Preconceito linguístico nas mídias sociais

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Preconceito

linguístico nas mídias sociais

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1.O que é

preconceito linguítisco?

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Julgamento depreciativo contra variedades linguísticas. Segundo Marta Scherre, o preconceito linguístico é o “julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e,

consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala”.

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Variação linguística

As quatro (4) modalidades que explicam a variação linguística são:✖ Variação histórica;✖ Variação social; ✖ Variação estilística;✖ Variação geográfica.

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2.

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No Pará, as variações que mais implicam em

um preconceito linguístico são a social

e a geográfica.

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O que havia de “diferente” na fala das pessoas?

Já escutaram pessoas com sotaques diferentes?

Já presenciaram preconceito linguístico em algum lugar da cidade? Como foi?

Sotaques do Brasil – Jornal Hoje

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Outra Canção do Exílio – Eduardo Alves da

CostaMinha terra tem Palmeiras,Corinthians e outros times

de copas exuberantesque ocultam muitos crimes.

As aves que aqui revoamsão corvos do nunca mais,

a povoar nossa noitecom duros olhos de açoite

que os anos esquecem jamais.[...]

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“O Liberal” e “Diário do Pará”

“A mulher acusada de homicídio e ocultação do cadáver de uma idosa que era cuidada por ela vai a júri popular [...] A cuidadora confessa que ministrou calmante para a vítima, alegando que ela estava agitada, situação imediatamente anterior ao falecimento, mas nega a prática de homicídio.” O LIBERAL, junho de 2016.

“Um homem, ainda não identificado, foi morto a tiros, na noite desta quinta-feira (22), em Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB). Não há pistas do assassino. [...] Ainda segundo a PM, não foi possível colher informações sobre a forma como o homicídio ocorreu. O atirador fugiu do local após o crime e nenhuma testemunha se manifestou sobre a morte.” DIÁRIO DO PARÁ, setembro de 2016.

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A respeito das duas (2) matérias usadas:Quais as principais

diferenças, na sua opinião, entre “O Liberal” e o “Diário do Pará”?

Onde você acha que cada jornal circula? (periferia, centro etc.)

Como a linguagem é usada em cada um dos jornais?

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3.

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Discursos políticosDiscurso Dilma Rousseff sobre o Zika vírus:

“E, agora, eu queria destacar uma questão, que é uma questão que está afetando o Brasil inteiro, que é a questão da vigilância sanitária: gente, é o vírus Aedes aegypti [que ela pronuncia “aegipsi”], comas suas diferentes modalidades: chikungunya, Zika vírus. Nós temos de tratar a questão do Zika vírus com muita seriedade”.

(Transcrição retirada da internet)

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O senhor defende a legalização da maconha. Já teve alguma experiência pessoal com a droga?

Não fumo. Nunca fumei nem cigarro. Mas defendo a legalização com regulação, como acontece com o álcool e o tabaco. É papel, sim, de um candidato a presidente falar sobre essas coisas. O governo precisa tratar desse tema de forma adulta, não policialesca. Minha primeira recomendação é: não use drogas psicoativas. A segunda é: se usar, que seja o menos possível para não causar problemas de saúde ou no trabalho.

(Trecho de entrevista disponível em: http://vejasp.abril.com.br/blogs/terraco-paulistano/2014/08/eduardo-jorge-nao-fumo-maconha/)

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Primeiramente...Formado em Direito, Temer herdou o hábito de fazer citações em latim. A mais célebre foi a que abria a carta que dirigiu a Dilma no fim do ano passado, na qual reclamava de ser um “vice decorativo”: verba volant, scripta manent, que significa “as palavras voam, os escritos permanecem”. Na semana passada, concluiu seu discurso com a língua romana ao explicar o objetivo de seu governo:— Vocês sabem que religião vem do latim religio, religare, portanto, você, quando é religioso, você está fazendo uma religação. E o que nós queremos fazer agora, com o Brasil, é um ato religioso, é um ato de religação.O professor de Língua Portuguesa e colunista do GLOBO Sérgio Nogueira afirma que não se pode avaliar como certa ou errada a forma de Temer discursar, mas sim como “pomposa” e “semierudita”. Quanto a Dilma, comenta que usava uma linguagem coloquial, “beirando o muito popular”.— Temer enche sua fala de mesóclises, que está em desuso. É uma linguagem formal, um claro contraponto a Dilma, que usava uma linguagem coloquial. Temer, ao contrário, às vezes chega à raia do formalismo e essa diferença salta aos olhos — compara o professor.

(Reportagem disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/linguagem-coloquial-de-dilma-substituida-pelo-estilo-formal-do-interino-19353421)

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4.

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A VOZ DA JUVENTUDE

✖ Você já reparou como seus colegas falam? E como você mesmo fala?

✖ Vocês utilizam que tipo de linguagem? Há diferenças entre falar entre amigos, famílias e professores? Por quê?

✖ O assunto que é falado importa para o jeito que vocês falam? Explique.

✖ Se você pudesse fazer um protesto que tipo de linguagem você usaria?

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A DITADURA MILITAR NO BRASIL (1964-

1985)✖ O que você sabe sobre a Ditadura

Militar?

✖ Você conhece alguém que viveu nessa época? Se sim, quem?

✖ Você acha que os protestos atuais tem a ver com os protestos de 1964?

✖ As mídias sociais melhoraram o modo de se reivindicar e protestar? Por quê?

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Resistir e persistir:

Se tudo der certo continuaremos nas

escolas onde escolhemos estar.

Mas, as nossas escolas nunca mais

serão as mesmas, até porque nós não somos

mais os mesmos

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Atualmente, estou vivendo uma aventura grandiosa! São tantas experiências de conhecimento, relacionamento, medo, luta, raiva e esperança… Coisas incríveis que jamais imaginei viver dentro da minha escola.Nosso bordão é “Ocupar e resistir”. Ocupar nossa escola e resistir a um governo que manipula as pessoas, sonega informações e não ajuda a construir um país melhor pra se viver. A nova geração, da qual faço parte, não luta somente por uma educação de qualidade. Mas, sim, contra tudo de errado – que não é pouca coisa. Mas, a gente decidiu começar por aquilo que está mais perto da gente, que afeta diretamente a nossa vida.Acredito que nós, como cidadãos, não podemos nunca nos calar diante de algo e lutar pelo que acreditamos, persistindo sempre. Mesmo quando nos deparamos com repressão, bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e força física e moral – aconteceu quando fomos pra rua. Mas, o lance é que quando o ideal é forte não há quem derrube.

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Nem o Governo. Nem a polícia. Nem a violência.Mas, sabe, para mim, o pior mesmo foi quando vi que uma pequena parte da população tentou reprimir os nossos protestos. Aconteceu, por exemplo, na manifestação do dia 3 de dezembro. Pessoas rasgaram nossos cartazes e tentaram nos tirar da rua à força.Ônibus, motos e carros ficavam avançando na nossa direção – parecia que queriam e que iam passar por cima da gente. Fiquei bem triste. Mas, logo pensei: a única explicação para essas pessoas reagirem dessa maneira é a falta de informação. Elas não sabem o que está realmente acontecendo nas escolas, são manipuladas pela tevê, enganadas pelos políticos… Só pode ser por isso.E pensar assim me deu força pra seguir na luta, porque só quem sabe o que realmente está rolando nas escolas ocupadas somos nós, estudantes, professores, funcionários e apoiadores. Gente que está acompanhando essa história de perto, de verdade. Por isso, nossa missão é explicar.

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Reorganizar foi o nome que o governo deu para o ato de tentar mostrar que se preocupa com a educação, o que sabemos não que não é verdade. Se realmente houvesse preocupação, haveria investimento. E o mais importante: o governo deve consultar e escutar sempre a opinião da população - e não apenas ir decretando leis e esperar que acatemos calados.A maneira que nós, alunos, encontramos para que fôssemos ouvidos foi ocupar as escolas. E estamos com mais cultura e educação do que se estivéssemos seguindo o currículo antiquado do Estado. Temos aula de física e até de música. Estamos organizando saraus, dinâmicas de grupo, conversas sobre assuntos variados, palestras, capoeira e tantas outras coisas que jamais pensei em vivenciar dentro da escola.É uma experiência linda! Temos construído um certo carinho entre nós. Sem dúvida, estamos mais unidos, como uma família. Claro que discordamos em várias coisas. Mas, depois da discussão, juntos, nos resolvemos – por meio de conversas e assembleias diárias, nas quais todos podem expor suas opiniões.

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Juntos cuidamos da escola, que agora se tornou uma segunda casa. Cozinhamos, limpamos, organizamos e, acima de tudo, adquirimos conhecimentos. Ah, e também nos divertimos, até porque somos jovens e necessitamos disso! Rir é a melhor forma de estarmos bem - e nisso somos bons :)Se tudo der certo continuaremos nas escolas onde escolhemos estar (e parece que deu certo, né?). Mas, as nossas escolas nunca mais serão as mesmas, até porque nós não somos mais os mesmos.Nós mudamos e estamos fazendo a diferença nas nossas escolas. Fizemos história, porque estamos fazendo a nossa revolução. Não ficaremos quietos, lutaremos por mudanças, pra que o país seja melhor. E que tudo isso deixe uma lição para todos: ocupe, persista e resista pelo que você acredita.

✖Vitória de J. Monteiro Leite, 16 anos, é aluna da escola Dona Ana Rosa de Araújo

✖ Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/11/opinion/1449840924_860395.html

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Agora é com você

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trocadilhos e linguagem que você utilize no dia a

dia.