PPC - Pedagogia 2011

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 REDE DE ENSINO Projeto Pedagógico do curso de PEDAGOGIA 2011

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Projeto Pedaggico do curso de PEDAGOGIAREDE DE ENSINO

2011

SUMRIO1 Apresentao.............................................................................................................................. 2 O curso e a Necessidade Social ............................................................................................... 3 Objetivos do Curso .................................................................................................................... 3.1 Objetivo Geral ........................................................................................................................... 3.2 Objetivos Especficos ................................................................................................................ 4 Perfil Profissiogrfico ................................................................................................................ 5 Campos de Atuao Profissional ............................................................................................. 6 Estrutura e Concepo Curricular............................................................................................ 6.1 Nmero de Vagas e Turmas ..................................................................................................... 6.2 Turno de Funcionamento .......................................................................................................... 6.3 Carga horria e Perodo de Integralizao do curso ................................................................ 6.4 Organizao Curricular ............................................................................................................. 6.5 Matriz Curricular ........................................................................................................................ 6.6 Ementrio e Bibliografias das Disciplinas ................................................................................. 7 Concepo e Princpios Metodolgicos .................................................................................. 7.1 Interao Teoria e Prtica ......................................................................................................... 7.2 Atividades Complementares ..................................................................................................... 7.3 Trabalho de Concluso de Curso ............................................................................................. 7.4 Monitoria.................................................................................................................................... 7.5 Integrao Ensino/Pesquisa/Extenso ..................................................................................... 7.6 ADE : Atividade Discente Extra Classe ............................................................................ 8 Avaliao do Processo Ensino-Aprendizagem....................................................................... 8.1 Princpios Norteadores.............................................................................................................. 8.2 Critrios de Avaliao da Rede de Ensino FTC........................................................................ 8.2.1 Verificao Multidisciplinar V.M.D......................................................................................... 9 Administrao Acadmica do curso ........................................................................................ 9.1 Coordenador.............................................................................................................................. 9.2 Perfil do Corpo Docente ............................................................................................................ 9.3 Dados sobre o Corpo Docente.................................................................................................. 10 Avaliao e Acompanhamento do Desempenho do Curso ................................................. 11 Biblioteca .................................................................................................................................. 11.1 Acervo ..................................................................................................................................... 12 Infra-estrutura Fsica e Recursos Materiais .......................................................................... Referncias .................................................................................................................................... Anexos............................................................................................................................................

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1 ApresentaoA proposta de ofertar a Graduao em .Pedagogia, Licenciatura, decorre da busca de uma consolidao da .Faculdade da Cidade do Salvador como uma Instituio formadora de profissionais competentes em reas que se mostrem comprovadamente estratgicas para o desenvolvimento do Estado da Bahia. O presente Projeto Pedaggico do Curso de Pedagogia, Licenciatura, foi concebido buscando atender os fundamentos legais: Deste modo, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, a seguir explicitadas, levam em conta proposies formalizadas, nos ltimos 25 anos, em anlises da realidade educacional brasileira, com a finalidade de diagnstico e avaliao sobre a formao e atuao de professores, em especial na Educao Infantil e anos iniciais do Ensino. Fundamental, assim como em cursos de Educao Profissional para o Magistrio e para oexerccio de atividades que exijam formao pedaggica e estudo de poltica e gesto educacionais. Levam tambm em conta, como no poderia deixar de ser, a legislao pertinente: Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de 1988, art. 205; Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei n 9.394/96), arts. 3, inciso VII, 9, 13, 43, 61, 62, 64, 65 e 67; Plano Nacional de Educao (Lei n 10.172/2001), especialmente em seu item IV, Magistrio na Educao Bsica, que define as diretrizes, os objetivos e metas, relativas formao profissional inicial para docentes da Educao Bsica; Parecer CNE/CP n 9, de 5 de dezembro de 2007 Reorganizao da carga horria mnima dos cursos de Formao de Professores, em nvel superior, para a Educao Bsica e Educao Profissional no nvel da Educao Bsica. Parecer CNE/CP n. 5, de 4 de abril de 2006 Aprecia Indicao CNE/CP n 2/2002 sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Formao de Professores para a Educao Bsica. Parecer CNE/CP n 3, de 21 de fevereiro de 2006 Reexame do Parecer CNE/CP n 5/2005, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Parecer CNE/CP n 27, de 2 de outubro de 2001 D nova redao ao item 3.6, alnea c, do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de licenciatura, de graduao plena. Parecer CNE/CP n 9, de 8 de maio de 2001 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de licenciatura, de graduao plena. Resoluo CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduao em Pedagogia, licenciatura. 3

Resoluo CNE/CP n. 1, de 17 de novembro de 2005 Altera a Resoluo CNE/CP n 1/2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de Licenciatura de graduao plena. Neste sentido, parte-se da concepo de que formar profissionais competentes significa habilit-los a compreender e resolver situaes complexas e interdependentes dentro de um contexto scio-poltico-econmico no qual o Projeto Pedaggico do Curso, alm de ser uma exigncia legal, um documento norteador das referncias para as prticas pedaggicas da instituio, articulando princpios terico-prticos, poltico-ideolgicos e legais, pois apresenta as especificidades dos diversos cursos, unifica diretrizes e norteia as aes acadmicas, fornecendo as bases sobre as quais as aes acadmicas devero pautar-se. Este projeto pedaggico foi escrito com o objetivo de apresentar comunidade uma viso global do Curso de Pedagogia da Faculdade da Cidade do Salvador. Desenvolvido por uma equipe especfica em 2001, poca em que foi encaminhado os rgos responsveis pela sua elaborao, o Projeto Pedaggico do Curso Normal Superior foi retomado em 2005 quando teve sua aprovao. Em 2006/2007 passa por uma reformulao para transformar-se em curso de Pedagogia obedecendo ao contido na Resoluo n 1, de 15 de maio de 2006 e visando atender a identidade atual da instituio a qual pertence, com a colaborao de coordenador e professores. Em meados de 2007 passa novamente por uma adequao quando as matrizes curriculares da Rede FTC e Faculdade da Cidade do Salvador so unificadas. No h na Rede, nuenhuma outra Unidade com o curso de Pedagogia, Licenciatura ou outro curso na mesma rea. Assim, foram inseridas seis disciplinas universais e alguns compenentes curriculares foram modificados a fim de atualizar o curriculo do curso s demandas atuais. Em continuidade a esta unificao apresenta-se esta verso do documento. Assim sendo, este projeto representa um compromisso definido. Nessa perspectiva tambm um projeto poltico, na medida em que est intimamente comprometido com a formao do professor que trabalhar a formao do cidado e suas novas formas de exerccio. O formador do formador define as aes educativas e as caractersticas necessrias ao desenvolvimento do cidado participativo, responsvel, compromissado, crtico e criativo. Torna-se, portanto, um Projeto Poltico-Pedaggico. Na caminhada do processo democrtico, projeta-se a organizao dos trabalhos pedaggicos no curso de forma a vivenciar a superao das relaes corporativas e autoritrias na construo coletiva, vivenciando-se o rompimento com a fragmentao em todos os nveis, sempre tendo em vista o fato de que a postura do Curso refletir no profissional que ele formar, evidenciando suas caractersticas, priorizando-se a formao de habilidades cognitivas e competncias sociais a partir do conhecimento, capacidade de processar e selecionar informaes, criatividade e iniciativa fatores indispensveis para estes tempos de ps-modernidade. A Faculdade da Cidade do Salvador concebe seus Projetos Pedaggicos como eixo norteador para compreenso da vida acadmica como um tecido coeso e bem articulado. Tendo em vista esta dinmica incessante de construo e reconstruo do tecido social e institucional este projeto ser sempre inconcluso. Trata-se de uma reflexo permanente, estando sujeito s atualizaes que o contexto interno e externo exigirem. 4

1.1. DA INSTITUIO DE ENSINO1.1.1 Identificao da Mantenedora NOME: CNPJ: ENDEREO: CIDADE: TELEFONE: E-MAIL: IMES Instituto Mantenedor de Ensino Superior Metropolitano S/C Ltda. 04.670.333/0001-89 Praa da Inglaterra, n 2 - Comrcio Salvador (71) 3254-6000 UF: FAX: BA CEP: 40.015-140

(71) 3254-6007

[email protected]

O IMES INSTITUTO MANTENEDOR DE ENSINO SUPERIOR METROPOLITANO S/C LTDA, no aspecto institucional, e conforme seu Estatuto pessoa jurdica de direito privado, constitudo como sociedade civil, com fins lucrativos, criado em 10 de setembro de 2001, conforme registro no Cartrio do 2 Ofcio de Registro de Pessoas Jurdicas sob o n 16.845, rolo n 523, com a finalidade de criar e manter instituies de ensino e pesquisa. O IMES tem como finalidade a promoo e o desenvolvimento da educao, da cincia, da tecnologia, das artes e da cultura, atravs de atividades no mbito do ensino superior. Seus objetivos so: Prover do que necessrio a subsistncia da mantida; Estabelecer diretrizes e polticas de funcionamento e de expanso de cada unidade; Apresentar levantamento de dados estatsticos focalizados nos cenrios econmico, social, poltico e cultural do pas, de forma que possa subsidiar suas unidades, no sentido de ampliar o leque de ofertas para o ensino de graduao, pesquisa e extenso, baseando-se, tambm, nas oportunidades que o mercado oferece; Promover o controle da qualidade dos servios que suas unidades prestam sociedade, atravs de Avaliao Institucional, de forma que contribua para a consolidao de sua identidade. 1.1.2 Identificao da Instituio Mantida NOME: CNPJ: ENDEREO: Faculdade da Cidade do Salvador 04.670.333/0001-89 Praa da Inglaterra, n 2 - Comrcio 5

CIDADE: TELEFONE: E-MAIL:

Salvador (71) 3254-6000

UF: FAX:

BA

CEP:

40.015-140

(71) 3254-6007

[email protected]

1.1.3 Corpo Dirigente da Instituio Mantida

DIRIGENTE PRINCIPAL 1 CARGO: NOME: Diretora Geral Ktia Camillo de Oliveira Rua Emlia Couto, 245/302 Brotas Salvador (71) 9982-8700/3254-6017 UF: FAX: BA CEP: 40.285-030

ENDEREO: CIDADE: FONE: E-MAIL:

(71) 3254-6007

[email protected]

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1.2 Da Faculdade da Cidade do Salvador 1.2.1 Misso De acordo com o disposto em seu PDI, a Faculdade da Cidade do Salvador tem como missoDesenvolver a formao de profissionais criativos, competitivos e empreendedores para atuar numa sociedade em ritmo acelerado de mudanas socioeconmicas, culturais e polticas, com base no rigor cientfico e intelectual, pautando-se em princpios ticos e humanistas.

Esta misso tem como eixo epistemolgico a abordagem por competncias que, de acordo com Perrenoud (1998), integra os diversos saberes que subsidiam o agir acadmico na busca da interdisciplinaridade e do desenvolvimento do aprender a aprender, tendo o educando como sujeito do processo de ensino aprendizagem e o professor como sujeito facilitador desse processo. 1.2.2 Viso A Faculdade da Cidade do Salvador tem como viso o propsito deser um centro de Educao Superior de excelncia, referncia na formao de profissionais criativos e competentes, com a viso de incluso social, responsabilidade tica e humanstica.

1.2.3 Princpios Institucionais O desenvolvimento das aes acadmicas e de gesto da Faculdade da Cidade do Salvador orienta-se pelo paradigma da ps-modernidade que preconiza o trabalho crtico, criativo e coletivo, tendo como referncia ao-reflexo-ao e a prtica social. Este paradigma emergente estrutura-se nas seguintes teses: Todo conhecimento cientfico-natural cientfico-social; Todo conhecimento local e total; Todo conhecimento auto-conhecimento; Todo conhecimento cientfico visa constituir-se em senso comum.

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Apresentamos os eixos estruturais do trabalho pedaggico-acadmico da Faculdade da Cidade do Salvador:INTERDISCIPLINARIDADE COMO ESSNCIA

TICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

INCLUSO SOCIAL

1.2.4 Finalidades A consolidao e cumprimento da Misso da Faculdade da Cidade do Salvador implicam um planejamento contnuo de aes que propiciem a otimizao de suas atividades-fim: ensino, pesquisa e extenso. A Faculdade da Cidade do Salvador, como instituio educacional, destina-se a promover a educao por suas mltiplas formas, modalidades e graus, bem como o avano de tecnologias de diferentes ordens, inclusive em regime de colaborao com a sociedade, para atingir os seguintes objetivos bsicos, dentre outros de acordo com os projetos especficos: estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito cientfico e do pensamento reflexivo; formar profissionais nas diferentes reas de conhecimento, aptos para a insero em setores produtivos e para participao no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formao contnua; incentivar o trabalho de pesquisa e investigao cientfica, visando ao desenvolvimento da cincia e da tecnologia e da criao e difuso da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; promover a divulgao e conhecimentos culturais, cientficos e tcnicos que constituem patrimnio da humanidade e comunicar o saber atravs do ensino, da publicao ou de outras formas de comunicao; suscitar o desejo permanente de aperfeioamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada gerao; 8

estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar servios especializados comunidade e estabelecer com esta uma relao de reciprocidade; promover a extenso, aberta participao da populao, visando difuso das conquistas e benefcios resultantes da criao cultural e da pesquisa cientfica e tecnolgica geradas na instituio; desenvolver projetos integrados de promoo humanstica, cientfica, de pesquisa e de capacitao tecnolgicas, de carter interdisciplinar e extensionista, voltados para a revitalizao do Comrcio e adjacncias, necessrios ao desenvolvimento do sistema produtivo regional e nacional.

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2 O curso e a Necessidade SocialO Curso de Pedagogia, concebido luz das mudanas nas concepes de formao do docente da educao bsica, foi construdo numa concepo dialgica em que educandos, comunidade e equipe docente discutem resultados e consensos e, dessa forma, democrtico, sendo, portanto, flexvel e aberto. Desde a dcada de 1980, alguns fatores vm impelindo uma mudana histrica e significativa no processo de formao de professores da Educao Bsica no Brasil. O Plano Decenal de Educao para todos, coordenado e elaborado pelo Ministrio da Educao (1993-2003) foi concebido como um conjunto de diretrizes polticas em contnuo processo de negociao, voltado para a revalorizao da escola bsica no que tange ao seu alcance como mecanismo fomentador da eqidade scio-cultural, sublinhando a importncia da avaliao dos sistemas escolares visando o seu contnuo aprimoramento. Esta vontade poltica, desde a dcada de 90, expressa a inteno de expandir o Ensino Fundamental e, de fato, muito se tem feito no mbito da formao de professores para este nvel. Contudo, dados recentes do SAEB indicam que ainda h muito a empreender quanto qualificao deste professor. Assim que a sua formao profissional, essencial para a operacionalizao de mudanas no padro da qualidade do ensino e do aprendizado dos educandos, comea a ser discutida com mais vigor nas duas ltimas dcadas, em especial pelo que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, em seus artigos 1, 2 e 13, ao evidenciar que a atuao do professor ultrapassa o campo da docncia. Isto, anuncia uma nova cultura profissional, em que o pedagogo visto como pesquisador educacional, como produtor de conhecimentos pedaggicos, enfim, como responsvel por manipular saberes que lhe permitam lecionar, gerir e intervir em realidades escolar e no-escolar. Pensar na formao deste pedagogo requer discutir os caminhos e descaminhos da educao em seu macro, meso e micro-espao dentro da sociedade local e regional. Dessa forma, o Curso de Pedagogia da Faculdade da Cidade do Salvador, tem como proposta, a possibilidade de consolidar suas atividades, no que se refere funo social de seu desempenho em ensino, pesquisa e extenso, em um contexto em permanente transformao. O processo de modernizao do pas, com o avano da qualificao em tecnologia, tem convivido face a face com o aumento da complexidade das relaes sociais. Desigualdades e tenses tm caracterizado a sociedade brasileira, exigindo das instituies privadas o comprometimento com o bem coletivo, as enormes propores da pobreza tornam necessrios projetos coletivos dotados de sustentao tica e racional. As incertezas que surgem, quando so avaliadas estratgias para a superao da desumanidade historicamente estabelecida, so resultantes da percepo da complexidade dos problemas vividos no contexto com o qual o instituto interage. Essas incertezas merecem tanto mais ateno quanto mais tomamos conscincia das responsabilidades diretas e indiretas associadas s tomadas de posies diante dos problemas com que nos defrontamos. Numa escala estatstica comparativa entre os anos de 1995 e 2003, o Censo Escolar (2003), ao registrar os grficos de mdias de desempenho de Lngua Portuguesa e Matemtica na 4 srie no Brasil, tomada como parmetro para avaliao das sries iniciais do Ensino Fundamental, mostrou que houve reduo na mdia dos 10

estudantes. Este ndice deve ser motivo de preocupao para professores e gestores escolar, bem como dos dirigentes e coordenadores das Instituies Superiores de Formao de Professores. O grfico de Lngua Portuguesa revelou em 1995 uma mdia de [188,3] e em 2003 uma mdia de [169,4]. Em Matemtica os resultados no foram diferentes, houve reduo na mdia: em 1995 foram atingidos [190,6] pontos e em 2003 [177,1]. Estes ndices sugerem a necessidade de continuidade no empreendimento de esforos para a formao superior de professores, que traduz uma das medidas de melhoria desta situao. Neste sentido, o empreendimento da Faculdade da Cidade na formao de professores configura-se a partir do entendimento institucional de que h uma premncia muito grande para este processo formativo tendo em vista a reestruturao por que passa a educao bsica, no que diz respeito compreenso atual do que significa um trabalho educativo para educandos do ensino fundamental e mdio. Visando enfrentar tal desafio a Faculdade da Cidade se dispe oferecer cursos de formao de professores, especialmente para profissionais que j se encontram em exerccio do magistrio e que apresentam grau de escolaridade mnima de grau mdio, organizando-o a partir das orientaes expressas na legislao vigente, entendendo estar contribuindo, de forma expressiva, para a melhoria do desempenho do sistema de ensino brasileiro com reflexos no desenvolvimento socioeconmico especialmante da Cidade Baixa, plo de atuacao da Faculdade. As concepes de conhecimento que podem permitir faculdade cumprir sua funo social, necessariamente, devem levar em conta a inteno de propor vises da realidade que no sejam unvocas ou unilaterais. A possibilidade de convivncia de posies diferentes, perspectivas variadas fundamental para a formao do conhecimento, com ponderao e rigor. O questionamento que surge com a comparao entre diferentes posies fecundo para a renovao de idias e o aumento da clareza quanto aos potenciais inerentes a diferentes procedimentos de reflexo. Um conhecimento com pretenso de verdade absoluta deve resultar em distoro, se compreendermos a realidade como caracterizada pela constante transformao, devemos encontrar mtodos adequados para a produo de conhecimento, que levem em conta essa caracterizao. A imposio de verdades absolutas remove da produo de conhecimento seu carter histrico e dinmico, impondo sobre a realidade modelos que autoritariamente se sobrepem aos movimentos de mudana. O conhecimento no tem seu valor condicionado idia de que ele possa ser encarado como verdade irrefutvel, como dogma. Seu valor depende de sua capacidade de dar conta da realidade, em sua constante transformao. Para isso, deve o prprio conhecimento ser transformado, superando limitaes e interiorizando novas exigncias apresentadas pelo processo de mudanas da realidade. preciso enfatizar que, ao entendermos a realidade como processo em constante mudana, no restringimos a realidade ao domnio especfico do mercado. Se for verdade que, em larga medida, o mercado de trabalho depende do fluxo de egressos do ensino superior, disso no resulta, no entanto, que o instituto seja apenas uma prestadora de servios para a cobertura de vagas. O projeto poltico-pedaggico da Faculdade da Cidade, consciente das transformaes da realidade, prope um encaminhamento para suas orientaes 11

acadmicas, de modo a realizar, na medida do possvel, intervenes no processo histrico da formao de professores. Essas intervenes devem acontecer de maneira que a realidade conduza suas mudanas no sentido de um aumento das condies de atendimento das demandas coletivas, e de uma diminuio da desigualdade social. Caso no contribua para esse sentido dos acontecimentos, considerando a responsabilidade que lhe cabe, a Faculdade estaria se omitindo, ou contribuindo para o incremento de problemas. Por defender a sustentao de suas aes em valores ticos, a Faculdade quer, contra a omisso e contra o aumento dos problemas, firmar sua posio como responsvel por benefcios comunidade, como esperado de uma instituio capaz de interagir com o contexto que a mantm. A fim de dar condies para a implementao de prticas acadmicas que contribuam para o benefcio social, necessrio que a Faculdade se organize internamente, em coerncia com seus objetivos e em favor de sua interao com o contexto. Para isso, deve desenvolver um respeito a princpios de trabalho capazes de sustentar essa coerncia e qualificar essa interao. A consagrada articulao entre ensino, pesquisa e extenso bsica para a sustentao do curso. A qualidade do ensino depende da competncia em pesquisa. As atividades de extenso se articulam com as experincias de pesquisa e ensino. Em diversos casos, a participao de educandos em atividades de extenso pode constituir em situao essencial de formao. A participao discente nos projetos e atividades de pesquisa e extenso proporciona formao integral ao estudante. Importa ressaltar, nessa articulao, seu carter dinmico. Propostas de ensino, projetos de pesquisa e experincias de extenso passam por transformaes com o passar do tempo. As transformaes ocorridas em uma esfera repercutem nas outras. O carter dinmico da articulao permite que a qualificao em uma esfera possa representar superao de dificuldades nas demais. Para a qualificao dos egressos, em qualquer rea de conhecimento, necessrio adotar duas tendncias: a primeira a aprendizagem interdisciplinar. Para compreender fenmenos e solucionar problemas, muito freqentemente necessrio um trabalho de colaborao intelectual entre diferentes disciplinas, constituindo transversalidade. A segunda o desenvolvimento de formao continuada. Os programas de formao devem reconhecer suas limitaes temporais, preparar para experincias de integrao social, e dar condies para atualizao constante. A valorizao do egresso importante para avaliar a consistncia das aes da instituio. Ciente desta questo, diante dos redirecionamentos legais para a formao pedagogos e, acreditando na importncia do oferecimento de uma formao de qualidade para os mesmos, a Faculdade da Cidade do Salvador, organizado com base na LDBEN - 9394/96 e na Resoluo CNE 01/99, vem apresentar o seu Curso de Pedagogia. Est destinado formao inicial de profissionais para o exerccio da docncia na Educao Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Mdio, na modalidade Normal, e em cursos de Educao Profissional na rea de servios e apoio escolar, bem como em outras reas nas quais sejam previstos conhecimentos pedaggicos.

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3 Objetivos do CursoO curso de Pedagogia assume o compromisso de formar profissionais responsveis pelo planejamento, orientao, avaliao e gesto de programas e projetos educacionais, realizados em espaos escolares e no-escolares, em todas as modalidades de ensino, atravs de prticas educacionais, baseadas em valores ticos, morais e estticos. Por meio de estratgias de ao desenvolvidas por sua direo e seu corpo docente, delineia, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional tendo em vista o disposto no art. 9 , 2 , alnea "e" da Lei n 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redao dada pela Lei n 9.131, de 25 de novembro de 1995, no art. 62 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CNE/CP n 5/2005, incluindo a emenda retificativa constante do Parecer CNE/CP n 3/2006, e por fim a resoluo N 1, de 15 de maio de 2006, seus objetivos, a saber: 3.1. Objetivo Geral Formar professores com formao inicial para o exerccio da docncia na Educao Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Mdio, na modalidade Normal, e em cursos de Educao Profissional na rea de servios e apoio escolar, bem como em outras reas nas quais sejam previstos conhecimentos pedaggicos.

3.2. Objetivos Especficos Formar profissionais para atuarem, de forma integrada e multidisciplinar, na docncia, bem como no planejamento e na organizao de projetos e processos pedaggicos de produo e socializao dos conhecimentos referentes ao ensino fundamental. Desenvolver a competncia profissional de zelar pela aprendizagem dos educandos, respeitando a sua diversidade pessoal, social e cultural, alm de propiciar a construo da identidade, autonomia individual e o conhecimento de mundo. Fornecer base terico-prtica e organizar contedos necessrios ao desenvolvimento das competncias exigidas para o exerccio profissional nos anos iniciais do ensino fundamental; Associar a teoria e prtica, atravs da prtica de ensino, durante todo processo de sua formao. Desenvolver projetos que permitam ao educando interagir com os diferentes conhecimentos. Formar profissionais capazes de articular o fazer e os pensares pedaggicos para intervir nos mais diversos contextos scio-culturais e organizacionais que requeiram sua competncia.

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Desenvolver atividades que permitam despertar no educando o gosto pela pesquisa, como uma atitude cotidiana de busca da compreenso dos processos de ensino e aprendizagem. Desenvolver atividades prticas que permitam ao educando utilizar diferentes recursos metodolgicos e tecnolgicos voltados para a prtica docente. Propiciar situaes de aprendizagem focadas em situaes-problemas. Formar um profissional comprometido com seus processos de auto-educao e de formao continuada. Estimular a atuao crtica, reflexiva e criativa do profissional de educao em conformidade com os padres ticos e humansticos, capacitando-o para atuar em diferentes contextos e incentivando-o formao continuada; Desenvolver uma slida formao cientfica e tcnica de modo a permitir o enfrentamento do exerccio profissional e da produo do conhecimento, tendo em vista as novas habilidades cognitivas e o crescente grau de complexidade das competncias necessrias ao profissional da educao; Propiciar a compreenso da natureza da formao a que se insere, tendo como referncia os nveis de ensino onde atuar, compreendendo as especificidades dos diferentes momentos de aprendizagem e as caractersticas prprias de desenvolvimento do educando nessas etapas de estudos; Desenvolver um trabalho de reflexo e ao sobre o espao organizacional da escola, garantindo aos profissionais da educao uma formao pedaggica interdisciplinar capaz de produzir um processo contnuo de autoaprendizagem e emancipao humana; Possibilitar aos educandos uma slida formao terico-metodolgica com base nos pressupostos antropolgicos, histricos, filosficos, psicolgicos e sociolgicos e polticos da educao; Preparar profissionais que conheam e sejam capazes de organizar o trabalho pedaggico com os diversos campos de saber atinentes Educao Infantil e aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, bem como Educao de Jovens e Adultos, com vistas a assegurar a aprendizagem dos educandos; Propiciar e estimular projetos educativos para a Educao Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, qualificando professores e os desafiando para avaliarem, continuamente, seu trabalho e, com isso, assumirem novas posturas diante do conhecimento e da realidade; Promover intercmbio com organizaes culturais, educacionais e tcnicas, visando troca de informaes e conhecimentos; Familiarizar os profissionais de educao com o uso das Tecnologias da Informao e da Comunicao, inteirando-os quanto s tendncias da contemporaneidade, bem como os estimulando consolidao de prticas pedaggicas inovadoras, que implicam no exerccio da docncia mediada pelos novos recursos tecnolgicos de forma crtica, reflexiva e interativa; Atualizar o professor em relao a novas pesquisas e estudos relevantes para o conhecimento do desenvolvimento infantil, bem como as especificidades do ensino e da aprendizagem para crianas, jovens e adultos da Educao Bsica. 14

4 Perfil ProfissiogrficoPretendemos aqui a formao de um pedagogo que demonstre o perfil de um profissional habilitado para atuar na Educao Infantil, no Ensino Fundamental, em espaos formais e no formais de educao, em projetos educacionais, seja de pesquisa ou de extenso, bem como na produo e difuso do conhecimento. Assim sendo, define-se como Perfil do Pedagogo que ser o partcipe do desenho deste currculo, um profissional: (1) com uma competncia polivalente, que significa abranger contedos de natureza distintas, desde cuidados bsicos essenciais at conhecimentos especficos, provenientes das diversas reas de saber. (2) comprometido com a prtica educacional, capaz de responder s demandas familiares e das crianas, assim como s questes especficas relativas aos cuidados e aprendizagens infantis, que se posiciona como. (3) um profissional mediador entre o conhecimento social e o educando, indo alm de uma atitude tcnica de simples transmissor de conhecimento, e investindo na identificao dos problemas que surgem na sua atividade, procurando construir solues adequadas para potencializar seu trabalho. Com isto, acreditamos que se constitui como pessoa decisiva para a implementao de uma proposta curricular de qualidade, na atual configurao que se anuncia para o desenvolvimento do trabalho educativo de crianas, jovens e adultos. Ao traar o perfil do pedagogo preocupamo-nos com sua formao docente orientada para a construo de competncias profissionais e articulada s diretrizes curriculares que norteiam seu campo de atuao, resguardando a qualidade que pretendemos atingir. Pretendemos uma nova cultura de profissionalizao do professor, inovando nossa instituio educativa e situando a formao docente como um processo reflexivo, dinmico, investigativo e contextualizado. O egresso do Curso de Pedagogia da Faculdade da Cidade do Salvador deve estar apto a entender a especificidade do tipo de organizao que a escola, o que o credencia ao exerccio das funes docentes. A proposta da Instituio para a formao de Pedagogos procura articular no seu desempenho os saberes que definem sua identidade profissional: SABER - conhecimento dos contedos da formao; SABER PENSAR - refletir sobre a prpria prtica em funo da teoria; 15

SABER INTERVIR - saber mudar/melhorar/transformar sua prpria prtica.

4.1. Competncias e Habilidades do Egresso

Tendo como referncia as orientaes de MELLO (2000) organizamos o currculo em torno de Competncias Nucleares na orientao de todo o curso. Adotamos a definio de competncia constante no documento bsico do Enem, que diz: competncias so modalidades estruturais da inteligncia, ou melhor, aes, operaes que utilizamos para estabelecer relaes com e entre os objetos, situaes, fenmenos e pessoas que desejamos conhecer. As habilidades decorrem das competncias adquiridas e referem-se ao plano imediato do saberfazer. Por meio das aes e operaes, as habilidades aperfeioam-se e articulamse, possibilitando nova organizao das competncias. Sem a pretenso de esgotar tudo que a escola de formao pode oferecer aos seus educandos, o conjunto de competncias apresentado preocupa-se em pontuar demandas importantes, oriundas da anlise da atuao profissional, alm de assentarem-se especialmente em definies do Conselho Nacional de Educao expressas na Resoluo do CNE, N 1, DE 15 DE MAIO DE 2006 e naquelas indicadas pelo documento Referenciais para Formao de Professores, publicado pelo Ministrio da Educao. Art. 5 O egresso do curso de Pedagogia dever estar apto a: I - atuar com tica e compromisso com vistas construo de uma sociedade justa, equnime, igualitria; II - compreender, cuidar e educar crianas de zero a cinco anos, de forma a contribuir, para o seu desenvolvimento nas dimenses, entre outras, fsica, psicolgica, intelectual, social; III - fortalecer o desenvolvimento e as aprendizagens de crianas do Ensino Fundamental, assim como daqueles que no tiveram oportunidade de escolarizao na idade prpria; IV - trabalhar, em espaos escolares e no-escolares, na promoo da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos nveis e modalidades do processo educativo; V - reconhecer e respeitar as manifestaes e necessidades fsicas, cognitivas, emocionais, afetivas dos educandos nas suas relaes individuais e coletivas;

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VI - ensinar Lngua Portuguesa, Matemtica, Cincias, Histria, Geografia, Artes, Educao Fsica, de forma interdisciplinar e adequada s diferentes fases do desenvolvimento humano; VII - relacionar as linguagens dos meios de comunicao educao, nos processos didtico-pedaggicos, demonstrando domnio das tecnologias de informao e comunicao adequadas ao desenvolvimento de aprendizagens significativas; VIII - promover e facilitar relaes de cooperao entre a instituio educativa, a famlia e a comunidade; IX - identificar problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para superao de excluses sociais, tnico-raciais, econmicas, culturais, religiosas, polticas e outras; X - demonstrar conscincia da diversidade, respeitando as diferenas de natureza ambiental-ecolgica, tnico-racial, de gneros, faixas geracionais, classes sociais, religies, necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras; XI - desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo dilogo entre a rea educacional e as demais reas do conhecimento; XII - participar da gesto das instituies contribuindo para elaborao, implementao, coordenao, acompanhamento e avaliao do projeto pedaggico; XIII participar da gesto das instituies planejando, executando,

acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e no-escolares; XIV - realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre educandos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experincias no-escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecolgicos; sobre propostas curriculares; e sobre organizao do trabalho educativo e prticas pedaggicas; XV - utilizar, com propriedade, instrumentos prprios para construo de conhecimentos pedaggicos e cientficos; XVI - estudar, aplicar criticamente as diretrizes curriculares e outras determinaes legais que lhe caiba implantar, executar, avaliar e encaminhar o resultado de sua avaliao s instncias competentes. 17

1 No caso dos professores indgenas e de professores que venham a atuar em escolas indgenas, dada a particularidade das populaes com que trabalham e das situaes em que atuam, sem excluir o acima explicitado, devero: I - promover dilogo entre conhecimentos, valores, modos de vida, orientaes filosficas, polticas e religiosas prprias cultura do povo indgena junto a quem atuam e os provenientes da sociedade majoritria; II - atuar como agentes interculturais, com vistas valorizao e o estudo de temas indgenas relevantes.

Assim, tendo por base o perfil profissiogrfico expresso nas recomendaes legais, no decorrer do processo formativo do Curso de Pedagogia, da Faculdade da Cidade do Salvador, Competncias e Habilidades foram definidas em funo da misso do curso e do perfil formativo que se quer consolidar, conforme quadro abaixo.

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COMPETNCIAS 1. Competncias referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrtica: estticos, polticos e ticos

HABILIDADES Identificar, compreender e intervir em seu ambiente de trabalho de forma tica e esttica, com base em conhecimentos e situaes contextualizadas. Dominar os fundamentos filosficos, histricos, sociolgicos e psicolgicos necessrios para a reflexo crtica dos diversos setores da educao. Trabalhar temas que so transversais ao currculo, tanto em reas especificas quanto no convvio escolar. Conhecer e refletir sobre a importncia e o papel da educao a partir de sua constituio histrica, as contribuies da filosofia e o papel da infncia e da famlia em cada momento histrico. Trabalhar coletivamente, de modo a compartilhar a responsabilidade pelo convvio escolar a partir da adoo de atitudes de acolhimento aos educandos e seus familiares. Participar, de forma ativa e colaborativa, da elaborao do Projeto Pedaggico da Escola. Estabelecer relaes de parcerias e colaborao com pais de educandos e comunidade. Intervir nas situaes educativas com sensibilidade, acolhimento e afirmao responsvel. Contribuir de forma pr-ativa para melhoria da realidade escolar, suas relaes com a sociedade e com as comunidades que se inserem em particular. Dialogar, interrogando-os e utilizando-os de acordo com as necessidades e problemas identificados no mbito da educao bsica. Conceber, executar e avaliar projetos e aes didticas interdisciplinares. Propor escolher, manejar estratgias de comunicao dos contedos e seqncias didticas adequadas ao desenvolvimento e aprendizagem da criana. Construir um vnculo positivo com crianas nesta faixa etria. Dominar os contedos bsicos relativos sua prtica docente. Prover cuidados e educao de crianas de 0 a 10 anos de idade.

2. Competncias referentes compreenso do papel social da escola

3. Competncias referentes ao domnio dos contedos a serem socializados, aos seus significados em diferentes contextos e sua articulao interdisciplinar

4. Competncias referentes ao domnio do Construir um vnculo com crianas de 0 a 10 anos. conhecimento Organizar situaes de aprendizagem adequadas a crianas pedaggico considerando o desenvolvimento, em seus aspectos afetivo, fsico, psico-social, cognitivo e lingstico. Saber lidar e desenvolver crianas portadoras de necessidades especiais. Interagir com o educando a fim de promover a construo da identidade e desenvolvimento de sua autonomia.

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Propor aes pedaggicas que favoream o despertamento, desenvolvimento e expanso bio-psico-social do educando considerando suas caractersticas sociais, culturais e econmicas. Utilizar os recursos da tecnologia da informao e comunicao de forma a aumentar as possibilidades de aprendizagem dos educandos. Compreender infncia como a fase de aprender a se autocuidar. Promover e acompanhar o processo de desenvolvimento e aprendizagem dos educandos. Integrar-se de modo ativo na sua categoria profissional. Utilizar os recursos da tecnologia da informao e comunicao de forma aumentar as possibilidades de aprendizagem dos educandos. Gerenciar a dinmica da relao pedaggica. Selecionar e organizar contedos, assegurando a aprendizagem pelos educandos. Analisar as produes dos educandos e interpretar o seu significado. Atuar sobre o processo de ensino e aprendizagem de forma interdisciplinar, incluindo contedos a serem socializados e os procedimentos metodolgicos. Contribuir com construo e aquisio do saber e de informaes, articulando-os e aplicando-os em situaes reais ou similares. Construir situaes didtico-metodolgica para o despertamento, desenvolvimento da conscincia e da inteligncia dos educandos. Compreender as relaes entre professores, educando e saber a ser ensinado. 5. Competncias referentes ao conhecimento de processos de investigao que possibilitem ao aperfeioamento da prtica Utilizar os recursos da tecnologia da informao e comunicao de forma a aumentar as possibilidades de aprendizagem dos educandos. Compreender as relaes entre professor-educando e saber a ser ensinado. Sistematizar e operacionalizar a reflexo sobre a prtica docente e compreender o contexto de sua habilitao em um campo pedaggico mais amplo de atuao interdisciplinar. Identificar dificuldades e competncias e habilidades j consolidadas ao longo da sua vida escolar, refletindo sobre sua interferncia na constituio de sua identidade docente. 6. Competncia referente ao gerenciamento do prprio desenvolvimento profissional Elaborar e desenvolver projetos pessoais de pesquisa e trabalho. Elaborar e analisar instrumentos de coleta de dados. Refletir sobre sua atuao docente.

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Diagnosticar situaes reais do contexto educativo. Elaborar, coletar e analisar dados sobre a atuao dos educandos e do seu trabalho pedaggico. Importa salientar que estas competncias e habilidades so desenvolvidas no decorrer do curso, de forma integrada e transversal no desenvolvimento de todo o desenho curricular.

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5 Campos de Atuao ProfissionalTendo em vista os princpios e concepes articuladoras deste projeto, o campo de atuao do profissional formado no Curso de Pedagogia delineia-se por meio das seguintes possibilidades:

Docncia na educao infantil (creches e pr-escolas). Docncia nas sries iniciais do ensino fundamental (1 a 4 srie). Produo e difuso o conhecimento cientfico e tecnolgico do campo da educao.

Gestor de escola, coordenador pedaggico, supervisor escolar ou orientador educacional.

Docncia das disciplinas pedaggicas nos Cursos Normais (magistrio) de nvel mdio (Formao de Professores).

Assessoria para desenvolver atividades pedaggicas nas ambincias educativas de empresas, rgos pblicos e organizaes no-

governamentais. Assessoria, coordenao no planejamento, gesto, execuo,

acompanhamento e avaliao de projetos educativos em espaos escolares e no-escolares. Desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa, articuladas ao contexto social, pautando sua conduta em princpios ticos, polticos, econmicos e sociais. Coordenao, acompanhamento e execuo de projetos para

implementao as polticas educacionais em espaos escolares e nos rgos dos sistemas de ensino.

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6 Estrutura e Concepo Curricular6.1 Nmero de Vagas e Turmas 300 vagas anuais, com duas entradas anuais em possibilidade de formao de 03 turmas. 6.2 Turno de Funcionamento Diurno e noturno, de segunda a sexta-feira e, quando necessrio, o sbado ser utilizado para atividades extracurriculares ou avaliaes. 6.3 Carga horria e Perodo de Integralizao O curso organiza-se em 08 (oito) semestres letivos, totalizando 3.200 horas, com a integralizao em no mnimo 04 (quatro) anos e no mximo 05 (cinco) anos, com o desenvolvimento de componentes curriculares variados (disciplinas tericas-prticas, atividades complementares e estgios) obrigatrios. Tendo em vista a necessria articulao teoria-prtica e com base Resoluo CNE/CP n 1, de 15 de maio de 2006 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduao em Pedagogia, licenciatura, em seu artigo 6. prev a estrutura do Curso constitudo de ncleos: (1) de estudos bsicos; (2) de aprofundamento e diversificao de estudos; (3) de estudos integradores. Adiante, desdobraremos a esta discusso detalhando cada ncleo com as finalidades e possibilidades de estruturao. A organizao da matriz Curricular, atendendo aos pressupostos destes ncleos, garantir a formao do Pedagogo, perfazendo um total de 3.200 horas, constitudas da seguinte forma: - 360 horas de disciplinas universais; - 2.360 horas de disciplinas especficas; - 80 horas de Trabalho de Concluso de Curso; - 300 horas de Estgio Supervisionado; - 100 horas de Atividades Complementares.

6.4 Organizao Curricular

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Conforme as Diretrizes estabelecidas no Projeto da Faculdade da Cidade, assentamos as reflexes sobre o desenho curricular do curso e sua

operacionalizao na perspectiva de que a Educao compreende uma dimenso que vai alm do imediatismo, da instrumentalidade. Precisa ser considerada em toda sua plenitude, buscando a formao do ser humano na sua totalidade, incluindo as aprendizagens para alm do conhecer, do viver juntos, do fazer... pois precisamos, equanimimamente, saber, sentir e ser. Neste sentido, coadunamos com o Artigo 1o Lei de Diretrizes e Bases n 9.394/96, que diza educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais.

A finalidade da educao vista na perspectiva da formao do carter e no simplesmente o conhecimento livresco, entendendo como carter as virtudes potenciais agregadas ao ser humano, como a pacincia, a tolerncia, a compaixo, a humildade, a integridade, etc. Para tal concretizao, o conhecimento socializado deve extrapolar o desenvolvimento das estruturas intelectivas dos educandos, atravs do estudo das matrias do currculo escolar, caminhando numa direo que envolve a intuio, a dimenso transpessoal. O termo Transpessoal significa alm do pessoal, alm da personalidade, alm do ego. Adotamos tambm saberes universais que nascem dos pressupostos contidos no Relatrio da UNESCO (1999) que se categorizam como: saber conhecimento dos contedos da formao; saber pensar refletir sobre a prpria prtica em funo da teoria; saber intervir saber mudar/ melhorar/ transformar sua prpria prtica. Enquanto conceito de currculo abraa a adoo da Faculdade da Cidade, assim definido por Nogueira (2001, p.20) um sistema multireferencial, integrado por linguagens verbais; imagticas; mticas; grficas; plsticas; de referenciais de mundo; conhecimento sistematizado; saber popular e senso comum; em que os sujeitos, em interao, constroem e reconstroem a si mesmos. Este currculo, por sua vez, fundamenta-se na teoria construtivista sciointeracionista, o qual deve se revelar na relao estabelecida entre professor, aluno, objeto do conhecimento e demais pessoas envolvidas no espao escolar. Nesse contexto, o aluno dever sempre ser reconhecido como um construtor de conhecimento e os significados que vier a construir no decurso das atividades escolares devero ser contedos de natureza cultural, presentes no mundo que o 24

cerca, que se apresentam como resultado de uma srie de interaes incluindo, no mnimo, trs elementos: o prprio aluno, os saberes a serem socializados e o professor. Desse modo, a construo do conhecimento se processar, em nosso curso, num ambiente de mltiplas relaes e de comunicao interpessoal, orientada a compartilhar significados e sentidos, atravs de um conjunto de atividades sistemticas mediante as quais professor e aluno dividem parcelas

progressivamente mais amplas de significados em relao aos contedos escolares. E qual o papel do professor? Entendemos que ter dupla funo, a partir do trabalho com as diferentes disciplinas: guia dos alunos e mediador dos processos psicosocio-culturais, permitindo que seus avanos sejam cada vez mais significativos em relao aos contedos propostos, nas suas vertentes - conceituais, procedimentais e atitudinais. Ele dever ser o responsvel por orientar o aluno na direo dos objetivos propostos pela Escola, utilizando as informaes devidamente estruturadas e organizadas, oferecendo bons modelos de ao, formulando indicaes e sugestes para abordar tarefas novas e lanando desafios constantes, em consonncia com as necessidades e caractersticas dos alunos. Perpassar nossa construo curricular por uma concepo educacional construtivainteracionista implica compreender que a aprendizagem, apesar de contemplar mecanismos e processos biolgicos, tambm uma construo social que implica o estabelecimento de vnculos afetivos. O aprofundamento desta escolha conceitual detalha-se no Projeto do ISECidade. Assim que, o Curso de Pedagogia, da Faculdade da Cidade do Salvador, pretende formar profissionais, levando em considerao a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional tendo em vista o disposto no art. 9 , 2 , alnea "e" da Lei n 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redao dada pela Lei n 9.131, de 25 de novembro de 1995, no art. 62 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CNE/CP n 5/2005, incluindo a emenda retificativa constante do Parecer CNE/CP n 3/2006, e por fim a resoluo N 1, de 15 de maio de 2006, as normas e orientaes da Secretaria de Educao do Estado da Bahia, bem como as conseqentes demandas apontadas pelos alunos no decorrer da formao, tais como a prpria experincia adquirida na execuo de sua prtica pedaggica, procurando-se ter como foco a construo do professor, do pensador e do cidado comprometido com a finalidade de seu trabalho e com o processo de

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desenvolvimento, com a constante ressignificao de seu fazer (ao-reflexoao).

6.5 O Desenho Curricular O art. 6. da Resoluo no. 1 de 2006 que recomenda a formao de ncleos de estudos bsicos que, por meio do estudo e reflexo e aes crticas, articule, dentre outros aspectos: a aplicao de princpios referentes ao campo da Pedagogia bem como da gesto democrtica em espaos escolares e no-escolares; utilizao de conhecimento multidimensional; aplicao, de conhecimentos de processos de desenvolvimento de crianas, adolescentes, jovens e adultos, nas diversas dimenses; estudo das relaes entre educao e trabalho, diversidade cultural, cidadania, sustentabilidade, entre outras problemticas centrais da sociedade contempornea; estudo, aplicao e avaliao dos textos legais relativos organizao da educao nacional. A mesma Resoluo ainda sugere a organizao de ncleos de aprofundamento e diversificao de estudos que possibilite: a realizao de investigaes sobre processos educativos e gestoriais; estudo, anlise e avaliao de teorias da educao, a fim de elaborar propostas educacionais consistentes e inovadoras. E por fim o ncleo de estudos integradores que proporcionar enriquecimento curricular e compreendendo participao em: seminrios e estudos curriculares, em projetos de iniciao cientfica, monitoria e extenso, diretamente orientados pelo corpo docente da instituio de educao superior; atividades prticas, de modo a propiciar vivncias, nas mais diferentes reas do campo educacional, assegurando aprofundamentos e diversificao de estudos, experincias e utilizao de recursos pedaggicos; atividades de comunicao e expresso cultural. Estas recomendaes levaram a Faculdade da Cidade a definir para o Curso de Pedagogia eixos norteadores do trabalho pedaggico. Portanto, o presente projeto manter sua unidade e identidade atravs de dois grandes eixos norteadores. Um primeiro eixo est associado s relaes semnticas entre o Ensino, a Pesquisa e a Extenso, num trip de sustentao que prov a identidade do curso (no sentido restrito), sem esquecer, porm, que a Pesquisa circunscreve-se, este primeiro momento, ao desenvolvimento de prticas investigativas e projetos de iniciao cientfica. Essas relaes devem ser construdas de forma indissocivel, de maneira que a atividade-fim (ensino, pesquisa, extenso) seja realizada com competncia, 26

eficincia, adequao, responsabilidade e em constante processo de atualizao e aperfeioamento. Para que o princpio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso se torne efetivo preciso assumir que nenhuma dessas trs funes tenha precedncia, importncia ou subordinao em relao s demais, pressupondo-se o estabelecimento de relaes de interdependncia entre elas. O processo de discusso e inovaes propostas na elaborao do presente projeto permite avanar em direo ao segundo eixo norteador: a questo da interdisciplinaridade que nuclear nos Princpios Pedaggicos da Faculdade da Cidade do Salvador. A interdisciplinaridade dever consistir em um trabalho conjunto, tendo em vista a interao de disciplinas, seus conceitos bsicos, dados, metodologia, com base na organizao cooperativa e coordenada do ensino. Para atingir esse objetivo, procurar-se-, sempre, na medida do possvel e com o respeito estrutura epistemolgica de cada disciplina, a operacionalizao dos planos de ensino de forma a possibilitar que as diferentes reas do conhecimento se interpenetrem e se relacionem. Adotamos com conceito de interdisciplinaridade aquele j apresentado nos demais documentos institucionais por considerar que a Interdisciplinaridade percebida, sobretudo, na associao dialtica entre as dimenses de ponta, como teoria e prtica, ao e reflexo, generalizao e especializao, ensino e avaliao, meios e fins, contedo e processo, indivduo e sociedade. Para a efetividade da presente proposta, imprescindvel o engajamento de todos os setores, agentes educativos e comunidade acadmica envolvidos com o Curso. Vale dizer, que esta uma proposta de trabalho integrado, em que se espera a adeso atravs de aes conjuntas, de interferncias que possam acrescentar, sem perder o rumo da iniciativa.

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Este curso de formao estrutura-se como um todo organicamente constitudo, articulando-se em torno de seis eixos identitrios que sero, gradativamente, construdos/desenvolvidos ao longo de todos semestres. O grfico a seguir expressa estes eixos e a sua dinmica de constituio neste curso:

Competncias referentes compreenso do papel social da escola Competncias referentes ao domnio dos contedos a serem socializados, aos seus significados em diferentes contextos e sua articulao interdisciplinar

Competncias referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrtica: estticos, polticos e ticos

Competncia referente ao gerenciamento do prprio desenvolvimento profissional

Competncias referentes ao conhecimento de processos de investigao que possibilitem o aperfeioamento da prtica

Competncias referentes ao domnio do conhecimento pedaggico

Para cada semestre foram definidos eixos temticos que oferecem possibilidades para o exerccio da transversalidade entre os objetivos polticos institucionais e os diversos componentes curriculares. Aqui apresentamos os eixos referentes s respectivas Matrizes organizadas: 2007.2 e 2008.1EIXOS REFERENTES MATRIZ_2007.2 ANO SEMESTRE 1 EIXOS TEMTICOS Profissionalizao Docente: o pedagogo em diversos campos de atuao. Espaos Escolares: Diversidade na Organizao do Trabalho Pedaggico A Prtica Inclusiva no Espao Escolar Formal e NoFormal Cultura, Diversidade e Identidade: Matrizes da Linguagem Educao Infantil: Natureza em construo Ensino Fundamental: Natureza em construo Pedagogia para alm da docncia: tempos espaos e movimentos

2 3 2 ano 4 5 3 ano 6 4 ano 7

A PRTICA EDUCATIVA

1 ano

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8

construo do conhecimento: saberes a socializar

EIXOS REFERENTES MATRIZ_2008.1 ANO SEMESTRE 1 1 ano EIXOS TEMTICOS Profissionalizao Docente: o pedagogo em diversos campos de atuao.

A PRTICA EDUCATIVA

2 3 2 ano 4 5 3 ano 6 7 4 ano 8

Espaos Escolares: Didtica, Avaliao e Tecnologias na Organizao do Trabalho Pedaggico. A Prtica Inclusiva no Espao Escolar Formal e NoFormal Cultura, Diversidade e Identidade: Matrizes da Linguagem Educao Infantil: Natureza em construo Ensino Fundamental: Natureza em construo Pedagogia para alm da docncia: tempos espaos e movimentos Construo do conhecimento: saberes a socializar

Estes eixos temticos perpassam as disciplinas e, efetivamente, se constituem linhas unificadoras de uma formao acadmica que necessita ser gradual e, ao mesmo tempo, integral, articulando os eixos norteadores apresentados. Seja nas suas dimenses tericas e prticas, de interdisciplinaridade, dos conhecimentos a serem ensinados com os conhecimentos que fundamentam a ao pedaggica, da formao comum e especfica, bem como dos diferentes mbitos do

desenvolvimento e da autonomia intelectual e profissional. Pretendemos realizar, em todos os semestres, grupos de estudos quinzenais, por disciplina, como meio de discutir os ncleos temticos, partindo dos referenciais da disciplina, sob orientao e conduo do professor. Como forma de sistematizar a compreenso do assunto em cada semestre ocorrem atividades de prtica pedaggica para representar a integrao necessria entre as diferentes disciplinas que, na verdade, compem uma totalidade nica. Assim, nos componentes curriculares denominados Trabalho Interdisciplinar Dirigido _ TID (Prtica Pedaggica Interdisciplinar - PPI) consideramos a dimenso prtica 29

de todas as disciplinas, em termos de atividades especficas a serem desenvolvidas em um tempo e espao curricular especificamente delineado para isto, nos primeiros semestre. Nela poderemos, conforme explicitado, ao longo do curso no cerne das disciplinas e nas prticas, fomentar, a constituio de grupos de estudo, a realizao de seminrios "longitudinais" e interdisciplinares sobre temas educacionais e profissionais, a programao de exposies e debates de trabalhos realizados, de atividades culturais so exemplos possveis. Alm destes, teremos a organizao de oficinas, seminrios, grupos de trabalho supervisionado, tutorias e eventos, atividades de extenso, entre outros com intuito de promover e, ao mesmo tempo, exigir dos futuros professores atuaes diferenciadas, percursos de aprendizagens variados, diferentes modos de organizao do trabalho, possibilitando o exerccio das diferentes competncias a serem desenvolvidas. A concretizao de uma prtica interdisciplinar ser assegurada a partir do exerccio permanente de aprofundar conhecimentos disciplinares e ao mesmo tempo indagar a esses conhecimentos sua relevncia e pertinncia dentro destas diversas atividades. Para tal estruturou-se todo o curricular conforme apresentado anteriormente a partir de competncias previamente delineadas, tendo ncleos temticos em cada semestre, envolvendo um trabalho integrado entre as diversas pessoas. Este exerccio situa-se, prioritariamente, no cerne de todas as disciplinas e busca concretizar a identidade do curso e do professor ao longo de todo o seu processo de formao. Cabe ressaltar a proposta das horas destinadas s Prticas Pedaggicas. Espao destinado iniciao da articulao teoria-prtica. Neste referido curso da Faculdade da Cidade do Salvador, as horas destinadas prtica pedaggica sero desenvolvidas atreladas ao planejamento dos

componentes curriculares de cada semestre que tenham maior relevncia e peso no curso. Por acreditarmos que, no desenvolvimento profissional do aprendiz de professor o contato com espaos educativos imprescindvel, pois dessa realidade que as propostas de ensino devem emergir, pretendemos fugir da tradicional falta de um vnculo mais efetivo dos educandos com esta realidade, descartando de nossos cursos aqueles contatos artificiais, de cumprimento formal da prtica de ensino, o que no garante uma reflexo aprofundada sobre o vivido. Por este veio, a Prtica Pedaggica deste curso, assenta-se em trs pilares: Atividade, Desempenho e Ambientao. 30

Atividades devero ser programadas pelo professor do componente curricular que contemple Prtica Pedaggica no semestre articulando a teoria prtica. Estas atividades sero individuais e previstas no incio do semestre para que o educando possa organizar-se com antecedncia e desenvolver a contento. Desempenho pedaggico implica duas vertentes. A primeira, em contribuir para que o educando possa vivenciar, por meio destas atividades programadas situaes reais de desempenho nas mais diversas situaes. A segunda, em verificar o desempenho pessoal do pedagogo para que possa perceber o seu perfil pessoal e aliar ao profissional. Assim, conhecer-se e perceber-se capaz de desempenhar as atividades que lhes sero conferidas ao longo do exerccio da profisso. Ambientao consiste efetivamente em criar um ambiente em que o educando possa desde cedo, sob a orientao do professor, ambientar-se com as relaes que se estabelecem nas instituies de ensino, quer formais ou no formais. Inserida nos componentes curriculares, a Prtica Pedaggica, abraa a

operacionalizao de desenvolvimento de atividades ao longo de todo o curso, especialmente em relao direta com o TID _ componente curricular que permite o exerccio prtico acerca do olhar interdisciplinar do educando, na forma de desenvolvimento de projetos interdisciplinares, com uso ou no de tecnologia, que se operacionalizam em conjunto com os demais componente curriculares do semestre. Assim, a partir dos eixos temticos do semestre, e das competncias que se quer desenvolver h de se pensar sua articulao com os saberes produzidos nos diversos campos, prevendo, desde espao e tempo para (a) organizao de grupos de estudos; (b) encontros para narrativas das vivncias em campo profissional, (c) salas de leitura, (d) desenvolvimento e apresentao de projetos feitos pelos aprendizes, (e) realizao de seminrios temticos feitos pelos educandos, (f) encontros reflexivos entre professores e aprendizes (que j so docentes ou no), dentre outros. Ao final deste documento, apresentamos a o projeto da Prtica pedaggicas e seus respectivos desdobramentos, orientaes e encaminhamentos. Outro elemento importante da prtica pedaggica o Estgio. Este est desmembrado em nmero de 04 (quatro) e sero feitos do 4 ao 7 semestre se constituindo num conjunto de experincias diversificadas desenvolvidas em diferentes instituies ou servios educacionais. O acompanhamento do desempenho dos estudantes e do desenvolvimento da proposta fundamental para que se alcance o nvel de formao pretendido. Para 31

tal, necessrio que todos os responsveis/participantes do curso trabalhem em sintonia. O acompanhamento acadmico envolver o acompanhamento da trajetria curricular do estudante. Por estas e outras prticas, fica evidente que este projeto curricular contempla a flexibilidade, garantindo assim, seu ajuste s mudanas ocorridas no mundo do trabalho. Observa variedade na oferta dos tipos de atividades para integralizao curricular, de maneira a levar o aluno a desenvolver sua capacidade de lidar com problemas, buscando solues. Trabalhar a viso humanstica considerando os aspectos biopsicossociais filosficos, polticos, econmicos e culturais. E por fim, tenta despertar a conscincia de valorizao do professor e de sua responsabilidade social. O currculo proposto busca valorizar estudos independentes desenvolvidos pelos alunos em outros contextos de aprendizagem, que no a clssica disciplina em sala de aula, como por exemplo: monitoria, iniciao cientfica, extenso e outras (seminrios, congressos etc.). Assim, em todos os semestres do curso o aluno deve validar estas atividades, que podem ter sido realizadas em qualquer perodo do curso, junto comisso especfica. Para o trabalho de concluso do Curso de Pedagogia, exigida a elaborao de um trabalho de concluso de curso sob a orientao de professor qualificado. Esta atividade est detalhada no Regulamento do TCC. Com efeito, um currculo interdisciplinar deve ser pensado por reas do conhecimento que formam matrizes e do origem aos ncleos, totalizando, assim, o conhecimento. A idia de grade curricular ultrapassada pela concepo de matriz. Grade o que aprisiona, isola as disciplinas em arquiplagos distantes. Matriz o que une. Diz Pichon Rivire:Tomamos a palavra grega meter, o que est na gnese, na origem. E com isto aludimos a seu carter fundante. Mas tambm matriz pelo que pode reeditar-se, reproduzir-se. Matriz como estruturao o lugar ou a forma na qual se gera a particularidade que tem em cada um de ns o vincular-se, o aprender (RIVIRE, 1991 p.35).

Em relao organizao da matriz curricular vale ressaltar que a simbologia romana I, II, III, IV, no representa o sistema de pr-requisito entre as disciplinas. Todas elas so componentes curriculares que se relacionam dialeticamente e de forma integrada.

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6.5 Matriz Curricular MATRIZ 2007.2 Encontra-se em arquivo anexo. MATRIZ 2008.1 Encontra-se em arquivo anexo

6.6 Ementrio e Bibliografias das Disciplinas As ementas e bibliografias bsicas e complementares das disciplinas, elencadas na matriz curricular se encontram no Anexo I.

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7 Concepo e Princpios Metodolgicos

Conforme princpios estabelecidos no Projeto Pedaggico Institucional da Faculdade da Cidade, ao refletir-se sobre forma metodolgica a ser adotada na experincia educativo-pedaggica que se pretende para uma Instituio reflete-se o profissional que se pretende formar. Tem-se, portanto, como ponto de partida que estabelecer a relao estreita e coerente entre a proposta, suas instituies, concepo, caractersticas e uma forma adequada e coerente de operacionaliz-la. Para tanto, preciso pensar como deve ser uma prtica educativa que favorea o exerccio dos princpios democrticos, ticos, de contextualizao, conectados

interdisciplinarmente, articulando teoria-prtica, permeada por temas emergentes, tendo como objetivo precpuo o desmonte do pensar, ser e conhecer fragmentados, por meio de exerccios constantes do pensar, ser, conhecer integrado e integrador, sistmico, inteiro, total. Nesta perspectiva h que se buscar subsdios nos pressupostos emancipatrios da Pedagogia Crtica, onde exerccios democrticos, gesto participativa, aes coletivas na escola, conduzidas por uma postura reflexiva e dialgica por parte dos formadores, possibilitar aos formandos uma caminhada de aprendizagem mediada. Esta caminhada dever oportunizar alm do exerccio e incorporao dos valores anteriormente referidos, nfase para condies favorveis ao afloramento e mediao dos sentimentos e emoes em busca de uma cidadania consciente e ativa, que possibilite atitude de auto-determinao, iniciativa, respeito ao outro, cooperao solidariedade, justia, no sentido de uma educao para a compreenso do mundo, do outro, de si mesmo. Sabe-se que um dos grandes desafios da instituio escolar na contemporaneidade, so as novas exigncias em relao educao do trabalhador, as quais passam pela reconstruo de saberes e cognio, incorporao de competncias e habilidades mltiplas, acrescidas da capacidade de apresentar solues e antecipar-se aos problemas dentre outros requisitos. Tais princpios se expressam no Projeto Poltico Pedaggico Institucional da Faculdade da Cidade do Salvador. Face a isto, o corpo docente ser incentivado a optar por procedimentos metodolgicos baseados na reconstruo de saberes mltiplos no desenvolvimento de habilidades e competncias bsicas, levando o ser que se educa jovem, adulto, 34

idoso -, a emancipar-se, libertar-se inclusive da dependncia e submisso geradas pelo autoritarismo da Pedagogia Tradicional que se instalou entre ns desde os jesutas. Em nossa proposta metodolgica utilizaremos a Prtica Pedaggica como eixo articulador do currculo. Em tal contexto prevemos: Manter a articulao entre ensino e pesquisa; Utilizao da flexibilidade curricular; Articulao da formao pedaggica com o campo de estgio; Manter o eixo epistemolgico do curso; Implantao de uma cultura de avaliao contnua e qualitativa; Desenvolvimento de uma metodologia de trabalho interdisciplinar; Contextualizao dos conhecimentos.

Articula-se a tais princpios o entendimento de que o xito deste tipo de proposta educativa para formao de professores depende consideravelmente da

metodologia utilizada, pois se sabe dos estreitos vnculos entre o que se aprende e como se aprende. a metodologia, aqui entendida como modo de organizar as situaes didticas e de orientar a aprendizagem, que permite promover uma relao com o conhecimento, com os valores e consoante com a construo da competncia profissional. Considerando que nosso educando/professor atuar nos anos iniciais e classes diversificadas, educao infantil, ensino fundamental, educao de jovens e adultos, entendemos que isto no significa tornar as situaes de aprendizagem dos cursos de formao anlogas s aprendizagens tpicas de crianas e jovens. Mas sim compreender que as concepes e as prticas vivenciadas de ensino, de contextualizao de saberes, de avaliao, dentre outros, marcaro sua vida profissional. Ento, a conduo metodolgica do professor formador deve desenvolver-se em funo dos mesmos princpios atinentes a um bom

desenvolvimento metodolgico no Ensino Fundamental: uma concepo de aprendizagem construtiva e significativa, conforme expressamos em nossas concepes pedaggicas, aulas ldicas, criativas, que viabilizem a compreenso do sentido do que se estuda, nfase na resoluo de problemas, posicionamento mediativo e construtivo junto ao aluno, dedicao de um olhar afetivo para aquele 35

que estuda/ aprende como ser professor. Consideramos aqui a singularidade de nossa profisso: ela a nica onde se aprende o ofcio na convivncia cotidiana com os fazeres deste ofcio. E a aprendizagem de como ser professor perpassa, tambm, pela internalizao dos modelos docentes que passaram por nossa vida. Em sntese, proporcionaremos a este futuro professor a oportunidade de experienciar, como aluno, durante todo o processo de formao, as atitudes, modos de organizao dos contedos, tempo e espao que se pretende vir a ser desempenhada em sua prtica pedaggica. Isto implica na tomada de conscincia por parte de nosso corpo docente de que, no processo de formao de professores, esto fornecendo, alm de conhecimentos do campo terico-prtico, referncias do que ser professor/educador. Assim concretizamos um dos princpios das orientaes curriculares para a formao de professores: a simetria invertida. tarefa de nossa instituio, a responsabilidade pela criao de uma cultura de trabalho em colaborao, promovendo atividades contnuas de interao, de comunicao e de cooperao entre os professores do curso e deles com os alunos em formao. Seja em atividades de pesquisa, de elaborao de trabalhos escritos, de anlise de prticas, de debates e de outros intercmbios possveis, estruturados a partir de normas e objetivos claros.

7.1 Interao Teoria e Prtica A interao entre a teoria e a prtica, caracterizada pelo estgio supervisionado, constitui-se em componente curricular obrigatrio que visa a aplicao dos conhecimentos estudados na realidade cotidiana, realizando a transposio de conhecimentos adquiridos ao longo de sua formao acadmica, possibilitando o desenvolvimento da prtica profissional, onde esto envolvidos os aspectos tcnicos, cientficos, sociais e humanos da profisso Os estgios de qualquer natureza, obrigatrios ou no, e em qualquer rea profissional no Brasil, esto regulamentados pela Lei No 6.494/77, pelo Decreto No 87.497/82, ambos alterados pela Lei N 8.859/94. De acordo com esses documentos, os estgios devem propiciar a complementao do ensino e da aprendizagem e devem ser planejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currculos e programas. Por configurar um servio profissional, e considerando que o educando ainda no possui habilitao legal nem tcnica para

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prestar esse servio, todo estgio pressupe o envolvimento de um profissional supervisor, que ser o responsvel tcnico, legal e tico pelo servio. Os estgios supervisionados configuram um conjunto de atividades executadas pelo educando em situaes reais de vida e de trabalho, junto a pessoas jurdicas ou comunidade em geral, com o objetivo de aprendizagem profissional e scio-cultural. Possuindo interface com atividade acadmica e profissional, o estgio deve funcionar como problematizador da realidade, sendo espao privilegiado, tanto para aprendizagem do exerccio profissional quanto para levantamento de questes importantes para a atuao e pesquisa. So aspectos de desenvolvimento da prtica profissional: I. Tcnicos-cientficos: referem-se s reas de atuao profissional, incluindo a comunicao pessoal; planejamento; tomada de deciso; capacidade de convivncia com o poder e o risco; viso de empreendimento; capacidade de negociao e adaptao a novas situaes no contexto social. II. Sociais: referem-se ao equilbrio das atitudes do estagirio frente s questes sociais no mbito profissional, seu respeito pelo desenvolvimento da qualidade de vida, pela livre iniciativa e livre empresa, propagando o desenvolvimento da sociedade e das organizaes, expressando-se de forma prtica. III. Humanos referem-se a sua criatividade, iniciativa, liderana, motivao, sua conduta e relacionamento interpessoal no contexto social em que se insere. Para organizarmos uma prtica adequada de estgio, consideramos que deve haver uma permanente reflexo sobre seus pressupostos e atividades, avaliando sua qualidade e eficincia. Esse processo visa garantir que o estgio esteja de fato a favor da aprendizagem, da experincia e do desenvolvimento profissional do educando. Nesse intuito, estabelecemos os seguintes objetivos para o estgio supervisionado: I. Oportunizar ao discente a vivncia de situaes reais da vida profissional que permitam, sobretudo, a integrao dos conhecimentos terico-prticos, aliados experincia pessoal pelo processo contnuo de ao-reflexo-ao; II. Capacitar o estagirio para atividades de investigao, anlise e interveno na realidade profissional especfica III. Propiciar ao educando uma viso global da instituio pblica ou privada, como complemento prtico da sua formao;

37

IV.

Viabilizar ao discente sua auto-afirmao diante da possibilidade de identificarse profissionalmente e de pr-avaliar a sua capacidade profissional;

V.

Viabilizar a realimentao do ensino, proporcionando ao discente oportunidade de rever posies tericas quanto prtica profissional em sua relao com a sociedade;

VI.

Favorecer ao discente a capacidade de desenvolvimento do esprito crtico, criativo e empreendedor;

VII. Possibilitar ao discente a construo de suas prprias condutas (emocionais, cognitivas e tcnicas) a partir da situao em que se encontra, frente a um futuro desempenho profissional VIII. Capacitar o discente a ter uma viso generalista; IX. Estabelecer um canal de articulao contnuo entre a FTC e a comunidade, como forma de retroalimentao de informaes. O estgio Curricular Supervisionado a ser desenvolvido a partir do quarto semestre no Curso de Pedagogia da Faculdade da Cidade do Salvador integra a dimenso interdisciplinar terico e prticas do referencial curricular de maneira articulada aos contedos: dos ncleos de Estudos dirigidos, de aprofundamentos das disciplinas por meio de observao, reflexo, docncia supervisionada, investigao da realidade, de atividades prticas e de projetos. Assim sendo, tem a abrangncia na docncia da Educao Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental, Segmento da Educao de Jovens e Adultos e nos espaos no formais educativos da sociedade. caracterizado e compreendido como um conjunto de atividades prticas profissionais exercidas em situaes reais de trabalho, sem vnculo empregatcio. A carga horria destinada s atividades do estgio supervisionado incluir as horas destinadas ao planejamento, orientao paralela e avaliao das atividades realizadas sob a responsabilidade do supervisor de estgio e do professor da disciplina. Esta prtica se constitui obrigatria para obteno da licena para o exerccio de magistrio no contexto da Educao Bsica: Educao Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental e para tanto, deve articular-se com as demais atividades acadmicas conforme indica a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBEN), 9394, de 29 de dezembro de 1996, conforme explicito nos seguintes artigos:

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Art.40. A Educao Profissional ser desenvolvida em articulao com o ensino regular ou por diferentes estratgias de educao continuada, em instituies especializadas ou no ambiente de trabalho. Art. 41. O conhecimento adquirido da Educao Profissional, inclusive no trabalho, poder ser objeto de avaliao, reconhecimento e certificao para prosseguimento ou concluso de estudos. Assim sendo, a concepo que d suporte ao Estgio Supervisionado fundamentase nos princpios da ao-reflexo-ao que tem como finalidade nortear o projeto pedaggico, o que exigir do estagirio, observar criticamente o entorno, refletir e exercitar o fazer pedaggico a partir deste fundamento epistemolgico, o processo educativo. Nesse sentido, para atingir o perfil do licenciado em Pedagogia da Faculdade da Cidade do Salvador expresso o projeto poltico pedaggico, o aluno dever desenvolver habilidades e competncias para: .. Entender o fazer pedaggico como exerccio de pesquisa; .. Desenvolver a capacidade de observao; .. Observar e registrar a prpria prtica educativa; .. Desenvolver a capacidade para o trabalho interdisciplinar; .. Apropriar-se dos conceitos essenciais/contedos a serem trabalhados com educandos, em todas as reas do conhecimento; .. Planejar, executar e avaliar suas aes pedaggicas cotidianamente; .. Compreender e intervir no processo de alfabetizao e letramento; .. Fazer intervenes pedaggicas que garantam o aprendizado dos educandos; .. Construir e implementar o Projeto Pedaggico da instituio como norteador do processo educativo; .. Conduzir reunies com professores, funcionrios, pais e/ou responsveis; .. Realizar intervenes pedaggicas com educandos que possuem dificuldades de aprendizagem; .. Elaborar instrumentos e novos dispositivos para realizao avaliao processual e/ou diagnstica. 39

Encontra-se anexo o Plano de Estgio, regulamento e proposta de ementas.

7.1.1. Condies e Desenvolvimento do Estgio I. . De acordo com a Resoluo CNE/CP n1 de 15/05/2006 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduao em Pedagogia, licenciatura, e a Deliberao CEE 60/2006 homologada pela Resoluo SEE de 20, PUBLICADA EM 22/09/2006, que normatiza tais Diretrizes, a organizao curricular do curso de Pedagogia da Faculdade da Cidade do Salvador contempla a licenciatura para docncia na Educao Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental; para gesto de processos educativos em espaos formais e noformais e apresenta uma carga horria de Estgio Curricular Supervisionado de 300 horas. II. As atividades do Estgio Supervisionado devem ser cumpridas dentro dos perodos letivos regulares. III.A realizao do estgio em poca diferenciada pode ser aprovada de acordo com as necessidades do plano de estgio proposto, a juzo da Coordenao de Estgios de Formao de Professores da Faculdade da Cidade ouvido o Colegiado do Curso. IV. O discente que exerce atividade docente regular na Educao Bsica:

Educao Infantil ou Anos Iniciais do Ensino Fundamental I e II, Ensino Mdio ou Gesto em Espao Escolar e no Escolar, ter reduo de carga horria prevista no Estgio Supervisionado, quando tiver mais de um ano de atividade no respectivo campo de trabalho. V. As atividades de estgio sero desenvolvidas em escolas da rede pblica ou privadas, desde que autorizadas pelos rgos competentes. VI. No segmento da Educao Infantil, as atividades de Estgio devero ser

desenvolvidas em turmas de diferentes fixas etrias, a saber: crianas de 0 a 3 anos e de 4 a 5 ou 6 anos de idade. VII. No Ensino Fundamental, as atividades de Estgio devem ocorrer em classes

de 1 ao 4 ano ou 5 se for o caso.

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VIII.

Na realizao de Estgio, um mnimo de 2 horas e um mximo de 6

horas dirias devem ser cumpridas. As excees devem ser justificadas a coordenao da Central de Estgios pelo professor supervisor, e por elas autorizada.

7.2 Atividades Complementares As atividades complementares caracterizam-se como um componente curricular obrigatrio que visam estimular a formao do educando autnomo, que busca novas oportunidades de aprendizagem alm dos componentes da estrutura curricular estabelecidos pelo curso. um mecanismo de aproveitamento de estudos e experincias realizadas pelo acadmico, complementares integralizao curricular, que dever ser realizado ao longo do curso, desde que obedecidas as normas e prazos da instituio para o cumprimento de tal atividade. Deve-se prever a incluso de atividades de carter cientfico, cultural e acadmica, articulando-se com e enriquecendo o processo formativo do educando como um todo, prevendo a ampliao do universo cultural dos educandos e diversificando os espaos educacionais, tais como: seminrios, apresentaes, exposies,

participaes em eventos cientficos, estudo de caso, aes de carter cientfico, tcnico, cultural e comunicativo, produes coletivas, monitorias, resoluo de situao-problema, e projetos de ensino. A carga horria das atividades complementares de acordo com as Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia o total de 300 horas e categorizam-se em dois tipos: Atividades Complementares Dirigidas, aquelas definidas pelo Colegiado do Curso e promovidas pela Rede de Ensino FTC, e Atividades Complementares Abertas, aquelas que o educando desenvolve independente da instituio, e categorizam-se em 3 (trs) grupos: Grupo 1 - Atividades de Ensino; Grupo 2 Atividades de Pesquisa; e Grupo 3 - Atividades de Extenso. So objetivos das Atividades Complementares: I. II. preparar e integrar o discente na prtica profissional; comprometer o estudante no desenvolvimento de um processo de auto-gesto em diferentes setores de atuao, a partir do saber acadmico adquirido; III. ampliar a viso acadmico-cientfico-cultural do discente, visando formao de um profissional atento s transformaes da sociedade; 41

IV.

proporcionar ao estudante espaos diferenciados para a aquisio do saber, estabelecendo relaes com a atuao profissional;

V.

levar o estudante reflexo, considerando o saber acadmico e as implicaes com os princpios ticos e de cidadania;

VI.

inserir o estudante na pesquisa, visando autonomia do sujeito na construo do saber;

VII. formar profissionais qualificados para atuar com flexibilidade, adequao e criatividade na prtica profissional. VIII. flexibilizar o currculo pleno do curso; IX. proporcionar instrumental. As atividades complementares previstas para o estudante de Pedagogia bem como horas de aproveitamento esto descritas no regulamento de Atividades ao estudante aperfeioamento crtico-terico e tcnico-

complementares em anexo.

7.3 Trabalho de Concluso de Curso

A elaborao do Trabalho de Concluso de Curso - TCC ser resultado de um processo gradativo de construo de conhecimento e valorizao do trabalho em pesquisa desenvolvido durante todo o curso, promovendo a capacidade de identificao de temticas, a formulao de problemas, a elaborao de projetos, a identificao de mtodos e de tcnicas, e o controle de planejamento dos educandos. O TCC de caracteriza como um trabalho obrigatrio individual ou em grupo, de carter terico e/ou prtico, configurando-se num momento de reflexo critica e investigativa, de consolidao do percurso da graduao, onde o futuro profissional tem a possibilidade de experienciar, com autonomia, um aprofundamento de seus conhecimentos em tema especfico, mediante orientao de um professor que componha o quadro de professores-orientadores da Faculdade da Cidade do Salvador e FTC e estabelecido pelo Colegiado do Curso. O TCC dever ser desenvolvido a partir de uma problemtica que esteja em consonncia com as linhas temticas de cada curso da instituio e a realidade regional de cada unidade, atravs da elaborao de um trabalho acadmico, a saber: Monografia; Artigo Cientfico; Plano de Negcios - envolve a elaborao de 42

um projeto de empresa- Escola, desde sua concepo filosfica at sua estrutura legal e operacional; Projeto de interveno - envolve a elaborao de um projeto com linhas de ao devidamente fundamentadas, buscando atender aos problemas detectados em uma dada realidade e as suas demandas; ou Prottipos e instrumentos desenvolvidos, ferramentas audiovisuais, metodologias criadas ou desenvolvidas. So objetivos da elaborao do TCC: I. avaliar as condies de qualificao do formando para acesso ao exerccio profissional; II. possibilitar ao educando o desenvolvimento de suas capacidades cientficas e criativas na sua rea de formao; III. correlacionar teoria e prtica do curso; IV. propiciar aos graduandos condies necessrias elaborao de um estudo terico e/ou trabalho de campo de acordo com as normas tcnicas que configuram a pesquisa cientfica; e V. incentivar o desenvolvimento de projetos de responsabilidade social. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, o Trabalho de Concluso de Curso de Pedagogia - TCC um trabalho monogrfico que dever ter carter cientfico e/ou filosfico, em conformidade com os princpios gerais de um trabalho de pesquisa cientfica no campo da Educao, constituindo-se de pesquisa terica ou terico-emprica. Dever focalizar um tema ligado aos contedos do curso e em consonncia com os objetivos do mesmo. Tem-se como objetivos: I. Possibilitar o aprofundamento de temas abordados durante o curso, integrando os contedos e atividades desenvolvidas nas diversas disciplinas; II. Aprimorar as habilidades acadmicas trabalhadas e desenvolvidas pelo estudante no decorrer do curso; III. Proporcionar ao estudante uma perspectiva de trabalho em uma linha de pesquisa com critrios qualificadores que possibilitem a formao de um futuro pesquisador; IV. Viabilizar o exerccio da elaborao escrita e apresentao oral do trabalho monogrfico. Maiores detalhamentos esto contidos no Regulamento de TCC. 43

7.4 Monitoria

A Monitoria visa proporcionar aos discentes dos cursos de graduao da Rede de Ensino FTC a oportunidade de engajar-se em um plano de atividades de ensino, a partir do planejamento do professor responsvel pela disciplina, possibilitando o aprofundamento do conhecimento em determinada rea especfica e o

desenvolvimento de atitudes e habilidades favorveis sua formao acadmica profissional. A orientao e o acompanhamento pedaggico do monitor estaro a cargo do professor responsvel pela disciplina e da coordenao do curso a que estiver vinculada a mesma, que buscaro criar condies para que o discente possa desenvolver o pensamento e o comportamento necessrios para a realizao do trabalho cientfico independente. Caber ao professor responsvel pela disciplina o estabelecimento de novas prticas e experincias pedaggicas, fortalecendo a articulao teoria/prtica e a integrao curricular em seus diferentes aspectos, promovendo a cooperao acadmica entre discentes e docentes, de modo a intensificar o relacionamento entre educandos e professores. So objetivos das atividades de Monitoria: I. ampliar a participao de educandos de graduao no processo educacional e nas atividades relativas ao ensino; II. favorecer o desenvolvimento de atividades de nivelamento escolar, de modo a superar problemas de repetncia, evaso e falta de motivao; III. criar condies para a iniciao da prtica da docncia por meio de atividades de carter pedaggico diferenciadas e do desenvolvimento de habilidades relacionadas a estas atividades; IV. propor formas de acompanhamento de educandos que apresentem

dificuldades; V. pesquisar metodologias de ensino adequadas ao ensino da disciplina em questo; VI. desenvolver projetos de pesquisa e/ou de extenso relativos disciplina;

VII. contribuir para a formao do educando-monitor, visando docncia no ensino superior, por permitir a vivncia pedaggica. 44

A Monitoria tem por objetivo proporcionar ao estudante de graduao do Curso de Pedagogia oportunidade de engajar-se em