e a distncia, cursos de ps-graduao, especializao, mestrado e doutorado. Integra a regio Centro-Oeste, regio esta que experimentou um crescimento de 33% em empresas no ano de 2008. A Universidade localiza-se no Estado de Mato Grosso do Sul, e possui campi em Campo Grande e Rio Verde de Mato Grosso.

    A capital, Campo Grande, ocupa um espao geogrfico privilegiado, na regio central do Estado, nas imediaes do divisor de guas das bacias dos rios Paran e Paraguai. Os primeiros moradores chegaram nos anos de 1872, entretanto, a cidade s foi elevada categoria de distrito pela Lei N. 793, de 23/11/1889 e o municpio foi criado pela Resoluo Estadual 255, de 26/8/1899. Em 11/10/1977, com a diviso do Estado de Mato Grosso e consequente criao do Estado de Mato Grosso do Sul, tornou-se capital.

  • 7

    A capital do Estado de Mato Grosso, Campo Grande, possui uma rea de 8.092.966 km2. O nmero de habitantes, que em 1980 era de aproximadamente 298.878, passou a 786.797 em 2010, e pelo censo de 20101. Durante as ltimas dcadas, o municpio experimentou importante crescimento populacional. A participao da populao de Campo Grande em relao do Estado de Mato Grosso do Sul ainda elevada: em 2000 chegou a 31,94%, ou seja, para cada 100 habitantes do Estado, cerca de 32 residem no municpio (PLANURB).2

    Campo Grande apresenta-se como a cidade mais estruturada de Mato Grosso do Sul em termos de bens e servios de apoio produo, e atende a todas as demais. Sua estrutura econmica est vinculada agroindstria regional, ao comrcio e prestao de servio.

    A rea de influncia geoeconmica de Campo Grande compreende um conjunto de 78 municpios, situados em uma rea total de 357.145,836 km e conta com uma populao, segundo o Censo de 2010 do IBGE, de 2.449.024 habitantes.

    1 IBGE Inst. Brasileiro de Geografia e Estatsticas. Srie: CD79 - Populao dos municpios das

    capitais ( populao presente e residente). Disponvel em: . Acesso em 15 jan. 2013. 2 Instituto Municipal de Planejamento Urbano (PLANURB 2006-2007). Disponvel em:< http://www.capital.ms.gov.br/PLANURB

    >. Acesso em 15 jan. 2013.

  • 8

    Dentre esses municpios encontra-se Rio Verde de Mato Grosso, que concentra indstrias frigorficas, de laticnio, de cermicas e a de rao animal. O segundo potencial econmico do municpio a pecuria extensiva, pois Rio Verde de Mato Grosso possui dois teros da zona serrana, um tero do baixo Pantanal, em uma rea de 8.153.911 km e populao de 18.890, medida pelo Censo IBGE, em 2010.

  • 9

    1.2.1 Insero Regional - Regio Centro-Oeste

    Os primeiros habitantes da Regio Centro-Oeste foram os indgenas. Posteriormente, chegaram os bandeirantes que descobriram minas de ouro e fundaram as primeiras vilas: Vila Real do Bom Jesus de Cuiab, atual Cuiab, capital do Estado de Mato Grosso; Vila Boa, atual estado de Gois e Meya Ponte, hoje, municpio de Pirenpolis. A Vila Corrutela, originou-se a partir da descoberta de diamante. Fazendas de criao de gado foram organizadas por fazendeiros de Minas Gerais e de So Paulo, que tambm povoaram a regio.

    Economia

    A populao urbana da regio Centro-Oeste relativamente numerosa. Entretanto, no meio rural, predominam densidades demogrficas muito baixas, o que indica que a pecuria extensiva a atividade mais importante.

    Em termos de empresas, a Regio Centro-Oeste demonstra um desenvolvimento acima da mdia nacional.Segundo dados do Departamento Nacional de Registro e Comrcio, o nmero de empresas cresceu em 6,5% ao ano, enquanto nas outras regies, a mdia de crescimento manteve-se em

  • 10

    1,3% no mesmo perodo. Isso indica que a Regio Centro-Oeste experimentou um desenvolvimento de 33% entre os anos de 2000 e 2005, enquanto a mdia nacional foi de 7% de aumento no nmero de empresas.

    Se por um lado a agricultura comercial vem ganhando grande destaque nos ltimos anos e supera o extrativismo mineral e vegetal, por outro lado o nmero de indstrias ainda muito tmido. No entanto, importante observar que o Distrito Agroindustrial de Anpolis, onde se encontra o maior parque industrial do Centro-Oeste do Brasil tem destaque para a indstria farmacutica, com importantes empresas, como os Laboratrios Teuto-Brasileiro (com participao de 40% da Pfizer), Neoqumica (da Hypermarcas), Greenpharma, Melcon (com participao de 40% do Laboratrio Ach); assim como a montadora de carros coreana Hyundai Motor Company; a Estao Aduaneira do Interior (EADI ou Porto Seco); empresas de fertilizantes (Adubos Araguaia, Fertilizantes Mitsui) etc.

    REGIO/ESTADO

    2.000

    2.001

    2.002

    2.003

    2.004

    2.005 NORTE

    23.444

    23.612

    19.878

    20.466

    21.026

    22.563 NORDESTE

    85.038

    87.971

    79.951

    79.606

    78.188

    89.983 CENTRO-OESTE

    37.143

    45.025

    39.456

    39.649

    43.432

    49.388 SUDESTE

    209.646

    222.480

    207.132

    230.659

    212.508

    217.734

    SUL 105.33

    1

    111.853

    98.734

    101.833

    105.826

    110.874

    BRASIL 460.60

    2

    490.911

    445.151

    472.213

    460.980

    490.542

    Fonte: http://www.dnrc.gov.br/estatsticas, acesso em 21 de maio de 2012, 20:00.

    Os principais setores da economia da Regio Centro-Oeste correspondem pecuria intensiva e extensiva e agricultura, em especial a Soja e o Algodo. Pela sua localizao, o escoamento da produo pelo Porto de Paranagu

  • 11

    favorecem as Os principais setores da economia da Regio Centro-Oeste correspondem pecuria intensiva e extensiva e agricultura, em especial a Soja e o Algodo. Pela sua localizao, o escoamento da produo pelo Porto de Paranagu favorecem as exportaes e os incentivos fiscais induzem ao desenvolvimento com segurana jurdica e justia tributria.

    No Distrito Federal, o Censo IBGE 2010, apurou 2.570.160 habitantes em uma capital, onde esto situadas as maiores empresas da Regio Centro-Oeste, em termos de volume de vendas. As telecomunicaes, energia e indstrias, giraram 31 milhes de dlares no ano de 2008. Destas, 11 empresas concentraram 80% das vendas, sendo que as estatais movimentam mais de 20 milhes de dlares por ano. A lder em gerao de empregos, entre as 100 maiores empresas selecionadas na pesquisa, os Correios, com 112.000 empregados.

    Em Gois, destacam-se as atividades agropecurias, energia, minerao e o ramo farmaceutico. um Estado com 246 municpios, 6 milhes de habitantes e uma densidade demogrfica, de 17,65 habitantes/km. Os negcios movimentam mais de 9 milhes de dlares por ano e geram 33.000 empregos.

    Em Mato Grosso, as atividades de agroenergia so as principais responsveis pelo volume de 4,5 milhes de dlares vendidos anualmente, gerando em mdia, 11.000 empregos nas 17 maiores empresas do Estado.

    Mato Grosso do Sul tem como primeira economia a agricultura, com destaque soja, pecuria de corte e ao cultivo do algodo na regio do Bolso. A energia, a agropecuria, minerao e servios de saneamento (gua e esgotamento sanitrio), so consideradas as atividades que tiveram maior xito em recursos financeiros movimentados em 2008. O controle acionrio das companhias diversificado, havendo controle nacional, mexicano, ingls e portugus, em funo da pulverizao dos investimentos por parte dos acionistas, o que requer maior controle e transparncia.

  • 12

    A soja, o trigo e o caf so cultivos promissores em reas do Centro-Oeste. Por outro lado, a agricultura de subsistncia, como o cultivo de milho, mandioca, abbora, feijo e arroz, atravs de tcnicas primitivas, sempre constituram atividades complementares pecuria e ao extrativismo.

    Tendo em vista o crescimento populacional que tem caracterizado a regio, a melhoria das vias de comunicao e o mercado consumidor, sempre expressivo, tm aumentado muito o desenvolvimento da agricultura comercial.

    Ao longo da rodovia Belm-Braslia, prximo a Campo Grande e a oeste de Braslia, novas reas agrcolas se destacam, valorizadas por incentivos fiscais do governo, criao de condies de armazenamento, tcnicas de controle da eroso, abertura de novas estradas e assistncia tcnica e financeira ao agricultor. As novas tecnologias permearam novos conceitos de agronomia e introduo de modernas tcnicas de recuperao do solo, que tm se tornado extremamente otimistas s perspectivas de cultivo nas vastas extenses de cerrado que recobrem o Centro-Oeste, antes pouco valorizadas e utilizadas.

    Indstria

    No Centro-Oeste as indstrias mais importantes so as de produtos alimentcios, farmacutica, de minerais no-metlicos e a madeireira. Instalaram-se na regio atradas pela energia abundante fornecida pelas usinas do complexo de Urubupung, no rio Paran (Mato Grosso do Sul), de So Simo e Itumbiara, no rio Paranaba, de Cachoeira Dourada (em Gois) e outras Pequenas Centrais Hidreltricas menores. Com a criao da Petrobrs Fertilizantes S/A, prevista para 2013, no municpio de Trs Lagoas, o Estado do Mato Grosso do Sul passar a ser o terceiro maior distribuidor de gs natural do pas e a gerao de empregos j supera 3.000 colaboradores diretos. O municpio se destaca com a produo de papel e celulose, e por consequencia forte a atividade de reflorestamento. No extremo, encontra-se Corumb, rica em minrio, explorado pela Vale do Rio Doce, entre outras empresas que se utilizam da ferrovia e do transporte rodovirio para o escoamento do minrio.

  • 13

    O Centro-Oeste tem como destaque as indstrias automobilstica, farmacutica, alimentcia, txtil, de produtos minerais e bebidas. Outros centros fabris importantes so Campo Grande (indstria alimentcia), Cuiab (indstria alimentcia e de borracha), Corumb (beneficiada pela proximidade do macio do Urucum para a obteno de matrias-primas minerais), Catalo e Rio Verde em Gois e Trs Lagoas (Mato Grosso do Sul). A rea mais industrializada e desenvolvida scio-economicamente do Centro-Oeste estende-se no eixo Goinia-Anpolis-Braslia. Em Gois, estado mais industrializado da Regio, est localizado o Distrito Agro-Industrial de Anpolis (DAIA), considerado o mais importante polo industrial do Centro-Oeste. Na ltima dcada recebeu diversos tipos de indstrias, principalmente de medicamentos (o que faz do municpio o maior polo farmo-qumico do Brasil) e a montadora de automveis sul-coreana Hyundai. O municpio de Catalo, tornou-se um importante polo mnero-qumico e metal-mecnico, com destaque para a montadora de automveis Mitsubishi e a montadora de mquinas agrcolas John Deere.

    Importantes indstrias no ramo alimentcio so encontradas em Rio Verde: Itumbiara, Jata, Mineiros e Mozarlndia; indstrias de extrao e processamento de minrios em Uruau, Minau e Niquelndia; um polo da indstria do vesturio e Senador Canedo encontrado em Jaragu, com um complexo petroqumico da Petrobrs e atividades na indstria caladista.

    No estado de Mato Grosso do Sul, as indstrias se baseiam no extrativismo mineral, j que nessa regio a concentrao de minrios de ferro muito grande. Alm disso, em Trs Lagoas de considervel vulto a produo de papel e celulose.

    Educao

    A regio Centro-Oeste constitui-se como uma regio em pleno desenvolvimento, por essa razo despertou interesse dos grupos educacionais na ltima dcada, momento marcado pela expanso do ensino superior. Os Estados de Gois, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul possuem grande

  • 14

    integrao com o restante do pas e bastante demanda por ensino superior de qualidade. A regio engloba algumas das principais cidades planejadas do Pas, como Braslia, Goinia, Campo Grande e Sinop. Enquanto as grandes cidades do Centro-Oeste possuem tendncia a fortalecer as reas de servios e de carreiras inovadoras, as regies do interior tm necessidade de4 profissionais qualificados em setores de produo pecuria, agrcola e industrial.

    De acordo com a pesquisa de mercado realizada pelo Instituto de Educao Superior de Braslia (IESB), essa cidade, como responsvel por abrigar o governo federal e grandes sedes de organizaes nacionais diversas, pede profissionais em reas inovadoras, voltadas prestao de servios. "O resultado mostrou que as reas de moda, design de interiores, gastronomia e sade possuem grande necessidade por novos profissionais. Alm disso, com a formao de um polo de informtica no local, essa passou a ser outra rea promissora"3. Alm de Braslia, outras grandes cidades do Centro-Oeste tambm pedem cada vez mais inovao e qualidade na formao dos profissionais da nova economia. Ao final dos anos 90 em Gois, o grupo educacional Universo implementou graduaes e cursos de ps nas reas de gesto de telecomunicaes e hotelaria. Os setores do comrcio, das telecomunicaes, das indstrias de minerao, vesturio, mobiliria, metalrgica, madeira, pecuria e agricultura so destaques em Gois. Tambm se pode afirmar que esse Estado um ambiente propcio para o desenvolvimento das diversas reas da engenharia, mercado explorado por algumas das instituies mais tradicionais, como o caso da Universidade Catlica de Gois.

    Mato Grosso do Sul est direcionado ao desenvolvimento de reas tradicionais no Estado, inclusive no turismo, que est se consolidando como a terceira principal atividade econmica da regio. Os setores frigorfico e agroindustrial apresentam grande expanso e o polo mnero-siderrgico cresce a cada ano, com pesados investimentos de companhias como a Vale do Rio Doce e a

    3 Consulta realizada em - Acesso em: 11 fev.

    2012.

  • 15

    Belgo Mineira. O Estado se destaca ainda pelo grande nmero de obras de infraestrutura, oferecendo indcios de investimento no setor da construo civil. Com essa tendncia as reas de turismo, hotelaria e gastronomia podero se destacar. Mato Grosso do Sul exibe ndices satisfatrios de acesso educao, dada a existncia de um nmero adequado de estabelecimentos escolares, tanto pblicos (municipais, estaduais e federais) quanto particulares.

    Em Mato Grosso do Sul destaca-se a Universidade Anhanguera- Uniderp. A sede da Universidade localiza-se na capital Campo Grande. Estabeleceu como sua misso o apoio ao desenvolvimento regional sustentvel, atendendo tanto s reas de conhecimentos universais como as principais temticas do Estado, como meio ambiente, planejamento e gesto, ecoturismo, integrao, programas de desenvolvimento e implementao de servios e sade pblica.

    Para alcanar seus objetivos criou o Centro de Educao a Distncia, que por meio de um sistema de ensino via satlite busca oferecer, em todo o Estado e regio, cursos com a qualidade da instituio presencial a pessoas que moram em municpios distantes com pouca ou nenhuma opo de continuidade de estudos aps o ensino mdio e a custos reduzidos, possibilitados pela escala.

    Segundo pesquisas realizadas Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministrio da Educao (INEP/MEC) a regio Centro-Oeste ampliou o nmero de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados revelam que em 2001 esse nmero era de apenas 260.349, especificamente, na modalidade presencial, passando a 495.240 em 2010. A insero da Uniderp, como uma das instituies de ensino superior da regio, de fato, contribuiu para esta expanso, uma vez que oferece cursos de graduao na modalidade presencial e a distncia, em diferentes reas.

  • 16

    1.2.2 Insero Regional Regio Sul

    A regio Sul agrega os estados do Paran, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, atingindo uma superfcie de 576.409,6 km. a menor entre as regies brasileiras. Faz fronteiras com o Uruguai ao sul, com a Argentina e com o Paraguai a oeste, com a regio Centro-Oeste e a regio Sudeste do Brasil ao norte e com o oceano Atlntico ao leste.

    A regio Sul apresenta bons ndices sociais em vrios aspectos: possui o maior IDH do Brasil 0,831, e o terceiro maior PIB per capita do pas, 18.257,79 reais. A regio possui ainda um elevado ndice de alfabetizao, atingindo 94,8% da populao.

    A histria da regio caracterizada pela imigrao europia, pela Guerra dos Farrapos (tambm chamada de Revoluo Farroupilha) e mais recentemente pela Revoluo Federalista, com seu principal evento, o Cerco da Lapa. Outra revolta ocorrida na histria da regio foi a Guerra do Contestado, de carter religioso.

    Os primeiros habitantes da regio Sul foram os indgenas. Em 1626 vieram os padres jesutas espanhis. Com a chegada desses religiosos foram fundadas aldeias denominadas misses ou redues. Nas misses, os ndios dedicavam-se pecuria, trabalhavam na agricultura e aprendiam ofcios. A vinda dos bandeirantes paulistas para a regio provocou o abandono do local pelos padres jesutas e ndios. Com isso, muitos paulistas foram se fixando no litoral de Santa Catarina e Paran, contribuindo para o surgimento das primeiras vilas no litoral.

    A populao da regio Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros imigrantes europeus. Os primeiros a ingressarem nesta regio foram os aorianos. Depois vieram, principalmente, os alemes e os italianos. Outros grupos (rabes, poloneses e japoneses) tambm procuraram a regio para morar. Esses imigrantes fundaram colnias que se tornaram cidades importantes. As terras do norte e oeste do Paran e do oeste de Santa

  • 17

    Catarina foram as ltimas regies a serem povoadas. O norte do Paran foi constitudo com a criao de colnias agrcolas financiadas por uma companhia inglesa. Pessoas de outros estados do Brasil e de mais de 40 pases vieram para a regio trabalhar como colonos no plantio de caf e de cereais. No oeste catarinense, desenvolveram-se a pecuria, a explorao da erva-mate e da madeira.

    Economia

    A regio sul rica em indstrias, com destaque s montadoras Renault e Volvo, alm das siderrgicas, eletroeletrnicos, energia, telecomunicaes e a produo agropecuria.

    O estado do Paran conta com 399 municpios e uma populao de 10.444.526 habitantes e densidade demogrfica de 52 habitantes/km. Representa 41 das 100 maiores empresas, com as atividades j destacadas que, juntas, movimentam 37,5 milhes de dlares por ano e geram 110.000 empregos. Na Capital, Curitiba, a industria automobilistica Volvo lidera as vendas anuais girando 2 milhes de dlares anualmente.

    Em Santa Catarina concentram-se 293 municpios com 6.248.436 habitantes e, assim como o Paran, tem alta densidade democrfica: 65 habitantes/km. As principais atividades envolvem o ramo de alimentos, com fbricas como a Bunge, Sadia, Seara e Aurora, que detm 65% do volume de vendas, das 18 principais empresas sediadas no Estado. Outras indstrias, como as de energia eltrica Tigre, Intelbrs, e tambm algumas como a Hering, entre outras, representam 155 mil empregos.

    O Rio Grande do Sul possui 10.693.929 habitantes, em 496 municpios. Possui uma densidade demogrfica de aproximadamente 40 habitantes/km, com uma economia que movimenta recursos na ordem de 35 milhes de dlares por ano, e detm 44 das 100 maiores empresas, que empregam 103 mil funcionrios. O capital estrangeiro apresenta maior destaque nas empresas, a exemplo dos franceses, americanos, espanhis, argentinos, noruegueses,

  • 18

    investindo seus recursos em atividades petroqumicas, de energia, siderrgicas (Gerdau S/A), indstrias de veculos (Marcopolo, AGCO, Randon e Agrale), alm das oito companhias de eletricidade que atendem ao Estado.

    Os aspectos econmicos da regio Sul tiveram sua distribuio em atividades primrias, secundrias e tercirias, conforme anlise desses trs setores econmicos apresentada abaixo.

    Com a extensa rea natural de pastagens, o desenvolvimento da pecuria extensiva de corte na regio Sul foi muito favorecido. H o predomnio da grande propriedade e o regime de explorao direta, j que a criao extensiva, permitindo exigir poucos trabalhadores, o que explica o fato de haver uma populao rural muito pouco numerosa na regio.

    Isso fez com que a ampliao do mercado consumidor local e extra-regional favorecesse o surgimento de frigorficos na regio e, em certas reas, permitisse uma criao mais aprimorada da pecuria leiteira e lavouras comerciais com tcnicas modernas, destacando-se o cultivo do arroz, do trigo e da batata.

    O desenvolvimento da agricultura em reas florestais, com predomnio da pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciado pelo europeus, sobretudo alemes, que predominaram na colonizao do Sul. A prtica da policultura comum na regio, s vezes com carter comercial, sendo o feijo, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a abbora, a soja, o trigo, as hortalias e as frutas os produtos mais cultivados.

    Em algumas reas, a produo rural est voltada para a indstria, como a cultura da uva para a fabricao de vinhos, a de tabaco para a indstria de cigarros, a de soja para a fabricao de leos vegetais, a criao de porcos (associada produo de milho) para abastecer os frigorficos e o leite para abastecer as usinas de leite e fbricas de laticnios.

  • 19

    O norte do Paran, diferentemente das regies agrcolas coloniais, est relacionado com a economia do Sudeste, pois uma rea de transio entre So Paulo e o Sul. Seu povoamento est ligado expanso da economia paulista.

    Outra atividade de grande importncia o extrativismo vegetal. O fato de a mata das araucrias ser bastante aberta e relativamente homognea facilita a sua explorao. As espcies preferidas so o pinheiro-do-paran, a imbuia e o cedro, aproveitados em serrarias ou fbricas de papel e celulose. A erva-mate um dos produtos importantes do extrativismo vegetal no Sul, e j cultivada em certas reas dessa regio.

    Por outro lado, a regio Sul pobre em recursos minerais, devido sua estrutura geolgica. H ocorrncia de cobre no Rio Grande do Sul e de chumbo no Paran, mas o principal produto o carvo-de-pedra, cuja explorao concentra-se em Santa Catarina e utilizado em usinas termeltricas locais e na siderurgia.

    O fato de ser a segunda regio mais industrializada do pas, vindo logo aps ao Sudeste, o Sul concentra indstrias siderrgicas, qumicas, de couros, de bebidas, de produtos alimentcios e txteis. J a industrializao de Curitiba, o segundo maior parque industrial, mais recente, destacando-se suas metalrgicas, madeireiras e fbricas de alimentos.

    As demais cidades industriais da regio so geralmente mono-industriais ou ento abrigam dois gneros de indstriais, como Caxias do Sul (bebidas e metalurgia), Pelotas (frigorficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos) e Blumenau (txtil). A exceo Joinville (setores metal mecnico, qumico, plstico e de desenvolvimento de software), situada no Norte catarinense.

    Indstria

    Caracterizada por ser a segunda regio do Brasil em nmero de trabalhadores e volume da produo industrial, a regio Sul deve seu avano a uma boa rede de transportes rodovirios e ferrovirios, grande potencial hidreltrico, fcil

  • 20

    aproveitamento de energia trmica, grande volume e variedade de matrias-primas e mercado consumidor com elevado poder aquisitivo.

    Desta forma, a distribuio das indstrias do Sul bastante diferente da que ocorre na regio Sudeste. Na regio predominam grandes complexos industriais com atividades diversificadas, pois o Sul apresenta as seguintes caractersticas: presena de indstrias prximas s reas produtoras de matrias-primas; predomnio de estabelecimentos industriais de mdio e pequeno porte em quase todo o interior da regio; predomnio de indstrias de transformao dos produtos da agricultura e da pecuria.

    As maiores concentraes industriais situam-se nas regies metropolitanas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Curitiba e no Paran. Alm dessas concentraes industriais, importante ressaltar Ponta Grossa, Guarapuava e Paranagu, no Paran; Florianpolis, Joinville, Lages, Blumenau e Chapec, em Santa Catarina; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

    Pecuria

    Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criao de gado bovino, principalmente na Campanha Gacha ou pampa, no estado do Rio Grande do Sul. Desenvolve-se nesse local uma pecuria extensiva, criando-se, alm de bovinos, tambm ovinos. A regio Sul rene cerca de 18% dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados no Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o primeiro produtor brasileiro.

    O estado do Paran, especificamente, destaca-se na criao de sunos, atividade em que esse estado o primeiro do Brasil, seguido do Rio Grande do Sul. Essa criao processa-se paralelamente ao cultivo do milho que, alm de abastecer a populao, serve de matria-prima a grandes frigorficos. A pecuria intensiva tambm bastante desenvolvida na regio Sul, detendo o segundo ranking na produo brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul beneficiado por indstrias de laticnio.

  • 21

    Educao

    De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministrio da Educao (INEP/MEC), em 2010, o ndice total de populao da regio Sul foi de 27.384.815 Desse conjunto, 6.014.722, referia-se populao em idade escolar. O quadro a seguir indica o nmero de alunos matriculados na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Mdio em 2009.

    As taxas de analfabetismo na regio Sul so as menores em relao s demais regies. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE - 2009), a taxa de analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. Especificamente na regio Sul essa taxa caiu de 5,5% (populao de 15 anos ou mais de idade) para 5,1%.

    Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a poncentagem dos professores que atuam na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Mdio na regio Sul, que possuem Curso Superior:

  • 22

    Os dados do quadro acima indicam que no Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Mdio o nmero de docentes com Curso Superior expressivo, no entanto indicam que na Educao Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais) ainda necessrio investimento na formao inicial dos docentes. Em sintonia com esse cenrio, as pesquisas (INEP/MEC/2010), tambm revelam que a regio Sul ampliou nos ltimos anos o nmero de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 esse nmero era de apenas 601.588, especificamente, na modalidade presencial, passando a 893.130, em 2010.

    O crescimento do nmero de matriculados no ensino superior na regio Sul vai ao encontro da necessidade de profissionais qualificados para atuar no mercado industrial, uma vez que essa rea vem sendo ampliada ao longo das ltimas duas dcadas, na medida em que os trs Estados - Rio Grande do Sul, Paran e Santa Catarina foram contemplados com diversos setores industriais. Nesse cenrio, as instituies de ensino superior instalaram-se na regio e, desde ento, existe uma relativa concentrao de vagas nos grandes centros em IES que se preocupam em acompanhar a economia urbana.

    Com os avanos na indstria, o mercado educacional cresceu e, consequentemente, a regio Sul comeou a se estabelecer como polo de grupos educacionais especializados em fornecer solues para outras escolas ou para cidados de todo o pas. Alm disso, por ser industrializada e ao mesmo tempo possuir excelentes condies para pecuria e agronegcio, a

  • 23

    regio Sul oferece condies para o crescimento das profisses ligadas a servios, como fisioterapia, enfermagem, odontologia etc.

    Nesse sentido, colaborando com a formao de profissionais qualificados nessas e outras reas afins, a Anhanguera-Uniderp passou a atuar na regio, abrangendo os estados do Paran, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Universidade estabeleceu como sua misso o apoio ao desenvolvimento regional sustentvel, atendendo tanto s reas de conhecimentos universais com as principais temticas regionais, como meio ambiente, planejamento e gesto, ecoturismo, integrao, programas de desenvolvimento e implementao de servios e sade pblica. Para alcanar seus objetivos criou a Universidade Anhanguera-Uniderp Interativa, que por meio de um sistema de ensino via satlite busca oferecer cursos com a qualidade da instituio presencial a pessoas que moram em municpios distantes com pouca ou nenhuma opo de continuidade de estudos aps o ensino mdio e a custos reduzidos, possibilitados pela escala.

    1.2.3. Insero Regional Regio Nordeste

    A Regio Nordeste uma das cinco regies do Brasil, como define o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Possui rea de 1.561.177,8 km, e representa 18,3 % do territrio brasileiro. Sua populao em 2010 era de 53.078.137 pessoas (IBGE). Apresenta o menor IDH (em 2005) e o terceiro maior PIB (em 2009), quando se compara a regio nordeste com as demais.

    Constituda por nove estados: Alagoas, Bahia, Cear, Maranho, Paraba, Piau, Pernambuco (incluindo o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o Arquiplago de So Pedro e So Paulo), Rio Grande do Norte (incluindo a Reserva Biolgica Marinha do Atol das Rocas) e Sergipe.

  • 24

    Est dividida em quatro sub-regies, tambm chamadas de zonas geogrficas, a saber:

    Meio-Norte: uma faixa de transio entre a Amaznia e o Serto nordestino. Engloba o estado do Maranho e o oeste do estado do Piau. Essa zona geogrfica tambm conhecida como Mata dos Cocais, devido s palmeiras de babau e carnaba encontradas na regio. No litoral chove cerca de 2.000 mm anuais; indo mais para o leste e/ou para o interior esse nmero cai para 1.500 mm anuais; e no sul do Piau, uma regio mais parecida com o Serto, chove 700 mm por ano em mdia.

    Serto: Est localizado, em quase sua totalidade, no interior da Regio Nordeste, sendo sua maior zona geogrfica. Possui clima semi-rido. Em estados como Cear e Rio Grande do Norte chega a alcanar o litoral, e descendo mais ao sul alcana a divisa entre Bahia e Minas Gerais. As chuvas nesta sub-regio so irregulares e escassas, ocorrendo constantes perodos de estiagem. A vegetao tpica a caatinga.

    Agreste Nordestino: uma faixa de transio entre o Serto e a Zona da Mata. a menor zona geogrfica da Regio Nordeste e est localizada no alto do Planalto da Borborema, um obstculo natural para a chegada das chuvas ao serto. Estende-se do Rio Grande do Norte at o sul da Bahia. Do lado leste do planalto esto as terras mais midas (Zona da Mata); do outro lado, para o interior, o clima vai ficando cada vez mais seco (Serto).

  • 25

    Zona da Mata: Localizada no leste, entre o planalto da Borborema e a costa, se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. As chuvas so abundantes nesta regio. Recebeu esse nome por ter sido coberta pela Mata Atlntica. Os cultivos de cana-de-acar e cacau substituram as reas de florestas. a zona mais urbanizada, industrializada e economicamente desenvolvida da Regio Nordeste,,

    alm de possuir um antigo povoamento.

    A partir de dados do IBGE (2010)4, a regio Nordeste a segunda regio mais populosa do pas, atrs apenas da regio Sudeste. As maiores cidades so Salvador, Fortaleza e Recife. Considerada a terceira regio no que se refere densidade demogrfica, com 32 habitantes por quilmetro quadrado.

    As maiores cidades nordestinas, em termos populacionais so: Salvador, Fortaleza, Recife, So Lus, Natal, Teresina, Macei, Joo Pessoa, Jaboato dos Guararapes, Feira de Santana, Aracaju, Olinda, Campina Grande, Caucaia, Paulista, Vitria da Conquista, Caruaru, Petrolina, Mossor e Juazeiro do Norte. Todos esses municpios possuem mais de 250 mil habitantes, segundo as listas de municpios de estados do Nordeste por populao.

    4 Fonte: Todos pela Educao Disponvel em: - Acesso

    em: 12 fev. 2012.

  • 26

    Dessa maneira, percebe-se que, de acordo com os dados do IBGE - PNAD (2004), no que se refere distribuio da populao por situao de domicilio, 71,5% dos nordestinos (36.133.116 pessoas) viviam em reas urbanas e 28,5% (14.401.287 pessoas) na rea rural. A populao nordestina mal distribuda: cerca de 60,6% fica concentrada na faixa litornea (zona da mata) e nas principais capitais.

    Entretanto, no serto nordestino e interior, os nveis de densidade populacional so mais baixos, por causa do clima semirido e da vegetao de caatinga. Ainda assim, a densidade demogrfica no semirido nordestino uma das mais altas do mundo para esse tipo de rea climtica.

    Economia

    A economia da Regio Nordeste do Brasil foi a base histrica do comeo da economia do Brasil, j que as atividades em torno do pau-brasil e da cana-de-acar foram iniciadas e predominaram no Nordeste do Brasil. De posse destes recursos, o Nordeste foi a regio mais rica do pas at meados do sculo XVIII. Atualmente, a Regio Nordeste considerada a terceira maior economia do Brasil entre as grandes regies. Em 2009 participou com 13,55% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, classificada abaixo da Regio Sul que contribuiu com 16,5%. No entanto, ainda a regio com PIB per capita mais baixo e maior nvel de pobreza, mesmo com a significativa melhora na distribuio de renda dessa regio na dcada de 2000 (segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios - PNAD/2009).

    O PIB de Pernambuco cresceu 15,78% em 2010, mais que o dobro da mdia nacional do mesmo ano, que ficou em 7,5%. O Complexo Industrial de Suape, responsvel por esse crescimento, abriga empreendimentos como o Estaleiro Atlntico Sul, maior estaleiro do Hemisfrio Sul. O petroleiro Joo Cndido foi o primeiro navio lanado pela indstria naval pernambucana. Bahia, Pernambuco e Cear, so os estados da regio que concentram, juntos, 8,6% do PIB nacional. Sergipe, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, seguidos por

  • 27

    Cear, Paraba, Alagoas, Maranho e Piau so os estados nordestinos com maior PIB per capita.

    Em Alagoas, as empresas de energia so destaque na economia local. Representam em torno de 1,5 milhes de dlares de vendas anuais. A Usina Caet emprega 16.880 funcionrios.

    O Estado da Bahia destaca-se pelo Polo de Camaari e setores de qumica e petroqumica (Braskem e Monsanto), papel e celulose (Suzano e Veracel), siderrgicas e metalrgicas, possui tambm empresas renomadas de calados como a Azalia e da autoindstria, a Pirelli pneus e a SempToshiba Informtica, no ramo da indstria digital. Das 100 maiores empresas da Regio Nordeste, 20 delas esto sediadas nessa regio.

    Sergipe representa 1,1 milhes de dlares em giro, representados pelas empresas G. Barbosa, do ramo varejista e Sergipe Energia, com controle acionrio, chileno e nacional, respectivamente. Cerca de 90% dos empregos informados esto concentrados na empresa varejista, localizada em Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe.

    O Estado do Cear detm grandes negcios. Em Sobral est localizada a Grendene, do ramo caladista, sendo a primeira em gerao de empregos no Estado e a quinta em volume de negcios. O setor farmacutico (Farmcias Pague Menos), energia e saneamento (Coelce e Cagece), servios mdicos (Unimed Fortaleza) e txtil (Vicunha) representam a economia forte dessa Unidade Federativa.

    Maranho representado por trs grandes empresas, a principal do setor eltrico, a CEMAR, em seguida, a Schincariol N-NE, indstria de bebidas e Viena do ramo de siderurgia e metalurgia.

    Em Joo Pessoa, na Paraba, est localizada a Energisa, empresa do setor eltrico que emprega 1850 funcionrios e movimenta 0,5 milho de dlares, por ano, com capital nacional.

  • 28

    No Piau, em sua capital Teresina, situam-se quatro grandes empresas dos setores de energia, atacados e armazns, que juntas geram mais de 15.000 empregos.

    Pernambuco, a capital do Recife e o entorno, Jaboato dos Guararapes, representam 25,8 mil empregos diretos em indstrias do ramo alimentcio (Kibon, Coca-Cola), qumicas e petroqumicas (MG Polmeros e White Martins-NE), indstria da construo (Votorantim) e concessionrias que prestam servios pblicos de energia, comunicaes, transportes e monitoramento das rodovias, que correspondem a 70% dos volumes de vendas das 10 maiores empresas de Pernambuco.

    O Rio Grande do Norte conta com as grandes empresas de atacado, energia e txtil, (Ale, Cosern e Guararapes) que movimentam, respectivamente, 2,7, 0,4 e 0,4 milhes de dlares por ano, sendo consideradas as trs maiores empresas do Estado, empregando juntas 23.266 funcionrios, destes 93% so colaboradores do ramo txtil.

    Indstria

    Destaca-se no campo produtivo da economia nordestina o Polo Petroqumico de Camaari, no estado da Bahia, considerado o maior complexo industrial integrado do Hemisfrio Sul. A Regio apresenta desde o final da dcada de 2000 forte crescimento econmico fato que contribuiu para amenizar o impacto na regio da maior crise do capitalismo dos ltimos 80 anos na economia brasileira. A acelerao do crescimento da regio considera alguns dados como: sua malha viria de 394.700 km de rodovias, assim como sua capacidade energtica instalada de 10.761 MW.

    Turismo

    O litoral nordestino o principal atrativo turstico da regio, sendo visitado por turistas de todas as regies brasileiras, assim como de outros pases. Os constantes investimentos na melhora da infraestrutura e criao de novos polos

  • 29

    tursticos (como o desenvolvimento do ecoturismo) refletem a iniciativa de explorao deste segmento da economia da regio.

    Apesar de pouco explorado, o ecoturismo no Nordeste tem grande potencialidade, j que, dentre os dez principais destinos eco tursticos brasileiros, aparecem quatro paisagens nordestinas: ilhas (Arquiplago de Fernando de Noronha, em Pernambuco), dunas (Lenis Maranhenses, no Maranho), mata atlntica em alta altitude (Chapada Diamantina, na Bahia) e arqueologia na caatinga (Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piau).

    A cultura da regio tambm um atrativo para o turista. Olinda, em Pernambuco, com vestgios do Brasil Neerlands; So Lus, no Maranho, com os da Frana Equinocial; So Cristvo, em Sergipe, e sua Praa de So Francisco, rodeada de imponentes edifcios histricos; Salvador, na Bahia, com os da sede poltico-administrativa do Brasil Colonial; e Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrlia, tambm na Bahia, com as marcas histricas da chegada das esquadras do descobrimento do Brasil so alguns dos principais atrativos histrico-culturais da regio, sendo os quatro primeiros considerados patrimnio cultural da humanidade pela UNESCO. Por outro lado, o turismo religioso vem crescendo na regio, nesse sentido os municpios de Juazeiro do Norte e Canind, ambos no Cear; e Bom Jesus da Lapa, na Bahia so os que mais se destacam.

    Educao

    De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministrio da Educao (INEP/MEC), em 2010, o ndice total de populao da regio Nordeste foi de 53.078.1375. Desse conjunto, 13.915.186, referia-se populao em idade escolar. O quadro a seguir indica o nmero de alunos matriculados na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Mdio em 2009.

    5 IBGE, Censo 2010.

  • 30

    A taxa de analfabetismo na regio Nordeste caiu de 22,4% (2004) para 19,1% (2010), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE/2010), entre as pessoas de 15 anos ou mais, conforme indica o quadro a seguir:

    Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a porcentagem dos professores com Curso Superior que atuam na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Mdio na regio Nordeste.

  • 31

    As pesquisas revelaram, a partir dos dados apresentados no quadro acima, a necessidade de investimentos e iniciativas voltadas para a formao inicial dos docentes que atuam na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Mdio na regio Nordeste. Assim, esse cenrio, permitiu que as pesquisas (INEP/MEC/2010) tambm revelassem que a regio ampliou nos ltimos anos o nmero de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 esse nmero era de apenas 460.315, especificamente na modalidade presencial, passando a 1.052.161, em 2010.

  • 32

    Estes avanos so vistos por meio de pesquisas realizadas pelo INEP/MEC, em 2006, que j sinalizavam a regio Nordeste como promissora no crescimento do nmero de instituies de ensino superior, o que significava, na ocasio, um aumento de 307,92%. Com a ampliao do nmero de universidades e faculdades na regio os alunos foram beneficiados com mensalidades mais baixas. Essa pesquisa revelou que entre 2004 e 2006 foram abertas 68 instituies de ensino superior na regio Nordeste, destas 61 eram privadas.

    No Nordeste o campo da cincia e tecnologia apresenta-se em destaque devido ao crescimento e expanso deste setor. O reconhecimento nacional e internacional do Porto Digital em Recife, assim como de outros centros e institutos tecnolgicos, confirmam esta ideia de desenvolvimento da regio. O Instituto Internacional de Neurocincias de Natal, inaugurado em 2006 e idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis, tambm de grande relevncia no cenrio do desenvolvimento da cincia na Regio.

    Tambm nesta regio (SalvadorBA), encontra-se o mais moderno e avanado centro de estudos de clulas-tronco da Amrica Latina, o Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital So Rafael (CBTC). Nesse segmento, em 2010 foi inaugurado o chamado "Campus do Crebro", em Macaba no estado do Rio Grande do Norte, que um centro de pesquisa e desenvolvimento da neurocincia e que conta com um projeto de incluso social, bem como a parte cientfica. Outros projetos so a Cidade da Cincia e a Metrpole Digital, tambm no Rio Grande do Norte.

    1.2.4. Insero Regional Regio Norte

    A Regio Norte uma das cinco regies do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Possui rea de 3.869.637 km, que representa 42,27% do territrio brasileiro, sendo a mais extensa. Sua populao, de acordo com o senso 2010 (D.O.U. 04/11/2010) era de

  • 33

    15.765.678 pessoas. O ndide de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado mdio de acordo com as informaes do PNUD/2005.

    A distribuio da populao entre os estados apresenta perfil concentrador, localizando-se cerca de 70% do total de habitantes em apenas dois estados: Par e Amazonas. A densidade demogrfica da regio de 3,77 habitantes por quilmetro quadrado.

    constituida por sete estados: Acre, Amap, Amazonas, Par, Rondnia, Roraima e Tocantins. Est localizada na regio geoeconmica da Amaznia entre o Macio das Guianas (ao norte), o planalto Central (ao sul), a Cordilheira dos Andes (a oeste) e o oceano Atlntico (a nordeste).

    O clima equatorial predominante, com exceo do norte do Par, do sul do Amazonas e de Rondnia cujo clima tropical prepondera. Nesta regio encontra-se um dos mais importantes ecossistemas para o planeta: a Amaznia. A regio apresenta ainda uma pequena faixa de mangue, situada no litoral e alguns pontos de cerrado, e tambm de matas galerias. Economia

    As bases da economia na regio Norte do Brasil esto voltadas para atividades industriais, de extrativismo vegetal e mineral, e a agricultura, alm das atividades tursticas. Atualmente a Regio Norte considerada a menor economia do Brasil entre as grandes regies. Em 2008 participou com apenas 5,1% (R$ 154.704.229,00) do Produto Interno Bruto brasileiro, ficando abaixo da regio Centro-Oeste que contribuiu com 9,2%. A renda domiciliar per capita, formada pela mdia da renda total dos domiclios dividida pelo total de moradores, foi de R$ 440,00 em 2009, segundo o IBGE. Par o Estado da Regio Norte que apresenta empresas com potencial gerao de empregos. Em 2008, dez empresas empregaram 22.000 colaboradores e movimentando 5,5 milhes de dlares.

  • 34

    Indstria

    No h uma verdadeira economia industrial na Amaznia. Existem, isto sim, algumas poucas indstrias isoladas, geralmente de beneficiamento de produtos agrcolas ou do extrativismo. As nicas excees a esse quadro ocorrem em Manaus, onde a iseno de impostos, administrada pela Suframa (Superintendncia da Zona Franca de Manaus), mantm cerca de 500 indstrias. Entretanto, apesar de empregar expressiva parcela da mo-de-obra local,somente agora foi implantado o Plo de Biotecnologia, atravs do qual ser possvel explorar as matrias-primas regionais. Na maioria so filiais de grandes indstrias eletrnicas, quase sempre de capitais transnacionais, que produzem aparelhos eletrnicos, motocicletas, relgios, aparelhos de ar condicionado, CDs e DVDs, suprimentos de informtica e outros, com componentes trazidos de fora da regio. E tambm polos Indstriais na regio metropolitana de Belm, em Marab e Barcarena (polos metal-mecnicos) em Porto Velho e em Santana (Amap).

    Energia

    A maior parte dos rios da regio Norte so de plancie, embora haja muitos outros que oferecem grande possibilidade de aproveitamento hidreltrico. Atualmente, alm da gigantesca Tucuru, das usinas do rio Araguari (Amap), de Santarm (Par) e de Balbina, construda para suprir Manaus, o Norte conta com hidreltricas em operao nos rios Xingu (So Flix), Curu-Una, Jatapu e Araguari (Coaracy Nunes), existindo ainda vrias usinas hidreltricas e trmicas em projeto e construo.

    Turismo

    Por ser uma regio pouco habitada e de ocupao mais tardia, o ecossistema regional encontra-se preservado, o que propicia as atividades de ecoturismo. As cidades que recebem o maior nmero de turistas so: Porto Velho, Manaus, Belm, Presidente Figueiredo, Salinpolis, Santarm, Parintins, Macap, Coari, Bragana, Parauapebas, Palmas, Boa Vista e Rio Branco.

  • 35

    Manaus foi uma das primeiras cidades brasileiras a possuir o AmazonBus, veculo oferecido aos turistas que visitam cidade aos moldes de veculos tursticos que j operam em cerca de setenta cidades tursticas do exterior. O AmazonBus percorre 40 pontos tursticos manauenses. Dentre os includos no roteiro, esto o Teatro Amazonas e a Praia da Ponta Negra.

    Educao

    De acordo com as informaes do IBGE, em 2010 a regio Norte do Brasil contava com uma populao em idade escolar de 4.734.172 pessoas. As taxas de analfabetismo para faixa etria de 10 a 14 anos era de 7,0%, enquanto na faixa dos quinze anos ou mais chegava a 11,2%. Caractersticas como a grandeza territorial e a distncia entre os centros econmicos e populacionais so as principais fontes de dificuldade para o acesso dos estudantes formao. Este cenrio passou a se transformar com a expanso, promovida pelo governo federal, do ensino tcnico e superior para o interior dos municpios.

    Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a poncentagem dos professores que possuem Curso Superior e atuam na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Mdio na regio Norte,:

  • 36

    Nota-se pelos dados apresentados no quadro acima a necessidade de investimentos e iniciativas voltadas para a formao inicial dos docentes que atuam principalmente na Educao Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais). Em sintonia com esse cenrio, as pesquisas (INEP/MEC/2010), tambm revelam que a regio Norte ampliou nos ltimos anos o nmero de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 esse nmero era de apenas 141.892, especificamente, na modalidade presencial, passando a 352.358, em 2010.

    A regio Norte se firmou como segunda regio que apresentou o maior crescimento em relao ao nmero de instituies de ensino superior no perodo compreendido entre 1997 a 2006, passando de 34 instituies para 135, nesse perodo. Pesquisas indicam que um dos principais atrativos apresentados pelas IES da regio Norte o baixo valor das matrculas e mensalidades6.

    1.2.5. Insero Regional Regio Sudeste

    A regio Sudeste uma das cinco grandes regies Brasileiras definidas pelo IBGE. Est dividida em quatro unidades federativas: So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Esprito Santo.

    A regio sudeste movimenta 498.834 milhes de dlares anuais, sendo a Petrobrs a lider nacional em volume de recursos negociados.

    6 Outras informaes consultar: - Acesso em: 12 fev.

    2012.

  • 37

    No estado do Rio de Janeiro, sua capital sedia 23 das 25 maiores empresas. Localizadas na capital, o petrleo (Petrobrs, Shell, Ipiranga, Texaco), a minerao (Vale), siderrgica e metalrgica (Gerdau e Companhia Siderrgica Nacional), telecomunicaes (Telemar, Embratel, Oi), automotivas (Peugeot Citroen), energia (Furnas, Petrobrs, Light e Ampla), comunicaes (Globo) so as empresas que representam a fora do sudeste brasileiro.

    No Estado de So Paulo, a indstria automotiva lidera as vendas nacionais na Cidade de So Bernardo do Campo, onde esto as empresas Volkswagen, Mercedes Benz, General Motors, Toyota e Ford, em Sumar a Honda e em So Paulo a Mitsubishi Motors, entre elas destacam-se os investimentos estrangeiros, predominando o capital americano e alemo. Pela sua localizao estratgica e diversificao logistica que proporciona agilidade no deslocamento, escoamento da produo e as exportaes, as lojas ncoras e de alimentos (Carrefour, Walmart, Po de Aucar, Atacado, Makro, Pernambucanas) esto sediadas na capital paulista. O estado conta ainda com setores econmicos e industriais estratgicos, como as siderrgicas e metalrgicas (COSIPA), qumicas e petroqumicas (Bunge Fertilizantes, Basf e Bayer, Syngenta, Dow), indstria digital (LG e HP) e eletroeletrnicos (Siemens).

    Minas Gerais, um estado lder em siderurgia e metalurgia, com mais de 16.000 ofertas de emprego, em que esto sediadas as empresas ArcellorMittal, Usiminas, Gerdau, V&M, alm das companhias de energia, CEMIG (maior em clientes) e SHV Gs. Em Contagem encontra-se a Case New Holland, montadora de mquinas agrcolas com distribuio para todo o pas. Mas, a lder em vendas est localizada em Betim, a FIAT, que movimenta 26% dos vendas geradas no Estado. As vendas superam 42,5 milhes de dlares a cada exerccio financeiro.

    No estado do Esprito Santo, as empresas que representam a economia local so do ramo siderrgico e metalrgico ArcelorMittal Tubaro, situadas no municpio de Serra e da qumica Heringer, localizada em Viana.

  • 38

    Essa regio considerada de transio entre a regio Nordeste e Sul. Apesar de no ser muito extensa, ocupando apenas 11% do territrio brasileiro, possui menos de um milho de quilmetros quadrados de rea e abriga aproximadamente 42% da populao brasileira.

    Possui uma populao de aproximadamente 80,3 milhes de habitantes, de acordo com a informaes do Censo 2010 (D.O.U. 04/11/2010)7. A regio, altamente urbanizada (90,5%), rene as trs metrpolis mais importantes do pas em populao: So Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A densidade demogrfica da Regio Sudeste atinge a impressionante marca de 84,21 hab/km.

    7 Consulta realizada em:

    Acesso em: 11 fev. 2012.

  • 39

    Cidades mais populosas da Regio Sudeste do Brasilestimativa IBGE/2011

    Posio

    Cidade

    Estado

    Pop. Posio

    Cidade

    Estado

    Pop.

    1 So Paulo S P 11,316,149

    11 Osasco SP 667,826

    2 Rio de Janeiro

    RJ 6,355,949

    12 So Jos dos Campos

    SP 636,876

    3 Belo Horizonte

    MG 2,385,639

    13 Ribeiro Preto

    SP 612,339

    4 Guarulhos SP 1,233,436

    14 Uberlndia

    MG 611,903

    5 Campinas SP 1,088,611

    15 Contagem MG 608,714

    6 So Gonalo

    RJ 1,008,064

    16 Sorocaba SP 593,775

    7 Duque de Caxias

    RJ 861,157 17 Juiz de Fora

    MG 520,810

    8 Nova Iguau

    RJ 799,047 18 Niteri RJ 489,720

    9 So Bernardo do Campo

    SP 770,253 19 Belford Roxo

    RJ 472,008

    10 Santo Andr

    SP 678,485 20

    Campos dos Goytacazes

    RJ 468,086

  • 40

    A magnitude da regio tambm demonstrada por seus ndices sociais elevados. Apresenta o segundo maior IDH do Brasil (0,824), sendo superado apenas pela regio sul, entretanto detentor do maior PIB per capita8 do pas com R$22.147,00 (2009). A regio representa mais da metade (55,3% em 2009) do PIB brasileiro e tem So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como os estados mais ricos da federao.

    Como nas demais regies brasileiras os primeiros habitantes do Sudeste foram os ndios. Mais tarde chegaram os portugueses, que fundaram as primeiras vilas no litoral no incio do processo de colonizao. O povoamento do interior teve incio com a fundao da vila de So Paulo de Piratininga. Seus moradores entraram pelo interior procura de ndios para escravizar e nesse percurso, organizaram as entradas e bandeiras. Nestas suas caminhadas, os desbravadores descobriram minas de ouro nas terras que hoje constituem o estado de Minas Gerais.

    Fazendas de plantao de cana-de-acar passaram a surgir nos caminhos que seguiam as entradas e bandeiras, dando origem a vrias novas cidades. Mais tarde, o crescimento tambm acompanhou a evoluo do cultivo do caf e outras cidades surgiram. A chegada dos imigrantes, a abertura das ferrovias e instalao de indstrias tambm contriburam para o crecimento da regio, de modo que muitas pessoas de outros estados e de outros pases foram morar na Regio Sudeste.

    A partir da dcada de 1840, as plantaes de caf se espalharam por toda a regio, tornando-se a base da economia brasileira, que na poca utilizava-se do trabalho escravo. Entretanto, com a abolio da escravatura em 1888, uma grande massa de imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram regio para atender s necessidades em termos de mo-de-obra.

    8 Consulta realizada em:

    - Acesso em: 11 fev. 2012.

  • 41

    Outro fenmeno importante na construo histrica da regio sudeste refere-se migrao, sobretudo migrao nordestina. No apogeu do processo de industrializao, entre as dcadas de 60 e 80, ocorreu a intensa migrao nordestina para a regio Sudeste, notadamente para os estados de So Paulo e Rio de Janeiro. Devido a conjugao das condies socies e econmicas desfavorveis na regio nordeste, com as promissoras ofertas de emprego e riqueza da regio sudeste, verificou-se o enorme fluxo migratrio de parte da populao nordestina.

    Economia

    A economia do Sudeste muito forte e diversificada, pertence a maior regio geoeconmica do pas. Alm de ser a regio brasileira que possui a agricultura mais desenvolvida, se destaca pelo seu desenvolvimento industrial. A regio Sudeste responsvel por mais de 70% do valor da transformao industrial do pas, que em termos comparativos, assemelha-se em determinados aspectos a alguns paises desenvolvidos. Apresenta seu parque industrial concentrado nas trs mais populosas metrpolis do Brasil a saber: So Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

    Sua posio de evidncia econmica atrai para os grandes centros um enorme contingente de pessoas, acarretando a superpopulao nas reas industrializadas, desencadeando uma sequncia de problemas de ordem social, alm da falta de uniformidade em termos de desenvolvimento alimentando as desigualdades sociais. No entanto, a regio consegue oferecer a sua populao o maior nmero de escolas, melhor atendimento mdico-hospitalar e as melhores condies para pesquisa tecnolgica, quando comparada s demais regies.

    A agricultura praticada em todos os estados que compem a regio e os principais produtos agrcolas cultivados so: cana-de-acar, caf, algodo, milho, mandioca, arroz, feijo e frutas. O Sudeste responsvel pela maior parte da produo de cana-de-acar do pas. J o cultivo da soja apresenta crescente avano, pois largamente utilizada na indstria de leos e de raes

  • 42

    para animais, sendo uma grande parte exportada. O estado de So Paulo o principal produtor de laranja, em sua maior parte destinada industrializao e exportao de suco, Tambm so produtos de destaque na agricultura do Sudeste, o algodo, o milho, o arroz, a mamona e o amendoim, entre outros.

    A pecuria ocorre da mesma forma. O rebanho de bovinos destaca-se como o maior e o estado de Minas Gerais o principal criador. Na regio Sudeste, tambm pratica-se o extrativismo mineral, explorando-se principalmente minrio de ferro, mangans, ouro e pedras preciosas. No estado de Minas Gerais so encontradas as maiores jazidas.

    Indstria

    Apesar das polticas de descentralizao da produo industrial no Brasil, a Regio Sudeste ainda representa o maior parque industrial brasileiro. Destacam-se as seguintes indstrias:

    Naval e petrolfera, principalmente nos estados Rio de Janeiro e Esprito Santo. Estes dois estados so tambm os produtores de petrleo do pas;

    Automobilstica, cujo grande polo industrial encontra-se em So Paulo; Siderrgica, presente em todas as unidades federativas da regio

    sudeste; Petroqumica, com vrios plos produtores de derivados do petrleo nos

    estados do Rio de Janeiro, So Paulo e Minas Gerais; Celulose, o estado do Esprito Santo sedia a maior empresa do mundo

    em produo da celulose (Aracruz Celulose); Existem tambm pelos quatro estados da regio, indstrias de produtos

    alimentcios, beneficiamento de produtos agrcolas, bebidas, mveis etc.;

    Alta tecnologia: as cidades de So Paulo, So Jos dos Campos, So Carlos e Campinas concentram indstrias de informtica, telecomunicaes, eletrnica e de outras atividades que envolvem alta tecnologia; alm de possurem importantes centros de pesquisa e universidades, como o ITA (Instituto Tecnolgico de Aeronutica).

  • 43

    Educao

    A regio Sudeste apresenta sua grandiosidade tambm nos dados relativos educao. De acordo com as informaes do IBGE, em 2010 a regio contava com 17.332.933 habitantes em idade escolar. Ocupa a segunda posio quando comparada s demais regies em taxa de analfabetismo. Na faixa etria compreendida entre 10 e 14 anos a taxa de analfabetismo da regio 1,8%, enquanto na faixa etria de 15 anos ou mais chega aos 5,4%.

    De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministrio da Educao (Inep/Mec), em 2010 a populao total da regio Sudeste era superior a 83,4 milhes de9 habitantes. Desse conjunto, 17.332.933 referia-se populao em idade escolar. O quadro a seguir indica o nmero de alunos matriculados na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Mdio em 2009.

    As taxas de analfabetismo na regio Sudeste ocupam a segunda posio quando relacionadas a outras regies. O quadro abaixo apresenta os ndices de analfabetismo na regio e nos estados que a compem:

    9 IBGE, Censo 2010.

  • 44

    Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a poncentagem dos professores com Curso Superior que atuam na Educao Infantil, Ensino Fundamental e Mdio na regio Sudeste.

    Os dados do quadro acima indicam que no Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Mdio o nmero de docentes com Curso Superior expressivo, no entanto indicam que na Educao Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais) ainda necessrio investimento na formao inicial dos docentes. Em sintonia com esse cenrio, as pesquisas (INEP/MEC/2010) tambm revelam que a regio Sudeste ampliou nos ltimos anos o nmero de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 esse nmero era de 1.566.610, especificamente, na modalidade presencial, passando a 2.656.231 em 2010.

    O Sudeste a regio que possui maior concorrncia no ensino superior e o maior nmero de instituies. De acordo com o ltimo Censo Educacional do INEP/MEC, so mais de 9.600 cursos de ensino superior, o que equivale a quase 50% da oferta brasileira. Se forem consideradas apenas as IES privadas, o Sudeste ainda responsvel por 1.690 matrculas no ensino superior no estatal, o que equivale a quase 57% do total desse tipo de

  • 45

    matrcula no pas, mostrando que a predominncia do ensino privado maior na regio do que a mdia nacional.

    Esses nmeros so consequncia do protagonismo que o Sudeste teve no incio da expanso do ensino superior: considerado um grande negcio na segunda metade da dcada passada, o crescimento ocorreu primeiramente nas capitais, para depois atingir cidades importantes do interior e se espalhar por todas as sub-regies dos distritos. Atualmente, esse processo vive uma desacelerao e o que se pode ver, assim como em todo o Brasil, uma tendncia de consolidao do setor.

    Uma caracterstica marcante do Sudeste o domnio de parte do mercado por grandes instituies e grupos educacionais que apostam na escala e em uma gesto eficaz na reduo de custos para oferecer mensalidades cada vez menores para as classes mais necessitadas.

    Com grandes expectativas de crescimento, a Universidade Anhanguera-Uniderp, busca sua expanso na regio, investindo em cursos da rea de humanas, sade, exatas e tecnolgicos, cobrando mensalidades ajustadas demanda. Seu foco oferecer qualificao profissional aos jovens, propiciando-lhes condies de ascenso social.

    1.3 Justificativa para a oferta do Curso

    A oferta de cursos de graduao da Universidade Anhanguera-Uniderp efetiva-se pela busca de um ensino de qualidade, atende s legislaes e normas estabelecidas pelo Ministrio da Educao e compromete-se com a inovao cientfica e tecnolgica na formao de profissionais que tenham autonomia para a construo do seu prprio conhecimento.

    Fundamentados nesse pressuposto, os cursos de graduao propem a formao de indivduos ticos e autnomos, aptos a promoverem o desenvolvimento socioeconmico, cultural, local, regional e nacional, e atuarem

  • 46

    no meio social, auxiliando na soluo de problemas de interesses coletivos e desenvolvimento sustentvel.

    A Portaria Ministerial n 4.069, de 29 de novembro de 2005, credenciou a Universidade para oferta de cursos superiores a distncia. Os polos de educao a distncia so implantados de acordo com a necessidade social e regional e conforme as condies tcnicas e didtico-pedaggicas necessrias, podendo fazer uso de distintas metodologias de ensino e aprendizagem, concretizadas por meio de projetos pedaggicos, de acordo com as caractersticas dos cursos ou das regies, sempre com padro de qualidade aprovado pelo rgo competente.

    Ao ofertar cursos de graduao e ps-graduao a distncia, a Universidade Anhanguera Uniderp investiu em uma avanada estrutura tecnolgica, que permite a transmisso ao vivo de aulas via satlite e interao por internet, dentre outras outros facilidades de recursos, e adotou uma proposta pedaggica inovadora para atuar em diversas cidades do Estado de Mato Grosso do Sul e do Pas, permitindo a incluso e a democratizao do acesso ao ensino superior a pessoas que vivem distantes dos centros urbanos ou mesmo daquelas que vivendo nesses centros no podem frequentar um curso presencial.

    As ltimas duas dcadas do milnio testemunharam profundas transformaes em burocracias do setor pblico, no do papel do Estado na economia e na sociedade, exigindo uma gesto pblica capaz de alinhar os recursos disponveis s prioridades, minimizando os problemas gerenciais e implementando medidas que promovam a eficincia, a eficcia e a efetividade da administrao pblica, melhorando e simplificando o atendimento aos cidados.

    As transformaes da funo do Estado tem exigido do gestor pblico, conhecimentos, habilidades e atitudes compatveis com a realidade social, a utilizao de tecnologias, a autonomia, o trabalho em equipe, a liderana, a tica, a cidadania, a produtividade e a iniciativa se interligam com vistas ao

  • 47

    desenvolvimento de competncias para elaborao, execuo e avaliao das atividades pblicas, dos programas e projetos pblicos desenvolvidos, para atender s demandas sociais.

    O modelo atual de gesto utilizado nas instituies pblicas tem-se mostrado cada vez mais limitado e inoperante diante da complexidade das atividades desenvolvidas, especialmente aquelas direcionadas para atender as demandas de carter social.

    Diante desse contexto, fazem-se necessrias aes de interesse pblico que busquem aperfeioar os modelos de gesto, tendo em vista as caractersticas que envolvem a produo de bens pblicos e a prestao dos servios pblicos, incorporando novas tecnologias, inovaes nos processos e procedimentos realizados primando pela busca de maior qualidade nos servios que tem como foco a administrao por resultados, melhorando o desempenho e praticando uma administrao pblica eficaz.

    Neste sentido imprescindvel a profissionalizao, e o aumento de investimentos em capacitao dos servidores pblicos, especialmente em nvel superior, de profissionais que atuam ou que pretendem atuar em instituies pblicas, nas quais existe uma carncia de profissionais de administrao pblica e de cincia poltica. Assim compreendendo o papel estratgico dos saberes e conhecimentos dos servidores pblicos federais, estaduais e municipais para o sucesso das polticas governamentais, necessrio que esses profissionais sejam preparados para exercer uma gesto voltada para resultados, com capacidade de modelar o seu desempenho, de modo a tornar-se um agente transformador da gesto pblica, que uma questo crucial para promover a modernizao do Estado brasileiro.

    Nesta direo a Universidade Anhanguera-Uniderp, em seu compromisso de oportunizar a valorizao e o desenvolvimento de competncias de gesto de pessoas e como forma de elevar os nveis de qualidade, eficincia e eficcia dos servios prestados comunidade e aperfeioar a gesto pblica da Instituio, oferece o Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica que tem

  • 48

    como objetivo principal de formar profissionais de gesto pblica voltados para analisar os problemas socioeconmicos com competncia, e atuar de maneira efetiva, transparente e participativa na gesto de rgos e entidades da Administrao Direta e Indireta das diferentes esferas de governo intervindo na realidade social, poltica e econmica de forma transformadora, contribuindo para a soluo dos problemas que acometem coletividade, bem como a melhoria da qualidade dos servios pblicos prestados sociedade.

    O Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica do Centro de Educao a Distncia da Universidade AnhangueraUniderp foi concebido de modo a se integrar ao desenvolvimento econmico, poltico, cultural e social dos locais de oferta, os considerando como uma regio de influncia da Universidade, respondendo a misso de desenvolvimento, sintonizado com a realidade nacional e internacional, sempre sintonizados com as exigncias macro-ambientais.

    2. Estrutura Acadmico-Administrativa

    As decises referentes ao curso, sua execuo e superviso so da competncia do coordenador e do colegiado de curso, de acordo com o Regimento da IES.

    O coordenador de curso um profissional da rea, que auxiliar nos termos especificados no Regimento Geral. So de sua competncia:

    coordenar os trabalhos dos docentes que desenvolvem aulas e atividades de ensino, pesquisa ou extenso relacionadas com o respectivo curso;

    supervisionar o cumprimento das atribuies dos docentes do curso; convocar e presidir as reunies de docentes das vrias reas de estudo ou

    disciplinas afins que compem o curso; coordenar a elaborao e sistematizao das ementas e programas de

    ensino das disciplinas do currculo pleno do curso para apreciao e aprovao dos rgos competentes;

  • 49

    acompanhar a efetiva realizao das atividades aprovadas e respectivos cronogramas constantes dos planos de ensino das disciplinas/matrias, seus contedos e competncias e o uso do livro-texto adotado;

    auxiliar na orientao e no controle das taxas de evaso e de inadimplncia discente, tomando as medidas cabveis para sua diminuio;

    compatibilizar os contedos programticos necessrios formao profissional prevista no perfil do curso;

    fomentar e incentivar a produo cientfica e intelectual do corpo docente e discente;

    apresentar, semestralmente, relatrio de suas atividades e das do seu curso, bem como as indicaes bibliogrficas necessrias para o prximo perodo letivo;

    responsabilizar-se pelas atividades de preparao das avaliaes internas e externas do curso e dos seus alunos;

    atender aos alunos, professores e funcionrios em suas solicitaes, para prontas e cabveis providncias;

    exercer as demais atribuies que lhe sejam delegadas.

    O Colegiado do Curso Superior em Tecnologia em Gesto Pblica integrado pelo Coordenador de Curso, que o preside, por representantes do corpo docente e por um aluno selecionado aps consulta entre seus pares.

    O colegiado de curso se rene ordinariamente a cada bimestre e ao mesmo compete:

    sugerir medidas para aperfeioar o projeto pedaggico do curso em funo de suas caractersticas de formao profissional e social.

    planejar a distribuio equitativa, ao longo do perodo letivo, dos trabalhos a serem exigidos dos alunos, nas vrias disciplinas do Curso, de acordo com o Calendrio Acadmico.

    sugerir e propor para o Coordenador do Curso, cursos de extenso, atividades cientficas e culturais relevantes formao profissional dos alunos;

  • 50

    indicar bibliografia especfica necessria aos planos de ensino, em tempo hbil para constar do plano oramentrio;

    promover a interdisciplinaridade; zelar pela execuo dos planos de ensino e das disciplinas que o integram; propor medidas para o aperfeioamento do ensino, da pesquisa e da

    extenso; aprovar critrios especficos para dispensa de cursar disciplinas

    equivalentes, como complemento s normas regimentais aprovadas pelos rgos normativos;

    participar do processo de avaliao institucional de desempenho profissional;

    exercer as demais funes previstas ou que lhe sejam delegadas.

    O Colegiado do Curso Superior em Tecnologia em Gesto Pblica composto pelos seguintes membros:

    - Carlos Eduardo de Azevedo (mestre). - Rosemeire Lopes da Silva Farias (mestre). - Jefferson Teruya de Souza (mestre). - Marcia Aparecida Jacometo (mestre). - Mariciane Mores Nunes (mestre). - Monica Ferreira Satolani (mestre). - Jose Ancelmo Paulino Sobrinho - RA392834 Representante Discente

    3. Identificao do Curso

    Item: Tecnologia em Gesto Pblica Modalidade: Educao a distncia Autorizao: Resoluo N 016/CONSU/2009, que aprova a matriz curricular do curso de Tecnologia em Gesto Pblica na modalidade a distncia a ser vigorada a partir do primeiro semestre letivo de 2010. Regime acadmico: Semestral

  • 51

    Tempo mnimo de integralizao: 4 (quatro) semestres

    Forma de ingresso: Processo Seletivo denominado, em edital especfico, de: Processo Seletivo ou Anhanguera Vestibular ou Vestibular Anhanguera. Tal processo constitui de um Concurso Principal e de Vestibular Continuado agendado. O candidato, tambm, poder optar pela anlise do seu histrico escolar do Ensino Mdio, ou pelo aproveitamento das notas obtidas no Exame Nacional de Ensino Mdio (ENEM). Portadores de diploma de nvel superior, devidamente registrado, podem matricular-se no perodo vigente do processo seletivo, desde que haja vagas remanescentes.

    A divulgao dos cursos de graduao na modalidade a distncia da Universidade Anhanguera - Uniderp feita por meio de televiso, rdio, jornal impresso, filipetas, panfletos, outdoors e internet, dentre outras ferramentas de comunicao, nas diversas localidades onde existem polos de apoio presencial devidamente ativados junto no MEC, bem como nas demais localidades com potencial para oferta de cursos.

    A inscrio feita por meio da Internet (http://www.vestibulares.br) e as provas realizadas nos locais, datas e horrios previamente definidos e amplamente divulgados pelos diversos meios de comunicao.

    O resultado do processo seletivo disponibilizado pela internet, disponvel em: .

    4. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso e outras exigncias legais

    A elaborao do Projeto teve como referncias legais o Parecer CES/CNE n 776/97, de 3/12/1997, que estabelece as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduao; a Resoluo CP / CNE n. 3 /2002, que institui as Diretrizes Curriculares para o curso superior de Tecnologia em Gesto Pblica, a Portaria Normativa MEC n10, de 28/7/2006, que dispe sobre a carga horria mnima e durao do curso para cursos superiores de tecnologia, o Decreto N. 5.622, de 19/12/2005, que regulamenta o art. 80 da Lei n 9.394, de 20/12/1996 (LDB); o

  • 52

    Decreto N. 5.773, de 09/05/2006, que dispe sobre o exerccio das funes de regulao, superviso e avaliao de instituies de educao superior e cursos superiores de graduao e sequenciais no sistema federal de ensino; o Decreto N. 6.303, de12/12/2007, que altera dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19/12/2005, e 5.773, de 09/05/2006; a Portaria n 1,de10/1/2007, a Portaria n 40, de 13/12/2007; e a Portaria n 10, de 2/7/2009.

    Pelo Parecer CES/CNE n 776/97, de 3/12/1997, o curso tem assegurados: a flexibilidade; a ampla liberdade na composio da carga horria a ser cumprida para

    a integralizao do currculo, assim como na especificao das unidades de estudos;

    o limite de 50% da sua carga horria total destinado aos contedos especficos, pois o currculo deve propiciar uma ampla formao tica e humanstica para os alunos;

    uma durao que evite um prolongamento desnecessrio. Entende-se, assim, que no o tempo de permanncia no curso que determina a qualidade da formao, embora este esteja conectado ao desenvolvimento da maturidade intelectual do aluno. Percebe-se assim a necessidade de uma reduo, quando vivel, na durao dos cursos de graduao, o que poder reduzir a evaso.

    Ainda, por este Parecer, so definidos como objetivos da graduao: incentivar uma slida formao geral. estimular prticas de estudo independente, visando progressiva

    autonomia profissional e intelectual do aluno; encorajar o reconhecimento de conhecimentos, habilidades e

    competncias adquiridas fora do ambiente escolar; fortalecer a articulao da teoria com a prtica, valorizando a pesquisa

    individual e coletiva, assim como os estgios e a participao em atividades de extenso, as quais podero ser includas como parte da carga horria.

  • 53

    O Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica, pela Resoluo CP/CNE n 3/2002 e pelo Parecer CNE/CES n 277/2006, vem adotando, as Diretrizes contidas na mencionada legislao.

    Respeitando as Diretrizes, o Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica busca conciliar as demandas do mercado de trabalho, com aquelas identificadas s condies reais da Instituio.

    O perfil do formando, as competncias e habilidade, os contedos curriculares, a durao, estabelecidos para o Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica dessa IES, esto em consonncia com o Parecer CP/CNE n 29/2002 e o Parecer CNE/CES n 277 de 7/12/2006.

    Especificamente para cursos Cursos Superiores em Tecnologia em Gesto Pblica o eixo de conhecimento se caracteriza aes de planejamento, avaliao e gerenciamento de pessoas e processos referentes a negcios e servios presentes em organizaes pblicas ou privadas, de todos os portes e ramos de atuao. Para isso as aes esto ligadas as tecnologias associadas aos instrumentos, tcnicas e estratgias utilizadas na busca da qualidade, produtividade, competitividade das organizaes, alm da avaliao e controle da gesto pblica.

    Ao lado das demais disposies referentes ao seu contedo, a Portaria Normativa MEC n 10, de 28/7/2006, exige que o Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica possua carga horria mnima de 1.600 horas de atividades, sendo que a carga horria do Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica ofertado pela Universidade Anhanguera Uniderp, de 1.920 horas.

    5. Objetivos do Curso

    O Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica destina-se a egressos do ensino mdio ou que tenha sido diplomado em outros cursos superiores que desejam atuar no processo de gesto de entidades pblicas, rgos de governo, fundaes empresarias que desenvolvem aes e projetos de polticas pblicas e de responsabilidade social, concessionrias de servios

  • 54

    pblicos e organizaes internacionais, organismos e instituies da sociedade civil o organizada e do terceiro setor (ONGs, Oscips) e de natureza privada que atuam na rea pblica. O curso pretende atender as carncias da regio no mbito de gesto pblica para as funes de:

    Gestor de oramentos para a produo de produtos e servios;

    Gestor de elaborao e acompanhamento das licitaes;

    Gestor da rea administrativa e financeira da administrao pblica.

    Supervisor do oramento e dos resultados esperados;

    Superviso e acompanhamento do atendimento ao pblico;

    Gestor do pessoal na administrao Pblica;

    Gestor de materiais e patrimnio pblico;

    Direo, liderana e coordenao das entidades bem como funes tcnicas;

    Consultor na rea pblica;

    Assessoria tcnica.

    Esse objetivo se desdobra nos seguintes objetos especficos:

    a) desenvolver competncias profissionais, fundamentadas na cincia, na tecnologia, na cultura, na pesquisa e na tica, com vistas ao desempenho profissional responsvel, consciente, criativo e crtico, para atuar nas esferas municipal, estadual e federal;

    b) capacitar profissionais para desenvolver habilidades nas funes que exeram, tanto em organizaes pblicas, quanto privadas;

    c) formar profissionais aptos a atuar no planejamento, no controle e organizao, tanto no mbito a