Práticas Laboratoriais BIO 2

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Práticas Laboratoriais Bio 2

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SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................................................................................... 3

Estrutura de um relatório para as atividades práticas ................................................................................. 4

Normas Básicas para o Trabalho em Laboratório ........................................................................................ 6

Roteiro das Aulas Experimentais para o 2º Ano do Ensino Médio

Prática 01: Sistemas de Classificação ............................................................................................................. 7

Prática 02: Trabalhando com Chaves de Classificação ................................................................................. 9

Prática 03: Observação de Células do Epitélio Bucal ................................................................................. 11

Prática 04: Constatando a Atividade dos Levedos....................................................................................... 13

Prática 05: Estado de Tensão dentro da Planta ........................................................................................... 14

Prática 06: Anatomia da Semente ................................................................................................................. 16

Prática 07: Isolamento de Micro-organismos do Ar .................................................................................... 18

Prática 08: Análise Presuntiva de Contaminação Bacteriológica .............................................................. 20

Prática 09: Micro-organismos úteis ao Homem ........................................................................................... 22

Prática 10: Ação dos Decompositores ........................................................................................................... 24

Prática 11: Capturando o Mofo ..................................................................................................................... 25

Prática 12: Pitiríase Versicolor – Exame direto ........................................................................................... 26

Prática 13: O Sistema Respiratório .............................................................................................................. 27

Prática 14: As Plantas Verdes Necessitam de Luz ....................................................................................... 28

Prática 15: Aprendendo a Verificar a Pressão Arterial ............................................................................... 30

Prática 16: Mãos Limpas ............................................................................................................................... 32

Prática 17: O Sistema Locomotor – O Esqueleto......................................................................................... 33

Prática 18: O Sistema Locomotor – Os Músculos ....................................................................................... 35

Prática 19: Desvendando a Sequência da Mitose......................................................................................... 37

Prática 20: Construindo uma Árvore Filogenética dos Animais ................................................................ 40

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APRESENTAÇÃO

O presente manual foi elaborado a partir de uma coletânea de atividades práticas, instrumentais

disponibilizados à disciplina de Biologia, com base em diversas bibliografias, nas propostas curriculares do

Plano de Ação do docente e dentro da realidade do Laboratório Interdisciplinar de Ciências da Escola

Estadual de Educação Profissional Adriano Nobre.

Os experimentos propostos possuem um nível didático, com o objetivo de facilitar a compreensão da

parte teórica na referida disciplina, aprimorando o conhecimento e, consequentemente, melhorando o

aprendizado, tornando-o mais significativo.

Além do vínculo pedagógico, também acentuamos a importância da vivência no ambiente

laboratorial para a aquisição de novos saberes, já que os avanços das ciências são colocados à nossa

disposição.

Enfim, é através da interação com esse ambiente de aprendizagem e a partir da fundamentação

básica, que se pode despertar para o mundo da pesquisa científica. Portanto, este manual dará suporte

pedagógico, orientando o docente na complementação de sua prática e no cumprimento da carga horária

exigida pelo Sistema Estadual de Educação.

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ESTRUTURA DE UM RELATÓRIO PARA AS ATIVIDADES PRÁTICAS

1- CAPA

2- FOLHA DE ROSTO (opcional)

3- SUMÁRIO OU ÍNDICE (opcional)

4- INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

5- OBJETIVOS

6- MATERIAIS UTILIZADOS

7- PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

8- RESULTADOS E DISCUSSÃO

9- CONCLUSÃO

10- ANEXOS (opcional)

11- BIBLIOGRAFIA

ITENS NECESSÁRIOS

1- CAPA

É a identificação do relatório e do(s) autores. Deve conter: Nome da escola; disciplina; série;

turma; turno; nome/equipe; título; local; data. Deve ser padronizado e formal.

Escola

Disciplina

Professor

Turma e Turno

TÍTULO DA PRÁTICA

Nome/Equipe

ITAPAJÉ

MARÇO-2012

2. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

É a síntese do conteúdo pesquisado e da prática realizada, de forma ampla e objetiva. É o

convite a leitura do relatório.

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3. OBJETIVO(S)

É o motivo/intuito da realização da prática que pode ser fornecido ou não para os alunos. Pode servir de feed-back ao professor que deseja saber se os alunos captaram os objetivos da prática.

4. MATERIAIS UTILIZADOS

É a listagem de todos os equipamentos, vidrarias, reagentes, materiais etc. utilizados durante a

realização da prática. É muito importante para que o aluno saiba identificar e associar a função dos

materiais utilizados.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Devem ser fornecidos pelo professor para a realização da prática, de forma objetiva e clara,

com intuito de facilitar o entendimento e ação dos alunos durante a realização da prática. No relatório,

é cobrado o procedimento fornecido pelo professor acrescido de um embasamento teórico (pesquisa)

para reforçar o experimento realizado, os métodos e técnicas usadas no trabalho experimental.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

É uma das partes mais importantes do relatório, pois é onde o aluno expõe os resultados

obtidos da prática realizada, questiona o experimento e relata as facilidades e dificuldades enfrentadas.

É onde o professor detecta as expectativas dos resultados versus resultados adquiridos.

7. CONCLUSÃO

As conclusões são feitas com base nos resultados obtidos; são deduções originadas da

discussão destes. São afirmativas que envolvem a ideia principal do trabalho.

8. ANEXOS

É a parte onde estão anexados: questionário proposto, esquemas, gravuras, tabelas, gráficos,

fotocópias, recortes de jornais, revistas etc. É onde se colocam aditivos que enriquecem o relatório, mas que não são essenciais.

9. BIBLIOGRAFIA

A bibliografia consultada deve ser citada. A citação dos livros ou trabalhos consultados deve

conter nome do autor, título da obra, número da edição, local da publicação, editora, ano da publicação e as páginas: Autor. Título e subtítulo; Edição (número); local: Editora. Data. Página.

Exemplo: GONDIM, Maria Eunice R.; GOMES, Rickardo Léo Ramos. Práticas de Biologia; Fortaleza: Edições Demócrito Rocha. 2004.1-122p.

REGRAS BÁSICAS PARA FORMATAÇÃO

Papel A4 branco, impresso em preto (exceto as ilustrações);

Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12;

Espaçamento entrelinhas duplo;

Alinhamento justificado;

Margens superior e esquerda de 3 cm;

Margens inferior e direita de 2 cm;

Numeração das páginas a partir da introdução.

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Habitualmente os trabalhos realizados em laboratório são efetuados em equipe. Para que o trabalho seja

satisfatório, é necessário que estejamos aptos a utilizar com técnica e correção todo equipamento e material

de laboratório, que todos conheçam normas de funcionamento que visam a facilitar as atividades e

prevenção de acidentes.

No laboratório devemos estar sempre trajados de bata, pois a mesma nos protege de acidentes mais

graves.

Não retire frascos de reagentes do lugar onde se encontram. Leve seu recipiente ao lugar dos reativos e

retire o que precisar.

Manter o ambiente limpo, colocar resíduos sólidos e papéis na lixeira e líquidos na pia; no caso de

líquidos corrosivos, como ácidos ou bases e de corantes, manter a torneira aberta por algum tempo para

evitar danos na pia.

Manter cada equipamento ou vidraria no lugar adequado e todo frasco de reagente etiquetado.

Só usar um equipamento quando realmente souber manejá-lo corretamente.

Verificar se o equipamento a ser usado está em perfeita ordem.

Ter cuidado com as tomadas e interruptores; estes não devem ficar expostos à

umidade.

Estar atento para não colocar as mãos nos olhos ou na boca, enquanto estiver

trabalhando, e lavá-las antes de sair.

Porções de reativos não utilizados, não devem voltar ao frasco original.

Aprender nomes e a utilização da vidraria.

Ler sempre o rótulo de cada frasco antes de usar.

Não usar vidraria suja, nem pipetas de um frasco de reagente para outro.

Lavar o material usado com detergente e água da torneira, enxaguar com água destilada (se possível) e

deixar sobre a bancada para secar (de preferência sobre o suporte plástico).

Lavar lâminas e lamínulas com detergente e água, e guardá-las imersas em álcool em frascos separados.

Não desmontar lâminas ou descartar culturas sem perguntar antes ao instrutor.

Nunca usar substâncias inflamáveis, como álcool, éter, acetona, etc., para aquecer em chama, estas

substâncias podem ser aquecidas com cuidado em chapas aquecedoras.

Anotar sempre os dados principais do procedimento da prática, bem como os resultados precisos.

Quando realizar observação microscópica (ou no monitor acoplado ao microscópio), desenhar as

estruturas e anotar ao aumento da objetiva.

Não expor estudantes a agentes patogênicos, como esporos de fungos, água contaminada com

protozoários, etc.

Manter fechados os frascos de culturas e terrários em ambiente com ar condicionado.

Qualquer dúvida pergunte ao professor.

NORMAS BÁSICAS PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA

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INTRODUÇÃO

No passado, todas as coisas vivas compunham duas categorias a saber: as

plantas e os animais. Os organismos que permaneciam estacionários foram

categorizados de acordo com as plantas, já os animais englobaram todos os seres

vivos que tinham a habilidade de se mover.

Com o passar do tempo, os cientistas descobriram mais organismos vivos

que não podiam ser incluídos nas plantas nem nos animais. A biodiversidade é tão

grande que os estudiosos precisaram criar os chamados sistemas de classificação.

OBJETIVO

Montar um sistema artificial de classificação.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos sistemas de classificação a sistemática é o método utilizado. Esta

ciência busca reunir os seres vivos com características semelhantes, procurando

facilitar os estudos sobre eles. A classificação pode ser natural ou artificial. Quando

a sistemática classifica os seres vivos utilizando critérios morfológicos externo, a sistemática é chamada de taxonomia;

quando utiliza os critérios hierárquicos ou táxons é chamada de filogenética. A classificação biológica tem uma grande

importância no estudo dos seres vivos. A tentativa em padronizá-los por nomes e por grupo já estava presente antes de

Linné. Em seu livro “Systema natural”, Lineu, médico e botânico, propôs regras para identificar sistematicamente os

seres vivos. Algum tempo depois, ele lançou o sistema binominal para classificação. Atualmente a classificação mais

aceita é a proposta pelo norte-americano R.H. Whitaker, em 1969. Segundo ela, o mundo dos seres vivos está ordenado

em cinco reinos: Monera, protista, fungi, plantae (metaphyta) e animália (metazoa).

MATERIAL NECESSÁRIO

Instrumental

Um palito de fósforo

Um prego

Uma pedra pequena

Um botão de roupa (plástico)

Um clipe

Uma rolha de cortiça

Uma tampinha de garrafa

Uma chave

Um osso

Um disco de papelão

Uma tampa de caneta esferográfica

Uma bolinha de gude

Uma concha

Um chumaço de algodão

Uma caixa de papelão

Duas folhas de papel ofício duplo

PROCEDIMENTO

Identifique as duas folhas de papel ofício duplo com as letras A e B.

Divida sobre as duas folhas, o material básico, de acordo com um critério à sua escolha. Anote as relações dos

materiais, no conjunto A e no conjunto B.

Coloque o material, de novo, na caixa de papelão.

Escolhendo outro critério, espalhe, novamente, o material sobre as folhas A e B. Anote essas novas relações.

Repetir os procedimentos C e D.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Como você percebeu existem diferentes modos de se organizar uma série de objetos. Com os seres vivos, o

procedimento não é diferente. Atualmente existem critérios de classificação que diferem daqueles utilizados no passado

e provavelmente, também ocorrerão mudanças no futuro. A descoberta de um novo ser vivo, por exemplo, pode alterar

PRÁTICA 01: SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

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os critérios e métodos adotados.

2. Qual foi o critério que você utilizou para dividir o material disponível?

3. Você pensou em outro critério? Qual?

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INTRODUÇÃO

Imagine todos os seres vivos do planeta, tanto animais como vegetais. Agora, tente pensar

em uma denominação para cada um deles, de forma que seus nomes os agrupe conforme suas

características em comum. Difícil, não é? Mas é exatamente isso que um ramo da biologia faz.

Existem pessoas que trabalham apenas para identificar e nomear espécies - os botânicos (no caso das

plantas) e os zoólogos (no caso dos animais) e são chamados sistematas.

É muito importante para a ciência que todos os seres vivos sejam identificados, ou não seria

possível estudá-los. A ciência agrupa os seres vivos conforme as características que eles apresentam

em comum. Como num jogo de encaixar, cada grupo possui um subgrupo, o qual possui outro

subgrupo, e a cada divisão as similaridades ficam cada vez mais acentuadas.

OBJETIVOS

Identificar e listar as semelhanças e as diferenças das amostras observadas;

Treinar os alunos no uso de chaves de classificação tradicionais (método dicotômico).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em qualquer classificação deve ficar bem claro os critérios adotados, que podem variar de acordo com as

conveniências de quem vai usá-la, e as primeiras tentativas de classificação dos seres vivos não fugiam a essa regra.

Elas eram bem diferentes, sem fundamento científico, não sendo, portanto, aceita por todos os biólogos. As categorias

ou grupos propostos eram: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

Atualmente, os principais critérios de classificação são: morfologia, tipo de célula, organização celular,

nutrição, habitat e interação nos ecossistemas.

MATERIAL NECESSÁRIO

Instrumental

Um palito de fósforo

Um prego

Uma pedra pequena

Um botão de roupa (plástico)

Um clipe

Uma rolha de cortiça

Uma tampinha de garrafa

Uma chave

Um osso

Um disco de papelão

Uma tampa de caneta esferográfica

Uma bolinha de gude

Uma concha

Um chumaço de algodão

Uma caixa de papelão

Duas folhas de papel ofício duplo

PROCEDIMENTO

Coloque todos os objetos a serem classificados em uma caixa de papelão ou bandeja, de modo que fiquem bem

visíveis.

Leia com atenção as instruções que estão na chave de classificação, identificando o objeto descrito ou se

dirigindo ao item seguinte (indicado).

Anote numa folha a identificação de cada objeto (exemplo: objeto A = pedra, objeto B = osso, etc).

Compare o seu resultado com os demais colegas.

PRÁTICA 02: TRABALHANDO COM CHAVES DE CLASSIFICAÇÃO

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CHAVE DE CLASSIFICAÇÃO (para o material sugerido)

1a. O objeto é feito de metal - siga para o item 2. 8a. A origem do objeto está na flor de uma planta

1b. O objeto não é feito de metal - siga para o item 6. 8b. A origem do objeto está no caule de uma planta

2a. O objeto tem uma forma circular - siga para o item 3. 9a. O objeto 'é constituído por células mortas da casca de uma árvore

2b. O objeto não tem uma forma circular - siga para o item 4.

9b. O objeto é, normalmente, constituído por células mortas do interior do caule de certas árvores

3a. A forma do objeto é rigorosamente achatada - objeto A.

10b. O objeto é utilizado após um processo industrial

3b. A forma do objeto é côncavo-convexa - objeto B. 11a. O objeto faz parte da região interna de um animal

4a. O objeto tem forma cilíndrica e possui cabeça - objeto C.

11b. O objeto faz parte da região externa de um animal

4b. O objeto não possui forma necessariamente cilíndrica -siga para o item 5.

12a. O objeto é formado por material plástico

5a. O objeto possui dentes em seu corpo - objeto D. 12b. O objeto não é de material plástico

5b. O objeto é feito de arame dobrado - objeto E, 13a. O objeto tem, normalmente, forma circular

6a. A constituição do objeto é originária de parte de um ser vivo - siga para o item 7.

13b. O objeto tem forma cônica

6b. A constituição do objeto é totalmente desvinculada dos seres vivos – siga para o item 12.

14a. O objeto tem a forma esférica

7a. O objeto é de origem vegetal - siga para o item 8. 14b. A forma do objeto pode ser a mais variada possível

7b. O objeto é de origem animal - siga para o item 11.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Quais foram os objetos que você identificou pelas letras de A até P?

2. Estabeleça mais alguns critérios de classificação para os objetos identificados.

3. Descreva formas e características de 5 tipos de plantas e 5 tipos de animais.

4. Escolha 5 seres vivos e classifique-os segundo o sistema de classificação binomial.

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INTRODUÇÃO

É possível que você já tenha ouvido falar que a célula é a unidade fundamental da vida. Isso significa dizer que

para um "ser vivo" possuir vida, no mínimo, ele deverá ser formado por uma célula. No corpo humano há diferentes

tipos de células, e cada tipo, desempenha uma função específica visando a manutenção da vida no organismo. Quase

todas as células possuem características comuns em relação a sua forma, tais como:

membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Vale lembrar que estas características estão

presentes tanto na célula animal quanto na vegetal.

As células são geralmente muito pequenas e, dificilmente visualizadas a olho nu.

Por isso, a observação de uma célula só foi possível depois da invenção do microscópio.

OBJETIVOS

Observar e classificar as células do epitélio animal;

Identificar as estruturas constituintes da célula animal.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A observação de células vivas, que permite a observação dos movimentos celulares, só é possível ao

microscópio óptico. Para se obter boa visualização das pequenas estruturas celulares, é necessário tratar a célula com

corantes (coloração), porém nem todas as estruturas são coradas pelos mesmos corantes, é preciso que haja uma

afinidade. Apenas alguns corantes como o azul de metileno não matam a célula (corantes vitais). Na maioria dos casos,

porém, trabalha-se com células mortas. Para evitar que a célula tenha suas estruturas alteradas quando mortas, promove-

se sua Fixação. Os fixadores matam a célula rapidamente, estabilizando suas estruturas. Para tal, usam-se agentes

químicos como álcool, formol e ácido acético. O material a ser observado deve ser suficientemente fino para que seja

atravessado pela luz ou pelo elétron. Um tecido compacto, como se apresenta o material depois de fixado, deve ser

colocado em parafina (ou outra resina) e fatiado em um aparelho chamado de micrótomo. Logo após, preparado em

lâmina de vidro para microscopia. O estudo da organização celular permite que as células sejam classificadas em dois

tipos reconhecíveis: procarióticas e eucarióticas. Somente as bactérias e algas cianofíceas são células procarióticas,

enquanto todos os demais reinos estão formados por organismos compostos por células eucarióticas. A principal

diferença entre ambos os tipos celulares é que as células procarióticas (do grego karyon, núcleo) não possuem

envoltório nuclear, através do qual ocorrem os intercâmbios nucleocitoplasmáticos.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Azul de metileno

Água

Microscópio

Lâmina

Lamínula

Espátula de madeira

PROCEDIMENTO

Com a espátula de madeira, raspe a parte interna da bochecha.

Esfregue o material colhido no centro da lâmina. Pingue uma gota de água sobre o material.

Cubra o material com uma lamínula e coloque a lâmina no microscópio.

Observe primeiro o material com a objetiva de menor aumento, regulando o foco com o botão do

macrométrico e o botão do micrométrico. Para observar em maior aumento, muda para a objetiva de aumento

subsequentemente maior e ajuste o foco apenas com o botão do micrométrico. Anote os resultados.

Repita o mesmo procedimento substituindo a água por azul de metileno.

Desenhe as células observadas e identifique suas partes.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Existe diferença na facilidade de observação da célula com corante? Explique.

2. De acordo com sua observação, você classifica a sua célula como eucarionte ou procarionte? Explique.

3. Por que não conseguimos observar todos os componentes celulares?

PRÁTICA 03: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS DO EPITÉLIO BUCAL

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4. Qual a razão do núcleo ficar mais corado que o citoplasma?

5. È possível observar a membrana citoplasmática? Justifique sua resposta.

6. Qual a importância prática de estudamos as características celulares?

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INTRODUÇÃO

Você sabe o que tem em comum o azedamento do leite, o crescimento da massa de pão e a conversão de

açúcares e amidos em álcool? Certamente irá responder que é a fermentação, uma mudança química provocada por

leveduras, bactérias, e mofos, sobre a matéria animal e vegetal.

Muitas substâncias químicas industriais e vários antibióticos usados em medicamentos modernos, são

produzidos através de fermentação sob condições controladas. A fermentação é sempre iniciada por enzimas formadas

nas células dos organismos vivos.

OBJETIVO

Constatar a fermentação realizada pela levedura que constituem o fermento biológico sob diferentes condições.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Embora constituam um ramo menor dos fungos, as leveduras são muito importantes microbiologicamente. A

maioria delas não vive no solo, mas adaptou-se a ambientes com alto teor de açúcares, tal como o néctar das flores e a

superfície de frutas. As leveduras fermentativas tem a capacidade de fermentar açúcares, formando nesse processo

álcool etílico e dióxido de carbono.

A levedura, como qualquer outro ser vivo, necessita de energia para viver. Esta energia é utilizada para manter

sua estrutura, crescimento e reprodução.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Fermento biológico

Açúcar

Água gelada

Cloreto de sódio

Tubo de ensaio

Estante para tubo de ensaio

Bexiga

Espátula

PROCEDIMENTO

Disponha quatro tubos de ensaio na estante.

Identifique-os como T1 (sal), T2 (sal), T3 (açúcar) e T4 (açúcar).

Coloque nesses quatro tubos de ensaio a mesma medida (uma espátula) de fermento biológico.

Acrescente uma espátula de sal e de açúcar de acordo com o tubo correspondente.

Adicione 100 mL de água gelada ao T1 e ao T3.

Adicione 100 mL de água quente ao T2 e ao T4.

Agite as soluções e coloque uma bexiga em cada tubo de ensaio. Aguarde a reação.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Baseado nos resultados obtidos, o que podemos concluir com relação à interferência da temperatura no processo da

fermentação?

2. Como você conclui, analisando os resultados obtidos, que a fermentação é um processo dependente de vários fatores?

3. O que explica o fato das bexigas que estava no tubo com sal não ter enchido?

PRÁTICA 04: CONSTATANDO A ATIVIDADE DOS LEVEDOS

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INTRODUÇÃO

A água é o recurso mais abundante que as plantas precisam para crescer e funcionar. Tem propriedades

especiais, permite atuar como solvente e ser prontamente transportada ao longo do corpo da planta graças à diferença de

potencial hídrico provocada pela evaporação, pelo crescimento e pelo acúmulo local de solutos.

Na planta, a maior parte da água circula da raiz para a folha, apenas 1 ou 2% da água absorvida são usados no

crescimento ou nos processos metabólicos, o restante é perdido na transpiração. A água forma a maior parte da célula

vegetal, tendo um papel fundamental na vida da planta. Para cada grama de matéria orgânica produzida, 500 g de água

são absorvidas pelas raízes, transportadas pelo corpo da planta e perdidas para a atmosfera.

Um pequeno desequilíbrio no fluxo da água pode causar déficits hídricos e mau funcionamento de muitos

processos celulares. Assim, toda a planta deve realizar um balanço delicado de sua absorção e perda de água.

OBJETIVO

Avaliar e comprovar a existência da força de Tensão existente nos vasos condutores da seiva bruta de um

vegetal.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As plantas apresentam sempre uma quantidade de xilema maior do que a necessária. Assim, se alguns vasos

forem interrompidos ou danificados, a velocidade do fluxo de água não é afetada porque os vasos restantes aumentam

sua atividade. Além disso, o transporte de água pode ser feito no sentido transversal de um vaso para outro através das

pontuações. Neste caso, o movimento de água se faz de maneira mais lenta devido à resistência das paredes celulares.

A força responsável pelo deslocamento da água é, basicamente externa, embora forças osmóticas provoquem o

acúmulo de água nas células. Esse movimento de água, quando ocorre entre a raiz e as folhas, é denominado fluxo

respiratório, ele utiliza a água do xilema e dos vacúolos para repor a carência hídrica que ocorre quando há transpiração

excessiva.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Solução 1% de azul de metileno

Papel absorvente

Lupa

Lâmina de barbear

Placa de Petri

02 vasos com plantas de girassol

(caule com 30 cm) ou tomateiro,

chagas.

PROCEDIMENTO

As plantas devem ter sido submetidas a estresse hídrico. Para garantir que as plantas estejam com déficit de

água, não as regue durante 3 a 4 dias anteriores a experiência.

Coloque uma planta em posição horizontal, levemente dobrada, com a porção mediana saindo da solução de

azul de metileno colocada na placa de Petri.

Com uma lâmina de barbear, corte a haste vergada da planta. Mantenha, por um minuto, as porções cortadas

dentro da solução de azul de metileno. O corte do caule deve ser feito sem esmagar os tecidos.

Retire as partes cortadas, lave-as rapidamente com água corrente e enxágüe-as em papel absorvente.

Remova as folhas da porção apical e seccione, ao nível do solo, a parte inferior.

Corte transversalmente a parte apical (pedaços de 0,5 cm de comprimento), numera a sequência dos pedaços e

examine-os cuidadosamente, com a lupa, determinando a presença de azul de metileno nos feixes vasculares.

Registre a distância entre o ponto onde foi seccionado o caule e a região onde o indício do corante pode ser

observado.

Repita o processo com a parte inferior da planta.

PRÁTICA 05: ESTADO DE TENSÃO DENTRO DA PLANTA

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PÓS-LABORATÓRIO

1. Em que tecido da planta a solução de corante se movimenta?

2. Em qual distância das duas extremidades cortadas do caule o corante atingiu maior distância? Por quê?

3. Por que se desenvolvem maiores tensões internas de água na planta durante o dia?

4. Pesquise sobre os mecanismos de translocação de solutos inorgânicos.

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INTRODUÇÃO

Garantindo um suprimento adequado de água, oxigênio e calor, as sementes germinam e se desenvolvem em

plantas adultas. A germinação de uma semente, tantas vezes considerada como o começo da vida vegetal, na realidade

significa para a planta apenas a retomada do crescimento.

A semente contém um embrião ou uma planta incipiente, que se desenvolveu na planta-mãe. Depois de

separar-se dela, terá que aguardar muitas vezes durante um longo período de vida latente, até que as condições do meio

externo sejam exatamente adequadas ao início do seu crescimento autônomo.

Em outros termos, podemos dizer que a semente, é o óvulo fecundado e desenvolvido. É a formação dos

vegetais superiores, responsável pela perpetuação das espécies.

OBJETIVO

Observar estruturas das sementes germinadas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma semente madura possui um envoltório denominado tegumento, endosperma ou albúmen (material de

reserva nutritiva) e um embrião, composto de três partes: gêmula, caulículo e radícula e preso a este encontramos um ou

mais cotilédones. Quando ocorre a germinação, a gêmula dará origem ao epicótilo (região compreendida acima dos

cotilédones e abaixo das primeiras folhas), o caulículo dará origem ao hipocótilo (região situada entre os cotilédones e a

raiz) e finalmente, a radícula dará origem à raiz.

Além do endosperma o embrião possui uma folha especial chamada cotilédone. De acordo com o número de

cotilédones, as angiospermas dividem-se em dois grandes grupos: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas,

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Água destilada

Semente de feijão

Papel filtro ou papel toalha

Lupa

Bisturi

Folha de papel

Lápis

Recipiente de vidro

PROCEDIMENTO

Coloque seis sementes de feijão dentro de um frasco e adicione água destilada até 2/3 do seu volume.

Coloque os frascos na geladeira para reduzir a contaminação bacteriana.

Deixe as sementes serem embebidas por água durante 24 horas.

Remova as sementes do frasco e coloque-as sobre o papel filtro para absorver o excesso de água.

Observe as sementes e identifique a região da micrópila e hilo. Desenhe numa folha o que você observou.

Usando uma lupa, segure a semente e com uma pinça, remova, cuidadosamente, o tegumento (casca).

Muito cuidadosamente, abra os dois cotilédones por toda sua extensão.

Usando a lupa, identifique as partes internas da semente: cotilédone, embrião (epicótilo, hipocótilo e radícula)

Abra as demais sementes e compare as mesmas regiões.

A semente de monocotiledônea é muito mais difícil de ser aberta, em função disso, para a observação de suas

partes, utilize a lâmina preparada de semente de monocotiledônea presente na caixa de coleção de lâminas.

Desenhe a estrutura e identifique suas partes.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Compare os dois desenhos e descreva as diferenças observadas.

2. Para germinar, as sementes necessitam de umidade (água). Por que razão você acha que a água é importante no

processo de germinação?

3. Faça um quadro comparando as características entre as sementes de feijão e milho.

PRÁTICA 06: ANATOMIA DA SEMENTE

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4. Um vegetal saudável formará sementes saudáveis. Uma vez que essas sementes amadurecem, cairão no solo e

germinarão, o que é uma vantagem para a planta. Analisando mais precisamente, observa-se que numa mata existe

normalmente um bom espalhamento de vegetais da mesma espécie, o que indica ser isso uma vantagem adaptativa. Por

que isso acontece? Se numerosos indivíduos da mesma espécie sempre nascessem ao redor da planta-mãe, competiriam

entre si por apresentarem as mesmas exigências nutritivas e físicas. Isso determinaria o desaparecimento da um grande

número dos jovens vegetais?

5. Na natureza, as sementes precisam ser disseminadas para outros locais com o objetivo de evitar uma competição,

bem como povoar outros ambientes. Pesquise as mais variadas adaptações do tegumento, que têm como objetivo,

facilitar a dispersão das sementes pelos animais, pelo vento e pela água.

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INTRODUÇÃO

No meio ambiente, o ar normalmente encontra-se contaminado por partículas em suspensão. Estas partículas

carregam contaminantes microbiológicos que podem causar problemas a nossa saúde, principalmente para pessoas que

apresentam reações orgânicas, denominadas de alergia.

A alergia é uma doença causada por uma reação anormal do corpo a fatores externos. Pode se manifestar em

vários locais do corpo. Asim, para cada parte atingida, ela recebe um nome diferente. Por exemplo, a alergia no nariz é

chamada rinite alérgica; nos brônquios é conhecida como asma brônquica; na pele, dermatite alérgica; nos olhos,

conjuntivite alérgica.

OBJETIVO

Isolar micro-organismos transportados pelo ar em meio à cultura apropriado.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Todos nós apresentamos um mecanismo de defesa responsável por eliminar todos os agentes externos que

fazem mal ao nosso organismo. Esse mecanismo é conhecido como sistema imunológico, que é composto de várias

células que vão reconhecer e destruir os agentes estranhos ao nosso corpo. Esses agentes estranhos são chamados

alérgenos ou antígenos.

Eles podem atingir nosso corpo por três vias importantes: pela respiração, pela boca ou pela pele,

desencadeando diferentes reações alérgicas. Quando o agente estranho entra em contato com o corpo, as células do

sistema imunológico tentarão reconhecer e eliminá-lo, formando uma espécie de memória para combate posterior numa

possível segunda infecção.

Quando o corpo entra em contato novamente com o agente é que a reação alérgica pode ocorrer. Quando as

células do sistema imunológico entram em ação para destruir o agente estranho, elas produzem uma série de produtos

químicos que são liberados na corrente sanguínea. Normalmente, esses produtos químicos não fazem mal para a gente,

mas no caso de quem tem alergia, esses produtos vão causar vários problemas.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Ágar sabouraud

Ágar nutriente

Tubos de ensaio

Placas de Petri

Caneta marcadora

Estante para tubos de ensaio

PROCEDIMENTO

Distribua os dois meios de cultura, já liquefeitos, em placas de Petri.

Depois de solidificados, identifique as placas pelas siglas NA (ágar nutriente) e AS (ágar sabouraud),

respectivamente.

Inocular as placas da seguinte maneira:

Coloque uma placa de Petri AN e uma de AS aberta no centro de sua mesa de trabalho, deixando-as expostas

por 30 minutos. Coloque as tampas novamente, identificando o local utilizado para coleta.

Coloque uma placa de Petri AN e uma de AS aberta no chão do laboratório. Varra o chão, a um passo da placa,

com uma vassoura ou escova. Depois de 5 minutos, coloque as tampas nas placas, identificando o local

utilizado para coleta.

Coloque uma placa de Petri AN e uma de AS aberta dentro de um lixeiro. Depois de 30 minutos, coloque as

tampas nas placas, identificando o local utilizado para coleta.

Incubar as placas a 27 ºC durante 48 horas.

Observe as placas e conte o número de colônias em cada uma. Anote os dados na tabela.

Descreva em termos gerais a aparência dessas colônias, isto é, tamanho, forma e textura. Anote os dados na

tabela.

PRÁTICA 07: ISOLAMENTO DE MICRO-ORGANISMOS DO AR

19

PLACAS NÚMERO DE

COLÔNIAS

CARACTERÍSTICAS DAS COLÔNIAS

Tamanhos Formas Texturas

NA - mesa

AS - mesa

NA - chão

AS - chão

NA - lixeiro

AS - lixeiro

PÓS-LABORATÓRIO

1. Considerando a comparação entre a placa colocada no lixeiro com as demais, quais conclusões você pode chegar?

Como fica a condição de saúde dos catadores de lixo e dos auxiliares de limpeza?

2. Comente a respeito da relação entre contaminantes microbiológicos e problemas alérgicos em função dos resultados

obtidos?

3. Tivemos notícias de sérias contaminações causadas pelas tubulações de ar refrigerado. Pesquise a respeito e compare

com os resultados obtidos neste experimento.

4. Pesquise em família, se existem pessoas com algum tipo de problema alérgico. Faça uma entrevista, anotando dados

sobre: sintomas, início da manifestação do problema, tempo de duração de cada manifestação alérgica e tratamento.

5. O mofo é normalmente encontrado em locais com pouca aeração e com muita umidade. Além de possíveis processos

alérgicos quais outros problemas podem nos causar?

6. Qual a importância da aeração e dos raios solares na desinfecção do ar presente em ambientes fechados?

7. Como você relaciona os resultados obtidos com o apodrecimento de alimentos em sua casa?

8. Cite duas doenças veiculadas pelo ar que podem ser adquiridas em ambientes fechados.

9. Quais são os principais procedimentos de limpeza do ambiente para evitar uma grande emissão de partículas de

poeira para o ar. Considere os dados obtidos com o procedimento: coloque uma placa de Petri AN e uma de AS

aberta no chão do laboratório. Varra o chão, a um passo da placa, com uma vassoura ou escova. Depois de 5

minutos, coloque as tampas nas placas, identificando o local utilizado para coleta para dar sua resposta.

20

INTRODUÇÃO

A água potável da maior parte das comunidades e municípios é obtida a partir de extensões superficiais de

água: rios, correntes e lagos. As águas obtidas para consumo particular são, na sua grande maioria, obtidas de poços

rasos. Tais fontes de águas naturais podem ser poluídas com os despejos domésticos e industriais, ou seja, esgotos.

Os sistemas municipais de purificação de água têm sido eficazes na proteção dos indivíduos contra a poluição

das águas. No entanto, na grande maioria das vezes, a coleta particular de água de poços ou de pequenos riachos, não

passa por tratamento ou tem um tratamento extremamente precário.

Como veículo potencial de micro-organismos patogênicos, as águas podem representar riscos à saúde e à vida.

Os agentes patogênicos transmitidos pela água causam infecções no trato intestinal e estão presentes nas fezes ou na

urina de pessoas infectadas e, quando eliminados, podem contaminar uma extensão hídrica e, em última análise, poluir

uma possível fonte de água potável.

OBJETIVO

Realizar o ensaio presuntivo de uma água tratada;

Comprovar através da presença de gás no tubo de Durham, resultado positivo de contaminação da água.

Introduzir a aplicação dos ensaios microbiológicos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A água pode estar perfeitamente clara em sua aparência, livre de sabores e odores peculiares, no entanto, pode

estar contaminada. A determinação da qualidade sanitária das águas requer, processos especiais, os chamados testes

laboratoriais, químicos e bacteriológicos.

A análise bacteriológica compreende normalmente duas etapas sucessivas, o ensaio presuntivo e ensaio

confirmativo, e requer meios de cultura apropriados. O ensaio presuntivo utiliza um meio para enriquecimento da

amostra chamado de Caldo Lauril Sulfato Triptose. Sua concentração neste meio de cultura, apresenta efeito germicida

para a maioria das espécies bacterianas, no entanto, tolerável pelos micro-organismos do grupo coliforme.

O ensaio confirmativo trabalha na confirmação de coliformes fecais. Para isso utiliza dois outros meios: Caldo

Verde brilhante e Meio EC. O primeiro confirma bactérias do grupo coliforme fecal e o segundo determina a presença

principalmente de Escherichia coli.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Caldo Lauril Sulfato Triptose

Álcool

Tubos de ensaio

Estante para tubos de ensaio

Frasco para coleta de água

Pipeta

Fogareiro

Algodão

Caneta marcadora

Estufa incubadora

PROCEDIMENTO

PARTE I – COLETA DA AMOSTRA DE ÁGUA

Determine o ponto de coleta da água (preferencialmente junto a torneira metálica que é utilizada para beber

água ou para preparar alimentos). A coleta deve ser rápida para evitar que o frasco de amostra fique aberto e

exposto ao ar por muito tempo.

Abra a torneira e deixe sair água durante um minuto.

Feche a torneira e esterilize-a, passando a chama do fogareiro no orifício de saída de água.

Abra o frasco de coleta junto à torneira, evitando afastar demais a tampa.

Proceda a coleta, enchendo o frasco até 2/3 de sua capacidade total. Isto é necessário para permitir uma correta

homogeneização da amostra no momento da semeadura.

Afastando um pouco o frasco de coleta do jato d'água, feche-o. Só então, feche a torneira.

PRÁTICA 08: ANÁLISE PRESUNTIVA DE CONTAMINAÇÃO BACTERIOLÓGICA DE UMA

ÁGUA TRATADA

21

PARTE I I – SEMEADURA DA AMOSTRA

Limpe a superfície da mesa de trabalho com algodão e álcool.

Organize os seguintes materiais: fogareiro, frasco com amostra, pipeta e estante com 10 tubos com meio de

cultura.

Numere os tubos de 1 a 10.

Ascenda o fogareiro. Na frente deste, posicione a estante com tubos de ensaio, frasco com amostra e pipeta.

Conserve essa sequência.

Conserve estes materiais sempre próximos do fogareiro durante a realização do trabalho. O fogo mantém um

ambiente estéril ao seu redor, evitando assim que a análise fique prejudicada pela contaminação dos micro-

organismos presentes no ar.

Desamarre o barbante do frasco de coleta, conservando os papéis que o protegem. Afrouxe a tampa do frasco.

Rasgue o papel que protege a pipeta pela região central. Retire o papel primeiro do lado de sucção da pipeta.

Próximo ao fogo, retire o papel do outro lado.

Abra o frasco de amostra, depositando a tampa ao seu lado e coloque a pipeta em seu interior.

Pegue o tubo de ensaio de número 01 e segure-o com a mão esquerda. Com a mão direita e com o dedo menor,

retire o tampão de algodão do tubo. Em seguida, aspire com a pipeta 10 mL da amostra e ainda com a mão

direita, deposite este volume dentro do tubo.

Sem soltar a pipeta, tampe novamente o tubo de ensaio e recoloque-o na estante.

Recoloque a pipeta dentro do frasco e reinicie o trabalho até completar os 10 tubos.

Após concluir a semeadura, leve a estante com os tubos até a estufa incubadora que já deve estar ligada com

temperatura regulada de 35 ºC.

Após 48 horas, retire os tubos e confira os resultados.

Se algum tubo de Durham apresentar gás armazenado no seu interior, consideramos como tubo positivo, ou

seja, existe um indicativo de contaminação da água analisada.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Quais as medidas preventivas que garantem uma água de boa qualidade?

2. Você está realizando uma caminhada no meio do mato e observa um riacho com água cristalina. Você beberia esta

água? Justifique sua resposta.

3. Quais os procedimentos para a desinfecção de uma água não tratada?

4. Caso a amostra de água tratada apresente indicativo de contaminação microbiológica, qual o primeiro procedimento

de limpeza que deve ser realizado? Como fazer isto?

5. De onde provém o gás presente no tubo de Durham?

22

INTRODUÇÃO

As leveduras são muito importantes microbiologicamente. Muitas delas têm a capacidade de fermentar

açúcares e vem sendo exploradas desde a antiguidade. Habitantes das cavernas descobriram que a carne envelhecida

tem um sabor mais agradável que a carne fresca. O cientista Louis Pasteur, enquanto estudava problemas dos

cervejeiros e vinicultores, concluiu que um tipo de levedura produz vinho bom, mas um segundo tipo tornava-o azedo.

OBJETIVOS

Verificar o processo de fermentação realizado pelas leveduras e os efeitos da temperatura sobre este processo;

Observar as leveduras ao microscópio e verificar sua forma bem como o processo de reprodução.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As mudanças químicas provocadas por leveduras, bactérias e mofos, sobre a matéria animal e vegetal, é

chamada de fermentação. É sempre iniciada por enzimas formadas nas células dos organismos vivos.

A levedura, como qualquer outro ser vivo, necessita de energia para viver. Esta energia é utilizada para manter

sua estrutura, crescimento e reprodução. Ela obtém a energia necessária através da degradação de moléculas orgânicas

complexas em moléculas simples.

Em condição de aerobiose, degradam açúcares pelo processo chamado respiração aeróbica. No entanto, como

normalmente nos meios de crescimento existe baixa concentração de oxigênio, elas podem somente degradar

parcialmente os açúcares usando um processo chamado fermentação.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Açúcar

Fermento biológico

Água gelada

Erlenmeyer

Tubos de ensaio

Estante para tubos de ensaio

Béquer

Colher de plástico pequena

Balões de borracha

Funil de vidro

Microscópio

Lâminas e lamínulas

Pipeta

Caneta marcadora

Balança

Papel alumínio

Fogareiro

Telas de amianto

Balão de fundo chato

Termômetro

PROCEDIMENTO

Aqueça 80 mL de água a 35 ºC no erlenmeyer e adicione três colheres de açúcar e uma colher de fermento.

Coloque um balão de borracha na boca do erlenmeyer.

Disponha três tubos de ensaio na estante e identifique-os como T1, T2 e T3.

Encha o T1 até 2/3 de seu volume com água gelada e adicione 3 g de açúcar e 0,5 g de fermento. Coloque um

balão na boca do tubo e leve-o à geladeira. Caso não tenha geladeira disponível, você pode usar uma pequena

caixa de isopor com gelo.

Aqueça 100 mL de água a 35 ºC no balão de fundo chato.

Usando o funil, adicione água do balão até 2/3 do volume dos tubos 2 e 3.

No T2, adicione 0,5 g de fermento.

No T3, adicione 0,5 g de açúcar.

Coloque um balão de borracha na boca de cada tubo de ensaio.

Leve o erlenmeyer e os tubos T2 e T3 à estufa a 37 ºC por 40 minutos.

PRÁTICA 09: MICRO-ORGANISMO ÚTIL AO HOMEM - LEVEDURAS

23

Observe as soluções e anote os resultados na tabela abaixo.

Aqueça 80 mL de água no béquer e adicione 20 g de açúcar e 2 g de fermento. Espere alguns minutos e

observe ao microscópio.

SOLUÇÕES RESULTADOS

ERLENMEYER

açúcar + água + fermento à 37 ºC

T1

açúcar + água + fermento à 37 ºC

T2

açúcar + água + fermento à 37 ºC

T3

açúcar + água + fermento à 37 ºC

PÓS-LABORATÓRIO

1. Baseado nos resultados obtidos, o que podemos concluir com relação à interferência da temperatura no processo da

fermentação?

2. Como você conclui, analisando os resultados obtidos, que a fermentação é um processo dependente de vários fatores?

3. Comparando esta prática com a de Análise Presuntiva de Contaminação de uma Água, faça algumas considerações

com relação: tipo de degradação, comprovação da ocorrência do processo ocorrido e micro-organismos envolvidos.

4. Para a comprovação dos resultados de um experimento é necessária a utilização de ensaios controles, ou seja, é

necessário existir a possibilidade de comparações com outros ensaios para podermos concluir que um resultado é

verdadeiro. Baseado nesta informação relacione a importância experimental dos ensaios dos tubos T1, T2 e T3 para uma

boa conclusão do experimento.

5. Pesquise sobre a produção de álcool no Brasil determinando o processo de fabricação e sua distribuição geográfica.

6. Desenhe as células observadas no microscópio, indicando o processo de brotamento das leveduras.

24

INTRODUÇÃO

Um papel importantíssimo dos micro-organismos, principalmente as bactérias e os fungos, é a sua ação como

decompositores. Eles são responsáveis pela reintrodução da matéria orgânica à cadeia alimentar. Através da

transformação de compostos mais complexos em compostos mais simples que eles possam absorver, para manter seu

metabolismo e reprodução.

São organismos que se nutrem de restos de plantas e animais mortos. Atuam como verdadeiras “usinas

processadoras de lixo”: decompõem organismos mortos, transformando-os em substâncias simples (sais, gases e água).

Essas substâncias podem ser reaproveitadas pelos produtores. A ação decompositora permite a reciclagem de matéria

orgânica e impede que o planeta fique recoberto por uma camada orgânica morta, fato que poderia comprometer a

existência da vida na Terra.

OBJETIVO

Observar as condições que favorecem ou desfavorecem o processo de decomposição.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As bactérias têm uma função ecológica de fundamental importância para a manutenção de vida em nosso

planeta. Destacam-se, neste caso as bactérias decompositoras ou saprófitas, que, juntamente com certos fungos, atuam

na natureza consumindo a matéria orgânica morta e transformando-a em matéria inorgânica simples, que pode ser

reaproveitada por outros seres, especialmente as plantas.

As saprófitas são seres vivos sem clorofila que obtêm os seus nutrientes a partir de tecidos, mortos e/ou em

decomposição, de plantas ou animais. Algumas são plantas com flor e requerem para a sua sobrevivência a mediação de

fungos do solo (micorriza) que, ao envolverem as raízes das plantas com as suas hifas ou micélios, extraem os

nutrientes do húmus. Podem ser saprófitas obrigatórias, quando o ser vivo não possui clorofila ou pigmentos análogos,

e saprófitas facultativas, as que, possuindo clorofila, podem eventualmente prescindir de tal forma de alimentação.

As saprófitas, como decompositores, também alteram a estrutura, odor e cor do solo, umedecendo-o e

arejando-o. As terras negras contêm húmus que na realidade é uma mistura de muitas substâncias orgânicas e de micro-

organismos do solo, tanto fungos como bactérias que o decompõem.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Banana

Fermento biológico

Saco plástico com feche hermético

Caneta marcadora

Espátula ou colher plástica pequena

PROCEDIMENTO

Corte duas rodelas de banana e coloque uma rodela em cada saco plástico.

Espalhe meia colher de fermento sobre uma das rodelas de banana.

Feche os dois sacos e marque com a letra “F” o saco contendo o fermento.

Observe os sacos ao longo de uma semana e anote os resultados.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Qual das rodelas de banana apresenta uma decomposição mais rápida e completa?

2. A amostra que não recebeu fermento também apresentou algum grau de decomposição? Como você explica esse

fato?

3. Qual a relação entre o observado e a ação de fungos nos solos cobertos por vegetação?

PRÁTICA 10: AÇÃO DOS DECOMPOSITORES

25

INTRODUÇÃO

Alguns tipos de mofos são danosos a saúde humana, como é o caso do bolor de pão e de outros alimentos. Isto

ocorre, pois eles estragam e apodrecem os alimentos. O bolor de pão possui um aspecto de algodão, pode assumir,

principalmente, tons esverdeados, azulados, avermelhados ou esbranquiçados.

Os métodos de conservação de alimentos permitem que se possa guardá-los para uso futuro sem que se

estraguem. Os homens pré-históricos secavam a comida ao sol ou guardavam-na em cavernas frescas. Atualmente ainda

se usa a secagem (desidratação) e o resfriamento (refrigeração) para preservar os alimentos. No entanto, a ciência

desenvolveu outros métodos de preservação dos alimentos. Entre esses métodos estão o enlatamento, o congelamento

rápido, a adição de produtos químicos, a liofilização e a irradiação.

OBJETIVOS

Entende como os fungos saprófitos se proliferam;

Percebe a necessidade de guardar bem os alimentos para que eles não se contaminem.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O bolor ou mofo é uma designação comum dada a fungos filamentosos que não formam estruturas semelhantes

a cogumelos. Eles vivem principalmente em lugares úmidos e escuros. Estima-se que existam até 300.000 espécies de

mofo, sendo que alguns tipos produzem substâncias tóxicas.

As células integrantes dos bolores agrupam-se num número variável, por vezes separadas por septos, de modo

a constituírem um filamento tubular denominado hifa, a sub-unidade fundamental do organismo. De fato, os bolores são

formados a partir de uma hifa que cresce em comprimento, de modo a ramificar-se, originando novas hifas que também

se ramificam. Cada hifa apresenta vários mícrones de largura, embora também possa alcançar vários centímetros de

comprimento.

Em algumas zonas, as hifas ramificam-se4 em tão grande número que formam grupos e estruturas, de aspecto

semelhante ao algodão, os micelos. Alguns destes micelos, denominados vegetativos, têm como missão absorver do

meio externo os nutrientes que o fungo necessita.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Pão

Água

Papel

Papel alumínio

Pires

PROCEDIMENTO

Pegue quatro pedaços de um pão e molhe-os em água limpa.

Numere os pedaços e coloque o pedaço de n° 1 em um saco plástico. Feche-o e deixe-o no escuro.

Coloque o pedaço de n° 2 sobre um papel ou pires em um canto úmido e escuro.

Embrulhe o pedaço n° 3 em papel alumínio e deixe-o exposto ao sol.

Deixe o pedaço de n° 4 exposto ao Sol. Após 10 dias, observe cada pedaço e responda as questões propostas.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Se o pão era o mesmo, por que os pedaços ficaram diferentes?

2. O que se pode concluir após examinar os pedaços de n° 1, 2, 3, e 4?

3. De onde vieram os organismos que apareceram sobre o pão?

PRÁTICA 11: CAPTURANDO O MOFO

26

INTRODUÇÃO

O pano branco, também chamado de micose de praia e cientificamente de Pitiríase versicolor, é uma doença de

pele causada por fungos, mais comum nos homens, que inicia no couro cabeludo e que afeta as costas ou outras regiões

do corpo, onde a pele seja mais oleosa. Este fungo produz uma substância chamada ácido azelaico que impede a pele de produzir melanina quando

exposta ao sol, logo, nos locais onde o fungo está a pele não fica bronzeada como o resto do corpo, ficando com um

aspecto mais branco.

OBJETIVOS

Compreende a técnica de exame direto que permite um diagnóstico preliminar da doença;

Observa as estruturas fúngicas presentes no material coletado.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A pitiríase versicolor é uma infecção cutânea extremamente frequente, provocada pela levedura Malassezia

furfur. Esta levedura é componente da flora normal da pele, principalmente em áreas seborreicas. Sob condições de

calor, umidade, imunossupressão, má nutrição e mesmo predisposição individual, esta levedura adquire a forma

parasitária, ocasionando a infecção cutânea. Atinge todos os tipos de pele, sem predileção por raça ou sexo, com maior

prevalência a partir da adolescência, por conta da maior atividade hormonal e, consequentemente, maior oleosidade.

As lesões são caracterizadas por manchas claras ou escuras, apresentam descamação fina e podem atingir

diversas e extensas áreas corporais (principalmente tronco e porções próximas dos membros superiores e couro

cabeludo). A infecção fúngica pode interferir na pigmentação normal da pele, ocasionando áreas hipopigmentadas (mais

claras) que permanecem por períodos variáveis mesmo após tratamento.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Paciente com lesão

preferencialmente antiga

Azul de metileno

Luvas

Fita adesiva (durex)

Microscópio

Lâmina e lamínula

PROCEDIMENTO

Calçar as luvas e retirar um pedaço de fita durex aproximadamente o tamanho da lâmina.

Colar a fita na lesão em seguida retirá-la lentamente e fixá-la na lâmina com uma gota de azul de metileno.

Leve ao microscópio para observação.

PÓS-LABORATÓRIO

1. O que são fungos dimórficos?

2. Desenhe as estruturas visualizadas ao microscópio.

3. Pesquise: O que são micoses superficiais? E quais as mais comuns em países tropicais?

4. Qual fungo é o causador do pano branco?

PRÁTICA 12: PITIRÍASE VERSICOLOR – EXAME DIRETO

27

INTRODUÇÃO

Quase todos nós já estivemos em algum lugar fechado, com muitas outras pessoas e sabemos como é

desconfortável a sensação sentida. Quando respiramos, o ar que entra no nosso organismo contendo vários gases, entre

eles a maior parte é de oxigênio e uma pequena quantidade de gás carbônico. Nosso organismo precisa muito do

oxigênio do ar, por isto, quando expiramos o ar que sai do nosso corpo sai com menor quantidade de oxigênio e uma

quantidade maior de gás carbônico.

Numa sala fechada com várias pessoas, o oxigênio é absorvido e o ar, ficando com pouco oxigênio, nos

provoca uma sensação de mal-estar. Por isso, as salas onde várias pessoas se encontram devem ser bem arejadas.

OBJETIVO

Entender a importância do ar que respiramos para a nossa qualidade de vida.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ar não pode ser tocado, e geralmente não apresenta cor, cheiro, nem gosto. Ele é formado por diversos gases.

O gás nitrogênio é o que se apresenta em maiores quantidades; depois, temos o gás oxigênio e o gás carbônico.

Além dessas substâncias e de outras, que estão em menor quantidade, o ar também apresenta gotículas de água, poeira e

até mesmo partículas de vírus, bactérias e outros micro-organismos.

Nossas células necessitam, enquanto vivas e desempenhando suas funções, de um suprimento contínuo de

oxigênio para que, num processo químico de respiração celular, possam gerar a energia necessária para seu perfeito

funcionamento e produção de trabalho.

Necessitamos de nosso aparelho respiratório para captarmos o oxigênio existente na atmosfera. Através deste,

parte do oxigênio se difunde através de uma membrana respiratória e atinge a nossa corrente sanguínea, é transportado

pelo nosso sangue e levado às diversas células presentes nos diversos tecidos. As células, após utilizarem o oxigênio,

liberam gás carbônico que, após ser transportado pela mesma corrente sanguínea, é eliminado na atmosfera também

pelo mesmo aparelho respiratório.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Água de cal

Água

Recipientes plásticos

Placas de Petri

Tubo flexível

Papel fino (seda)

PROCEDIMENTO

Coloque 30 mL água de cal em cada copo e tampe-os com a placa de Petri.

Enrole um pedaço de papel fino na extremidade do tubo flexível (este papel serve para evitar a transmissão de

germes e deve ser trocado sempre que for usado por outra pessoa).

Coloque a ponta do tubo flexível mergulhada na água de cal e lentamente sopre (não chupe) várias vezes pelo

tubinho.

Observe atentamente a água de cal, enquanto você sopra devagar pelo tubinho.

O segundo copo com água de cal está sendo usado como controle (ele permite a comparação entre os

conteúdos dos copos).

Retire a tampa o segundo copo, aguarde algumas horas e torne a observá-lo.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Você nota alguma mudança na água de cal à medida que você vai soprado através dela?

2. Como ficou a água de cal de dentro do copo de controle depois que ele foi aberto?

PRÁTICA 13: O SISTEMA RESPIRATÓRIO – O OXIGÊNIO E O GÁS CARBÔNICO EM NOSSA

RESPIRAÇÃO

28

INTRODUÇÃO

No início do século XX foi descoberto que a germinação de algumas espécies era inibida pela luz, enquanto

que em outras a germinação era promovida. Algumas sementes germinam somente com extensa exposição à luz e outras

com breve exposição apesar de muitas se apresentarem indiferentes à luminosidade. Certas sementes germinam somente

no escuro e outras necessitam de um longo ou curto fotoperíodo diário.

A germinação não está apenas relacionada com a presença ou ausência de luz mas também com a qualidade de

luz. Entre os fatores do ambiente, a água é o fator que mais influencia o processo de germinação. Com a absorção de

água, por embebição, ocorre a reidratação dos tecidos e, consequentemente, a intensificação da respiração e de todas as

outras atividades metabólicas, que resultam com o fornecimento de energia e nutrientes necessários para a retomada de

crescimento por parte do eixo embrionário.

Por outro lado, o excesso de umidade, em geral, provoca decréscimo na germinação, visto que impede a

penetração do oxigênio e reduz todo o processo metabólico resultante.

OBJETIVOS

Indicar que os vegetais crescem bem na presença de energia luminosa (luz);

Reconhecer que a energia luminosa (luz) é necessária para que as plantas se desenvolvam.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A germinação é uma sequência de eventos fisiológicos, influenciada por fatores externos (ambientais) e

internos (dormência, inibidores e promotores da germinação) às sementes: cada fator pode atuar por si ou em interação

com os demais. De acordo com botânicos, a germinação é um fenômeno biológico que pode ser considerado como a

retomada do crescimento do embrião, com o subsequente rompimento do tegumento pela radícula. Entretanto, para os

tecnólogos de sementes, a germinação é definida como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do

embrião, manifestando a sua capacidade para dar origem a uma plântula normal, sob condições ambientais favoráveis.

Em síntese, tendo-se uma semente viável em repouso, por quiescência ou dormência, quando são satisfeitas uma série

de condições externas e internas, ocorrerá o crescimento do embrião, o qual conduzirá à germinação. Por isso, do ponto

de vista fisiológico, germinar é simplesmente sair do repouso e entrar em atividade metabólica.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Água

Sementes (feijão ou outro tipo)

Copo plástico

Papel filtro

Pinça

Etiqueta

PROCEDIMENTO

Faça um cilindro com o papel-filtro e o coloque dentro do copo.

Cuidadosamente derrame água no interior do copo (equivalente a uma profundidade de ± 0,5 cm) e coloque as

quatro sementes entre o papel-filtro e a parede do copo (as deixando perto da borda do copo).

Verifique que a água, absorvida pelo papel-filtro, sobe e umedece as sementes.

Acerte com os demais grupos de trabalho, locais diferentes para colocar os copos do experimento, etiquetando

cada copo com os componentes de cada grupo.

Grupo 1 - Copo no parapeito da janela, ou sobre a mesa (perto da janela), recebendo boa iluminação;

Grupo 2 - Copo dentro de um armário, num local escuro (a porta do armário não deve ser totalmente fechada);

Grupo 3 - Copo sobre uma mesa, iluminado por uma lâmpada;

Grupo 4 - Escolha uma situação diferente.

Cada grupo deverá observar o seu copo todos os dias, colocando um pouco de água para manter úmida a

planta.

Depois do quinto dia, cada grupo deverá comparar o crescimento das sementes de sua responsabilidade com a

dos diferentes copos dos outros grupos.

PRÁTICA 14: AS PLANTAS VERDES NECESSITAM DE LUZ

29

PÓS-LABORATÓRIO

1. Você verificou diferenças no crescimento das sementes que estavam em locais variados?

2. O que aconteceu com as sementes que estavam dentro do armário?

3. Como cresceram as sementes que estavam perto da janela?

4. As sementes colocados sob luz artificial cresceram tanto quanto os que estavam perto da janela?

5. Segundo suas observações, além do solo com água e sais minerais, o que uma planta verde necessita para crescer

bem?

30

INTRODUÇÃO

Para que a sua saúde se mantenha uniforme e sem qualquer tipo de problema é indicado que faça a medição da

sua pressão arterial. Ela é um dos fatores mais importantes para que o seu organismo funcione na perfeição,

principalmente porque é a pressão arterial a responsável pela “viagem” do sangue por todas as partes do nosso corpo. O

seu sangue é bombeado pelo seu músculo cardíaco, e depois é ajudado pelos seus vasos sanguíneos que se contraem de

forma a facilitar o seu encaminhamento para as partes do seu corpo mais afastadas do coração.

Quanto mais sangue for bombeado do coração por minuto, maior será esse valor, que tem dois números: um

máximo, ou sistólico, e um mínimo, ou diastólico. O primeiro se refere à força de bombeamento do coração e o

segundo, à pressão dos vasos sanguíneos periféricos (braços, pernas e abdome).

OBJETIVO

Aprender a verificar a pressão arterial.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A pressão arterial é definida como a força lateral exercida pelo sangue sobre as paredes arteriais, e depende da

força empregada nas contrações ventriculares, da elasticidade da parede arterial, da resistência vascular periférica, do

volume de sangue e sua viscosidade.

A pressão sistólica, ou máxima, ocorre durante a contração do ventrículo esquerdo e reflete a integridade do

coração, das artérias e também das arteríolas.

A pressão diastólica, ou mínima, ocorre durante o relaxamento do ventrículo esquerdo, indicando diretamente a

resistências dos vasos sanguíneos.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) com um esfigmomanômetro e um

estetoscópio, usualmente na artéria braquial. Sendo mais baixa nos recém-nascidos, a pressão arterial aumenta com a

idade, ganhos de peso, retenção prolongada e ansiedade.

A pressão de pulso é dada pela diferença entre as pressões sistólica e diastólica e varia de forma inversamente

proporcional à elasticidade arterial.

MATERIAL NECESSÁRIO

Instrumental

Esfigmomanômetro

Estetoscópio

Paciente (aluno)

PROCEDIMENTO

Escolha nos grupos um aluno. Solicitando que o aluno escolhido permaneça sentado ou deitado durante a

verificação da pressão arterial.

O braço do aluno deve ser mantido no nível do coração e ficar apoiado sobre a mesa.

Prenda confortavelmente o manguito desinflando ao redor da parte superior do braço a 2,5 cm da prega do

cotovelo. O centro da parte inflável deve repousar diretamente acima da parte média do braço.

Em seguida coloque o sensor do estetoscópio sobre a artéria, no ponto em que podem ser escutadas as batidas

mais fortes e mantenha em posição com uma das mãos.

Usando o polegar e o dedo indicador da outra mão, gire o parafuso existente na pêra de borracha da bomba de

ar no sentido horário para fechar a válvula.

Em seguida, ao auscultar os sons gerados pela artéria, bombeie o ar para o manguito até bloquear o fluxo

sanguíneo e consequentemente não mais ouvir os batimentos.

Após este momento, continue a bombear o ar até o aneróide indicar a pressão de 20 mmHg.

Abra levemente a válvula da bomba de ar e esvazie cuidadosamente o manguito não excedendo 5 mmHg/s.

Durante a liberação do ar, observe o mostrador aneróide e ausculte o som sobre a artéria.

Ao ser ouvida a primeira batida, observe a pressão indicada no aneróide. Esse é a pressão sistólica.

Continue a esvaziar o manguito gradativamente, observando o ponto em que aparece um som abafado. Essa é a

pressão diastólica.

Libere o ar do manguito e registre a pressão.

Para a confirmação dos dados, repita mais uma vez o procedimento após 15 a 30 segundos.

PRÁTICA 15: APRENDENDO A VERIFICAR A PRESSÃO ARTERIAL

31

PÓS-LABORATÓRIO

1. Faça uma estimativa da pressão arterial média dos alunos em sala de aula.

2. Pesquise sobre o problema da hipertensão na população como um todo.

3. Convide o seu professor de Física para discutir o significado da unidade de pressão em milímetros de mercúrio,

distribuição da pressão sanguínea em posição horizontal e vertical, a tontura sentida quando levantamos rapidamente da

cama, a razão do braço estar na mesma altura do coração no momento em que se vai tirar a pressão do paciente, relação

entre a pressão atmosférica e a pressão sanguínea.

32

INTRODUÇÃO

Ao longo do dia, as mãos podem acumular micro-organismos patogênicos. A não lavagem das mãos constitui

um importante modo de autoinfecção, ao se tocar com as mãos contaminadas nos olhos, nariz ou boca, bem como de

infecção de outros indivíduos.

O homem é, naturalmente, portador de algumas bactérias, que não constituem qualquer risco. No entanto,

bactérias provenientes de outras fontes, podem sobreviver nas mãos, e podem ser facilmente transferidas para outras

superfícies, aumentando o risco de contaminação cruzada.

Quando as mãos são lavadas o número de bactérias na superfície da pele diminui, no entanto, elas não são

necessariamente eliminadas. Se as mãos estiverem ainda úmidas, as bactérias que resistiram à lavagem são facilmente

transferidas para outras superfícies.

OBJETIVOS

Identificar que mãos aparentemente limpas podem conter micro-organismos;

Perceber a importância de adotar medidas higiênicas que evitem a proliferação das doenças.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O termo “lavagem das mãos foi substituído pelo termo “higienização das mãos” devido à maior abrangência

deste procedimento. É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de infecções.

As mãos constituem a principal via de transmissão de micro-organismos, pois a pele é um possível reservatório

desses inimigos invisíveis que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com

pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminadas.

Na camada mais superficial da pele pode-se encontrar bactérias Gram-negativas, como enterobactérias

(Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus que podem ser

removidos por ação mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade

quando se utiliza uma formulação antisséptica (álcool em gel).

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Fermento biológico

Água

Açúcar

Azul de bromotimol

Tubo de ensaio

Funil de vidro

Rolha

Algodão

PROCEDIMENTO

Lavar bem as mãos.

Um aluno joga o fermento biológico na mão direita e cumprimenta um colega com um aperto de mão. Esse

cumprimenta outro e assim por diante.

O último lava as mãos no recipiente com água e açúcar.

Com o funil, coloque um pouco dessa água no tubo de ensaio

Molhe o algodão no azul de bromotimol e coloque-o na boca do tubo de ensaio, sem encostar no líquido

Feche-o com a rolha e espere alguns dias.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Dos materiais utilizados para o experimento qual(is) substâncias os micro-organismos utilizaram como fonte de

energia?

2. Explique o porquê da mudança de cor do azul de bromotimol.

3. O que é possível concluir a respeito da prática no que diz respeito a higienização das mãos?

PRÁTICA 16: MÃOS LIMPAS

33

INTRODUÇÃO

O ser humano tem a sorte de estar edificado sobre um esqueleto sólido como o concreto armado. Nossos ossos,

proporcionam uma estrutura sobre a qual atuam os músculos. Desprovidos de esqueleto e musculatura, seríamos

criaturas flácidas e indefesas, que deslizariam pelo chão como plantas rasteiras.

Os ossos estão preparados para resistir a movimentos fortes e bruscos. Essa característica é fruto de sua

arquitetura interna. Fibras de colágeno e cristais salinos se entrelaçam para formar algo parecido com um edifício: as

fibras de colágeno equivalem a barras de aço, que garantem ao osso grande resistência à tensão, enquanto o papel do

cimento é executado por cristais de hidroxiapatita.

OBJETIVOS

Compreender a importância do esqueleto humano na sustentação do corpo;

Compreender a organização do esqueleto humano;

Perceber que o esqueleto também possui a função de proteger os órgãos;

Identificar as estruturas que compõe o tecido ósseo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a

fixação dos músculos, poderosas massas fibrosas contráteis que possibilitam os movimentos. Ele constitui-se de peças

ósseas e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.

O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.

2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica,

formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

Como qualquer tecido vivo, os ossos estão em processo constante de regeneração. O osso velho é digerido por

células ósseas chamadas osteoclastos. Quando elas terminam sua tarefa, abandonam o meio para que os osteoblastos,

outra família celular, reconstituam as porções de osso eliminadas. Normalmente, exceto nos ossos em crescimento, as

taxas de tecido ósseo digerido e reconstituído são iguais entre si, de modo que sempre teremos a mesma quantidade de

osso.

Para nossa infelicidade, esse equilíbrio se rompe naturalmente à medida que envelhecemos. Os ossos humanos

atingem seu maior vigor por volta dos 30, 35 anos de idade. A partir de então, podemos perder de 3 a 5 mm de

densidade óssea por ano. E mais: certas doenças, o sedentarismo, a deficiência de cálcio e vitamina D, o uso de

determinados medicamentos, o abuso de álcool e cigarro e a menopausa precoce, entre outros fatores, podem acelerar a

perda de qualidade e quantidade do tecido ósseo.

MATERIAL NECESSÁRIO

Vidraria e Instrumental

Modelo anatômico do esqueleto humano

Lâmina histológica contendo corte do tecido ósseo

Microscópio

PROCEDIMENTO

Observe a organização do esqueleto humano.

Utilizando os aumentos de 4X e 10X, observe atentamente, ao microscópio,

a lâmina histológica contendo corte do tecido ósseo.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Cite alguns órgãos que o esqueleto protege?

2. O que você entende por órgãos vitais? Cite alguns deste órgãos.

3. Quando nascemos o esqueleto já está plenamente formado?

PRÁTICA 17: O SISTEMA LOCOMOTOR, ESTRUTURA E MOVIMENTO – O ESQUELETO

34

4. Os ossos são estruturas vivas? Justifique a sua resposta.

5. Observando a figura, quais os ossos do esqueleto que evidenciam a proteção desses órgãos?

6. Faça um desenho esquemático do observado, identificando as principais estruturas do tecido ósseo.

7. Faça um desenho do esqueleto humano e identifique na figura os principais ossos.

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INTRODUÇÃO

Os músculos são órgãos que a maioria de nós nem percebe que existem, mas que são muito importantes por

duas razões específicas: os músculos são o "motor" que o seu corpo usa para se movimentar. Seria impossível fazer

qualquer coisa sem os músculos. Tudo o que você consegue pensar com o seu cérebro, é expressado com um

movimento muscular. As únicas maneiras possíveis de expressar uma ideia são por meio dos músculos da laringe, boca

e língua (palavras faladas), com os músculos dos dedos (palavras escritas ou "gestos") ou com os músculos esqueléticos

(linguagem corporal, dançar, correr, construir ou lutar).

Os músculos são essenciais para qualquer animal, são eficientes em converter combustível em movimento, têm

longa duração, curam a si próprios e são capazes de crescer com exercícios. Eles fazem de tudo, desde permitir que

você ande a manter o seu sangue circulando.

OBJETIVOS

Perceber as diferenças entre os músculos esqueléticos e os músculos não esqueléticos;

Identificar a posição dos músculos em relação ao esqueleto humano;

Notar as diferenças quanto a função que os músculos possuem;

Perceber as diferenças entre os músculos de ação voluntária e os músculos de ação involuntária.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O esqueleto de pouco serviria se não fosse acionado pela musculatura que o envolve. Responsável pela postura

e pelos movimentos, a musculatura esquelética é composta por cerca de 600 músculos de diferentes formas e tamanhos

– do milimétrico estapédio do ouvido médio ao quadríceps da coxa, milhões de vezes mais volumoso. Cada músculo é

constituído por fibras musculares de dois tipos principais: as de contração rápida, que facilitam a execução dos

movimentos explosivos, e as de contração lenta, úteis nas atividades de resistência.

Algumas pessoas têm mais fibras lentas que rápidas. Em outras, ocorre o contrário. Essas diferenças

musculares podem definir nossa aptidão para realizar certos exercícios ou nos sobressairmos em um dado esporte.

Geralmente, identificamos os músculos, apenas por aqueles que podemos ver, por exemplo, os músculos do bíceps em

nossos braços, mas há três tipos de músculos no corpo: músculo esquelético, liso e cardíaco.

MATERIAL NECESSÁRIO

Vidraria e Instrumental

Modelo anatômico do sistema muscular humano ou um mapa

detalhado do sistema muscular;

Modelo anatômico do esqueleto humano

Modelo anatômico de gravidez ou um mapa detalhado;

Lâmina histológica contendo corte de músculo liso

(ou viscerais);

Lâmina histológica contendo corte de músculo

esquelético ou estriado;

Microscópio.

PROCEDIMENTO

Observe a organização muscular representada no sistema muscular humano.

Olhe atentamente o modelo anatômico do esqueleto humano e o modelo do sistema muscular, no sentido de

identificar a posição dos músculos em relação ao esqueleto.

Pegue um objeto e desenhe com ele um círculo imaginário no ar. Note que a sequência que você executou esta

atividade muscular dependeu exclusivamente da sua vontade. O seu braço não faria este movimento contra a

sua vontade.

Observe ao microscópio, a lâmina histológica contendo corte do tecido muscular liso (ou visceral).

Observe ao microscópio, a lâmina histológica contendo corte do tecido muscular esquelético (ou estriado).

PÓS-LABORATÓRIO

1. Cite alguns movimentos do seu corpo que dependam da sua vontade.

PRÁTICA 18: O SISTEMA LOCOMOTOR, ESTRUTURA E MOVIMENTO – OS MÚSCULOS

36

2. Mesmo quando você está distraído você para de respirar?

3. Quais as principais diferenças entre os músculos estriados esqueléticos e os músculos estriados cardíacos?

4. Qual a semelhança entre os músculos lisos e os músculos estriados cardíacos?

5. Sintetize o que se entende por movimentos voluntários e movimentos involuntários.

6. Observando o modelo anatômico representativo de gravidez, a contração do útero no momento do nascimento é uma

atividade muscular voluntária? Procure justificar a sua resposta.

7. Cite alguns músculos do corpo humano de ação involuntária.

8. Faça um desenho esquemático do observado, identificando as principais estruturas do tecido muscular liso.

9. Faça um desenho esquemático do observado, identificando as principais estruturas do tecido muscular estriado.

37

INTRODUÇÃO

Nosso organismo está sempre realizando divisões celulares. Há dois tipos de divisão celular, a mitose e a

meiose, e nós realizamos tanto uma quanto outra, mas em situações diferentes. A mitose é um tipo de divisão celular

que ocorre desde o surgimento da primeira célula do bebê (célula-ovo ou zigoto) até a nossa morte. Quando ainda

estamos sendo gerados, no útero materno, é necessário que ocorra a duplicação das células a fim de formar o novo ser.

A partir daí nunca mais paramos de realizar mitoses.

Esse processo é de suma importância para continuarmos a nos desenvolver, a crescer, a repor as células

perdidas, como, por exemplo, ao sofrermos uma lesão na pele, ou perdermos células sanguíneas (hemácias) a cada 120

dias, etc.

OBJETIVO

Compreender e ordenar a sequência dos eventos da mitose.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Mitose é o processo de divisão celular pelo qual uma célula diploide eucariótica origina, em sequência

ordenada de etapas, duas células-filhas cromossômica e geneticamente idênticas. É característico de todas as células

somáticas vegetais e animais. Didaticamente está dividido em fases, nas quais ocorrem grande modificações no núcleo e

no citoplasma.

O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são dependentes dos componentes do aparelho mitótico que

é constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomos.

MATERIAL NECESSÁRIO

Instrumental

Tesoura

Cola

Xerox dos desenhos de Walther Flemming

Papel em branco para colar os desenhos

PROCEDIMENTO

Recorte as figuras das células e ordene-as sobre um papel branco, colando as figuras somente após ter

convicção sobre a sequência.

Cada aluno escolhe quatro figuras, cada uma representando uma das quatro fases da mitose.

Desenhe no caderno esquemas simplificados de cada uma das fases escolhidas, representando apenas dois

cromossomos (um metacêntrico e outro acrocêntrico).

Acrescente ao esquema o fuso mitótico, não visualizado nos desenhos de Flemming.

Desenvolva critérios consistentes para dividir em grupos as células desenhadas. Por exemplo, poderiam ser

utilizados os seguintes critérios:

a) células arredondadas, com fios internos (cromossomos) relativamente pouco organizados;

b) células ovaladas, com cromossomos aparentemente mais organizados;

c) células com cromossomos separados em dois lotes, sem estrangulamento citoplasmático;

d) células com estrangulamento citoplasmático.

PRÁTICA 19: DESVENDANDO A SEQUÊNCIA DA MITOSE

38

Abaixo, sequência das fases da mitose em células de embrião de salamandra, desenhadas pelo citologista

pioneiro Walther Flemming. Os desenhos 3 e 11 foram omitidos da atividade proposta aos estudantes para evitar

dificuldades adicionais de interpretação.

Sequência originalmente apresentada por Flemming

39

PÓS-LABORATÓRIO

40

INTRODUÇÃO

Os cientistas, impulsionados pela necessidade de entender a natureza, conseguiram relacionar os diversos

grupos de animais e explicar suas diferenças e semelhanças como resultado do processo evolutivo. Hoje sabemos, por

exemplo, que o órgão flutuador dos peixes ósseos, a bexiga natatória, originou-se do pulmão das ancestrais dos peixes,

os quais vivam em águas pantanosas, pobres em gás oxigênios, respirando por meio de uma bolsa ligada a sua faringe,

um pulmão primitivo.

Podemos dizer que a origem de nossos braços e pernas, assim como dos membros pares de aves, répteis e

anfíbios, remonta a dois pares de nadadeiras carnosas de um grupo de peixes primitivos, que foi o ancestral comum de

todos os vertebrados terrestres. Conhecer os vertebrados tem um significado muito importante para nós, pois, afinal, a

nossa espécie, Homo sapiens, inclui-se nesse grupo. Além disso, os animais que encontramos com mais facilidade, por

convivermos com eles em nosso dia a dia, são vertebrados.

É importante conhecer nossas semelhanças e diferenças com os demais vertebrados, saber que somos

aparentados evolutivamente que temos uma longa história em comum neste planeta, uma vez que o ancestral que

compartilhamos com os demais cordados já nadava pelos mares de 500 milhões de anos atrás. O conhecimento dos

vertebrados existentes e dos que já extinguiram ajuda-nos a compreender nossa história, a avaliar as forças evolutivas

que moldaram nosso mundo e a nós mesmos e, com isso, tentar predizer nosso futuro como espécie biológica

OBJETIVO

Desenhar uma árvore filogenética relacionando os nove principais filos animais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Árvores filogenéticas (árvore evolutiva ou ainda árvore da vida), são diagramas que relacionam os organismos

quanto ao parentesco evolutivo entre grupos de organismos que habitam o planeta Terra. As árvores filogenéticas

representam relações de ancestralidade e descendências, consistindo em linhas que se bifurcam de acordo com a

existência no passado de um evento que transformou uma espécie em duas novas espécies.

Para a construção de uma árvore filogenética, é fundamental estudar várias características dos organismos que

pretendemos representar, de modo a perceber as suas afinidades. As características são variadas e vão desde a

morfologia e desenvolvimento embrionário às sequências de DNA.

MATERIAL NECESSÁRIO

Instrumental

Tabela para a confecção da árvore filogenética

Objeto de estudo

PROCEDIMENTO

Preencha a tabela, para iniciar a confecção da árvore filogenética. O ponto inicial (na parte inferior do

esquema) refere-se ao grupo ancestral (seres eucarióticos, multicelulares e heterotróficos). A primeira

bifurcação corresponde ao ramo dos poríferos, separados pela característica: “ter ou não tecidos”.

Complete a árvore filogenética a partir das características compartilhadas pelos filos, mostradas na tabela. Esta

não apresenta a característica que permite separar anelídeos de artrópodes. Os estudantes poderão questionar

essa ausência, e o(a) professor(a) pode estimulá-los a escolher a característica distintiva, no caso, a presença de

exoesqueleto e de pernas articuladas.

Recorde, no livro didático, as questões referentes à árvore filogenética animal.

Veja, abaixo, a árvore filogenética elaborada com base na tabela.

PRÁTICA 20: CONSTRUINDO UMA ÁRVORE FILOGENÉTICA DOS ANIMAIS

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PÓS-LABORATÓRIO

Agora é a sua vez, construa uma árvore filogenética usando a seguinte tabela como referência.

TABELA QUE RELACIONA OS FILOS ANIMAIS COM CARACTERÍSTICAS QUE REPRESENTAM

AQUISIÇÕES EVOLUTIVAS IMPORTANTES NA EVOLUÇÃO ANIMAL.

FILO ANIMAIS

Poríferos Cnidários Platelmintos Nematódeos Moluscos Anelídeos Artrópodes Equinodermos Cordados

Tecidos

verdadeiros

Três folhetos

germinativos

Pseudoceloma

Celoma

verdadeiro

Celoma

enterocélico

Celoma

esquizocélico

Metameria

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ETIENE.; OLIVEIRA, MINANCY GOMES DE.; CRISTINA, IZABEL.; RAMOS, EDUARDO.; VILAR,

LOURDES.; FONS, LUCINÉIA FARIAS.; SOUZA, MARIA DE ARAÚJO MEDEIROS.; MACIEL, RINEUDO

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Coordenação da Coleção

Marcos Weyne Gomes Rocha

Maria de Lourdes Eufrásio Lima

Maria do Socorro Braga Silva

Samid Jurandy Coelho Rocha

Capa

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Coordenação Laboratório Interdisciplinar de Ciências

José da Mota Silva Neto

ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ADRIANO NOBRE

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