PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

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Presidente Prudente – SP 2017 ESTABELECIMENTO DO DRIS PARA LIMA ÁCIDA TAHITI NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ RICARDO AUGUSTO DA SILVA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO EM AGRONOMIA

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Presidente Prudente – SP 2017

ESTABELECIMENTO DO DRIS PARA LIMA ÁCIDA TAHITI NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ

RICARDO AUGUSTO DA SILVA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO EM AGRONOMIA

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Presidente Prudente – SP

2017

ESTABELECIMENTO DO DRIS PARA LIMA ÁCIDA TAHITI NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ

RICARDO AUGUSTO DA SILVA

Tese apresentada a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade do Oeste Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Agronomia.- Área de Concentração: Produção Vegetal Orientador: Professor Dr. José Eduardo Creste

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633.73 S586d

Silva, Ricardo Augusto da. Estabelecimento do DRIS para Lima Ácida Tahiti na região Noroeste do Paraná / Ricardo Augusto da Silva. – Presidente Prudente, 2017.

82 p. f.: il.

Tese (Doutorado em Agronomia) -Universidade do Oeste Paulista – Unoeste, Presidente Prudente, SP, 2017.

Bibliografia. Orientador: Professor Dr. José Eduardo Creste

1. DRIS. 2. Lima Ácida Tahiti. 3. Nutrição. I. Título.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus Pais Sebastião Aurélio da Silva e Lizete Ap. Schelbauer

da Conceição da Silva, as minhas irmãs Heloisa Celis da Silva e Renata Camila da

Silva, ao meu filho Bryan Braido Schelbauer da Silva e a todos que ajudaram a

concretizar mais um dos meus sonhos, afinal, a caminhada continua, sempre com

Fé, Força e Foco.

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AGRADECIMENTOS

À DEUS, pela vida, saúde, inteligência minha e de todos que participaram do

trabalho.

Ao orientador professor Dr. José Eduardo Creste, pela parceria,

compreensão (muitas vezes agindo como um PAI), convivência e transmissão de

conhecimentos relacionados a pesquisa e conduta pessoal e profissional, bem como

sua assessoria na reitoria (Karine Lima e Maria do Carmo).

À todos os Professores, ao Coordenador do Curso e funcionários da

UNOESTE, pelo companheirismo e compreensão. Aproveito também para

agradecer aos funcionários da Fazenda Escola da UNOESTE Rosa e Edson

(Negão), bem como o professor Dr. Paulo Claudeir (Paulinho) e o professor Pedro

Veridiano Baldotto “Tomate” (estágio na docência).

Aos membros da banca examinadora professores Dr. Carlos Sérgio Tiritan e

Dra. Maira Uliana da UNOESTE, pesquisador Dr. Rodrigo Marcelli Boareto do

Centro de Citricultura Sylvio Moreira (APTA – IAC) e professor Dr. José Francisco

Grillo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) .

À mãe do meu filho Alizete Braido de Oliveira, pelo apoio e compreensão

durante todo o trabalho.

Aos colegas de trabalho e amigos do Instituto EMATER Evalton Turci

Sidney, Cesar Lopes Scucuglia, Edimilson Moreira, Laércio Thomazella, Luis Carlos

Zacharias, Paulo Lavacqui, Josilvam José Antunes, Leda Mariza Freires de Araujo

Rodrigues, Icléya Martins Gabriel, Carlos Eduardo Peixoto Fontes, Paulo Roberto

Milagres, Eduardo Libanori, Rodolfo Mayer, Ailton Donizete Silverio (Ailtão), José

Francisco Lopes Junior (Chicão), Cristovon Videira Ripol, Douglas Mochi Victor,

Valdir Koch, Matheus Ribeiro, Jair Klein, Liane Poyer e Luiz Marcelo Franzin que

também me apoiaram durante a realização do Curso.

À todos os colegas da Pós-graduação Strictu Sensu (Mestrado e

Doutorado), em especial Eng. Agr. Dr. Wellington Guerra, Amarildo, Luanda Febo,

Alexandre Paião, Lucas Prado Paço (NEAGEO), Vinicius Jose Souza Peres,

professores Doutores William Takata, Tiago Catuchi Aranda, Alexandrius e Frank,

bem como todos os membros do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste

Paulista (GPAGRO) que estiveram juntos durante todo período na UNOESTE, foram

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momentos valiosos.

Ao Governo do Paraná (Governador Beto Richa), através da Casa Civil

(secretário Valdir Luiz Rossoni), Secretaria da Administração e Previdência (SEAP)

(secretária Dinorah Botto Portugal Nogara) e Secretaria da Agricultura e

Abastecimento (SEAB) (secretário Norberto Anacleto Ortigara) pela liberação de

forma oficial para que eu pudesse cursar o Doutorado em Agronomia.

À gerência regional do EMATER de Maringá, representada pelo gerente

regional Cesar Miguel Candeo dos Santos, coordenadores Egberto Zulian e Carlos

Eduardo Vercesi pelo apoio prestado durante todo o curso, bem como à todos que

trabalham na unidade regional de Maringá.

Ao grupo de profissionais que trabalham com a cadeia produtiva da

Horticultura do Instituto EMATER, representado pelo extensionista José Odair Mazia

pelo apoio e acreditar no trabalho, bem como ao engenheiro agrônomo da

Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB)/Departamento de Economia

Rural (DERAL) Paulo Fernando de Souza Andrade.

Aos ex-prefeitos Edson Palotta Netto (Santa Fé), Sebastião Aurélio da Silva

(Iguaraçu), Pedro Vicentin (Ângulo), Gerson Zanusso (Nova Esperança) e Amarildo

Novato (Altônia), municípios participantes do projeto, pela autorização e apoio

durante a realização do trabalho.

Ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), pela parceira na realização do

trabalho, representado pelo Diretor Presidente Florindo Dalberto e Diretor Técnico-

Científico Tiago Pellini. A Dra. Heverly Morais, pela ajuda na obtenção dos dados

meteorológicos e aos Doutores Ademir Calegari, Rafael Fuentes Llanillo, Tumoru

Sera e Cezar Francisco Araujo Junior pelo apoio, bem como a todos os servidores

lotados no laboratório de análises agronômicas (solos e folhas).

À todos os agricultores familiares de Santa Fé, Altônia, Nova Esperança,

Ângulo e Iguaraçu – PR, em especial aos que participaram deste trabalho, ao amigo

Engenheiro Agrônomo da AHORTA e fruticultor Greder Maicon Laverde, cedendo os

dados e material para pesquisa, meu muito obrigado pela confiança e paciência. Aos

engenheiros agrônomos David Urgnani e Renan Oliveira da MINORGAN

fertilizantes. A equipe da COCAMAR de Altônia e ao engenheiro agrônomo Bruno

Sander Zulian.

Aos amigos Médico Veterinário M.Sc Rogério Morcelles Dereti da EMBRAPA

Gado de Leite, Engenheiro Agrônomo Dr. Moacir José Sales Medrado da MCA

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Consultoria, Professor Dr. Arney Eduardo do Amaral Ecker, Engenheiro Civil José

Carlos Schiavinato, Engenheira Agrônoma Maria Helena da Cruz, Professor José

Henrique Campana (UNOPAR Londrina) e Engenheiro Agrônomo Ângelo Liberio

Robertina e sua esposa Ana Paula. Aos amigos de Iguaraçu e região Matheus

Milani, Jorge Fernando dos Santos (Jorge Barboza), Jorge Luiz Vitor de Souza

(Jorge Rasteira), Jhonatan Silva (Gaiteiro), Renan Jesus da Silva (Larva), Rômulo

Moreira da Silva, Walter Ferreira, Luiz Alberto Hirata, Aparecido Sena, Almir

Azevedo dos Santos (Banho e Tosa), Sebastião Roque Omenário (Tiãozinho da Ná),

Wanderson Goulart, Adão Francisco dos Santos, Adilson Nunes Pinheiro, Demilson

Gomes, família Pereira (Vitor, Vitor JR, Tia Ana), família Yamada de Mamborê - PR,

Osvaldo Bessa (agricultor Santa Fé), Ednilson Pedrazzani (Nicinho), família de

agricultores Sussai, Beloto (Liqueta e família), Ferreira (Jacarezinho), Pedrazzani

(José Arlindo e irmãos), José Luiz Zordan Passeri (Zé Luiz Café Acácia), João Rosa

Neto (João Bomba), administradora Janaína Aparecida da Silva (Pitangueiras –

Santa Fé) e administrador Valteir Galdino de Nóbrega (SANEPAR) pela parceria e

apoio.

Aos meus colegas de trabalho na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)

campus Arapongas Luiz Carlos Vidotto (coordenador do curso de Agronomia), Nilton

Fukushima, Ricardo Vignoto, Amanda Leticia Pit Nunes, Fabrício Gonzeli e Diego

Flavio Vieira (obrigado pela ajuda na elaboração de gráficos na tese), bem como

todos os funcionários (as) e a todos os acadêmicos (as) dos quais convivo

diariamente.

À todos os componentes da equipe da unidade municipal do Instituto

EMATER de Santa Fé e da prefeitura do Município de Santa Fé, em especial a todos

os diretamente envolvidos no trabalho diário Rosangela (mãe), Antonio Galindo e

Maria Almeida.

Por fim, aos Santafeenses Ivo (Mais Uma Obra), Cleusa Crivelari, Maria de

Fátima Almeida, Dalva Santos, Mirian Carla Favarin, Juvenal Scandelai Junior, Victor

Bottan, Severino, Irmão Doracil e Jornalista Marcelo Soares da Silva (Jornal O

Pioneiro) obrigado equipe.

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"Toda sabedoria vem do Senhor DEUS e com ele esteve sempre e está antes de

todos os séculos; o temor a DEUS é plenitude da sabedoria, é o que enche dos seus

frutos aos que possuem (Eclesiástico cap. 1, ver. 1 e 20)”

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RESUMO Estabelecimento do DRIS para Lima Ácida Tahiti na região Noroeste do Paraná O Brasil possuí uma área de 715.580 mil hectares de frutas cítricas (Laranja e Limão), resultando em uma produção no ano de 2015 de 17.926.518,00 milhões de toneladas, sendo que desse montante 47.391 mil ha são de Limão e Lima Ácida (IBGE, 2017), o que demonstra a importância da atividade para o país. No Paraná, o Limão/Lima Ácida Tahiti ocupa uma área de 1034 hectares, resultando em uma produção de 30.141 toneladas, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 50.637.384,00 milhões (1,8% da produção da fruticultura estadual), mostrando a importância da cultura para o estado. O trabalho foi realizado entre os meses de Fevereiro de 2015 à Julho de 2016 (safras 2014/2015, 2015/2016), em propriedades rurais situadas nos municípios de Santa Fé, Ângulo, Iguaraçu, Nova Esperança e Altônia, ambos no estado do Paraná. Obteve-se o estabelecimento das normas DRIS para a diagnose nutricional da Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o Estado do Paraná, utilizando como padrão a produtividade de 32,5 t ha-1 (safras 2014/2015 e 2015/2016). Observou-se nos dados das amostras do ponto de corte escolhido (acima de 32,5 t ha-1) que, no ano agrícola 2014/2015 a deficiência maior foi do nutriente B (40%), seguido do Mg (26%). Quanto aos teores dos nutrientes excessivos, verificou-se nos nutrientes S (25%), seguidos do Ca (20%) e K (18%). Já, nos resultados com os dados do ano agrícola 2015/2016, verificou-se deficiência de P (21%), seguido dos nutrientes B e Fe (20% ambos). Em relação aos teores de nutrientes excessivos, pode-se observar o K (21%), seguido dos nutrientes N (16%) e Mn (14%). Pode-se definir um critério para escolha de qual matriz gerada pelo sistema DRIS utilizar à nível de campo, haja vista que quanto maior a produtividade menor foi o IBN, através do cálculo e análise da correlação (r) entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis produtivos. obteve-se o estabelecimento das normas DRIS para a Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o estado do Paraná, utilizando como padrão, a produtividade acima de 32,5 t ha-1. Palavras-chave: Citros, Diagnose Foliar, Fertilidade do Solo, Citrus latifolia, Nutrição Mineral de Plantas.

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ABSTRACT

Establishment of DRIS for Tahiti Lime in the Northwest of Paraná Brazil has an area of 715,580 thousand hectares of citrus fruits (Orange and Lemon), resulting in a production in the year 2015 of 17,926,518.00 million tons, of which 47,391 thousand ha are of Lemon and ‘Tahiti’ Lime (IBGE, 2017), which demonstrates the importance of the activity for the country. In the state of Paraná, the Lemon / ‘Tahiti’ Lime area occupies an area of 1034 hectares, resulting in a production of 30,141 tons, generating a Gross Production Value (VBP) of R$ 50,637,384.00 million (1,8% of state fruit production), showing the importance of the crop to the state. The work was carried out between February 2015 and July 2016 (2014/2015, 2015/2016), in rural properties located in the municipalities of Santa Fé, Ângulo, Iguaraçu, Nova Esperança and Altônia, both in the state of Paraná . It was obtained the establishment of the DRIS norms for the nutritional diagnosis of Tahiti Lime (Citrus latifolia Tanaka) for the State of Paraná, using as standard the productivity of 32.5 t ha-1 (2014/2015 and 2015/2016 crops). It was observed in the data of the samples of the selected cut point (above 32.5 t ha-1) that in the agricultural year 2014/2015 the major deficiency was nutrient B (40%), followed by Mg (26%). As for nutrient contents, nutrients S (25%), Ca (20%) and K (18%) were observed. Already, in the results with the data of the agricultural year 2015/2016, deficiency of P (21%) was verified, followed by the nutrients B and Fe (20% both). In relation to the contents of excessive nutrients, one can observe K (21%), followed by nutrients N (16%) and Mn (14%). It is possible to define a criterion for choosing which matrix generated by the DRIS system to use at the field level, since the higher the productivity, the lower the IBN was obtained by calculating and analyzing the correlation (r) between the Nutritional Balance Index IBN) and DRIS matrices for the different productive levels. it was obtained the establishment of the DRIS standards for Tahiti Lime (Citrus latifolia Tanaka) for the state of Paraná, using as standard, productivity above 32.5 t ha-1. Keywords: Citrus, Leaf Diagnosis, Soil Fertility, Citrus latifolia, Mineral Nutrition of Plants.

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LISTA DE SIGLAS

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

EMATER – Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural

IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná

IAC – Instituto Agronômico de Campinas

UNOPAR – Universidade Norte do Paraná

AHORTA – Associação dos Hortifruticultores de Altônia

SEAB – Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná

DERAL – Departamento de Economia Rural do Paraná

DRIS - Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação

CND – Diagnose de Composição Nutricional

N – Nitrogênio

P - Fósforo

K - Potássio

Ca – Cálcio

Mg - Magnésio

S - Enxofre

B - Boro

Cl - Cloro

Zn - Zinco

Mn – Manganês

Cu – Cobre

Fe – Ferro

DVC – Divisão Celular

DFC – Diferenciação Celular

EC – Expansão Celular

M – Maturação

MOS – Matéria Orgânica do Solo

PRA – Índice Potencial de Resposta à Adubação

LVd – Latossolo Vermelho Distrófico

PVd – Argissolo Vermelho Distrófico

IBN – Índice de Balanço Nutricional

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HLB – Huanglongbing – Doença Greening causada pelas bactérias Candidatus

Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus.

AVINOPAR – Associação dos Avicultores do Norte do Paraná.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Imagem de satélite mostrando os municípios de Santa Fé (verde), Ângulo (preto), Iguaraçu (azul), Nova Esperança (vermelho) e Altônia (laranja)....................................................

29

FIGURA 2 - Mapa de localização mostrando os municípios de Santa Fé (laranja), Ângulo (rosa), Iguaraçu (roxo), Nova Esperança (marrom) e Altônia (verde)........................................................

30

FIGURA 3 - Imagem de satélite mostrando as plantas amostradas (pontos vermelhos e marcos amarelos).................................................

36

FIGURA 4 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2015.......................................

40

FIGURA 5 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2016.......................................

41

FIGURA 6 - Relação entre a produtividade das amostras de l Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2015...........................................

42

FIGURA 7 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2016...........................................

42

FIGURA 8 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2015.........................................

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FIGURA 9 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2016.........................................

44

FIGURA 10 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Cálcio em 2015.............................................

45

FIGURA 11- Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti o teor de Cálcio em 2016................................................

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FIGURA 12- Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2015........................................

47

FIGURA 13 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2016........................................

48

FIGURA 14 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2015...........................................

49

FIGURA 15 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2016...........................................

49

FIGURA 16 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2015...............................................

50

FIGURA 17 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2016................................................

51

FIGURA 18 - Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2015................................................

52

FIGURA 19 - Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2016................................................

52

FIGURA 20 - Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2015........................................................

53

FIGURA 21 - Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2016........................................................

54

FIGURA 22 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2015......................................

55

FIGURA 23 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2016......................................

55

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FIGURA 24 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2015..............................................

56

FIGURA 25 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2016..............................................

57

FIGURA 26 - Correlação (r) entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis produtivos.................

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Exigências climáticas para cultivo da Lima Ácida Tahiti... 20 TABELA 2 - Dados climáticos no período de 2015 à 2016 das

Estações Meteorológicas do IAPAR em Londrina (LON) e Umuarama (UMU) - PR..................................................

31

TABELA 3 - Resultados de análises físicas de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti na profundidade de 0 a 50 cm safra 2015/2016...........................................................

31

TABELA 4 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2014/2015...........................................................

32

TABELA 5 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2015/2016...........................................................

33

TABELA 6 - Características das diferentes variedades porta-enxertos utilizadas para elaboração do banco de dados do DRIS Lima Ácida Tahiti para a região Noroeste do estado do Paraná................................................................................

34

TABELA 7 - Teores de macro e micronutrientes presentes em cama de aviário com 10 criadas (maravalha)..............................

35

TABELA 8 - Valores médios de macro e micronutrientes em folhas de Lima Ácida Tahiti em função da fase de desenvolvimento da planta para a diferenciação das sub populações de alta produtividade (A) e de baixa produtividade (B)...........

58

TABELA 9 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2015................................

60

TABELA 10 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2016................................

61

TABELA 11 - Valores médios e as relações possíveis entre os nutrientes, variância, coeficiente de variação, relação de variância entre sub populações A e B e (Teste F).............

64

TABELA 12 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2015...........................................

68

TABELA 13 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2016...........................................

70

TABELA 14 - Relação dos nutrientes estudados, faixas de padrões existentes e normas DRIS estabelecidas para a Lima Ácida Tahiti........................................................................

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 17 2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 19 2.1 Cultura da Lima Ácida Tahiti – Aspectos Gerais................................. 19 2.2 Fisiologia da Lima Tahiti........................................................................ 20 2.3 Aspectos Nutricionais da Lima Ácida Tahiti........................................ 21 2.4 Sistema DRIS.......................................................................................... 23 2.4.1 Sistema DRIS na Citricultura..................................................................... 3 MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................

26 29

3.1 Caracterização Climática........................................................................ 30 3.2 Caracterização dos Solos....................................................................... 31 3.3 Coleta de Dados, Tratos Culturais e Cultivares................................... 33 3.3.1 Unidades de Amostragem......................................................................... 35 3.4 Métodos.................................................................................................... 3.4.1 Forma de Interpretação dos Resultados...................................................

36 38

3.4.2 Definição do Índice de Balanço Nutricional (IBN)..................................... 38 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 39 4.1 Estudo das Relações entre a Composição Foliar e a Produção..... 39 4.1.1 Macronutrientes......................................................................................... 39 4.1.2 Micronutrientes.......................................................................................... 50 4.2 Desenvolvimento da Metodologia DRIS na Cultura da Lima Ácida Tahiti.........................................................................................................

57

4.2.1 Definição das normas foliares................................................................... 58 4.2.2 Apresentação das normas de acordo com os parâmetros nutricionais.... 63 4.2.3 Relação DRIS estabelecida e faixas de padrões existentes .................... 73 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 74 6 CONCLUSÕES......................................................................................... 75 REFERÊNCIAS......................................................................................... 76

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1 INTRODUÇÃO

A profissionalização da fruticultura é de extrema importância, pois

tornam-se cada vez mais elevados os custos de insumos e mão de obra. Assim,

deve-se racionalizar a produção, aumentar a produtividade e, paralelamente à

qualidade dos frutos. Muitos avanços têm sido observados, buscando-se a eficiência

no cultivo da Lima Ácida Tahiti, utilizando-se plantas mais produtivas obtidas por

meio do melhoramento genético, tanto nas variedades copa quanto nos porta-

enxertos.

Apesar destes avanços, o conhecimento profundo sobre a nutrição

mineral da Lima Ácida Tahiti, objetivando a recomendação de adubação racional

mostra-se um dos passos mais relevantes a serem considerados. Porém, faz-se

necessário a geração de conhecimentos relacionados a nutrição mineral de plantas

cítricas, haja visto que os parâmetros utilizados no estado do Paraná foram gerados

em pesquisas do estado de São Paulo.

A forma comum de suprir as necessidades nutricionais da planta é

feita, em sua maioria com base em análise química dos solos e quando se faz

análise foliar os resultados são comparados aos índices tabelados, sendo os níveis

de nutrientes analisados de forma isolada, não se considerando a interação entre

estes (SCUCUGLIA, 2012).

Embora tenha sido desenvolvido a partir de 1956, o desenvolvimento

do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação - DRIS (Diagnosis and

Recommendation Integrad System) relaciona os teores de nutrientes e os analisa

aos pares, tendo como fundamento a Diagnose Fisiológica (BEAUFILS, 1957), esta

metodologia ainda não é bem conhecida e/ou divulgada aos técnicos de campo.

Estudos, com algumas culturas, utilizando o DRIS, têm sido realizados,

inclusive no Brasil, com boas perspectivas (BATAGLIA; SANTOS, 1990; CRESTE,

1996; CRESTE; NAKAGAWA, 1997; BATAGLIA et al., 2004; WADT, 2005;

PARTELLI; VIEIRA; COSTA, 2005; PARTELLI et al., 2006a; PARTELLI et al., 2006b;

CAMPOS, 2009; PIPERAS; CRESTE; ECHER, 2009; FARNEZI; SILVA;

GUIMARÃES, 2009; CRESTE; ECHER, 2010; LANA et al., 2010; FARNEZI et al.,

2010; MAIA, 2012; DIAS et al., 2013a; DIAS et al., 2013b; SCUCUGLIA; CRESTE,

2014; SILVA et al., 2015; DEZORDI et al., 2016; SALDANHA et al., 2017).

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Devido à carência do conhecimento relativo à cultura da Lima Ácida

Tahiti aliada ao sucesso encontrado pela utilização do DRIS em diversas culturas,

procurou-se neste trabalho conhecer o ranking dos principais nutrientes exigidos e

as interações entre eles que influenciam a produção de lima ácida, bem como

algumas das variáveis capazes de afetá-los, e então derivar os seus resultados para

o estabelecimento do método DRIS nessa cultura, de acordo com as condições

edafoclimáticas predominantes para região Noroeste do Estado do Paraná.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Cultura da Lima Ácida Tahiti – Aspectos Gerais

O Brasil possuí uma área de 715.580,00 mil hectares de frutas cítricas

(Laranja e Limão), resultando em uma produção no ano de 2015 de 17.926.518,00

milhões de toneladas, sendo que desse montante 47.391 mil ha são de Limão e

Lima Ácida (IBGE, 2017), o que demonstra a importância da atividade para o país.

No Paraná, o Limão e Lima Ácida Tahiti ocupa uma área de 1034

hectares, resultando em uma produção de 30.141 toneladas (SEAB/DERAL, 2017),

gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 50.637.384,00 milhões (1,8% da

produção da fruticultura estadual), mostrando a importância da cultura para o

estado. Porém, para que essa atividade continue sendo rentável para os

agricultores, há necessidade de aumentar a produtividade e tornar a produção de

Lima Ácida Tahiti mais competitiva em relação as outras variedades cítricas.

A Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka), conhecida e consagrada

entre os consumidores brasileiros como “limão Tahiti” é uma das preciosidades da

citricultura. Seu cultivo se difundiu pelos países das três Américas, único continente

onde o Lima Ácida Tahiti é produzido comercialmente (CEASA CAMPINAS, 2017).

O Centro de Origem da Lima Ácida Tahiti no mundo não é claramente conhecido

(LUCHETTI et al., 2003).

A seguir, tem-se conforme Luchetti et al. (2003) a classificação

taxonômica desta espécie:

• Família: Rutaceae

• Gênero: Citrus

• Espécie: Citrus latifolia (Yu. Tanaka) Tanaka.

O ciclo de desenvolvimento pode variar de 6 à 16 meses entre o

florescimento e a maturação dos frutos (MATTOS JR; QUAGGIO; CANTARELLA,

2009). Quanto às exigências climáticas, o Lima Ácida Tahiti tem grande adaptação

aos diferentes tipos de clima, conforme a Tabela 1.

Page 21: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

20

TABELA 1 – Exigências climáticas para cultivo da Lima Ácida ‘Tahiti’. FATORES CLIMÁTICOS Precipitação média ideal 700 à 1200 mm Temperatura média ideal 22 à 33oC Fonte: (MEDINA; SILVA, 2003).

No Brasil, existem apenas duas seleções de plantas conhecidas

disponíveis, o 'IAC-5', também conhecido como 'Peruano' e a seleção 'Quebra-

Galho ' (contaminada por viróides), sendo as mais estudadas na Região Sudeste

do País (SANTOS et al., 2016).

Sob o aspecto nutricional, a lima ácida é rica em vitamina C, ácido

fólico, niacina e piridoxina, além de possuir, em sua constituição, compostos

fenólicos, entre outros compostos bioativos (substâncias com alto potencial

antioxidante) (VIANA, 2010).

2.2 Fisiologia da Lima Tahiti

A Lima Ácida Tahiti tem como característica o porte arbustivo, tronco

cilíndrico, raiz pivotante, profunda e amplamente ramificada, próxima à superfície do

solo. Trata-se de uma planta com metabolismo C3, sendo o desenvolvimento

vegetativo influenciado pela temperatura do ar, haja vista que as plantas brotam em

qualquer época do ano, sendo a brotação mais importante a da primavera, por ser

aquela que desenvolve mais flores (MEDINA, 2003).

Possuí folhas simples, coriáceas, glabras e lustrosas, de 3 – 7 cm de

comprimento, com pecíolo brevemente alado. As flores são solitárias ou em cachos

e os botões tingidos de púrpura, dispostos em racemos terminais curtos

(MACHADO, 2014). Seus frutos são robustos, de formato arredondado, casca lisa

ou ligeiramente rugosa, de coloração verde. A polpa é verde clara, muito suculenta e

sem sementes (TRUCOM, 2014).

A temperatura determina a velocidade das reações enzimáticas,

afetando a taxa de respiração nas plantas (MARENCO; LOPES, 2009) e no Tahiti

causa influência nos diversos processos fisiológicos, mas principalmente no

florescimento. Com temperaturas mais altas, o período de floração-maturação é

bastante encurtado e os frutos permanecem pouco tempo na planta depois de

Page 22: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

21

maduros. Os climas quentes são propícios ao cultivo dos pomelos e toranjas, limas

doces e ácidas (JUNQUEIRA, 2013), haja vista que a faixa de temperatura ideal

para a cultura é de 22 à 33oC.

Além da temperatura, a umidade é outro fator considerado de

importância no cultivo da Lima Ácida Tahiti, tendo em vista sua alta suscetibilidade à

doenças fúngicas, especialmente a gomose, causada por fungos do gênero

Phytophthora (COELHO et al., 1998).

Os citros passam pelos seguintes estádios fenológicos: Indução Floral

(estímulos ambientais ligados a redução crescimento, ocasionados pela diminuição

de temperatura); Repouso Vegetativo (redução de taxa de crescimento ocasionados

pela seca ou inverno rigoroso); Florescimento (ocorre após o período de indução e

repouso, com maior intensidade quando existirem condições térmicas e hídricas

favoráveis, podendo ocorrer durante todo o ano); Fixação do fruto (fase bastante

extensa, iniciando-se após a polinização, podendo ocorrer queda dos frutos

ocasionado principalmente por fatores de ordem fisiológica, ambiental e

fitossanitária, acontecendo a maior queda em novembro); Crescimento do fruto

[(subdividido em 4 fases – DVC (divisão celular – define tamanho potencial fruto);

DFC (diferenciação celular); EC (expansão celular – rápido crescimento de 2 à 12

meses) e M (maturação – lento crescimento fruto, pequeno aumento sólidos solúveis

e rápido decréscimo acidez total)] (JUNQUEIRA, 2009), sendo recomendado o

estudo da fenologia do citros para cada condição edafoclimática de onde é cultivada.

2.3 Aspectos Nutricionais da Lima Ácida Tahiti

A Lima Ácida Tahiti por ser uma planta de ciclo perene, com porte

arbustivo, tem exigências nutricionais diferentes, de acordo com o seu ciclo

fenológico, onde a nutrição adequada dos pomares, por meio do manejo adequado

da calagem e adubação em pomares de citros torna-se importante fator de

produção, qualidade dos frutos e rentabilidade da atividade citrícola (MATTOS JR;

QUAGGIO; CANTARELLA, 2003), porém, poucas são as informações sobre

avaliação e manejo nutricional da Lima Ácida Tahiti.

Os macronutrientes primários atuam na planta cítrica de forma

significativa, o nitrogênio compõe a clorofila, proteínas, aminoácidos, amidos, dentre

outros. Já o fósforo é componente da Adenosina Trifosfato (ATP) e tem função

Page 23: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

22

importante nas reações de oxidação e redução das células. Por fim, o potássio não

possuí função estrutural, mas sim metabólica, atuando como regulador e catalisador

do metabolismo das plantas (JUNQUEIRA, 2013).

O fornecimento desses nutrientes são, em sua totalidade, realizados

via adubações (fertilizantes minerais e orgânicos) preferencialmente no período das

águas (primavera – verão). Silva, Silva e Simão (2016), em trabalho realizado

avaliando a produção e nutrição da Lima Ácida Tahiti em função da adubação com

nitrogênio e potássio em cinco safras na região do Norte de Minas, concluíram que

as doses de N para alcançar a máxima eficiência técnica do limão são 90, 99, 69, 66

e 100 kg ha-1 de N, sendo que para alcançar a máxima eficiência econômica são 85,

95, 67, 64 3 93 kg ha-1 de N, na primeira, segunda, terceira, quarta e quinta safra,

respectivamente e as doses de K estimadas para alcançar a maior eficiência técnica

de limão são 126, 116, 101, 98 e 95 kg ha-1 de K2O, bem como as doses para obter

máxima eficiência econômica são 112, 105, 94, 90 e 88 kg ha-1 de K2O na primeira,

segunda, terceira, quarta e quinta safra, respectivamente.

Com relação aos micronutrientes (B, Zn e Mn), são estes os mais

importantes para a produção cítrica, cuja deficiência também é mais frequente em

condições edáficas brasileiras, sendo a deficiência de B a mais frequente na

citricultura (MATTOS JR; QUAGGIO; CANTARELLA, 2003).

Visando evitar os excessos, faz-se necessário a aplicação de

tecnologias eficazes no diagnóstico e recomendação de fertilizantes e corretivos. Em

trabalho realizado na Espanha, Martínez-Alcántara et al. (2016) constataram que no

passado, a produção de citros era focada exclusivamente na maximização do

rendimento para os mercados comerciais e que taxas de fertilizantes excessivas

foram assim fornecidas às culturas, assim, como consequência existiu um aumento

dos teores de macronutrientes, resultando em efeitos fitotóxicos no crescimento da

planta e contaminação das águas subterrâneas.

Uma tecnologia bastante eficaz no fornecimento de nutrientes e com

bom potencial para crescimento do seu uso na citricultura são as plantas de

cobertura, que de acordo com estudos científicos, aumentam o teor de Matéria

Orgânica do Solo (MOS), promove a reciclagem de nutrientes, levando para

camadas mais profundas do solo Ca, Mg, K, P e micronutrientes (RAGOZO;

LEONEL; TECCHIO, 2014).

Page 24: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

23

Visando obter um diagnóstico nutricional das plantas, Malavolta (1992)

relatou que faz-se necessário recorrer a análise foliar como uma ferramenta a mais

para se fazer uma adubação adequada. De posse dos resultados, o método

tradicional de interpretação desses resultados é através da utilização da

comparação dos laudos laboratoriais contendo os teores de nutrientes encontrados

nas folhas com os valores médios de nutrientes para Citrus tabelados. Os teores de

nutrientes encontrados nas folhas não dependem exclusivamente da disponibilidade

dos mesmos no solo e sim de diversos fatores como combinações entre porta-

enxertos e copas, idade da folha e interações entre nutrientes.

Mattos Jr., Quaggio e Cantarella (2003) relataram que as faixas de

interpretação dos resultados da análise de folhas para a cultura de Lima Ácida Tahiti

foram inicialmente estabelecidas com base em estudos, principalmente, nos EUA e

depois adaptadas para as condições brasileiras.

2.4 Sistema DRIS

O Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) tem como

objetivo o de disponibilizar, através de correlações de resultados de análises de

tecidos vegetais (folhas) com a produtividade das lavouras em questão, gerar

índices de cada nutrientes, facilitando assim a diagnose nutricional das plantas.

Souza et al. (2000) concluíram que as normas DRIS em lavouras cafeeiras do

Estado de Minas Gerais devem ser regionalizadas, haja vista que as diferentes

diagnoses nutricionais dos teores foliares reforçam a necessidade do

estabelecimento de padrões locais para avaliação do estado nutricional do cafeeiro

no Sul de Minas Gerais (REIS JUNIOR et al., 2000). Ainda segundo Reis Junior et.

al. (2000), normas DRIS preliminares foram estabelecidas para cafeeiros do Sul de

Minas Gerais, sendo que faz-se necessário redobrar cuidados com contaminações

decorrentes de aplicações foliares de micronutrientes, haja visto que as mesmas

podem prejudicar a diagnose nutricional de outros nutrientes pelo DRIS no cafeeiro

(BATAGLIA; SANTOS; QUAGGIO, 2000).

O monitoramento da fertilidade dos cafezais, utilizando de análises de

solos e folhas, tem sido cada vez mais recomendados, transformando-se em uma

prática indispensável, visando recomendações de corretivos e fertilizantes mais

equilibradas e economicamente mais interessantes.

Page 25: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

24

Porém, mesmo utilizando análises de solo e folhas, existem limitações

que influenciam na recomendação, que com o Sistema Integrado de Diagnose e

Recomendação (DRIS) podem ser superadas, pois o sistema permite o cálculo de

índices para cada nutriente, utilizando-se relações entre um determinado nutriente e

os demais e comparando-as com uma população de referência (BATAGLIA et al.,

2004), proporcionando a determinação da sequência de limitação nutricional

(PARTELLI et al., 2006a), configurando-se como um método de interpretação da

análise foliar que considera o equilíbrio nutricional (FAQUIN, 2002).

Visando viabilizar o cálculo rápido do índice DRIS e índice potencial de

resposta a adubação (PRA) para o cafeeiro arábica por pesquisadores,

extensionistas e produtores, foi desenvolvido o programa eletrônico denominado

DRIS-PRA Café – Arábica, que utilizou normas DRIS geradas a partir de uma

população de referência composta por 159 lavouras de café das regiões de

Patrocínio, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso, Manhuaçu e Viçosa, cujas

produtividades nos anos agrícolas de 1996 a 1999 superaram 30 sacas ha-1 na

média de dois anos consecutivos (LEITE et al., 2003). Andrade et al. (2005), em

trabalho realizado no Estado do Rio de Janeiro, concluíram que baseado no banco

de dados gerados foi possível estabelecer normas DRIS preliminares para a cultura

do cafeeiro o cálculo do índice DRIS permitiu detectar em cada lavoura de alta

produtividade amostrada a ordem decrescente dos nutrientes mais limitantes, seja

tanto por excesso, quanto por deficiência.

Wadt (2005) relata que o DRIS utiliza relações entre pares de

nutrientes, tanto macro quanto micro, e transforma os valores da concentração em

índices que variam entre positivo e negativo. Os dados para composição das normas

DRIS podem ser oriundos tanto de experimentos de adubação como de áreas de

plantios comerciais. Quando são utilizados resultados de áreas comerciais,

geralmente os dados não seguem a distribuição normal, sendo necessária a

normalização das populações com base em suas produtividades (PIPERAS;

CRESTE; ECHER, 2009).

O índice DRIS permite definir o grau de desvio dos nutrientes da

amostra com relação a uma referência, qual a sua localização em relação ao estado

nutricional, se adequado, em deficiência ou excesso, indicando a amplitude de cada

situação (PARTELLI; VIEIRA; COSTA, 2005). Com a utilização do DRIS, também

podem ser observados os nutrientes mais limitantes para as culturas para os

Page 26: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

25

diversos locais, sendo que para a produtividade do café de sequeiro, na região do

Alto Paranaíba – MG, o DRIS apontou como principais nutrientes limitantes

(deficientes) o P (18,6%), Fe (15,3%), K=Mn (13,5%) e Zn=B (10,2%) nas amostras

foliares, sendo que as correlações entre os índices DRIS permitiram visualizar o

antagonismo e sinergismo entre os nutrientes (CAMPOS, 2009). Assim, o DRIS é

considerado um método menos afetado por pequenos efeitos locais de ambiente e

da própria planta quando comparado ao nível crítico (FARNEZI; SILVA;

GUIMARÃES, 2009).

Quando o índice DRIS de um nutriente assume valor negativo, é sinal

de que ocorre limitação desse nutriente por deficiência; no caso do índice desse

nutriente assumir valor positivo, indica limitação do nutriente por excesso e quanto

próximo de zero estiver, indicará que a planta encontra-se nutricionalmente

equilibrada (LANA et al., 2010). Farnezi et al. (2010), em trabalho realizado

avaliando a qualidade da bebida do café e aspecto nutricional dos cafeeiros do Alto

do Jequitinhonha – MG, através do DRIS, concluíram que o melhor equilíbrio do

estado nutricional das lavouras cafeeiras proporcionou produtividade de 65 sacas

ha-1 de café beneficiado e qualidade de bebida “mole” e “apenas mole” e que a

manutenção do equilíbrio do estado nutricional da lavoura proporciona elevada

produtividade e qualidade da bebida do café.

O DRIS também tem sido utilizado como ferramenta em outras

culturas. Sema et al. (2010), em pesquisa realizada na Índia utilizando o sistema

DRIS na cultura do abacaxi, concluíram que o diagnóstico gerado mostrou uma boa

concordância dos dados presentes nas análises de solos e folhas, dando forte apoio

a sua utilização na identificação e manejo de nutrientes em lavouras. Assim, ao

DRIS é atribuída a vantagem de identificar alguns casos em que a produção está

limitada por desequilíbrio nutricional, mesmo quando nenhum dos seus nutrientes

está abaixo de seu nível crítico (SILVA; RODRIGUES, 2013).

Scucuglia e Creste (2014) estabeleceram em trabalho realizado com a

cultura do tomateiro em cultivo protegido na região Norte Pioneiro do estado do

Paraná, as normas DRIS para produtividade de 8 kg planta-1 e diagnosticaram com o

DRIS, em lavouras com produtividades abaixo de 6 kg planta-1, deficiências relativas

de K e B e excesso relativo de Mg.

Dezordi et al. (2016) concluíram, em trabalho avaliando métodos de

diagnóstico para avaliar o status nutricional em cultivo de cenoura, que os métodos

Page 27: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

26

univariados (faixa de suficiência e nível crítico), bivariados (DRIS) e multivariados

(CND) são igualmente eficazes no diagnóstico nutricional, reafirmando que a

avaliação do estado nutricional de plantas por meio da diagnose foliar, como o

Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), vem destacando-se dos

métodos tradicionais de interpretação dos resultados da análise de tecido vegetal

(SALDANHA et al., 2017).

Savita et al. (2017) concluíram em seu trabalho no diagnóstico de

desequilíbrios nutricionais e nutrientes limitantes de rendimento em pomares com

baixo rendimento de Lichia (Litchi chinensis Sonn.), utilizando o DRIS na Índia, que a

abordagem utilizando o método DRIS é holística para identificar desequilíbrios

nutricionais na cultura, tornando-se uma técnica importante e ideal para a evolução

das estratégias de manejo de nutrientes para obter maiores rendimentos de frutos.

2.4.1 Sistema DRIS na Citricultura

O Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) tem sido

cada vez mais utilizado visando melhorar o diagnóstico nutricional e recomendação

de fertilizantes para diversas culturas, inclusive as do gênero Citrus, onde trabalhos

estabelecendo normas foram realizados nas diversas partes do mundo (BATAGLIA;

SANTOS, 1990; BEVERLY, 1992; CRESTE, 1996; MORENO; LUCENA; CARPENA,

1996; CRESTE; NAKAGAWA, 1997; RODRÍGUEZ; ROJAS; SUMNER, 1997;

MOURÃO FILHO; AZEVEDO, 2003; MOURÃO FILHO, 2005; SANTANA et al., 2008;

SRIVASTAVA; SINGH, 2008; TORRES et al., 2010; HUANG et al., 2012; CAMACHO

et al., 2012; DIAS et al., 2013a; DIAS et al., 2013b; REZENDE, 2014; HERNANDES

et al., 2014; REZENDE et al. 2017).

Creste (1996), em trabalho realizado com o uso do DRIS na avaliação

do estado nutricional do Limoeiro Siciliano (Citrus limon (L.) Burmann) no estado de

São Paulo, Brasil, concluiu que o DRIS mostrou-se um método de fácil manipulação

e interpretação, com eficiência comprovada e as vantagens relatadas para o método

DRIS em relação ao método convencional de interpretação também foram

constatadas. Moreno, Lucena e Carpena (1996) em trabalho realizado na Espanha,

avaliando o efeito do fornecimento de Ferro na nutrição de diferentes combinações

de variedades de Citrus (copa e porta-enxerto), utilizando o DRIS, concluíram que é

Page 28: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

27

possível identificar desequilíbrios nutricionais antes do aparecimento visual de

sintomas de deficiência nutricional.

Dias et al. (2013a) avaliaram cento e vinte glebas comerciais de

laranjeira ‘Pera’ enxertadas com limoeiro ‘Cravo’ no estado do Amazonas, Brasil e

concluíram que em mais de 50% das glebas monitoradas, os nutrientes K, Ca, Mg,

B, Mn e Zn foram, nesta ordem, os elementos que se encontram em maior

desequilíbrio nutricional por deficiência ou excesso a partir de normas genéricas com

o uso do método DRIS (PARENT, 2011).

Na Venezuela, Rodríguez, Rojas e Sumner (1997), concluíram em

trabalho utilizando o sistema DRIS para laranja ‘Valência’, que nem porta-enxerto e

a idade da árvore tiveram algum efeito apreciável sobre o valor

das normas DRIS desenvolvidas. Também na Venezuela, Torres et al. (2010)

concluíram que, ao utilizar a metodologia DRIS em Laranja (Citrus sinensis L.

Osbeck), principal limitação nutricional é a deficiência de P e Zn, seguida por

excesso de N e Fe.

Mourão Filho (2005) utilizando o DRIS no diagnóstico nutricional para

laranja ‘Valência’ sob três porta-enxertos diferentes no estado de São Paulo, Brasil,

concluiu que o DRIS, quando comparado com as faixas de suficiência, complementa

o diagnóstico nutricional, porque estabelece uma ordem de deficiência ou excesso

para cada nutriente, detectando deficiências ou excessos não considerados pelas

faixas de suficiência.

Santana et al. (2008) concluíram, em trabalho realizado com normas

DRIS para interpretação de análises de folha e solo, em laranjeira Pêra, na região

central de Goiás, que os resultados indicam a importância do desenvolvimento de

normas regionais, em vez da universalização, para aplicação do método DRIS.

Srivastava e Singh (2008) trabalhando com normas DRIS e seu campo de validação

em Tangerina na Índia, concluíram que o diagnóstico de restrições de nutrientes

com base na análise DRIS mostrou um boa combinação de dados de análise de

folhas e solo e essas observações dão um forte apoio à utilidade do DRIS na

identificação e gerenciamento de restrições de nutrientes em pomares de Tangerina.

Na China, Huang et al. (2012) em trabalho comparando três

abordagens sobre o equilíbrio de nutrientes, concluíram que o DRIS e o método de

Diagnose de Composição Nutricional (CND) foram adequados para diagnosticar o

estado de equilíbrio de nutrientes de árvores cítricas. O diagnóstico pode ser feito

Page 29: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

28

em diferentes estádios do desenvolvimento da planta, independentemente da

cultivar, sendo que os nutrientes limitantes da produção podem ser facilmente

identificados e ordenados, de acordo com sua importância na limitação da

produtividade (HERNANDES et al., 2014).

Rezende et al. (2017) em trabalho estabelecendo as normas DRIS

para porta-enxertos Limão Cravo e Citrumelo Swingle no estado de Goiás – Brasil,

constataram que para os porta-enxertos, o nutriente foliar que mais limita o

desenvolvimento por deficiência foi o S e o que mais limita o desenvolvimento por

excesso foi o N e que a comparação entre a faixa de suficiência estabelecida pelo

DRIS e a faixa de suficiência estabelecida pelo método tradicional constituem uma

valiosa ferramenta para avaliação do estado nutricional de porta-enxertos.

Portanto, é de extrema importância o estabelecimento do sistema DRIS

nas diversas culturas para cada região produtiva, melhorando assim a diagnose

nutricional e auxiliando na recomendação mais acertiva de corretivos e fertilizantes.

Page 30: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

29

3 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no período de fevereiro de 2015 à julho de

2016 (safras 2014/2015, 2015/2016), em propriedades rurais situadas nos

municípios de Santa Fé, Ângulo, Iguaraçu, Nova Esperança e Altônia, todos no

estado do Paraná, pertencentes à região Noroeste do estado, com altitude de 538 m

(Santa Fé), 380 m (Altônia), 300 m (Ângulo), 558 m (Iguaraçu) e 550 m (Nova

Esperança) (IPARDES, 2016), conforme Figuras 1 e 2 abaixo.

FIGURA 1 – Imagem de satélite mostrando os municípios de Santa Fé (verde), Ângulo (preto), Iguaraçu (azul), Nova Esperança (vermelho) e Altônia (laranja).

Fonte: Google Earth elaborado por Próprio autor (2016).

Page 31: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

30

FIGURA 2 – Mapa de localização mostrando os municípios de Santa Fé (laranja), Ângulo (rosa), Iguaraçu (roxo), Nova Esperança (marrom) e Altônia (verde).

Fonte: Elaborado por Paço (2017).

A produtividade das lavouras de lima ácida ‘Tahiti’ estudadas neste

período variou de 22 à 35 toneladas ha-1 de frutos, sendo estas obtidas nas safras

2014/2015 (julho de 2015) e 2015/2016 (julho de 2016).

3.1 Caracterização Climática

O clima dos municípios de Santa Fé, Iguaraçu, Ângulo, Nova

Esperança e Altônia é classificado, conforme Koppen como Cfa - Clima subtropical,

temperatura média no mês mais frio inferior a 18oC (mesotérmico) e temperatura

média no mês mais quente acima de 22oC, com verões quentes, geadas pouco

frequentes e tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo

sem estação seca definida (IAPAR, 2016). A Tabela 2 mostra os dados climáticos

obtidos nas estações meteorológicas do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR em

Londrina e Umuarama – PR, entre 2015 e 2016, estações oficiais que estão mais

próximas dos municípios que participaram do trabalho.

Page 32: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

31

TABELA 2 - Dados climáticos no período de 2015 à 2016 das Estações Meteorológicas do IAPAR em Londrina (LON) e Umuarama (UMU) - PR.

Fonte: (IAPAR, 2017).

3.2 Caracterização dos Solos

Os solos onde foram coletadas as amostras de folhas de Lima Ácida

Tahiti predominantemente são classificados como LATOSSOLO VERMELHO

Distrófico – (LVd) e ARGISSOLO VERMELHO Distrófico (PVd) (EMBRAPA, 2013),

com classe textural média, amostragem realizada na profundidade 0,50 m (BRASIL,

Ministério da Agricultura, 2008), conforme Tabela 3 que segue.

TABELA 3 - Resultados de análises físicas de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti na profundidade de 0 a 50 cm safra 2015/2016.

Fonte: Próprio autor, 2016.

A Tabela 4 mostra resultados de 10 laudos de análises de solos de

áreas em estudo neste trabalho nas profundidades de 0 à 20 e 20 – 40 cm na safra

2014/2015 e a Tabela 5 mostra resultados de 10 laudos de análises de solos das

mesmas áreas e profundidades na safra 2015/2016, com determinações de pH em

2015 2016 MÊS LON UMU LON UMU LON UMU LON UMU

T OC T OC PREC. PREC. T OC T OC PREC. PREC. (mm) (mm) (mm) (mm)

JANEIRO 26,4 24,8 159,4 201,2 25,7 24,5 236,3 418,6 FEVEREIRO 25,0 23,6 242,6 173,8 25,4 24,7 260,9 308,4

MARÇO 24,5 23,3 89,9 120,3 24,1 23,7 114,3 131,9 ABRIL 23,2 22,4 100,9 65 25,2 24,0 78,0 79,0 MAIO 19,5 18,8 275,6 145,4 17,9 17,8 332,1 293,0

JUNHO 19,6 18,3 49,4 10,3 16,1 15,5 51,9 108,5 JULHO 17,9 17,4 434,7 346,2 19,0 17,5 58,2 33,8

AGOSTO 22,5 20,3 57,7 33,2 19,8 18,7 164,3 120,7 SETEMBRO 23,1 22,1 296,7 201,9 20,7 19,4 38,4 56,2 OUTUBRO 24,2 23,6 199,3 256,5 22,9 22,0 362,3 187,8

NOVEMBRO 23,5 23,1 416,2 516,1 24,6 23,5 77,8 87,3 DEZEMBRO 24,2 23,7 302,9 390,6 24,3 23,9 168,8 152,1

ANO 22,8 21,7 2625,3 2460,5 22,1 21,2 1943,3 1977,3

LOTES PESQUISADOS %

Argila Silte Areia

71 – 90 (Santa Fé) 36 8 56 50, 61 e 62 (Altônia) 19 4 77 11- 20 (Santa Fé) 24 5 71 21 – 30 (Santa Fé) 43 11 46

Page 33: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

32

CaCl2, matéria orgânica, Al, P, K, Ca e Mg, conforme a metodologia descrita por

Pavan et al. (1992), com o objetivo de demonstrar as características químicas dos

solos onde são cultivadas as plantas de Lima Ácida Tahiti nos municípios relatados.

TABELA 4 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida

Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2014/2015.

Fonte: Próprio autor (2015).

Observou-se uma grande variabilidade nos dados das análises de

solos apresentados, demonstrando os diferentes níveis de fertilidade dos lotes

pesquisados, porém, percebem-se teores elevados do nutriente fósforo [P] (extrator

Mehlich 1), em ambas as profundidades amostradas, fato inverso ocorre com o

nutriente Cálcio, que de acordo com Albrecht (2011), nos solos agrícolas deve-se

almejar na composição da Capacidade de Troca Catiônica (CTC) de 50 à 70% de

Cálcio, 10 à 15% de Magnésio e 3 à 5% de Potássio.

LOTES PESQUISADOS pH M.O. P H + Al Al K Ca Mg CTC Sat bases

CaCl2 g kg-1 Mehlich mg dm-3

mmol dm-3

(V%)

PROFUNIDADE 00-20 cm

71 – 90 6,0 15,6 58,9 25,4 0,0 3,0 30,2 13,5 72,1 64,8 92 – 100 5,5 11,4 23,2 18,8 0,0 1,8 27,0 10,6 58,2 67,7 21 – 30 5,5 7,7 34,8 25,4 0,0 1,8 16,2 6,1 49,5 48,7 11- 20 6,0 25,1 103,5 27,3 0,0 5,0 52,2 10,6 95,1 71,3 51 – 60 5,5 16,5 73,9 29,4 0,0 2,3 23,5 11.5 66,7 55,9

PROFUNDIDADE 20-40 cm 71 – 90 5,7 9,1 25,6 27,3 0,0 5,3 21,0 9,4 63,0 56,7 92 – 100 5,3 5,0 18,0 29,4 0,0 1,4 12,5 5,7 49,0 40,0 21 – 30 4,4 5,4 11,2 31,7 3,0 2,0 7,2 5,7 46,6 32,0 11 – 20 6,0 16,1 81,3 27,3 0,0 3,8 45,5 10,2 86,8 68,5 51 – 60 4,7 6,1 31,1 36,8 1,0 3,0 8,0 4,5 52,3 29,6

Page 34: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

33

TABELA 5 - Resultados de análises de solos de áreas com cultivo de Lima Ácida Tahiti nas profundidades de 0 a 20 e 20 à 40 cm safra 2015/2016.

Fonte: Próprio autor (2016).

Observou-se uma grande variabilidade nos dados das análises de

solos apresentados, demonstrando os diferentes níveis de fertilidade dos lotes

pesquisados.

3.3 Coleta de Dados, Tratos Culturais e Cultivares

Na formação do banco de dados que alicerçou todo o desenvolvimento

dos padrões nutricionais do DRIS para a cultura da Lima Ácida Tahiti, procurou-se

armazenar informações que contemplassem uma ampla variabilidade de dados,

como diferentes idades, variedades, espaçamentos, tratos culturais, adubação, etc.

Esta variabilidade é interessante, uma vez que, segundo Beaufils (1973), ela

representará ‘n’ repetições de um grande experimento desenvolvido ao acaso.

Pretendeu-se detectar aspectos produtivos aleatórios, porém significativos para a

caracterização dos componentes nutricionais pertencentes à produtividades

elevadas.

Assim, na realização deste trabalho, foram coletadas amostras de

folhas de 100 talhões de Lima Ácida Tahiti (Citrus latifólia Tanaka), presentes em 13

propriedades rurais, durante duas safras agrícolas 2014/2015 e 2015/2016,

totalizando 200 amostras foliares, enxertadas nas variedades porta-enxertos Limão

Cravo (Citrus limonia Osbeck), Flying Dragon (Poncirus trifoliata var. monstrosa) e

Trifoliata (Poncirus trifoliata), as quais tem características apresentadas na Tabela 6.

LOTES PESQUISADOS pH M.O. P H + Al Al K Ca Mg CTC Sat bases

CaCl2 g kg-1 Mehlich mg dm-3

mmol dm-3

(V%)

PROFUNIDADE 00-20 cm

71 – 90 6,2 15,9 85,7 27,3 0,0 2,0 33,0 11,1 73,4 62,8 92 – 100 6,5 9,8 17,2 23,5 0,0 1,6 30,0 10,6 65,7 64,2 50, 61 e 62 5,0 22,6 22,7 39,7 0,0 4,7 16,7 6,5 67,6 41,3 11- 20 5,7 17,9 157,1 31,7 0,0 3,8 33,2 10,2 78,9 59,8 51 – 60 5,1 19,3 106,7 36,8 0,0 2,0 20,5 7,8 67,1 45,1

PROFUNIDADE 20-40 cm 71 – 90 5,9 10,3 57,7 29,4 0,0 3,5 21,2 11,5 65,6 55,2 92 – 100 5,8 8,9 13,3 29,4 0,0 1,8 26,2 11,1 68,5 57,1 50, 61 e 62 4,7 18,7 10,5 39,7 1,3 1,6 11,2 5,3 57,8 31,3 11- 20 5,8 16,5 55,4 31,7 0,0 3,8 33,2 10,2 78,9 59,8 51 – 60 4,8 11,6 56,7 34,2 0,5 1,8 11,5 6,1 53,6 36,2

Page 35: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

34

TABELA 6 – Características das diferentes variedades porta-enxertos utilizadas para formação do banco de dados do DRIS Lima Ácida Tahiti para a região Noroeste do estado do Paraná.

Fonte: (CITROLIMA, 2016).

Os pomares amostrados neste trabalho possuem cultivares copa IAC-5

“Peruano”, “Quebra-galho” e IPR 165. As coletas foram realizadas na 3a ou 4a folha,

a partir do fruto, exposição N, S, L e O, uma de cada quadrante, conforme

metodologia descrita por Malavolta (2006). O espaçamento utilizado nas áreas

variou de 2,5 à 8,0 m entre plantas e 6 à 8,0 m entrelinhas, configurando a presença

de pomares tanto no sistema adensado como no sistema tradicional de produção de

Lima Ácida Tahiti.

A adubação média realizada nos talhões amostrados tem como base a

aplicação de cama de aviário (20 t ha-1 em média), com a utilização na grande

maioria (90%) de adubação mineral com a preferência pelo formulado 20-05-20 na

dosagem média de 400 kg ha-1 (considerando espaçamento de 7 X 4 m) (1,1 kg por

planta), parceladas em três aplicações entre os meses de agosto à novembro.

Também, na metade dos talhões (50%) utilizados na pesquisa, foram aplicados

adubos foliares via pulverização, contendo em sua composição nutrientes como

Zinco, Boro e Cobre. Os teores de nutrientes médios presentes em cama de aviário

são apresentados na tabela 7 que segue.

Limão Cravo Trifoliata Flying Dragon Espaçamento Convencional Convencional Adensado Origem China China Japão Porte Grande Médio Pequeno Tamanho frutos da copa Grande Médio Médio Porcentagem ocorrência (168 lotes pesquisados) 76 4 20

Page 36: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

35

TABELA 7 – Teores de macro e micronutrientes presentes em cama de aviário com 10 criadas (maravalha).

Fonte: (AVINOPAR, 2010).

A produtividade média dos talhões foi obtida com base em anotações

realizadas pelos agricultores em cada colheita, durante os 30 dias de cada mês,

onde foi feita a quantificação de quantos quilos cada planta amostrada produziu

durante o ano.

As amostras de folhas foram acondicionadas em sacos de papel e

transportadas para o Laboratório de Análise de Tecidos Vegetais da UNOESTE –

Presidente Prudente, onde foram lavadas, secas, moídas e submetidas às análises,

conforme metodologia descrita por Malavolta, Vitti e Oliveira (1997). Os resultados

foram então utilizados para a formação do banco de dados do DRIS.

3.3.1 Unidades de Amostragem

Dentro de cada talhão referenciado, escolheram-se de forma aleatória

plantas que foram definidas como UNIDADE de amostragem. Portanto, as amostras

foliares e a produtividade tem por base plantas individuais, as quais foram

georrefenciadas através do Global Positioning System (GPS), conforme Figura 3

abaixo.

C MO N Total CaO MgO K2O P2O5 pH H2O Fe Cu Mn Zn

% mg kg-1

36,73 66,90 2,84 3,41 2,84 7,80 1,14 6,42 2812 336 2038 562

Page 37: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

36

FIGURA 3 – Imagem de satélite mostrando as plantas amostradas (pontos vermelhos e marcos amarelos).

Fonte: Google Earth elaborado por Próprio autor (2017).

3.4 Métodos

O cálculo dos índices para cada nutriente foi realizado através da

fórmula geral, proposta por Walworth e Sumner (1987). Assim, para o nutriente X, o

índice será:

IndiceX f X A f X B f X C f X Nz

=+ + + +( ( / ) ( / ) ( / ) ... ( / ) )

, onde:

X = nutriente em estudo

A,B,C ... N = nutrientes que aparecem no numerador ou denominador das relações

com o elemento X,

Z = é o número de funções envolvidos no cálculo do índice,

f(X/A) = é considerado como uma ‘função intermediária’, utilizada para o cálculo dos

índices. Cada função intermediária é uma comparação da relação encontrada numa

amostra individual com o padrão para aquela relação.

O método que foi utilizado para o cálculo das funções intermediárias foi

o proposto em Jones (1981), aliado ao método proposto em Hallmark et al. (1987),

Page 38: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

37

que inclui o índice da matéria seca nos cálculos. Dessa forma, considerando-se uma

relação entre o nutriente X e o nutriente genérico A tem-se:

f X A M X A m x a

s x aK( / ) ( ( / ) ( / )

( / )).=

, onde

M(X/A) = valor da relação nutricional X/A na população em estudo;

m(x/a) = valor da relação nutricional X/A na população de referência;

s(x/a) = desvio padrão da relação nutricional na população de referência,

K = constante de sensibilidade, adotada nesta equação de acordo com Bataglia e

Santos (1990), para permitir valores inteiros dos índices de diagnose calculados.

Possui valor arbitrário. Neste trabalho adotou-se o valor 1,0.

Foram analisadas as interações entre os nutrientes foliares (N, P, K,

Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn) que influenciam a produção da Lima Ácida Tahiti,

bem como algumas das variáveis capazes de afetá-los, derivando-se então os seus

resultados para o estabelecimento do método DRIS nessa cultura.

Buscou-se analisar a correlação entre a produtividade obtida, o teor

nutricional encontrado na planta através de análise foliar, além da relação dos

diferentes nutrientes. Foram estudadas as produtividades obtidas na cultura do

‘Tahiti’, em relação ao teor de nutrientes encontrados nas plantas.

Dos 200 talhões (100 em cada safra), em função de problemas

fitossanitários (erradicação de plantas infectadas pela doença Greening), no período

das duas safras (2014/2015 e 2015/2016), foi gerado um único banco de dados,

eliminando-se nos procedimentos de coletas 32 talhões (safras 2014/2015 e

2015/2016), totalizando 168 talhões com suas 168 repetições.

Para a subdivisão do banco de dados, adotou-se a extratificação em 4

níveis produtivos da safra 2015/2016: Acima de 27,5 t ha-1, acima de 30 t ha-1, acima

de 32,5 t ha-1 e acima de 35 t ha-1.

Considerando-se que, foram realizadas coletas aleatórias a nível de

campo, os dados obtidos apresentam distribuição normal de suas variáveis ao nível

de 5%.

Assim, todo o banco de dados foi dividido em duas sub-populações (A

= alta produtividade e B = baixa produtividade) em função do nível produtivo. Após

este procedimento, todos os nutrientes foram expressos em todas as relações

possíveis entre eles e a seguir tiveram calculadas as médias, desvio padrão,

Page 39: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

38

variâncias, para cada concentração de nutriente, como também para as relações

entre estes.

Os índices obtidos pelo DRIS são na verdade resultantes de uma

equação que engloba todos os nutrientes em estudo numa função de relação entre

eles. Nutrientes que aparecem no denominador da relação levarão consigo o sinal

positivo, e negativo, caso apareçam no numerador (CRESTE, 1996).

3.4.1 Forma de interpretação dos resultados

Após os cálculos dos índices de cada nutriente, verificou-se qual ou

quais destes nutrientes poderiam estar limitando à máxima produção e

desenvolvimento da cultura.

Walworth e Sumner (1987) relatam que a soma de todos os valores

dos índices calculados deveria ser zero. Quanto maior a deficiência de um nutriente,

mais negativo será o valor do índice, em relação aos outros nutrientes. Um índice

com valor elevado e positivo indica que o nutriente está em quantidades excessivas.

Teoricamente, para que ocorra o balanço nutricional adequado todos os índices

devem ser iguais a zero.

De acordo com Beaufils (1973) nem sempre quando o índice de um

elemento qualquer estiver próximo de zero haverá produção ótima, pois outro fator

pode limitar a produção, obtendo-se com frequência baixas produções.

3.4.2 Definição do Índice de Balanço Nutricional (IBN)

No decorrer deste trabalho, o conceito básico do IBN foi utilizado com o

propósito de se definir o nível produtivo que separaria as duas sub-populações, para

a escolha das normas foliares do DRIS.

Beaufils (1973) define que a soma dos valores absolutos de todos os

índices de diagnose encontrados são inversamente relacionados com a produção,

sendo denominada como Índice de Balanço Nutricional (IBN). Assim haverá maiores

intensidades de desequilíbrios entre os nutrientes quanto maior for o valor do IBN.

O valor do IBN para cada amostra foi calculado através da seguinte fórmula:

IBN IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMs= + + + + + + + + + + +

Page 40: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

39

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Estudo das Relações entre a Composição Foliar e a Produção

Diversos autores citam os teores adequados de cada nutriente nas

folhas de citros, assim, neste sentido utilizamos para este trabalho os resultados

apresentados por Malavolta (1992) e por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003).

Assim, foram feitas comparações entre as produtividades obtidas nas 168 amostras

analisadas nos anos de 2015 e 2016 e os teores de macro e micronutrientes

encontrados nas análises foliares destas amostras.

4.1.1 Macronutrientes

A. Nitrogênio

Analisando a Figura 4, utilizando os teores médios de Malavolta (1992)

que são de 24 a 26 g kg-1, observou-se que 64 talhões apresentaram teores de

nitrogênio abaixo do adequado, podendo resultar em manifestação de sintomas de

deficiência nas folhas. Também, foi observado que 12 talhões apresentaram teores

dentro da faixa adequada e apenas 3 com teores de N excessivos para a cultura, o

que diferiram-se quando comparados aos teores médios descritos por Mattos Jr., De

Negri e Figueiredo (2003), onde apenas 8 talhões demonstraram deficiência de N,

27 talhões apresentaram teores excessivos e 44 talhões estiveram com os teores na

faixa adequada para a cultura.

Page 41: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

40

FIGURA 4 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2015.

Já para os talhões amostrados no ano de 2016, pode-se observar

através da Figura 5, que apenas 5 talhões apresentaram deficiência, 45 talhões

amostrados com teores excessivos e 39 talhões dentro dos níveis adequados para a

cultura, considerando os teores médios descritos por Mattos Jr., De Negri e

Figueiredo (2003), diferentemente do que foi observado ao comparar os teores com

Malavolta (1992), onde 62 talhões apresentaram deficiência, 15 talhões com

excesso e apenas 12 talhões encontraram-se na faixa adequada para a cultura.

Page 42: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

41

FIGURA 5 - Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Nitrogênio em 2016.

B. Fósforo

Os teores foliares de fósforo adequados para a cultura da Lima Ácida

Tahiti, de acordo com Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), são de 1,6 à 2,4 g

kg-1. Na Figura 6, observou-se que mais da metade dos talhões amostrados (42)

estão com os níveis de fósforo foliares deficientes, 33 talhões se encontram com

teores adequados e apenas 4 talhões manifestaram teores excessivos de P,

diferente do observado se comparando os teores com Malavolta (1992), onde

demonstra que 24 talhões apresentaram deficiência, 32 talhões com teores

adequados de P e 33 talhões demonstraram teores excessivos.

Page 43: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

42

FIGURA 6 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2015.

Já no ano de 2016 (Figura 7), a quantidade de lotes observados com teores

médios de P foi semelhante, comparando-se com Malavolta (1992) e Mattos Jr., De

Negri e Figueiredo (2003), onde 39 e 50 talhões apresentaram teores dentro do

adequado para cultura, respectivamente.

FIGURA 7 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Fósforo em 2016.

Page 44: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

43

C. Potássio

Verificou-se na Figura 8 que 22 talhões dos 100 amostrados estão com

teores foliares de potássio dentro do nível adequado e 21 talhões em excesso, haja

visto que o teor adequado de potássio nas folhas é de 10 a 14 g kg-1 (MALAVOLTA,

1992).

FIGURA 8 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2015.

Porém, 36 talhões apresentaram deficiência de K, segundo teores

considerados adequados descritos em Malavolta (1992), fator que pode ser atribuído

pela produtividade desses talhões (de 15 até 30 t ha-1), que ocasionou elevada

extração do nutriente pela limeira na fase de frutificação e falta de adubação mineral

na dosagem adequada de potássio.

No ano de 2016, pode-se observar através da Figura 9 que segue, 34

talhões estão com teores de K considerados adequados, 2 talhões com teores

deficientes e 53 talhões apresentaram teores de K excessivos, fato resultante da

crescente aplicação de fertilizantes com Potássio (80 kg K2O por ha), o que diferiu-

se quando comparamos com os teores descritos por Mattos Jr., De Negri e

Figueiredo (2003), onde 82 talhões apresentaram teores de K adequados, 4 lotes

com teores excessivos e apenas 3 talhões com teores deficientes.

Page 45: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

44

FIGURA 9 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Potássio em 2016.

D. Cálcio

A concentração adequada de cálcio nas folhas de Lima Ácida Tahiti

segundo Malavolta (1992) é de 35 a 40 g kg-1. Na Figura 10, pode-se perceber que

49 amostras estiveram acima do nível adequado e 13 amostras dentro do nível

adequado do cálcio nos tecidos foliares, demonstrando uma variação muito grande

de produtividade, pois o cálcio atua no crescimento e desenvolvimento de raízes,

retenção de folhas, desenvolvimento de gemas, maturação dos frutos e na formação

de proteínas (GUIMARÃES; MENDES, 1998), haja vista que no universo dos 100

lotes amostrados, tivemos lotes com produtividades desde 0 até 37 t ha-1.

Page 46: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

45

FIGURA 10 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Cálcio em 2015.

Pode-se observar que no ano de 2016 (Figura 11) 25 talhões amostrados

estão com deficiência de Ca, 16 talhões com teores considerados adequados e 48

dos talhões com teores excessivos de Ca, o que pode ser justificado pela aplicação

em superfície de calcário sem a realização de incorporação, aumentando

consideravelmente os teores de Ca nas camadas superficiais do solo, o que não foi

obtido ao comparar com os descritos por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003),

que apontaram que apenas 13 talhões apresentaram teores excessivos de Ca, 25

talhões apresentaram deficiência e 51 talhões demonstraram teores considerados

adequados de Cálcio.

Page 47: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

46

FIGURA 11 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Cálcio em 2016.

E. Magnésio

Na Figura 12, verificou-se que 20 talhões dos 100 analisados possuem

deficiência nutricional de magnésio, 35 talhões com níveis de Mg excessivos e 24

talhões com níveis de magnésio adequados, pois o teor adequado de magnésio nas

folhas da Lima Ácida Tahiti é de 2,5 a 3,0 g kg-1 (MALAVOLTA, 1992), justificando

assim a produtividade de 50% das lavouras amostradas (15 à 30 t ha-1), haja visto

que menos Mg quer dizer menos síntese de proteína, um dos componentes da

qualidade (MALAVOLTA, 2006).

Page 48: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

47

FIGURA 12 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2015.

Em 2016, verificou-se na Figura 13 que 24 talhões amostrados

manifestaram teores de Mg adequados, 20 talhões estão com deficiência e 35

talhões amostrados encontraram-se com teores excessivos de Mg, conforme teores

médios descritos por Malavolta (1992). Porém, se comparar com os teores médios

descritos por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), 83 talhões manifestaram

teores adequados de Mg, 4 talhões apresentaram deficiência e apenas 2 talhões

encontraram-se com teores excessivos de Mg, o que pode ter sido consequência da

aplicação superficial de Calcário nos pomares, elevando os níveis do nutriente nas

camadas superficiais do solo.

Page 49: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

48

FIGURA 13 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Magnésio em 2016.

F. Enxofre

Conforme resultados das análises foliares, na Figura 14 que segue

mostra que, de acordo com os teores médios descritos por Malavolta (1992), 4

amostras apresentaram teores excessivos, 33 se enquadraram dentro dos níveis

adequados e 42 apresentaram deficiência de enxofre, que não somente na Lima

Ácida Tahiti mas em muitas espécies, os sintomas de deficiência de S ocorrem

primeiramente nas folhas jovens, muita embora, o S seja classificado como um

elemento móvel na planta (SOUZA, 1999).

Page 50: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

49

FIGURA 14 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2015.

Verificou-se que no ano de 2016, conforme Figura 15, que 49 dos talhões

apresentaram deficiência de enxofre, nenhum talhão apresentou teores excessivos e

40 talhões demonstraram teores adequados de S, segundo Mattos Jr., De Negri e

Figueiredo (2003), o que diferiu-se quando se comparado aos teores descritos por

Malavolta (1992), onde 62 talhões manifestaram deficiência, 5 talhões apresentaram

teores excessivos de S e 22 talhões demonstraram teores adequados de S.

FIGURA 15 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Enxofre em 2016.

Page 51: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

50

4.1.2 Micronutrientes

A. Boro

A concentração adequada de boro nos tecidos foliares da Lima Ácida

Tahiti, segundo Malavolta (1992), varia de 60 a 140 mg kg-1. A Figura 16 mostra

muita dispersão dos dados obtidos entre as produtividades e os teores de boro. De

acordo com as análises, 36 talhões estão com teores adequados e 43 apresentam-

se abaixo dos teores adequados de boro nos tecidos foliares (deficiência), resultado

preocupante haja visto que Malavolta (2006) relata que o Boro possuí várias funções

nas plantas, da formação de diois à biossíntese de lignina, de raízes adventícias (em

conjunção com hormônios) e à germinação do grão de pólen e nenhum talhão

apresentou teores excessivos de Boro.

FIGURA 16 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2015.

No ano de 2016, conforme Figura 17, que 3 dos talhões

apresentaram deficiência de Boro, 1 talhão apresentou teores excessivos e 85

talhões manifestaram teores considerados adequados de Boro nos tecidos foliares,

segundo Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), que não obtiveram diferenças

significativas se comparado aos teores médios descritos por Malavolta (1992).

Page 52: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

51

FIGURA 17 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Boro em 2016.

B. Cobre

O teor adequado de cobre nas folhas da Lima Ácida Tahiti varia de 10

a 30 mg kg-1 (MALAVOLTA, 1992). Na Figura 18, verificou-se que 5 talhões

amostrados possuem deficiência, 38 em níveis adequados e 36 com excessos de

concentração de cobre nas folhas, resultado que justifica a boa sanidade da maioria

das lavouras amostradas neste trabalho, haja vista que o cobre desempenha função

importante na prevenção de doenças nas plantas, devido ao papel fungistático do

elemento ou a sua função na síntese de lignina que dificulta a entrada do patógeno

na célula (MALAVOLTA, 2006), bem como constante aplicação de produtos à base

de cobre para proteção dos pomares contra doenças fúngicas.

Page 53: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

52

FIGURA 18 – Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2015.

Pode-se observar que no ano de 2016 (Figura 19), conforme teores

médios relatados por Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), que apenas 1 talhão

amostrado apresentou deficiência de Cu, 17 talhões manifestaram teores

considerados adequados e 71 talhões apresentaram teores excessivos de Cu.

FIGURA 19 – Relação entre produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e teor de Cobre em 2016.

Page 54: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

53

C. Ferro

As concentrações adequadas de ferro nos tecidos foliares da Lima

Ácida Tahiti variam de 130 a 300 mg kg-1 (MALAVOLTA, 1992). Observou-se que na

Figura 20, dos 79 talhões amostrados, 50 estão com níveis adequados, 24

apresentaram problemas com deficiência nas folhas e apenas 5 talhões

manifestaram teores excessivos de Fe. Uma das explicações é a de que o solo

predominante dos talhões amostrados é o LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, solo

caracterizado por teor médio de Fe2O3.

FIGURA 20 – Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2015.

Já para os lotes amostrados no ano de 2016, pode-se observar através

da Figura 21 que 5 talhões apresentaram teores excessivos de Fe, 39 talhões

manifestaram teores adequados e 45 talhões apresentaram deficiência de Fe, fato

justificado pela inserção de plantas em pomares situados nos municípios de Altônia

e Nova Esperança, pomares estes formados sob solos com teores de areia acima

dos 70%, resultando em teores baixos de Fe2O3.

Page 55: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

54

FIGURA 21 – Relação entre a produtividade dos lotes de Lima Ácida Tahiti e o teor de Ferro em 2016.

D. Manganês

Pode-se verificar, baseado nos dados da Figura 22, que 42 talhões

amostrados estão com teores excessivos, 33 talhões com teores adequados e 4

com deficiência de manganês, haja visto que os níveis considerados adequados

segundo Malavolta (1992) para manganês nas folhas cítricas variam de 130 a 300

mg kg-1. O Manganês está presente no tecido vegetal e tem como especial

importância seus papéis como cofatores enzimáticos e na regulação de potenciais

osmóticos (TAIZ; ZEIGER, 2006).

Page 56: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

55

FIGURA 22 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2015.

No ano de 2016, pode-se observar através da Figura 23 que,

comparando os resultados obtidos com os teores descritos por Mattos Jr., De Negri

e Figueiredo (2003), 75 talhões encontram-se adequados, 12 manifestaram teores

excessivos e apenas 2 talhões demonstraram deficiência.

FIGURA 23 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Manganês em 2016.

Page 57: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

56

E. Zinco

Os níveis adequados de Zinco nas folhas da Lima Ácida Tahiti variam

de 25 a 50 mg kg-1. Na Figura 24, pode-se observar que 42 talhões amostrados

estão em níveis adequados e 12 com níveis excessivos em relação aos teores

foliares adequados de zinco para as folhas de citros segundo Malavolta (1992), que

pode ser explicado pelas aplicações via pulverizações por parte dos citricultores de

fertilizantes foliares que tem em sua composição o nutriente Zn.

Por fim, 25 talhões apresentaram deficiência nutricional, que pode

comprometer a manutenção da integridade estrutural das membranas, como

constituinte de um grande número de enzimas, dentre elas a álcool desidrogenase

(ADH) e Cu-Zn superóxido dismutase (Cu-Zn SOD) (ARAÚJO, 2010).

FIGURA 24 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2015.

Observou-se no ano de 2016 (Figura 25) 53 talhões amostrados estão

com deficiência de Zn, 27 talhões manifestaram teores dentro da faixa adequada e

apenas 9 apresentaram teores excessivos, conforme Mattos Jr., De Negri e

Figueiredo (2003).

Page 58: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

57

FIGURA 25 – Relação entre a produtividade das amostras de Lima Ácida Tahiti e o teor de Zinco em 2016.

4.2 Desenvolvimento da Metodologia DRIS na Cultura da Lima Ácida Tahiti

Na implantação do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação

(DRIS), procurou-se verificar algumas das variáveis possíveis que poderiam afetar

em maior ou menor proporção a composição nutricional das folhas da Lima Ácida

Tahiti e, consequentemente, poderiam refletir no diagnóstico através do método

DRIS. Neste trabalho, foram utilizadas no ano de 2015, 79 amostras foliares de 100

que foram analisadas e em 2016, 89 amostras de 100 que foram realizadas

análises, devido a seleção das lavouras em produção, haja vista que 21 (2015) e 11

(2016) foram amostradas em lavouras que não relataram a produtividade de suas

plantas (talhões) ou tiveram a erradicação motivada pela doença Greening

(Huanglongbing/HLB), causadas pelas bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e

Candidatus Liberibacter americanus.

Para o desenvolvimento desse trabalho, foram estabelecidos 4 níveis

de produtividade (acima de 20 t ha-1, acima de 25 t ha-1, acima de 27 t ha-1 e acima

de 30 t ha-1 de frutos de Lima Ácida Tahiti) no ano de 2015 e 4 níveis de

produtividade (acima de 27,5 t ha-1, acima de 30 t ha-1, acima de 32,5 t ha-1 e acima

de 35 t ha-1 de frutos de lima ácida tahiti) no ano de 2016, sendo que em cada nível

considerou-se dois níveis produtivos diferentes, o de alta produtividade, denominado

Page 59: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

58

sub-população A e o de baixa produtividade, denominado de sub-população B. Por

exemplo, o nível acima de 35 t ha-1, haverá a sub população A, com produtividades

iguais ou superiores a 35 t ha-1 e a sub população B, com todas as produtividades

abaixo de 35 t ha-1 e assim sucessivamente para os demais níveis de produtividade.

4.2.1 Definição das normas foliares

Os valores encontrados nas análises químicas de folhas de todos os

macro e micronutrientes, tanto para as sub-populações de alta produtividade (A)

como para as de baixa produtividade (B), nos anos de 2015 e 2016, encontram-se

na Tabela 8.

TABELA 8 - Valores médios de macro e micronutrientes em folhas de Lima Ácida Tahiti em função da fase de desenvolvimento da planta para a diferenciação das sub populações de alta produtividade (A) e de baixa produtividade (B).

Ponto de corte

Macronutrientes Micronutrientes

Prod. (t ha-1)

sub-pop.

N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

-------- ------ g kg-1 ------ -------- ------ ------ -------- ------ mg kg-1 -----

> 35 A 23,19 1,91 13,50 48,55 4,11 1,85 103,91 56,55 211,48 74,75 42,14 B 21,66 1,55 13,83 42,61 3,28 1,90 73,33 51,43 153,08 74,52 39,92

> 32,5 A 22,84 1,91 13,40 49,20 4,16 1,85 107,65 39,66 201,00 70,42 49,34 B 21,65 1,53 13,86 42,18 3,22 1,90 71,05 53,55 151,24 75,12 38,76

> 30 A 22,30 1,91 12,92 49,31 4,05 1,84 105,21 33,78 198,57 70,58 43,80 B 21,67 1,51 13,97 41,84 3,20 1,90 69,89 55,32 149,49 75,30 39,36

> 27,5 A 21,37 1,87 12,38 48,57 4,00 1,88 101,00 33,51 204,91 71,51 46,92 B 21,88 1,55 14,18 41,57 3,16 1,89 68,78 56,76 144,66 75,35 38,24

Conforme os dados apresentados na Tabela 8, observaram-se que

para os níveis produtivos >27,5, >30, >32,5 e >35 t ha-1, ocorreram semelhanças em

algumas situações entre os teores dos nutrientes com valores maiores na população

de maior produtividade (A) e menores nas de menor produtividade (B), dependendo

do nutriente. Porém, em algumas situações aconteceram alternâncias nos teores de

nutrientes, sendo maiores na população de maior produtividade (A) ou na de menor

produtividade (B).

Mediante a realização dos cálculos para o estabelecimento das normas

DRIS para a cultura da Lima Ácida Tahiti, obteve-se os cálculos da correlação (r)

Page 60: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

59

entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis

produtivos, conforme Figura 26.

FIGURA 26 – Correlação (r) entre o Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis produtivos.

Analisando a Figura 26, pode-se definir um critério para escolha de

qual matriz gerada pelo sistema DRIS utilizar à nível de campo, haja vista que

quanto maior a produtividade menor foi o IBN, apresentando a correlação (r) de -

0,408.

Também, foram realizados cálculos com os resultados de análise

química de folhas existentes no banco de dados de todas as amostras realizadas,

com a finalidade de igualar o potencial produtivo dos diferentes talhões e comparar

os resultados. Nas Tabelas 9 e 10 são apresentadas a descrição de cada amostra

visando o conhecimento mais detalhado dos efeitos que ocorreram nos anos de

2015 e 2016, respectivamente.

Page 61: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

60

TABELA 9 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2015.

Continua Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------

1 22,90 1,41 8,80 57,10 2,60 2,00 52,50 51,30 120,90 46,40 39,00 2 25,00 1,41 9,10 53,70 2,60 2,00 57,50 42,80 129,00 49,10 34,30 3 18,60 1,37 9,20 63,20 2,70 1,90 57,00 36,00 130,90 47,10 26,00 4 21,40 1,61 7,20 64,80 3,20 2,10 57,00 51,90 128,80 50,00 34,80 5 23,70 1,33 11,00 56,00 2,40 2,10 59,50 51,00 154,50 49,40 29,40

Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------

6 22,50 1,19 10,20 59,00 2,30 2,00 57,00 42,10 138,80 50,30 30,10 7 19,10 1,44 10,70 54,60 2,10 2,00 60,50 54,80 138,10 48,50 39,60 8 25,30 1,38 7,70 61,50 3,40 1,90 59,00 34,00 134,60 58,20 28,60 9 21,60 1,47 9,20 59,90 2,30 1,90 53,00 45,60 136,50 59,10 23,10

10 23,40 1,31 10,10 47,60 2,30 1,60 55,50 66,90 144,80 45,00 35,90 11 17,70 1,19 9,30 49,30 1,70 1,70 63,50 53,50 104,70 35,40 32,10 13 25,60 0,94 7,90 52,90 1,60 1,60 57,00 50,60 111,30 35,00 41,70 14 20,80 1,15 5,70 61,90 2,30 1,20 64,50 31,30 156,00 44,50 37,00 15 23,00 1,46 8,90 57,60 2,30 1,80 62,50 48,50 134,50 40,70 41,50 16 23,10 1,22 10,40 63,60 3,30 1,90 60,50 38,90 116,90 46,20 34,70 17 19,40 1,30 9,30 55,70 1,90 2,10 51,00 45,20 219,80 39,10 36,00 18 24,80 0,72 9,80 37,80 2,50 1,70 68,00 28,10 60,90 28,90 26,30 19 24,20 1,24 9,10 50,40 1,40 1,90 68,00 51,10 99,30 37,30 37,30 20 21,30 1,14 11,30 53,80 2,40 1,90 66,00 56,10 124,70 45,10 40,60 22 20,40 1,36 10,10 39,80 2,90 1,70 52,50 35,60 205,30 47,70 17,50 23 18,20 0,66 12,60 19,00 2,70 1,30 53,00 10,20 72,50 20,60 7,60 24 21,80 1,27 12,10 35,30 2,50 1,50 62,50 18,50 120,80 34,90 9,00 25 24,10 1,26 10,60 45,00 4,40 1,10 70,00 47,50 20,80 49,90 16,00 26 21,90 1,45 16,20 42,90 3,70 1,70 49,50 24,30 124,80 37,50 12,20 27 19,30 1,44 17,50 33,40 2,20 1,60 57,00 23,60 152,00 36,30 11,10 28 21,70 1,84 23,60 38,70 2,20 1,60 48,00 34,10 175,50 43,50 13,30 29 24,40 1,68 26,30 35,60 2,80 1,60 44,00 38,60 187,50 40,90 12,10 30 21,10 0,71 22,50 31,00 8,40 1,70 54,50 23,60 97,70 23,10 5,40 31 21,40 0,75 13,00 19,40 1,40 1,70 48,50 13,70 35,80 24,30 8,10 32 21,60 1,74 16,00 33,30 2,90 1,80 53,00 20,00 99,10 47,70 13,50 33 19,80 0,65 10,60 15,50 1,70 1,40 62,00 14,70 44,40 28,80 10,40 34 18,80 1,66 15,70 42,10 3,40 2,00 42,50 41,90 115,00 60,50 13,60 35 20,20 1,59 10,80 41,60 3,30 2,00 61,00 16,20 156,10 48,70 14,90 36 19,50 1,27 9,60 43,70 2,50 2,00 84,50 19,80 177,30 57,40 12,30 39 22,90 1,35 10,90 54,70 2,60 2,20 64,00 49,10 115,00 53,90 36,60 40 20,80 1,12 13,30 35,60 3,00 2,10 74,50 17,40 35,90 42,60 13,20 51 19,70 4,13 12,90 45,20 2,40 1,60 171,00 12,60 103,80 45,70 21,30 52 18,90 4,05 16,10 49,60 2,30 1,80 225,00 20,50 139,50 48,90 14,50 53 24,40 1,88 18,80 39,90 3,30 2,50 56,50 37,20 199,00 169,70 96,40 54 24,40 1,86 16,10 30,60 2,60 1,90 58,00 38,20 163,80 197,90 38,30 55 29,30 2,29 19,40 29,90 3,10 2,80 48,50 53,20 182,60 141,40 38,60 56 25,10 1,91 22,30 36,20 3,30 2,50 56,00 52,60 190,90 153,80 35,20 57 24,90 1,80 13,40 41,50 3,40 2,40 55,50 41,10 229,40 111,70 35,50 58 22,10 1,78 15,80 32,40 2,70 2,00 48,50 49,40 214,50 70,10 23,50 59 26,00 1,93 19,80 35,60 2,90 2,40 51,50 49,00 217,40 102,90 23,40 60 21,80 2,00 23,00 31,70 2,80 2,60 57,00 67,90 317,10 80,50 108,50 71 25,00 1,74 19,10 18,00 2,80 1,50 21,50 61,50 103,10 22,50 48,20

Page 62: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

61

Conclusão Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 72 26,50 2,52 19,20 20,90 3,10 2,00 35,50 36,80 159,00 36,90 52,60 73 21,10 1,72 8,00 40,60 3,80 1,50 75,50 7,50 186,30 76,30 26,00 74 19,50 2,33 12,60 46,30 4,10 2,10 92,00 22,70 300,40 113,40 47,30 75 18,70 2,46 6,80 48,60 4,30 2,30 100,50 18,10 327,40 76,70 120,50 76 20,20 2,46 10,00 65,20 5,00 2,90 116,00 19,30 284,90 103,30 91,50 77 18,60 2,48 7,90 47,10 4,00 1,80 94,00 25,10 233,40 80,50 76,70 78 18,7 1,35 7,9 36 3 1,6 85,5 16,6 210,3 84,5 25,1 79 16,7 1,95 8,7 57,1 3,7 2,2 100 8,1 221,8 95 48,6 80 17,1 2,2 8,4 59,5 4,4 2,1 90 10,8 205 81 49,7 81 16,6 2,38 7,6 64,2 5,3 2,2 91,5 19 285,8 91 84,7

Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 82 18,9 1,14 8,1 28,7 1,7 1 101 24 159,6 40,1 18,9 83 20,2 2,16 9,2 42,7 4 2,3 91,5 12,4 312,7 62,7 93,9 84 16,7 1,99 7,5 57,7 4,8 1,8 99,5 13,5 275 89,6 40,6 85 16,9 1,53 6,7 45,4 3,6 1,5 90 21,6 275,3 71 61,3 86 19,6 2,11 7,8 52,2 4,2 2,4 90 21,1 271,8 64,4 105,1 87 20,1 2,11 9,4 46,8 3 2,2 98,5 24,4 283 52,3 49 88 19,8 2,23 8,6 60,9 3,9 2,3 100,5 16,3 253,7 55,8 88,7 89 16,5 1,63 9,2 42,6 3,7 1,8 94,5 15,5 267,3 69,3 47,9 90 18,1 2,15 9,6 55,7 4,6 2,2 95,5 21,2 386,7 95,3 47,2 91 20,7 1,71 13,9 39,8 2,9 2,1 53,5 15,1 176,6 51,5 19 92 17,3 1,23 9,8 19,7 2,4 1,1 30,5 8,2 134,8 27,7 15,6 93 13,3 1,97 9 36,6 2,7 1,5 30 10,5 134,1 38,1 20,8 94 22,4 1,49 8,3 27,9 3 1,3 39 8,9 124,3 36,4 17,3 95 17,1 1,89 14,5 41 2,8 2 51,5 23,5 123,5 57,3 28,9 96 15,5 1,58 12,6 43,8 3 1,7 33 17,8 175 56,1 27,8 97 17,5 2,04 13,4 47,3 3,5 2,4 32 14,3 191,5 66,2 27,9 98 16,9 2,17 14,4 38,3 2,8 1,9 31,5 22,8 211,6 58,9 27,5 99 14,3 1,5 12,9 37,9 2,1 1,5 26 15,8 166,2 50 42,2

100 18,2 1,76 14,1 50,2 2,9 2,3 38,5 29,1 190,9 64,1 30,4 TABELA 10 - Resultados das análises químicas das amostras de folhas de Lima Ácida Tahiti ano 2016.

Continua Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------

1 22,90 1,20 12,60 36,90 2,40 1,90 58,50 53,50 92,00 50,60 23,10 2 21,40 1,19 12,30 45,50 3,00 1,90 43,00 74,20 138,40 57,70 79,70 3 22,30 0,99 8,10 47,00 2,10 1,90 82,00 75,70 181,90 58,40 15,30 4 21,70 1,60 10,30 42,90 2,90 1,90 77,50 63,60 90,30 81,40 19,80 5 22,90 1,36 10,70 48,00 3,00 1,80 68,50 69,30 229,00 73,70 18,60 6 23,30 1,44 11,10 44,40 3,00 2,20 21,50 48,50 63,,6 77,80 15,30 7 21,80 1,46 10,90 48,10 3,50 2,20 68,50 68,20 143,70 76,00 121,80 8 24,10 1,31 11,40 38,40 3,00 1,50 77,50 52,70 94,30 70,00 24,80 9 22,50 1,33 11,30 42,30 2,70 1,90 68,00 70,40 163,40 85,40 14,50

10 19,90 0,95 11,00 57,90 3,10 1,60 102,00 61,10 173,20 69,30 21,60

Page 63: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

62

Continua Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------

11 22,30 0,91 13,90 49,60 4,10 1,70 79,50 42,40 72,60 42,20 16,80 13 22,00 0,74 11,30 46,90 2,70 1,60 83,00 57,40 85,40 58,50 11,50 14 22,10 1,13 10,00 55,50 2,80 1,60 72,50 49,60 103,50 45,50 18,50 15 23,10 1,05 13,40 45,70 2,60 1,70 89,00 70,70 78,10 54,90 42,50 16 22,10 1,82 12,40 47,40 3,00 1,90 71,50 46,40 87,90 49,50 26,40 17 20,80 0,86 10,40 51,20 2,70 2,40 75,50 63,90 140,00 52,90 46,60 18 21,50 0,50 11,00 49,20 3,30 1,20 71,00 60,70 111,10 50,90 13,40 19 23,20 0,71 9,90 38,70 2,10 1,20 73,50 59,10 90,70 53,20 60,40 20 21,20 1,03 14,80 45,20 4,40 1,60 55,00 32,20 87,90 59,90 11,60 21 20,50 1,26 17,10 44,20 4,00 1,60 72,50 84,90 142,10 72,00 59,10 22 21,60 1,60 20,50 37,10 4,10 1,40 52,50 87,60 108,10 54,70 40,90 23 19,90 1,29 14,30 41,50 3,60 1,60 72,50 76,10 136,50 64,90 41,20 24 18,90 1,17 17,50 33,60 3,90 1,90 82,00 25,50 170,50 69,90 8,90 25 20,40 1,06 12,70 38,60 3,20 1,40 88,50 37,70 172,60 70,70 33,50 26 20,40 1,10 19,40 34,40 2,90 1,50 89,50 36,50 119,10 59,70 26,90 28 19,60 1,51 19,10 34,70 3,70 1,90 48,50 41,60 146,20 57,80 43,00

Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 29 21,30 1,69 10,80 32,40 3,40 1,70 60,50 36,70 126,90 48,80 18,60 30 24,10 1,31 13,10 35,30 4,30 1,60 69,50 26,40 179,00 52,20 15,20 41 24,80 1,72 20,30 39,30 5,90 2,50 54,00 41,90 154,60 72,10 34,50 42 24,80 1,47 19,80 40,50 4,70 2,00 109,00 51,00 90,30 84,20 86,50 43 24,60 1,55 16,50 33,90 3,40 1,70 103,00 366,60 77,60 92,80 22,50 44 28,00 1,64 20,10 32,60 4,20 1,70 99,00 394,40 119,30 82,70 74,90 45 24,70 1,50 25,70 31,10 3,30 1,60 92,50 355,20 62,30 76,80 18,50 46 22,20 1,78 21,70 27,80 3,40 1,60 97,00 25,70 79,20 107,30 25,10 47 23,00 1,72 20,20 21,90 3,30 1,50 84,50 29,90 93,10 84,20 11,70 48 23,40 2,15 18,80 27,10 4,30 1,70 83,00 53,10 34,00 93,20 14,30 49 23,90 1,65 14,60 35,90 3,90 1,70 77,50 148,40 50,90 69,70 20,90 50 21,10 1,71 20,90 41,50 5,50 1,80 90,50 162,50 69,30 69,40 25,60 51 28,60 1,75 23,10 30,50 3,30 2,00 105,50 106,40 97,70 283,40 14,70 52 27,60 1,92 25,70 37,00 3,80 2,30 99,00 194,00 171,80 209,20 54,90 53 26,60 2,06 19,00 33,00 4,00 2,20 95,50 108,70 175,30 157,80 46,50 54 27,50 1,75 19,20 31,80 3,40 2,00 111,00 81,60 107,50 205,80 9,40 55 27,60 1,60 20,10 38,60 3,30 1,70 107,00 130,50 93,10 237,60 20,40 56 25,90 1,69 26,10 33,10 3,20 1,90 96,00 92,70 117,80 102,10 192,90 57 22,00 1,64 22,50 35,10 3,20 2,30 109,50 111,30 132,30 195,60 29,40 58 28,80 1,74 21,40 26,70 3,00 2,20 91,50 80,00 139,20 203,30 45,40 59 26,70 1,80 25,40 26,40 2,90 2,50 106,00 100,80 131,10 271,30 84,60 60 32,50 1,83 19,40 33,70 3,80 2,60 75,50 79,80 109,00 126,70 60,30 61 21,70 1,56 18,60 44,30 3,20 2,20 74,00 115,30 101,80 89,20 102,20 62 21,70 1,62 14,70 39,40 4,00 2,20 59,50 127,30 151,90 76,20 107,20 63 23,40 1,54 15,20 53,00 3,70 2,30 107,00 344,30 144,90 121,40 25,00 64 21,40 1,63 14,70 47,90 3,70 2,40 108,00 147,30 128,10 120,00 176,40 65 25,00 2,06 16,20 18,90 2,70 1,70 34,00 25,20 135,50 42,30 102,40 66 17,30 1,24 13,60 49,90 4,30 2,50 112,50 112,90 305,10 83,40 35,60 67 15,90 1,53 18,40 36,40 3,60 3,10 88,00 72,70 231,00 72,10 130,70 68 15,10 1,40 13,20 39,00 3,50 2,70 96,50 87,20 159,30 85,80 75,70 69 18,70 1,28 16,40 43,60 4,40 2,70 73,00 52,90 108,70 77,90 76,40 70 15,20 1,27 15,80 45,30 4,00 2,70 90,50 68,30 157,10 79,10 99,00 71 25,30 1,50 14,30 43,90 4,70 1,60 100,50 11,20 166,40 57,30 11,60

Page 64: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

63

Conclusão Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 72 24,10 1,63 17,60 49,10 4,40 1,30 89,50 7,10 100,80 33,80 10,60 73 25,80 1,90 16,40 46,10 4,60 2,00 112,00 18,10 164,40 72,70 243,40 74 19,60 1,78 16,60 46,00 4,90 2,10 123,00 12,20 106,00 60,10 9,60 75 21,80 2,13 16,70 49,60 3,90 1,80 91,00 8,00 195,60 91,70 2,40 76 23,70 2,19 15,80 47,90 4,50 2,00 97,00 11,30 153,90 53,40 22,20 77 25,10 1,73 12,70 40,30 3,80 1,80 99,50 13,20 186,30 66,50 2,90 78 23,20 1,78 12,40 58,80 4,80 2,40 112,50 11,60 150,20 72,00 11,30 79 21,50 1,76 12,00 53,10 3,90 1,80 138,50 10,50 254,40 85,60 11,00 80 17,10 2,36 12,90 54,60 4,30 1,60 105,00 13,10 144,70 63,10 87,30 81 22,80 2,70 11,70 47,60 3,90 2,00 95,50 11,10 155,00 57,50 67,70 82 26,80 2,08 14,20 42,70 4,40 1,90 125,00 11,60 155,00 44,70 31,10 83 22,80 1,98 10,90 46,00 3,50 1,50 106,00 21,30 267,40 65,20 48,40 84 21,90 1,93 11,70 52,30 3,80 1,80 166,00 14,50 327,80 69,30 100,30 85 20,90 2,13 11,60 59,90 4,30 1,80 57,50 36,50 332,80 58,30 25,60 86 27,10 1,75 11,60 50,70 3,90 1,80 98,50 13,00 220,20 69,60 28,30 87 24,90 1,85 10,20 55,40 4,10 1,90 103,50 23,00 207,10 65,70 10,20 88 21,30 1,99 13,70 59,00 4,00 1,60 113,00 15,30 330,20 72,00 10,20 89 24,40 2,25 15,80 54,70 4,70 1,80 104,50 23,40 237,50 74,10 20,40

Lote N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn ------ ------ ------ g kg-1 ------ ------ ------ ------ mg kg-1 ------ ------ 90 22,50 2,30 16,10 35,90 4,50 1,90 97,00 33,30 300,10 71,30 37,70 91 24,40 1,68 14,70 32,60 3,50 1,70 62,50 24,30 74,10 57,60 38,90 92 17,60 1,63 21,00 32,50 2,80 1,30 47,00 22,90 78,50 54,20 15,80 93 18,00 1,44 13,90 39,40 2,50 1,30 53,00 31,40 54,60 64,10 16,80 94 19,70 1,47 16,30 33,90 2,50 1,40 62,50 10,30 92,40 56,50 17,60 95 20,90 1,61 21,40 28,80 2,80 1,30 59,50 22,50 99,00 67,00 49,20 96 19,30 1,69 16,70 31,80 2,90 1,20 38,00 15,70 73,90 58,50 18,50 97 20,00 1,85 20,80 27,50 3,40 1,40 44,50 22,70 88,90 70,10 19,00 98 19,90 1,70 19,20 31,90 2,90 1,30 45,50 15,60 59,00 65,30 26,50 99 24,40 1,70 18,40 42,70 2,90 1,40 44,50 14,40 82,40 59,20 19,30

100 22,60 1,83 18,30 42,30 3,40 1,60 54,50 11,60 65,20 58,00 12,50

4.2.2 Apresentação das normas de acordo com os parâmetros nutricionais

Beaufils (1973) relata que não existe uma metodologia definida para a

definição do nível de corte entre as 2 sub-populações, sendo que o mais importante

é a validade dos resultados finais obtidos. Com base nesta afirmação e revendo-se

um dos conceitos básicos do DRIS, que diz respeito ao Índice de Balanço Nutricional

(IBN), procurou-se utilizar este Índice no auxílio da definição das normas que

alicerçou todo o trabalho de diagnose nutricional em situações de campo.

Como já mencionado anteriormente, o IBN é o resultado do somatório

dos valores absolutos de todos os índices nutricionais envolvidos no diagnóstico e

Page 65: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

64

para fins de interpretação, seus valores são correlacionados de forma negativa com

a produção.

Para tanto, observando a metodologia citada por Beaufils (1973),

obteve-se as melhores correlações (r) quando utilizou-se o ponto de corte de 32,5 t

ha-1 (Figura 26), mediante o teste de todas as correlações. Estas correlações devem

expressar os maiores valores negativos, ou seja, entre todas as amostras

analisadas, foram correlacionados os valores das produções em 32,5 t ha-1 com os

valores dos Índices de Balanço Nutricional (IBN) de cada uma delas. Com base na

correlação encontrada entre a produção e o IBN, foi estabelecido que o nível

produtivo de 32,5 t ha-1 será utilizado como fonte de referência dos padrões

nutricionais para a cultura da lima tahiti por ter a maior correlação negativa. Os

padrões obtidos neste nível produtivo foram utilizados para definição e

estabelecimento das normas DRIS.

Baseado nos resultados das análises químicas foliares de todas as

amostras cujas produtividades foram iguais ou maiores que 32,5 t ha-1, elaborou-se

a Tabela 11 onde se encontram as médias, variâncias e desvios padrões

encontradas para sub-população A e a sub-população B (média e variância), a

relação de variância entre a sub-população A e B (variância de B/variância de A),

estabelecendo-se a relação nutricional que entrará no processamento do DRIS, bem

como os níveis de significância nas relações de variância das sub populações A e B,

através do teste F.

TABELA 11 - Valores médios e as relações possíveis entre os nutrientes, variância, coeficiente de variação, relação de variância entre sub populações A e B e (Teste F).

Continua Elementos e parâmetros Média A

Desvio Coeficiente de variação A

Variância A Média B Variância B Teste F

Padrão A

N 22,8 2,5267 11,0606 6,3847 21,6 12,3729 1,9379 P 1,9 0,31784265 16,6279 0,1010 1,5 0,1954 1,9351 K 13,4 2,6494 19,7644 7,0194 13,9 26,3162 3,7490

Ca 49,2 6,5264 13,2637 42,5942 42,2 120,0866 2,8193

Mg 4,2 0,4547 10,9299 0,2067 3,2 0,9562 4,6250

S 1,9 0,2911 15,7349 0,0847 1,9 0,1672 1,9730

B 107,7 21,1063 19,6064 445,4763 71,1 471,0579 1,0574

Cu 39,7 77,7784 196,0882 6049,4782 53,6 3310,5099 0,5472

Fe 201,0 76,7828 38,2004 5895,5990 151,2 5041,9740 0,8552

Mn 70,4 20,5418 29,1703 421,9638 75,1 2142,8962 5,0784

Zn 49,3 61,8338 125,3091 3823,4163 38,8 958,7091 0,2507

N/P 12,3 2,4623 20,0543 6,0632 15,5 36,2886 5,9851

Page 66: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

65

Continua Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de

variação A Variância

A Média B Variância B Teste F

P/N 0,1 0,0193 22,7558 0,0004 0,1 0,0006 1,6423

N/K 1,8 0,4621 25,9562 0,2135 1,8 0,4302 2,0152

K/N 0,6 0,1251 21,1753 0,0156 0,6 0,0480 3,0691

N/Ca 0,5 0,0931 19,6325 0,0087 0,6 0,0419 4,8336

Ca/N 2,2 0,4389 20,0493 0,1926 2,0 0,4193 2,1771

N/Mg 5,5 0,7799 14,0656 0,6083 7,3 6,3843 10,4956

Mg/N 0,2 0,0286 15,5292 0,0008 0,2 0,0029 3,5275

N/S 12,6 2,4057 19,0474 5,7875 11,8 8,3181 1,4372 Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de

variação A Variância

A Média B Variância B Teste F

Padrão A

S/N 0,1 0,0153 18,7331 0,0002 0,1 0,0006 2,5815

N/B 0,2 0,0511 23,1810 0,0026 0,3 0,0149 5,7037

B/N 4,8 1,1240 23,5564 1,2634 3,3 1,3204 1,0451

N/Cu 1,5 0,8125 54,7674 0,6602 0,7 0,2962 0,4486

Cu/N 1,8 3,3642 191,8066 11,3179 2,4 5,2158 0,4608

N/Fe 0,1 0,0471 36,3687 0,0022 0,2 0,0182 8,2091

Fe/N 8,9 3,6559 41,0224 13,3653 7,3 15,7436 1,1779

N/Mn 0,4 0,1237 35,0968 0,0153 0,4 0,0296 1,9366

Mn/N 3,1 0,9975 31,8468 0,9950 3,4 2,9890 3,0041

N/Zn 1,4 1,8632 129,5233 3,4714 1,0 0,8896 0,2563

Zn/N 2,2 2,6468 120,6996 7,0054 1,8 2,3618 0,3371

P/K 0,1 0,0416 27,9008 0,0017 0,1 0,0040 2,3074

K/P 7,2 1,8512 25,8096 3,4270 9,8 19,2450 5,6158

P/Ca 0,0 0,0088 22,1837 0,0001 0,0 0,0002 2,6679

Ca/P 26,3 4,8362 18,3807 23,3889 30,0 164,0804 7,0153

P/Mg 0,5 0,0831 17,9319 0,0069 0,5 0,0197 2,8558

Mg/P 2,2 0,3881 17,4597 0,1507 2,3 1,2123 8,0472

P/S 1,1 0,2270 21,4833 0,0515 0,8 0,0495 0,9604

S/P 1,0 0,2349 23,6568 0,0552 1,3 0,1637 2,9669

P/B 0,0 0,0059 31,5466 0,0000 0,0 0,0001 3,9473

B/P 57,8 14,0367 24,2875 197,0281 50,5 485,2002 2,4626

P/Cu 0,1 0,0631 51,2825 0,0040 0,1 0,0027 0,6692

Cu/P 23,5 50,6451 215,8540 2564,9286 37,7 1452,7273 0,5664

P/Fe 0,0 0,0038 35,3251 0,0000 0,0 0,0001 4,3158

Fe/P 105,4 36,1263 34,2722 1305,1089 100,0 1497,8621 1,1477

P/Mn 0,0 0,0099 33,4688 0,0001 0,0 0,0001 0,7796

Mn/P 38,3 15,2042 39,7237 231,1663 49,1 622,3467 2,6922

P/Zn 0,1 0,1287 115,9630 0,0166 0,1 0,0063 0,3774

Zn/P 25,9 33,9265 131,1731 1151,0070 25,5 353,9346 0,3075

K/Ca 0,3 0,0729 26,2608 0,0053 0,4 0,0437 8,2053

Ca/K 3,9 1,0979 28,4649 1,2054 3,7 4,0430 3,3540

K/Mg 3,2 0,5308 16,5084 0,2817 4,6 3,7057 13,1550

Mg/K 0,3 0,0687 21,3860 0,0047 0,3 0,0143 3,0200

K/S 7,4 1,9475 26,3510 3,7926 7,5 9,1390 2,4097

S/K 0,1 0,0388 26,9645 0,0015 0,2 0,0036 2,4146

K/B 0,1 0,0352 27,3071 0,0012 0,2 0,0120 9,6606

B/K 8,4 2,7164 32,2825 7,3789 5,9 8,5213 1,1548

K/Cu 0,9 0,5422 62,2154 0,2940 0,4 0,1217 0,4141

Cu/K 2,9 5,1134 177,6382 26,1473 3,8 9,3601 0,3580

K/Fe 0,1 0,0388 49,8736 0,0015 0,1 0,0081 5,3998

Page 67: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

66

Continua Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de

variação A Variância

A Média B Variância B Teste F

Padrão A

Fe/K 15,9 7,1923 45,2331 51,7297 13,1 89,5105 1,7304

K/Mn 0,2 0,0914 43,9157 0,0083 0,2 0,0170 2,0398

Mn/K 5,5 2,1914 39,5274 4,8024 5,7 7,4510 1,5515

K/Zn 0,8 0,9901 118,6491 0,9802 0,6 0,5846 0,5964

Zn/K 3,7 4,0653 109,8757 16,5268 3,2 8,6083 0,5209

Ca/Mg 11,9 1,8979 15,8847 3,6020 14,1 30,1175 8,3613

Mg/Ca 0,1 0,0154 17,8743 0,0002 0,1 0,0009 3,9100

Ca/S 27,2 5,4812 20,1573 30,0430 22,9 46,4955 1,5476

S/Ca 0,0 0,0075 19,7349 0,0001 0,0 0,0003 4,4090

Ca/B 0,5 0,1495 31,2987 0,0223 0,7 0,0833 3,7298 Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de

variação A Variância

A Média B Variância B Teste F

Padrão A B/Ca 2,2 0,4811 21,6381 0,2315 1,8 0,5590 2,4152

Ca/Cu 3,2 1,6849 53,2791 2,8389 1,4 1,4503 0,5109

Cu/Ca 0,8 1,4846 186,7664 2,2041 1,4 3,0673 1,3916

Ca/Fe 0,3 0,1005 36,2755 0,0101 0,3 0,0474 4,6940

Fe/Ca 4,1 1,5977 38,7878 2,5527 3,7 2,8088 1,1003

Ca/Mn 0,7 0,2304 30,7185 0,0531 0,7 0,1093 2,0596

Mn/Ca 1,4 0,4332 29,9166 0,1876 2,0 2,5235 13,4486

Ca/Zn 2,9 3,1585 107,1548 9,9760 1,8 3,6518 0,3661

Zn/Ca 1,0 1,3154 127,9798 1,7303 0,9 0,6438 0,3721

Mg/S 2,3 0,4160 18,1088 0,1730 1,7 0,3347 1,9343

S/Mg 0,4 0,0825 18,3766 0,0068 0,6000 0,0407 5,9818

Mg/B 0,0 0,0103 25,6376 0,0001 0,0000 0,0004 4,1079

B/Mg 26,2 6,1376 23,4185 37,6696 23,3000 68,1051 1,8080

Mg/Cu 0,3 0,1484 54,5380 0,0220 0,1000 0,0104 0,4725

Cu/Mg 10,3 21,1408 205,6609 446,9354 17,2000 264,0249 0,5907

Mg/Fe 0,0 0,0098 41,0727 0,0001 0,0000 0,0005 5,3701

Fe/Mg 49,2 20,0710 40,8195 402,8431 48,9000 466,6942 1,1585

Mg/Mn 0,1 0,0225 34,8707 0,0005 0,1000 0,0010 2,0757

Mn/Mg 17,3 6,2772 36,1981 39,4038 23,9000 204,3752 5,1867

Mg/Zn 0,3 0,2938 114,4038 0,0863 0,1000 0,0376 0,4362

Zn/Mg 12,1 14,7395 121,9073 217,2536 12,3000 79,5318 0,3661

S/B 0,0 0,0044 24,7905 0,0000 0,0000 0,0002 8,0224

B/S 59,2 13,2985 22,4568 176,8511 38,6000 181,6650 1,0272

S/Cu 0,1 0,0577 50,2395 0,0033 0,1000 0,0024 0,7306

Cu/S 19,1 33,1460 173,7594 1098,6586 28,9000 1116,0062 1,0158

S/Fe 0,0 0,0045 42,2625 0,0000 0,0000 0,0001 3,5875

Fe/S 112,2 48,2561 43,0136 2328,6559 79,4000 1097,9147 0,4715

S/Mn 0,0 0,0064 23,1006 0,0000 0,0000 0,0002 3,8074

Mn/S 37,9 8,0911 21,3293 65,4652 39,1000 446,5137 6,8206

S/Zn 0,1 0,1360 121,7789 0,0185 0,1000 0,0056 0,3009

Zn/S 25,8 29,9671 116,0836 898,0283 19,6000 189,7212 0,2113

B/Cu 7,0 3,8402 54,5170 14,7472 2,4000 4,9313 0,3344

Cu/B 0,4 0,7291 189,4409 0,5316 0,8000 0,3874 0,7287

B/Fe 0,6 0,2289 37,6446 0,0524 0,6000 0,1876 3,5817

Fe/B 2,0 1,0784 54,8653 1,1629 2,3000 1,5221 1,3088

B/Mn 1,6 0,5133 31,4808 0,2635 1,1000 0,2409 0,9143

Mn/B 0,7 0,2122 31,5888 0,0450 1,1000 0,3664 8,1374

Page 68: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

67

Conclusão Elementos e parâmetros Média A Desvio Coeficiente de

variação A Variância

A Média B Variância B Teste F

Padrão A

B/Zn 6,5 7,6925 117,9199 59,1751 3,1000 13,2834 0,2245

Zn/B 0,5 0,5495 120,5736 0,3020 0,6000 0,1633 0,5408

Cu/Fe 0,3 0,5547 220,5008 0,3076 0,5000 0,5651 1,8369

Fe/Cu 12,3 6,2247 50,6641 38,7464 5,6000 32,9191 0,8496

Cu/Mn 0,4 0,6154 140,7865 0,3787 0,8000 0,4762 1,2576

Mn/Cu 4,1 1,8653 46,0397 3,4795 2,3000 3,7432 1,0758

Cu/Zn 1,6 3,0228 190,7965 9,1376 2,0000 6,0675 0,6640

Zn/Cu 2,6 3,2928 127,6404 10,8426 1,2000 1,7433 0,1608

Fe/Mn 3,0 1,1999 39,8675 1,4397 2,4000 1,3083 0,9088

Mn/Fe 0,4 0,1971 49,6125 0,0389 0,6000 0,2417 6,2220

Fe/Zn 11,9 14,5555 122,0615 211,8614 6,0000 54,8861 0,2591

Zn/Fe 0,3 0,4152 143,2739 0,1724 0,3000 0,0458 0,2659

Mn/Zn 4,1 5,0080 121,6950 25,0804 3,1000 16,4659 0,6565

Zn/Mn 0,7 0,7819 114,5963 0,6114 0,6000 0,1547 0,2531

Posteriormente, realizou-se o cálculo de Índice de Diagnose de acordo

com Walworth e Sumner (1987) obtendo-se as equações matemáticas

intermediárias definidas para o DRIS (BEAUFILS, 1973), baseadas na maior relação

entre dois nutrientes considerando-se as sub-populações A e B.

Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 12 para os 100

dados amostrados em plantas de Lima Ácida Tahiti no ano de 2015, onde estão

definidos o número da amostra (coluna 1), os índices do nitrogênio (IN, coluna 2), do

fósforo (IP, coluna 3), potássio (IK, coluna 4), do cálcio (ICa, coluna 5), do magnésio

(IMg, coluna 6), do enxofre (IS, coluna 7), do boro (IB, coluna 8), do cobre (ICu, coluna

9), do ferro (IFe, coluna 10), do manganês (IMn, coluna 11), e do zinco (IZn, coluna

12), da matéria seca (Ims, coluna 13), o valor do Índice de Balanço Nutricional, (IBN,

coluna 14) e nas colunas 15 e 16 os elementos diagnosticados como mais

deficientes e mais excessivos, respectivamente, utilizando-se para isso das normas

gerais estabelecidas para o DRIS nos níveis de 32,5 t ha-1.

TABELA 12 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as

normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2015.

Continua

Am

ostra

IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN

Def

icie

nte

E

xces

sivo

1 1,2 -0,6 -0,6 1,8 -1,7 1,4 -2,0 0,5 -0,5 -0,6 0,3 0,9 12,0 B Ca 2 1,6 -0,7 -0,6 1,4 -1,8 1,3 -1,6 0,4 -0,3 -0,5 0,2 0,8 11,2 Mg N 3 0,1 -0,7 -0,4 2,3 -1,4 1,1 -1,5 0,3 -0,2 -0,5 0,1 1,0 9,7 B Ca

Page 69: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

68

Continua A

mos

tra

IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN

Def

icie

nte

E

xces

sivo

4 0,5 -0,3 -1,3 2,1 -0,7 1,4 -1,8 0,5 -0,4 -0,5 0,2 0,6 10,4 B Ca 5 1,2 -1,0 0,0 1,6 -2,4 1,5 -1,6 0,5 0,0 -0,5 0,1 0,8 11,3 Mg Ca 6 1,2 -1,4 -0,1 2,1 -2,5 1,4 -1,6 0,4 -0,1 -0,4 0,1 0,9 12,3 Mg Ca 7 0,3 -0,5 0,1 1,7 -2,9 1,5 -1,3 0,6 -0,1 -0,5 0,3 1,0 10,7 Mg Ca 8 1,3 -1,0 -1,2 1,8 -0,4 0,8 -1,7 0,2 -0,3 -0,1 0,1 0,6 9,6 B Ca 9 0,9 -0,4 -0,4 2,1 -2,4 1,1 -2,0 0,4 -0,2 0,1 0,0 0,9 11,1 Mg Ca 10 1,5 -0,7 -0,1 1,1 -2,1 0,4 -1,6 0,8 0,1 -0,6 0,2 1,1 10,3 Mg N 11 0,6 -0,7 0,1 1,9 -3,4 1,3 -0,6 0,7 -0,5 -0,9 0,2 1,5 12,5 Mg Ca 12 3,0 -1,9 -0,3 2,5 -4,2 1,1 -1,1 0,7 -0,4 -0,9 0,3 1,4 17,8 Mg N 13 1,1 -1,1 -1,3 2,6 -1,7 -0,4 -0,6 0,3 0,3 -0,4 0,3 1,3 11,5 Mg Ca 14 1,2 -0,4 -0,5 1,9 -2,4 0,9 -1,2 0,5 -0,2 -0,9 0,3 1,0 11,3 Mg Ca 15 1,0 -1,5 -0,2 2,2 -0,5 0,9 -1,5 0,3 -0,6 -0,7 0,2 0,7 10,3 P e B Ca 16 0,6 -0,8 -0,2 2,0 -3,4 2,0 -1,9 0,5 0,8 -0,9 0,2 1,1 14,4 P Ca e S 17 2,8 -3,1 0,3 0,8 -0,9 1,5 -0,2 0,3 -2,0 -1,1 0,2 1,5 14,8 P N 18 2,5 -0,8 0,0 2,1 -5,5 1,9 -0,6 0,6 -0,8 -0,9 0,3 1,3 17,1 Mg N 19 0,8 -1,5 0,2 1,6 -2,1 1,1 -1,0 0,6 -0,3 -0,7 0,3 1,0 11,3 Mg Ca 20 1,4 -0,9 -0,9 2,2 -1,5 1,0 -2,3 0,5 -0,1 -0,4 0,2 1,0 12,5 B Ca 22 0,6 -0,5 -0,2 0,1 -0,7 0,7 -1,7 0,3 0,7 -0,4 -0,1 1,2 7,3 B S e Fe 23 1,7 -2,6 2,0 -1,9 0,4 1,1 -0,6 -0,2 -0,8 -1,5 -0,4 2,1 15,1 P K 24 1,3 -0,5 0,7 -0,1 -1,3 0,4 -0,7 0,0 -0,1 -0,9 -0,4 1,4 8,0 Mg N 25 3,0 0,1 0,8 2,1 2,8 -0,3 0,4 0,8 -11 0,6 0,0 1,0 23,2 Fe N 26 0,8 -0,5 1,6 0,3 0,2 0,5 -2,3 0,1 -0,3 -1,0 -0,3 0,9 8,8 B K 27 0,5 -0,2 2,4 -0,5 -2,3 0,7 -1,3 0,1 0,3 -1,0 -0,3 1,3 11,0 Mg K 28 0,8 0,4 3,9 -0,3 -3,1 0,4 -2,7 0,3 0,3 -0,8 -0,3 0,8 14,1 Mg K 29 1,2 -0,1 4,3 -0,9 -1,9 0,3 -3,5 0,4 0,4 -1,1 -0,4 0,6 15,0 B K 30 0,8 -5,6 4,1 -1,0 6,4 1,1 -2,4 0,2 -1,2 -2,1 -1,2 0,2 26,3 P K 31 3,9 -1,7 3,0 -1,8 -3,7 3,3 -0,7 0,0 -3,6 -1,0 -0,3 2,2 25,2 Mg N 32 0,9 0,5 1,6 -0,8 -1,0 1,0 -1,9 0,0 -0,9 -0,4 -0,2 1,0 10,2 B K 33 3,2 -2,2 1,5 -2,7 -1,9 2,0 0,3 0,1 -2,3 -0,6 -0,1 2,3 19,2 Ca N

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siv

o

34 0,0 0,1 1,4 0,1 -0,2 1,3 -3,4 0,4 -0,6 0,2 -0,3 0,8 9,0 B K 35 0,3 0,0 -0,2 0,1 -0,3 1,2 -1,3 -0,1 0,2 -0,5 -0,2 0,9 5,2 B S 36 0,2 -0,9 -0,4 0,4 -1,7 1,3 -0,1 0,0 0,4 -0,1 -0,3 1,1 6,9 P S 37 1,0 -1,0 -0,1 1,4 -2,0 1,7 -1,3 0,5 -0,7 -0,3 0,2 0,7 10,8 Mg S 38 1,4 -0,9 1,4 0,2 -0,2 2,5 0,2 0,0 -5,4 -0,3 -0,2 1,2 13,8 Fe S 39 0,1 -0,1 0,2 0,5 1,5 0,7 -2,9 -0,1 -0,5 0,8 -0,2 -0,1 7,6 B Mg 40 2,5 -1,7 1,9 -1,5 -4,3 2,6 0,2 -0,3 -1,1 -1,0 0,1 2,1 19,3 Mg N 51 0,1 -0,4 1,3 -1,5 -1,7 1,3 -3,6 0,1 0,0 3,8 0,8 -0,4 15,0 B Mn 52 0,8 -0,1 1,0 -2,5 -2,7 0,1 -2,9 0,2 -0,3 5,8 0,2 0,1 16,7 B Mn 53 1,7 0,6 1,4 -3,0 -2,1 2,4 -4,4 0,4 -0,2 3,1 0,2 -0,4 19,9 B Mn 54 0,4 -0,3 2,1 -2,0 -1,8 1,4 -3,5 0,4 0,0 3,3 0,1 -0,4 15,6 B Mn 55 0,7 -0,2 0,0 -0,8 -1,0 1,4 -2,8 0,2 0,5 1,7 0,1 0,1 9,6 B Mn 56 0,7 0,2 1,2 -1,3 -1,7 1,2 -2,8 0,5 0,6 0,5 0,0 0,7 11,4 B K e S 57 1,1 0,0 1,8 -1,6 -2,2 1,6 -3,4 0,4 0,4 1,5 -0,1 0,0 14,0 B K 58 -0,2 0,1 2,4 -2,4 -2,4 2,1 -3,0 0,6 1,0 0,5 0,9 -0,1 15,6 B K 59 1,6 0,0 2,3 -3,3 -4,8 3,1 -2,9 0,6 0,3 2,3 0,3 0,1 21,4 Mg S

Page 70: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

69

Conclusão A

mos

tra

IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn

IZn IMS IBN D

efic

ient

e

E

xces

sivo

60 0,0 0,4 2,7 -2,3 -1,9 1,3 -3,1 0,3 0,6 1,4 0,4 -0,3 14,7 B K 71 0,3 0,3 -1,0 -0,2 0,3 -0,3 -0,6 -0,5 0,4 0,7 0,1 0,8 5,5 K Mn 72 -1,0 0,5 -0,4 -0,5 -0,3 0,2 -0,7 -0,1 0,9 1,4 0,2 -0,2 6,4 N Mn 73 -1,0 0,8 -1,9 -0,2 0,1 1,1 -0,3 -0,2 1,0 0,1 0,9 -0,2 7,8 K S 74 -1,3 0,3 -1,3 0,5 0,2 1,5 -0,2 -0,2 0,6 0,6 0,6 -1,0 8,3 N e K S 75 -0,8 1,0 -1,4 -0,1 0,0 0,0 -0,3 0,0 0,5 0,4 0,6 0,2 5,4 K P 76 1,9 0,7 -2,1 -1,1 -0,5 0,7 -0,9 0,0 0,9 1,1 0,6 -1,0 11,4 K N 77 0,2 -0,3 -1,7 0,1 -0,1 0,1 0,2 0,1 0,0 0,6 0,1 1,0 4,4 K Mn 78 0,0 -0,6 -1,0 -0,5 -0,6 0,1 -0,1 -0,1 0,7 1,1 0,1 1,1 6,0 K Mn 79 -1,3 0,3 -1,1 0,7 -0,5 0,9 -0,1 -0,6 0,5 0,9 0,3 0,2 7,2 N S e Mn 80 -1,2 0,6 -1,2 0,8 0,3 0,6 -0,5 -0,4 0,3 0,4 0,3 0,1 6,8 N e K Ca 81 -1,6 0,5 -1,6 0,8 0,9 0,6 -0,7 -0,2 0,7 0,5 0,6 -0,4 9,4 N e K Mg 82 1,2 -0,5 -0,3 -0,4 -2,5 -0,7 0,9 0,2 0,5 -0,4 0,0 1,9 9,5 Mg N 83 -0,5 0,6 -1,1 -0,6 -0,1 1,1 -0,4 -0,4 1,0 -0,3 0,7 0,1 6,8 K S 84 -1,2 0,2 -1,5 0,7 0,8 -0,1 -0,1 -0,3 0,8 0,7 0,2 0,1 6,6 K Mg e Fe 85 -0,7 -0,3 -1,5 0,3 0,1 -0,3 0,0 0,0 1,0 0,4 0,4 0,8 5,8 K S 86 -0,7 0,3 -1,6 0,2 0,1 1,3 -0,6 -0,1 0,8 -0,3 0,8 0,0 6,7 Mg S 87 -0,3 0,5 -0,9 0,1 -1,3 1,1 0,0 0,0 0,9 -0,6 0,3 0,4 6,4 Mg S 88 -0,7 0,5 -1,3 0,8 -0,4 1,0 -0,2 -0,2 0,6 -0,6 0,6 -0,1 7,0 K S 89 -1,0 -0,2 -0,9 -0,1 0,0 0,3 0,0 -0,2 0,9 0,2 0,3 0,7 4,8 N Fe 90 -1,2 0,2 -1,1 0,3 0,3 0,5 -0,5 -0,1 1,2 0,7 0,2 -0,3 6,8 N Fe 91 0,4 0,2 0,8 -0,2 -1,2 1,4 -2,0 -0,2 0,3 -0,4 -0,1 0,8 8,0 B S 92 1,4 0,4 0,8 -1,6 -0,2 0,2 -2,9 -0,3 0,5 -0,8 0,0 2,2 11,5 B N 93 -0,6 1,8 0,2 0,5 -0,2 1,0 -3,9 -0,3 0,2 -0,4 0,1 1,7 10,8 B P 94 1,9 0,6 -0,3 -0,8 0,1 0,2 -2,4 -0,4 0,1 -0,6 0,0 1,6 9,0 B N 95 -0,5 0,7 1,1 0,1 -1,2 1,3 -2,2 0,0 -0,4 0,0 0,1 1,0 8,5 B K 96 -0,5 0,3 1,0 0,8 -0,4 1,0 -4,2 -0,1 0,5 0,3 0,2 1,2 10,3 B K e S 97 -0,5 1,0 0,8 0,6 -0,1 2,4 -5,6 -0,3 0,4 0,5 0,1 0,6 12,9 B S 98 -0,3 1,5 1,3 -0,1 -1,0 1,4 -5,1 0,0 0,7 0,3 0,1 0,9 12,7 B P 99 -0,3 0,6 1,8 0,7 -1,7 1,1 -5,2 -0,1 0,5 0,3 0,5 1,6 14,5 B K

100 -0,3 0,2 1,0 0,9 -1,3 2,0 -4,1 0,1 0,4 0,3 0,2 0,7 11,4 B S

Analisando-se os dados apresentados pela Tabela 12, pode-se

perceber que os valores apresentados pelo DRIS, através das normas originadas de

diferentes níveis de produtividade, menores valores das magnitudes dos Índices de

Diagnose e, consequentemente, menores valores de IBN para normas originadas de

populações com produtividades acima de 32,5 t ha-1. Como exemplo, toma-se a

amostra 82, com produtividade obtida de 30 t ha-1, onde tem-se como nutriente

diagnosticado como deficiente o Mg.

Também, observou-se nos dados das amostras da Tabela 12 que a

deficiência maior foi do nutriente B (40% dos talhões), devido a alta extração por

parte do ‘Tahiti’ e os baixos teores de Matéria Orgânica dos solos dos pomares,

seguido do Mg (26% dos talhões), sendo que uma grave deficiência deste nutriente

Page 71: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

70

provoca distúrbios no metabolismo das plantas que certamente afetará na qualidade

e rendimento (GERENDÁS; FUHRS, 2013). No entanto, Dias et al. (2013a), que

verificaram em seu trabalho utilizando normas DRIS multivariadas para avaliação do

estado nutricional de laranjeira ‘Pera’ no estado do Amazonas, observaram que os

elementos com índices DRIS mais negativos nas glebas seguiram a ordem

K>B=P>Mn>Mg>Cu=Fe>S>Ca>N>Zn.

Em termos de excesso, verificou-se nos nutrientes S, Ca e K (25%,

20% e 18% dos talhões, respectivamente), fato que se justificou devido às

aplicações demasiadas de fertilizantes minerais ricos em Potássio, que tem efeito

sobre o tamanho das frutas, acompanhado pelo aumento da relação da quantidade

de suco por fruta pela casca (MATTOS JR et al., 2010), bem como aplicação de

calcário em superfície sem incorporação, aumentando assim os teores de Ca.

Já para os dados de 2016, são apresentados na Tabela 13 para os 89

dados amostrados em plantas de Lima Ácida ‘Tahiti’, onde estão definidos o número

da amostra (coluna 1), os índices do nitrogênio (IN, coluna 2), do fósforo (IP, coluna

3), potássio (IK, coluna 4), do cálcio (ICa, coluna 5), do magnésio (IMg, coluna 6), do

enxofre (IS, coluna 7), do boro (IB, coluna 8), do cobre (ICu, coluna 9), do ferro (IFe,

coluna 10), do manganês (IMn, coluna 11), e do zinco (IZn, coluna 12), da matéria

seca (Ims, coluna 13), o valor do Índice de Balanço Nutricional, (IBN, coluna 14) e

nas colunas 15 e 16 os elementos diagnosticados como mais deficientes e mais

excessivos, respectivamente, utilizando-se para isso das normas gerais

estabelecidas para o DRIS nos níveis de 32,5 t ha-1.

TABELA 13 - Diagnóstico nutricional de plantas de Lima Ácida Tahiti segundo as normas desenvolvidas para produtividades acima de 32,5 t ha-1 ano 2016.

Continua

Am

ostra

IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN

Def

icie

nte

Exc

essi

vo

1 1,5 -1,0 0,7 -0,1 -1,9 1,4 -1,3 0,6 -1,0 -0,3 0,0 1,2 11,0 Mg N 2 0,8 -1,3 0,5 0,6 -0,8 1,1 -3,3 0,8 -0,2 0,0 0,8 0,9 11,1 B S 3 1,2 -2,0 -0,8 1,1 -2,7 1,3 -0,2 0,9 0,4 0,0 -0,2 1,1 11,9 Mg S 4 0,6 -0,1 -0,4 0,1 -1,2 0,8 -0,5 0,7 -1,5 0,9 -0,1 0,8 7,7 Fe Mn 5 0,7 -1,0 -0,4 0,5 -1,2 0,3 -1,1 0,7 0,7 0,4 -0,2 0,6 7,8 Mg Cu – Fe - N 6 2,5 0,2 0,9 1,3 -0,1 3,2 -8,9 0,7 -2,6 2,0 -0,2 0,9 23,5 B S 7 0,1 -0,9 -0,5 0,2 -0,5 1,2 -1,5 0,6 -0,4 0,4 1,0 0,4 7,7 B S 8 1,4 -0,8 0,0 -0,2 -0,8 -0,2 -0,4 0,5 -1,1 0,6 0,0 1,0 7,0 Fe N 9 0,8 -1,0 -0,1 0,0 -1,7 0,7 -1,1 0,8 0,1 1,0 -0,3 0,8 8,4 Mg Mn

Page 72: PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DOUTORADO …

71

Continua

12 1,4 -3,5 0,5 1,4 -1,0 0,6 0,1 0,7 -1,3 0,3 -0,4 1,2 12,2 P N e Ca 13 1,0 -1,5 -0,2 1,8 -1,1 0,3 -0,5 0,6 -0,8 -0,6 -0,1 1,0 9,4 P Ca 14 1,3 -1,8 0,8 0,8 -1,7 0,5 0,1 0,8 -1,9 -0,2 0,3 0,9 11,1 Fe N 15 0,7 0,4 0,2 0,6 -1,1 0,8 -0,8 0,4 -1,5 -0,5 0,1 0,7 7,9 Fe S 16 0,6 -3,1 -0,2 1,3 -1,5 2,4 -0,6 0,6 -0,2 -0,4 0,3 0,8 12,0 P S 17 1,7 -6,1 0,7 2,2 0,8 -0,3 -0,4 0,8 -0,4 0,1 -0,3 1,3 15,0 P Ca 18 1,4 -2,6 0,6 0,8 -1,9 0,2 -0,3 0,8 -0,7 0,5 -0,3 1,5 11,5 P N 19 2,3 -3,1 0,3 0,8 -2,0 -0,3 -0,1 0,7 -0,9 0,2 0,5 1,5 12,7 P N 20 0,7 -2,2 1,2 0,7 1,5 0,3 -1,8 0,3 -1,3 0,2 -0,4 0,8 11,4 P Mg 21 -0,1 -1,5 1,2 -0,1 0,2 -0,3 -1,2 0,9 -0,3 0,3 0,4 0,5 7,0 P K 22 0,4 -0,3 2,2 -0,7 0,5 -0,5 -2,5 1,1 -1,0 -0,4 0,3 0,6 10,4 B K 23 0,0 -1,1 0,6 -0,1 -0,1 -0,1 -0,9 0,8 -0,3 0,1 0,2 0,8 5,1 P Cu 24 -0,3 -1,7 1,5 -1,1 0,3 0,8 -0,5 0,1 0,2 0,4 -0,6 0,7 8,2 P K 25 0,4 -1,8 0,3 -0,2 -0,4 -0,5 0,0 0,3 0,3 0,5 0,2 1,0 5,9 P Mn 26 0,4 -1,7 2,2 -0,8 -1,2 -0,1 0,0 0,3 -0,5 0,0 0,1 0,9 8,1 P K 28 -0,1 -0,5 2,0 -1,0 0,0 0,9 -2,8 0,3 -0,1 -0,1 0,3 0,7 8,9 B K 29 0,7 0,3 -0,2 -0,9 0,0 0,6 -1,2 0,3 -0,2 -0,4 -0,1 1,1 6,0 B N 30 1,0 -1,1 0,2 -0,8 0,9 0,0 -0,9 0,1 0,4 -0,4 -0,2 0,7 6,7 P N 41 0,4 -0,7 1,5 -1,2 1,8 1,5 -3,3 0,2 -0,4 0,1 0,1 -0,4 11,6 B Mg 42 0,4 -1,3 1,3 -0,9 0,6 0,3 0,1 0,3 -2,2 0,6 0,7 -0,2 9,0 Fe K 43 0,7 -0,5 0,9 -1,8 -1,1 -0,5 -0,1 4,7 -3,0 0,9 -0,5 0,1 14,8 Fe Cu 44 0,9 -0,7 1,2 -2,6 -0,4 -0,9 -0,7 4,4 -1,6 0,0 0,4 -0,4 14,3 Ca Cu 45 0,8 -0,7 3,4 -2,4 -1,4 -0,5 -0,5 5,1 -4,2 0,2 -0,7 0,0 19,9 Ca Cu 46 0,4 0,1 2,2 -2,4 -0,8 -0,3 0,0 0,0 -2,3 2,2 0,0 0,4 11,1 Fe Cu 47 1,0 0,1 2,0 -3,3 -0,7 -0,1 -0,3 0,2 -1,4 1,4 -0,4 0,7 11,7 Ca K 48 1,4 1,7 2,1 -2,1 1,1 0,6 -0,1 0,7 -7,9 2,2 -0,4 0,3 20,5 Fe Mn 49 1,2 0,2 0,8 -0,8 0,4 0,2 -0,5 2,1 -4,5 0,4 -0,2 0,5 11,8 Fe Cu 50 -0,3 -0,4 1,8 -0,7 1,6 -0,1 -0,5 2,0 -3,4 -0,1 -0,2 -0,2 11,1 Fe Cu 51 0,9 -1,0 2,0 -3,8 -2,4 -0,6 -0,8 1,1 -2,8 8,5 -0,8 -0,9 25,7 Ca Mn 52 0,1 -0,9 2,0 -2,8 -1,8 -0,1 -1,4 1,7 -0,8 4,5 0,2 -1,2 17,4 Ca Mn 53 0,4 -0,2 0,7 -2,7 -0,9 0,2 -1,0 0,9 -0,4 3,0 0,2 -0,6 11,0 Ca Mn 54 0,9 -0,7 1,2 -2,8 -1,6 -0,1 -0,2 0,9 -1,9 5,5 -1,1 -0,5 17,4 Ca Mn 55 0,8 -1,2 1,5 -1,9 -2,0 -1,3 -0,5 1,4 -2,7 6,7 -0,4 -0,6 21,0 Fe Mn 56 0,5 -0,7 2,7 -2,5 -1,9 0,1 -0,8 0,8 -1,5 1,3 1,7 -0,3 14,9 Ca K 57 -0,7 -1,1 1,9 -2,4 -2,2 0,5 -0,4 1,0 -1,2 4,7 -0,1 -0,5 16,8 Ca Mn 58 1,3 -0,9 1,6 -4,1 -2,6 0,5 -1,2 0,7 -1,0 5,3 0,2 -0,5 19,9 Ca Mn 59 0,3 -1,1 2,4 -5,1 -3,5 0,8 -1,0 0,9 -1,7 7,6 0,6 -1,1 26,2 Ca Mn 60 2,0 -0,5 1,1 -2,5 -1,0 1,5 -1,9 0,7 -1,7 2,1 0,4 -0,5 16,0 Ca N 61 -0,1 -0,7 1,5 -0,4 -1,4 1,0 -1,5 1,2 -1,6 0,8 0,9 0,1 11,3 Fe K

Am

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IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN

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nte

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60 2,0 -0,5 1,1 -2,5 -1,0 1,5 -1,9 0,7 -1,7 2,1 0,4 -0,5 16,0 Ca N 61 -0,1 -0,7 1,5 -0,4 -1,4 1,0 -1,5 1,2 -1,6 0,8 0,9 0,1 11,3 Fe K 62 -0,1 -0,5 0,4 -1,0 0,0 1,0 -2,4 1,3 -0,4 0,3 0,9 0,2 8,6 B Cu 63 -0,4 -1,2 0,2 -0,1 -1,2 0,3 -0,5 3,5 -1,0 1,4 -0,5 -0,6 10,9 P e Mg Cu 64 -0,8 -0,9 0,1 -0,5 -0,9 0,9 -0,4 1,3 -1,3 1,6 1,4 -0,4 10,5 Fe Mn

Am

ostra

IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN

Def

icie

nte

Exc

essi

vo

10 0,1 -2,7 -0,1 1,6 -0,8 -0,1 0,3 0,6 0,2 0,3 -0,1 0,7 7,6 P Ca 11 1,0 -2,8 0,9 1,2 1,0 0,6 -0,2 0,4 -2,1 -0,8 -0,1 0,8 12,1 P Ca

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72

Conclusão

67 -2,2 -1,0 1,2 -1,6 -0,9 3,0 -0,9 0,6 0,4 0,0 1,1 0,0 13,0 N S 68 -2,0 -1,1 0,1 -0,9 -0,6 2,4 -0,2 0,8 -0,2 0,7 0,6 0,4 10,0 N S 69 -0,9 -1,7 0,9 -0,4 0,6 2,3 -1,4 0,4 -1,2 0,5 0,7 0,2 11,1 P S 70 -2,1 -1,8 0,7 -0,3 0,0 2,2 -0,6 0,6 -0,3 0,4 0,8 0,2 10,0 N S 71 0,7 -0,8 0,4 -0,2 0,9 -0,4 0,1 -0,4 0,0 -0,3 -0,4 0,3 4,8 P Mg 72 0,8 0,0 1,8 0,5 0,7 -0,7 -0,1 -0,7 -1,1 -1,3 -0,4 0,5 8,7 Mn K 73 0,1 -0,3 0,4 -0,8 0,2 0,0 -0,2 -0,2 -0,5 -0,1 1,8 -0,5 5,1 Ca Zn 74 -0,6 -0,1 0,9 -0,1 1,0 0,7 0,7 -0,4 -1,3 -0,3 -0,6 0,0 6,7 Fe Mg 75 -0,3 1,1 1,4 0,0 0,0 0,2 -0,5 -0,7 0,2 1,4 -3,0 0,0 8,8 Zn K e Mn 76 0,1 0,6 0,5 -0,1 0,3 0,3 -0,2 -0,5 -0,3 -0,7 -0,1 0,0 3,8 Mn P 77 0,8 0,2 0,2 -0,6 0,1 0,4 0,1 -0,2 0,3 0,3 -2,1 0,4 5,7 Zn N 78 -0,1 -0,4 -0,3 0,7 0,6 1,0 0,2 -0,4 -0,5 0,0 -0,5 -0,3 4,8 Fe e Zn S 79 -0,3 -0,3 -0,3 0,3 -0,3 -0,2 0,8 -0,4 0,7 0,5 -0,5 0,0 4,6 Zn B 80 -1,2 1,0 0,0 0,5 0,3 -0,5 0,1 -0,4 -0,5 -0,2 0,7 0,2 5,4 N P 81 0,0 1,5 -0,4 -0,1 -0,3 0,4 -0,3 -0,5 -0,3 -0,5 0,5 0,0 4,8 Cu e Mn P 82 0,8 0,4 0,1 -0,5 0,2 0,1 0,6 -0,4 -0,3 -1,0 0,1 0,0 4,6 Mn N 83 0,2 0,2 -0,6 0,0 -0,6 -0,7 0,2 -0,1 0,8 -0,1 0,3 0,3 4,2 S Fe 84 -0,4 -0,1 -0,6 0,1 -0,6 -0,3 1,1 -0,3 1,0 -0,2 0,6 -0,3 5,6 K e Mg B 85 -0,2 0,4 -0,3 1,0 0,3 0,1 -2,2 0,2 1,1 -0,4 0,0 0,1 6,3 B Fe 86 0,9 -0,3 -0,4 0,2 -0,3 -0,1 -0,1 -0,3 0,5 0,0 0,0 0,1 3,4 K N 87 0,5 -0,1 -0,8 0,6 0,0 0,2 0,0 0,0 0,4 -0,1 -0,5 0,1 3,2 K Ca 88 -0,4 0,1 0,1 0,7 -0,3 -0,7 0,2 -0,3 1,1 0,1 -0,5 -0,1 4,4 S Fe 89 0,0 0,3 0,2 0,2 0,2 -0,5 -0,2 -0,1 0,5 0,0 -0,2 -0,4 2,8 S Fe 90 -0,2 0,5 0,3 -1,4 0,2 0,0 -0,4 0,1 0,9 -0,1 0,1 -0,1 4,3 Ca Fe 91 1,4 0,2 0,9 -1,0 -0,1 0,5 -1,3 0,0 -2,1 0,0 0,3 0,8 8,7 Fe N 92 0,0 0,5 3,4 -0,7 -1,0 -0,2 -2,3 0,0 -1,5 0,2 -0,1 1,2 11,1 B K 93 0,5 0,2 1,5 0,6 -1,2 -0,1 -1,4 0,3 -2,8 0,9 -0,1 1,4 11,0 Fe K 94 0,6 0,1 1,9 -0,5 -1,5 0,0 -0,9 -0,4 -0,9 0,2 -0,1 1,3 8,5 Mg K 95 0,6 0,0 2,9 -1,6 -1,4 -0,5 -1,6 0,0 -1,0 0,6 0,5 1,0 11,7 Ca e B K 96 0,9 0,9 2,3 -0,5 -0,4 -0,4 -3,3 -0,2 -1,6 0,6 0,0 1,4 12,4 B K 97 0,5 0,8 2,8 -1,8 -0,2 -0,1 -3,0 0,0 -1,3 0,9 -0,1 0,9 12,5 B K 98 0,8 0,8 2,9 -0,7 -0,7 -0,2 -2,5 -0,2 -2,7 0,9 0,2 1,2 13,9 B K 99 1,6 0,4 2,4 0,4 -1,1 -0,2 -3,0 -0,3 -1,6 0,3 0,0 0,9 12,2 B K

100 1,0 0,8 2,3 0,2 -0,3 0,3 -2,0 -0,4 -2,6 0,1 -0,3 0,7 11,1 B K

Com base nos dados apresentados na Tabela 13, pode-se perceber que

21% dos talhões estavam com excesso de K, o que se justificou pela utilização

demasiada de fertilizantes com K2O, onde a média utilizada nos pomares

amostrados foi de 80 kg ha-1, seguido do N (16% dos talhões) e Mn (14% dos

talhões).

Em se tratando de talhões com deficiência, demonstrou-se pelos dados

que 21% dos talhões com deficiência de P e 20% dos talhões manifestaram

deficiência de B e Fe, fato justificado pela origem dos solos dos lotes amostrados e

Am

ostra

IN IP IK ICa IMg IS IB ICu IFe IMn IZn IMS IBN

Def

icie

nte

Exc

essi

vo

65 2,5 1,4 1,8 -3,7 -1,1 1,3 -4,7 0,1 -0,2 -0,4 1,3 1,0 19,6 B N 66 -1,5 -2,1 -0,1 0,0 0,1 1,3 0,0 1,0 0,9 0,3 0,0 -0,1 7,5 P S

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73

classes texturais, haja vista que os dois principais tipos de solos onde os pomares

estão presentes são LATOSSOLO VERMELHO Distrófico (LVd) e ARGISSOLO

VERMELHO Distrófico (PVd) com 25 % de argila, 10 % de silte e 65% de areia, em

média, além dos baixos teores de Matéria Orgânica (MO), cerca de 20 g kg-1, em

média. Srivastava e Singh (2008) encontraram resultados semelhantes em seu

trabalho com tangerina, onde os índices DRIS desenvolvidos com base na análise

das folhas e do solo revelaram deficiência de N,

P, K, Fe e Zn.

4.2.3 Relação DRIS estabelecida e faixas de padrões existentes

Visando uma comparação do Sistema DRIS com os padrões

nutricionais apresentados por Malavolta (1992) e Mattos Jr., De Negri e Figueiredo

(2003), a relação das faixas de todos os nutrientes utilizadas como forma geral de

interpretação das análises químicas foliares para a cultura da Lima Ácida Tahiti e as

normas DRIS estabelecidas nas amostras neste estudo, foram apresentadas na

Tabela 14.

TABELA 14 – Relação dos nutrientes estudados, faixas de padrões existentes e normas DRIS estabelecidas para a Lima Ácida Tahiti.

NUTRIENTE N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

g kg-1 mg kg-1

Malavolta (1992)

24 - 26 1,2 - 1,7 10 - 14 35 - 40 2,5 – 3,0 2,0 – 2,5 60 - 140 10 - 30 130 - 300 25 - 50 25 – 50

Mattos Jr., De Negri e

Figueiredo (2003)

18 - 22 1,8 – 2,2 15 - 20 35 - 45 2,5 – 4,0 2,0 – 3,0 36 - 100 4,1 -10,0 50 - 120 35 - 50 35 - 50

Padrões gerados pelo DRIS Tahiti

21 - 25 1,7 – 2,1 12 – 15 43 – 54 3,8 – 4,4 1,7 – 2,0 90 – 118 43 – 70 161 - 262 57 – 93 37 – 48

Fonte: Malavolta (1992); Mattos Jr.; De Negri; Figueiredo (2003); Próprio autor (2017), elaborado pelo autor (2017).

Conforme os dados apresentados pela Tabela 14, observou-se que

para a produtividade de lavouras de ‘Tahiti’ acima de 32,5 t ha-1, as normas DRIS

foram estabelecidas e que, os padrões nutricionais obtidos das lavouras avaliadas

(Tabelas 13 e 14) resultaram em diferentes dos padrões propostos por Malavolta

(1992) e Mattos Jr., De Negri e Figueiredo (2003), que são utilizadas na

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74

interpretação das análises químicas foliares para a cultura da Lima Ácida Tahiti,

exceto para os nutrientes N, K, B e Fe que foram semelhantes aos de Malavolta

(1992) e P e Zn teores que ficaram próximos dos teores médios descritos por Mattos

Jr., De Negri e Figueiredo (2003). Os teores médios de Ca, Mg, Cu e Mn ficaram

acima dos padrões existentes e o nutriente S ficou abaixo dos padrões existentes.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante a realização desta pesquisa, obteve-se o estabelecimento

das normas DRIS para a Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o estado do

Paraná, utilizando como padrão, a produtividade acima de 32,5 t ha-1.

Observaram-se nos dados das amostras do ponto de corte escolhido

(acima de 32,5 t ha-1) que as deficiências maiores foram dos nutrientes B, Mg, P e

Fe. Quanto aos teores dos nutrientes excessivos, verificaram-se os nutrientes S, K,

Cu e N.

As recomendações para nutrição e adubação da Lima Ácida Tahiti no

Estado do Paraná, atualmente são realizadas utilizando normas e padrões gerais da

pesquisa gerada pelo Estado de São Paulo (IAC – APTA). No estado do Paraná, as

pesquisas para citricultura partem em sua totalidade do IAPAR, porém existe a

necessidade de avanços na área da nutrição mineral de plantas, em especial na

utilização da diagnose via análise foliar.

Fruto deste trabalho, as normas DRIS geradas serão utilizadas pelo

IAPAR e EMATER, com o auxílio dos agricultores (familiares e patronais) do estado

do Paraná, visando a melhoria na recomendação de fertilizantes de forma mais

equilibrada, haja vista que foi o primeiro trabalho no estado para estabelecimento

das normas DRIS para a cultura.

Na busca de uma alternativa mais completa de recomendação

nutricional, este trabalho servirá como opção também para a assistência técnica,

pois existem grupos de técnicos que já se dedicam a buscar soluções para aumento

de produtividade e renda ao agricultor, com uso racional de fertilizantes.

A opção de gerar a matriz utilizando o ponto de corte acima de 32,5 t

ha-1 de Tahiti, foi utilizada como padrão neste trabalho por apresentar melhor

correlação entre produção e IBN dentre as 168 amostras analisadas.

Além da utilização da norma DRIS, outros trabalhos de pesquisa

utilizando as informações deste estudo, poderão validar e incrementar o uso do

DRIS na Lima Ácida Tahiti, como forma de realizar um diagnóstico preciso e

recomendação nutricional adequada.

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76

6 CONCLUSÕES

Mediante a realização desta pesquisa, obteve-se o estabelecimento

das normas DRIS para a Lima Ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka) para o estado do

Paraná, utilizando como padrão, a produtividade acima de 32,5 t ha-1.

Observou-se nos dados das amostras do ponto de corte escolhido

(acima de 32,5 t ha-1) que, no ano agrícola 2014/2015 a deficiência maior foi do

nutriente B (40%), seguido do Mg (26%). Quanto aos teores dos nutrientes

excessivos, verificou-se nos nutrientes S (25%), seguidos do Ca (20%) e K (18%).

Já, nos resultados com os dados do ano agrícola 2015/2016, verificou-se deficiência

de P (21%), seguido dos nutrientes B e Fe (20% ambos). Em relação aos teores de

nutrientes excessivos, pode-se observar o K (21%), seguido dos nutrientes N (16%)

e Mn (14%).

Pode-se definir um critério para escolha de qual matriz gerada pelo

sistema DRIS utilizar em nível de campo, haja vista que quanto maior a

produtividade menor foi o IBN, através do cálculo e análise da correlação (r) entre o

Índice de Balanço Nutricional (IBN) e matrizes DRIS para os diferentes níveis

produtivos.

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77

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