Prática de Resíduo Mineral_QUIM_MADEIRA
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Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPECurso de Bacharelado em Engenharia Florestal
DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO MINERAL
Recife, 2015
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPECurso de Bacharelado em Engenharia Florestal
QUÍMICA DA MADEIRA – Determinação de resíduo mineral (cinzas)
Bacharelado em Engenharia Florestal – 4° PeríodoAluna: Juliana Barros
Recife, 2015
II
1 INTRODUÇÃO
Os elementos minerais que as plantas absorvem, seja pelas raízes, seja
pela parte aérea são classificados em elementos essenciais, elementos úteis
(ou benéficos) e elementos tóxicos. A maioria dos elementos contidos nos
tecidos vegetais pode ser analisada partindo de um extrato único. Para tanto, a
preparação de extratos vegetais, para a análise dos elementos minerais, pode
ser realizada tanto através de uma digestão seca como de uma digestão úmida
(por meio de ácidos minerais com elevada temperatura). A digestão seca é
obtida através da incineração (calcinação) da amostra e em seguida dissolução
do resíduo mineral (cinza) em um ácido (BEZERRA NETO & BARRETO, 2011)
foi utilizada para realização da prática de determinação de resíduo mineral.
A cinza corresponde ao resíduo inorgânico resultante da oxidação
(através da queima) completa da matéria orgânica, e representa o total de
elementos minerais (BEZERRA NETO & BARRETO, 2011). Os teores de
cinzas são caracterizados como um resíduo mineral resultante dos
componentes minerais () do lenho e da casca (carbonatos, fosfatos, silicatos,
magnésio ou potássio), materiais inorgânicos que tem valores de composição
diferentes entre as espécies (VITAL apud FONSÊCA, 2011).
As cinzas apresentam em sua composição determinadas concentrações
de macro e micronutrientes, possuem características para corrigir a acidez do
solo. E têm potencial para adubação do solo, sendo necessários estudos para
estabelecer as quantidades em virtude dos efeitos solos e planta, além sua
viabilidade (OLIVEIRA et al apud CAMPANHARO et al., 2008).
O Juazeiro (juá) é uma árvore típica do Nordeste pertence à família
Rhmnaceae, sendo uma espécie perenifólia, heliófita, apresentando folhagem o
ano todo devido ao seu sistema radicial, capaz de coletar escassa umidade
existente no subsolo (CARVALHO apud FONSÊCA, 2011). O presente trabalho
tem por objetivo determinar o teor de cinza (resíduo mineral) em amostra de
Ziziphus joazeiro Martius (juazeiro, juá).
1
Legenda: (1) Elementos minerais – método gravimétrico, baseia-se na
calcinação (incineração) da amostra em mufla a 600°C.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Laboratório de Bioquímica Vegetal na
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde se utilizou os
seguintes materiais: amostra seca de juá, cadinho (identificação B-4), mufla,
fogareiro elétrico e dessecador.
2.1 Métodos (Marcha Analítica)
Inicialmente, aqueceu-se um cadinho em uma mufla à temperatura de
350°C por uma hora; deixou-se o cadinho esfriar em dessecador e em seguida
pesou-se 2,0007g de amostra de juá. Colocou-se o cadinho com a amostra em
um chapa elétrica para o material carbonizar completamente. Depois de
carbonizado (quando deixou de eliminar fumaça) o material foi transferido do
cadinho para uma mufla a 550 a 600°C por quatro horas para incineração
(mineralização). Depois de atingir o determinado tempo, abaixou-se a
temperatura da mufla a 300°C deixando a amostra por mais duas horas. Por
fim, a amostra foi deixada no dessecador para resfriar e ser novamente pesada
(BEZERRA NETO & BARRETO, 2011).
2
Componentes
inorgânicos1
(minerais)
Extrativos
(orgânicos)
Componentes fundamentais Componentes acidentais
MADEIRA
Figura 1 Diagrama representativo da composição da madeira
3 RESULTADOS
Para considerar se a amostra está pronta, observou-se a coloração que
deveria estar entre cinza a esbranquiçada. A amostra apresentou este critério.
O peso inicial obtido foi 2,0007g, após os processos de calcinação (fogareiro
elétrico) e incineração (mufla), obteve-se o seguinte peso final 0,0288g(2) de
cinzas.
(2) Peso do cadinho (PC) = 26,5683g
Peso do cadinho + cinzas (depois da incineração) = 26,5971g (PC+C)
Para determinar a quantidade das cinzas diminuiu-se: PC+C - PC,
obtendo-se 0,0288g de cinzas. Com este valor calculou-se o rendimento (3),
utilizando:
(3) Rendimento = Resíduo mineral (g) X 100 ,
Amostra inicial (g)
0,0288g (cinzas) X 100/2,0007g da amostra = 1,43%
Logo, obtive-se
Rendimento = 1,43% de cinzas da amostra de juá (Ziziphus joazeiro
Martius). Observou-se que o valor obtido é inferior as análises realizadas por
Fonsêca (2011) que apresentou resultados entre 1,73 a 3,96% de cinzas, isto
porque os valores superiores de cinzas está associado a um menor teor de
lignina (OLIVEIRA apud FONSÊCA, 2011). Logo, a amostra possui maior teor
de lignina.
4 CONCLUSÃO
Observou-se que os elementos minerais são uma pequena parte da
constituição dos tecidos, no entanto dependendo do tipo de mineral se é
essencial ou benéfico, estas concentrações variam. Observou-se que o
rendimento da amostra foi 1,43%, podendo a amostra ter maior quantidade de
lignina em sua composição.
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5 REFERÊNCIAS
BEZERRA NETO, E.; BARRETO, L.P. Análises Químicas e Bioquímicas em
Plantas. Recife: Editora Universitária UFRPE, 2011. 262p
CAMPANHARO, M. et al. Utilização de cinza de madeira como corretivo de
solo. FertBio, 2008. Disponível em:
<http://www.diadecampo.com.br/arquivos/materias/%7B0111F796-D227-4C3C-B984-
9746DC3135C7%7D_61_1.pdf> Acessado em: 23/05/2015
FONSÊCA, C.M.B. da. Estudo comparativo do potencial energético do
juazeiro (Ziziphus joazeiro Martius) e da algarobeira (Prosopis juliflora (Sw.) DC.)
na produção de carvão no semiárido paraibano. Dissertação (Mestrado). Patos:
UFCG, 2011. Disponível em:
<http://www.cstr.ufcg.edu.br/ppgcf/Dissertacoes/dissertacao_clecio_maynard.pdf>
Acessado em: 23/05/2015
KERBAUY, G.B. Fisiologia Vegetal. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan S.A, 2004.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. Trad. Eliane Romanato Santarém [et.
al]. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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