PRÁTICAS DESENVOLVIDAS POR PROFESSORES PDE...

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ISSN 2176-1396 PRÁTICAS DESENVOLVIDAS POR PROFESSORES PDE-PARANÁ, EM ESCOLAS DE CURITIBA-PR (2007-2013) Eva Maria Colaço Rezende 1 - PUCPR Romilda Teodora Ens 2 - PUCPR Grupo de Trabalho Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: PIBIC / PUCPR Resumo O presente estudo está vinculado ao projeto de pesquisa “Representações Sociais, Trabalho Docente e Políticas de Formação de Professores”, aprovado pelo Comitê de Ética d a PUCPR, Parecer: 554.921/2014. Esse projeto se propõe a estudar o processo de formação continuada que se consubstancia no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE-PR), busca conhecer práticas de professores realizadas durante os cursos PDE/PR entre os anos de 2007 a 2013, no município de Curitiba, levando em consideração o contexto do processo no decorrer dos dois anos de duração. A partir de uma abordagem qualitativa de pesquisa, realizamos a coleta de dados por meio de um questionário de perfil, e de nove entrevistas semiestruturadas. As entrevistas gravadas, transcritas e sistematizadas em um corpus, foram rodadas pelo software IRAMUTEQ, para a organização da análise de similitude e de nuvem de palavras, a partir de cinco variáveis: sujeito, ano de ingresso e tempo na rede estadual de educação, sexo e linha de estudo. Os dados foram analisados com o apoio da análise de conteúdo de Bardin. Para ampliar as representações de professores, partiu-se também a uma pesquisa com professores ainda participando do PDE-PR. Participaram da pesquisa sete professores, que iniciaram o PDE-PR em 2007, 2008, 2009 e 2013, e dois professores que iniciaram seus estudos em 2014, todos dos quais com mais de dezessete anos de trabalho na rede estadual. Os dados organizados pelo uso do software possibilitaram a partir das variáveis, observar o grau de conexidade da palavra “professor”, seguida por “projeto”. O programa PDE -PR é um programa que viabiliza uma perspectiva de melhoria da qualidade de educação no Estado do Paraná, porém se faz necessário uma análise e mudanças necessárias para atender a certas exigências como abrir espaço para profissionais com um período menor de carreira do que encontrado na média. Palavras-chave: PDE/PR. Formação continuada. Práticas de professores. 1 Graduanda de Pedagogia (PUCPR), último período. PÌBIC, bolsista PUCPR. Professora Regente (2º Ano) da Escola Projeto Lápis de Cor. Técnica em Contabilidade pelo Colégio Estadual Bendicto João Cordeiro. E-mail: [email protected]. 2 Doutora em Educação: Psicologia da Educação pela PUCSP. Professora Titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Pesquisadora Associada da Fundação Carlos Chagas, participando do CIERS-Ed (Centro Internacional em Representações Sociais e Subjetividade Educação. E-mail: [email protected].

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ISSN 2176-1396

PRÁTICAS DESENVOLVIDAS POR PROFESSORES PDE-PARANÁ,

EM ESCOLAS DE CURITIBA-PR (2007-2013)

Eva Maria Colaço Rezende 1

- PUCPR

Romilda Teodora Ens2 - PUCPR

Grupo de Trabalho – Formação de Professores e Profissionalização Docente

Agência Financiadora: PIBIC / PUCPR

Resumo

O presente estudo está vinculado ao projeto de pesquisa “Representações Sociais, Trabalho

Docente e Políticas de Formação de Professores”, aprovado pelo Comitê de Ética da PUCPR,

Parecer: 554.921/2014. Esse projeto se propõe a estudar o processo de formação continuada

que se consubstancia no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE-PR), busca

conhecer práticas de professores realizadas durante os cursos PDE/PR entre os anos de 2007 a

2013, no município de Curitiba, levando em consideração o contexto do processo no decorrer

dos dois anos de duração. A partir de uma abordagem qualitativa de pesquisa, realizamos a

coleta de dados por meio de um questionário de perfil, e de nove entrevistas semiestruturadas.

As entrevistas gravadas, transcritas e sistematizadas em um corpus, foram rodadas pelo

software IRAMUTEQ, para a organização da análise de similitude e de nuvem de palavras, a

partir de cinco variáveis: sujeito, ano de ingresso e tempo na rede estadual de educação, sexo

e linha de estudo. Os dados foram analisados com o apoio da análise de conteúdo de Bardin.

Para ampliar as representações de professores, partiu-se também a uma pesquisa com

professores ainda participando do PDE-PR. Participaram da pesquisa sete professores, que

iniciaram o PDE-PR em 2007, 2008, 2009 e 2013, e dois professores que iniciaram seus

estudos em 2014, todos dos quais com mais de dezessete anos de trabalho na rede estadual.

Os dados organizados pelo uso do software possibilitaram a partir das variáveis, observar o

grau de conexidade da palavra “professor”, seguida por “projeto”. O programa PDE-PR é um

programa que viabiliza uma perspectiva de melhoria da qualidade de educação no Estado do

Paraná, porém se faz necessário uma análise e mudanças necessárias para atender a certas

exigências como abrir espaço para profissionais com um período menor de carreira do que

encontrado na média.

Palavras-chave: PDE/PR. Formação continuada. Práticas de professores.

1 Graduanda de Pedagogia (PUCPR), último período. PÌBIC, bolsista PUCPR. Professora Regente (2º Ano) da

Escola Projeto Lápis de Cor. Técnica em Contabilidade pelo Colégio Estadual Bendicto João Cordeiro. E-mail:

[email protected]. 2 Doutora em Educação: Psicologia da Educação pela PUCSP. Professora Titular da Pontifícia Universidade

Católica do Paraná (PUCPR). Pesquisadora Associada da Fundação Carlos Chagas, participando do CIERS-Ed

(Centro Internacional em Representações Sociais e Subjetividade – Educação. E-mail: [email protected].

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Introdução

A educação no Brasil é um tema muito discutido pelos órgãos governamentais e

educacionais devido a sua expansão, suas problemáticas, seus desafios e implicações

decorrentes das propostas de formação inicial e continuada desenvolvidas após os anos 1990,

bem como problemas identificados no interior das escolas paranaenses com o pouco

aproveitamento escolar dos estudantes frente as avaliações de larga escala que se implantaram

no Brasil. Além disso, a universalização do ensino básico somou a formação dos professores

que não estavam preparados para trabalhar com a diversidade de alunos que adentraram à

escola. Tendo como consequência o não alcance das metas estabelecidas e buscando atender

um ensino considerado defasado, o estado do Paraná vem investindo na formação continuada

dos professores da rede estadual de ensino, em busca de práticas voltadas à melhoria da escola

e da profissionalização do professor, propondo o diálogo entre os professores do ensino

superior e os da educação básica, a partir de atividades teórico-práticas orientadas, tendo

como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da

escola pública paranaense.

Nesse cenário, foi criada uma proposta de formação continuada, o “Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE-PR)”, que teve sua gênese durante a elaboração do Plano

de Carreira do Magistério – Lei Complementar n° 103/2004 e implementado pelo Decreto n.

4.482/2005 (PARANÁ, 2013). Em 2010, esse Programa consolida-se como política pública

de Estado, pela Lei n. 130, de 14 de julho de 2010 que, em seu art. 1.º define:

Art. 1º - Fica regulamentado o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, instituído pela Lei Complementar nº 103/2004, de 15 de março de 2004, que tem

como objetivo oferecer Formação Continuada para o Professor da Rede Pública de

Ensino do Paraná. Parágrafo único. O PDE é um Programa de Capacitação

Continuada implantado como uma política educacional de caráter permanente, que

prevê o ingresso anual de professores da Rede Pública Estadual de Ensino para a

participação em processo de formação continuada com duração de 2 (dois) anos,

tendo como meta qualitativa a melhoria do processo de ensino e aprendizagem nas

escolas públicas estaduais de Educação Básica (PARANÁ, 2010).

Esse Programa de Desenvolvimento Educacional está organizado em três períodos,

totalizando 582 horas, com duração de dois anos. São quatorze instituições de ensino superior

participantes do programa e dezoito linhas de estudo.

No primeiro ano o professor PDE-PR/PR fica totalmente afastado de suas funções, no

segundo ano seu afastamento é de 25%. Durante esta formação o professor PDE-PR participa

de encontros presenciais e a distância, de eventos e seminários na instituição de ensino, a fim

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de aprimorar e contribuir para desenvolver seu projeto (material didático), que será aplicado

na sua escola, e por fim escrever o artigo científico. Após concluir este processo o professor

PDE-PR pode avançar para o nível III da carreira (INSTRUÇÃO N.º 004/2008 –

SUED/SEED/PARANÁ).

A presente pesquisa sobre “PDE-PR-Paraná e práticas desenvolvidas por professores

de 2007 a 2013, em escolas de Curitiba-PR” tem como objetivo analisa práticas de

professores realizadas durante o curso de formação continuada (PDE/PR) nos anos de 2007 a

2013, no município de Curitiba, levando em consideração o contexto do processo no decorrer

dos dois anos de duração do curso.

Consideramos a análise da proposta de formação continuada do Estado do Paraná,

implantada desde 2004, como importante referência para a discussão de um cenário específico

de propostas para a formação de professores, pela potencial relevância desse processo para a

construção da profissionalização do professor.

A pesquisa

Para realização dessa pesquisa partimos do estudo de autores como: Perrenoud (2002,

p. 17), que destaca que “na área da educação, não se mede o suficiente o desvio astronômico

entre o que é prescrito e o que é viável nas condições efetivas do trabalho docente”; Gatti e

Barreto (2009) analisam a formação dos professores no Brasil; Gatti, Barreto e André (2011)

discutem as políticas docentes no Brasil; e Tardif e Lessard (2009) destacam aspectos do

trabalho docente. Outra análise que contribuiu para o estudo, foram algumas publicações

realizadas por professores PDE-Pr que desenvolveram seus projetos na cidade de Curitiba-Pr.,

especialmente na linha de estudo de Pedagogia. A leitura desses textos foi realizada durante e

após o levantamento do material didático, organizado/criado pelo professor e que está

disponível no item “produções PDE” (PARANÁ, 2011a, b e c; 2014a e b), disponível no

portal www.diaadia.pr.gov.br, além de documentos e ofícios que norteiam o programa.

Para esse processo, utilizou-se a análise do material didático do professor PDE-PR,

participante da pesquisa e publicado no volume II “O professor PDE e os desafios da escola

pública paranaense: produção didático pedagógica” do ano de seu ingresso no Curso

(PARANÁ, 2011a, b e c; 2014a e b).

No decorrer da pesquisa, sentimos necessidade de entrevistar professores que ainda

estão participando do PDE-PR, na busca de compreender, também os anseios e expectativas

iniciais dos professores com o programa. Essa necessidade partiu da dificuldade em localizar

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professores PDE, pois o Paraná passou por uma greve na rede estadual, com a duração de 90

dias. Assim, entrevistamos dois professores, em curso, além dos sete que haviam participado

do curso.

A coleta de dados foi organizada a partir do aporte metodológico de pesquisa

qualitativa, descritos por Bogdan e Biklen (1982 apud LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p.12). A

escolha dessa abordagem está na opção em como foi encaminhada a coleta e análise de dados,

pois, nesta questão sentimos ser necessário levar em consideração a realidade e os contextos

do participante da pesquisa, tendo em vista o que orientam Bogdan e Biklen (1982 apud

LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p.12) de que “a preocupação com o processo é muito maior do que

com o produto. O interesse do pesquisador ao estudar um determinado problema é verificar

como ele se manifesta nas atividades, nos procedimentos e nas interações cotidianas”.

Para realização da coleta de dados foi elaborado um questionário de perfil, com o

objetivo de caracterizar os sujeitos da pesquisa, e dois roteiros de entrevistas semiestruturadas

(QUADRO 1), com oito perguntas cada, a respeito da formação (concluída e/ou em

andamento) enquanto participantes do programa de desenvolvimento educacional do Estado

do Paraná.

Quadro 1 - Entrevista Semiestruturada professores egressos

Indique três motivos, determinantes para a participação no PDE-PR?

A escolha do tema de pesquisa, se deu pelas dificuldades encontradas no espaço escolar? Quais foram? E por quê?

Quais as suas melhores experiências durante o tempo em que participou e desenvolveu o projeto? Cite pelo menos

três.

Durante a aplicação do projeto de intervenção na escola, indique pelo menos três dificuldades e três facilidades

encontradas.

As atividades de orientação contribuíram para o aprimoramento profissional e melhoria de sua prática na rede

estadual? Como e por quê?

Durante os dois anos do programa PDE/PR foram desenvolvidas atividades em três eixos: integração teóricas-

práticas, atividades de aprofundamento teórico e atividades didático-pedagógicas com utilização de suporte

tecnológico. Essas atividades contribuíram para aprofundamento de seus conhecimentos teórico-práticos? ( ) Sim

( ) Não Justifique.

Foi possível você relacionar a teoria a prática vivenciada na escola, desenvolvendo do projeto de intervenção, com

base nas orientações e atividades desenvolvidas nas IES? Como?

Comente sua participação no GTR.

Fonte: Organizado pela pesquisadora, com base nos objetivos propostos para a pesquisa.

As entrevistas semiestruturadas foram realizadas e gravadas, a partir da autorização do

participante, por meio do termo de consentimento livre e esclarecido, no qual foram

explicados os objetivos da pesquisa, a utilização do gravador, e explicação de possíveis

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dúvidas pelo entrevistador. Esse tipo de entrevista, como ressalta Triviños (1987, p. 152) “[...]

favorece não só a descrição dos fenômenos sociais, mas também sua explicação e a

compreensão de sua totalidade [...], além de manter a presença consciente e atuante do

pesquisador no processo de coleta de informações”. A utilização das entrevistas como

ferramenta na coleta de dados, proporciona que sejam relevadas outras questões que não

estavam previamente estabelecidas no roteiro, contribuindo para o melhor entendimento e

explicação de determinado fenômeno a ser estudado.

O que diferenciou na entrevista com os dois professores ainda participantes do

programa foi o relato, destacando expectativas e experiências atuais relacionadas ao programa

e o projeto que estão desenvolvendo.

As entrevistas foram gravadas e após transcrição e preparação do corpus foram

rodadas no software IRAMUTEQ (CAMARGO; JUSTOS, 2013a e b), com base na análise de

similitudes de palavras presentes no texto. A Figura 1 mostra a partir de uma análise geral as

palavras e seus graus de conexidade.

Figura 1 - Análise de Similitude: Geral

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

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A leitura da figura 1, nos mostra as palavras que mais foram utilizadas nas falas dos

professores entrevistados e seu grau de conexidade com outras palavras, assim os traços mais

grossos indicam um grau de conexidade maior, as palavras maiores em destaque também

representam a frequência e importância delas nas falas dos professores.

Como o corpus compreendeu uma análise geral de todas as falas, as palavras com

maior grau de conexidade e relevância foram “projeto”, “professor”, “aluno”, “outro”. Pode-

se inferir a respeito da figura do professor e do aluno no centro do processo de formação

continuada PDE-PR, uma vez que o programa oportuniza aos professores, a possibilidade de

se desenvolver um projeto de intervenção na escola, a partir de uma situação estudada pelo

professor, sob a orientação de um professor da instituição de ensino superior e um trabalho a

ser realizado diretamente com os alunos.

As Figuras 2 a 6 apresentam a organização feita pelo software com bases nas respostas

dos entrevistados, utilizando as variáveis sujeito, tempo de atuação na rede estadual, sexo

(gênero), área (linha de estudo) e ano de ingresso respectivamente.

Figura 2 - Analise de Similitude: Sujeito de Pesquisa

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

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Figura 3 - Análise de Similitude: Tempo na Rede Estadual

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

Figura 4 - Análise de Similitude: ano de ingresso

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

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Figura 5 - Análise de Similitude: Linha de Estudo PDE-PR

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

Figura 6 - Análise de similitude: sexo

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

Em todas as variáveis a referência às palavras “Professor” e “Projeto” se mantiveram

presentes no centro do processo de análise. Sendo assim, podemos inferir que para estes

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participantes o PDE-PR é representado a partir de duas concepções: a formação do professor,

a qual possibilita um avanço na carreira e também no projeto que se possibilita desenvolver

uma prática de intervenção na escola, o projeto realizado na escola e que finaliza com um

artigo. Surge uma representação social da prática realizada, como parte do curso, que pode ser

definida ainda melhor quando a análise corresponde a primeira questão da entrevista, que se

refere ao motivo de se fazer o PDE-PR, apresentada no quadro 1 (FIGURA 7).

Figura 7 - Análise Nuvem de Palavras: Motivo

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

A análise por “nuvem de palavras” é uma análise mais simples, que trabalha com a

representação em função da frequência das palavras. Neste caso, ao ser verificado as palavras

de maior frequência ao ser abordado os motivos que levaram o grupo a ingressar no PDE-PR,

encontra-se constantemente o motivo de promoção na “carreira”, oportunidade de realizar um

novo “curso” e adquirir novas experiência. Isto fica bem evidenciado na fala da professora P-

7:

Bom, primeiramente seria adquirir novas experiências, conviver com outros professores, com outros profissionais da área, trocar experiências; segundo também

pela nossa, a gente tem uma careira, né? A gente tem um plano de carreira e

sempre quando saia curso, sempre quando teve especialização, eu fiz e daí para o

PDE, eu uni o útil com o agradável. Você vai fazer também pensando na sua

aposentadoria e também pelo trabalho da escola, as vezes tentar uma melhoria,

tentar uma coisa diferente para contribuir na aprendizagem.

As expectativas dos professores ingressos em 2013, não foram muito diferentes. A

seguir um trecho da fala de um professor, que tem seu projeto em desenvolvimento, e que

expõe um dos motivos para o ingresso no programa: “Conhecimento, troca de experiências e

promoção financeira”. (P-9).

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Prática Desenvolvidas no programa

Em relação às práticas desenvolvidas, podemos verificar que o foco maior estava

centrado no aluno (FIGURA8).

Figura 8 - Análise nuvem de palavras: escolha do tema

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

A partir desta análise de palavras evocadas, pode-se inferir que apesar dos motivos de

ingresso no programa ter sido, principalmente, para a promoção do próprio indivíduo, ao

elaborar seus projetos, os professores visaram os alunos e as dificuldades encontradas no

espaço escolar. Então com a possibilidade de articular a prática do professor que está ali dia-

a-dia na escola convivendo e enfrentando dificuldades, poder articular aos estudos e formação

das universidades, foi um fator muito positivo para o ingresso de todos os professores

entrevistados.

O que ficou evasivo foram as respostas quanto a participação no GTR – Grupo de

Trabalho em Rede, sob a forma de cursos online, em que o professor PDE-PR desenvolve o

curso dentro da plataforma do programa a respeito do seu tema de pesquisa, mais

precisamente seu projeto que será desenvolvido na escola e o material didático, tendo como

participantes, os professores da rede estadual. Nesse momento, espera-se uma troca de

experiências e de ideais que venham a contribuir para o desenvolvimento do projeto. De

acordo com o Documento Síntese (PARANÁ, 2014, p. 9), Grupo de trabalho em rede (GTR)

é:

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Desenvolvido no terceiro período do Programa, possibilita a interação entre professores PDE e professores da Rede por meio do Ambiente Virtual da SEED. O

GTR tem o intuito de socializar as produções realizadas pelos Professor PDE

durante o Programa, a saber: Projeto de Intervenção Pedagógica, Produção Didático-

pedagógica, bem como questões específicas sobre a Implementação Pedagógica na

Escola. Essa ação visa a democratização do acesso aos conhecimentos teórico-

práticos específicos das áreas/disciplinas do Programa escolhidas pelo Professor

PDE.

Figura 9 - Analise nuvem de palavras: participação no GTR

Fonte: Criado com Software IRAMUTEQ (2015)

A proposta do GTR consiste em proporcionar espaços de formação continuada e busca

também divulgar os conhecimentos que estão sendo construídos e (re)significados em prol da

melhoria na qualidade do ensino público paranaense. Porém neste caso, como indicado pela

figura 9 e pelas interlocuções orais com os pesquisados, podemos inferir que a participação no

GTR foi apenas necessária por se estar cursando o PDE-PR, sem muito aproveitamento real

das trocas de experiências, tendo um resultado de participação inexpressivo.

Produções Didáticas Pedagógicas

As propostas desenvolvidas partindo da realidade dos professores, demonstram um

certo grau de comprometimento destes com o movimento de formação continua proposto pelo

PDE-PR, que busca melhorias nas escolas públicas paranaenses.

Ao analisar os resultados, compostos pelas entrevistas, e as produções didático-

pedagógicas (QUADRO 2), é possível vislumbrar uma proporção da relação teoria e prática,

escola e universidade, que conforme explica Ogliari (2012, p. 23) “o PDE-PR não propõe um

estudo desinteressado, um programa curricular desconectado da realidade da escola ou que

vise receitas teóricas mágicas que irão dar conta de todas as dificuldades anunciadas na

experiência da docência”.

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Quadro 2 - Produções Didático Pedagógicas: Temas

P-1 PDE-PR 2010

Título do

artigo

Meus Espaços de Vivência e a Violência na Escola

P-2 PDE-PR 2007

Título do artigo

Formação continuada de professores com ênfase em educação ambiental e a prática pedagógica na escola

P-3 PDE-PR 2012

Título do

artigo

Leitura e produção de textos opinativos do domínio jornalístico.

P-4 PDE-PR 2010

Título do

artigo

Motivação por meio de imagens.

P-5 PDE-PR 2007

Título do

artigo

Educação profissional: ampliando a oferta do curso técnico de enfermagem – modo

itinerante.

P-6 PDE-PR 2008

Título do artigo

Modelagem Matemática: Um Trabalho com Embalagens

P-7 PDE-PR 2010

Título do

artigo

O papel do pedagogo na organização e na mediação do trabalho pedagógico na escola

pública.

Fonte: Organizado pela pesquisadora, com base no levantamento de material didático (PARANÁ, 2011a, b e c; 2014a e b).

Nas falas da maioria dos entrevistados percebe-se essa preocupação, como

demonstrado a seguir:

O tema de pesquisa, eu mesmo sendo de geografia, eu foquei mais na parte da violência escolar que eu percebia muito aqui no colégio, por parte de todo o

envolvimento tanto de alunos, de professores, de funcionários, você via aluno

xingando professor, aluno xingando funcionário, funcionário xingando professor,

então era um ambiente muito terrível e a própria violência de agressão, tanto verbal

e física, então isso me instigou a procurar esse assunto. (P-1)

[...] hoje, eu percebo as dificuldades de os alunos escreverem, de forma inadequada, dentro do termo solicitado. O artigo de opinião, obviamente visa a

opinião do aluno. O aluno só pode ter uma opinião a partir do momento, que ele

tem subsídios, argumentos, tem justificativas para poder opinar. Que hoje o que nós

vemos não é a opinião, é a reprodução de falas da mídia, falas de grupos sociais.

(P-3)

A professora P-3 realmente demonstrou muita paixão ao declarar a intervenção que

realizou em sua escola a partir do projeto desenvolvido na IES.

[...] a teoria do Bakhtin é fantástica, e por mais que eu tenha um determinado conhecimento você não tem o mesmo e tem outro e aí ocorre que se nós tivermos a

humildade nós trocamos, ou não. Então é sempre no outro que nós nos vemos, quem

nós somos de verdade, porque nós fazemos uma ideia do que nós somos, mas o

outro pode dizer, se ele for autentico, se ele for sem melindre, ele pode falar que é

você, e vice-versa. E eu me vi com os alunos, porque eu tive retorno das produções

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dos alunos, leitura dos alunos, o debate dos alunos. Então educar é fantástico,

trabalhar com a educação é fantástico, porque realmente é o ensino e

aprendizagem, é a chave, você ensinar e aprender, você aprender e ensinar.

Com intuito de tornar seu projeto mais significativo, aos alunos, a referida professora

declarou ter utilizado de textos opinativos produzidos pelo jornal do bairro, dando base para

oficinas pedagógicas e debates. Nestes debates, a turma era dividida em dois grupos, sendo

um a favor e outro contra um determinado assunto, então, cada qual, deveria defender ou

refutar suas opiniões, com argumentos sólidos, dos quais deveriam estudar, pesquisar, ler.

Tudo isso porque eram textos que falam sobre a comunidade em que estavam

inseridos. A professora elencou três textos/temas centrais: um texto fala sobre a educação,

outro texto fala sobre segurança pública e outro tema fala sobre a saúde.

Um aspecto evidenciado nas falas dos professores, é que ao mesmo tempo, em que

eles corroboram em que o programa foi ou é agregador na formação profissional, a

implementação do projeto de intervenção muitas vezes é ofuscada pela falta de estrutura das

escolas ou da colaboração de colegas.

A primeira dificuldade que eu encontrei quando voltei foi que a direção não abriu muito espaço para a aplicação, a instituição aqui ficou difícil, aí os espaços eram

reduzidos para chegar no aluno, que a intenção era procurar nas turmas e os

alunos, mas mesmo assim eu consegui fazer mesmo com dificuldade, até porque eu

tinha que fazer um levantamento de qual era a visão deles aqui do bairro, tipo

aquelas entrevistas, passar os questionários, fazer toda uma montagem, então ficou

assim não vou dizer ficou 100%. Eu consegui fazer, mas foi com dificuldade. (P-1)

[ ...] Ah! Uma das dificuldades foi o financeiro, tudo que eu fiz com os alunos foi

dinheiro do meu bolso mesmo, o governo não liberou e a escola também não tinha.

(P-4)

O professor P-1, abordou um tema muito frequente e que, é de grande desafio às

escolas de modo geral, a violência escolar, o trabalho articulou a percepção de pedagogos e de

alunos do ensino médio, tocante às mediações de conflitos. Foi um trabalho em que

possibilitou estreitar os laços entre escola e família, buscando alternativas para superar as

adversidades encontradas.

Analisando as entrevistas e as produções didáticas, percebe-se que o programa

oportunizou o desenvolvimento de novas práticas, nas escolas, e que durante o projeto de

intervenção teve significado, no entanto na maioria das vezes, tornou-se insignificante à

própria instituição de ensino que recebeu o projeto, não havendo uma continuidade.

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Considerações Finais

Ao tratar sobre a formação dos professores Freire (2007, p. 137) declarou:

A formação dos professores e das professoras devia insistir na constituição deste

saber necessário e que me faz certo desta coisa óbvia, que é a importância inegável

que tem sobre nós o contorno ecológico, social e econômico em que vivemos. E ao

saber teórico desta influência teríamos que juntar o saber teórico-prático da

realidade concreta em que os professores trabalham.

Ao analisar as práticas de professores realizadas durante o curso de formação

continuada PDE-PR, verificou-se que os professores egressos constituintes deste estudo

participaram de atividades teóricas e práticas que lhes proporcionaram uma articulação da

Escola Básica com a Educação Superior na busca de alternativas de mudanças para o ensino

público.

Aspecto esse, corroborado por Ogliari (2012, p.40) ao dizer:

Por esse motivo a proposta do PDE investe em formação considerada rigorosa na

universidade, que propicie aos professores fundamentos teóricos e metodológicos

para realizar reflexão sobre a prática pedagógica e compreendê-la na sua totalidade

desde a origem da questão, rompendo com perspectivas de investigação que limitam

apenas àquilo que lhes é apresentado de imediato.

Ao buscar a interlocução com a universidade, o programa objetiva proporcionar o

conhecimento das diferentes correntes pedagógicas em suas diversas formas de pensar o

conhecimento e a aprendizagem.

No processo investigativo, viu-se a relevância que os professores deram a questão da

promoção de carreira ofertada pelo curso, mas também na possibilidade de voltar à academia,

de ter um tempo para se dedicar aos estudos, pesquisas e principalmente atender às

necessidades dos educandos.

Nos resultados decorrentes, as entrevistas que foram rodados no software

IRAMUTEQ, a palavra “professor”, assim como a palavra “projeto”, aparecem com forte

grau de conexidade, revelando algumas questões como a valorização do professor no centro

do processo de formação e ao desenvolvimento de um projeto que vise a melhoria da prática

docente, voltado a uma melhoria da educação paranaense, corroborando assim como afirmado

no documento Síntese (PARANÁ, 2014).

Ampliar a pesquisa para professores que estão participando no programa foi um fator

agregador, à pesquisa, pela possibilidade de estabelecer correlação entre as expectativas dos

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participantes do PDE-PR em diferentes contextos e situações, contribuindo para analisar as

mudanças que ocorreram antes e após a aplicação ao projeto de intervenção pedagógica.

Enfim, o estudo ainda apresentou que os entrevistados do programa, são profissionais,

com no mínimo 17 anos de experiência na carreira docente, que buscam além de uma

formação continuada, a promoção na carreira. Vale ressaltar neste sentido de que não se dá

uma oportunidade de formação a professores em início de carreira. Pois, eles não podem

ingressar no programa, antes de 14 anos como efetivo na carreira do magistério público

estadual do Paraná. Além disso, na análise dos resultados ficou evidenciado que apesar de ser

uma proposta muito promissora ainda há muito que se avançar no sentido de fazer com que as

práticas desenvolvidas no PDE-PR tenham continuidade nas escolas, e que os professores,

após término do programa permaneçam desenvolvendo essas práticas e quem sabe, novas

práticas que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem e melhoria na qualidade do

ensino público paranaense. O lema é realmente uma formação contínua, densa, havendo a

necessidade de que os docentes reflitam sobre sua prática, no sentido da construção de novas

práxis.

REFERÊNCIAS

BARDIN, Louise. Análise de conteúdo. 4. ed. rev. ampl. Lisboa, Pt: Edições 34, 2009.

CAMARGO, B. V.; JUSTUS, A. M. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de

dados textuais. Temas em Psicologia, vol. 21, n. 2, p.513-518, 2013a. (Resenha do software:

Ratinaud, P. (2009). IRAMUTEQ: Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de

Textes et de Questionnaires [Computer software]. Disponível em:

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