Prati Que 15

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15 2014 “Faça de seu alimento a sua medicina.” Hipócrates (pai da medicina ocidental) Tema: Alimentação e Saúde Texto I

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REDAÇÃO

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15 2014

“Faça de seu alimento a sua medicina.” Hipócrates (pai da medicina ocidental)

Tema: Alimentação e Saúde

Texto I

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PRATIQUE REDAÇÃO Nº 15 − 2014

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Texto II Rachel Louise Carson e a “Primavera silenciosa”

O nome é Rachel Louise Carson. Pouca gente a conhece fora dos círculos a-cadêmicos, mas ela foi a bióloga e escritora responsável pela maior revolução ecológi-ca do mundo, quando lançou o livro Primavera Silenciosa (Silent Spring), em outubro de 1962. Apesar do título poético – uma referência ao silêncio dos pássaros mortos pela contaminação dos agrotóxicos -, nunca um livro fez tanto barulho a favor do meio ambiente. No primeiro capítulo, “Uma Fábula para o Amanhã”, a autora descreve, liricamente, um lugar onde as árvores não davam folhas, os animais morriam, os rios contaminados não tinham peixes e, principalmente, os pássaros que cantavam na pri-mavera haviam sumido. Mas, nos 16 anos seguintes, tratados nos capítulos posteriores, Carson, de maneira demolidora, explicou e denunciou o perigo dos pesticidas.

Sempre lutando, a escritora discursou no Congresso americano em 1963, onde pediu novas políticas destinadas a proteger a saúde humana e o meio ambien-te, principalmente relativas ao uso de agrotóxicos. Morreu na primavera de 1964, aos 57 anos, de câncer de mama.

Fonte: <http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?id=42&secao=536&mat=565>. Acesso em 10 de janeiro de 2014.

Texto III

De acordo com Alan Tygel, membro da Coordenação Nacional da Campa-nha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, o agronegócio atua como propulsor no uso de agrotóxicos no país e, ao mesmo tempo, não estimula nem a oferta nem a distri-buição de alimentos, pois sua produção é voltada à indústria alimentícia.

Alan vê na agricultura familiar e na agroecologia alternativas para a produ-ção e distribuição de alimentos, e o fim da situação de insegurança alimentar no país. Segundo ele, a campanha contra os agrotóxicos, lançada em 2011, tem hoje uma grande adesão em todo o país e apresenta três bandeiras principais: o fim do uso de agrotóxicos já banidos em outros países do mundo; a proibição da pulverização aérea, extremamente danosa e a reversão da isenção de impostos destinados ao custeio dos gastos com agrotóxicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: http://www.contraosagrotoxicos.org/index.php/noticias/agrotoxicos/259-agrotoxicos-violam-direito-humano-a-alimentacao-adequada. Acesso em 10 de janeiro de 2014.

Texto IV

A organização das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) divulgou recentemente o Relatório de 2013 sobre Comércio e Meio Am-biente, intitulado “Acorde antes que seja tarde demais: torne a agricultura verdadei-ramente sustentável agora para a segurança alimentar em um clima em mudança” (em tradução livre do inglês). O relatório, para além de alertar sobre os danos do paradigma hegemônico de produção agrícola, aponta a adoção da agroecologia como fundamental para evitar o agravamento da crise socioambiental e prováveis crises alimentares futuras – exatamente o oposto do que vem sendo desenvolvido pela grande parte das universidades brasileiras.

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A construção de uma racionalidade ambiental para o enfrentamento desses problemas – em oposição à racionalidade econômica – exige a elaboração de novos saberes e, principalmente, a participação dos grupos historicamente silenciados e que mais sofrem as consequências nefastas da crise da modernidade na construção destes saberes(grupos minoritários). No espaço da universidade, isto implica a inter-nalização das discussões socioambientais nas atividades de ensino e pesquisa, a abertura do diálogo com outras formas de saber e o repensar do papel da extensão universitária na perspectiva que Boaventura de Sousa Santos chama de “ecologia de saberes.”

Fonte: http://outraspalavras.net/posts/universidade-entre-agroecologia-e-agronegocio/. Acesso em 10 de janeiro de 2014 Proposta 1(ENEM) A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema:

Desafios para se garantir a segurança alimentar no Brasil Apresente experiência ou proposta de ação social que respeite os direitos

humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Proposta 2 (ITA) Abaixo, há notícias que fazem alusão à questão da segurança alimentar: 1. A jovem Vanessa Machesoni, 24 anos, morta na sexta-feira com suspeita de into-

xicação alimentar, foi enterrada, na tarde deste domingo, em São Paulo. Ela morreu após almoçar no refeitório do supermercado que trabalhava como caixa, na zona leste da capital. As informações são da Globonews.

2. Com feira, assentados paraibanos comemoram Dia Estadual de Combate aos Agrotóxicos

Durante a abertura da programação, os assentados ofereceram um café da manhã com produtos orgânicos a 500 pessoas. Os visitantes puderam saborear ma-mão, banana, melão, suco de acerola, pamonha, canjica, mungunzá, bolo de mandi-oca e tapioca. Todos os produtos fazem parte da agricultura desenvolvida apenas com defensivos naturais.

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Considerando a relação entre os dois textos acima e os textos deste Pratique Reda-ção!, redija uma DISSERTAÇÃO em prosa sustentando ponto de vista sobre o assunto.

− A redação deve ser feita na folha a ela destinada, respeitando os limites das linhas,

com caneta azul ou preta. − A redação deve obedecer à norma padrão da Língua Portuguesa. − Dê um título para sua redação. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o

assunto; b) coesão e coerência do texto; e c) domínio do português padrão.

Proposta 3

A segurança alimentar é tema constantemente presente nas pautas de dis-

cussão internacionais, por interferir efetivamente na qualidade de vida do indivíduo. Uma sociedade que faz vistas grossas a alguma irregularidade apresentada nesse setor pode colocar em risco a vida de suas populações, o seu desenvolvimento so-cioeconômico e pode, posteriormente, envolver-se em atritos com outras nações, tendo em vista o perigo que essa negligência apresenta. Casos de doenças que infectam animais destinados ao abate para consumo humano, de níveis críticos de agrotóxicos envenenando aos poucos os indivíduos são relatados e muitas vezes tratados de forma alarmante mundo afora, gerando até pânico nas populações. Essa constatação o fez compreender a necessidade de se reportar a seu líder nacional, no caso o Presidente, por meio de uma CARTA ARGUMENTATIVA, em que você apre-senta os motivos para se discutir sobre segurança alimentar de forma mais aberta nos diversos meios informacionais (mídias digitais, TV, rádio, escolas, jornais).

Marc.: 03-05-14 – Rev.: MAR