Pragas Amendoim - Copia
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Universidade Federal do PiauíCentro de Ciências AgráriasDepartamento: FitotecniaDisciplina: Agricultura Especial IProf.: Francisco de Alcântara
PRAGAS E DOENÇAS DO AMENDOIM
COMPONENTES: LAYSE ANDRADE FERREIRA
THAYSE ANDRADE FERREIRA
OUTUBRO/2013
Introdução
O Amendoim é uma planta dicotiledônea, da família Leguminosae, subfamília Papilonoideae, gênero Arachis. As espécies mais importantes do gênero são A. hypogaea L., A. prostrata Benth e A. nhambiquarae Hoehne. As variedades cultivadas pertencem à primeira espécie.
O amendoim (cientificamente, Arachis hypogaea L.) é uma leguminosa com processo especial de frutificação, denominado geocarpia, em que uma flor aérea, após ser fecundada, produz um fruto subterrâneo.
Pragas
Vários são os insetos e ácaros que ocorrem durante o ciclo fenológico da cultura, atacando tanto a parte subterrânea quanto a parte aérea da planta.
Entretanto, nem sempre a ocorrência destes organismos na cultura representa um risco à sua produtividade, dependendo principalmente do nível populacional da praga e dos danos provocados.
Pragas de solo
Larva alfinete (Diabrotica speciosa) (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae). As larvas são de coloração branca-leitosa e de formato afilado.
A larva perfura as vagens ainda não completamente formadas, além de facilitar a penetração de patógenos. O adulto alimenta-se do limbo foliar, provocando perfurações circulares.
Pragas de solo
Larva alfinete Adulto da larva alfinete (vaquinha).
Pragas de solo
Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae). A coloração da lagarta varia de cinza-escuro a verde-escuro, tem o hábito de quando tocada enrolar-se rapidamente.
O adulto é uma mariposa de coloração marrom. Esta praga corta o coleto da planta em nível de solo. O ataque intenso reduz significativamente o estande de plantas.
Pragas de solo
Pragas de solo
Lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus) (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae), é considerada uma das mais severas pragas para o amendoinzeiro. A lagarta apresenta listras transversais e coloração verde-azulada e produz uma teia característica .
Os adultos apresentam coloração pardo-avermelhada, pardo-escuro a cinza. Este inseto pode atacar os ginóforos e as vagens . Além do dano direto, sua injúria facilita a penetração de patógenos.
Pragas de solo
Teia produzida pela lagarta elasmo. Injúrias da lagarta elasmo.
Pragas de solo
Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea) (Perty, 1830) e percevejo-preto (Cyrtonemus mirabilis) (Hemiptera: Cydnidade). As formas jovens e adultas aderem-se às raízes sugando a seiva, enfraquecendo a planta, podendo causar a morte das plantas.
Uma característica que denuncia a presença deste insetos no campo é o forte cheiro exalado quando o solo é revolvido para plantio.
Pragas de solo
Adulto do percevejo castanho. Adulto do percevejo preto.
Pragas da parte aérea:
Tripes-dos-folíolos (Enneothrips flavens) (Moulton, 1941) e Tripes-do-prateamento (Caliothrips brasiliensis) (Morgan, 1929) (Thysanoptera: Thripidae).
Estes insetos são de tamanho bastante reduzido, com asas franjadas. Perfuram as células vegetais e sugam a seiva exsudada, geralmente preferem alimentar-se das folhas do ponteiro, provocando seu enrolamento, onde também ovipositam. Os folíolos atacados apresentam estrias e deformações.
Pragas da parte aérea:
Pragas da parte aérea:
Cigarrinha verde (Empoasca kraemeri) (Ross & Moore, 1957) (Hemiptera: Cicadellidae). De coloração verde tem como característica locomover-se lateralmente;
Durante a alimentação introduzem seu aparelho bucal nos vasos de seiva da planta sugando-a, deixando as folhas com as bordas voltadas para baixo e ligeiramente amareladas.
Pragas da parte aérea:
Ninfa de cigarrinha
Pragas da parte aérea:
Gafanhoto do Nordeste (Schistocerca pallens) (Thrunberg, 1815) (Orthoptera: Acrididae), as ninfas são de coloração verde e à medida que mudam de ínstar escurecem, até atingirem a cor acinzentada quando adulto.
Esta praga remove grandes quantidades de área foliar, deixando a planta completamente desfolhadas.
Pragas da parte aérea:
Pragas da parte aérea:
Lagarta-do-pescoço-vermelho (Stegasta bosquella, Chambers, 1975) (Lepidoptera: Gelechiidae), esta lagarta apresenta como característica marcante a coloração avermelhada nos dois primeiros seguimentos torácicos .
Se alimentam dos folíolos jovens, ocasionando perfurações simétricas. Seu ataque ocasiona redução no desenvolvimento das plantas em função das gemas serem danificadas.
Pragas da parte aérea:
Pragas de armazém:
Traça das vargens (Corcyra cephalonica) (Stainton, 1865) (Lepidoptera: Pyralidae), o adulto é uma pequena mariposa de coloração cinza nas asas anteriores.
As lagartas são de coloração branco-pérola. No caso desta praga apenas a forma jovem causa injúria. Os insetos atacam os grãos defeituosos sobre os quais abrem uma galeria. Em grãos inteiros atacam a região do embrião. A lagarta ainda pode penetrar no fruto.
Pragas de armazém:
Controle
Algumas táticas de controle de pragas têm sido recomendadas:
Uniformidade da época do plantio, rotação cultural, destruição dos restos culturais, uso de variedades resistentes, arranquio das plantas - soca e o controle químico.
Doenças
Redução de 10 a mais de 50% da produção de vagens
Fases de:
Plantio;
Desenvolvimento da cultura;
Pós colheita
aflatoxina
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS DO SOLO
Sementes e plântulas
Rhizoctonia solani patógeno polífago Rhizoctoniose
Aspergillus niger Saprófito Podridão do colo
Pré-emergência falhas na germinação pela destruição de sementes e embriões em desenvolvimento
Pós-emergência tombamento
Presença em sementes e no colo da plântula
Murcha de Sclerotium
• Normalmente perdas não ultrapassam 25%;
• Superiores a 80%, quando em condições de monocultivo;
Sclerotium rolfsii
patógeno polífago;
Apodrecimento tombamento e murchamento
Parasita necrotrófico
Produção de ácido oxálico
Presença de micélios, que que dão origem aos escleródios, que em condições favoráveis germinam dando origem aos apotécios.
Doenças da parte aérea
Principais:
Manchas castanhas
Manchas pretas
Mancha barrenta
Verrugose
Cercosporioses
Mancha castanha
Cercospora arachidicola
Produção local de espóros fonte de inóculo
Esporulações na face adaxial dos folíolos
Práticas:
rotação de cultura
eliminação de restos de culturas
início do florescimento
Perdas de até 50%, decorrentes de desfolhas precoces
Manchas necróticas, circulares e irregulares
Coloração mais clara, halo amarelada mais nítido e diâmetro maior, que a mancha preta
Mancha preta
Cercosporidium personatum
esporulação abundante na face abaxial dos folíolos
Aumento de intensidade é mais rápido e severo
Desfolha das plantas
Perda em torno de 50%.
Rotação de culturas, eliminação de partes vegetativas após o cultivo
com lesões mais escuras, bem definidas, pequeno halo amarelado
Mancha barrenta
Phoma arachidicola
Primeiro sintomas aos 4 dias após a infecção
Sobrevivência: restos de culturas, plantas voluntárias (micélio e conídios).
Disseminação – conídios
Favorecimento – alta umidade relativa do ar
manchas pardas irregulares,
formando grandes áreas,
os folíolos afetados aparentam estar sujos de barro
Verrugose
fungo Sphaceloma arachidis
O agente sobrevive de um ano para outro
sementes deixadas durante a colheita ou em restos de culturas do ano anterior.
mais comum quando ocorre ataque de insetos (tripes).
Controle
Ocorre deformação na planta, principalmente na haste e nervuras da folhas. Observando-se mais de perto,
percebe-se pequenas "verrugas" salientes.
Recomendações de controle
Doenças de pré e pós emergência
Uso de sementes sadias
Boa qualidade
Plantio com profundidades adequadas
Rotação de cultura
Níveis de cálcio adequado
Tratamento químico da semente com fungicida
Recomendações de controle
Doenças da parte aérea
Utilização obrigatória de fungicidas, atentando:
Escolha do fungicida – clorotalonil e triazóis
Dosagem correta
Boa cobertura foliar
Época certa
Referências
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Amendoim/CultivodoAmendoim/pragas.html
http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=26625&secao=Agrotemas
http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/amendoim/Index.htm
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/17725/1/DOC206.pdf