Prefeitura de Maceió - Dos gabinetes para as redes...tou nesse meio de comunicação e, no fi - nal...

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•  30  SET 2013 44 Editora ANDREA MARTINS [email protected] acontece no brasil RS► Para comemorar o aniversário de 85 anos, o Banrisul lança campanha com Thiago Lacerda, criada pela Escala. No comercial de um minuto, o ator faz um paralelo entre criar uma boa história e a trajetória do banco. O vídeo, feito na cidade cenográfica do filme O Tempo e o Vento, em que Lacerda interpreta o Capitão Rodrigo, traz ainda histórias de personagens que colocaram o banco em movimento em mais de oito décadas, para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. A ação está sendo veiculada em rádio, TV e mídia exterior. PE► Após 33 anos em Recife, 20 em Brasília e 15 no Rio, a Arcos Comunicação inaugurou uma unidade em São Paulo. A filial paulista busca prospectar contas de médio porte, tanto públicas como privadas, além de clientes que precisem de apoios regionais para suas campanhas. PR ► A Tribuna, jornal do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), chega a Curitiba e região metropolitana com o projeto gráfico renovado, além de um novo endereço na capital. Com campanha feita pela G/PAC Comunicação Integrada, o jornal mostra que o visual está mais sóbrio e a proposta contempla mais informações nas páginas. As novidades incluem oportunidades comerciais, páginas de entretenimento e coluna de saúde. Com o mote “Vire a página, mude com a gente”, a ação poderá ser conferida na Tribuna, no Paraná Online e na 98FM. PA ► O Liberal, jornal de Belém, criou uma ação para reforçar sua relação e de seus anunciantes com a festa católica Círio de Nazaré (foto), considerada o Natal dos paraenses. Foram desenvolvidos brindes personalizados para assinantes e itens avulsos, como porta-velas, leque e o pôster da festa, que também ganha um guia completo das procissões. O Grupo ORM, que publica O Liberal, informa crescimento de 79% no faturamento nos últimos dois anos, 70% somente da sucursal de São Paulo. PE ► O Diário de Pernambuco lança campanha, criada pelo Gruponove. A ação promove uma viagem à trajetória do jornal, que tem 187 anos, unindo acontecimentos relacionados entre si, ao longo da história do Diário, até os fatos dos dias atuais. A comunicação inclui spots, anúncios, mídia exterior e dois filmes, um com o tema “Ciclistas” e o outro, “Manifestações”. A campanha fica no ar até 31 de outubro. CURTAS Cidades pequenas lideram crescimento Áreas com menos de 500 mil habitantes registram aumento 22% acima da média, contra 5% das metrópoles N ordeste e Centro-Oeste são as regiões que mais crescem em volume de ven- das. Em estudo que compara municípios grandes com pequenos e médios (abaixo de 500 mil habitantes), mostrou-se que as cidades menores cresceram 22% aci- ma da média, enquanto as maiores tive- ram apenas 5% de aumento. Com o tema “Um País chamado Nor- deste” , Fabiana Furquim, diretora de con- tas da Nielsen, explicou durante o Fórum Mercados Brasileiros, que aconteceu em São Paulo, em setembro, o potencial de consumo nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Fabiana explica que os Esta- dos nordestinos estão em ascensão, re- presentando 14% do PIB de todo o Brasil. Atualmente, 48 pequenas e médias ci- dades espalhadas pelo País lideram os ín- dices de crescimento de população, em- prego e PIB. Segundo pesquisa do Ibope Inteligência, elas representam 7% da po- pulação, 8,8% do PIB e 7,7% do empre- go formal. No entanto, estima-se que es- sa participação se amplie até 2021, che- gando a 10% da população, 14% do PIB e 10,2% do emprego formal. Dentre as cidades apontadas, 18 são do Sudeste, 11 do Nordeste, oito do Nor- te, sete do Sul e quatro do Centro-Oeste. Um núcleo da prefeitura administra os perfis no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube Dos gabinetes para as redes Prefeituras de Curitiba e Maceió se destacam na utilização das mídias sociais, um terreno a ser desbravado por órgãos e instituições oficiais Por RAISSA COPPOLA [email protected] N ão é segredo que o brasileiro adora uma rede social. Em agosto passado, 48,7 milhões acessaram sites de comuni- dade e relacionamento em casa e no tra- balho, segundo o Ibope. Com a explosão do uso do Facebook no País e o aumento no número de páginas corporativas, ou- tro movimento começou a ganhar força: a adesão de instituições e órgãos gover- namentais às redes. Nessa empreitada, as capitais do Para- ná e de Alagoas ganham destaque. A pre- feitura de Curitiba criou sua fanpage no Facebook em março e, desde que lançou a página, optou pela simplicidade e pe- lo discurso informal. “Com a linguagem menos burocrática queremos criar rela- cionamento com o público que antes não se preocupava com política” , explica Mar- cos Giovanella, gestor de mídias sociais da administração municipal. O especialis- ta coordena uma equipe de seis pessoas. Cases que comprovam a efetividade das redes sociais, como o da eleição de Barack Obama e a Primavera Árabe, foram estu- dados e adaptados conforme as necessi- dades da cidade, aponta Giovanella. Me- mes, posts engraçados e até brincadeiras com a previsão do tempo fazem parte da rotina da página, que soma mais de 27 mil fãs. “Muitas pessoas gostam. Outras, não. É como no caso de um banco. Você se relacio- na porque precisa dele e não porque gosta. Com a prefeitura acontece o mesmo” , avalia. Presença alagoana A prefeitura de Maceió também apos- tou nesse meio de comunicação e, no fi- nal do ano passado, estruturou um nú- cleo de mídias digitais para administrar os perfis do município no Facebook, Ins- tagram, Twitter e YouTube. “Queremos fa- cilitar o entendimento de um fato que sai no Diário Oficial e ‘traduzi-lo’ para pes- soas que não costumam acompanhar a agenda” , relata a gestora Poly Annenberg. “Usamos recursos gráficos e textos mais curtos e diretos para incentivar o enga- jamento” , esclarece. Formada em publi- cidade, a profissional já trabalhou na co- ordenação do conteúdo para a web em campanhas eleitorais. A presença de órgãos oficiais nas redes sociais é vista com bons olhos por especia- listas. “Vivemos em uma sociedade distan- te do discurso político. A opção pelas mí- dias e pela linguagem informal, em prin- cípio uma característica do próprio meio, gera proximidade com pessoas que talvez não participassem da conversa” , avalia Eric Messa, professor da faculdade de Comu- nicação e Marketing da Fundação Arman- do Álvares Penteado (Faap). No entanto, ele faz ressalvas sobre limites. “Não acho que uma página governamental deveria usar o tom humorístico a maior parte do tempo” , afirma. Mas como driblar polêmicas, abordar piadas sem graças, clichês ou fazer das plataformas um espaço de propaganda eleitoral 2.0 sem ultrapassar a linha tênue que separa a brincadeira do profissiona- lismo? Para Messa, esse risco faz parte da responsabilidade política. “Ao assumir a estratégia é importante entender que jun- to com ela vêm outras questões. Do con- tato direto com o cidadão surgem recla- mações de pessoas que antes eram dis- tantes” , relata. Além disso, o especialista afirma que é preciso saber ouvir e pensar na comu- nicação de forma abrangente. “É impor- tante ter abertura dentro e fora das redes sociais, com canais integrados” , explica. “Parauapebas, no Pará, teve um cresci- mento de quase 600 no seu PIB. A popu- lação dobrou em seis anos por conta de um processo migratório, até com pessoas atraídas pela Vale do Rio Doce” , declara Márcia Sola, diretora de negócios e geo- negócios do Ibope Inteligência. Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos Media CT, diz não ser suficien- te apenas enxergar as oportunidades para criar uma ação sem saber, de fa- to, quem são os consumidores e como desejam consumir. Em Recife (PE), um exemplo de lingua- gem regional é o que chamam de “aparta- mento filé” , um imóvel com sacada, dois ou três dormitórios, e em frente a um bar, para mostrar que o morador pode ter uma moradia dessas. “Para falar com a comu- nidade local, é preciso conhecer os aspec- tos dessa diversidade cultural” , ressalta o diretor. A terceira edição do Fórum Merca- dos Brasileiros foi realizada pela Federa- ção Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Bruna Molina REPRODUÇÃO FACEBOOK DIVULGAÇÃO/ OSWALDO FORTE MM 1579 acontecenoBR.indd 44 26/09/2013 15:28:50

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•  30  set  2013

44 Editora AndrEA mArtins [email protected] no brasil

RS► Para comemorar o aniversário de 85 anos, o Banrisul lança campanha com Thiago Lacerda, criada pela Escala. No comercial de um minuto, o ator faz um paralelo entre criar uma boa história e a trajetória do banco. O vídeo, feito na cidade cenográfica do filme O Tempo e o Vento, em que Lacerda interpreta o Capitão Rodrigo, traz ainda histórias de personagens que colocaram o banco em movimento em mais de oito décadas, para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. A ação está sendo veiculada em rádio, TV e mídia exterior.

PE► Após 33 anos em Recife, 20 em Brasília e 15 no Rio, a Arcos Comunicação inaugurou uma unidade em São Paulo. A filial paulista busca prospectar contas de médio porte, tanto públicas como privadas, além de clientes que precisem de apoios regionais para suas campanhas.

PR ► A Tribuna, jornal do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), chega a Curitiba e região metropolitana com o projeto gráfico renovado, além de um novo endereço na capital. Com campanha feita pela G/PAC Comunicação Integrada, o jornal mostra que o visual está mais sóbrio e a proposta contempla mais informações nas páginas. As novidades incluem oportunidades comerciais, páginas de entretenimento e coluna de saúde. Com o mote “Vire a página, mude com a gente”, a ação poderá ser conferida na Tribuna, no Paraná Online e na 98FM.

PA ► O Liberal, jornal de Belém, criou uma ação para reforçar sua relação e de seus anunciantes com a festa católica Círio de Nazaré (foto), considerada o Natal dos paraenses. Foram desenvolvidos brindes personalizados para assinantes e itens avulsos, como porta-velas, leque e o pôster da festa, que também ganha um guia completo das procissões. O Grupo ORM, que publica O Liberal, informa crescimento de 79% no faturamento nos últimos dois anos, 70% somente da sucursal de São Paulo.

PE ► O Diário de Pernambuco lança campanha, criada pelo Gruponove. A ação promove uma viagem à trajetória do jornal, que tem 187 anos, unindo acontecimentos relacionados entre si, ao longo da história do Diário, até os fatos dos dias atuais. A comunicação inclui spots, anúncios, mídia exterior e dois filmes, um com o tema “Ciclistas” e o outro, “Manifestações”. A campanha fica no ar até 31 de outubro.

CURTAS

Cidades pequenas lideram crescimento Áreas com menos de 500 mil habitantes registram aumento 22% acima da média, contra 5% das metrópoles

Nordeste e Centro-Oeste são as regiões que mais crescem em volume de ven-

das. Em estudo que compara municípios grandes com pequenos e médios (abaixo de 500 mil habitantes), mostrou-se que as cidades menores cresceram 22% aci-ma da média, enquanto as maiores tive-ram apenas 5% de aumento.

Com o tema “Um País chamado Nor-deste”, Fabiana Furquim, diretora de con-tas da Nielsen, explicou durante o Fórum Mercados Brasileiros, que aconteceu em São Paulo, em setembro, o potencial de consumo nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Fabiana explica que os Esta-

dos nordestinos estão em ascensão, re-presentando 14% do PIB de todo o Brasil.

Atualmente, 48 pequenas e médias ci-dades espalhadas pelo País lideram os ín-dices de crescimento de população, em-prego e PIB. Segundo pesquisa do Ibope Inteligência, elas representam 7% da po-pulação, 8,8% do PIB e 7,7% do empre-go formal. No entanto, estima-se que es-sa participação se amplie até 2021, che-gando a 10% da população, 14% do PIB e 10,2% do emprego formal.

Dentre as cidades apontadas, 18 são do Sudeste, 11 do Nordeste, oito do Nor-te, sete do Sul e quatro do Centro-Oeste.

Um núcleo da prefeitura administra os perfis no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube

Dos gabinetes para as redesPrefeituras de Curitiba e Maceió se destacam na utilização das mídias sociais, um terreno a ser desbravado por órgãos e instituições oficiais

Por Raissa coPPola [email protected]

Não é segredo que o brasileiro adora uma rede social. Em agosto passado,

48,7 milhões acessaram sites de comuni-dade e relacionamento em casa e no tra-balho, segundo o Ibope. Com a explosão do uso do Facebook no País e o aumento no número de páginas corporativas, ou-tro movimento começou a ganhar força: a adesão de instituições e órgãos gover-namentais às redes.

Nessa empreitada, as capitais do Para-ná e de Alagoas ganham destaque. A pre-feitura de Curitiba criou sua fanpage no Facebook em março e, desde que lançou a página, optou pela simplicidade e pe-lo discurso informal. “Com a linguagem menos burocrática queremos criar rela-cionamento com o público que antes não se preocupava com política”, explica Mar-cos Giovanella, gestor de mídias sociais da administração municipal. O especialis-ta coordena uma equipe de seis pessoas.

Cases que comprovam a efetividade das redes sociais, como o da eleição de Barack Obama e a Primavera Árabe, foram estu-dados e adaptados conforme as necessi-dades da cidade, aponta Giovanella. Me-mes, posts engraçados e até brincadeiras com a previsão do tempo fazem parte da rotina da página, que soma mais de 27 mil fãs. “Muitas pessoas gostam. Outras, não. É como no caso de um banco. Você se relacio-na porque precisa dele e não porque gosta. Com a prefeitura acontece o mesmo”, avalia.

Presença alagoana A prefeitura de Maceió também apos-

tou nesse meio de comunicação e, no fi-nal do ano passado, estruturou um nú-cleo de mídias digitais para administrar

os perfis do município no Facebook, Ins-tagram, Twitter e YouTube. “Queremos fa-cilitar o entendimento de um fato que sai no Diário Oficial e ‘traduzi-lo’ para pes-soas que não costumam acompanhar a agenda”, relata a gestora Poly Annenberg. “Usamos recursos gráficos e textos mais curtos e diretos para incentivar o enga-jamento”, esclarece. Formada em publi-cidade, a profissional já trabalhou na co-ordenação do conteúdo para a web em campanhas eleitorais.

A presença de órgãos oficiais nas redes sociais é vista com bons olhos por especia-listas. “Vivemos em uma sociedade distan-te do discurso político. A opção pelas mí-dias e pela linguagem informal, em prin-cípio uma característica do próprio meio, gera proximidade com pessoas que talvez não participassem da conversa”, avalia Eric Messa, professor da faculdade de Comu-nicação e Marketing da Fundação Arman-

do Álvares Penteado (Faap). No entanto, ele faz ressalvas sobre limites. “Não acho que uma página governamental deveria usar o tom humorístico a maior parte do tempo”, afirma.

Mas como driblar polêmicas, abordar piadas sem graças, clichês ou fazer das plataformas um espaço de propaganda eleitoral 2.0 sem ultrapassar a linha tênue que separa a brincadeira do profissiona-lismo? Para Messa, esse risco faz parte da responsabilidade política. “Ao assumir a estratégia é importante entender que jun-to com ela vêm outras questões. Do con-tato direto com o cidadão surgem recla-mações de pessoas que antes eram dis-tantes”, relata.

Além disso, o especialista afirma que é preciso saber ouvir e pensar na comu-nicação de forma abrangente. “É impor-tante ter abertura dentro e fora das redes sociais, com canais integrados”, explica.

“Parauapebas, no Pará, teve um cresci-mento de quase 600 no seu PIB. A popu-lação dobrou em seis anos por conta de um processo migratório, até com pessoas atraídas pela Vale do Rio Doce”, declara Márcia Sola, diretora de negócios e geo-negócios do Ibope Inteligência.

Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos Media CT, diz não ser suficien-te apenas enxergar as oportunidades para criar uma ação sem saber, de fa-to, quem são os consumidores e como desejam consumir.

Em Recife (PE), um exemplo de lingua-gem regional é o que chamam de “aparta-mento filé”, um imóvel com sacada, dois ou três dormitórios, e em frente a um bar, para mostrar que o morador pode ter uma moradia dessas. “Para falar com a comu-nidade local, é preciso conhecer os aspec-tos dessa diversidade cultural”, ressalta o diretor. A terceira edição do Fórum Merca-dos Brasileiros foi realizada pela Federa-ção Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

Bruna Molina

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