PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.pdf
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PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 1
LFE III - Prática 2 – Espelhos Esféricos Côncavos e Convexos Notas de laboratório do Professor Erivaldo Montarroyos
I – Finalidade
Nesta aula pretendemos estudar as principais propriedades dos espelhos côncavos e
convexos.
II - Introdução Teórica
Ver resumo teórico sobre espelhos côncavos e convexos no Capítulo 34 do Halliday
(vol.4).
Vimos na Prática 1 alguns experimentos com espelhos planos onde as imagens dos
objetos mantinham as mesmas formas e dimensões. Nesta aula prática iremos realizar
alguns experimentos com a finalidade de analisar e entender as imagens produzidas pelos
espelhos esféricos.
O que é um espelho esférico?
Diariamente temos em nossas mãos uma colher (de sopa ou de chá) se ela estiver
bem polida você tem então um espelho esférico côncavo. Veja as imagens produzidas por
colheres de sopa nas Figuras 1 e 2. É provável que você passa a olhar com mais atenção
quando tiver segurando uma colher e procure verificar alguns destes efeitos.
Figura 1 – Veja as imagens
produzidas pelas superfícies
polidas das colheres de sopa. Na
Figura 1 (a) temos a imagem de
árvores e nuvens refletida na
superfície da colher de sopa. Na
figura (b) temos a imagem de um
interior de cozinha onde se pode
notar o teto e portas de armários
como também o fotógrafo que tirou
a foto. Em (c) temos a imagem
invertida de (b) onde notamos
melhor a imagem do fotógrafo.
Observe que todos os objetos
refletidos na superfície das
colheres estão distantes.
(a) (b)
(c)
Figura 2 – Esta imagem foi
mostrada em um filme recente. Nela
observamos um dos atores refletido
na superfície da colher de sopa.
Veja que o menino está em pé
enquanto que a imagem do ator
dentro da colher está de cabeça
para baixo.
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 2
Na Figura 3 temos mais exemplos de espelhos esféricos. Aqueles mostrados nas
Figuras 3 e 4 são espelhos convexos também conhecidos como “olho de peixe”.
As bolas natalinas são exemplos de espelhos esféricos convexos onde podemos
notar a imagem da sala e de tudo que está em volta refletida em sua superfície. Veja que
toda luz que incide sobre uma bola natalina vindo das luzes que enfeitam a árvore sempre
vai ser refletida em sua superfície e um dos feixes de luz vem em sua direção, isto é, você
vai notar um brilho vindo da bola em sua direção para cada lâmpada que emitir luz sobre
ela. Por esta razão as bolas natalinas ficam tão bonitas e atraentes.
Figura 3 – Na imagem apresentada em (a) pelo espelho convexo da figura podemos perceber uma
distorção dos objetos, porém há uma abrangência maior do campo de visão que podemos visualizar. Caso
tivéssemos um espelho plano o campo de visão seria aquele da figura (b), isto é bem menos informações
em uma mesma área do espelho. Em (c) temos um espelho convexo no formato oval bastante utilizado em
automóveis como retrovisores para ver os carros que estão ao lado ou atrás do veículo.
(a)
(b)
(b)
Espelho plano
Figura 4 – Em (a) temos um quarto de uma esfera
espelhada. Este tipo de espelho é bastante utilizado em
garagens de prédio para facilitar a visão do motorista. Em
(b) temos uma foto do Planetário em Bristol (Inglaterra)
onde podemos observar na superfície do globo espelhado
as pessoa em volta como também o próprio fotógrafo Adrian
Pingstone, na parte superior, no instante que ele tirou esta
foto em 2004.
(a) (b)
(c)
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 3
Na Figura 5 temos a representação de um espelho convexo de raio de curvatura R
onde a parte externa é espelhada. Vamos analisar o que acontece com um objeto colocado
em sua frente e o que um observador ver.
Na Figura 6 temos a indicação da luz emitida por um objeto e a formação da imagem
pelo espelho convexo. Nos esquemas de sistemas ópticos os raios virtuais são
representados por linhas serrilhadas. Veja nas Figuras 3 e 4 que as imagens dos objetos
mostradas nos espelhos convexos são todas “virtuais, diretas e de tamanho reduzidos”.
Todo objeto colocado na frente de um espelho convexo vai ter sua imagem, direta,
virtual e de tamanho reduzido gerada no interior do espelho. O tamanho da imagem vai
depender do raio de curvatura do espelho e da distância do objeto ao espelho. Um
observador na frente do espelho sempre verá a imagem dentro do espelho e de tamanho
reduzido. Devido à curvatura do espelho esférico a imagem gerada sempre vai apresentar
distorções.
Figura 5 – Na figura temos um
Espelho Convexo onde podemos notar
suas principais características. A
superfície refletora (parte externa) tem
um raio de curvatura R. O foco F fica em
R/2 sobre o Eixo Principal. A luz incide
do lado esquerdo da figura onde a
superfície do espelho é polida ou
espelhada.
Superfície
Refletora
Centro de
Curvatura
2F
Eixo principal
Distância Focal
F
Foco
R
Luz incidente
ESPELHO CONVEXO
Figura 6 – Note que a luz que
incide sobre a superfície do espelho
convexo é dispersa pela curvatura
do espelho. Uma Imagem Virtual
menor do que o objeto é formada
no interior do espelho entre o foco e
a superfície do espelho. A imagem
é indicada pelos raios virtuais
(linhas serrilhadas) que parecem vir
da imagem, continuidade dos raios
A e B. Um observador de frente
para o espelho vai ver uma imagem
“direta” e virtual do objeto dentro do
espelho com o tamanho reduzido
como mostra a foto (b) Veja que a
imagem do espelho plano é maior.
Imagem
Virtual
2F
Feixe paralelo
F
Foco
Objeto
A
B
(b)
(a)
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 4
Na Figura 7 temos a representação de um espelho côncavo de raio de curvatura R
onde a parte interna é espelhada. Da mesma maneira que fizemos para o espelho convexo
vamos analisar o que acontece com um objeto colocado na frente do espelho côncavo. Note
que agora temos várias posições para colocar o objeto, pois o foco do espelho fica fora do
espelho do lado onde a luz incide.
Vamos analisar a disposição da imagem em função da posição do objeto sobre o eixo
principal com relação ao espelho. Na Figura 8 temos o objeto colocado entre o foco do
espelho e o espelho. Veja na Figura 8 como são traçados os raios de luz provenientes do
objeto e a formação da imagem. Para a disposição da Figura 8 a imagem do objeto é virtual
direta e ampliada. Um observador colocado na frente ao espelho verá a imagem do objeto
dentro do espelho e ampliada. Caso o objeto seja o rosto do próprio observador ele verá seu
rosto grande e ampliado. Este é o caso dos espelhos côncavos utilizados em salão de
beleza.
Figura 7 – Na figura temos um
Espelho Côncavo com suas principais
características. A superfície refletora
(parte externa) tem um raio de curvatura
R. O foco F fica em R/2 sobre o Eixo
Principal. A luz incide do lado esquerdo
da figura onde a superfície do espelho é
polida ou espelhada. Veja que agora a
luz incidente não dispersa como no
espelho convexo.
Superfície
Refletora
Centro de
Curvatura
2F Eixo principal
Distância
Focal
F
Foco
R
Luz incidente ESPELHO CÔNCAVO
Imagem
Virtual (I) Objeto
(O)
Centro de
curvatura
2F Eixo principal F
Foco
OE IE
Figura 8 – ESPELHO CÔNCAVO
Descrição da Figura
Distância Imagem Espelho – IE
Distância Objeto Espelho – OE
Distância Focal – F
Objeto entre o foco e o espelho
Posição do Objeto: OE < F
Imagem – Virtual
Disposição da Imagem – Direta
Amplitude – Maior
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 5
Na Figura 10 temos o objeto exatamente sobre o foco do espelho côncavo. A imagem vai se
formar no infinito, pois os raios provenientes do objeto são refletidos pelo espelho e saem
paralelos entre si como mostramos dois deles na Figura 10.
Note na Figura 9 (c) que ao aproximarmos o objeto do foco do espelho côncavo a
imagem gerada no espelho cresce bastante. No foco ela deve tender para o infinito. Quando
tentamos observar alguma coisa nesta posição vemos uma imagem não definida como
deveria ser.
Figura 9 – Nas três fotos temos um lápis em frente de um espelho côncavo. Por trás temos um
espelho plano para comparar os tamanhos das imagens. O lápis foi colocado entre o espelho e o foco.
Em (a) vemos a imagem do lápis maior que o lápis. Em (b) o lápis foi colocado mais afastado do
espelho ou mais próximo do foco, portanto a imagem do lápis no espelho fica maior do que em (a). E
em (c) o lápis está quase em cima do foco e a imagem fica bastante aumentada.
(a) (b)
(c)
Objeto
(O) Centro de
curvatura
2F Eixo principal F
Foco
OE=F
Figura 10 – ESPELHO CÔNCAVO
Descrição da Figura
Distância Imagem Espelho – IE
Distância Objeto Espelho – OE
Distância Focal – F
Objeto no foco do espelho
Posição do Objeto: OE = F
Imagem – é formada no infinito
Disposição da Imagem – ?
Amplitude – infinita?
Raios
paralelos
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 6
Na Figura 11 temos o objeto colocado entre o foco e o centro de curvatura, isto é,
2F>OE>F. A imagem do objeto observada no espelho é real, invertida e ampliada, isto é,
maior do que o objeto.
Na Figura 12 temos as fotos de dois lápis colocados entre o foco e o centro de
curvatura de um espelho côncavo. Podemos notar que a imagem do lápis e ampliada e
invertida como indica a Figura 11.
Na Figura 13 colocamos o objeto no centro de curvatura do espelho. Neste caso a
imagem é real, invertida e de mesma dimensão do objeto e estará localizada exatamente no
centro de curvatura do espelho.
Imagem
Real (I)
Objeto
(O)
Centro de
curvatura
2F Eixo principal F
Foco
OE
IE
Figura 11 – ESPELHO CÔNCAVO
Descrição da Figura
Distância Imagem Espelho – IE
Distância Objeto Espelho – OE
Distância Focal – F
Objeto entre o foco e o centro de curvatura
Posição do Objeto: 2F> OE > F
Imagem – Real
Disposição da Imagem – Invertida
Amplitude – Maior
Figura 12 – Nas duas fotos
temos um lápis em frente de um
espelho côncavo. Por trás temos
um espelho plano para comparar
os tamanhos das imagens. O
lápis foi colocado entre o foco do
espelho e o centro de curvatura.
Em (a) vemos a imagem do lápis
vermelho maior que o lápis e
invertida. Em (b) vemos também
a imagem do lápis laranja maior
do que o lápis e invertida. Em
ambas as figuras reproduzimos o
que foi mostrado na Figura 11.
(a) (b)
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 7
Na Figura 14 colocamos o objeto antes do centro de curvatura do espelho, isto é:
OE > 2F. Neste caso a imagem é real, invertida e de amplitude reduzida e estará localizada
entre o foco e o centro de curvatura do espelho.
.
Imagem
Real (I)
Objeto
(O)
Centro de
curvatura 2F
Eixo principal F
Foco
OE= 2F
IE=2F
Figura 13 – ESPELHO CÔNCAVO
Descrição da Figura
Distância Imagem Espelho – IE
Distância Objeto Espelho – OE
Distância Focal – F
Objeto no centro de curvatura
Posição do Objeto: OE = 2F
Imagem – Real
Disposição da Imagem – Invertida
Amplitude – Igual ao Objeto
Imagem
Real (I)
Objeto
(O)
Centro de
curvatura
2F
Eixo principal F
Foco
OE= 2F
IE
Figura 14 – ESPELHO CÔNCAVO
Descrição da Figura
Distância Imagem Espelho – IE
Distância Objeto Espelho – OE
Distância Focal – F
Objeto no centro de curvatura
Posição do Objeto: OE > 2F
Imagem – Real
Disposição da Imagem – Invertida
Amplitude – Reduzida
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 8
III - Material Utilizado
1. Espelhos côncavos
2. Espelhos convexos
3. Duas Lanternas
4. Suporte metálico com duas fendas.
5. Lápis (Caneta ou pincel de quadro branco)
6. Régua ou Trena
IV - Procedimento Experimental
Atividade 1.
ESPELHOS CONVEXOS
1. DETERMINANDO O RAIO DE CURVATURA DE UM ESPELHO CONVEXO. Coloque o
suporte metálico (com duas ranhuras) sobre um papel e coloque as duas lanternas um
em cada fenda de modo que os dois feixes de luz produzidos pelas fendas sejam
paralelos. Coloque o espelho esférico convexo na frente dos feixes de luz de modo que
os dois feixes refletidos sejam simétricos. Em seguida trace sobre o papel a direção dos
feixes de luz incidentes e refletidos pelo espelho. Prolongue os dois feixes refletidos e
determine o raio de curvatura do espelho. Veja a Figura 15 como fica a montagem do
espelho e dos feixes de luz.
Figura 15 – Note que a luz incide
sobre a superfície do espelho
convexo sendo dispersa pela
curvatura do espelho. Veja que a
luz dispersa funciona como se
estivesse saindo de um ponto
exatamente no foco F. Fazendo o
prolongamento de dois feixes
dispersos encontramos o foco F, e
por sua vez, o centro de curvatura
do espelho e podemos medir o
valor de seu raio r.
r = 2F Feixe paralelo
F
Foco Centro de
curvatura
de raio r
r
Feixe disperso
Feixe prolongado
PRÁTICA 2 - ESPELHOS ESFÉRICOS.doc Página 9
Atividade 2.
ESPELHOS CÔNCAVOS
2. DETERMINANDO O RAIO DE CURVATURA DE UM ESPELHO CÔNCAVO. Coloque o
suporte metálico (com duas ranhuras) sobre um papel e coloque as duas lanternas um
em cada fenda de modo que os dois feixes de luz produzidos pelas fendas sejam
paralelos. Coloque o espelho esférico côncavo na frente dos feixes de luz de modo que
os dois feixes refletidos sejam simétricos. Em seguida trace sobre o papel a direção dos
feixes de luz incidentes e refletidos pelo espelho. Observe que os dois feixes refletidos
convergem para um ponto que é exatamente o foco do espelho. Veja a Figura 16 como
fica a montagem do espelho e dos feixes de luz. Determine a distância focal e o raio de
curvatura r do espelho.
.
Figura 16 – ESPELHO CÔNCAVOS
Na figura temos uma lente divergente e dois
feixes de luz emitidos por dois LEDs passando
por duas fendas tornando-os paralelos. Os feixes
ao incidirem sobre a superfície interna da lente
divergente, que tem uma forma côncava, são
parcialmente transmitidos e refletidos. No caso
dos espelhos côncavos os feixes de luz vão ter
os mesmos comportamentos daqueles refletidos
na lente. Podemos dizer que no caso dos
espelhos planos teremos uma figura semelhante,
e a partir dos dois feixes refletidos podemos
medir a distância focal da lente que no caso seria
metade do raio de curvatura do espelho (veja
Figura 14)
LED
Refletido
Foco
Fendas
Lente