Pré Requisitos Para Aprendizagem Relacional em Crianças com Histórico de Fracasso Escolar

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Pré Requisitos Pré Requisitos Para Para Aprendizagem Aprendizagem Relacional em Relacional em Crianças com Crianças com Histórico de Histórico de Fracasso Fracasso Escolar Escolar Ana Karina Leme Arantes Júlio César Coelho de Rose (Orientador)

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Pré Requisitos Pré Requisitos Para Para

Aprendizagem Aprendizagem Relacional em Relacional em Crianças com Crianças com Histórico de Histórico de

Fracasso Fracasso EscolarEscolarAna Karina Leme Arantes

Júlio César Coelho de Rose (Orientador)

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Sidman (1994, 2000) considera a equivalência como uma função básica, ou seja, irredutível a outras, assim como o reforçamento

Horne e Lowe (1996) emparelhamentos emergentes encontrados em estudos do paradigma de equivalência dependem da

nomeação comum dos estímulos

Hayes e colaboradores (Hayes, 1991; Devany, Hayes e Nelson, 1986) a equivalência seria um

tipo de relação arbitrariamente aplicável, uma instância dos quadros relacionais que ensejam o

comportamento simbólico e, por esta razão, o desenvolvimento da equivalência e o

desenvolvimento da linguagem estariam correlacionados

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Problemas experimentais Problemas experimentais do paradigma de do paradigma de

equivalência de estímulos:equivalência de estímulos: há muita variabilidade nos resultados de testes de relações emergentes entre

diferentes sujeitos de pesquisa

não há dados inequívocos sobre formação de relações de equivalência em sujeitos não humanos (portanto,

não verbais)

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Esta variabilidade poderia ser reduzida ou reduzida ou eliminada através de eliminada através de maior controle maior controle experimental sobre as experimental sobre as relações de controle relações de controle estabelecidas estabelecidas na linha de base?

Os procedimentos usados para geração de relações de equivalência (por exemplo, matching to sample) são totalmente eficazes?

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Carrigan & Sidman (1993) argumentaram que relações de relações de seleçãoseleção podem dar origem a dar origem a

equivalências diferentesequivalências diferentes daquelas que emergem por

rejeiçãorejeição.

Note-se, porém, que, da forma como os experimentos são usualmente conduzidos, o

experimentador desconhece as experimentador desconhece as relações de controle de relações de controle de

estímulos da linha de baseestímulos da linha de base

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Relações Relações controladas controladas por seleçãopor seleçãoA1

B2B1

A2

C1

D1

C2

D2

Relações Relações controladas controladas por rejeiçãopor rejeição

A1

B2B1

A2

C1

D1

C2

D2

resposta do participante

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Tanto relações de Tanto relações de seleção quanto seleção quanto

relações de rejeição relações de rejeição são necessárias para são necessárias para

a formação de a formação de equivalência, ou equivalência, ou apenas uma das apenas uma das

relações (seleção) é relações (seleção) é suficiente?suficiente?

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Uma possibilidade de verificar e verificar e controlar as controlar as diferentes diferentes relações de relações de

controle na linha controle na linha de basede base é utilizar o procedimento de procedimento de máscarasmáscaras ou do estímulo único

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Procedimento de Procedimento de MáscarasMáscaras

A1

B1Máscara

Modelo

Comparações

Conseqüência

Relação Relação controladcontrolad

a por a por seleçãoseleção

Page 10: Pré Requisitos Para Aprendizagem Relacional em Crianças com Histórico de Fracasso Escolar

Procedimento de Procedimento de MáscarasMáscaras

A1

B2Máscara

Modelo

Comparações

Conseqüência

Relação Relação controladcontrolad

a por a por rejeiçãorejeição

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Kato (1999): procedimento de máscaras para verificar o controle usado por participantes

que tiveram resultados para equivalência

de Rose, Hidalgo e Vasconcelos (2000): obtiveram pronta formação de equivalência em

um treino com conjuntos de dois estímulos, mesmo com os treinos de seleção e rejeição

Vasconcelos (2003): aplicou sondas de topografias de controle de estímulos para

verificar a eficácia do treino

Grisante (2006): usou o procedimento de máscaras em crianças pequenas e em participantes com Síndrome de Down

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induzir relações de controle por seleção e relações de controle por rejeição no treino das

discriminações condicionais com o uso do procedimento de máscaras

verificar a emergência de relações de equivalência entre estímulos visuais abstratos

nestes treinos

identificar as relações de controle envolvidas no treino das discriminações condicionais com

uso de máscaras

ObjetivoObjetivoss

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ParticipantesParticipantes

7 crianças da rede escolar pública

idades entre nove e 11,1 anos

cursando a 3ª série

seis meninos

uma menina

MétodoMétodo

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MaterialMaterial

computador Apple MacIntosh – modelo iMac

programa MTS, versão 11.0 (Dube, 1991; Dube & Hiris,

1997) brinquedos e jogos

brindes diversos

LocalLocal

sala experimental

sala de atividades

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ProcedimentoProcedimento

Comparar a acurácia de sondas de relações emergentes entre dois tipos

de treino:

Treino Misto CompletoTreino Misto Completo metade das tentativas

apresentava um comparação incorreto e a máscara e a outra

metade apresentava o comparação correto e a máscara

Treino com apenas uma apenas uma topografiatopografia em uma das relações

de linha de base (BC)

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Treino ATreino A(Complet(Completo)o) Todas as relações condicionais treinadas tanto por seleção quanto por rejeição

Hipótese: formação de equivalência

Treino BTreino B(Rejeiçã(Rejeiçã

o)o) Relações BCBC

treinadas apenas por rejeiçãorejeição

Hipótese: não haveria

formação das equivalências

sondadas

Treino CTreino C(Seleção(Seleção

)) Relações BCBC

treinadas apenas por

seleçãoseleção

Hipótese: deveria haver formação das equivalências

sondadas

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Treino A X Treino B Completo X Rejeição

Replicação intrasujeito Treino A X Treino B ( (novo

conjunto de estímulos)

Treino A X Treino C Completo X Seleção

Replicação intrasujeito Treino A X Treino C ( (novo

conjunto de estímulos)

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1.1.Treino Treino das das

relações relações de linha de linha de base: de base: AB, BC e AB, BC e

CDCD

A1B1C1D1

A2B2C2D2

A3B3C3D3

2. Sondas 2. Sondas de relações de relações emergenteemergentes: DA, CA e s: DA, CA e

DBDB

3 testes compostos de 1 bloco de cada sonda sempre antecedido de um bloco de LB

em extinção

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3. Sondas de Topografias de 3. Sondas de Topografias de Controle de EstímulosControle de Estímulos

Para metade das tentativas um estímulo novo substituiu os comparações corretos (S+) e para a

outra metade os comparações incorretos (S-)

A1

B1 Estímulo novo

seleçãseleçãoo

A1

B2 Estímulo novo

rejeiçãorejeição

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Resultados Resultados GeraisGerais

todos os participantes alcançaram critério para

equivalência após o Treino A (completo)

nenhuma criança formou equivalência após os

Treinos B (rejeição) ou C (seleção)

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Treino A X Treino BTreino A X Treino B(Treino Completo X Rejeição)(Treino Completo X Rejeição)

três participantes obtiveram equivalência após o Treino A

VIC precisou de procedimento remediativo após a primeira apresentação do Treino A

LUF necessitou um Novo Treino B

nenhum participante alcançou resultados para equivalência após o Treino B

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Treino A X Treino Treino A X Treino BB

ReplicaçãoReplicaçãoJOP e LUF

nenhum participante alcançou resultados para equivalência após a replicação do Treino B

desempenho nos testes de relações emergentes durante a replicação do Treino A (Treino A/2) apresenta uma ligeira queda em relação ao

desempenho no primeiro Treino A

sondas de controle também tiverem desempenho diminuído após o Treino A/2

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Treino A X Treino CTreino A X Treino C(Treino Completo X Seleção)(Treino Completo X Seleção)

LUC e MAT foram expostos ao Treino A50/Remediativo

MAT foi exposto a dois treinos remediativos e demonstrou controle por posição do estímulo em duas

sondas

não se pode afirmar que a não obtenção de equivalência por esses participantes é devida à indução do controle apenas por seleção no treino das relações BC, ou se a estrutura de treino não foi funcional para

essas crianças, como ocorreu no Treino A

mais investigações devem ser feitas para garantir uma comparação entre os dois treinos em igualdade de

condições, com outros participantes

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GAB

houve formação de equivalência para o Treino A

não houve resultados para equivalência depois do Treino C

as sondas mostraram controle apenas por relações de seleção

Treino A X Treino CTreino A X Treino C

ReplicaçãoReplicação

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Matrizes de Posição da RespostaMatrizes de Posição da Resposta

MATMAT

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Matrizes de RespostaMatrizes de Resposta

Treino C – GABTreino C – GAB

Primeira Sonda Segunda Sonda

Terceira Sonda

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DiscussãoDiscussão dados replicaram os achados

de de Rose, Hidalgo & Vasconcelos (2000) e de Arantes

(2005)

durante o primeiro Treino A, a maioria das crianças demonstrou,

nas sondas de relações topografias de controle de

estímulos, que havia aprendido as relações condicionais controladas

tanto por rejeição do S- quanto por seleção do S+

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depois dos Treinos B e C, a maioria dos participantes teve a acurácia nas sondas

de relações emergentes bastante diminuída e nenhum dos participantes

demonstrou equivalência

o desempenho nos testes de relações emergentes durante a replicação do Treino A (Treino A/2) apresenta uma

ligeira queda em relação ao desempenho no primeiro Treino A pode ter havido alguma interferência das aprendizagens

de relações de rejeição durante o Treino B no desempenho posterior do participante

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GAB sondas de topografias de controle de estímulos demonstraram o controle pela seleção do

S+, embora não tenha havido formação de equivalência

esse resultado contradiz a hipótese de Carrigan e Sidman (1993), para quem apenas relações de seleção seriam suficientes para emergência de

relações de equivalência

nem todos os participantes atingiram critério que permitisse a inferência de relações de equivalência

após o Treino A, mas quando isso aconteceu, as relações emergentes puderam ser observadas

sempre após este treino, e nunca após os treinos em que uma das topografias era forçadamente

suprimida em uma das relações condicionais de linha de base

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Fim..Fim..

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