Prática 1 - Determinação Do Número Mínimo de Amostras
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁCENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVILLABORATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL PARA ENGENHARIA CIVIL
Prática nº 01
DETERMINAÇÃO DO NÚMERO MÍNIMO DE AMOSTRAS E CALIBRAÇÃO DE MEDIDORES DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
Professora: ALINE LISOT Turma 1
Acadêmicos: RA:Bruna Cardozo Bilhan 79986
Ligia
Natalia Jacon Rodrigues
Ricardo
Maringá, 2015
1. OBJETIVOS
Compreender os passos para a determinação do Número Mínimo de Amostras e qual sua importância, com relação à freqüência espacial e freqüência temporal, e compreender a importância de calibrar o aparelho.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pesquisas Amostrais
Nas pesquisas científicas em que se quer conhecer algumas características de
uma população, também é muito comum se observar apenas uma amostra de seus
elementos e, a partir dos resultados dessa amostra, obter valores aproximados ou
estimativas para as características populacionais de interesse. Este tipo de pesquisa é
usualmente chamado de levantamento por amostragem.
A amostragem é naturalmente usada na vida diária. Por exemplo, para verificar o
tempero de um alimento em preparação, pode-se provar (observar) uma pequena porção
deste alimento. Desta forma, está se fazendo uma amostragem, ou seja, extraindo do
todo (população) uma parte (amostra), com o propósito de avaliar (inferir) a qualidade
do tempero de todo o alimento.
Num levantamento por amostragem, a seleção dos elementos que serão
observados, deve ser feita sob uma metodologia adequada, de tal forma que os
resultados da amostra sejam informativos para avaliar características de toda a
população.
Para amostras estatísticas, a medida que o nível de confiança cresce, o intervalo
de confiança se alarga. Mas, a medida que o intervalo de confiança se alarga, a precisão
da estimativa diminui.
Uma forma de aumentar a precisão de uma estimativa sem a redução do nível de
confiança é ampliar o tamanho da amostra.
O cálculo do tamanho da amostra é dado pela equação abaixo:
2
n=[ t ×Sxe ]2
(Equação 1 – Equaçao fornecida em sala de aula)
Sendo:
t = fator de distribuição de Student;
s = estimativa do desvio padrão da característica medida;
e = erro ou incerteza admitida.
Conforto Acústico
O conforto acústico pode ser visto como um conceito de caráter subjetivo porém,
cada vez mais, procura-se traduzir essa subjetividade em parâmetros de caráter objetivo,
mensuráveis. De uma forma ou de outra, o conforto acústico tem sido cada vez mais
exigido por proprietários ou usuários de edificações. Talvez a maioria da população não
saiba como avaliar esse conforto, mas a sua ausência está cada vez mais perceptível e,
por isso, a exigência de morar ou trabalhar em ambientes acusticamente confortáveis
está se tornando cada vez mais frequente.
Na sociedade atual o ser humano está sujeito a inúmeros estímulos sonoros
provenientes de várias atividades tais como: lazer, trabalho, transporte, etc. Os efeitos
sonoros destes estímulos variam do desconforto a perdas auditivas.
Embora a avaliação de percepção sonora tenha uma conotação bastante
subjetiva, é possível através da aplicação correta dos conceitos de Acústica
Arquitetônica e observação da finalidade ao qual o projeto se destina criar projetos de
edificações acusticamente adequados.
Os ruídos elevados tendem a prejudicar as tarefas que exigem concentração
mental e principalmente as tarefas que exigem atenção, velocidade e precisão de
movimentos. Os resultados tendem a piorar também com o aumento do tempo de
exposição ao ruído. Para trabalhos com exigência de concentração mental o nível médio
de ruído não deve ultrapassar 65 dB.
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O ruído é um fator ambiental contaminante muito antigo, que devido ao avanço
industrial, crescimento das cidades e evolução do transporte está mais presente na
atualidade.
Existe uma necessidade de estudos dos problemas acústicos das edificações com
o objetivo de conseguir condições mínimas para a qualidade acústica das mesmas, de
acordo com o uso e atividades dos ocupantes. No entanto, no Brasil, não existem
diretrizes a respeito de como uma escola deva ser projetada, levando-se em conta os
parâmetros acústicos para conforto, como:
1) Tempo de Reverberação e,
2) Isolamento Acústico.
Durante o projeto da edificação não é raro que as questões de conforto fiquem
em segundo plano. Muitas vezes, somente depois do edifício pronto e entregue, é que
esse item passa a ser mencionado e geralmente, pelo usuário. Porém, depois de prontas
as edificações, pode ser mais difícil, dispendioso ou impossível de se realizar as devidas
adequações para atingir as condições mínimas de conforto.
Tabela 1 – Intervalos para o Nível de Ruído Ambiente em Escolas, segundo
NBR 10.152
Tipo de Recinto Nível de Ruído Ambiente (dBA)
Biblioteca, Sala de música, Sala de
desenho
35 – 45
Sala de aula, Laboratório 40 – 50
Circulação 45 - 55
A norma brasileira NBR-10152/87 é a única a estabelecer uma diretriz, ou seja,
um valor mínimo e um valor máximo aceitável para o ruído ambiente dentro de uma
sala de aula desocupada.
Existe, atualmente, um projeto de norma, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), para avaliar o desempenho acústico de edifícios habitacionais de até
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cinco pavimentos. Este projeto de norma recomenda que os métodos utilizados para a
avaliação do desempenho acústico das edificações sigam os preceitos das normas
InternationalOrganization for Standardization (ISO 140-4 e ISO 140-5).
Nas salas de aula, alunos e professores precisam de altos níveis de concentração;
é onde os estudantes passam mais tempo ouvindo, do que falando, lendo ou escrevendo
Ouvir e escutar ainda são percebidos como um dever do estudante e não como
uma tarefa pedagógica. Ouvir não é suficiente; é necessário escutar de tal maneira que a
percepção e a inteligibilidade dos sons emitidos entre alunos e professores sejam
alcançadas.
A seguir um esquema de medições da sala de aula que foi palco para o
experimento.
Medidores de níveis sonoros e teoria relacionada
O medidor de níveis sonoros é um aparelho que se encontra disponível
comercialmente. Este instrumento é imprescindível para a avaliação técnica pelos
profissionais de segurança do trabalho na especificação e determinação dos níveis
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aceitáveis de ruído do ambiente. A medição de níveis sonoros é um assunto bastante
complexo, que necessita de um curso exclusivo para seu completo entendimento.
É normalmente efetuada com aparelhos profissionais para a verificação do nível
sonoro em diversos tipos de ambientes. Estes instrumentos são fabricados por empresas
reconhecidas pelos órgãos regulatórios de diversos países, por exemplo, B&K®,
tendocomo seu maior cliente o setor de segurança industrial. Diversos projetosde
medidores de níveis sonoros estão disponíveis em vários web sites de amadores de
eletrônica, porém o desafio maior é obter uma resposta de frequência plana e fazer a
calibração que permita uma leitura confiável em decibéis.
Figura :DecibilímetroMinipa MSL-1325.
O ouvido humano tem a capacidade de audição ampla na faixaaudível
percebendo variação na intensidade do som de 10-12 W/m². Como a diferença entre
esses valores é muito grande, por questões práticas usa-se então umaescala logarítmica.
O decibel (dB) é definido como uma relação logarítmica entre grandezas. Quando a
grandeza estudada é a pressão, denominamos de nível de pressão sonora (NPS) a
relação:
NPS = 10 log (P/Pref)²
Sendo:
Pref é definido como a pressão sonora mínima percebida pelo ouvido humano a
1 kHz, e vale 2 x 105 Pa.
A seguir temos a equação da variabilidade espacial, utilizada p
6
σ esp=∑i=1
N
N AMI . Ai . σ i
N AMI . Atotal
(Equação 02 - Equação fornecida em sala de aula)
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O primeiro estudo em questão, referente ao monitoramento e análise de ruído
ambiental, foi realizado na sala de aula 108 do Bloco D67 na Universidade Estadual de
Maringá.
Para tal estudo, foram utilizados os seguintes materiais:
- Medidor de nível de pressão sonora (Aparelho Minipa – modelo MSL-1325 –
erro 1,5dB);
- Croqui das regiões da sala;
No experimento foi feita a medida do nível de ruído sonoro em diferentes
regiões da área previamente estabelecida. Primeiramente a região a ser estudada (sala de
aula) foi divida em quatro regiões menores que estão expressas em um croqui. Em
seguida, foram coletadas um total de três amostras no meio de cada uma das 4 sub-
regiões, totalizando no final do experimento doze amostras. Para tal coleta de dados,
alguns procedimentos e cautelas foram tomadas.
Antes de iniciar a medição do nível de ruído sonoro utilizamos o calibrador
acústico para analisar a diferença entre o valor mostrado no medidor de nível de pressão
e o verdadeiro.
Durante as medidas de ruído se estabeleceu um tempo médio de espera de dez
segundos para que o ruído se estabilizasse antes de anotar cada medida, após obter os
três valores de cada sub-região foi feita a média desses valores, já que a variação do
ruído era notável.
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS
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Tabela 2 -Dados amostrais e os resultados obtidos
Amostra P1 P2 P3 P41 62,6 58,6 65,3 55,32 58,3 61,8 56,6 50,23 61,6 61,5 61,5 53,2
Média 60,8333 60,6333 61,1333 52,9000A (m²) 14,2825 14,2825 14,2825 14,2825
σ 2,2502 1,7673 4,3616 2,5632t (n infinito) n 6,0885 3,7557 22,8749 7,9002
Nº de amostras 7 4 23 8tn-1 1,9432 2,3534 1,7171 1,8946
tn-1 n-1 8,4973 7,6880 24,9297 10,4811Nº de Amostras (n-1) 9 8 25 11
σesp 0,6839
Para o cálculo do número de amostras (n), foi feita a suposição de n=∞ ,
portanto se tem, t5%= 1,644854 (pela Distribuição de Student), e um erro e = 1,5.
Assim foi possível recalcular o número mínimo de amostras ( n-1) a partir dos
valores encontrados anteriormente.
Por fim, calculou-se a variabilidade espacial, lembrando que foi considerado que
a sala foi divida em 5 partes iguais.
5. CONCLUSÃO
De acordo com a NBR 10152/1987, o nível de ruídos para salas de aula, deve
variar entre 35 e 45 dB, e, os dados obtidos mostram que, para as amostragens, os
valores foram ultrapassados. Isto se deve ao fato de que o ambiente se encontrava em
condições não favoráveis. O ruído emitido pelos integrantes da equipe na hora do
experimento foi pouco e foi respeitado um intervalo de 10 segundos antes da medição
do ruído para que o reflexo das últimas ondas sonoras emitidas fosse dissipado, mas
havia ruído no corredor localizado externamente à sala de aula. Pode ser levado em
conta o fato das janelas estarem abertas, fazendo com o a quantidade de ruído fosse
maior.
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Quanto a analise dos desvios padrões temporais, verificou-se que os valores
encontrados estão muito perto uns dos outros e que apenas o ponto 2 ficou acima, pois
no momento da aferição do resultado, houve um ruído causado por aplausos de pessoas
da sala vizinha. A variabilidade espacial não pode ser considerada boa, tendo em vista
que o bloco d67 no dia do experimento não estava vazio, e dentre os valores
encontrados um deu acima de 65db.
Podemos então concluir que no dia específico do ensaio, as condições de
conforto não eram atendidas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ADRIANA APARECIDA CARNEIRO ROSA, STELAMARIS ROLLA
BERTOLI. Avaliação Do Conforto Acústico De Consultórios Odontológicos,
Faculdade de Engenharia Civil – UNICAMP 13083-970 – Campinas – SP, revista
ENCAC-COTEDI-2003, Curitiba – PR – Brasil, 5 a 7 de novembro de 2003.
[2]ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR
10152: Níveis de Ruído para Conforto Acústico. Rio de Janeiro, Dezembro,
Brasil,1987.
[3]Dr. OSÉAS VALENTE DE AVILEZ FILHO, Medidor de Níveis Sonoros –
Decibelímetro, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Julho, Brasil, 2010.
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