Pragas associadas à · Pragas associadas à amendoeira Espécie polífaga (amendoeira, ameixeira,...

Pragas associadas à amendoeira

Albino Bento & José Alberto Pereira

CIMO / Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança [email protected]

Jornadas Técnicas da Amendoeira, Alfândega da Fé, 23 de maio de 2014


Myzus persicae Sulz.; Brachycaudus amygdalinus Smith.; Brachycaudus helichrysi Kalt.

Grapholita molesta Busck; Anarsia lineatella Zeller.

Monasteira unicostata Mulsant;

Anthonomus amygdali Hust.

Tetranichus urticae Koch; Panonychus ulmi Koch.

Quadraspidiotus perniciosus, Aspidiotus perniciosus Comst.

Scolytus amydali Guer.

Monosteira unicostata Mulsant


Hemíptera, Tingidae.


Espécie polífaga (amendoeira, ameixeira, cerejeira, pessegueiro, ….).

Hiberna no estado adulto na casca das árvores, infestantes, etc.

Na primavera (abril), os adultos realizam postura nas folhas jovens (página inferior), iniciando novo ciclo.

Apresenta 3 a 4 gerações anuais, coincidindo as populações mais elevadas com o final do verão.

Monosteira unicostata Mulsant

Sintomas: manifestam-se pelo amarelecimento das folhas e deposição de excrementos, dando origem a típicos pontos negros.

Natureza e importância dos estragos

Queda prematura de folhas, provocando prejuízos importantes em resultado da redução fotossintética.

Estimativa do risco e NEA

Técnica das pancadas e observação visual;

Amostragem de 100 folhas (2 folhas x 50 árvores).

Presença de adultos/larvas;

8% de folhas ocupadas (posturas e larvas dos 1º estados de desenvolvimento).


0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

22

-Mai

29

-Mai

5-J

un

12

-Ju

n

19

-Ju

n

26

-Ju

n

3-J

ul

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-Ju

l

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-Ju

l

24

-Ju

l

31

-Ju

l

7-A

go

14

-Ago

21

-Ago

P. Sup.

P. Inf

nº

tota

l/sem

an

a

N. Monasteira unicostata

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

22

-Mai

29

-Mai

5-J

un

12

-Ju

n

19

-Ju

n

26

-Ju

n

3-J

ul

10

-Ju

l

17

-Ju

l

24

-Ju

l

31

-Ju

l

7-A

go

14

-Ago

21

-Ago

P. Sup.

P. Inf

nº

tota

l/sem

an

a

A. Monasteira unicostata

Fig. Número médio de exemplares de ninfas e adultos de Monosteira unicostata observados em folhas.

Ninfas

Adultos


Tetranichus urticae


Panonychus ulmi


Elevado potencial biótico, determina elevadas populações em curtos períodos.

Fêmeas muito proliferas, mais de 50 ovos.

Cada geração completa pode decorrer em condições climáticas ótimas (24 ° - 28 ° C e baixa humidade relativa), em cerca de 30 dias.

Hiberna como fémea adulta (amarelo) ovo (vermelho).

Desenvolve entre 5 e 9 gerações por ano.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

22

-Mai

29

-Mai

5-J

un

12

-Ju

n

19

-Ju

n

26

-Ju

n

3-J

ul

10

-Ju

l

17

-Ju

l

24

-Ju

l

31

-Ju

l

7-A

go

14

-Ago

21

-Ago

P. Sup.

P. Inf

nº

tota

l/sem

an

a

F. Tetranichus urticae

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1-J

an

2-J

an

3-J

an

4-J

an

5-J

an

6-J

an

7-J

an

8-J

an

9-J

an

10

-Ja

n

11

-Ja

n

12

-Ja

n

P. Sup.

P. Inf

nº

tota

l/sem

an

a

M. Tetranichus urticae

0

2

4

6

8

10

12

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16

18

20

22

-Mai

29

-Mai

5-J

un

12

-Ju

n

19

-Ju

n

26

-Ju

n

3-J

ul

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-Ju

l

17

-Ju

l

24

-Ju

l

31

-Ju

l

7-A

go

14

-Ago

21

-Ago

P. Sup.

P. Inf

nº

tota

l/sem

an

a

N. Tetranichus urticae

0

5

10

15

20

25

30

35

22

-Mai

29

-Mai

5-J

un

12

-Ju

n

19

-Ju

n

26

-Ju

n

3-J

ul

10

-Ju

l

17

-Ju

l

24

-Ju

l

31

-Ju

l

7-A

go

14

-Ago

21

-Ago

P. Sup.

P. Inf

nº

tota

l/sem

an

a

O. Tetranichus urticae

Fig. Número médio de ovos, ninfas, machos e fêmeas de Tetranichus urticae , observados em folhas.



Brachycaudus helichrysi; Áptera vivípara, cor verde e sifões curtos; Alada vivípara, cabeça e tórax negro, abdómen verde.

AFÍDEOS: Homoptera, Aphidoidea

Brachycaudus amygalinus; Áptera vivípara, cor verde pardo, tórax com bandas negras, sifões curtos; Alada vivípara, cabeça e tórax negro, abdómen verde, amarelo na parte central.

Myzus persicae; Áptera vivípara, cor variável mas em geral verde e antenas mais pequenas que o corpo; Alada vivípara, cabeça e tórax acastanhado a negro, abdómen com uma grande placa dorsal.


Todas as espécies hibernam na fase de ovo, nas rugosidades da casca.

Eclosão dá-se no início da Primavera: - as ninfas dão origem a fêmeas fundatrigénias; - fundatrigénias originam as gerações ápteras; - a partir de Abril desenvolvem-se números gerações.

No final do período de crescimento, em geral, dá-se a migração ou redução da atividade dos afídeos.

Atacam os lançamentos mais jovens e as folhas, de que resulta o enrolamento e deformações, com entre-nós muito curtos;

Ataque forte pode dar lugar a redução da produção.

Grapholita molesta Busck


Lepidóptera, Tortricidae.


Espécie polífaga (amendoeira, cerejeira, pereira, macieira, ….).

Hiberna na fase de pupa

Apresenta duas a três gerações anuais.

Estragos: ao nível dos lançamentos e dos frutos

Grapholita molesta Busck

0

1

2

3

4

5

6

24-A

br

30-A

br

8-M

ai

15-M

ai

22-M

ai

28-M

ai

5-J

un

12-J

un

26-J

un

3-J

ul

10-J

ul

17-J

ul

24-J

ul

30-J

ul

7-A

go

20-A

go

28-A

go

3-S

et

Nº

médio

/sem

ana/a

rmadilh

a

Grapholita molesta

Fig. Número médio/semana/armadilha de capturas de adultos de Grapholita molesta.


Anarsia lineatella Zeller


Lepidóptera, Tortricidae.


Espécie polífaga (amendoeira, ameixeira, cerejeira, pessegueiro, ….).

Hiberna como larva na própria árvore, etc.

Na primavera, as larvas retomam a atividade alimentando-se dos jovens rebentos.

Apresenta duas gerações anuais.

Estragos: ao nível dos lançamentos e dos frutos

Anarsia lineatella Zeller

0

5

10

15

20

25

24-A

br

30-A

br

8-M

ai

15-M

ai

22-M

ai

28-M

ai

5-J

un

12-J

un

26-J

un

3-J

ul

10-J

ul

17-J

ul

24-J

ul

30-J

ul

7-A

go

20-A

go

28-A

go

3-S

et

Nº

médio

/sem

ana/a

rmadilh

aAnarsia lineatella

Fig. Número médio/semana/armadilha de capturas de adultos de Anarsia lineatella.


Coccinelidae; 6.28

Formicidae; 1.06

Aranea; 17.53

Coleoptera; 7.79

Díptera; 4.81

Thysanoptera; 1.79

Hymenoptera;

14.11Neuroptera; 1.75 Hemiptera; 13.54

Monosteira

unicostata; 30.53

Outros; 0.82

Fig. Importância relativa dos diferentes grupos avaliados.

Entomofauna associada à amendoeira

Coccinelidae; 1.87

Formicidae; 2.41

Aranea; 26.74

Coleoptera; 11.94

Díptera; 8.02Thysanoptera; 6.57

Hymenoptera; 5.76Neuroptera; 1.15 Hemiptera; 7.66

Monosteira

unicostata; 18.33Outros; 9.56


Fig. Importância relativa dos diferentes grupos avaliados.

- 5 10 15 20 25 30

Adalia sp.

Coccinella

setempunctata

Hippodamia variegata

Nephus (Bipunctatus)

bisignatus

Oenopia sp.

Platynaspis luteorubra

Rhizobius

chrysomeloides

Scymnus(Scymnus)

apetzi

Scymnus (Mimopullus)

mediterraneus

Scymnus (Pullus)

subvillosus

Stethorus punctillum

Percentagem (%)

Fig. Importância relativa das diferentes espécies de Coccinelidae identificadas.


Conclusões

A monosteira é a praga mais importante na região

Os ácaros surgem em segundo lugar de importância, especialmente o aranhiço amarelo

Fauna auxiliar rica e diversificada com possível papel importante na limitação natural


OBRIGADO

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