Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo · 2018-06-06 · MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO...

147
_________________________________________________________________________________________ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016 EMEB GRACILIANO RAMOS MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS SEÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017 EMEB “GRACILIANO RAMOS”

Transcript of Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo · 2018-06-06 · MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO...

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016

EMEB GRACILIANO RAMOS

MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS SEÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “GRACILIANO RAMOS”

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016

EMEB GRACILIANO RAMOS

SUMÁRIO

I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .......................................................... 5

1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ...................................... 6

2. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS ................................................ 9

3. HISTÓRICO DA ESCOLA ................................................................................. 9

3.1. O ATENDIMENTO DAS CRIANÇAS DO INFANTIL II – UMA ROTINA

DIFERENCIADA ............................................................................................ 10

II. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS DA UNIDADE ......................................................... 12

1. INTRODUÇÃO AOS PRÍNCÍPIOS EDUCATIVOS .......................................... 12

1.1. PRINCÍPIO ESTÉTICO COMO EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL E

COLETIVA ..................................................................................................... 13

1.2. PRINCÍPIO DIVERSIDADE E SINGULARIDADE .................................. 15

1.3. PRINCÍPIO SUSTENTABILIDADE, DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO 18

1.4. PRINCÍPIO INDISSOCIABILIDADE ENTRE EDUCAR E CUIDAR ....... 19

1.5. PRINCÍPIO LUDICIDADE E BRINCADEIRA ......................................... 20

III. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ........................................................................... 22

1. ESCOLA – TERRITÓRIO DA INFÂNCIA ........................................................ 25

2. INFÂNCIAS – CRIANÇA-ALUNO ................................................................... 26

3. COMUNIDADE – COMO ENTENDEMOS O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS

28

4. EQUIPE ESCOLAR – EDUCADORES E SEUS PAPÉIS DIFERENCIADOS . 30

5. EQUIPE GESTORA – A GESTÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ..................... 33

6. O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................... 35

IV. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE

ESCOLAR EM 2016 ................................................................................................ 37

1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................................... 37

2. AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE .................................................................... 47

V. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE

ATUAÇÃO DA ESCOLA ......................................................................................... 48

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016

EMEB GRACILIANO RAMOS

1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE........................................................ 48

1.1. RECURSOS DA COMUNIDADE ............................................................ 52

2. COMUNIDADE ESCOLAR .............................................................................. 53

2.1. PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE ......................................... 53

2.1.1. ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS COM A COMUNIDADE .......... 57

2.2. AVALIAÇÃO .......................................................................................... 58

3. EQUIPE ESCOLAR ......................................................................................... 59

3.1. PLANO DE AÇÃO PARA A EQUIPE ESCOLAR .................................. 59

4. PROFESSORES .............................................................................................. 62

4.1 CARACTERIZAÇÃO ............................................................................... 62

4.2 PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS PROFESSORES ........................... 64

4.3. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE FORMAÇÃO ...................................... 66

4.4. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE TRABALHO

PEDAGÓGICO COLETIVO (HTPC) .............................................................. 67

4.5. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE TRABALHO

PEDAGÓGICO (HTP) .................................................................................... 67

5. AUXILIARES EM EDUCAÇÃO ........................................................................ 68

5.1. CARACTERIZAÇÃO .............................................................................. 68

5.2. PLANO DE FORMAÇÃO ....................................................................... 69

5.3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO ........................................... 69

6. EQUIPE DE APOIO, EQUIPE DA COZINHA E OFICIAL DE ESCOLA .......... 69

6.1 CARACTERIZAÇÃO ............................................................................. 69

6.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE APOIO......................................... 70

6.3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ................................................... 72

7. ÓRGÃO COLEGIADO – CONSELHO DE ESCOLA / ÓRGÃO JURÍDICO – APM

............................................................................................................................. 72

7.1. PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA ................................ 74

7.2. PLANO DE AÇÃO DA APM ................................................................... 74

7.3. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA E

DA APM ......................................................................................................... 75

7.4. QUADRO DO CONSELHO DE ESCOLA .............................................. 76

7.5. QUADRO DE MEMBROS DA APM ....................................................... 76

VI. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO .... 78

1. OBJETIVOS ..................................................................................................... 78

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016

EMEB GRACILIANO RAMOS

1.1. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ................................................... 78

1.2. OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DEFINIDOS NA PROPOSTA

CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ............ 80

1.3. LEVANTAMENTO DE OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS ........... 81

2. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS POR ÁREA DE

CONHECIMENTO ................................................................................................ 83

3. ROTINA ......................................................................................................... 108

3.1. ROTINA DE TEMPO E ESPAÇOS DE USO COLETIVO.....................129

3.2. ROTINA EXTRACLASSE E ESTUDO DO MEIO..................................131

4. ROTINA DA EQUIPE GESTORA .................................................................. 132

5. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS ............................. 134

5.1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL .................................................................................................... 134

6. INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................... 135

6.1. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS .. 135

7. AÇÕES SUPLEMENTARES ......................................................................... 137

7.1. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO .......................... 137

VII. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO ................................................... 139

VIII. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 140

IX. ANEXOS ........................................................................................................... 141

1. NOSSO PATRONO ....................................................................................... 141

2. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA .................................. 142

3. MATERIAIS PEDAGÓGICOS E EQUIPAMENTOS ...................................... 144

4. QUADRO GERAL DA UNIDADE ESCOLAR 2017 - EDUCAÇÃO INFANTIL 145

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

5

I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

EMEB Graciliano Ramos

Rua João D’Ângelo, 71 – Riacho Grande

São Bernardo do Campo – SP – CEP 09830-350

Telefones: 4101- 8217 / 4101-6090

E-mail: [email protected]

Blog: blogdogracilianoramos.blogspot.com

Código CIE: 050805

Equipe Gestora

Professora respondendo pela direção: Juliana Bizan Ferrari

Professora respondendo pela vice direção: Erika Palma

Coordenadora Pedagógica: Gisele Elaine Lopes de Freitas

Psicóloga: Equipe de psicólogos referência da Região 4

Terapeuta Ocupacional: a definir

Etapa de ensino

Educação Infantil (Infantil II a Infantil V)

Horário de funcionamento da escola: 7h às 18h

Secretaria: 7h às 18h

Período Parcial das turmas do Infantil III a Infantil V

Manhã: das 8h às 12h

Tarde: das 13h às 17h

Obs.: são observados 10 minutos de tolerância para os atrasos na entrada e na

saída das crianças. Após este tempo os atrasos são registrados em livro próprio, a fim

de que ações possam ser pensadas entre a escola e a família para que não haja prejuízo

das crianças.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

6

Período Integral

A partir de 2016 deixamos de atender as turmas do Semi Integral devido ao

cumprimento da Lei 12.796/2013, que determina a obrigatoriedade do atendimento para

crianças a partir dos 4 anos de idade. Essa condição refletiu no aumento do número de

alunos da faixa etária entre 4 e 5 anos, ocasionando na ampliação de turmas de infantil

IV e V.

Infantil II

Nossas turmas do infantil II possuem os seguintes horários:

Entrada: a partir das 7h30 até as 8h

Saída: a partir das 17h até as 17h30

1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

Nome Matrícula Cargo/ Função

Horário de trabalho

Período de férias

Antonieta Leite do Nascimento Costa 62.434-4

Prof. Ed. Básica Infantil 13h as 18h Janeiro

Armando Akiyoshi Matsuzaki 28.321-7 Aux. Educação 7h30 as 17h Janeiro

Benedita Aparecida dos Santos Cabral 19.294-5

Aux. Limpeza 7h30 as 16h30

Março e Setembro

Cacilda Barboza Rodrigues 61.493-5 Aux. Limpeza 9h as 18h Dezembro

Camila Serra de Sousa Marcelino

41.266-2 Prof. Ed. Básica Infantil

7h as 12h Janeiro

Cristiane Moro 35.549-0 Prof. Ed. Básica Infantil

13h as 18h Janeiro

Debora Renata Nunes Lourenção

32.858-8 Prof. Ed. Básica Infantil

7h as 12h Janeiro

Divaldina Fernandes Gomes 60.041-7 Aux. Limpeza 9h as 18h Fevereiro

Ederli Soares Ferreira 35.158-5 Prof. Ed. Básica

Infantil 7h as 12h Janeiro

Edna de Alencar – Cozinheira 7h as 16h48 Janeiro

Elaine Cristina Pimenta 34.197-2 Prof. Ed. Básica Infantil

Vide quadro abaixo

Janeiro

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

7

Erika Palma 30.825-7 Vice diretora Vide quadro abaixo

Janeiro

Evilene Moreira Marques Silva

79.139-9 Estagiária 7h30 as 11h30

Janeiro

Fabiana Leocadia dos Santos

42.272-0 Prof. Ed. Básica Infantil

Vide quadro abaixo

Janeiro

Fernanda Feliciano de Andrade 32.533-6

Prof. Ed. Básica Infantil 7h as 12h

Janeiro

Francisca Maria Oliveira Felix 33.633-5 Prof. Ed. Básica

Infantil 7h as 12h Janeiro

Gisele Elaine Lopes de Freitas 26.337-6

Coord. Pedagógica

Vide quadro abaixo

Janeiro

Glaucia Moreira Lengruber 42.179-0 Prof. Ed. Básica Infantil

7h as 12h Janeiro

Idelma Pereira Martins 19.826-8 Aux. Limpeza 9h as 18h Julho

Jaqueline dos Santos Dantas 79.418-5 Estagiária 13h as 18h Janeiro

Juliana Bizan Ferrari 35.547-4 Diretora escolar Vide quadro

abaixo Janeiro

Juliana de Alencar Nunes – Cozinheira 7h as 16h48 Janeiro

Maria Eliana Poleto Goulart 40.085-3 Prof. Ed. Básica

Infantil 13h as 18h Janeiro

Maria Iraneide da Silva 35.555-5 Prof. Ed. Básica

Infantil 13h as 18h Janeiro

Maria Iraneide Oliveira Lima 35.565-2 Prof. Ed. Básica Infantil

Vide quadro abaixo

Janeiro

Mariana Nogueira Rabelo Andrade

42.224-1 Prof. Ed. Básica Infantil

Vide quadro abaixo

Janeiro

Michele Rossi Foramilio 38.199-0 Prof. Ed. Básica Infantil

7h as 12h Janeiro

Neli Marques da Silva 34.580-3 Aux. Educação 7h30 as 17h Janeiro

Patrícia Fusari Stella 39.584-0 Prof. Ed. Básica

Infantil 13h as 18h Janeiro

Patrícia Rocha dos Santos Caramatti 37.554-3

Prof. Ed. Básica Infantil 13h as 18h

Janeiro

Pollyana Campos Araújo 60.600-7 Aux. Limpeza 6h30 as 15h30 Junho

Priscilla França dos Santos 41.894-3 Prof. Ed. Básica Infantil

7h as 12h Janeiro

Raimunda Lucia de Oliveira – Cozinheira 7h as 16h48 Janeiro

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

8

Rosana Aparecida Segatelli Costa

79.102-2 Estagiária 7h as 12h Janeiro

Rosiane Aparecida de Camargo

41.270-1 Prof. Ed. Básica Infantil

13h as 18h Janeiro

Silvana Ogalla Cali 34.406-9 Aux. Educação 7h30 as 17h Janeiro

Silvia Helena Morais Dias 19.661-4 Aux. Limpeza 6h30 as 15h30 Maio

Terezinha de Sousa Martins 60.146-3 Aux. Limpeza 6h30 as 15h30 Novembro

Vanilde Osmira Rodrigues 37.357-5 Aux. Educação 8h as 17h Janeiro

Viviane Aparecida Siqueira Silva

38.401-1 Prof. Ed. Básica Infantil

Vide quadro abaixo

Janeiro

Wilton Fujinaga Takeda 32.938-0 Oficial de escola Vide quadro abaixo

Abril

Horário de funcionários de 40h

Funcionário 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

Elaine 7h as 18h 7h as 14h30 7h as 14h 7h as 14h 7h as 12h10

Erika 9h as 18h 9h as 18h 12h40 as

21h40 9h as 18h 7h as 16h

Fabiana 11h as 18h 7h as 18h 11h20 as 18h 11h as 18h 12h as 18h

Gisele 8h as 17h 7h as 16h 9h40 as

21h40 9h as 18h 7h as 12h

Juliana B. 7h as 17h 7h as 12h 8h40 as 21h40

7h as 15h 9h as 18h

Maria Iraneide (M)

7h as 18h 7h as 14h30 7h as 14h 7h as 14h 7h as 12h10

Mariana 11h as 18h 7h as 18h 11h20 as 18h 11h as 18h 12h as 18h

Viviane 11h as 18h 11h as 18h 11h20 as 18h 7h as 18h 12h as 18h

Wilton 8h30 as 17h30

8h30 as 17h30

7h30 as 16h30

8h30 as 17h30

8h 30 as 17h30

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

9

2. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

Período Agrupamento/Ano Turma Professoras Auxiliar

Total de alunos

por turma

Total de alunos

por período

Integral

Infantil II A Elaine/ Fabiana

Armando 22 45

Infantil II B Maria Iraneide O./ Mariana

Neli 23

MANHÃ

Infantil III A Débora / Glaucia – 28

161

Infantil III B Ederli – 28

Infantil IV A Michele - 26

Infantil IV B Camila Vanilde 26

Infantil V A Francisca Evilene (estagiaria)

27

Infantil V B Fernanda Rosana (estagiaria)

27

TARDE

Infantil III C Patrícia R. – 28

163

Infantil III D M. Iraneide S. - 28

Infantil IV C Maria Eliana – 26

Infantil IV D Rosiane Vanilde 25

Infantil V C Cristiane Jaqueline 28

Infantil V D Priscila F. – 32

3. HISTÓRICO DA ESCOLA

A EMEB “GRACILIANO RAMOS” iniciou suas atividades em 12 de junho de 1968,

nomeada na época Parque Infantil Riacho Grande. Sua diretora era a Sra. Marilda

Ferreira Machado que recebeu as chaves da escola das mãos do Vereador Omar

Bassani e do então subprefeito do Riacho Grande Álvaro Landi.

Antes da construção do prédio da escola, havia no local um sobrado pertencente

à missionária americana dona Margareth, que ligada ao Seminário Presbiteriano, que

ainda existe próximo à escola. Com a ajuda da senhora Isabel Mizuoti, moradora do

bairro, cuidava de algumas crianças carentes que estudavam na EEPG Antonio Caputo

e vinham para este local após as aulas para se alimentarem e aprenderem a lidar com a

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

10

terra. Isso ocorreu por volta de 1965 e, com o retorno da missionária para os Estados

Unidos, a ideia foi suspensa e o terreno loteado.

Inaugurada, a escola passou a funcionar com quatro turmas pela manhã e quatro

turmas à tarde com aproximadamente quarenta alunos por turma, além de atender a 95

crianças que estudavam na EE Antonio Caputo, que vinham para cá no período contrário

às aulas, chamados de semi-internos. A proposta para estes consistia em acompanhar

as lições de casa, alimentar-se, em alguns casos, banharem-se, tudo com o

acompanhamento de professoras, chamadas de “tias”.

Em 01 de junho de 1974 a escola passou a se chamar Núcleo de Educação Infantil

Riacho Grande. Seu prédio passou por ampliações para atender a demanda de crianças,

inicialmente dos Bairros próximos à escola, que iniciavam seu processo de crescimento.

Em 23/01/1979 passou a se chamar Escola Municipal de Educação Infantil Riacho

Grande e no mesmo ano em 23 de agosto foi denominada pelo então Prefeito Tito Costa,

Escola Municipal de Educação Infantil “Graciliano Ramos”. A partir de 1998, dentro das

novas normatizações da educação passou a denominar-se Escola Municipal de

Educação Básica “Graciliano Ramos”.

3.1. O ATENDIMENTO DAS CRIANÇAS DO INFANTIL II – UMA ROTINA

DIFERENCIADA

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

11

Uma história com novos capítulos... Era uma vez, em 2010 o início desta história...

“[...] nossa preocupação era atender com qualidade crianças

de uma faixa etária inferior a que atendemos em nossa unidade há 42 anos (4 a 6 anos), respeitando suas especificidades, necessidades, diante de um espaço que em nada se assemelhava a estrutura da creche.” (PPP 2011).

Foi em 2010 que esta unidade escolar passou a atender “crianças da creche”. Ou

seja, crianças que foram matriculadas em carácter inicialmente provisório,

encaminhadas pela Secretaria de Educação, em resposta a demanda existente na

região.

Com o passar dos anos e dada a necessidade de manutenção desse atendimento

nesta unidade escolar, fomos nos constituindo como uma escola de educação básica

para crianças desde a pequena infância.

Implantar o atendimento de crianças pequenas (entre 2 e 3 anos) nesta unidade

refletiu, desde o seu início, em questões e desafios para pensarmos enquanto equipe

escolar sobre a adequação estrutural e o trabalho pedagógico correspondente às

especificidades da faixa etária, sobretudo pela característica do atendimento das

mesmas em período integral. Portanto, atender essas crianças na perspectiva do acesso

e da permanência no contexto escolar é considerá-las em suas necessidades de

desenvolvimento e suas potencialidades para a aprendizagem. É considerar, igualmente,

a relação entre o “educar” e o “cuidar” como princípios para uma educação de qualidade

e condição para a formação integral das crianças.

De acordo com Barbosa:

“[...] cuidar e educar significa afirmar na educação infantil a

dimensão de defesa dos direitos das crianças, não somente aqueles vinculados a proteção da vida, a participação social, cultural e política, mas também aos direitos universais de aprender a sonhar, a duvidar, a pensar, a fingir, a não saber.” (2009, p. 69).

Desde então, fez-se necessário investir na infraestrutura dos espaços (salas de

aula), que vem ganhando adequações estruturais básicas para este atendimento, bem

como elementos pedagógicos para a configuração de ambientes educativos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

12

correspondentes a faixa etária. Cabe destacar que as adequações estruturais realizadas

até o momento são primárias e provisórias e com a chegada de mais uma turma de

creche no presente ano (2015), reconhecemos que a arquitetura atual do prédio

demanda adequações mais amplas para garantir a qualidade do atendimento desta faixa

etária.

Desde 2010 a rotina diária foi organizada com horários que contemplam as

necessidades básicas desta faixa etária, como o momento do repouso, as várias

refeições do dia, além da oferta de propostas que promovam o desenvolvimento afetivo,

social e cognitivo das crianças.

Desde o início do atendimento da turma de creche, temos investido

formativamente para a qualificação do trabalho pedagógico dos professores e auxiliares.

Desde 2015 temos a oportunidade de discutirmos a prática docente para tal faixa

etária ao dar continuidade ao trabalho de formação continuada, que agora se efetivará

também nos Horários de Trabalho Pedagógico (HTP), dada a implementação da jornada

de trabalho formativa para os professores da 40h que atuam nas creches.

II. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS DA UNIDADE

1. INTRODUÇÃO AOS PRINCÍPIOS EDUCATIVOS

Para abordar e tornar visíveis os princípios educativos que permeiam as ações do

nosso cotidiano escolar é importante que toda a comunidade escolar esteja envolvida

com o Projeto Político Pedagógico, e isso acontece também dentro dos planos de

formação.

Durante os espaços de formação desenvolvidos nos anos de 2011/2012, o grupo

de educadores estudou o Documento Práticas Cotidianas da Educação Infantil (2009),

da autora Maria Carmem Silveira Barbosa, o qual norteia as Diretrizes Curriculares da

Educação Infantil (2009). O foco de estudo foram os Princípios Educativos, que para a

autora ficam assim definidos:

Estética como experiência individual e coletiva.

Diversidade e singularidade;

Sustentabilidade, democracia e participação;

Indissociabilidade entre educar e cuidar;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

13

Ludicidade e brincadeira;

A abordagem destes princípios se configurou como sendo uma das etapas do

Plano de Formação “Qualidade na Educação Infantil” iniciado no ano de 2011. Durante

os estudos, os educadores tiveram contato com o texto original e puderam organizar, a

partir das discussões e reflexões ocorridas nos encontros formativos, a escrita que

passou a compor nosso PPP. Revisitá-los e identifica-los nas ações que ocorrem no

cotidiano escolar é tarefa constante de todos se desejarmos efetivá-los enquanto

norteadores de todas as ações pedagógicas, pois concordamos com a autora quando

afirma:

“Quando reivindicamos para a educação infantil a função de ser um lugar de educação e cuidado para as crianças, famílias e profissionais pensamos em alguns princípios orientadores que precisam ser transformados em práticas cotidianas, independente do campo de ação. Esses princípios tornam-se balizadores dos planejamentos e das ações a serem vividas no ambiente escolar.” (Barbosa, 2009, p.58)

1.1. PRINCÍPIO – ESTÉTICO COMO EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL E

COLETIVA

Segundo Barbosa (2009), o princípio educativo da estética está relacionado a uma

experiência individual e coletiva, “sendo a estética o encontro entre a imaginação e a

razão e o acordo entre elas pode ser concebido como fundamento da integração entre

corpo e mente, entre sensível e inteligível” (p. 74). As experiências que a escola

proporciona para as crianças da ordem corporal, sensorial, tátil, das relações

compartilhadas, de visão de mundo, relações e vínculos afetivos, são ensinadas e

partem sempre da relação que temos com o outro, uma vez que se compõem de um

aprendizado. Assim, Barbosa (2009, p. 76) afirma que:

“[...] a maneira como os adultos se relacionam com as

crianças, outros adultos e o ambiente, como organizam e realizam as ações cotidianas, também proporcionam às crianças, ao longo de sua permanência nos estabelecimentos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

14

de educação infantil, experiências estéticas que se refletem nos modos de estabelecer suas relações culturais.”

Ao adotarmos a estética como princípio na educação infantil, norteando as ações

educacionais, possibilitamos a todos os envolvidos no cotidiano escolar vivências mais

prazerosas e sensíveis, tornando-nos cada vez mais humanos. Dessa forma, buscamos

o refinamento do olhar, trabalhando com outros observáveis que são visíveis aos olhos,

mas muitas vezes invisíveis aos sentidos.

Em se tratando de estética na educação infantil, o termo “estesia” nos chama a

atenção por significar a “experiência da beleza, da sensibilidade e da alegria”, o

sentimento do belo. A estesia internalizada pode potencializar nossos sentidos, e por

meio deles podemos ser capazes de uma percepção mais intima, intensa e detalhada,

da realidade, nos aproximando do figurativo, do que aparece nas entrelinhas, ver por traz

do texto, da foto... Entendemos que a estética está na relação entre os saberes que

emergem das situações corporais e sensoriais, ou seja, dos sons, das cores, dos

sabores, das texturas, dos odores, dos toques e dos olhares.

Diante do exposto, é fundamental ressaltar que, o princípio estético requer

experienciação com as coisas do mundo, visando prazer intelectual, enfatizando que:

“Compreender o ato de educar crianças pequenas como ação

simultaneamente ética e estética significa afirma-lo como promoção criativa dos seres humanos. Criatividade expressa na intenção de prosseguir cotidianamente uma vida mais bonita, mais inventiva, mais apaixonada, alegre, poética, inteligente, fundada em valores coletivos mais sensíveis, menos excludentes e sectários, menos indiferentes e violentos.” (Barbosa, 2009, p. 76).

Nessa perspectiva, entendemos que se faz necessário um trabalhar com práticas

do cotidiano escolar, cujo objetivo centraliza-se no reconhecimento “da beleza dos

detalhes e dos processos lúdicos do pensar”. Ressaltamos educacionalmente quanto a

esse principio o olhar da criança como reflexo transformador, pois parte dele “a

possibilidade de bem viver intelectualmente e socialmente”.

Assim, consideramos fatores importantes compreender e valorizar humana,

cultural, sentimental e reflexivamente a natureza, o ambiente e o universo, para a nossa

relação com o mundo e com a humanidade.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

15

Concordamos com Barbosa (2009, p. 78), quando assim o define:

“Trata-se, portanto de favorecer experiências estéticas que promovam a complexificação do sentir e do pensar, da imaginação e da percepção, de todos os envolvidos com um projeto de educação infantil comprometido com a valorização das produções culturais que significam a existência em sociedade.”

Acreditamos no princípio estético com foco na sensibilização no trato com o outro,

na investigação de conteúdos ou atividades que expressem esse posicionamento

estético e ético, estando presente no desenvolvimento do currículo e na gestão escolar,

visto que esses fatores não se dissociam das dimensões éticas.

Enfim, defendemos que o principio da estética potencializa as possibilidades das

relações entre o espaço como ambiente transformador e, do tempo, como um tempo

para o conhecimento de todos, de modo que esses dois fatores devam ser planejados

para acolher e expressar a diversidade dos alunos. O posicionamento estético e ao

mesmo tempo ético oportuniza trocas de significados, estimulado pelas palavras,

imagens, sons, gestos e expressões de pessoas que buscam incansavelmente superar

a fragmentação das aprendizagens e o isolamento que essa fragmentação escolar

provoca, deixando de lado uma concepção adultocêntrica dos planejamentos, pensando

a escola como um tempo de aprendizagem.

1.2. PRINCÍPIO – DIVERSIDADE E SINGULARIDADE

Ao considerarmos o princípio “diversidade e singularidade” como base para

pensarmos a escola atual, nos subsidiamos através das reflexões da autora Maria

Carmem Barbosa, em seu livro “Práticas Cotidianas Na Ed. Infantil” (2009).

A partir desta referência, entendemos a diversidade como um conceito que

permeia o mundo que habitamos, devendo ser entendido segundo a autora “como um

fator de diferenças e variedades em relação às características físicas, psíquicas, sociais,

culturais e biológicas dos seres humanos”, trazendo em si uma imensa riqueza para os

mesmos, para a cultura e para a natureza.

Associado ao conceito “DIVERSIDADE” temos o conceito da “SINGULARIDADE”,

ou seja, o entendimento de que cada ser humano tem sua forma de ser, estar e pensar

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

16

o mundo que se constitui mediante as manifestações sociais e culturais do contexto em

que está inserido.

No âmbito educacional cabe considerar que por muito tempo as instituições

escolares, principalmente as escolas de Ed. Infantil, ao buscar uma escola única e mais

igualitária frente às desigualdades sociais, atuavam, equivocadamente, por meio de

ações que apenas reforçavam tais desigualdades. As escolas acabavam por cumprir

sem questionamento o papel de “homogeneizar” os comportamentos das crianças a fim

de prepará-las para o ensino em etapas posteriores, ocasionando na exclusão de

crianças entendidas como “diferentes” ou consideradas “minoritárias”, resultando no

fracasso escolar.

Após a constituição federal de 1988, o Estatuto da Criança e Adolescente e Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB de 1996, Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil de 2009 entre outros documentos de nível nacional,

a educação passou a ser compreendida na perspectiva do direito a todos, refletindo na

necessidade de se pensar as políticas públicas educacionais a partir de dimensões mais

abrangentes e inclusivas. Ou seja, fez-se necessário compreender a instituição escolar

como espaço acessível e de permanência a todas as crianças, sendo reconhecidas e

consideradas em sua diversidade, respeitadas e valorizadas em sua forma singular de

ser, estar e entender o mundo em que vivem.

Neste sentido, um dos grandes desafios presentes no panorama educacional

atual e que tem motivado estudos e discussões sobre as propostas pedagógicas, em

especial na educação infantil, tem sido compreender a criança como um sujeito capaz

de aprender, considerando seus tempos e ritmos e suas necessidades individuais,

independente de sua condição social, cultural, física, psíquica e biológica. Esta

compreensão vai além de assumir uma postura da aceitação de seus tempos e ritmos,

mas, sobretudo efetivar uma proposta de trabalho que considere os diferentes modos de

pensar e agir sobre o mundo, um trabalho pautado em práticas baseadas na atenção e

no respeito às particularidades das crianças. Ou seja, um trabalho que se fundamente

no respeito à diversidade e na singularidade dos sujeitos.

Nesta lógica, a escola deve ser entendida como um espaço para a universalização

de acesso e do direito à educação, do desenvolvimento e da aprendizagem e, ao mesmo

tempo, um espaço de relações entre sujeitos diversos, respeitados e valorizados em sua

diversidade. A escola torna-se então, um espaço de formação dos sujeitos para viverem

em conjunto, aprenderem em parceria, fundamentados no princípio da solidariedade e

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

17

respeito ao outro, sem estabelecer um processo de formação que se justifique pela

padronização de comportamentos e aprendizagens.

“[...] requer oferecer as melhores condições e recursos

construídos histórica e culturalmente para que as crianças usufruam de seus direitos civis, humanos e sociais e possam se manifestar e ver essas manifestações acolhidas, na condição de sujeitos de direitos e de desejos. Significa, finalmente, considerar as creches e pré-escolas na produção de novas formas de sociabilidade e de subjetividades comprometidas com a democracia e a cidadania, com a dignidade da pessoa humana, com o reconhecimento da necessidade de defesa do meio ambiente e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa que ainda marcam a sociedade.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Ed. Infantil).

A partir destas considerações estamos diante de novos desafios relacionados ao

fazer pedagógico. Uma prática pedagógica que reconheça e valorize o processo de

individualização dos educandos, reflete na necessidade de instrumentalizar o docente,

bem como todos os adultos da escola envolvidos no processo educativo das crianças,

sobre novas formas de pensar o trabalho pedagógico das instituições. Como já

destacado acima, a educação assumida na perspectiva do respeito à diversidade e a

singularidade, parte de práticas educativas que integram a atenção e o respeito às

particularidades das crianças em seus modos de produzir significados. Reconhecer esta

condição de trabalho, como nos afirma BARBOSA, implica em “escolher metodologias

que favoreçam – e ofereçam – experiências de aprendizagem através da co-construção

lúdica enquanto imaginação e razão.” Acrescenta ainda que, “tais metodologias exige

negar a busca de um padrão único de respostas e passar a considerar a complexidade

dos processos e a diversidade dos produtos”.

A partir dessas considerações, a formação continuada deve ser reconhecida como

condição para a ampliação das reflexões sobre as ações e metodologias que promovam

a formação das crianças com base em tais princípios, ou seja, onde as crianças possam

ser compreendidas como sujeitos protagonistas do próprio processo de desenvolvimento

e aprendizagem, assim como serem desafiadas a estabelecerem novas relações,

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

18

fazerem interpretações sobre as coisas e os contextos vividos, possibilitando que

expressem seus sentimentos, sensações, saberes e conhecimentos.

1.3. PRINCÍPIO – SUSTENTABILIDADE, DEMOCRACIA E

PARTICIPAÇÃO

Na qualidade de definir e investir na concepção sustentável, democrática e

participativa de gestão, envolvemos todos os segmentos presentes no processo

educacional: crianças, pais, professores, gestores e demais funcionários. Afinal, a

educação das crianças pequenas é uma responsabilidade a ser compartilhada.

Primeiramente trataremos da gestão relacionada ao princípio democrático, pois

entendemos que surge como condição, segundo Barbosa (2009, p. 65):

“Na gestão, o princípio democrático surge como condição

para o encontro das combinações e dos conflitos entre equipe diretiva e demais membros das escolas. Trata-se de garantir para o estabelecimento educacional de crianças pequenas um lugar de formação de projetos e de experiências de vida integradas a partir da promoção de condições de existência e de iniciativa para cada um dos participantes que são, ao mesmo tempo, diferentes de todos, mas, como sujeitos, iguais a todos.”

Assim, é fundamental observar as práticas pedagógicas, observar que cabe a

gestão organizar e gerir as escolas, dar ênfase à democracia e à participação. É

importante ressaltar que as crianças devem ser protagonistas em suas interações no

coletivo, portanto, também com direito a participarem de algumas definições políticas e

pedagógicas da vida escolar.

Segundo a convenção Internacional sobre os Direitos da Criança da (ONU, 1989)

a criança passa a ter o direito à participação em diversas situações sociais, ou seja, elas

podem “falar” em seu próprio interesse, participar de decisões, desenvolver suas

opiniões, participar das escolhas no ambiente escolar, como protagonista da sua

aprendizagem, e do seu processo de desenvolvimento. Segundo Barbosa (2009, p. 67):

“A participação das crianças na escola não se reduz à

atenção, aos desejos individuais e interesses momentâneos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

19

de um grupo, muito menos à espera dos adultos pela ‘clareza’

das ‘palavras’ que comunica interesses ou opiniões naquilo

que as afeta no coletivo”.

Assim, afirmamos os direitos das crianças e os reconhecemos absolutos, porém,

estes não devem ser impostos nem tão pouco estáticos.

É imprescindível numa sociedade contemporânea, a mobilização de toda a

sociedade civil organizada para a construção de novos direitos e a reflexão e

manutenção dos já existentes, condicionando-os às experiências, dos processos de

aprendizagens e desenvolvimento da criança, e estes estão condicionados aos direitos

e deveres dos pais ou responsáveis, a toda a equipe escolar, bem como por leis.

Logo a seguir, trataremos da sustentabilidade como princípio, e explicitaremos o

imbricamento da sustentabilidade com a democracia na gestão educacional.

Clarificamos que uma instituição escolar necessita ser sustentável economicamente,

socialmente e culturalmente. Enfim, concluímos que, sustentabilidade, democracia e

participação como princípios políticos se encarregam de direcionar e organizar a gestão

escolar, devendo estar comprometidas com os princípios éticos e estéticos no cotidiano,

com os que compõem a escola, crianças, professores, famílias, gestores, entre outros.

Concluímos que, esse princípio deve ser articulado na vida escolar, não devendo

estar e permanecer estático, no currículo, mas inserido na vida, na interação.

1.4. PRINCÍPIO – INDISSOCIABILIDADE ENTRE EDUCAR E CUIDAR

Percorrendo o histórico da Educação Infantil temos que, no início, a função era

apenas cuidar de crianças pequenas, para que mães trabalhassem, configurando,

portanto o caráter assistencialista das instituições de crianças pequenas. Essa visão

arcaica propunha um trabalho com foco no atendimento às necessidades físicas, como

alimentação, higiene, repouso, conforto e prevenção de dor. Com sua integração ao

sistema de ensino, marcado a partir da LDBEN de 1996, a educação infantil passou a

ser considerada a 1ª etapa da educação básica, ou seja, a ter caráter educativo. Com

isso, foi necessário interrogar e pensar suas especificidades para além da ideia

assistencialista e preparatória que outrora demarcavam a creche e a então pré-escola.

Entendemos que o cuidar ultrapassa processos ligados a proteção e ao

atendimento das necessidades físicas. Cuidar inclui acolher, garantir segurança,

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

20

alimentação, incentivar a curiosidade e a expressividade infantil em um movimento de

educação através do cuidado. Nesse sentido, cuidar é educar, é dar condições de pleno

desenvolvimento das crianças para explorarem ambientes e se desenvolverem.

Portanto, cuidar e educar devem ser considerados como dimensões indissociáveis de

todas as ações da prática cotidiana dos educadores e implicam, entre outras ações:

Acolher e apoiar as crianças nos momentos difíceis, fazendo-as se sentirem

confortáveis e seguras;

Garantir experiência bem sucedida de aprendizagem, sem discriminação;

Cuidados mútuos, a trabalhar na perspectiva de que as crianças aprendam a

se cuidar mutuamente, respeitando as diferenças, provendo autonomia.

Concluímos que, cuidar e educar partem das relações da escuta, do afeto, dos

desejos, inquietações e da necessidade de aprender a se desenvolver. Educar e cuidar

sempre devem estar juntos, imbricados, misturados, mas as ações que os cercam ainda

necessitam ser aprofundadas e refletidas no cotidiano escolar a fim de que sejam

compreendidas. Afinal, como identifica Barbosa (2000, p. 70):

“Alguns autores sugerem que, talvez, o uso da expressão

‘cuidados educacionais’ ponha sob melhor foco o

entendimento da indissociabilidade dessas dimensões. Ações como banhar, alimentar, trocar, ler histórias, propor jogos e brincadeiras e projetos temáticos para se conhecer o mundo são proposições de cuidados educacionais, ou ainda significam uma educação cuidadosa.”

1.5. PRINCÍPIO – LUDICIDADE E BRINCADEIRA

Os conceitos de ludicidade e brincadeira implicam no entendimento de que o

brincar pressupõe regras, possibilidades, tempo, espaço e inovação. É um campo de

ação, de experimentação, rumo a uma construção significativa, prazerosa no processo

de aprendizagem e desenvolvimento. Além disso, o brincar é uma das atividades mais

importantes para a construção das funções psicológicas superiores na educação infantil.

Portanto, compreendemos que as funções psicológicas superiores, exemplificando como

a fala, a imaginação, a memória, o autocontrole da conduta; desenvolvem-se através das

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

21

relações interpessoais onde o brincar se faz de fundamental importância. Dessa forma a

criança se relaciona consigo mesma e interage socialmente com outras crianças, ou

melhor, com o meio que se dispõe na brincadeira.

Assim, ao brincar, a criança necessita de cuidados corporais, atenção, diálogo,

cooperação e de estabelecimento de regras, pois a brincadeira perpassa pelo campo da

confiança, cuidados, atenção e segurança, num ambiente que favoreça o êxito das ações

desenvolvidas pela criança.

Como pratica cultural, percebemos o brincar como uma atividade lúdica e

universal, que supõe aprendizagens e o desenvolvimento de repertórios, pois é por meio

da brincadeira que a criança adquire as primeiras representações do mundo, se expande

linguisticamente, observa e se desenvolve na interação com o outro e na mediação dos

adultos.

Portanto, o planejamento das situações lúdicas e demais atividades, requer o

preparo de materiais (recursos), organização de espaços, tempo, estratégias e ação,

com o intuito de garantir um contexto que ofereça oportunidades para as crianças.

Tendo em vista os aspectos observados, ressaltamos o ambiente, como

fundamental, devendo o mesmo ser seguro, limpo e confortável propiciando autonomia

de escolhas, atitude, momentos de descanso e de movimento, atividade exploratória e

minuciosa, entre outros. Brincar e brincadeira são uma experiência inaugural de sentir-

se, aprender a criar e aprender linguagens. Nesse sentido enfatizamos a importância do

Planejamento, organização de espaços, tempos e materiais, preparação do ambiente

físico que converta ao lúdico, ás descobertas e a diversidade.

Concluímos que, ao brincar a criança constrói, desenvolve repertório, vocabulário,

experiências, sentimentos, expressões, fantasias, sonhos e ideias. Assim, entendemos

a Brincadeira como experiência vivida, interpretada, construída por cada criança e cada

grupo de crianças em seu contexto cultural dado por tradições. Cabe destacar que o ato

de brincar não é preparação para nada, é fazer o que se faz em total aceitação da

brincadeira, não mantendo apenas relação com o futuro, mas um bem viver no presente.

Dado o exposto, é imprescindível que professores reflitam, reaprendam,

maravilhem-se, sensibilizem-se, atentem-se para transformar o ambiente escolar em

local onde predomina o lúdico.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

22

III. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

Nossa concepção de Desenvolvimento e de Aprendizagem está baseada nos

teóricos que defenderam a concepção dialética, na qual o sujeito modifica o mundo e é

modificado por este. Concordamos com eles quando afirmam:

“Conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, apreendendo os mecanismos dessa transformação vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações, e são as estruturas elaboradas pela inteligência enquanto prolongamento direto da ação.” (Piaget, 1988)

“Ao conseguir conhecer alguma coisa, o aprendiz transforma

o real, o mundo, e a si mesmo.” (Piaget, 1988)

“O aprendizado é o que possibilita o despertar de processos

internos de desenvolvimento que, não fosse o contato do indivíduo com certo ambiente cultural, não ocorreriam.” (Rego, 1995, p.57).

“A estrutura fisiológica humana, aquilo que é inato, não é

suficiente para produzir o indivíduo humano, na ausência do ambiente social. As características individuais (modo de agir, de pensar, de sentir, valores, conhecimentos, visão de

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

23

mundo, etc.) dependem da interação do ser humano com o meio físico e social.” (Vygotsky)

Acreditamos na concepção de desenvolvimento interacionista, que considera os

aspectos biológicos e sociais importantes, ambos interferindo e contribuindo para o

desenvolvimento do sujeito. Nesta perspectiva, o sujeito interfere, atua, modifica o

ambiente e é por ele modificado. Esta concepção de desenvolvimento entende a

aquisição de conhecimento como uma construção permanente, isto é, o sujeito nem

nasce pronto, como acreditava a concepção inatista, nem é passivo diante do meio,

como acreditava a concepção ambientalista.

Portanto, nossa concepção de aprendizagem é a construtivista. Teoria na qual o

conhecimento não é concebido como uma cópia do real, incorporado diretamente pelo

sujeito, não é uma impressão que o mundo externo realiza na mente, um processo de

fora para dentro. A construção do conhecimento pressupõe uma atividade, por parte do

sujeito, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já existentes, sendo,

portanto, o protagonista do seu próprio processo de aprendizagem, é alguém que vai

produzir a transformação que converte informação em conhecimento próprio.

Construção que se dá a partir de situações nas quais o sujeito possa agir sobre o que é

objeto de estudo, pensar sobre ele, recebendo ajuda, sendo desafiado a refletir,

interagindo com outras pessoas.

Nesta concepção a atuação do professor é fundamental, pois a construção de

novos conhecimentos pelo aluno é algo que depende das propostas didáticas e da

intervenção que ele fizer.

Na relação professor/aluno, partimos do princípio de que somos parceiros mais

experientes e, por isso, devemos agir como modelos, pois segundo Vygotsky

aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades,

atitudes, valores, etc., a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras

pessoas – incluindo aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles.

Investimos numa relação horizontal entre o professor e a criança, na qual ambos

aprendem juntos. Neste processo, o professor precisa estar engajado em um trabalho

transformador, procurando levar a criança à consciência de sua realidade,

desmistificando a ideologia dominante, valorizando a linguagem e a cultura.

Nesta relação, o diálogo marca a relação entre a criança e o professor, e procura

enfatizar a cooperação e o trabalho coletivo na resolução de problemas, pois a relação

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

24

entre o professor/ aluno e aluno/ aluno depende fundamentalmente do clima

estabelecido pelo professor, do vínculo afetivo com seus alunos, da sua capacidade de

ouvir, refletir e discutir no nível de compreensão dos alunos e da criação de pontes entre

o seu conhecimento e o deles.

Ainda neste contexto, faz-se necessário considerar a realidade das crianças,

reconhecendo-as como seres únicos, respeitando as características próprias das suas

faixas etárias, valorizando seus saberes, planejando ações que possibilitem que as

mesmas avancem em suas jornadas do aprender, nas quais possam construir e

reconstruir seus conhecimentos de acordo com suas capacidades, seus ritmos e suas

individualidades.

E principalmente, além de todo o profissionalismo que deve permear a ética do

professor na relação com seu aluno, concordamos com Rubem Alves quando cita que

deve haver amor na escola:

"Quem não ama o que faz, dá pouco de si. Não se esforça. Bate cartão, cumpre o protocolo. O amor move gestos e intenções, em qualquer profissão. Mais ainda naquelas em que se lida diretamente com pessoas. Que são diferentes de livros, armários, números... Amor é vital, no trabalho, na vida, em tudo. Ao ver o rosto encantado e feliz da pequena aluna sob o olhar atento e carinhoso da professora, quem há de negar a importância do amor na educação?" (Rubem Alves)

É com esse comprometimento que pautamos nosso trabalho na escola,

acreditando ser um caminho a ser construído por todos com a intenção de promover uma

educação de qualidade para todos, visando o desenvolvimento de uma infância

compreendida e valorizada no seu momento e em suas particularidades.

Assim atuamos para que nossa escola possa tornar-se um ambiente respeitoso,

solidário e justo para todos, melhorando os relacionamentos, mostrando outras

possibilidades de lidar com os conflitos, utilizando nas relações princípios éticos,

priorizando o diálogo como forma utilizada para superar as divergências.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

25

1. ESCOLA – TERRITÓRIO DA INFÂNCIA

Primeiramente trataremos da escola como fator essencial, como um valioso

espaço que contribui nas práticas do ensino-aprendizagem, no desenvolvimento de

valores essências para o convívio humano. Nesse sentido, cabe à escola proporcionar

oportunidades que ofereçam igualdade de condições para o acesso e permanência,

inspirada no princípio da liberdade de aprender, no pluralismo de ideias e de concepções

pedagógicas e nos ideais de solidariedade humana, garantindo às crianças, em um

processo de aprendizagens interativo, acesso a cultura, ao conhecimento cientifico,

artístico e tecnológico.

Cabe à escola, zelar pela inclusão social de nossas crianças, mantendo-se atenta

às necessidades e formas de aprendizagens que permeiam uma educação

contemporânea, com suas especificidades de como aprendem e se desenvolvem.

Nesse sentido Carvalho explicita que:

“Essas concepções não nos autorizam a pensar numa escola

centrada em si mesma, como uma ilha e distante dos interesses dos alunos. A escola deve ser também, o espaço da alegria onde os alunos possam conviver desenvolvendo sentimentos sadios em relação ao ‘outro’, a si mesmo e em relação ao conhecimento. Para tanto a pratica pedagógica deve ser inclusiva, no sentido de envolver a todos e a cada

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

26

um, graças ao interesse a motivação para a aprendizagem.”

(2010, p.32)

Entendemos ainda que a inclusão não se aplica somente às crianças com

deficiência ou com necessidades educativas especiais, mas a todas, concebendo seu

desenvolvimento e a aprendizagem numa instituição educacional. A inclusão nos permite

mudar o modo de ver o outro, de agirmos para que todos tenham seus direitos garantidos

e respeitados. Ela não é uma tarefa fácil, tanto por parte do sujeito a ser incluído, quanto

por parte do grupo que irá recebê-lo. A prática inclusiva é válida quando o educador

compreende, reflete e se coloca na posição do outro.

Numa perspectiva dialógica salientamos que a escola se coloca como espaço

privilegiado para o domínio dos conhecimentos básicos e avançados e, sobretudo com

fins de complementariedade à educação da família. Enfim, nossa escola tem como

princípio fundamental a construção da aprendizagem e do desenvolvimento levando em

conta e valorizando as diferenças, a singularidade, heterogeneidade e subjetividade da

criança, fatores fundamentais para potencializar o desenvolvimento de um processo

coletivo de aprendizagem.

2. INFÂNCIAS – CRIANÇA-ALUNO

Concebemos a infância como sendo uma construção social, histórica e cultural,

onde a criança deve ser vista como um ser ativo, pertencente a um grupo social com

especificidades e características próprias. Um espaço de tempo constituído pela relação

entre crianças e adultos onde são abordados aspectos culturais, da tradição da

sociedade e que dão margem ao contato com novidades que ampliam a capacidade de

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

27

“imitação e oposição frente ao outro, como possibilidade de se afirmar como alguém

distinto” (Barbosa, 2009, p. 26).

Essa oposição nos remete a ideia de que se as crianças se distinguem dos adultos

por conta de suas especificidades, mas da mesma forma, são igualmente portadoras de

sentimentos, sonhos, criatividades, bem como de problemas e dúvidas como qualquer

ser humano.

Como todo humano também, a criança ocupa papéis dentro da sociedade, sendo

que um deles é o papel de aluno. Aqui também enfatizamos a diferenciação entre criança

e aluno. Acreditamos que devemos desconstruir a ideia de aluno que se reduz “a um

modo de se relacionar com o conhecimento e aprendizagem” (Barbosa, 2008, p. 27), ou

seja, que se reflete em um modo passivo de se relacionar com o objeto de conhecimento.

Acreditamos que enquanto território da infância, a escola de educação infantil, deve

conceber “a criança como sujeito ativo e capaz pensar, imaginar e participar da gestão

de sua educação, de sua aprendizagem” (Barbosa, 2008, p. 27) fazendo parte da vida

coletiva da escola.

Nessa linha de pensamento entendemos que a escola deve proporcionar em seu

cotidiano, situações nas quais as crianças vivenciem diversas experiências com diversos

parceiros, façam escolhas, tomem decisões, se socializem e se descubram. Entendemos

a criança também como um ser de linguagem em constante construção e interação,

capaz de ler e interpretar o mundo de diferentes formas: na brincadeira, no faz de conta,

na ludicidade e na construção simbólica.

Por fim, nossa conclusão se apoia no que afirma Kuhlmann Jr. (2001)

“[...] o conjunto de experiências vividas por elas [pelas

crianças] em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação dos adultos sobre esta fase da vida. É preciso conhecer as representações de infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais etc., reconhece-las como produtoras da história.”

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

28

3. COMUNIDADE – COMO ENTENDEMOS O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS

“As famílias são elementos constituintes das relações que

acontecem na instituição educativa, afinal as crianças são pequenas e para se sentirem acolhidas na creche dependem da sintonia entre a família e os profissionais da escola. Essa é mais uma das especificidades dos estabelecimentos de educação infantil. Nesse sentido, complementariedade e partilha são palavras decisivas na relação, escola criança e família.” (Barbosa, 2009, p. 33)

Que relação é essa entre escola, criança e família?

O que cabe a cada um dos participantes dessa relação?

Essas perguntas nos fazem refletir que a criança, peça chave do contexto

educacional onde essa relação acontece, cabe ser cuidada, protegida e provocada. Já

as duas instituições, escola e família precisam interagir estabelecendo conversas e

trocas que possibilitem que ambas se conheçam dentro de uma perspectiva de respeito

e escuta do ponto de vista do outro.

Quanto à relação da escola com a comunidade, concebemos ser fundamental que

a instituição conheça o contexto social em que está inserida e a que serve. Conhecer

suas necessidades, potencialidades e expectativas, adequando a ela seu trabalho de

atendimento educacional, é a única forma possível para atendermos às suas finalidades:

formar cidadãos conscientes e capazes, fornecendo, ainda, os conteúdos, habilidades e

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

29

valores necessários à sua melhor inserção no ambiente social. Para isso, realizamos

uma pesquisa com a comunidade e equipe escolar, contendo informações sobre os

mesmos e que consideramos importantes para a realização de nossas ações. Ao longo

do ano, realizamos avaliações sobre os eventos que este segmento está envolvido

diretamente, como por exemplo: Sábados letivos, reuniões com APM/ Conselho de

Escola, além da Avaliação da Comunidade, realizada ao final do ano letivo.

Um dos mecanismos que possibilita à comunidade uma participação efetiva nas

ações e decisões da escola é o Conselho de Escola e a Associação de Pais e Mestres,

que se reúnem toda segunda quarta-feira do mês. Investimos nesses encontros, pois

nessa relação de parceria e troca de conhecimentos com a comunidade, somos

formadores e somos formados, informamos e somos informados. E essa troca nos dá

subsídios com apontamentos preciosos na tentativa de melhorar nossa qualidade de

ensino junto às crianças e fortalecer a relação com a comunidade.

“Um grupo se constrói através da constância da presença de

seus elementos na constância da rotina e de suas atividades. Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante. Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca, educando o risco de ousar. Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer.” (Madalena Freire)

Concebemos que a base de uma relação cordial e de respeito é fundamental e se

estabelece no cotidiano da escola. Pode ser dentro de situações conflitantes ou

harmoniosas, mas sempre pautadas e reconhecidas através do diálogo.

“A família é o lugar onde se ouvem as primeiras falas, com as

quais se constrói a autoimagem e a imagem do mundo exterior. Assim, é fundamental como lugar de aquisição de linguagem, que a família define seu caráter social. Nela, aprende-se a falar e por meio da linguagem a ordenar e dar sentido as experiências vividas. A família, seja como for composta, vivida e organizada, é o filtro através do qual se começa a ver e a significar o mundo.” (Sarti, p. 14, 2004).

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

30

Conhecer as necessidades, potencialidades e individualidades das famílias,

permite que o significado de mundo de cada uma delas se torne a base do nosso trabalho

na escola. É preciso que a escola junto com a família defina o âmbito de atuação de cada

uma tendo sempre em vista o contexto sociocultural em que estão inseridas. Assim

juntas poderão propor formas de participação condizentes com a realidade.

Para a autora (Heloiza Szymanski, 2007) a aproximação como forma de

participação entre escola e família é sempre enriquecedora, pois garante à família o

direito de conhecer o que é feito na escola, como é feito e para que, ao mesmo tempo

viabiliza o acesso e a efetiva participação no projeto político da escola, por meio de

intervenções, opiniões, sugestões, críticas e dúvidas. Entendemos que quando a escola

abre com acolhimento e clareza as portas e com objetividade nas ações, a tendência das

famílias é sempre colaborar em manter um diálogo que ajuda a conhecer as

particularidades das crianças.

Acreditamos que considerar as expectativas das famílias em relação ao

desenvolvimento das crianças durante o ano letivo, dividindo as conquistas, os anseios,

enfim as aprendizagens é uma maneira de compartilhar o acompanhamento do

desenvolvimento infantil.

“[...] Assumir um trabalho de acolhimento as diferentes expressões e manifestações das crianças e suas famílias significa valorizar e respeitar a diversidade, não implicando a adesão incondicional aos valores do outro. Cada família e suas crianças são portadoras de um vasto repertório que se constitui em material rico e farto para o exercício do diálogo, da aprendizagem com a diferença, a não discriminação e as atitudes não preconceituosas.” (MEC/ SEF, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, V. 1, p.77, 1998)

4. EQUIPE ESCOLAR – EDUCADORES E SEUS PAPÉIS DIFERENCIADOS

No que diz respeito à formação dos professores, nossa equipe concebe esta

profissão como uma das que pressupõe uma prática de reflexão e atualização

constantes. Entendemos que este profissional desenvolve uma prática complexa para

qual contribuem muitos conhecimentos de natureza diferentes. Seu papel agora é

diferente daquele de simples transmissor de conhecimentos, simples ligação entre o

saber e o aluno. Sua função é: criar ou adaptar boas situações de aprendizagem,

adequadas a seus alunos, cujos percursos de aprendizagem ele precisa conhecer.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

31

Para isso, a formação inicial não dá ao professor um corpo de conhecimentos

suficientes para a sua prática docente. Por isso investimos na formação permanente,

envolvendo um trabalho reflexivo e de estudos. Apesar de a formação inicial ser

insuficiente, temos claro que as ideias educacionais são produzidas largamente e

ininterruptamente, assim como também a sociedade em que atuamos se modifica

continuamente, exigindo do professor uma construção e reconstrução constante da sua

prática pedagógica.

Investimos, nesta formação continuada, numa atualização do conhecimento

produzido mais recentemente que influencie e oriente nossa prática, bem como na

tematização da mesma, através da reflexão sobre nossas ações, mediante troca de

saberes e experiências entre os educadores, observação, registros e relatórios. Neste

aspecto, concordamos com Telma Weisz, que assim se pronuncia:

“O trabalho de tematização é uma análise que parte da prática documentada para explicitar as hipóteses didáticas subjacentes. Chamamos a este trabalho tematização da prática porque se trata de olhar para a prática de sala de aula como um objeto sobre o qual se pode pensar.”

Essa formação reflexiva baseada na observação da prática visa tornar consciente

ao professor à concepção de educação que norteia suas ações, identificando qual seu

papel diante do trabalho realizado, buscando a compreensão de como a criança aprende

e se relaciona com o objeto de conhecimento.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

32

O desvelamento dessa concepção do processo de ensino - aprendizagem, nas

diversas situações de observação e análise da prática de sala de aula, é um instrumento

valioso como forma de garantir o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico como também

para formar o tipo de professor de que precisamos: prático-reflexivo.

“Acreditava-se fortemente que mudanças sociais, por si só, bastariam para

modificar os homens, trazendo-lhes felicidade e convencendo-os a viver eticamente.

Ora, as grandes e radicais mudanças não aconteceram. E mesmo as mais “modestas”

não foram suficientes para promover condutas diferentes por parte dos indivíduos. [...],

ou seja: chegou-se ao diagnóstico de que ações para promover mudanças sociais

deviam ser acompanhadas de outras, destinadas a promover mudanças individuais.” (La

Taille, 2000, p.9)

A educação infantil, que há tempos foi caracterizada pelo cuidar como função

assistencialista, desde a instituição da LDB (1988) traz como demanda a necessidade

dos profissionais da educação que trabalham com crianças pequenas de terem uma

formação especifica e contínua, pois não se trata apenas de uma tarefa de guarda, mas

de responsabilidade educacional, o que torna a necessidade de cuidar e de educar

indissociáveis. Concordamos com Barbosa quando afirma que:

“Trabalhar com crianças pequenas exige formação, pois não é apenas uma tarefa de guarda ou proteção, mas uma responsabilidade educacional na qual são necessárias proposições teóricas claras, planejamento e registros.” (Barbosa, 2009, p.35).

Atendendo a essa necessidade, a formação continuada dos professores deve ser

um dos principais focos da gestão, levando em conta as atribuições que ocupam e o

constante processo de construção de sua identidade profissional. Neste aspecto, a

formação pautada na “Qualidade na Educação Infantil”, visa refletir sobre práticas e

posturas associadas a fundamentações teóricas que tratam desta modalidade de ensino.

Contudo, refletir sobre as posturas que educam o papel do adulto a concepção de

infância entre outras especificidades do trabalho na educação infantil, requer momentos

de formação não apenas para os professores, mas também com todos os adultos que

atuam no ambiente escolar. Afinal, todos têm papel importante na formação das crianças

através das relações que se estabelecem desde o portão até a sala de aula. Priorizamos

assim momentos de formação em que todos da equipe escolar participem, refletindo

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

33

através de leituras, dinâmicas de sensibilizações que tragam o universo da infância para

ser compartilhado com o grupo.

Reconhecendo-se parte do grupo de educadores da escola, todos os funcionários

são sensibilizados a participarem de discussões objetivando compreenderem-se como

profissionais que cuidam e educam as crianças em uma escola de educação infantil,

gerando a necessidade de formação do coletivo da escola.

“[...] objetivando a construção de consensos pedagógicos, ainda que provisórios, que explicitem a proposta pedagógica, pensando e amadurecendo as decisões sobre a vida coletiva na escola.” (Barbosa, 2009, p. 39)

Ainda como afirma Barbosa:

“Todos os adultos que participam da escola são educadores. Pois, mesmo quando executando suas funções específicas, ensinam as crianças o respeito às suas tarefas profissionais e o cuidado com os outros.” (Barbosa, 2009, p.40)

5. EQUIPE GESTORA – A GESTÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Advindo de um processo continuo de construção, de reflexão, discutindo e

conceituando: escola, criança e infância, comunidade e professores, trataremos em

especial da equipe gestora, cuja função se localiza em direcionar a escola em seus

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

34

aspectos práticos, pedagógicos, de ordem funcional e administrativa, colocando em

prática o desenvolvimento e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico da

unidade escolar. Entendemos o trabalho da equipe gestora como de inovação, de

sempre estar com propostas de mudança, pois o hoje é diferente do ontem e o amanhã

diferente dos dois.

Qual o papel de um gestor num processo de mudança ou de inovação escolar?

Podemos dizer que como os processos de inovação não se desenvolvem sozinhos a

liderança é essencial na construção do sentido de mudança. Nesse sentido, podemos

afirmar que o sucesso é mais garantido quando a liderança é cooperativa, quando o

poder é compartilhado, quando a cultura do individualismo dá lugar à cooperação, as

relações hierárquicas são substituídas pelo trabalho em equipe, a supervisão evolui para

animação das práticas e a abordagem contratual negociada entre parceiros substitui as

decisões autoritárias.

Assim, uma equipe de gestão escolar deve ter em seu quadro, profissionais com

conhecimentos e habilidades para exercer uma liderança compartilhada e responsável,

capacidade de trabalhar em equipe e de comunicação para saber lidar com conflitos,

iniciativa, deve saber se distanciar da lógica burocrática que padroniza as escolas, com

ações democráticas e projetos desenvolvidos em comum acordo, este deve ter uma

visão de conjunto e uma atuação que apreenda a escola nos seus aspectos

pedagógicos, culturais, administrativos, financeiros.

Quanto ao conceito de gestão pedagógica, nos subsidiamos em Luck (2010, p.

17) “como entendimento do conceito, de gestão pedagógica, portanto, por assentar-se

sobre a maximização dos processos de mudanças, já pressupõe, em si, a ideia de

participação, isto é, do trabalho associado e cooperativo de pessoas na análise de

situações, na tomada de decisões sobre seu encaminhamento e na ação sobre elas, em

conjunto, a partir de objetos organizacionais entendidos e abraçados por todos”.

Ressalta-se que a gestão educacional, em caráter amplo e abrangente, do

sistema de ensino, e a gestão escolar, referente à escola, constituem-se em áreas

estrutural de ação na determinação da dinâmica e da qualidade do ensino. Isso porque

é pela gestão que se estabelece a unidade, a organização de ações de modo consistente

e coerente voltada aos princípios educacionais. Enfim, a gestão deve visar por meio de

suas ações e processos educacionais, melhoria da aprendizagem dos alunos,

ressaltando a formação da equipe de funcionários, garantindo equidade e maximizando

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

35

as experiências que promovam as aprendizagens no coletivo escolar através de planos

de formação, acompanhamentos.

Em se tratando de uma gestão pedagógica da aprendizagem e do

desenvolvimento, é necessário que se estabeleçam formas de participação no processo

de gestão, de forma a alcançar a participação de todos. Assim entendemos como ações:

participação de toda comunidade escolar na discussão de ideias com contribuições

visando uma aprendizagem melhor, proporcionar estudos do conhecimento sobre a

realidade escolar; visão global do processo social; dimensão pedagógica entre outros

itens que se fazem necessários à gestão escolar.

6. O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Concebemos o Currículo da Ed. Infantil como as experiências escolares que se

desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem

para a construção de identidades de nossos estudantes. Entendemos a criança

como sujeito portador de saberes construídos a partir das práticas sociais vividas além

da convivência escolar, conteúdos estes que servem de pontos de partida para o trabalho

pedagógico escolar. Concebemos, igualmente, que tal currículo pressupõe o professor

como mediador e organizador das intenções educativas a favor do desenvolvimento e

das aprendizagens da criança - sujeito da aprendizagem - responsável por potencializar

as capacidades e de reconhecer a criança como sujeito diverso e singular.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

36

Para tanto, pensar na efetivação desse currículo é realizar ações intencionais,

planejadas e coordenadas a partir de atividades significativas para o desenvolvimento

específico de cada faixa etária presente na Ed. Infantil, ao mesmo tempo em que

possibilitem desafios pertinentes ao desenvolvimento das crianças, ampliando seu

conhecimento por meio de experiências que favoreçam o desenvolvimento estético,

ético, social e cognitivo das mesmas.

Enfim, o currículo nos garante “a direção” a ser tomada no processo educacional

escolar.

Dessa forma, conceituaremos currículo segundo Moreira e Candau (2008, p. 18):

"[...] currículo como as experiências escolares que se desdobram em torno do

conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção de

identidades de nossos estudantes”. Portanto, compreendemos que ao currículo se

relacionam todas as atividades pedagógicas de aprendizagem que contribuem para a

construção de saberes dos alunos na instituição escolar.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico realizado pela equipe docente deverá

fundamentar-se nos princípios estabelecidos pela escola e conforme estabelece as

Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (2009):

Disponibilizando materiais que possibilitem a interação de todas as crianças;

Promovendo situações compatíveis para a idade;

Criando contextos inteligentes para as diversas formas de comunicação e

expressão infantil;

Promovendo trocas e descobertas entre as crianças;

Ressaltando os cuidados, carinhos e afetos entre adulto e criança;

Estabelecendo um clima de confiança para que as crianças se sintam seguras

e construam uma autoimagem positiva;

Partindo dos conhecimentos que as crianças já possuem e propor desafios

que os façam avançar;

Planejando atividades nas quais as crianças possam confrontar suas

hipóteses com conceitos convencionais;

Preparando diariamente o ambiente para recebê-las;

Coordenando situações e contextos nos quais se privilegie a voz da criança;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

37

Analisando as produções infantis sistematicamente e selecionar com as

crianças, aqueles que serão expostos, tornando-a parte do próprio processo

de aprendizagem;

Mantendo comunicação aberta com os familiares a fim de conhecer melhor as

crianças;

Articulando as diferentes linguagens e conteúdo por meio de projetos

interdisciplinares e transdisciplinares;

Favorecendo a expressão por meio das diferentes linguagens: corporal,

musical, escrita, oral e visual.

IV. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2016

1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

“PARAR, OLHAR E REPARAR” Foi parafraseando Terezinha Rios em suas considerações sobre a importância do

OLHAR e do REPARAR sobre a prática, que encaminhamos junto à equipe escolar a Avaliação Institucional 2016. Foi um exercício iniciado em reunião pedagógica, onde contamos com toda equipe escolar, que se debruçou a “colocar reparo” sobre a prática

que tivemos ao longo do presente ano, em consonância aos princípios e propósitos definidos em nosso Projeto Político Pedagógico. A pauta que orientou a reflexão da equipe considerou as diretrizes (ou pressupostos) estabelecidos pela secretaria de educação: o ACESSO E PERMANÊNCIA ESCOLAR, a GESTÃO DEMOCRÁTICA e a PRÁTICA PEDAGÓGICA E A GARANTIA DO SUCESSO ESCOLAR. Para tanto, destacamos os Planos de Ação para a Comunidade e da Equipe Escolar como “cenário”

deste momento de avaliação e em especial, as ações que ainda não haviam sido avaliadas ao longo do processo.

Entretanto, a avaliação se estendeu para outros momentos menos coletivos onde se encaminhou a reflexão sobre os planos de ação específicos à cada segmento da equipe escolar.

Além da avaliação da equipe sobre os planos e ações desenvolvidas ao longo deste ano, também compõe este instrumento as avaliações que fizeram parte de momentos específicos ao longo do ano letivo, além da avaliação da comunidade escolar sobre o nosso trabalho, tanto no que se refere à prática pedagógica para as aprendizagens das crianças, quanto em relação às ações desenvolvidas para a própria comunidade.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

38

“O PARAR” Ao longo de todo o trabalho realizado em 2016, fizemos algumas “paradas” para

OLHAR mais atentamente a correspondência entre as ações efetivadas e a intencionalidade que justificavam as mesmas e se estas favoreceram para avançarmos em relação ao que idealizamos em nosso Projeto Político Pedagógico.

Nessas paradas realizadas de tempos em tempos - após a conclusão de um projeto, uma ação ou evento - refletimos sobre os resultados reconhecidos pela equipe e sua importância para a consolidação do nosso PPP.

Assim, destacamos abaixo os aspectos “reparados” por nós, equipe escolar, e que

nos permitem concluir os avanços que temos obtido em nosso plano anual.

“O REPARAR”

O olhar reflexivo da equipe escolar sobre o acesso e a participação da comunidade

ao Projeto Político Pedagógico. Concluímos que a participação da comunidade escolar - em especial o segmento

das famílias - tem sido garantido e ampliado ano a ano, quando vemos o aumento da participação dos familiares nos eventos realizados em vários momentos do ano: reuniões, palestras e sábados letivos.

Neste ano, após a realização de alguns eventos (palestras e sábados letivos), procuramos oportunizar às famílias a avaliação dos mesmos, a partir de instrumentos específicos onde elas pudessem colocar suas considerações quanto à data, o horário, a relevância do tema/conteúdo e a própria organização do evento. O retorno dessas avaliações respaldaram à equipe escolar na manutenção e/ou replanejamento do plano inicial para o encaminhamento de outros eventos semelhantes que se sucederam. Pareceres positivos de algumas famílias também foram apresentados através das agendas. Assim como as avaliações realizadas ao longo deste ano, cabe destacar que tal plano de ação se apoiou nas considerações sistematizadas na avaliação institucional de 2015, onde também foram apresentadas considerações da comunidade acerca do nosso trabalho. Portanto, reconhecemos como princípio em nosso PPP a escuta acolhedora sobre o parecer das famílias frente à prática realizada em nossa escola.

Além de considerarmos um avanço o encaminhamento pontual das avaliações às famílias após as palestras e sábado letivo, embasando o replanejamento das ações, também reconhecemos as ações que temos mantido em nosso plano de ação para a comunidade como práticas já consolidadas em nosso PPP e que, a partir de agora, devem ser vistas como o repertório prático e estável da equipe, a fim de garantir a

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

39

participação e o acesso da comunidade ao nosso projeto, deixando de ser considerada mais uma meta a ser atingida.

Avaliamos também que os meios de comunicação que estabelecemos com os familiares (agenda, calendários mensal e anual, blog, jornal trimestral, convites e bilhetes), os encontros presenciais (palestras e reuniões), a reunião para a acolhida dos novos alunos e familiares ao final de cada ano são estratégias já incorporadas na prática da equipe, merecendo apenas os esclarecimentos à nova equipe que irá se compor em 2017 para que possam compor com esta mesma ação. Destaca-se ainda, a participação dos membros do Conselho de Escola/APM sobre decisões e encaminhamentos do trabalho pedagógico, apresentando ideias, pareceres e/ou preocupações pertencentes à comunidade, amparando a equipe escolar na efetivação de suas ações, vindo favorecer a transparência das intenções do projeto pedagógico da escola à toda comunidade. Como exemplo desta consideração, destacamos o cuidado tomado com a divulgação do conteúdo da palestra sobre o “desenvolvimento da sexualidade infantil”

devido a preocupações apresentadas por membros do conselho escolar que representam o segmento das famílias.

Também é importante destacar como ação favorável da comunidade escolar ao acesso e participação no Projeto Político Pedagógico da escola, a participação do Conselho de Escola /APM na devolutiva realizada pela Secretaria de Educação sobre o projeto de reforma e ampliação do espaço físico da nossa unidade escolar. A atuação do conselho foi efetiva tanto na socialização do projeto, por meio de indagações sobre algumas perspectivas da intervenção no espaço e na demanda prevista para atendimento, como também na socialização das informações junto à equipe escolar, na última reunião pedagógica. Avaliamos que esta dinâmica de atuação revela por parte do conselho de escola, em especial do segmento das famílias, o sentimento de pertencimento à causa da reivindicação pelo encaminhamento deste projeto de melhoria do espaço escolar, mesmo por parte dos familiares que não mais comporão este colegiado a partir de 2017.

Ainda sobre o acesso de toda a comunidade escolar ao PPP, temos a destacar as estratégias indicadas pela equipe em 2015, como algo a ser qualificado para o presente ano, dentre elas a forma de divulgação de nossos eventos. Assim, avaliamos que a “panfletagem” realizada no portão da escola, bem como a “contagem regressiva”

que indicou a chegada do evento, organizada por meio de um instrumento próprio, controlado com a participação de toda a equipe de apoio na comunicação direta com os familiares nos momentos de acolhida e despedida diárias, qualificaram significativamente a informação sobre os nossos eventos. Além disso, outra ação que fez a diferença em nosso plano de ação foi divulgação direta da profissional da saúde (dentista) para a palestra ou “roda de conversa” sobre saúde bucal, no dia da reunião

com pais, sendo também considerada uma estratégia importante de divulgação e que deverá ser mantida.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

40

A equipe também fez indicações para que no próximo ano algumas ações aconteçam de forma a garantir os avanços que temos conquistado através de nossos planos. São elas: a realização de uma nova pesquisa junto à comunidade para levantamento de temas de interesse, preferencialmente no início do ano letivo; divulgar os eventos (palestras) considerando a possibilidade da participação de pessoas da comunidade para além dos familiares.

Reparando especificamente à experiência das famílias na prática avaliativa, reconhecemos que este exercício – a avaliação – ainda é uma prática recente e em construção para a participação efetiva das mesmas, merecendo ser qualificada. Ou seja, além da ampliação da participação e do retorno das avaliações que continuaremos a conquistar, pretendemos qualificar o conteúdo da avaliação de modo a tornar mais explícito as questões sobre o nosso trabalho. Assim, poderemos concluir que as ações avaliadas como exitosas pela equipe, realmente são propicias para que o nosso Projeto Político Pedagógico seja compreendido pela comunidade escolar em sua intencionalidade.

Quanto as considerações dos familiares sobre os aspectos acima mencionados, constatamos em suas avaliações a aprovação unânime de todos os eventos realizados, bem como de todas as formas de comunicação utilizadas até o momento. Nas avaliações aparecem, ainda que pontualmente, comentários valorizando as diferentes propostas realizadas nos sábados letivos, sendo que referente ao 2º Sábado Letivo, caracterizado como Mix Cultural, destacou-se em alguns comentários a apresentação teatral “Pedro e

o Lobo”. Em várias avaliações são mencionadas a importância das diferentes palestras

que realizamos este ano, sendo indicado a permanência destes eventos para o próximo ano. As reuniões com familiares (trimestrais) também foram bem avaliadas, mesmo com algumas indicações bastante pontuais sobre a dificuldade de alguns familiares em corresponder aos horários (normalmente dentro do período) para comparecer aos encontros.

E para finalizar a reflexão que fazemos sobre a compreensão da comunidade escolar em relação à intenção do nosso PPP, podemos afirmar que a grande maioria das famílias atendidas em nossa unidade escolar demonstram reconhecer a intenção do nosso trabalho, enquanto instituição de educação infantil. Entretanto, as expectativas reveladas em poucas avaliações sobre uma escola que alfabetize as crianças, ou que as façam ler ou a efetuar cálculos, revelam que a concepção de nosso trabalho ainda merece ser esclarecida nas reuniões realizadas trimestralmente.

O olhar reflexivo da equipe escolar sobre o princípio da Gestão Democrática.

Para avaliarmos a correspondência entre as ações realizadas por toda equipe e o

princípio da Gestão Democrática, destacamos como cenário o Plano de Ação para a Equipe Escolar.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

41

As principais considerações da equipe se apresentaram acerca da revitalização dos espaços, onde foi dada a continuidade ao plano de ação desenvolvido desde 2015. Porém, no presente ano, contemplamos a reflexão sobre a função da revitalização dos ambientes educativos para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, considerando a importância do papel de todos os educadores na mediação e orientação nestes espaços.

Outro aspecto do plano avaliado junto a equipe foi a participação no planejamento dos Sábados Letivos, pois desde a avaliação institucional 2015 já havia sido valorizada pela equipe a importância da participação de todos os segmentos no planejamento destes eventos para maior compreensão e pertencimento de todos na concepção sobre os mesmos.

Diante dos encaminhamentos efetivados no plano de 2016, foi bem avaliada pela equipe a participação que tiveram no encaminhamento da revitalização e no planejamento dos eventos com a comunidade. Dentre os destaques, a antecipação no planejamento dos Sábados Letivos também foi mencionada. Nota-se que a definição que temos feito nas diferentes propostas desses sábados – vivências pedagógicas e apresentação/socialização de um projeto coletivo - vem sendo cada vez mais compreendida pela equipe, o que reflete na compreensão sobre a organização de horários diferenciados entre ambos os eventos, priorizando-se assim ao propósito definido em cada programação.

As ponderações apresentadas na avaliação da equipe referem-se à pertinência de mantermos a revitalização como uma ação permanente para o próximo ano, considerando que os agrupamentos responsáveis pela manutenção de cada espaço seja configurado pelos funcionários presentes dentro de um mesmo período/horário. Tal indicação se justifica pela garantia de um trabalho mais coeso e facilitador do encontro e comunicação entre os membros de um mesmo grupo. Um encaminhamento sugerido para a continuidade deste trabalho no próximo ano consiste em efetivar a produção final dos espaços em um momento de reunião pedagógica, pois há mais tempo para a conclusão da ação e a colaboração e presença de todos, diferente de quando utilizamos somente os HTPC para tal finalidade. Outro apontamento da equipe foi a necessidade de maior conscientização de todos para o uso dos espaços revitalizados, considerando que a ausência da consciência sobre os procedimentos comuns por parte de algumas turmas deterioram a revitalização produzida nos ambientes. .

A equipe ainda indica a possibilidade de contarmos com a participação mais efetiva dos alunos no trabalho de revitalização, deixando os murais sob a responsabilidade de cada turma em tempos específicos previamente definidos. Assim, o espaço se renova, os murais ganham vida e o trabalho específico de cada turma ganha espaço para ser compartilhado.

Uma ação da equipe gestora validada pela equipe foi a indicação das listas para a aquisição de materiais e recursos.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

42

Prática pedagógica e a garantia do sucesso escolar

Aqui apresentamos as considerações de toda equipe escolar manifestas sobre

diferentes contextos e circunstâncias. Resgatamos neste pressuposto de avaliação todas as considerações e pareceres realizados ao longo do ano, tanto sobre as ações específicas ao plano de ação da equipe escolar, como também respectivo aos planos de cada segmento.

Em tempo, cabe relatar as considerações feitas pela equipe docente sobre as parcerias que estabelecemos ao longo do primeiro semestre com a equipe do Expresso Lazer. Na avaliação sobre este trabalho foi reconhecido que não houve inovações da prática, se considerarmos que muitas vezes as ações planejadas entre educadores do Expresso e equipe docente pautou-se em estratégias conhecidas em nosso fazer. Mas houve de forma consensual a consideração da importância desta parceria para validar o que existe de potencial em nossa própria prática e o quanto a dinâmica deste grupo de educadores trouxe motivação e reflexão sobre a possibilidade de transpormos as “barreiras” físicas e estruturais no dia a dia na unidade escolar. Nem mesmo as condições climáticas impediram a realização das ações planejadas. Além disso, para muitas turmas, o plano especifico se estendeu e ampliou o trabalho didático para o segundo semestre.

Há em algumas avaliações da comunidade escolar comentários que valorizaram o projeto “Corpo e suas Experiências”, desenvolvido em parceria com a equipe do

Expresso Lazer. Em continuidade ao processo de avaliação da prática pedagógica, especialmente

sobre o plano de ação para a equipe escolar desenvolvido nos momentos de reuniões pedagógicas com toda a equipe, constatou-se que este ano o planejamento atendeu aos objetivos estabelecidos, garantindo a ampliação do conhecimento ao refletirmos sobre o papel de todos os adultos na mediação entre a criança e as informações presentes nos ambientes revitalizados. Ressaltamos a avaliação de parte da equipe de apoio que apresentou importantes reflexões sobre a necessidade de melhor compreender a concepção do trabalho realizado pela equipe docente, revelando maior criticidade sobre a forma como atualmente tem procurado apoiar o trabalho didático. Por isso, em consenso com a equipe docente, sugeriram a possibilidade de conhecer os planos de ação das turmas (faixa etária) para melhor compreender a razão de algumas solicitações e reconhecer a contribuição que podem oportunizar ao trabalho junto aos alunos.

As reuniões pedagógicas não tiveram como programação um planejamento linear de ações efetivadas, mas todas as propostas realizadas foram compreendidas como importantes estratégias para o trabalho de toda equipe. Especificamente sobre a saída pedagógica – MASP “A história da infância” – essa estratégia foi bem avaliada pela equipe docente e boa parte de toda equipe escolar, sendo reconhecida como uma ação

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

43

necessária para ampliação de conhecimento. Contudo, houve ponderação de parte da equipe de apoio que avaliou como desinteressante a organização de uma saída pedagógica para qualquer lugar ou proposta. Ainda assim, não houve nenhuma justificativa ou sugestão por parte da mesma quanto a outras formas de complemento para as ações presentes no plano. Caberá rever este encaminhamento com este segmento para 2017.

E em continuidade a reflexão sobre a importância das propostas extras escolares, a equipe escolar avaliou como favoráveis todas as saídas para estudo do meio realizadas com os alunos. O indicativo feito pela equipe para 2017 é a possibilidade de criarmos um instrumento, já no início do ano, onde sejam relacionados possíveis lugares e seus respectivos focos de interesse para ampliar as opções de cada professora na escolha e definição de suas saídas. Ainda cabe mencionar as considerações da equipe docente ao avaliarmos as saídas feitas ao longo do segundo semestre durante um de nossos HTPC, onde afirmamos a importância e necessidade de realizarmos antecipações quanto ao local que iremos visitar, seja na pesquisa prévia sobre o espaço e seus ambientes e conteúdo, como também na orientação sobre a postura esperada da parte dos alunos ao visitarem estes novos lugares. Consideramos assim que a importância das saídas para as crianças parte da própria experiência da visitação ao lugar, na grande maioria das vezes um ambiente desconhecido e que muitas vezes só é acessado por eles através da escola, além de toda aprendizagem e conhecimento sobre as informações que ali se encontram.

Do ponto de vista dos familiares, as saídas para estudo do meio são bem avaliadas, assim como as demais atividades culturais promovidas ao longo do ano: os eventos realizados durante a semana da criança, a exposição de fotos realizada para comemorar o aniversário da escola, e a apresentação da peça teatral realizada no último sábado letivo, como já mencionado acima.

Enquanto equipe escolar, avaliamos que os eventos e as ações culturais vem correspondendo aos propósitos afirmados em nosso PPP, viabilizando cada vez mais a participação e a apreciação da comunidade sobre o nosso trabalho e as aprendizagens dos alunos, sendo destacadas as apresentações das turmas e dos trabalhos realizados.

Como já relatado anteriormente sobre o parecer da equipe escolar frente às ações já consolidadas em nosso PPP, também se destacam aqui a validação das estratégias já estáveis ao planejamento didático das professoras: a produção de bilhetes e convites envolvendo os alunos na aprendizagem destes gêneros textuais, bem como na autoria destes instrumentos, na comunicação com a comunidade escolar.

Abordando especificamente os planos específicos a cada segmento, destaca-se primeiramente, o plano de formação da equipe docente - “Atividades Diversificadas”.

Neste caso, a “parada” para “reparar” o plano ocorreu, obviamente, apenas com

a equipe docente, através do encaminhamento de um instrumento específico onde foi solicitado que individualmente as considerações e ponderações fossem apresentadas, e

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

44

posteriormente, compartilha-las no conjunto da equipe. Este instrumento também fomentou a avaliação sobre os HTPC’s, o acompanhamento pedagógico, além da

autoavaliação de cada professor sobre a sua própria prática, encaminhamento este que fez a diferença à equipe se comparado aos anos anteriores.

Sobre o plano de formação, seu objetivo e encaminhamentos, concluiu-se que as discussões trouxeram ampliação de saberes para quem já possuía repertório para pensar e propor o tema em questão; favoreceu o reconhecimento da intencionalidade deste tipo de proposta; respaldou a prática através das discussões promovendo antecipações para os novos encaminhamentos em se tratando desta proposta, bem como contribuiu para o conhecimento de professores recém chegados na rede e que não reconheciam a intencionalidade deste encaminhamento dentro da rotina; repertoriou o olhar da professora na busca de recursos e brinquedos para potencializar a ação da criança; despertou a consciência sobre a diferença entre recursos e propostas, muitas vezes considerados como o mesmo ao pensar na diversidade de vivências oferecidas as crianças.

“Após a formação sobre a atividade diversificada, passei a ter

um novo olhar para esse momento. Antes, pegava os brinquedos que achava interessante e não me preocupava em fazer uma ligação entre eles ou até mesmo ter a reflexão das diferentes propostas que poderia ofertar. Hoje, procuro utilizar elementos que contribuam para a interação, convivência em grupo e que favoreçam mais de uma área do conhecimento, tendo em vista que habilidades desejo que explorem com determinado brinquedo/atividade. Faço variedades das atividades de acordo com os objetivos que pretendo atingir.” (Professora Priscila Choré Lima)

De forma pontual, destacam-se pareceres singulares mas que revelam

importantes reflexões presentes na equipe docente quanto à formação realizada. Houve menção sobre o reconhecimento da atividade diversificada como uma estratégia ou parte do planejamento, contribuindo para o aprofundamento de conteúdos que fazem parte do trabalho com o grupo. Igualmente, houve destaque sobre a importância de se diversificar as propostas para oportunizar também as escolhas por parte das crianças. Por fim, valorizou-se como encaminhamento da atividade diversificada a apresentação aos alunos sobre a diversidade de propostas e suas intenções, bem como o reconhecimento deste momento como estratégia para trabalhar com e nos pequenos grupos.

É consenso no grupo a necessidade de aprofundamento formativo sobre o tema em questão. Entretanto, a busca indicada refere-se a ampliação da consciência sobre a intencionalidade de algumas propostas, tornando tal prática cada vez mais presente a partir do que estamos construindo como conceito e mais autônoma para a prática do

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

45

professor. Foram mencionadas em algumas avaliações a importância desta abordagem para as professoras que ingressarão em nossa equipe a partir de 2017, favorecendo a sustentação do percurso formativo e a qualificação da prática vivida até aqui.

Ainda de forma bastante pontual, mas não menos importante, destaca-se dentre as avaliações da equipe o reconhecimento quanto a importância de se qualificar o próprio acompanhamento do professor nos momentos de proposta diversificada, de forma mais próxima aos pequenos grupos, sendo esta uma das principais questões colocadas ao grupo ao longo da formação.

Os recortes de avaliações apresentados abaixo revelam pontualmente a dualidade na concepção sobre uma das estratégias utilizadas durante a formação: a tematização de prática, denominada especificamente neste plano como “cenas do

cotidiano”.

“Exemplos de prática do próprio grupo limita um pouco as discussões... pode gerar conflitos pessoais.” “Foi muito positivo validar as discussões pautadas na prática

do grupo e deste modo houve um crescimento na qualidade das discussões.”

Mesmo sendo uma referência avaliada como positiva pelo próprio grupo na

formação do ano anterior, as cenas do cotidiano, quando encaminhadas em uma tematização, ainda provocam certo desconforto. Cabe ressaltar que tal menção apareceu em apenas duas avaliações em toda a equipe docente. Igualmente, de forma pontual, houve a menção sobre a valia das discussões se pautarem nas referências práticas da própria equipe.

Já a equipe de apoio, nas discussões realizadas especificamente em seu segmento, reconheceu as boas reflexões realizadas por meio das tematizações, que também foram denominadas como “cenas do cotidiano” para om respectivo plano.

Entendem que através de um olhar externo sobre a ação do dia a dia, se tornam perceptíveis as questões que qualificam a ação da equipe, bem como aquelas que precisam ser revistas, princípio este norteador das reflexões para o plano da equipe docente.

É possível concluir que a reflexão sobre a prática exercida pelas professoras ao longo dos encontros formativos, justifica as considerações positivas apresentadas pelas mesmas, sobretudo, quanto aos ganhos obtidos pela formação, uma vez que o principal cenário desse plano foram as imagens que revelaram a concepção que temos sobre a atividade diversificada e os questionamentos que fizemos sobre ela. Porém, tematizar a prática, colocar questões sobre ela, pensa-la a partir do que nos permitimos “reparar”,

ainda é uma elaboração e um crescimento profissional a ser conquistado, mesmo que de forma localizada.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

46

Outra ponderação feita de forma pontual, mas de igual importância, refere-se a qualidade do acervo (KITs) dos materiais (brinquedos), tanto no que diz respeito ao seu uso e organização, sendo indicado maior cuidado na manutenção dos mesmos da partes das professoras, e a necessidade de investimento na aquisição de novos recursos.

Outro conteúdo de avaliação foram os HTPCs, considerados positivamente pela equipe como espaços de discussões, planejamento, encaminhamentos de ordem coletiva, palestras, entre outras demandas.

Foi consenso no grupo a validação das ações desenvolvidas, tanto no encaminhamento operacional de algumas tarefas (organização dos ambientes para eventos ou o planejamento por turmas), quanto na organização de momentos de reflexão (palestras ou discussões de ordem formativa). A antecipação do calendário e suas respectivas pautas foi mencionado por algumas professoras como um facilitador na organização pessoal/individual. Especialmente sobre as palestras, houve apontamentos quanto a valorização das parcerias estabelecidas com os profissionais que aqui estiveram para conduzirem estes momentos.

As ponderações, ainda que pontuais à duas avaliações, referem-se a possibilidade de maior liberdade na escolha das nutrições, sem necessariamente vinculá-las a um conteúdo formativo, como orientado ao grupo este ano. Em uma única avaliação foi sugerido que o HTPC tenha momentos mais dinâmicos e menos concentrados. Sobre este dois aspectos caberá breve retomada junto ao grupo para o próximo ano.

Em relação ao acompanhamento pedagógico, esta é uma prática valorizada por toda equipe. Há consenso do grupo quanto ao reconhecimento dos benefícios que as devolutivas e as conversas pontuais promovem a favor do trabalho pedagógico de cada professora. Também se destaca em algumas avaliações o reconhecimento do apoio ao trabalho pedagógico, tanto em relação aos planejamentos específicos, quanto em desafios singulares no atendimento de algumas inclusões. Há menções pontuais sobre a parceria no acompanhamento de conflitos e encaminhamento junto aos familiares, respaldando a relação entre professora/família/criança. Uma consideração apresentada em uma avaliação diz respeito a importância de se contar com algum membro da gestão na conversa com os familiares, pois esta condição favorece a uma maior confiança do profissional na abordagem junto aos familiares.

As avaliações que destacam o momento do HTP o consideram como espaço de troca e acompanhamento qualitativo da coordenação. Dentre elas, ressalta-se o modelo dos “encontros” de HTP realizados em 2016 junto à equipe da creche, com mais tempo para discutir em grupo e com o caráter formativo, quando houve tempo e espaço para esta ação, sendo sugerida como retomada para o próximo ano.

A principal ponderação apresentada por uma pequena parte da equipe (4 avaliações), refere-se aos tempos e prazos para as tarefas pedagógicas, prejudicados, talvez, pela característica do presente ano, de modo singular no segundo semestre. As

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

47

ponderações apresentadas, pontualmente em 2 avaliações, referem-se aos prazos de entrega dos relatórios, concomitante à escrita dos registros, tornando tal “tarefa” um tanto

sobrecarregada. Outras 2 avaliações indicam a diminuição do intervalo entre a entrega dos relatórios e suas devolutivas, o que favoreceria um prazo maior para a revisão de todos os demais relatórios. A mesma ponderação vale para os registros e semanário, segundo uma avaliação.

A prática pedagógica avaliada sob o ponto de vista da própria equipe docente – na condição da autoavaliação – foi considerada de forma consensual bastante produtiva, rendendo bons resultados para a aprendizagem das crianças e o reconhecimento dos avanços profissionais que ocorreram a cada professora. Dentro dos pontos positivos reconhecidos pela equipe, estão inseridos a avaliação com as famílias, a superação de desafios no trabalho com demandas específicas no atendimento de crianças com deficiência, a possibilidade de sistematizar conhecimentos aprendidos no exercício de práticas anteriores etc. Foram mencionadas pontualmente por algumas professoras as questões que ainda se estabelecem como pauta de observação para a qualificação do próprio do trabalho pedagógico: qualificar a organização dos instrumentos metodológicos; aprofundar alguns saberes construídos com as formações.

Do ponto de vista da comunidade escolar, a prática pedagógica realizada por esta equipe é bem avaliada e corresponde as expectativas da grande maioria dos familiares, que reconhecem tanto nas aprendizagens observadas em suas crianças quanto na avaliação que fazem do trabalho das respectivas professoras, a qualidade que objetivamos alcançar em nosso Projeto Político Pedagógico.

Mesmo assim, ainda são indicados de forma bem pontual e pouco expressiva diante de todas as avaliações entregues, a expectativa não correspondida quanto a aprendizagem de algumas crianças, principalmente no que se refere ao processo de alfabetização. Essa consideração aparece em diferentes turmas e faixa etárias. No mais, a comunidade apresenta muitas considerações positivas quanto ao trabalho que realizamos, aos eventos, sua concepção e organização, à forma como nos comunicamos e estabelecemos o diálogo com as famílias, como também a forma de interação com as crianças. Valorizam esta instituição como um espaço de formação correspondente à infância.

Por fim, sinalizam que temos percorrido um percurso pedagógico qualificado em suas proposições e resultados, democrático e transparente nas relações, refletindo em avançando significativos a cada ano.

Considerações finais Após a análise das avaliações realizadas com toda a comunidade escolar –

familiares, docentes, operacional e gestão - em diferentes dinâmicas de encaminhamento e circunstâncias, podemos concluir que temos realizado um trabalho

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

48

pedagógico de qualidade, com avanços crescentes. Os vários eixos que nortearam esta avaliação estão correspondidos em suas metas e objetivos pontuais.

Temos garantindo em nossas ações a transparência e o princípio democrático na forma de fazermos a gestão escolar, seja no aspecto micro da sala de aula: na gestão do planejamento, na forma de interação entre escola/família/criança, como no aspecto macro da gestão da escola: das relações com a comunidade, da articulação com os recursos presentes no território, do trabalho formativo, da mediação e da qualidade das interações entre os diferentes segmento, e sobretudo, na garantia de aprendizagens possíveis e esperadas para o público atendido nesta instituição de educação infantil.

Enfim, podemos afirmar que os pressupostos norteadores para a definição de metas e objetivos para o trabalho da equipe escolar vem sendo correspondido e gradualmente qualificado em nosso trabalho.

Há, entretanto, pontos ou questões que sinalizam a necessidade de retomada de algumas discussões junto da equipe a partir do próximo ano. São elas: o processo reflexivo de formação continuada sobre as próprias referências práticas da equipe; as expectativas de aprendizagem “frustradas” de algumas famílias e a relação destas com

as possibilidades de ampliação dos resultados do nosso trabalho. Ainda neste ínterim, retomar a discussão sobre as reuniões com familiares e sua intenção comunicativa acerca do trabalho que realizamos será importante para respaldar a equipe na argumentação e fundamentação pedagógica sobre as prioridades do ensino desta instituição.

Consideramos um grande avanço por parte do segmento da equipe de apoio acerca do seu papel na composição da equipe, se reconhecendo como parte do trabalho pedagógico, com demonstrações de preocupações e interesses para melhor compreender a intencionalidade das propostas realizadas em sala de aula. Acreditamos que a participação no Seminário de Práticas, realizado em setembro, foi motivador para que este segmento passasse a “colocar reparo” no trabalho pedagógico da equipe.

Por fim, ressaltamos que a concepção sobre o nosso trabalho, os acertos e desafios reconhecidos por todos na avaliação do atual processo deverá ser compartilhado com a nova equipe no próximo ano letivo.

V. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE

ATUAÇÃO DA ESCOLA.

1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

49

“Difícil fotografar o silêncio. Entretanto tentei. Eu conto:

Madrugada, a minha aldeia estava morta. Não se via ou ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas. Eu estava saindo de uma festa,.

Eram quase quatro da manhã. Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado. Preparei minha máquina.

O silêncio era um carregador? Estava carregando o bêbado. Fotografei esse carregador.

Tive outras visões naquela madrugada. Preparei minha máquina de novo. Tinha um perfume de jasmim no beiral do sobrado. Fotografei o perfume. Vi uma lesma pregada

na existência mais do que na pedra. Fotografei a existência dela.

Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo. Fotografei o perdão. Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa. Fotografei o sobre.

Foi difícil fotografar o sobre. Por fim eu enxerguei a nuvem de calça. Representou pra mim que ela andava na aldeia de braços com maiakoviski – seu

criador. Fotografei a nuvem de calça e o poeta. Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa

Mais justa para cobrir sua noiva. A foto saiu legal.”

(BARROS, M. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000) Ancorada na perspectiva da educação inclusiva, a inclusão social e a organização

de práticas não excludentes tornam-se imprescindíveis que a escola tenha pleno

conhecimento do seu entorno, utilizando seus equipamentos e espaços como fonte de

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

50

aprendizagem e aproximação da comunidade. Essa ação propicia a elaboração de uma

proposta pedagógica pautada em projetos interdisciplinares e transversais, que

incorporem ações, pessoas que convivem nesse entorno (como familiares, profissionais,

equipamentos públicos, comerciantes, trabalhadores locais, etc.), e que conheça com

maior abrangência, o modo de vida das pessoas da comunidade buscando referencias

no seu cotidiano e estabelecendo uma relação dialógica comunidade/ escola. Neste

sentido, considerando a importância de conhecer as especificidades das famílias que

compõem a esta comunidade escolar e seus respectivos “territórios”, em 2015

realizamos um estudo do meio visando atualizar o conhecimento que temos da realidade

da comunidade atendida. Assim, pautamos questões que nortearam nosso olhar: “O que

existe nestes diferentes locais para ser considerado em nosso PPP como contexto de

trabalho”? E o que falta nestes diferentes locais e deve ser considerado em nosso PPP

como conteúdo de trabalho?

Reconhecemos que nossa escola, localizada no centro do Riacho Grande, atende

famílias dos bairros como: Centro, Parque Rio Grande, Vila Pelé, Vila Tozzi, Jardim

Jussara, Balneária, Capelinha, Areião, Yara Praia, Estoril, Banespa, Canal Schimdt, Km

40 da Anchieta, Jardim Borda do Campo, Varginha, Xiboca, Cocaia, Parque das Garças,

Zanzala, Boa Vista, Fincos, Sabesp, Alto da Serra. Alguns desses bairros ainda

apresentam observáveis elencados em visitas anteriores como por exemplo a falta de

infraestrutura básica para as famílias e a falta de opção de lazer e as condições precárias

das ruas, que impossibilitam às crianças de brincarem com segurança, sem se expor a

riscos. Esses observáveis continuam apontando para a necessidade de investimento da

escola no trabalho voltado para a importância do brincar, bem como nas questões da

área de corpo e movimento. Esses dados reforçam também a necessidade de

investimento em políticas públicas em alguns dos bairros do distrito do Riacho Grande.

Atendemos algumas crianças dos bairros: Areião, Jardim Jussara e Vila Balneária

que embora tenham escola em seus bairros não há vagas suficientes para atendê-las,

ou ainda procuram a escola por preferência da família.

As comunidades dos bairros Borda do Campo, Cocaia, Canal Schmidt, Parque

das Garças e Alto da Serra tem muitas características em comum, temos casas em um

mesmo local formando pequenos vilarejos e outras isoladas, distantes umas das outras

com características rurais. Muitos dos familiares trabalham como caseiros em chácaras

e sítios.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

51

“Cada bairro/ comunidade na sua organização e

sobrevivência construiu respostas particulares para as suas necessidades na superação, ou não, das desigualdades.” (Conversando sobre Projetos Políticos Pedagógicos – SEC, 2009).

Constatamos que estes bairros possuem características peculiares, mas todos

com um aspecto em comum, que é o fato de pertencerem a área de manancial.

Pelo fato de poucas crianças morarem próximo à escola, a grande maioria é

atendida pelo transporte escolar, serviço oferecido pela Prefeitura devido à

impossibilidade de construção de escolas nos bairros supracitados. Alguns destes

bairros apresentam uma considerável distância até a escola impossibilitando que os

familiares estejam presentes na entrada e na saída da escola. Este aspecto é um dos

pontos que enfatizam a caracterização da nossa comunidade, pois tínhamos uma

pequena porcentagem de familiares que se mostravam presentes fisicamente nas ações

da escola e uma grande porcentagem que se mostrava presente nas ações da escola

através de outros veículos de comunicação como: caderno de comunicados,

telefonemas, e-mails, blog, bilhetes, etc.

A avaliação realizada em 2014 aponta para um avanço no sentido, pois desde

então, constatamos maior participação dos familiares nas reuniões e eventos realizados,

revelando uma melhoria nesta participação. Nosso desafio e objetivo continua sendo

aproximar a comunidade escolar ao PPP da unidade.

A equipe atual considera que os pontos principais elencados para nosso trabalho

com as crianças são: diversidade geográfica, social, características de isolamento e

frente a estas observações refletir acerca do papel da escola enquanto canal de

comunicação e acesso ao conhecimento. Nesta perspectiva o trabalho da escola deve

conter um elemento crucial de motivação nas atividades que aqui se propõem, tanto do

ponto de vista do respeito às histórias individuais, quanto no sentido de oportunizar novos

desafios e acesso aos bens culturais, funcionando como elemento de acesso ao

conhecimento. A equipe faz a reflexão de que mesmo um contexto social com poucos

recursos não necessariamente representa crianças com culturas empobrecidas. Há

muito conhecimento e potencialidades nas crianças atendidas em nossa escola, que

podem e devem se constituir em elementos da prática pedagógica. É necessária ainda

uma postura de respeito, acolhimento e sem emissão de julgamentos quando as famílias

verbalizam suas dificuldades no ambiente escolar. A escola tem papel preponderante

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

52

enquanto espaço de articulação com outros órgãos públicos e as condições precárias

quanto a distância das moradias não impede que as pessoas possam exercer sua

cidadania, tendo na escola um espaço privilegiado para tal.

Nesta visita aos bairros atendidos foram identificadas algumas melhorias em

comparação às visitas anteriores, tais como a construção de quadras esportivas.

Diante destes dados, nosso grande desafio continua sendo o de ampliar e efetivar

a participação destas comunidades nas ações da escola, objetivo que norteia as ações

previstas para o plano de formação da equipe e o plano de ação para a comunidade,

ambos desenvolvidos desde 2015 e serão continuados ao longo de 2017.

1.1. RECURSOS DA COMUNIDADE

Biblioteca Municipal Machado de Assis, com a qual mantemos parceria nas

atividades desenvolvidas voltadas para a participação de nossas crianças no

momento da hora de conto;

Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ao qual encaminhamos os casos de

crianças acidentadas na escola;

Unidade Básica de Saúde;

Escolas Municipais de Educação Básica: Suzete Aparecida de Campos

(Fundamental); Cecília de Oliveira Turbay (Creche);

Escola Estadual Antonio Caputo (Ensino Fundamental II e Ensino Médio);

Poliesportivo Municipal, que oferece alguns cursos gratuitos para a

comunidade em geral relacionados a práticas esportivas, coordenados pela

Secretaria de Esportes do Município;

Quadra de esportes do bairro, que oferece cursos de judô, balé, artesanato

mediante taxas cobradas de seus participantes. Conta também com a sede

da Associação Riacho Grande que faz atendimento na área assistencial;

Sede dos Escoteiros do Riacho;

Lazer: o Bairro é procurado aos finais de semana por conta da represa,

tornando-se um bairro turístico. Os turistas vêm em busca da pesca e de

banhar-se nas águas da represa, em torno da qual estão instalados quiosques

e vendedores ambulantes que fazem deste comércio um meio de

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

53

sobrevivência. A represa também é utilizada por nossa escola como recurso

para os estudos sobre a água e questões ambientais;

Outro ponto de atração turística, que está situado relativamente próximo à

escola, é o Parque Estoril;

O comércio local está muito voltado para a venda de artigos para pesca,

visando atender a procura dos turistas, que utilizam a represa para este fim,

não só aos finais de semana;

A orla da represa também oferece aos turistas, principalmente à noite,

restaurantes, que são procurados por pessoas de várias regiões;

Outro atrativo é a Feira de Artesanato chamada pelos moradores desta região

de “Feirinha do Verde”. Ela ocorre na praça em frente à Biblioteca Machado

de Assis aos domingos e é organizada pelo Rotary Clube e Sub Prefeitura do

Riacho.

Desde 2016, por meio do Programa Saúde na Escola, temos estabelecido

parceria com a UBS Riacho Grande, com ações referentes à saúde bucal além das já

existentes encaminhadas pela Secretaria de Saúde quanto a pesagem e mediação das

crianças atendidas nesta unidade escolar. Sobre saúde bucal, temos efetivado em

parceria com a Dra. Lilian, dentista da UBS, encontros anuais com familiares que através

de uma “roda de conversa” ampliam seu conhecimento sobre o tema e as possibilidades

de atendimento da própria unidade de saúde, além de poderem esclarecer dúvidas sobre

o cuidado com a saúde de seus filhos(as).

Estas rodas de conversa são divulgadas em reunião com pais com a presença da

equipe da UBS e agendadas em dois horários (manhã e tarde) de modo a favorecer a

participação dos familiares.

2. COMUNIDADE ESCOLAR

2.1. PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE

PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE – 2017

Abaixo estão relacionadas as ações avaliadas e referendadas pela equipe escolar

para o plano de ação com a comunidade. Estas ações revelam a prática já consolidada

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

54

em nosso PPP e as estratégias que comunicam a concepção do trabalho desta

unidade enquanto instituição de educação infantil à comunidade escolar. Além disso,

estão relacionadas no quadro abaixo as ações que precisam ser qualificadas para

aprimoramento do acesso ao Projeto Político Pedagógico.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

55

Para que? O que? Como? - Comunicar a concepção do Projeto Político Pedagógico desta unidade escolar enquanto instituição de educação infantil. - Ampliar a participação dos familiares no processo de aprendizagem escolar e desenvolvimento das crianças.

Formas de comunicação entre escola e comunidade (agenda, calendários mensal e anual, blog, jornal trimestral, convites e bilhetes), panfletos para divulgação dos eventos

Agenda: verificação diária. Jornal trimestral: produção que envolve a participação da gestão e das professoras. Convites: produzidos com participação dos alunos com abordagem sobre o gênero textual e a confecção do mesmo. Panfletos: produzidos pela gestão e entregue à comunidade durante a semana do respectivo evento.

Encontros presenciais (reuniões trimestrais com pais, reunião anual com pais novos e palestras)

Reuniões com pais: - 1ª reunião – apresentação da professora e orientações iniciais sobre o início das aulas. - 2ª reunião – apresentação dos objetivos de aprendizagem e intencionalidade do trabalho na educação infantil. Contextualizar com fragmentos do PPP. - 3ª reunião – apresentação do Relatório de Aprendizagem do 1º semestre. - 4ª reunião - apresentação do Relatório de Aprendizagem do 2º semestre

Participação dos membros do conselho de escola e APM sobre decisões e acompanhamentos do trabalho pedagógico

Reuniões com Conselho de Escola e APM: reuniões mensais com levantamento de pauta prévia junto aos colegiados e apresentação de demandas da escola. Neste ano procuraremos oportunizar maior participação dos professores nas reuniões, alternando os horários das mesmas de modo a contemplar os três turnos (manhã, tarde e noite)

Sábados letivos: vivências e socialização de projeto

1º sábado Letivo: vivências da rotina escolar envolvendo a integração entre familiares e crianças. 2º sábado letivo: socialização das aprendizagens do trabalho pedagógico envolvendo apresentação dos alunos. Divulgação: Por meio do calendário mensal; convite formal enviado pela gestão, panfletagem e convite personalizado (produzido pelos alunos)

Avaliação junto às famílias sobre as ações realizadas

Avaliação institucional: Instrumento entregue após as palestras e na última reunião com pais realizada em dezembro do presente ano.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

56

AÇÕES PARA QUALIFICAR

Para que? O que? O que qualificar? Como? - Comunicar a concepção do Projeto Político Pedagógico desta unidade escolar enquanto instituição de educação infantil. - Ampliar a participação dos familiares no processo de aprendizagem escolar e desenvolvimento das crianças.

Encontros presenciais (reuniões trimestrais com pais, reunião anual com pais novos e palestras)

Atualizar a pesquisa sobre temas de interesse da comunidade para as palestras.

Encaminhar pesquisa ainda no mês de março para levantamento de temas possíveis e os demais encaminhamentos necessários

Participação dos membros do conselho de escola e APM sobre decisões e acompanhamentos do trabalho pedagógico.

Participação das famílias nas Reuniões Pedagógicas sempre que as pautas forem pertinentes para tal participação, favorecendo o conhecimento sobre o PPP da escola.

Analisar previamente o plano de ação para a equipe escolar a fim de localizar as reuniões que favorecem a participação dos familiares que compõem os colegiados

Avaliação junto às famílias sobre as ações realizadas

Avaliação com dados mais específicos sobre o trabalho pedagógico, mais claras e objetivas. Instituir uma avaliação mais processual

Avaliar ao longo do ano para replanejar no próprio ano Entregar na reunião com pais de agosto explicando a intenção da avaliação. Avaliar cada um dos eventos.

Alfabetizar na educação infantil: reflexão sobre a prática pedagógica para esclarecimento e informação sobre o processo de alfabetização correspondente à educação infantil.

Esclarecimento em reunião com pais (abril) Embasar a argumentação nos princípios do PPP

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

57

2.1.1. ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS COM A COMUNIDADE

Eventos

Data Descrição da atividade

06 de Fevereiro 1ª reunião com familiares na escola;

07 de Abril 2ª reunião com familiares na escola;

13 de Maio Sábado letivo – Evento com a comunidade visando promover atividades

interativas entre familiares e crianças;

15 de Maio Roda de conversa com familiares e Dra. Lilian (dentista) /UBS R. Grande –

“Saúde bucal e prevenção de doenças”;

12 de Junho 49º Aniversário da EMEB Graciliano Ramos;

11 de Agosto 3ª reunião com familiares na escola;

21 de Outubro Sábado letivo – “Mix Cultural” – Apresentações culturais dos alunos

(Culminância do projeto coletivo);

06 de Dezembro Encontro de acolhida aos familiares dos alunos novos para apresentação

da escola;

15 de dezembro 4ª reunião com familiares na escola.

Reunião com familiares

As nossas reuniões têm como objetivo construir parcerias com os familiares

nas questões referentes às crianças, configurando-se também enquanto

instância de acesso ao Projeto Político Pedagógico da unidade, à medida em

que se configuram em momentos de compartilhar aprendizagens conquistadas

através do trabalho que é realizado;

Como parte das ações relacionada ao plano de formação da equipe;

Entendemos que o diálogo com os familiares nos ajuda a conhecer as

particularidades de cada criança, o que fazem com quem convivem fora da

escola, como é sua rotina e outros dados para melhor direcionar o olhar em

relação a cada uma, contemplando a diversidade;

Temos também conversas individualizadas com os familiares agendadas a

partir da necessidade sugerida pelo professor, trio gestor, famílias ou EOT.

Neste caso, um responsável pela criança é chamado em horário a combinar

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

58

entre professor, familiar e um representante do trio gestor, costumeiramente o

diretor ou coordenadora pedagógica;

Quando a família não pode comparecer no horário de aula, marcamos

preferencialmente em horários de Horários de Trabalho Pedagógicos;

A reunião com familiares será planejada nos Horários de Trabalho Pedagógico

(individual e/ou coletivo), quando definiremos um tema a ser trabalhado com

os pais, referente às ações que ocorrem na escola. A pauta da reunião será

socializada com a família através de um convite, que será colocado na agenda

ou entregue pelas mãos das crianças;

Para as famílias dos alunos novos, organizamos uma reunião que acontece no

mês de dezembro, com o objetivo de acolher melhor os que aqui chegam,

apresentando a escola, seus espaços, alguns membros da equipe, bem como

próprio o Projeto Político Pedagógico que nos fundamenta.

Responsáveis

A responsabilidade pelas ações que ocorrerão no Plano de Ação com a

Comunidade Escolar estará a cargo de toda a Equipe Escolar, coordenadas pela Equipe

Gestora.

Prazo/ periodicidade

As ações definidas junto à equipe nas primeiras reuniões pedagógicas do

presente ano ocorrerão ao longo de 2017.

2.2. AVALIAÇÃO

A avaliação se dará de forma contínua, partindo da observação das mudanças no

cotidiano escolar que ocorrerão a partir da efetivação das ações, através da avaliação

da participação da comunidade nos eventos e reuniões organizados pela escola e ao

longo do processo, quando a equipe escolar poderá em encontros de formação individual

e coletiva, refletir sobre o andamento dos projetos e sobre a participação da comunidade

nas ações da escola.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

59

Outra avaliação que ocorre na escola realizada junto à comunidade é a que

acontece ao final de cada ano, quando encaminhamos as famílias uma pesquisa com

questões referentes ao andamento da escola. Os resultados são tabulados e servem

para planejar ações para o ano seguinte e compondo a avaliação institucional.

O ato de avaliar ocorre também nas reuniões do Conselho e APM, ao verificarmos

se as ações decididas durante os encontros atingiram os objetivos planejados.

3. EQUIPE ESCOLAR

3.1 - PLANO DE AÇÃO PARA A EQUIPE ESCOLAR

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

60

PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE ESCOLAR

SOBRE?

OBJETIVO PARA QUE?

CONTEÚDO O QUE?

ESTRATÉGIA COMO?

DESDOBRAMENTOS DEMANDAS

REVITALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

Qualificar os espaços

já revitalizados considerando a participação dos alunos por meio de suas produções;

Refletir sobre a funcionalidade dos espaços a partir da revitalização e do uso dos mesmos;

Manutenção da revitalização de alguns espaços.

Trabalho de mini equipes organizadas por períodos com espaços específicos para manutenção e revitalização

Reorganização da composição das equipes (ao longo do trimestre);

Definição dos espaços que passarão por manutenção/revitalização (ao longo do trimestre);

12.05 - Elaboração do plano de trabalho para manutenção da revitalização dos espaços

21.10 – Cena do cotidiano – recorte de prática para avaliação da funcionalidade no uso dos espaços revitalizados.

Reflexão sobre a funcionalidade da revitalização para o processo educativo

Abordagem em reunião pedagógica a partir da problematização do uso e função de alguns espaços revitalizados

25.08 – reunião destinada

a discussão sobre os espaços revitalizados. Tematização de um recorte prática (ateliê)

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

61

PLANOS DE TRABALHO POR FAIXA ETÁRIA SAÍDA PEDAGÓGICA DA EQUIPE ESCOLAR

Socializar os planos de trabalho das turmas para maior clareza de toda equipe escolar sobre as aprendizagens pretendidas.

Reconhecer enquanto equipe escolar a implicação de cada segmento no processo de aprendizagem dos alunos.

Vivenciar experiências formativas que ampliem relações e aprendizagem.

Planos de trabalho – conteúdos e objetivos de

aprendizagem.

Concepção de aprendizagem na educação infantil

A definir junto a equipe

Abordagem em reunião pedagógica

Será definido em HTPC e Reuniões com equipe de apoio

07.07 – Socialização dos planos de ação pensados para o 1º semestre e produção dos espaços que serão revitalizados.

Levantar conteúdo de interesse junto à equipe escolar e lugares possíveis que contemplem tal intenção.

29.07 – saída pedagógica

ESTUDO DO

MEIO COM OS ALUNOS

Vivenciar experiências que ampliem as relações e interações para a aprendizagem.

Sempre relacionado ao trabalho que vem sendo realizado ou como disparador de outros planos didáticos.

Uma saída para estudo do meio a ser definida ao longo do ano. Indicar local e data de interesse para efetivação do agendamento feito pela equipe gestora

Abril - Levantamento de possíveis lugares e seus conteúdos junto à equipe docente.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

62

4. PROFESSORES

4.1. CARACTERIZAÇÃO

A equipe de professoras de nossa unidade sofreu alterações este ano.

Recebemos várias professoras que já trabalharam aqui e que agora nesta última

remoção conseguiram sua titularidade nesta Unidade Escolar e uma pequena parte são

professoras designadas, pois ainda não conseguiram sua titularidade. Para estas

profissionais, algumas das ações que ocorrem na escola ainda estão sendo incorporadas

em sua prática, demandando a continuidade da formação por parte da equipe gestora

com o cuidado de identificar as necessidades formativas e investir no acompanhamento

ora no coletivo, ora individualmente. Esse investimento vem ocorrendo nos HTP e

encontros de formação coletivos (HTPC e Reunião Pedagógica).

NOME SITUAÇÃO

FUNCIONAL

ESCOLARIDADE TEMPO NA

PMSBC

TEMPO NA

ESCOLA OBSERVAÇÃO GRADUAÇÃO/

FORMAÇÃO PÓS-

GRADUAÇÃO

Antonieta Professora substituta

Pedagogia – 8 anos 4 anos –

Camila Professora Pedagogia

Arte, cultura e educação e educação

Infantil

2 anos 2 anos –

Cristiane Professora Pedagogia Educação

Infantil 16 anos 6 anos

Professora com duas

matrículas na mesma rede, sendo uma

como professora

substituta na Ensino Fund.

Débora Professora Cursando Pedagogia – 10 anos 10 anos –

Ederli Professora Letras e

Pedagogia

Psicopedagogia, Ed. Infantil, Língua

portuguesa e literatura.

7 anos 5 anos –

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

63

Elaine Professora Pedagogia Cursando

psicopedagogia

9 anos 4 anos –

Erika Vice Diretora

Pedagogia

Direito Educacional e cursando ed. infantil

13 anos 4 anos –

Fabiana Professora Pedagogia Letramento 10

meses

Início em

2017

Fernanda Professora Pedagogia

Ensino de ciências e

suas tecnologias e supervisão e orientação

escolar

Início em

2017

Francisca Professora Pedagogia Educação

Infantil e arte 9 anos 6 anos –

Gisele Coordenad

ora Pedagógica

Pedagogia e Habilitação

em administração

Psicopedagogia e

educação musical

18 anos 4 anos –

Glaucia Professora

Pedagogia, letras e

cursando teologia

10

meses 10

meses

Juliana Diretora escolar

Pedagogia

Supervisão e gestão

escolar e orientação

educacional

7 anos Início em

2017 –

Maria Eliana

Professora Pedagogia e gestão escolar

Psicopedagogia

4 anos Inicio em

2017

Maria Iraneide da Silva

Professora Pedagogia e Letras

Educação Infantil,

psicopedagogia e

cursando gestão escolar

7 anos 5 anos –

Maria Iraneide Oliveira

Professora Pedagogia Ed infantil e arte, cultura e educação

6 anos 3 anos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

64

Mariana Professora Pedagogia - 10

meses

Início em

2017

Michele Professora Pedagogia

Arte e musicalidade

e psicopedago

gia

5 anos Inicio em

2017

Patrícia Fusari Professora

Magistério e Direito – 9 anos 9 anos –

Patrícia Rocha

Professora Pedagogia

Ludopedagogia e arte e

musicalização

5 anos 2 ano –

Priscilla França Professora Pedagogia – 1 ano 1 ano –

Rosiane Professora Pedagogia

Educação infantil, gestão

escolar e ensino

fundamental

2 anos Inico em

2017

Viviane Professora Pedagogia

Gestão escolar e

arte e musicalizaçã

o

5 anos Inicio em

2017

4.1.1. PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS PROFESSORES

JUSTIFICATIVA:

Ao definirmos o plano de formação do presente ano, nos pautamos na reflexão e

discussão sobre as demandas apresentadas na avaliação institucional de 2016, onde

são reveladas indicações da manutenção do tema “atividade diversificada” para

aprofundamento como também, nas questões que se apresentam como desafios para a

prática docente quanto aos quadro de alunos que tem demandado maior atenção na

forma de interação com adultos, crianças ou com as regras, refletindo muitas vezes em

conflitos que exigem a mediação e/ou apoio de outros educadores.

Foi importante localizarmos na avaliação institucional os indicativos para

ampliação de saberes quanto às propostas diversificadas, bem como reconhecermos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

65

que na equipe docente atual, temos novos professores que precisam conhecer o

percurso de nossas discussões e a nossa concepção sobre tal proposta.

Entretanto, a continuidade das discussões sobre a atividade diversificada foi

considerada como conteúdo de abordagem pontual para a formação, assumindo menor

prioridade se comparada à demanda existente na prática individual das professoras

frente a conflitos ou às situações que “colocam em jogo” a relação professor – aluno.

Esta foi apresentada pela equipe gestora e concebida como prioridade pela equipe

docente, que considera a abordagem importante para qualificar a prática docente.

Assim, acordamos que ao efetivarmos a formação será necessário trazermos para

os momentos coletivos, recortes de prática denominadas por nós como “cenas do

cotidiano” onde se evidenciem as situações de conflito e as formas/intervenções de

resolução para que, coletivamente, possamos analisar, discutir, refletir e qualificar as

intervenções na perspectiva de oportunizar interações que contribuam com o

desenvolvimento integral das crianças questões trazidas pelas professoras em suas

turmas e as resoluções de conflitos que pretendemos qualificar e evitar a partir de uma

melhor interação.

Objetivos da formação:

Identificar os aspectos presentes no ambiente que potencializam situações

de conflito.

Ampliar a concepção sobre conflito, aprendizagem e a construção da

autonomia.

Reconhecer a importância das situações de conflitos para o

desenvolvimento da auto regulação (aprendizagem)

Conteúdo:

A criança e as fases do desenvolvimento emocional segundo Wallon.

O conceito de autonomia na infância

A interação entre professor/aluno COMO FONTE DE

DESENVOLVIMENTO, APRENDIZAGEM E CONSTRUÇÃO DA

IDENTIDADE.

Estratégias de mediação e resolução de conflitos.

Estratégias:

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

66

Análise de situações de conflito presentes no cotidiano:

Na relação da criança com as regras e combinados

Entre professor/aluno

Análise de situações presentes no cotidiano favoráveis para a resolução

de conflitos ou para qualificar a interação da criança com o meio

forma de mediação e interação entre adulto/criança

Reflexão a partir da leitura textos e demais subsídios teóricos.

Bibliografia:

DeVries, R. A ética na educação infantil: o ambiente sócio-moral na escola. Porto Alegre:

Artes Medicas, 1998

VIOTTO Filho, I. A. T.; PONCE, R. de F. ; ALMEIDA, S. H. V. de. As compreensões do

humano para Skinner, Piaget, Vygotski e Wallon: pequena introdução às teorias e suas

implicações na escola. PEPSIC (Periodicos Eletronicos em Psicologia). Psicol.

educ. no.29 São Paulo dez. 2009.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752009000200003

LURIA, A.R., LEONTIEV, A., VYGOTSKY, L.S. & outros. Psicologia e pedagogia: bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. São Paulo: Moraes. 1991. VINHA,TELMA PILEGGI; TOGNETTA, LUCIENE REGINA PAULINO . CONSTRUINDO A AUTONOMIA MORAL NA ESCOLA: os conflitos interpessoais e a aprendizagem dos valores. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 525-540, set./dez. 2009 https://www.youtube.com/watch?v=9gk_Cb7NLMQ https://www.youtube.com/watch?v=y9BO-GfCNMU

4.1.2. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE FORMAÇÃO

A avaliação se dará tanto no desenvolver dos planos, quanto nas observações

sobre os reflexos das discussões nas práticas cotidianas.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

67

4.1.3. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE

TRABALHO PEDAGÓGICO COLETIVO (HTPC)

Os encontros de HTPC ocorrem às 4ª feiras no horário das 18h40min às 21h40min

para as professoras de 30 e 40 horas.

As ações do plano de formação para a equipe docente ocorrerão nos espaços de

HTPC. Nesses encontros, o plano de formação da unidade será desenvolvido junto ao

grupo e avaliado durante as ações dos mesmos como também na qualificação do

planejamento e registros, bem como por meio das observações da prática.

O cronograma mensal dos HTPCs deverá contemplar o próprio plano de formação

como também momentos de planejamento, de socialização de prática e abordagens

ocasionais quando houver demandas específicas.

4.1.4. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE

TRABALHO PEDAGÓGICO (HTP)

O HTP para as professoras do período da manhã ocorre, diariamente, das 7h00

às 8h00. No período da tarde o HTP ocorre das 17h00 às 18h00. Concebemos o HTP

como um momento assessorado pela equipe gestora, um momento compreendido como

um espaço formativo em que as educadoras realizam registros diários, fazem

planejamento, organizam recursos e materiais para as atividades e propostas de

trabalho, realizam leitura de textos formativos conforme as necessidades individuais

identificadas pela equipe gestora, além de se configurar como espaço para devolutiva de

registros e de acompanhamentos individuais, atendimento aos familiares, planejamento

em pares e demais demandas do cotidiano das ações.

“As avaliações que destacam o momento do HTP o

consideram como espaço de troca e acompanhamento

qualitativo da coordenação. Dentre elas, ressalta-se o modelo

dos “encontros” de HTP realizados em 2016 junto à equipe da

creche, com mais tempo para discutir em grupo e com o

caráter formativo, quando houve tempo e espaço para esta

ação, sendo sugerida como retomada para o próximo ano.”

(Avaliação Institucional 2016)

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

68

A coordenadora pedagógica realiza o acompanhamento de dois HTP por período,

conforme o quadro abaixo:

MANHÃ TARDE

Terças e Sextas-feiras Das 7h às 8h.

Quartas e Quintas-feiras Das 17h às 18h.

Os demais membros da equipe gestora tem a possibilidade de assessorar a

equipe docente nos demais dias da semana.

Dando continuidade ao acompanhamento pedagógico do ano anterior, a

verificação e análise dos registros e semanários tem buscado elucidar a relação entre a

intencionalidade de aprendizagem e as propostas realizadas. Portanto, sendo este um

foco de observação e intervenções contínuas, a coordenação pedagógica tem como foco

para os momentos de HTP o esclarecimento de dúvidas acerca das devolutivas, bem

como das questões propostas como reflexão sobre o planejamento, onde são discutidas

junto a cada professora.

5. AUXILIARES EM EDUCAÇÃO

5.1. CARACTERIZAÇÃO

NOME SITUAÇÃO

FUNCIONAL

ESCOLARIDADE TEMPO

NA PMSBC

TEMPO NA

ESCOLA OBSERVAÇÃO

GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

Armando Auxiliar em Educação

Engenharia Civil

- 15 anos 1 ano -

Neli Auxiliar em Educação

Administração de Empresas - 8 anos 6 anos -

Silvana Auxiliar em Educação Ensino Médio - 8 anos 1 ano -

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

69

Vanilde

Auxiliar em Educação –

Apoio à Inclusão

Ensino Médio - 5 anos 1 ano -

5.2. PLANO DE FORMAÇÃO

A formação continuada realizada com este segmento corresponde às discussões

e reflexões sobre a prática efetivada em parceria com os professores com os quais

compõem a gestão das turmas em que o apoio se faz presente. Por isso, organizamos

um cronograma mensal de atendimento para os auxiliares com discussões que serão

realizadas no âmbito da formação, além de considerarmos estes momentos viáveis para

a abordagem de assuntos pontuais referentes ao fazer individual de cada profissional,

como também para orientações e informações que possibilitem a constante atualização

dos mesmos.

5.2.1. AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO

A avaliação se dará tanto no desenvolver das ações, quanto nas observações

sobre os reflexos das discussões nas práticas cotidianas, abordadas pontualmente em

encontros individuais, por não haver a possibilidade de participação em momentos de

HTPC e HTP por parte deste segmento.

6. EQUIPE DE APOIO, EQUIPE DA COZINHA E OFICIAL DE ESCOLA

6.1. CARACTERIZAÇÃO

NOME SITUAÇÃO FUNCIONA

L

ESCOLARIDADE

TEMPO

NA PMSB

C

TEMPO NA

ESCOLA

OBSERVAÇÃO

Benedita Aux. Limpeza

Ensino Médio 12 anos

4 anos –

Cacilda Aux. Limpeza

Ensino Médio 9 anos 1 ano –

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

70

Divaldina Aux. Limpeza

Ensino Médio 11 anos

5 ano –

Edna Cozinheira Fundamental - 2 ano Empresa Convida

Idelma Aux. Limpeza

Geografia 12 anos

5 anos –

Juliana Cozinheira Ensino médio - 3 anos Empresa Convida

Lucia Cozinheira Fundamental - 1 ano Empresa Convida

Pollyana Aux.

Limpeza Ensino Médio 10

anos 3 anos –

Silvia Aux. Limpeza

Pedagogia 12 anos

12 anos –

Terezinha

Aux. Limpeza

Magistério 11 anos

9 anos –

Wilton Oficial de escola

Ciências Contábeis

10 anos

10 ano

s –

6.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE APOIO

Justificativa

Retomando o plano de ação para a equipe de apoio efetivado em 2016 onde o

foco principal visava ajustar o trabalho das profissionais dentro do cotidiano da educação

infantil. Faz-se necessário como encaminhamento para esse ano a continuidade desta

formação específica em serviço, na abrangência de significar o trabalho desta equipe

como integrante para o desenvolvimento e qualificação do PPP da escola.

Com as leituras e reflexões acerca da organização da vida cotidiana, buscaremos

junto a esta equipe estabelecer relações entre os conceitos tratados no PPP frente às

necessidades das crianças atendidas na unidade escolar, bem como a comunidade em

geral, almejando sempre a qualificação do atendimento.

Neste ano, daremos continuidade ao tema da revitalização dos espaços da

escola, com a intenção de discutir e estabelecer critérios para organização e limpeza dos

mesmos.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

71

Objetivos

Significar a importância da etapa da Educação Infantil, refletindo acerca da

importância do trabalho das profissionais da equipe de apoio na organização

da vida cotidiana da escola;

Qualificar as ações da equipe de apoio na ideia de garantir e manter a

corresponsabilidade com as outras equipes da escola em organizar espaços e

momentos da rotina da escola, com definições pautadas nos cuidados com as

características das crianças;

Estabelecer critérios para a organização e limpeza dos espaços da escola de

forma a revitalizar estes ambientes.

Conteúdos

Organização da rotina (transições e alimentações);

Corresponsabilidade no ato de Cuidar e Educar;

Critérios para estabelecer um padrão de limpeza nos espaços da escola.

Estratégias

As estratégias utilizadas neste plano de ação serão: pautas estabelecidas para os

dias dos encontros; retomadas de encaminhamentos do encontro anterior; leitura e

reflexão de textos que abordem temas da organização da vida cotidiana da unidade

escolar; dinâmicas durante os encontros que estabeleçam a relação de responsabilidade

dos adultos da escola no ato de cuidar e educar; reorganização dos horários da equipe,

análise dos quadros de rotina das profissionais, observações de alguns momentos da

rotina, levantamento de intervenções na rotina e nos espaços da escola, utilização de

imagens fotográficas do dia a dia da escola como disparadores para rodas de conversa;

Periodicidade

Encontros mensais entre equipe de apoio, diretora, vice-diretora e quando

necessário a coordenadora pedagógica.

Bibliografia

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

72

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Práticas Cotidianas na Educação Infantil –

Bases para a reflexão sobre as Orientações Curriculares. Brasília – 2009.

KRAMER, Sonia. Profissionais de educação infantil – gestão e formação. Editora

Ática.

Projeto Político Pedagógico da EMEB GRACILIANO RAMOS, 2015.

6.2.1. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

Este processo acontecerá no final do primeiro semestre, com uma avaliação

pontual para poder replanejar e ampliar as estratégias na continuidade do trabalho

durante o ano.

No final do ano será possível dentro da avaliação institucional inserir alguns

temas para que todo o grupo de educadores possam avaliar as questões que envolvem

a organização da vida cotidiana da escola.

7. ÓRGÃO COLEGIADO – CONSELHO DE ESCOLA/ ÓRGÃO JURÍDICO -

APM

Acreditamos no velho princípio latino “as palavras comovem, mas os exemplos se

arrastam”. Transferindo esse princípio para o cotidiano da escola podemos dizer que

construímos mais cidadania nas crianças pelas atitudes que cultivamos do que pelas

palavras que dizemos. Este princípio reforça o laço da efetivação da cidadania no

coletivo da unidade escolar, através da participação das comunidades escolar e local.

Nesta perspectiva, podemos nos perguntar: Como essa participação se revigora

nas decisões das ações do coletivo da unidade escolar? Como estão organizados e se

articulam os diferentes segmentos da escola para efetivar esta participação?

“A efetiva defesa da participação popular no interior da

unidade escolar está pautada na implementação do Conselho

de Escola. Os Conselhos de Escola na educação, concebidos

pela Lei de Diretrizes e Bases como uma das estratégias de

gestão democrática da escola pública, tem como pressuposto

o exercício de poder pela participação das comunidades

escolares e locais (LDB, art 14)”.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

73

Para nós a democratização da gestão da escola está, na partilha de sentimentos,

compartilhamento de decisões com a comunidade, na ideia de melhores trajetórias para

o gerenciamento da unidade escolar. Para que isso aconteça contamos com duas formas

legais de participação e envolvimento dos segmentos que compõem a comunidade

escolar. São eles:

CONSELHO DE ESCOLA – Órgão colegiado constituído por diferentes

representantes da comunidade escolar (pais, professores e funcionários) que tem a

função de acompanhar e deliberar sobre as questões pedagógicas, administrativas e

financeiras da escola.

“Os conselhos escolares são acima de tudo um espaço de participação e, portanto, de exercício de liberdade.” (Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares)

APM - Associação de Pais e Mestres é um órgão jurídico, constituído por

representantes de pais de alunos, professores e diretor (a) escolar que tem como função

junto ao Conselho de Escola gerenciar as questões financeiras da unidade escolar.

Para este ano letivo, os membros destes órgãos decidiram que as reuniões

continuarão acontecendo como no ano anterior, de forma coletiva e mensal, as quartas

– feiras e terão horários alternados, sendo cada mês em um período (manhã, tarde e

noite).

Também os mesmos decidiram que em todas as reuniões as premissas de

trabalho, estarão pautadas através de um plano de ação, na ideia de aprimorar o projeto

político pedagógico da escola, visando cada vez mais uma educação de qualidade.

Ao realizarmos a 1ª Assembleia geral deste ano, nos deparamos com um grupo

novo de familiares com interesse em participar, sendo grande parte de pais de crianças

ingressando este ano em nossa Unidade Escolar. Essa característica nos mostra a

necessidade de desenvolver um trabalho com esse grupo, onde possamos apresentar

como se dá o trabalho da APM e do Conselho de Escola, os papéis de cada membro, as

atribuições de cada cargo, para que assim possam participar ativamente das ações de

cada órgão colegiado.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

74

O plano de ação abaixo será o norteador do trabalho dos órgãos colegiados neste

ano.

7.1. PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA

Objetivo: Favorecer que a escola cumpra seus objetivos e princípios elencados no

PPP com a qualidade e responsabilidade, tendo na parceria com a APM o objetivo de

conhecer melhor o conjunto de necessidades pedagógicas, administrativas e financeiras.

Podendo assim efetuar as ações elencadas e planejadas.

São elas:

Aprovar e acompanhar a efetivação do calendário escolar;

Ampliar a participação das comunidades escolar na definição do projeto

político pedagógico da unidade escolar;

Analisar, discutir e elaborar em parceria com a gestão escolar instrumento

avaliativo das ações da escola;

Discutir e avaliar o Projeto Político Pedagógico da escola;

Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber das

crianças e que valorizem a cultura da comunidade;

Propor e coordenar alterações em relação ao aproveitamento dos espaços

pedagógicos na escola;

Aprovar o plano financeiro anual, elaborado pela gestão da escola e APM

sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros;

Analisar e deliberar orçamentos para aquisições de materiais pedagógicos,

administrativos e permanentes para a unidade escolar;

Acompanhar a gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade

escolar;

Solicitar e acompanhar as reformas e manutenções do prédio escolar,

realizadas por prestadores de serviços e pela Secretaria de Educação.

7.2. PLANO DE AÇÃO DA APM

Objetivo: Auxiliar a gestão da escola em parceria com os membros do Conselho

na consecução dos objetivos educacionais estabelecidos no PPP.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

75

Efetivar o plano financeiro anual atendendo a programação e aplicação de

recursos financeiros;

Apresentar e analisar orçamentos para aquisições de materiais pedagógicos,

administrativos e permanentes para a unidade escolar;

Socializar com a comunidade escolar o direcionamento dos recursos

financeiros através de planilhas, tabelas e prestação de contas;

Acompanhar as reformas e manutenções do prédio escolar, realizados por

prestadores de serviços e pela Secretaria de Educação.

Para este ano temos demandas quanto à utilização dos recursos financeiros que

foram levantadas na avaliação institucional de 2016 e outras apresentadas em reunião

pedagógica e na 1ª Assembleia Geral de 2017. Os itens abaixo selecionados já tem a

aprovação dos membros e serão adquiridos durante o ano e com a verba do PDDE e do

convênio com a prefeitura;

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS

Aquisição de cortinas para as salas de aula;

Reparo nas luminárias externas que acionam ao anoitecer;

Aquisição de brinquedos e materiais pedagógicos;

Reparos gerais no prédio e equipamentos;

Estudo de meio;

Aquisição de notebook para uso dos profissionais;

Aquisição e instalação de ventiladores para as salas de aula e refeitório;

Contratação de grupo teatral.

7.3. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO DO CONSELHO DE

ESCOLA E DA APM

Todas as ações planejadas pelo grupo do Conselho de Escola e APM para esse

ano de 2017 serão avaliadas ao longo do ano letivo, e sistematizadas ao final do ano

através de um instrumento metodológico que pontue as conquistas das ações, e as

perspectivas que necessitem de replanejamento para o ano seguinte.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

76

7.4. QUADRO DO CONSELHO DE ESCOLA

ORDEM NOME FUNÇÃO SEGMENTO

01 Juliana Bizan Ferrari RG: 29.112.426-4

Membro titular Diretora de escola

02 Gisele Elaine Lopes de Freitas RG: 24.461.797-1

Membro titular Coord. Pedagógica

03 Michele Rossi Foramilio RG: 25.488.157-9

Membro suplente

Professora

04 Camila Serra de Souza Marcelino RG: 42.419.174-X

Membro titular Professora

05 Cacilda Barboza Rodrigues RG: 24.801.880-2

Membro titular Equipe de Apoio

06 Silvana Ogala Cali RG: 15.916.214-2

Membro suplente

Auxiliar em educação

07 Tatiane Maria Penacho RG:32.706.854

Membro titular Mãe de aluno

08 Marcia Gomes dos Santos RG: 30.200.523-7

Membro titular Mãe de aluno

09 Valdirene de Moraes Lemos RG: 53.904.384-9

Membro titular Mãe de aluno

10 Mariana Carolina Cardoso RG: 34.785-214-2

Membro titular Mãe de aluno

11 Carina Brisa Americo RG: 29.694.123-2

Membro suplente Mãe de aluno

12 Luara Janaiane Marques de Albuquerque Lopes RG: 121.328.546-1

Membro suplente Mãe de aluno

7.5. QUADRO DE MEMBROS DA APM

CONSELHO DELIBERATIVO

NOME CARGO CATEGORIA

Juliana Bizan Ferrari RG: 29.112.426-4

Presidente Diretora

Patrícia Rocha dos Santos Caramatti

RG: 45.206.623-2 1º Secretário Família

Valdirene de Moraes Lemos RG: 53.904.384-9

2º Secretário Família

Cristiane Moro RG: 22.617.667-8

Membro Professora

Edneia Duarte de Sousa RG: 41.781.181

Membro Família

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

77

DIRETORIA EXECUTIVA

NOME CARGO CATEGORIA

Camila Caldeira Almeida RG: 30.449.052-0

Diretora Executiva

Família

Valeria Aparecida Pereira Ferreira RG: 30.437.478-7

Vice Diretora Executiva

Família

Suelen Matsuzaki Ribeiro de Escudeiro

RG: 33.619.519-9 1º Tesoureiro

Família

Carina Brisa Americo RG: 29.694.123-2

2º Tesoureiro Família

Erika Palma RG: 42.677.308-1

1º Secretário Professora

Francisca Maria Oliveira Felix RG: 32.966.993-x

2º Secretário Professora

CONSELHO FISCAL

NOME CARGO CATEGORIA

Mariana Carolina Cardoso RG: 34.785.214-2

Presidente Família

Magali Aparecida Rodrigues RG: 16.552.282-8

Membro Família

Maria Eliana Poleto Goulart RG: 13.288.275-9

Membro Professora

Cronograma das reuniões

Acontecem as quartas-feiras e o horário será alternado para que seja possível

uma maior participação. Segue as datas para as Reuniões de Reuniões de APM:

Mês Data Horário

Fevereiro 22 Noite

Março 08 Tarde

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

78

Abril 12 Manhã

Maio 10 Noite

Junho 21 Tarde

Julho 26 Manhã

Agosto 16 Noite

Setembro 20 Tarde

Outubro 25 Manhã

Novembro 08 Noite

Dezembro 13 Tarde

VI. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. OBJETIVOS

1.1. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

LDB 9.394 de 20/12/1996:

Título V – Dos níveis e das Modalidades da Educação e Ensino

Capitulo II da Educação Básica

Seção I – Das disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores. ”

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

79

Já as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil apresentam em

seu artigo 9º, os pressupostos que norteiam a intencionalidade do trabalho pedagógico

na educação infantil.

“Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta

curricular da Educação Infantil devem ter como eixos

norteadores as interações e a brincadeira, garantindo

experiências que:

I - Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da

ampliação de experiências sensoriais, expressivas,

corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão

da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da

criança;

II - Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes

linguagens e o progressivo domínio por elas de vários

gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,

dramática e musical;

III - Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de

apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e

convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e

escritos;

IV - Recriem, em contextos significativos para as crianças,

relações quantitativas, medidas, formas e orientações

espaçotemporais;

V - Ampliem a confiança e a participação das crianças nas

atividades individuais e coletivas;

VI - Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a

elaboração da autonomia das crianças nas ações de

cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

VII - Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras

crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de

referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da

diversidade;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

80

VIII - Incentivem a curiosidade, a exploração, o

encantamento, o questionamento, a indagação e o

conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e

social, ao tempo e à natureza;

IX - Promovam o relacionamento e a interação das crianças com

diversificadas manifestações de música, artes plásticas e

gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e

literatura;

X - Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o

conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da

vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos

naturais;

XI - Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das

manifestações e tradições culturais brasileiras;

XII - Possibilitem a utilização de gravadores, projetores,

computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos

tecnológicos e midiáticos.

Parágrafo único - As creches e pré-escolas, na elaboração

da proposta curricular, de acordo com suas características,

identidade institucional, escolhas coletivas e particularidades

pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas

experiências.” (DCNEB 2013)

1.2. OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DEFINIDOS NA

PROPOSTA CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO

DO CAMPO

A educação infantil deverá se organizar de forma que os alunos construam as

seguintes capacidades:

Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando

significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres

humanos;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

81

Ampliar o conhecimento sobre seu corpo, suas possibilidades de atuação no

espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e

bem estar;

Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades,

atuando cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;

Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e

princípios, demonstrando respeito e valorização a diversidade;

Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses

e pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo

atitudes cooperativas;

Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,

reconhecendo-se como integrante dependente e agente transformador do

mesmo;

Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes

linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para

expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua

rede de significações;

Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua

curiosidade frente ao objeto de conhecimento.

1.3. LEVANTAMENTO DE OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Objetivos gerais da escola

Tendo em vista que a educação é um dos direitos garantidos pela Constituição

Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9.394/96), pelo Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009), e

indo ao encontro da Proposta Curricular da Rede Municipal de Educação de São

Bernardo do Campo, nossa escola tem a função de possibilitar o desenvolvimento da

criança em todos os seus aspectos (físico, psicológico, social, cultural, emocional),

reconhecendo-a como pessoa em condição peculiar de desenvolvimento, procurando

desenvolver a autonomia, o espírito crítico construtivo para o efetivo exercício da

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

82

cidadania, pautado nos princípios de democracia e solidariedade. A fim de cumprir as

finalidades de que nos propomos deveremos:

Oportunizar a aprendizagem em todos os momentos em que a criança estiver

na escola, respeitando e interagindo com todos os seus saberes e

conhecimentos;

Favorecer a construção de conhecimentos, procedimentos, atitudes e valores

que se fazem necessários para o pleno exercício da cidadania;

Socializar e equalizar, os conhecimentos culturalmente construídos pela

comunidade escolar, adequando-o aos interesses e necessidades das

crianças;

Instrumentalizar a criança com saberes que o possibilite ser um agente

transformador da realidade em que está inserido, permitindo-lhe o exercício

reflexivo de atitudes, conceitos e valores;

Respeitar cada uma das pessoas envolvidas no ato educativo considerando

suas competências, habilidades e diferenças.

O currículo como instrumento que define o que se considera o conhecimento

válido, deverá se organizar de forma que os alunos construam as seguintes capacidades

de:

Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando

significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres

humanos;

Ampliar o conhecimento sobre seu corpo, suas possibilidades de atuação no

espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e

bem estar;

Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades,

atuando cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;

Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e

princípios, demonstrando respeito e valorização a diversidade;

Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses

e pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo

atitudes cooperativas;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

83

Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,

reconhecendo-se como integrante dependente e agente transformador do

mesmo;

Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes

linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para

expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua

rede de significações;

Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua

curiosidade frente ao objeto de conhecimento.

2. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS POR ÁREA DE

CONHECIMENTO

Área: Língua Portuguesa

Conteúdo: Leitura e Escrita

Objetivos

Conhecer a função social da escrita e da leitura, e o que ela representa, sendo

capazes de comunicar-se através de seu uso;

Conhecer as características textuais dos diversos portadores;

Produzir e revisar textos, respeitando a estrutura do gênero escolhido;

Escrever segundo as hipóteses de escrita que possui e avançar na construção

de novas hipóteses;

Escrever o próprio nome, dos colegas e outros que lhe sejam significativos.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

84

Conteúdo

Valorização da leitura e da escrita como fonte de entretenimento, de

informação, de comunicação, etc.;

Prática de escrita de próprio punho utilizando o conhecimento de que dispõe

no momento, sobre o sistema de escrita;

Participação de leitura e escrita de diferentes tipos de textos a partir de sua

intencionalidade comunicativa como fonte de informação e pesquisa;

Reconhecimento e escrita do próprio nome e de outros que lhe sejam

significativos;

Participação em situações em que as crianças leiam;

Reconto de histórias com aproximação das características do gênero,

inseridos no próprio portador;

Produção de textos individuais e ou coletivos, a partir de sua intencionalidade

comunicativa, considerando o destinatário, a finalidade do texto e as

características do gênero;

Busca de informações e consultas a diferentes portadores.

Orientações didáticas

Utilizar o conhecimento a respeito da psicogênese da língua escrita,

possibilitando a compreensão deste processo;

Reconhecimento da capacidade de escrita da criança, dando legitimidade às

escritas iniciais;

Oferecer situações em que seja trabalhado o nome próprio através da

marcação de pertences e produções da criança, identificando nesta ação uma

das funções da escrita: representação de algo ou alguém;

Trabalhar com as crianças suas hipóteses de leitura e escrita, intervindo em

sua produção para que haja o avanço nos níveis conceituais da escrita;

Propor a revisão de textos, ampliando os conhecimentos, permitindo-lhes a

articulação da leitura e da escrita;

Garantir o trabalho com a leitura e escrita de diversos portadores de textos

pelo aluno, levando-o à compreensão da escrita, não somente como código

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

85

que representa a fala, mas como fonte de entretenimento, comunicação e

expressão de sentimentos;

Considerar os alunos como leitores desde sempre, promovendo situações que

favoreçam o gosto pela leitura possibilitando que observem o comportamento

leitor e aprendam algo sobre ele;

Apresentar diferentes tipos de textos (jornal, textos científicos, histórias,

calendários, agenda carta, bilhetes, avisos, receitas, músicas, parlendas, etc.)

lendo-os em voz alta e colocando-os a disposição dos alunos;

Realizar agrupamentos para a construção de textos, segundo as hipóteses de

escrita das crianças, visando promover avanços a partir das intervenções que

surgirão por parte da professora ou dos parceiros;

Propor atividades de escritas significativas para que as crianças saibam para

que e para quem estão escrevendo;

Propor situações de escrita coletiva, nas quais o professor faz o papel de

escriba, levando a criança a recuperar palavras e expressões literais do texto

ditado; controlar o ritmo do ditado, percebendo a diferença da fluência da fala

em relação à escrita, atentando para o tamanho da emissão ditada;

Propor situações de reescrita de textos, onde as crianças podem criar novas

cenas, novos personagens ou até alterar o final da história.

Critérios de avaliação

Observar se a criança escreve seu nome e dos colegas;

Utiliza seu nome para identificar suas produções;

Ajusta sua produção a algumas características dos diferentes gêneros;

Utiliza das hipóteses de escrita que dispõe no momento;

Se, ao ditar para o professor ou para outra criança, acomoda os segmentos da

língua falada ao que está sendo escrito;

Observar se há uma sistematização de ações que promovam a prática de

escrita pela criança, segundo suas hipóteses.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

86

Conteúdo: Oralidade

Objetivos

Utilizar a linguagem oral como recurso de comunicação de ideias e expressão

de sentimentos, a fim de melhorar suas relações pessoais;

Utilizar a linguagem como instrumento para ter acesso às informações,

perguntando e respondendo, comunicando e ampliando seu vocabulário;

Recontar textos narrativos com fluência, aproximando-os das características

do texto original;

Recitar textos memorizados, observando as características sonoras de cada

um;

Considerar e respeitar as variações linguísticas que fazem parte do Português

falado.

Conteúdos

Adequação do discurso oral de acordo com as várias situações comunicativas;

Relato de experiências vividas, participação em diálogos e conversas;

Reconto de histórias;

Ampliação do vocabulário;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

87

Situações de utilização e adequação da linguagem oral aos diversos gêneros

discursivos e literários;

Textos memorizados.

Orientações didáticas

Não falar de forma infantilizada com a criança;

Criar momentos em que as crianças possam expressar seus sentimentos e

ideias, comunicando-se com outras pessoas em situações de diálogos;

Garantir a participação em momentos onde as crianças narrem fatos e

experiências do seu cotidiano;

Organizar situações em que as crianças formulem perguntas que gostariam de

fazer, buscando expressar sua curiosidade sobre algum tema ou objeto de

estudo;

Propiciar atividades simbólicas em que necessitem de recursos orais

específicos a cada vivência. Ex.: Falar ao telefone, diálogos em consultório

médico, etc.;

Trabalhar a leitura pela criança e pelo adulto de histórias, poesias, bilhetes e

outros gêneros que possibilitem a comparação entre a maneira de falar e

escrever;

Organizar momentos de reconto de histórias, recitação de poesias, instruções

orais sobre jogos e brincadeiras, em que a criança seja desafiada a observar

as características orais de cada portador textual;

Recitar poesias, trava-línguas, parlendas, músicas, sons de animais e objetos

para ter contato com a forma como são verbalizados esses textos.

Critérios de avaliação

Observar a participação em situações de diálogos e atividades orais;

Expõem suas ideias, sentimentos, desejos e necessidades oralmente;

Constroem um vocabulário variado, incorporando novas expressões;

Identificam as características e funções da linguagem escrita e da falada;

Observar se as ações que envolvem a oralidade garantem que as crianças

tenham oportunidade de verbalizar, efetivamente, suas ideias.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

88

Área: Matemática

Objetivos

Construir o significado do número, atribuindo à função social que possui;

Interpretar e produzir escritas numéricas, segundo suas hipóteses, utilizando-

as em registros convencionais ou não;

Utilizar a linguagem oral para explicitar hipóteses, processos e resultados

desenvolvidos em contextos matemáticos;

Utilizar elementos da linguagem matemática ou próximo dela (símbolos

numéricos, marcas ou signos alternativos) para registro de quantidades, sinais

de operações, representação de figuras e formas;

Utilizar a contagem oral para estabelecer o valor posicional do número (ordinal

e cardinal);

Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, expressando-os de maneira

convencional ou não;

Resolver situações-problema, construindo a partir delas significados para as

operações matemáticas, desenvolvendo estratégias de raciocínio lógico, para

resolver situações do cotidiano, de seu interesse e do grupo;

Explorar e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

89

Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, identificando

formas bi e tridimensionais, em situações que envolvam descrições orais,

construções e representações;

Descrever e representar pequenos percursos e trajetos, observando pontos de

referência;

Construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados

utilizando-se de tabelas, gráficos e representações que apareçam

frequentemente em seu dia a dia.

Conteúdos

Sistema de numeração (contagem oral, noções de cálculo mental e

estimativa);

Notação numérica, registro convencional ou não;

Identificação de números em uma série, compreendendo a noção de

ordinalidade;

Operações matemáticas (adição e subtração);

Sistema de medida (peso, tamanho, cumprimento, distância, largura),

estabelecendo comparações;

Espaço e forma: pontos de referência, percursos e trajetos;

Identificação de propriedades geométricas como formas, contornos, mapas,

etc.;

Utilização de diferentes fontes de informações, como calendários para

contagem do tempo, marcação de datas de aniversários, eventos, etc.;

Representação, leitura e interpretação de dados apresentados de maneira

organizada por meio de listas, tabelas, diagramas, gráficos, mapas, caminhos

e itinerários, código de barras, código de endereçamento postal (CEP), etc.

Orientações didáticas

Propor atividades onde o jogo possa levar a criança a pensar o número e as

estratégias para chegar aos resultados;

Propor atividades que levem em conta ações do cotidiano da criança. O

professor deve dar condições para que as crianças busquem informações

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

90

sobre números (calendário, régua, materiais que tenham números escritos em

sequência), organizando o espaço de maneira a facilitar a consulta e utilização

dos recursos necessários. Deve também observar e promover a troca de

informações entre as crianças;

Dar ao calendário o uso social, ou seja, recorrer a ele para situar-se quanto ao

dia e se há algum evento que o destaque, se há alguma comemoração ou

passeio, quantos dias faltam para o evento, em qual dia da semana estamos

e em qual dia da semana ocorrerá algum evento em especial, etc.;

Montagem de uma tabela oferecendo informações numéricas referentes a

peso, altura, idade, numeração de roupas e sapatos, promovendo a partir daí

questões que permitam comparar, fazer estimativas, construir gráficos, etc.;

Trabalhar com jogos, ressaltando o registro de pontuação, mesmo que de

forma não convencional por parte do aluno (boliche, varetas, dados, etc.);

Trabalhar com coleções que permitam buscar informações sobre quantidades

conseguidas do objeto de estudo (folhas de plantas, pedras, cartões

telefônicos, etc.);

Confecção de álbuns de figurinha, possibilitando o contato com os números na

tabela de controle e na própria figura, marcando os números que já foram

conseguidos e os que ainda faltam;

Representação de quantidades: aceitar as representações das crianças

(desenhos, símbolos ou números);

Confecção de livros, pesquisando sua organização: índice, numeração de

páginas, mostrando para as crianças a função social destes números: facilitar

a localização;

Comparação de quantidades: utilizar como apoio materiais como palito,

botões, etc., para ajudar na contagem, auxiliando as representações de

cálculos mentais. Poderão comparar com os amigos, contribuindo para que

descubram o melhor procedimento para cada caso e que existem várias

formas de solucioná-los. Este trabalho se evidencia durante a resolução das

situações-problema;

Propor brincadeiras simbólicas que envolvam números: escritório (telefone,

lista telefônica, agenda, calculadora) mercado: pesquisando os preços em

folhetos, colocando preços nas mercadorias, brincar de comprar e vender com

“dinheirinho”, pesquisar placas de carro, números de casas onde moram,

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

91

organizar estes números como se morassem na mesma rua, brincar com

relógios, etc.;

Nas atividades de culinária, as crianças terão oportunidade do contato com

diferentes unidades de medida como: tempo de cozimento, quantidade de

ingredientes (litro, colher, xícara);

Explorar diferentes instrumentos de medição: balanças, réguas, fitas métricas,

metro, etc.;

Explorar a utilização de unidades de medida não convencional: barbante,

palitos, palmos, para que percebam a necessidade de uma medida comum;

Percepção do espaço: propor que observem e realizem desenhos de objetos

de vários ângulos;

Observação de formas geométricas na natureza, obras de arte, arquitetura,

etc.;

Trabalhar mapas, fotos, imagens, etc.

Critérios de avaliação

Observar a regularidade na contagem: omissão de números, se a criança para

na dezena e continua na dezena seguinte; percepção da regularidade do

sistema (dez um, dez dois);

Observar se estabelece correspondência um a um;

Observar se as crianças utilizam de forma espontânea a contagem para

resolver problemas como: entregar objetos aos amigos e como realizar esta

tarefa; contam os amigos e pegam quantidade necessária de objetos, pega

qualquer quantidade e distribui;

Observar se, ao contar, sincroniza a fala aos gestos; deixa de contar objetos;

conta duas vezes o mesmo objeto; ao terminar a contagem conclui com um

número e volta a contar novamente;

Observar se a criança se a criança possui a noção de sucessor ao incluir um

objeto na coleção, conta tudo novamente ou anuncia a próxima quantidade;

Fazem-se a leitura de números em diferentes contextos, nos números de dois

dígitos leem separadamente (21-dois um), falam baixinho toda a série para

depois identificar o número em questão, confundem números;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

92

Observar se ao registrar quantidades faz o desenho do objeto, desenham

marcas, um número para cada objeto ou se utilizam um único número para

registrar o total;

Verificar se as crianças, frente a um problema, utilizam como recurso

instrumentos mais indicados de medida;

Fazem estimativas de tamanho, altura e peso em objetos à distância;

Percebem a posição de um objeto em relação a si mesma e a outros pontos

de referência (embaixo, ao lado de, mais perto de) descrevendo.

Área: Corpo e Movimento

Objetivos

Que as crianças possam desenvolver progressivamente as seguintes

capacidades:

Conhecer diferentes culturas corporais, por meio do contato com jogos e

brincadeiras;

Expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação, por meio

da exploração de gestos, sentimentos e ritmos corporais;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

93

Perceber suas possibilidades e limites de ação através da exploração de

diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade,

trajetória, resistência e flexibilidade;

Conhecer e aperfeiçoar diferentes possibilidades de movimento (preensão,

encaixe, lançamento, etc.), aprendendo a controlá-lo para a utilização em

jogos, brincadeiras, danças e demais situações, compreendendo os

movimentos como forma de expressão;

Explorar os movimentos individuais e em grupos para perceber suas diferentes

possibilidades em cada situação;

Valorizar suas conquistas corporais e as do outro;

Desenvolver a capacidade de construção e o respeito às regras que organizam

as diferentes atividades.

Conteúdos

Ampliação do conhecimento e respeito pelas culturas corporais, considerando

a cultura local, nas diversas épocas da história e por diferentes grupos sociais,

por meio do resgate de jogos, brincadeiras e danças;

Compreensão dos movimentos corporais – gestos e ritmos;

Reconhecimento das suas possibilidades e limites de ação por meio da

exploração de diferentes qualidades e dinâmicas do movimento – força,

velocidade, trajetória, flexibilidade e resistência;

Ampliação da capacidade de manuseio dos diferentes materiais e objetos,

utilizando movimentos de preensão, encaixe, lançamento nas situações de

jogos;

Conhecimento e aperfeiçoamento das diferentes possibilidades de movimento,

aprendendo a controlá-lo para utilização em jogos, brincadeiras, danças e

demais situações;

Valorização das conquistas corporais e do outro;

Valorização das regras de organização das atividades de jogos.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

94

Orientação didática

Proporcionar atividades com jogos e brincadeiras de diferentes grupos

culturais, socializando e ampliando o repertório das crianças;

Propor jogos e brincadeiras envolvendo a interação, imitação e conhecimento

do próprio corpo e do ritmo e cada um;

Introduzir diferentes materiais para estimular movimentos variados em

consonância com o ritmo;

Construir coreografias com as crianças, aproveitando a diversidade da sua

expressão corporal no contato com a música;

Proporcionar atividades com danças e brincadeiras cantadas, com repertório

das próprias crianças, ampliado pelas pesquisas dos professores;

Possibilitar exercícios de imaginação e criatividade, reiterando a importância

do movimento para expressar ideias e emoções (derreter como sorvete, cair

como um raio, balançar como folhas, vivenciar situações de histórias contadas,

imitar imagens observadas em obras de arte, etc.);

Propor brincadeiras simbólicas que envolvam a expressividade de movimentos

observados em situações do cotidiano com adultos e outras crianças;

Propor atividades nas quais as crianças tenham maior autonomia para circular,

criar e escolher as que mais lhe interessem, possibilitando ao professor

acompanhá-las mais de perto, intervir nas atividades ou ficar junto das

crianças que solicitarem ajuda em propostas que ofereçam desafios mais

arriscados;

Ao propor atividades de circuito, evitar movimentos de espera, possibilitando

que todas as crianças participem ao mesmo tempo;

Possibilitar a realização de movimentos de diferentes qualidades expressivas

e rítmicas (dançar, brincadeiras de roda, etc.). A brincadeira de roda aperfeiçoa

a percepção de um ritmo comum, a noção de conjunto e sentido estético;

Possibilitar a participação em brincadeiras e jogos que envolvam o correr, subir

descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar, etc., ampliando o

conhecimento e o controle sobre o corpo;

Propor brincadeiras que envolvam movimentos de preensão, encaixe,

lançamento, etc., ampliando as possibilidades de manuseio dos diferentes

materiais e objetos;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

95

Elaborar atividades nas quais sejam privilegiadas a cooperação, a superação

de desafios sem estimular a comparação e a competição acirrada entre os

participantes;

Considerar a expressividade de cada um no momento das brincadeiras e

orientar os alunos nos momentos de conflito, para que eles desenvolvam

atitudes de respeito com o próximo, não permitindo qualquer situação que

cause constrangimento e humilhação a qualquer membro do grupo;

Orientar as crianças quanto ao uso dos materiais, para obter delas melhores

resultados;

Organizar o ambiente com recursos e materiais que serão utilizados nas

atividades que envolvam movimento, garantindo a integridade física dos

alunos;

Adequar as regras, os espaços, os materiais e as formas de atuação de acordo

com o seu grupo e suas especificidades (faixa etária, interesse, capacidades

individuais);

Considerar que em todas as atividades, as regras podem ser socializadas e/

ou construídas com antecedência (e, algumas, até no decorrer do jogo) e, que

as próprias crianças podem criar novas regras;

Acompanhar as atividades, observando e intervindo quando julgar necessário

para propor novas questões, situações e desafios, pois é por meio dessa ação

que as crianças estruturam novos conhecimentos, estratégias e habilidades;

Valorizar o esforço pessoal e as conquistas corporais dos alunos,

incentivando-os a participarem das atividades propostas;

Garantir a constância do trabalho com corpo e movimento dentro da rotina,

refletindo sobre os tempos de espera e as filas desnecessárias, bem como

sobre o envolvimento e a participação das crianças em todas as propostas.

Critérios de avaliação

Observar se as crianças reconhecem e utilizam o movimento como linguagem

expressiva;

Observar a participação em jogos e brincadeiras envolvendo habilidades

motoras diversas;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

96

Através da observação constante ao registro, a professora poderá propor

intervenções no espaço e nas propostas que ali ocorrem tanto de sua parte

quanto das próprias crianças. Assim, terá condições de alimentar e enriquecer

este ambiente, acrescentando elementos que o componham enquanto espaço

de aprendizagem.

Brincar

“A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos.” (Gisela Wajskop)

Esta concepção de brincadeira vem sendo trabalhada junto a nosso grupo de

educadores desde 2006. A partir da formação com Gisela Wajskop, da leitura da

Proposta Curricular, passamos a refletir sobre o papel da brincadeira que, mesmo sendo

uma atividade relacionada à infância, é uma situação privilegiada de aprendizagem, pois

possibilita a interação entre os pares, a imaginação, a imitação e a construção de regras.

Nesse movimento, o brincar proporciona ainda que a criança possa tomar decisões,

elabore e coloque em prática suas fantasias e conhecimentos acerca de experiências

anteriores vividas no convívio social e que socializa com os demais parceiros. Assim

como a criança aprende a se comunicar expressando seus desejos e vontades, aprende

também a brincar, interiorizando modelos pertencentes ao grupo sócio cultural em que

está inserida.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

97

Segundo Gilles Brougère, na educação infantil, as crianças modificam,

transformam e renegociam as regras da brincadeira com seus parceiros, construindo um

universo de faz de conta que gira em torno das decisões das próprias crianças.

O papel do educador nesta atividade, ainda segundo Brougère, “é a observação,

porque é preciso respeitá-la bastante para poder intervir: conhecer bem o jogo da

criança, sua cultura, como brinca, de que maneira, do que, de que jeito e ver quando o

jogo pode se desenvolver dentro de sua própria lógica, quando é interessante intervir”.

A própria organização das propostas, observando os desafios, os materiais oferecidos e

a interação que podem ocorrer entre crianças de idades diferentes também é uma

intervenção possível. Esta interação entre as diferentes idades no momento da

brincadeira permite que as crianças maiores compartilhem seus conhecimentos com os

menores, desenvolvendo a cooperação e o repertório linguístico. Vale dizer que os mais

novos também contribuem com suas experiências, socializando-as com os mais velhos.

A partir do estudo sobre o brincar, passamos a refletir sobre os espaços dedicados

a esta atividade na rotina e nas propostas de brinquedos e brincadeiras planejadas para

nossas crianças em nosso cotidiano escolar. Levamos em conta então algumas

orientações para o desenvolvimento deste trabalho junto às crianças:

Organizar propostas que despertem o interesse e desejos nas crianças,

voltadas para as diferentes modalidades do brincar;

Realizar intervenções a partir das observações do brincar da criança nos

diferentes espaços, intervindo sem “destruir” a brincadeira e sim favorecendo

o enredo e o desenrolar das tramas que ocorrerão;

Proporcionar às crianças, através do espaço da brincadeira, a possibilidade de

criação de novas relações com o meio, criando novas interpretações sobre o

mesmo e sobre sua realidade;

Promover a participação das crianças na construção, organização e

reorganização dos espaços das brincadeiras;

Expressar-se através do brincar, estruturando seu pensamento frente às

situações do cotidiano;

Ao propor a brincadeira, considerar que a criança utiliza deste espaço para

fazer a articulação entre a imaginação e a realidade, ou seja, ela enfrenta a

realidade por meio da brincadeira, construindo ai um universo particular, que

lhe permita a compreensão e a tomada de consciência do mundo real. É este

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

98

o olhar que devemos ter ao observarmos nossas crianças enquanto interagem

com o espaço da brincadeira;

O ambiente precisa ser atraente, convidativo, organizado, flexível, que instigue

a criar e recriar, que possibilite também a mobilidade das crianças;

É importante estar atentos para a coerência na organização dos materiais

oferecidos, garantindo que o que pertence aos “cantos temáticos” esteja

próximo a eles, compondo-os em sua utilidade. Temos que ter claro que a

criança nem sempre atribui aos objetos a função que os mesmos têm na

brincadeira proposta. Um secador de cabelo pode virar uma arma na mão de

um policial, por exemplo. Estes diferentes significados que a criança atribui aos

objetos, fazem parte do caráter imprevisível que a mesma atribui do brincar,

devendo, portanto ser compreendido e respeitado pela professora, que

utilizará este momento como subsídio para o enriquecimento das propostas;

Propor a participação das crianças na organização e reorganização dos

espaços da brincadeira, a partir dos temas que surgirão, alimentando o

imaginário sem direcioná-lo, enriquecendo a brincadeira;

Inserir objetos que possam compor as variações de cenários e temas

propostos pelas crianças, avaliando constantemente sua utilização e

funcionalidade dentro dos temas propostos pelas professoras e pelas crianças;

Temos que estar atentas às condições dos objetos, substituindo-os sempre

que necessário;

Garantir a diversidade dos materiais, acrescentando bonecos de diferentes

etnias, super heróis, monstros, objetos que representem elementos de guerra,

de ficção científica, entre outros;

Possibilitar exercícios de imaginação e criatividade, reiterando a importância

do movimento para expressar ideias e emoções (derreter como sorvete, cair

como um raio, balançar como folhas, vivenciar situações de histórias contadas,

imitar imagens observadas em obras de arte, etc.).

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

99

Área: Ciências e Educação Ambiental

Objetivos

Observar se os alunos adquiriram as seguintes capacidades:

Mostrar interesse e curiosidade em compreender o meio físico e social,

formulando perguntas, fazendo interpretações e manifestando opiniões

próprias sobre os acontecimentos relevantes e significativos que ocorrem,

desenvolvendo sua espontaneidade e originalidade;

Observar e explorar seu entorno físico e social, ordenando sua ação em função

das informações que recebe e que observa, estabelecendo relação entre sua

própria ação e as consequências que delas derivam;

Desenvolver, gradualmente, postura de aprendizagem através da formulação

de hipótese, da busca de informações através de pesquisa, da seleção de

materiais, da observação intencional, do registro sistematizado e da

comunicação de conclusões;

Conhecer e valorizar as manifestações culturais de sua comunidade como

parte do patrimônio cultural da humanidade;

Compreender cada vez mais que os objetos e as relações sociais são

resultados da interação e do trabalho humano acumulado e coletivo,

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

100

reconhecendo gradativamente a capacidade humana de utilizar e transformar

a natureza;

Estabelecer algumas relações entre o meio físico e as formas de vida que aí

se estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies

e a qualidade da vida humana;

Conhecer os modos de vida de alguns grupos sociais e povos, valorizando as

manifestações observadas como elementos enriquecedores das vivências e

conhecimentos individuais e coletivos;

Ampliar gradativamente seu conhecimento sobre o meio físico e social,

compreendendo-o cada vez mais como um todo onde se inter-relacionam

fatores sociais, físicos e culturais;

Estabelecer, gradativamente, relações de cooperação, participação e

compartilhamento em diferentes situações de interação;

Observar as várias tecnologias existentes que o homem criou para auxiliá-lo a

identificar e solucionar.

Conteúdo

Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e

canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de

outras;

Valorização do patrimônio cultural e de seu meio e interesse por conhecer

diferentes formas de expressão cultural;

Identificação de algumas contribuições de diferentes culturas em sua própria

cultura;

Participação em atividades sociais que lhe sejam significativas;

Respeito e valorização de atitudes de manutenção e preservação dos espaços

coletivos;

Identificação de algumas características das diversas paisagens, com ênfase

nas paisagens brasileiras;

Investigação e uso de diferentes meios de comunicação, de suas funções e

características;

Investigação de diferentes meios de transporte e sua utilização nos diferentes

tempos e espaços;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

101

Representação em diferentes linguagens, das experiências diretas realizadas

através da confecção de textos, mapas, registros concretos, desenhos,

maquetes, etc.;

Observação atenta e intencional sobre o meu físico como fonte de pesquisa e

coleta de dados;

Conhecimento sobre diferentes espaços físicos utilizados pelo grupo de

crianças;

Atuação sobre o meio ambiente de forma a preservá-lo, enfatizando a questão

da coleta seletiva;

Identificação de algumas transformações processadas no meio através da

ação de agentes físicos e sociais;

Identificação de diferentes propriedades e características de objetos de

materiais;

Identificação da ação humana na transformação da natureza através de

recursos tecnológicos;

Origem de diversos materiais: areia, madeira, papel. Vidro, plástico, ferro,

água, etc., e sua utilização. Materiais disponíveis na natureza e materiais que

necessitam de alguma intervenção humana para que sejam produzidos;

Identificações de algumas características especificam dos seres vivos e seus

ciclos vitais;

Percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e do meio

ambiente;

Relação entre a presença da água e as características do meio com a

preservação das espécies;

Identificação de alguns animais brasileiros;

Estabelecimento de algumas relações entre diferentes espécies de seres

vivos, suas características e suas necessidades vitais;

Valorização da vida através de situações que impliquem em cuidados

prestados a animais e plantas;

Respeito e valorização de atitudes de cooperação e participação;

Investigação sobre situações de plantio e de criação de animais, considerando

os cuidados que devem ser praticados;

Mudanças que as plantas acarretam para o meio: sua importância para a vida;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

102

Cuidados que todas as espécies necessitam para se desenvolverem e

sobreviverem: tipo de alimentação, habitat, etc., relação entre suas

necessidades e o meio em que vivem;

Conhecimento das influencias dos fenômenos da natureza sobre o meio

ambiente e a sua importância para o desenvolvimento das sociedades

humanas;

Participação em diferentes atividades envolvendo a observação e pesquisa

sobre os recursos tecnológicos: força, equilíbrio, peso, resistência, velocidade

e movimento.

Orientações didáticas

Partir de boas perguntas:

Questionamentos interessantes, dúvidas que mobilizam o processo de

indagação acerca dos elementos, objetos e fatos;

Considerar os conhecimentos prévios, os quais oferecem explicações

provisórias e incompletas para as questões que as preocupam,

desencadeando o planejamento de sequência de atividades pelo educador,

possibilitando a aprendizagem significativa;

Utilizar diferentes estratégias de busca de informações: coleta de dados

(pesquisas, entrevistas, etc.), e leitura de imagens e objetos (é importante que

a criança aprenda a ler objetos e imagens através de desenhos, fotos, pinturas,

filmagens, etc.), vídeo sobre o mundo animal, expedições em lugares

distantes, sobre fenômenos da natureza, também são fontes para a obtenção

de informações e experiência direta: passeios que possibilitem a exploração

do meio físico e social, observação de animais plantas acompanhadas de

informações adicionais, permitem construir uma serie de conhecimentos;

Participar de ações de atuação sobre o meio ambiente (coleta seletiva,

preservação da fauna, uso consciente dos recursos naturais);

Participação em projetos relacionados a meio ambiente e preservação da

natureza;

Possibilitar as crianças o conhecimento de hábitos e costumes socioculturais

diversos (tipo de alimentação, vestimenta, música, jogos, brincadeiras, etc.);

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

103

Trabalhar com material da educação tecnológica para explorar conceitos de

força, equilíbrio, movimento, etc., visando à resolução de problemas.

Critérios de avaliação

Observar se as crianças reconhecem e valorizam algumas manifestações

culturais de sua comunidade;

Observar se as crianças manifestam opiniões, hipóteses e ideias sobre os

diversos assuntos trabalhados na Área;

Observar se as crianças reconhecem a importância dos cuidados com a

natureza e consigo mesmo enquanto seres vivos que necessitam de cuidados.

Área: Artes

Conteúdo: Artes Visuais

Objetivos

Expressar e comunicar-se em artes, utilizando as diferentes linguagens de

expressão e comunicação;

Conhecer e comparar diferentes modalidades artísticas- desenho, pintura,

escultura, colagem, entre outras;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

104

Apreciar a produção artística de diferentes grupos sociais e movimentos

artísticos, além de imagens de objetos presentes no cotidiano, suas próprias

produções e as dos colegas;

Utilizar, conhecer e diferenciar diversos meios, suportes os instrumentos e

recursos próprios da linguagem artística, para utilizá-los em suas produções;

Ampliar o repertório imagético, acrescentando-o em seu fazer artístico;

Desenvolver o prazer na realização do trabalho em artes visuais;

Realizar apreciações dos trabalhos em artes visuais, valorizando a própria

produção e dos colegas;

Descobrir diferentes possibilidades e experimentar combinações na utilização

dos materiais plásticos nos planos bi e tri dimensionais;

Conhecer lugares que expõem trabalhos em arte – museus, galerias, arte

pública, a fim de reconhecer conteúdos trabalhados em sala de aula.

Conteúdos

Manipulação e exploração de diferentes materiais;

Cuidados com os materiais usados, bem como, trabalhos individuais e

coletivos;

Exploração dos elementos da linguagem visual, como composição, forma, luz

cor, textura, volume, linha, ponto;

Apreciação e valorização das produções artísticas de diferentes grupos sociais

(arte infantil, indígena, popular, de diferentes épocas e imagens do cotidiano);

Representação imagética de sensações, emoções e expressões;

Observação do próprio percurso de criação e dos colegas;

Observação, narração, descrição e interpretação, por meio de leituras de obras

de arte.

Orientações didáticas

Adequar o conteúdo a ser trabalhado em artes à faixa etária dos alunos;

Organizar e expor o material produzido em artes, em exposições pela escola

e organizando-os em pasta com todas as produções, para que possam

acompanhar suas produções e seu percurso criador, bem como o dos colegas;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

105

Considerar os objetivos e conteúdos para melhor direcionar seu trabalho junto

aos alunos, buscando a intencionalidade nas ações;

Organizar e expor os materiais que serão utilizados, levando em conta a

acessibilidade dos alunos no momento de escolha;

Organizar e reorganizar após o uso os espaços de criação junto com os alunos;

Promover momentos de apreciação das produções artísticas próprias e do

grupo;

Considerar a aprendizagem de procedimentos para a realização de atividades,

também no ateliê;

Fazer um estudo da história da arte, elencando alguns artistas a serem

trabalhados, através de projetos;

Criar no ateliê um espaço de apreciação de obras de arte de diferentes artistas

e linguagens;

Expor os trabalhos das crianças no ateliê e no mural da escola, proporcionando

momentos de apreciação do fazer artístico dos mesmos;

Variar as possibilidades de uso dos materiais, oferecendo suportes de vários

tamanhos e formas, tintas de várias cores e texturas, sucatas para o trabalho

com bi e tridimensionais, etc.

Critérios de avaliação

Observar se a criança é capaz de:

Expressarem-se com diferentes materiais, recursos, suportes, movimentos

gráficos em seu fazer artístico;

Ampliar a representação de figuras ou objetos;

Demonstrar interesse frente a objetos de artes visuais;

Conhecer alguns artistas e suas produções.

Área: Música/Musicalização

Compreendemos a música como meio ou forma de expressão e apropriação

dos bens culturais de um povo. A música é compreendida como uma linguagem onde

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

106

são manifestas a emoção, as sensações, os sentimentos, a percepção e a interpretação

sonora em suas mais variadas propriedades.

Como componente curricular, o trabalho por meio da música considera cada

sujeito em sua singuralidade rítmica, além considerá-lo capaz de desenvolver a própria

sensibilidade e o potencial criativo para a criação e produção musical.

Na educação infantil, o trabalho musical se dá por meio do processo de

musicalização, onde a sensibilização para os conteúdos específicos desta área e a

ludicidade tornam-se fundamentos para as experiências sonoras e musicais oferecidas

no trabalho didático.

Objetivos

Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros

e ampliar seu conhecimento de mundo;

Perceber a relação entre o som e o silêncio;

Perceber os sons presentes no ambiente;

Expressar sensações, sentimentos e pensamento por meio da exploração sonora em

suas variadas fontes (instrumentos musicais e fontes sonoras);

Manusear e explorar instrumentos sonoros;

Vivenciar a improvisação, a composição e desenvolver o processo de criação sonora;

Desenvolver a percepção sonora, reconhecendo os sons e suas diferentes

propriedades (timbres, altura, intensidade, duração);

Desenvolver a apreciação musical;

Ampliar e diversificar o repertório musical.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

107

Conteúdos

Exploração de diferentes sons através de instrumentos musicais, objetos e fontes

sonoras;

Escuta musical de diversas culturas e estilos como produto cultural do ser humano;

Percepção sonora envolvendo suas propriedades e a relação de som e o silêncio;

Expressão por meio de vivências da linguagem musical;

O fazer musical por meio da improvisação, composição e criação;

Apreciação musical.

Orientações didáticas

Brincadeiras e dinâmicas onde a expressão de sentimentos, sensações e

interpretações sonoras por meio do som, da música ou dos eventos sonoros,

considerando o corpo como parte integrante dessa experiência;

Vivências (sensoriais e corporais) em que a percepção dos parâmetros ou

propriedades sonoras - altura (graves ou agudos), duração (curtos e longos),

intensidade (fracos ou fortes) e timbre (característica que distingue e “personaliza”

cada som), a densidade na organização e realização de algumas produções musicais;

Os jogos e brincadeiras que envolvam a dança, a improvisação musical e criação

musical;

A participação das crianças na sonorização de histórias;

A escuta de diferentes cantigas, canções e músicas dos mais variados estilos e

origens presentes no repertório cultural;

A experiência do canto (individual e coletivo);

Vivências em que as crianças possam explorar sons do corpo e com objetos;

Vivências em que as crianças possam perceber os sons do ambiente;

O repertório musical próprio das crianças para aprecia-lo e ampliá-lo.

Critérios de avaliação

Reconhecer e utilizar a música como linguagem expressiva;

Reconhecer as músicas de sua preferência e ampliá-la,

Distinguir os sons e suas variações a partir dos materiais utilizados para produção

musical.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

108

Ter atenção para ouvir, responder ou imitar a partir de um som ou música;

Ter capacidade de expressar-se musicalmente por meio da voz, do corpo e com

diversos materiais sonoros.

3. ROTINA

“Em geral, a criança convive com poucas pessoas em casa. Está habituada com o ambiente, com os objetos que possui os cômodos da casa e as pessoas que ali vivem. Ao entrar na escola terá que conviver com um número grande de pessoas, materiais, rotina e espaços novos e ainda ficar separada de seus pais e conhecidos. Esta mudança pode gerar em algumas crianças sentimentos de insegurança e até medo. São sentimentos que precisam ser acolhidos pela escola, a fim de que a criança se sinta segura em relação ao enfrentamento do novo. Para as famílias este é, igualmente, um período de inquietações. Além de alterar sua rotina, precisa lidar com o questionamento: ‘será que estou fazendo uma boa coisa para meu filho?’, e sentimentos contraditórios passam a fazer parte da cena familiar: de um lado a alegria de ter conseguido a vaga (...) e de outro a dúvida se este é o melhor a fazer (...). As educadoras, da mesma forma, precisam se adaptar precisam conhecer cada criança e suas famílias, acolher cada uma delas, investigar o que sabem seus interesses, descobrindo pouco a pouco estas novas pessoas que estão chegando.” (Validação – Caderno de Educação Municipal)

Período de adaptação

O Período de Adaptação é um tema que frequentemente vem sendo retomado e

discutido na unidade escolar, pois se compreende o quão importante é o ingresso da

criança na escola, bem como o acolhimento das famílias pela instituição no início e

durante o ano letivo. São desses primeiros contatos que se formarão os vínculos entre

escola-família-comunidade, elo importante para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

109

Primeiro dia da Adaptação com a presença de familiares

A adaptação e a criação de vínculos com os familiares e as crianças já é feita

desde o primeiro contato durante a inscrição. Após a matrícula das crianças novas ocorre

uma primeira reunião com os familiares realizada no mês de dezembro para

apresentação da escola e do PPP da Unidade Escolar. A partir de 2015 ficou acordado

com o grupo que a reunião será feita em horário de HTPC, à noite, para que possamos

contar também com a participação dos professores neste momento, a fim de esclarecer

sobre as propostas desenvolvidas na rotina, sobre os primeiros dias. Desde então, temos

mantido esta organização. (Vide plano de ação para a comunidade).

Durante o período de adaptação procuramos garantir horários que contemplem

algumas situações da rotina da escola e a utilização de alguns espaços de acordo com

a proposta planejada pela professora. Essas ações têm como objetivo a apresentação

e exploração dos espaços que compõem a rotina normal da escola, aproximando a

criança do seu uso. A organização e planejamento desses horários trazem segurança

também para os professores e demais funcionários, pois o foco volta-se para o

conhecimento das crianças, a interação, o fortalecimento de vínculos entre professores

e crianças e principalmente para o próprio período de adaptação.

Podemos concluir que as discussões acerca desse período com todos os

funcionários apuraram os olhares para a qualidade do atendimento que a escola deve

prestar a todos: crianças, familiares, funcionários, etc. Pois a cada ano uma nova história

é contada e os atores que dela participam nem sempre representam os mesmos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

110

personagens, nem nos mesmos cenários. É importante estarmos sempre atentos aos

familiares, as suas falas, ansiedades, angústias, para assim garantirmos a participação

de todos no processo de adaptação. Algumas vezes é necessário que a separação entre

as crianças e seus familiares seja feita aos poucos, respeitando a situação de cada um

dos envolvidos.

O primeiro contato e a conversa com os familiares deve proporcionar segurança

a todos: crianças, familiares, educadores. Nesse sentido, é feito um planejamento desse

período na escola, levando em consideração as reflexões das professoras ocorridas em

Reuniões Pedagógicas, HTPC’s, diálogos com as famílias e avaliação do último período

de adaptação. Levando em consideração as reflexões de todos e as necessidades das

crianças, elaboramos uma planilha com os horários de adaptação para todas as turmas.

Horário do período de adaptação - Turmas Infantil II

Data Horário

07/02 a 10/02 07:30h às 09:30h e 10:00h às 12:00h

13/02 e 14/02 (todos os alunos no mesmo

horário) 07:30h às 9h30h

15/02 07:30h às 10h30h

16/02 e 17/02 07:30h às 12h

20/02 e 21/02 07:30h às 15h

22/02 a 24/02 (horário normal) 7h30 as 17h30

As crianças ingressaram na mesma data, mas organizadas em 2 agrupamentos

em horários distintos, acompanhados por seus familiares no primeiro dia.

Horário de adaptação infantil III, IV e V

Período Data Horário

Manhã De 07/02 a 14/02 Das 8h as 10h

Tarde De 07/02 a 14/02 Das 13h as 15h

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

111

Entrada e saída dos alunos

O momento da entrada é sempre muito aguardado pelas crianças. Podemos

observar em seus sorrisos e movimento agitado de seus corpos o quanto a espera pela

entrada na escola torna ainda esse momento mais aguardado. Nestes momentos, um

membro da equipe de gestão e um membro da equipe de apoio operacional estão

sempre presentes, acolhendo as crianças e as famílias tornando esta transição da casa

para a escola, e vice-versa, mais segura e acolhedora possível.

A maioria das nossas crianças vem para escola de transporte escolar público e

por isso entram sozinhas, porém o acesso às salas é livre para os familiares e os

transportadores que queiram deixar as crianças na porta das salas.

Receber as crianças com um “Bom dia” ou “Boa tarde” e tendo o mesmo desejo

devolvido por ela, traz sempre muita satisfação àqueles que participam pessoalmente

deste momento.

Tempos e espaços de aprendizagem

Os diferentes espaços da escola devem ser considerados como ambientes que

educam e, para isso, precisam ser estruturados de modo a propiciar experiências de

aprendizagens às crianças. O ambiente educativo pressupõe a interação da criança em

espaços que assegurem o bem-estar físico, seguro e que viabilizem interações para a

construção de conhecimento.

Temos na estrutura da escola alguns espaços estruturados e pensados para

propostas especificas dentre eles: a biblioteca, o parque e a praça, o ateliê, a quadra e

o refeitório. Alguns outros espaços tem sido revitalizados ao longo dos últimos anos para

viabilizar a concepção que acima afirmamos: o hall dos banheiros com imagens das

crianças ao procederem durante higiene e escovação, os corredores e espaços

transitórios com decoração baseadas nas produções dos alunos, o gramado (praça) com

instalação sonora entre outros. Ressaltamos porém que o espaço não deve ser um

limitador da proposta, uma quadra pode ser um espaço de simbólica, o parque pode

acolher um momento de leitura, a sala uma tenda com mil possibilidades.

É fundamental que os espaços da escola possam ser avaliados constantemente

de modo a torná-los instigantes e provocativos para as crianças, podendo ali promover

momentos de imaginação, afetividade, gestualidade, autonomia, criação e o brincar.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

112

Biblioteca

Nosso espaço de biblioteca é uma adaptação da Biblioteca escolar Interativa

(BEI), que conta com um acervo de livros e vídeos pertencentes à REBI. Desenvolvemos

um plano para o uso do espaço, definindo nele objetivos, conteúdos e orientações

didáticas para o trabalho com as crianças.

Objetivos

Conhecer o espaço da biblioteca para dele fazer uso, conhecendo o acervo e

localizando os livros de sua escolha de forma autônoma, desenvolvendo

procedimentos de pesquisa;

Promover a participação e envolvimento das crianças, demonstrando seus

próprios interesses e gosto pela leitura, colocando-as na postura de leitores;

Incentivar as crianças a terem uma relação prazerosa e criativa com o texto

escrito, desenvolvendo o gosto pelo ato de ler;

Propiciar o trabalho com a diversidade textual, com a linguagem literária e

expressiva;

Incentivar a busca de novos referenciais, incentivando a pesquisa e a

ampliação da sua leitura de mundo.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

113

Conteúdos

Contato com o espaço da biblioteca com orientações para sua utilização;

Leitura pelo professor e pelas crianças de livros de diferentes gêneros;

Pesquisa em diversas fontes literárias.

Orientações didáticas

Conhecer o espaço da biblioteca e os materiais que estão disponíveis para a

professora e para os alunos;

Fazer um planejamento para o uso da biblioteca, facilitando sua utilização;

O espaço da biblioteca poderá ser usado para roda de leitura, conversa, vídeo,

história com fantoche, CD, roda de música, apreciação e leitura de livros pela

criança e para pesquisas;

É importante orientar as crianças quanto ao uso dos livros, ensinando os

procedimentos de leitor nesse espaço;

Os livros ficam organizados em caixas próprias, separados por ordem

alfabética por sobrenome de autor, e são identificados com etiquetas coloridas

definidas e separadas por critérios da REBI;

Na roda de conversa, orientar para a organização, cuidados e importância da

preservação dos livros, CDs, DVDs (materiais disponíveis);

Ao utilizar a biblioteca para roda de leitura, tendo o cuidado de selecionar e

fazer a leitura antecipada do livro ou material escolhido;

Os fantoches disponíveis no espaço da biblioteca são recursos para que

crianças e adultos utilizem ao contar histórias, desenvolvendo outras

linguagens expressivas como dramatizações, mímicas, gestos, etc.;

Para roda de música, verificar com antecedência se o aparelho encontra-se no

armário, assim como o CD (em caso de música específica);

Para a exibição de filmes, é importante verificar a manutenção do DVD, se o

filme é adequado à proposta planejada, se o filme escolhido está disponível.

Essas orientações impedem que ocorram momentos de espera com as

crianças;

Empréstimos de material da biblioteca serão anotados em caderno específico

de empréstimos;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

114

Os horários de uso da biblioteca estão contemplados na rotina das turmas e

ocorrem duas vezes por semana.

Parque e praça

Parque e praça são mais dois espaços onde o olhar para o “brincar” deve estar

presente enquanto momento de aprendizagem. Além de espaços utilizados para o

brincar, são também espaços em que numa perspectiva de criança integral deva

acontecer a observação da professora em relação a autorregularão, a oralidade, ao

movimento, entre outras. Através da observação destes momentos da rotina das

crianças e como elas os utilizam, a professora terá condições de enriquecê-los com

outros materiais que auxiliarão na composição de temas durante as brincadeiras.

Objetos como pneus, caixas, tecidos, cordas entre outros, permitirão o

estabelecimento de relações no imaginário das crianças, alimentando-o, ampliando a

possibilidade de interação e envolvimento com as propostas que ali surgirão, para além

a exploração dos brinquedos que o compõem, atribuindo-lhe novos sentidos.

Ateliê

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

115

Objetivos

Explorar os recursos que o espaço do ateliê oferece, ampliando as

possibilidades do fazer artístico;

Estar inserido em uma rotina de trabalho em artes, vivenciando experiências

significativas de aprendizagem em artes;

Possibilitar o contato com a linguagem artística, apropriando-se dela durante

os momentos de criação;

Possibilitar que a criança participe de atividades de percurso criador em artes,

construindo seu próprio percurso criador;

Apresentar para as crianças diversas produções artísticas ampliando o

repertório de imagem e ampliando o seu fazer artístico.

Apresentar diversidade de produções artísticas para as crianças e assim

possibilitar a apreciação de diversas obras de arte, ampliando seu repertório

de imagem enriquecendo seu fazer artístico.

Conteúdos

Exploração do espaço e dos recursos que o ateliê oferece;

Rotina do trabalho em artes;

Linguagem artística;

Percurso criador;

Apreciação de trabalhos artísticos.

Orientações didáticas

Utilização de instrumentos, meios e suportes diversos como lápis, pincéis,

tintas, papéis, cola, etc., para o fazer artístico, através da aprendizagem de

procedimentos e exploração destes recursos;

Possibilitar que as crianças manuseiem diferentes materiais, perceber marcas,

gestos e texturas;

Explorar o espaço físico;

Trabalhar com estruturas tridimensionais através da colagem, montagem,

justaposição de sucatas previamente selecionadas, limpas e organizadas,

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

116

provenientes de embalagens diversas, elementos da natureza, tecidos, entre

outros;

Oferecer suportes variados de diferentes tamanhos, formas e texturas nas

atividades de desenho e pintura;

Apresentar atividades variadas em que trabalhem uma mesma informação de

diferentes formas;

Trabalhar com as crianças os cuidados necessários com o próprio corpo e com

o corpo dos outros, principalmente com os olhos, boca, nariz e pele, durante o

manuseio de diferentes materiais e recursos;

Não utilizar materiais tóxicos, cortantes ou aqueles que apresentem a

possibilidade de machucar ou provocar algum dano à saúde das crianças;

Organizar os diversos materiais para uso da criança em suas produções de

modo que estejam de fácil acesso;

Possibilitar o contato, uso e exploração de materiais como caixas, latinhas,

diferentes pincéis, papelões, copos plásticos, embalagens de produtos,

pedaços de pano, etc.;

Propor às crianças que façam desenhos a partir da observação das mais

diversas situações, cenas, pessoas, objetos, obras de arte, etc.;

As criações tridimensionais devem ser feitas em etapas, pois exigem diversas

ações como: guardar e reorganizar o espaço, colagem, pintura, montagem e

apreciação;

Ajudar cada criança na percepção de seu processo evolutivo e do desenrolar

das etapas de trabalho. Essa é uma tarefa que a professora poderá realizar

junto ao grupo;

A exposição dos trabalhos realizados é uma forma de propiciar a apreciação e

valorização destes, e ficarão em varais colocados no ateliê;

Enriquecer o espaço com a exposição de obras de arte de diferentes artistas

ou daqueles que fazem parte dos projetos estudados pelas turmas;

Disponibilizar quebra cabeças de reproduções de obras para manuseio das

crianças neste espaço;

Os horários de utilização do ateliê constam da rotina e ocorrerão uma vez por

semana.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

117

Quadra

A utilização da quadra está disponibilizada a todas as crianças e professoras no

quadro de rotina de tempos e espaços.

Objetivos

Participar de atividades que trabalhem o corpo em movimento;

Explorar diversos materiais, conhecendo as possibilidades que oferecem;

Participar de ações que envolvam a exploração de movimentos de diferentes

qualidades expressivas e rítmicas.

Conteúdos

Exploração de jogos e brincadeiras;

Conhecimento do corpo, identificando limites e habilidades;

Exploração dos movimentos.

Orientações didáticas

Ao propor a atividade na quadra, a professora deve ter um planejamento do

que será trabalhado, organizando os materiais e recursos que serão utilizados;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

118

Propor jogos, brincadeiras envolvendo a interação, a imitação e o

reconhecimento do corpo;

Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer,

escorregar, pendurar-se movimentar-se, dançar, etc., para ampliar

gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento durante

a exploração do espaço e dos materiais utilizados;

Organizar e explorar circuitos com materiais de uso da quadra, seguindo uma

proposta de sequência de desafios a serem vencidos durante a atividade. Esta

atividade também pode ser estendida, em sua organização, para o espaço do

gramado, utilizando cordas presas às árvores como desafio;

Utilizar bolas, cordas, bambolês, etc. propondo atividades de jogos e

brincadeiras que envolvam a exploração destes materiais;

Propor atividades de brincadeira de roda, ampliando as possibilidades

estéticas do movimento;

Propor a participação em jogos de regras, oportunizando as primeiras

situações competitivas e cooperativas;

Incluir a atividade na quadra na rotina da classe, sistematizando seu uso, frente

a objetivos propostos.

Refeitório

Self-service

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

119

Em 2014, fizemos um trabalho formativo com toda a equipe escolar visando o

momento da alimentação como uma etapa da rotina a ser considerada como condição

de estabelecermos a relação entre os princípios Cuidar e Educar. Nossas discussões

permearam o reconhecimento deste momento como espaço para aprendizagens das

crianças implicadas na ação de todos os adultos ao serem “cuidadas” e orientadas

quanto às escolhas dos alimentos, ao porcionamento das quantidades, bem como na

forma de se servir e de manusear a própria refeição.

A alimentação escolar oferecida a todas as crianças atendidas na Escola é

composta por:

Período da Manhã: Colação e lanche;

Período da Tarde: Colação e lanche;

Creche - Período Integral: Colação, hidratação, almoço, lanche e jantar.

A partir de 2017, por orientação da Secretaria de Educação, o cardápio das

refeições diárias foi alterado para parte das crianças atendidas nesta unidade. Ou seja,

aos alunos matriculados em período parcial o cardápio oferece a colação (bebida láctea,

fruta, bolacha ou bolinho), que é servida no refeitório por adesão das crianças que

querem e que vem sozinhas para este momento e durante o dia as turmas tem seu

horário estabelecido para vir com a professora e recebem o lanche (quente ou frio) e

uma bebida. Estes alimentos são oferecidos nas mesas do refeitório, onde as crianças

compartilham os mesmos e servem-se a partir dos procedimentos orientados e

supervisionados pelos adultos.

Em ambos os casos compreendemos que a criança é capaz de vivenciar a prática

de servirem-se no sistema de self-service. Desse modo as crianças aprendem com a

ajuda das professoras e demais adultos a consumir a quantidade de alimento desejada

e a escolher o que deseja comer.

Por fim, compreendemos que este momento diário de refeição é mais uma etapa

da rotina onde crianças interagem entre si e, também, com os demais adultos da escola,

conversando, alimentando-se e aprendendo a conviver a partir de uma prática social.

Objetivos

Oferecer oportunidades para que a criança possa servir-se;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

120

Trabalhar as competências de “pinçar” os alimentos, manipular objetos, quantificar

quantidades, estabelecer peso, usar talheres, mastigar e saborear os alimentos;

Aprender a evitar desperdício;

Estabelecer vínculos com os colegas;

Desenvolver hábitos de higiene pessoal e cuidados com a saúde;

Reconhecer a importância dos alimentos para a saúde;

Ter contato e conhecer o uso adequado dos talheres.

Conteúdos

Desenvolvimento de hábitos de higiene pessoal e alimentar;

Importância do ato de comer para a saúde;

Exploração dos nutrientes de cada alimento oferecido na merenda;

Importância de dosar os alimentos e líquidos, evitando o desperdício;

Desenvolvimento da autonomia no momento de servir-se;

Noções de bom relacionamento com os colegas.

Orientação didática

Ler diariamente o cardápio do dia.

Trabalhar com as crianças os diferentes combinados para o momento da refeição;

Assegurar a beleza, o aconchego e a harmonia na mesa;

Construir gradativamente com as crianças o significado do ato de comer, ressaltando

sempre a importância da qualidade dos alimentos e a necessidade de ingerir apenas

o necessário;

Pesquisar com as crianças sobre a necessidade de ingerir todos os tipos de

alimentos, evitando que deixem de comer legumes e verduras, para que, ao escolher,

ela saiba qual a importância dos alimentos que coloca em seu prato;

Observar diariamente se a criança controla a quantidade de alimento e líquido a ser

ingerido, intervindo diretamente quando houver desperdício, orientando o aluno sobre

a quantidade a ser colocada por ele;

Evitar que elas comam em mesas fórmicas, sem toalhas, frias, impessoais,

empobrecidas, típicas de ambientes coletivos. Procurando sempre manter o refeitório

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

121

num ambiente limpo, decorado a fim de que as refeições fiquem mais divertidas e

prazerosas.

Proposta permanente

Atividade diversificada

“O que mudou foi a minha forma de pensar a “diversificada”, (pois)

passei a refletir mais sobre o momento propriamente. Como intervir

durante a diversificada, o que provocar com as escolhas e

principalmente na minha interação com as crianças nesse

momento.” (Profª Cristiane Moro – Auto Avaliação 2016)

A atividade diversificada, ou propostas diversificadas, foi objeto de estudo na

formação de 2016, onde procuramos elucidar a concepção sobre a importância desta

organização em relação ao planejamento do professor e as experiências oportunizadas

às crianças a partir dessa estratégia metodológica.

Acolher os alunos com uma dinâmica menos dirigida e que favorecesse a não

existência de tempo ocioso por parte das crianças foram as justificativas que sempre

sustentaram tal prática em nossa escola, mas que após as discussões realizadas

reconhecemos que a proposta diversificada não consiste em uma etapa fixa da rotina

diária, normalmente estabelecida no início da aula como estratégia de acolhida dos

alunos, devendo ser compreendida como um recurso ao planejamento do professor,

possível a qualquer momento e espaço da dinâmica diária.

Ao revisitarmos a concepção que temos sobre a atividade ou proposta

diversificada, reafirmamos e ampliamos os objetivos abaixo:

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

122

Objetivos

Proporcionar à criança o exercício da autonomia ao possibilitar a escolha de

propostas e recursos.

Proporcionar relações de vínculo e parcerias com o outro;

Possibilitar à criança revisitar conteúdos de aprendizagem tratados no

encaminhamento coletivo favorecendo a construção de conhecimento.

Oportunizar experiências de aprendizagem através de diferentes linguagens.

As orientações apresentadas a seguir foram reafirmadas em nossas discussões

e destacadas como condição para evidenciar a intencionalidade presente nesta

organização.

Orientações para a realização da proposta

Ao apresentarmos a proposta pela primeira vez, explicamos a dinâmica de

desenvolvimento dos trabalhos e a possibilidade de escolha de cada um. Pode acontecer

que muitas crianças prefiram uma determinada atividade e assim, falte cadeira na mesa

para todos. Nesse caso, intervimos propondo um acerto entre as crianças e a

possibilidade de trocarem de mesa num outro momento ou num outro dia, até mesmo

realizando inscrição antecipada para os cantos “disputados” pelas crianças.

“[...] em meu semanário será modificado na medida em que não

mais descrever os materiais que foram pegos, mas apontar quais

estratégias (propostas) serão utilizadas ou oferecidas no momento.

(Profª Francisca – Auto Avaliação 2016).

Para que a proposta tenha sucesso, ficamos atentas para que todos os cantos

apresentem atividades significativas para as crianças, selecionando previamente os

materiais para a atividade, deixando-os acessíveis para a organização. Em relação aos

materiais e sua correspondência às propostas um destaque que pode ser feito a partir

das discussões formativas, refere-se à diferenciação entre propostas e recursos, muitas

vezes revelados como o mesmo na apresentação do planejamento semanal. Diferenciar

materiais e recursos da real proposta de atividade é condição fundamental para se

localizar a intencionalidade, ou o objetivo deste encaminhamento, a favor da experiência

que se oportuniza às crianças ou à aprendizagem que se pretende favorecer. Por isso,

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

123

ao organizarmos os cantos com diferentes propostas, buscamos ter claros os objetivos

que desejamos atingir e os conteúdos/ aprendizagens que estão envolvidos em cada

atividade.

Buscamos sempre privilegiar a oportunidade de escolha pela criança, evitando

direcionar as decisões. Se isto acontecer, que seja realizado em forma de sugestão pela

professora, com base na observação das características individuais das crianças, ou

ainda na leitura da necessidade apresentada de aprofundamento observada sobre elas.

Nossas sugestões se dão de forma a privilegiar a “constância” e a “diversidade” ao

observarmos as preferências das crianças. Por exemplo, algumas crianças precisam ser

incentivadas a diversificarem suas escolhas, para que ampliem suas potencialidades em

relação a determinados conteúdos e até mesmo para que se autorizem a enfrentar outros

desafios. Outras crianças precisam ser incentivadas a repetirem determinadas

propostas, porque são por demais ansiosas, abandonando os desafios na metade do

caminho, o que dificulta seu processo de aprendizagem.

Algumas observações importantes sobre a classe podem ser feitas nesse

momento: envolvimento na atividade, preferências individuais, lideranças, interações,

escolha dos parceiros, atitudes de cooperação/ competição, estratégias de registros,

hipóteses das crianças em relação a diversos conteúdos, exploração e uso dos materiais,

tomadas de decisão, resolução de problemas.

Aproveitamos este rico momento, no qual as crianças estão organizadas de

acordo com suas preferências e interesses, para realizarmos intervenções mais

personalizadas e pontuais junto aos diferentes grupos e crianças individualmente, de

acordo com os desafios específicos propostos em cada canto, o que não significa

privilegiar um grupo ou criança, mas proceder de forma a contemplar intervenções

específicas para cada situação proposta, de acordo com os objetivos que se pretende

alcançar.

Também faz-se necessário observarmos os cantos que provocam maior interesse

das crianças para apresentá-los com mais frequência ou para incrementar os desafios.

Por exemplo, se o canto da leitura é muito procurado, diversificar cada vez mais os

portadores e os gêneros. Se as crianças gostam muito de jogos de percurso, trazemos

jogos com desafios gradativamente mais difíceis.

Quando optamos por ensinar um jogo novo num dos cantos, damos atenção

especial para essa mesa, garantindo para as demais mesas atividades já conhecida

pelas crianças de forma a possibilitar a ação mais autônoma por parte delas. Este tipo

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

124

de proposta também aparece como uma possibilidade de adequação da atividade

diversificada, mas que ao ser usada, observamos alguns cuidados: não dá para garantir

que todos passem pela mesa do jogo num mesmo período se o que pretendemos é

garantir a possibilidade de escolha por parte delas. Mas é possível reapresentar a

mesma proposta e outros momentos de forma a favorecer a participação das crianças

em determinada atividade e desafio.

Ao organizarmos “kits” com objetos para a brincadeira simbólica, por exemplo,

médico, cabeleireiro, banco, restaurante, casinha, etc., evitamos que sejam guardados

em caixas erradas, porque na prática social real, os objetos do médico não ficam na

cozinha do restaurante e o secador não aparece no caixa do banco. Esse cuidado se

refere à manutenção e organização dos brinquedos nas caixas. Porém no momento da

brincadeira, esses materiais podem se misturar, compondo o enredo das demais

propostas e assumindo outras representações na brincadeira.

Organizamos ainda, um canto que seja alvo de uma observação avaliativa do

trabalho realizado em outros momentos da rotina, por exemplo, no canto de leitura

podemos introduzir os livros já lidos na hora da história e observarmos como as crianças

se utilizam dos mesmos: se reconhece a história, se contam para o colega, se fazem a

leitura de imagens (texto-contexto), se acompanham a escrita buscando indícios para

leitura do código, se procedem como narrador e personagem (tom de voz utilizado e

interpretações realizadas), etc.

Proposta de roda de conversa

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

125

As rodas de conversa ocorrem na rotina diariamente e buscamos sempre ter claro

o objetivo da roda de conversa daquele dia.

Organizamos o espaço, adequando-o para a realização da atividade (crianças

dispostas em círculo).

Temos um olhar atento para as crianças caladas, aparentemente desatentas, já

que as mesmas podem estar atentas, interagindo na conversa através da escuta ativa.

Assim, devemos observar alunos que pouco se expressam , procurando valorizar suas

falas através de intervenções que os insiram na conversa, retomando sua fala de outros

momentos, atribuindo-lhe alguma responsabilidade (Ex.: trazer uma notícia, fazer um

reconto, etc.).

Ao coordenar a roda, temos o cuidado para não produzir monólogos,

principalmente de nossa parte. Falas em coro ou revezamento sequencial na roda não

são boas para que as crianças falem, pois estes movimentos artificializam o conversar

em grupo e centralizarmos a conversa. Devemos deixar que as falas surjam da criança

nos momentos em que fazem sentido para as mesmas. Temos que fazer deste, um

momento prazeroso e significativo para todo o grupo. Sabemos que nossa postura,

nosso “olhar” para a criança, diz muito mais do que sua fala, ou seja, as crianças captam

quando dizemos uma coisa e o seu olhar, seu corpo diz outra. Portanto, procuramos

estar inteiros neste momento, pois o prazer é sentido, e não dito.

Não devemos fazer deste espaço de conversa um momento de se trabalhar com

“lições de moral”. Isto desmotiva a conversar, além de não ser produtivo em termos de

construção de valores pela criança.

Buscamos realizar intervenções cuidadosas, de forma a não tolher a liberdade

expressiva das crianças, ou seja, não ignoramos algumas falas, procurando

compreender os “regionalismos” e mesmo algumas expressões tidas como “pouco

adequadas”, entendendo que estas fazem parte do repertório da criança. Quando nos

deparamos com chamado “palavrão”, procuramos não nos espantarmos diante dele, não

o reforçando através de risadas, pois isto estimula a continuidade de seu uso.

Solicitamos à criança diga a mesma coisa de um jeito diferente, ou complementamos a

ideia trazendo outro modelo de fala para aquela expressão, sem, contudo dar muito

destaque ao que foi dito.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

126

Estamos atentos para o fato de que as falas das crianças não devem ser somente

dirigidas a nós e sim ao grupo e que, em alguns momentos, podem existir comentários

entre as crianças, vinculados direta ou indiretamente ao assunto tratado.

Proposta de hora de história/ leitura

Através deste momento, buscamos promover a participação e envolvimento das

crianças, demonstrado através do interesse e gosto pela leitura, colocando as crianças

na postura de leitores, pois, embora ainda não saibam ler formalmente, eles são leitores

na medida em que interpretam a história que o adulto lhes conta e que se utilizam do

comportamento leitor para tanto. Quando as crianças descobrem o mundo encantador

do livro, vão construindo essa atitude atenta.

Procuramos favorecer o silencio durante a roda de história e a não interrupção da

mesma Para que isto ocorra temos como sugestão colocar uma placa na porta: “HORA

DA HISTÓRIA”, “MOMENTO DA LEITURA”, “NÃO INTERROMPA: ESTAMOS

OUVINDO HISTÓRIA”, que é construída e elaborada com a participação dos alunos,

além do combinado com todos os funcionários da escola no sentido de respeitar este

momento não solicitando a professora ou as crianças da classe.

Uma vez que o clima propício para a leitura da história foi criado e que as crianças

estejam dispostas a ouvi-la, começamos a ler. Procuramos conhecer a história e realizar

uma leitura adequada ao tipo de texto e ao grupo de crianças que está ouvindo. Podemos

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

127

ler uma história completa (para isso selecionamos uma que possa ler no tempo que

dispomos), lê-la em duas partes ou em capítulos. Caso seja longa, interrompemos a

leitura no momento de maior suspense, usando a interrupção como estratégia para criar

nos alunos o desejo de continuar.

Informarmos as crianças do por que da escolha do livro e mostramos outros dados

que consideramos pertinentes para contextualizar a leitura, não necessariamente antes

do início da mesma, mas no momento que for oportuno, se houver interesse da criança

e lhes for assimilável. Procuramos falar com as crianças sobre o autor e ilustrador do

livro, para que saibam que quem escreve ou ilustra é alguém tão comum quanto eles.

Após a leitura, colocamos o livro à disposição das crianças para que possam

folheá-lo e deter-se naquilo que lhes chame mais atenção.

Há várias opções para a maneira de lermos o texto: ler o texto todo e mostrar as

gravuras no final, ler somente o texto, sem ilustração ou, ler e mostrar as figuras

simultaneamente.

Achamos importante diversificarmos os recursos para contar histórias: usar

fantoches, slides, gravuras, teatro de sombras, flanelógrafo, etc. Contar e ler histórias

são dois momentos diferentes e fundamentais. Contar historias lhe permite criar e

escolher as palavras; ao lermos, somos fiéis ao texto, o que permite a diferenciação por

parte das crianças destas duas modalidades de apresentar as histórias. Contando ou

lendo é necessário que haja expressividade, enriquecendo através da entonação,

criando um clima para a história, fazendo sonorizações, destacando as falas dos

personagens, e a história. A leitura, ao mesmo tempo em que perde na criatividade de

quem conta ganha ao desvelar o texto literário. Já o contar, permite-lhe maior

expressividade.

Procuramos recontar as histórias preferidas das crianças, solicitando às mesmas

que o façam em alguns momentos, utilizando o próprio livro ou recursos como fantoches,

por exemplo. Podemos nos deter em algum momento, em algum trecho lido, para

fazermos com que as crianças notem a beleza de uma expressão; imaginem-se num

outro lugar ou situação, partindo do que o autor descreve.

Terminada a leitura, proporcionamos momentos de troca de comentários com as

crianças para que possam mostrar seu entendimento ou gosto pela mesma, da mesma

forma que o leitor adulto comenta suas leituras, por exemplo: quem gostou? De que

parte? De que personagens mais gostaram? O que acharam do final da história? Quem

daria outro final para a história?

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

128

Ao lermos, procuramos garantir uma entonação de voz diferenciada para cada

personagem, para que as crianças atentem às mudanças de interlocutores da história,

dando-lhes vida e proporcionando-lhes um melhor entendimento do conteúdo.

Na sala de aula, temos livros à disposição das crianças em lugares acessíveis.

Podemos ainda convidar outras pessoas para contarem histórias para as crianças.

Caso tenhamos conhecimento de algum familiar de aluno ou alguém da comunidade que

goste de contar histórias, poderemos convidá-lo. Pode acontecer, por vezes, um

intercâmbio com os próprios professores de nossa escola (uma conta história na sala de

aula do outro).

Propomos às crianças criarem personagens da história com sucatas ou fantoches,

estimulando a imaginação. Para isso, utilizamos objetos disponíveis na classe.

Temos claro que, ao lermos histórias para os alunos, devemos ter o objetivo não

só de informar as crianças sobre a linguagem que se escreve, mas também de incentivá-

las a ter uma relação prazerosa e criativa com o texto escrito.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

129

3.1. Rotina de tempos e espaços de uso coletivo

ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA – PERÍODO DA MANHÃ

TURMA COLAÇÃO

SALA DE AULA LANCHE/ HIDRATAÇÃO ALMOÇO

PARQUE

BIBLIOTECA (2ª tarde – limpeza e

organização do espaço)

ATELIÊ (6ª tarde – limpeza e

organização do espaço)

QUADRA (2ª manhã – limpeza e

organização do espaço)

Infantil II A 08h30 às 8h50

7h30 às 8h30 10h às 10h40

11h30 às 14h30 16h00 às 17h30

09h50

10h55 às

11h15 09h20 às 09h50

2ª F

1º HORÁRIO

Momento de uso definido

junto ao planejamento

5ª F.

1ª HORÁRIO

Infantil II B 08h30 às 8h50

7h30 às 8h30 10h às 10h40

11h40 às 14h30 16h às 17h30

11h05 às

11h25

5ª F. 2º HORÁRIO

4ªF. 2º HORÁRIO

Débora Infantil III A

8h10 (dia de leite, bolacha

e bolinho)

Frutas: será dado em sala pela professora

8h às 9h20

e 10h30 às 12h

9h20 às 09h40

*****

9h55 às 10h25

2ª F. 2º HORÁRIO

4ª F.

1º HORÁRIO

Ederli Infantil III B *****

3ª F.

2º HORÁRIO

6ª F.

2º HORÁRIO

Camila Infantil IV A

8h às 9h50 e 11h05 às 12h

09h50 às 10:10

*****

10h30 às 11h00

4ª F 1º HORÁRIO

3ª F.

2º HORÁRIO

Michele Infantil IV B *****

6ª F. 1ª HORÁRIO

5ª F.

2º HORÁRIO

Francisca Infantil V A

08:00 às 10:00

e 11:40 às 12:00

10:20 às 10:40

*****

11:05 às 11:35

3ª F

1º HORÁRIO

6ª F.

1º HORÁRIO

Fernanda Infantil V B *****

5ª F. 1º HORÁRIO

3ª F.

1º HORÁRIO

ATELIÊ, BIBLIOTECA E QUADRA: OS DIAS DE USO SERÃO DEFINIDOS PELA PROFESSORA, OBSERVANDO OS DIAS EM QUE OS ESPAÇOS SERÃO FECHADOS PARA LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO.

ESTES ESPAÇOS DEVERÃO SER UTILIZADOS CORRESPONDENDO AOS HORÁRIOS DE SALA.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

130

ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA – PERÍODO DA TARDE

TURMA SALA DE AULA

COLAÇÃO

LANCHE/

HIDRATAÇÃO

JANTAR PARQUE

BIBLIOTECA (2ª tarde – limpeza e

organização do espaço)

ATELIÊ (6ª tarde – limpeza e

organização do espaço)

QUADRA (2ª manhã – limpeza e

organização do espaço)

M. Iraneide Infantil III C 13h às 13h50

E 15h às 17h

13h15 (dia de leite, bolacha e bolinho)

Frutas: será dado em sala

pela professora

14h30 às 14h50

*****

15h30 às 16h

4ª F 2º HORÁRIO

Momento de uso definido junto ao

planejamento

6ª F 2º HORÁRIO

Patricia R. Infantil III D

***** 3ª F

2º HORÁRIO 5ª F

2º HORÁRIO

Mª Eliana

Infantil IV C 13h às 14h10

E 15h30 às 17h

15h às 15h20

*****

14h20 às 14h50

5ª F 2º HORÁRIO

4ª F 2º HORÁRIO

Rosiane

Infantil IV D

*****

4ª F 1º HORÁRIO

3ª F 2º HORÁRIO

Cristiane

Infantil V C

13h às 15h30 E

16h30 às 17h

15h30 às 15h50

***** 16h05 às 16h35

3ª F 1º HORÁRIO

5ª F 1º HORÁRIO

Patrícia F. Infantil V D

***** 5ª F 1º HORÁRIO

3ª F 1º HORÁRIO

Infantil II A Infantil II B

Indicado no quadro da manhã

14h 16h às 16h20 Após o despertar (15h às 15h30)

6ª F

2ªF

ATELIÊ, BIBLIOTECA E QUADRA: OS DIAS DE USO SERÃO DEFINIDOS PELA PROFESSORA, OBSERVANDO OS DIAS EM QUE OS ESPAÇOS SERÃO FECHADOS PARA LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO.

ESTES ESPAÇOS DEVERÃO SER UTILIZADOS CORRESPONDENDO AOS HORÁRIOS DE SALA.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

131

3.2. Atividade extraclasse e estudo do meio

A atividade extraclasse e estudo do meio em nossa escola têm como objetivo

o cumprimento de mais uma etapa do projeto didático da escola.

Entendemos que a escola é um dos espaços que socializa o conhecimento

sistematizado na sociedade e que há uma infinidade de outros locais onde o

conhecimento também é socializado. Para tanto entendemos os passeios como

possibilidade de ampliar o horizonte cultural de nossos alunos e nossas alunas.

A impossibilidade de a criança participar das atividades extraclasses somente

ocorrerá na falta de autorização dos pais. Cumprimos rigorosamente a orientação da

SE, quanto à gratuidade dos passeios, preservando o direito de participação de todos.

Para que isso não aconteça, a autorização é colada na agenda de cada criança

com vários dias de antecedência que deverá ser assinada pelos familiares.

Será permitida a participação nos passeios apenas de funcionários de apoio e

mães previamente convidadas.

Em avaliação realizada em 2016 foi sugerido pelos professores a possibilidade

de se fazer uma lista de indicações de lugares para estudo do meio com os alunos

onde os educadores, por meio dessas sugestões, possam ampliar as opções e

localizar dentre as mesmas a que melhor acrescente no trabalho desenvolvido ao

longo do ano. Esta lista será encaminhada junto a equipe e atualizada ano a ano, de

acordo com a avaliação da mesma.

Para o presente ano, ficou definido 1 (uma) saída para estudo do meio,

considerando a relação entre tempo hábil e pertinência ao trabalho desenvolvido por

meio do planejamento dos projetos didáticos. Outro motivo pelo qual tomamos tal

decisão é a diminuição de 30% dos recursos destinados à escola para 2017.

Os estudos do meio são específicos ao foco de interesse de cada turma e

poderão acontecer ao longo dos semestres. Além de uma saída para fins de estudo

do meio, pretendemos oportunizar uma atividade cultural para as crianças e familiares,

através da contratação de uma peça de teatro, ação essa bem avaliada no ano

anterior. Assim, garantimos o princípio pedagógico de favorecer a construção do

conhecimento e a ampliação cultural por meio de ações extraclasses.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

132

4. ROTINA DA EQUIPE GESTORA

A rotina da equipe gestora está assim organizada:

Diretora / Professora respondendo pela direção

Rotina diária Rotina semanal

Entre as atividades da rotina diária da diretora podemos elencar: Acompanhamento de entrada ou saída,

de acordo com a flexibilidade da equipe gestora.

Observação do espaço escolar, sua organização, condições de limpeza e necessidades de manutenção;

Ler os informativos e redes vindos da Secretaria de Educação e socializá-los com a equipe da escola;

Atendimento a famílias pessoalmente ou por telefone;

Atendimento às demandas administrativas em parceria com a vice-diretora e Oficial de Escola;

Estabelecimentos de contatos telefônicos com a Secretaria de Educação, Equipe Técnica, outras Unidades escolares, Conselho Tutelar, etc.;

Realização de encontros individuais com professores e demais funcionários sistematizados ou sempre que houver necessidade de intervenção formativa;

Acompanhamento da utilização dos espaços da escola por parte das turmas, avaliando suas necessidades;

Registros escritos ou fotográficos sobre o cotidiano escolar, que proporcionarão encaminhamentos para ações tomadas a partir do observado.

A rotina semanal está assim organizada:

Leitura dos registros dos professores, em parceria com o coordenador;

Organização dos momentos de formação da equipe escolar;

Reuniões com chefias;

Encontros de formação dos profissionais da escola individuais e coletivos;

Encontros com a equipe técnica na escola ou setorizada;

Encontro com a Orientadora Pedagógica;

Acompanhamento do trabalho referente à inclusão;

Agendamento com familiares para tratar de assuntos referentes às crianças;

Envio de solicitações de reparos e manutenção;

Controle de folha de frequência e presença dos funcionários;

Compra de materiais pedagógicos e de manutenção;

Organização do trabalho da APM em parceria com a vice-diretora;

Idas ao Banco para questões relacionadas à APM;

Registro das ocorrências referentes a crianças e famílias em livro próprio;

Verificação da caderneta de chamada;

Efetivação das parcerias com os serviços públicos do Município existente no Bairro: Biblioteca Machado de Assis e UBS;

Ida à Biblioteca Machado de Assis com as crianças, acompanhando-as no trajeto e durante as atividades desenvolvidas.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

133

Professora respondendo pela vice direção

Rotina diária Rotina semanal

Acompanhamento de entrada ou saída, de acordo com a flexibilidade da equipe gestora.

Observação do espaço escolar, sua organização, condições e necessidades de manutenção;

Encaminhamento da demanda administrativa em parceria com o oficial e diretora;

Organização do material de uso das professoras (listagens, cadernetas de chamada, bilhetes, etc.);

Organização e distribuição do material pedagógico às professoras;

Estabelecimentos de contatos telefônicos com a Secretaria de Educação, Equipe Técnica, outras Unidades escolares, Conselho Tutelar, etc.

Organização e documentação das ações da APM e Conselho de escola;

Atendimento às necessidades das crianças e das professoras;

Participação de reuniões com chefia; Atendimento às famílias; Elaboração de bilhetes para as famílias; Escrita no livro de comunicados; Participação nos encontros de formação; Realização de orçamentos para compra de

materiais pedagógicos e de manutenção, passeios, compra de equipamentos;

Organização dos encontros de Conselho de escola e APM, em parceria com a diretora;

Organização do mural da escola, com atividades das crianças, imagens ou fotos para apreciação da comunidade;

Registro das ocorrências referentes a crianças e famílias em livro próprio;

Ida à Biblioteca Machado de Assis com as crianças, acompanhando-as no trajeto e durante as atividades desenvolvidas.

Coordenadora Pedagógica

Rotina diária Rotina semanal

Entre as atividades da rotina diária da coordenadora, podemos elencar: Acompanhamento de entrada ou saída,

de acordo com a flexibilidade da equipe gestora.

Participação dos encontros com as equipes de educação especial, orientadora pedagógica, professores e de gestão da escola;

Planejamento de ações implicadas no acompanhamento pedagógico;

Envolver a equipe docente na elaboração do projeto político pedagógico, bem como no planejamento e execução de suas ações, articulados a Proposta Curricular e Metas da Secretaria. Elaborar estratégias formativas destinadas às professoras de acordo com as necessidades observadas:

Acompanhar os registros das professoras, fazendo a leitura e devolutivas por escrito, que remetam à reflexão sobre a prática pedagógica;

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

134

Conversas com as professoras com horários previamente marcados;

Acompanhar a execução de atividades de aprendizagem em sala;

Acompanhar os alunos em momentos da rotina como parque, escovação e brincadeiras;

Escrita das conversas com as professoras;

Conversas com pais ou responsáveis para orientação e esclarecimentos de fatos que envolvem seus filhos;

Participação nas reuniões de conselho e APM todas primeiras terças-feiras do mês;

Elaboração e execução do plano de formação dos professores e demais membros da comunidade escolar juntamente com a equipe gestora;

Subsidiar as professoras com materiais didáticos pedagógicos que venham a contribuir na formação dos alunos;

Verificar diariamente as condições de trabalho das professoras, oferecendo apoio.

Registros dos observáveis em sala Escrita de devolutivas após leitura dos registros;

Realizar encontros individuais, a partir do acompanhamento das leituras de registro, observações de práticas em sala de aula e necessidades formativas observadas;

Refletir junto à equipe docente sobre os objetivos específicos para cada faixa etária, embasados nos conteúdos do PPP;

Planejamento dos HTPC e R. Pedagógica (quando houver);

Coordenar as ações pedagógicas junto à equipe escolar nos momentos de HTPC, HTP e Reuniões Pedagógicas, considerando o plano de formação da unidade;

Acompanhar e orientar os Projetos Didáticos das professoras, refletindo e avaliando suas etapas e objetivos durante sua realização;

Subsidiar a equipe docente quanto à seleção e organização dos estudos do meio;

Acompanhar e subsidiar as ações referentes à aprendizagem das crianças, bem como daquelas com necessidades específicas, realizando caminhamentos no âmbito da escola e junto à EOT e Orientadora pedagógica;

Apropriar-se do PPP da escola na medida em que se torna parceira nas ações pedagógicas que envolvem o uso dos espaços.

5. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS

5.1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na Educação Infantil a avaliação do processo de aprendizagem dos alunos se

dá através de observações individuais e por meio dos registros dos professores sobre

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

135

as observações realizadas. Essas informações são conteúdos para a elaboração de

relatórios de aprendizagens individuais semestrais, complementadas pelos portfólios

que exemplificam o processo de aprendizagem vivido pelas crianças. São,

igualmente, elementos de reflexão que possibilitam também o replanejamento das

ações.

Além disso, os relatórios são entregues e compartilhados com os familiares na

última reunião do semestre e fazem parte da história da criança na escola, contando

sobre o trabalho desenvolvido pelas turmas, o processo de construção de

aprendizagem das crianças, seus avanços e desafios que demandaram investimentos

por parte dos professores.

Especificamente sobre o portfólio, este é um instrumento avaliativo

complementar aos relatórios semestrais, podendo ser composto por atividades, fotos,

registros de falas das crianças e educadoras, retratando todo o percurso de

aprendizagem, as intervenções e os encaminhamentos efetivados para o avanço das

crianças.

Ao final do ano, relatórios e portfólios são encaminhados às escolas de ensino

fundamental (no caso das turmas do Infantil V) e para as professoras do ano seguinte

daqueles que aqui permanecerem e para outras unidades e para aqueles que daqui

se transferirem.

6. INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

6.1. ACOMPANHAMENTOS DOS INSTRUMENTOS

METODOLÓGICOS

Planejamento

Este é um momento reivindicado pelo grupo, garantindo a troca de saberes,

socialização de projetos e atividades que serão trabalhadas pelas turmas, mediante

as possibilidades de cada uma. Ocorrem em momentos de HTPC no mês. Nestes

momentos, há sempre a presença do trio gestor junto aos grupos, que serão divididos

pela faixa etária das turmas, acompanhando o processo e intervindo sempre que

houver necessidade junto às práticas das professoras. É um momento muito rico para

a construção do grupo, onde todas têm a oportunidade, ainda que enquanto parceiras

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

136

de turmas, de intervir nos conhecimentos, trocando e aprimorando o fazer pedagógico

entre as educadoras desta unidade. Com a ampliação da carga de trabalho, temos o

momento de HTP em que as professoras também utilizam para planejamentos

individuais, em pares ou mesmo com o acompanhamento da coordenação, conforme

já mencionado neste documento.

Registro

Documento que conta a história do grupo, que fala das intervenções, dos

saberes construídos, das expectativas de aprendizagem, das posturas desejos e

anseios que cercam o fazer pedagógico na sala de aula, das conquistas e desafios

dos envolvidos no processo de ensinar e aprender. Para tal, necessita que o educador

sistematize sua elaboração a fim de que este instrumento metodológico possa

contribuir com a reflexão sobre a prática em sala de aula, subsidiando as ações a

serem planejadas a partir desta reflexão.

Também são focos de observação os conteúdos trabalhados, a organização

estrutural da aula, a intencionalidade nas atividades planejadas e o planejamento das

ações pensadas para o desenvolvimento do trabalho.

Observação

O ato de observar vai além do simples ato de olhar pelos olhos dos órgãos do

sentido. Observar exige reflexão, olhar através das entre linhas e assim com a

intencionalidade focada em observáveis. O olhar de um professor observador qualifica

a prática educativa na medida em que observe através de focos de observação: a

dinâmica de grupo, a coordenação, e a aprendizagem.

Através de sua leitura e acompanhamento dos instrumentos metodológicos, a

coordenadora tem a possibilidade identificar o processo de aprendizagem pelo qual

alunos e professores constroem seus saberes, identificando concepções, posturas,

interesses e dificuldades, que serão seu objeto de estudo e intervenção junto à prática

educativa. Tal acompanhamento será realizado através da leitura semanal da

coordenadora, com devolutiva por escrito ou nos encontros individuais e/ ou coletivos

de formação (Htps)

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

137

7. AÇÕES SUPLEMENTARES

7.1. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

“O Atendimento Educacional Especializado, atendimento

complementar a escolarização, destina-se aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades/ superdotação, desde a educação infantil à educação de jovens e adultos, cabendo ao professor de AEE: I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; IV – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; V – ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, soroban, Braille, recursos ópticos e não ópticos, softwares específicos, códigos e linguagens, atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação; VI – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. VII – Elaborar Estudo de Caso, Plano de Atendimento Individualizado e Avaliação de Evolução do Aluno acompanhando, elaborando e fornecendo relatórios sempre que solicitado pela Equipe Escolar e Secretaria de Educação. VIII – Participar das reuniões de HTPC, Conselhos de Ciclo, e outros que forem discutir o aluno do AEE.” (Atendimento Educacional Especializado Instrumento Metodológicos do AEE – Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo Junho de 2012)

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

138

Na nossa escola o atendimento do AEE fica a cargo da professora Cinira que

tem sua sede na EMEB Suzete Aparecida de Campos e continuará nos dando apoio

este ano.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

139

VII. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

140

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Práticas Cotidianas na Educação Infantil –

Bases para reflexão sobre as orientações curriculares. Ministério da educação,

Brasília, 2009.

BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Ministério

da Educação, Brasília, 2010.

BRASIL, Parâmetros de qualidade para a Educação para a Educação Infantil

(vol. 1 e 2), Ministério da Educação, Brasília, 2008.

BRASIL, Práticas Pedagógicas para a igualdade racial na Ed. Infantil. SILVA,

Jr. Hédio. BENTO, Mª Aparecida Silva (org.). São Paulo: Centro de Estudos das

relações de Trabalho e Desigualdade – CEERT, 2001.

BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

CARVALHO, Silvia Pereira de, KLISYS, Adriana, AUGUSTO, Silvana. Bem

vindo mundo! Criança, cultura e formação de educadores. Editora Petrópolis, 2006.

FORMOSINHO, Oliveira Julia; KISHIMOTO, Morchida Tisuko; PINAZZA,

Appezzato Mônica. Pedagogias (s) da Infância dialogando com o passado construindo

o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Cortez, 1997.

GOBBI, Marcia Aparecida, Ver com olhos livres: Arte e educação na primeira

infância, in FARIA, A.L. O coletivo infantil em creches e pré-escolas. São Paulo, Ed.

Cortez, 2007.

Indicadores de Qualidade para a Educação Infantil e Diretrizes Curriculares

para Educação Infantil/ Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica –

Brasília: MEC/SEB, 2009

MELLO, Suely Amaral. A Educação das Crianças de 0 a 6 anos: regularidades

do desenvolvimento.

REGO, Teresa C. R. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação.

Petrópolis: Vozes, 1995

SÃO BERNARDO DO CAMPO, Proposta Curricular do Município de São

Bernardo do Campo, Volume II, Cadernos 1 e 2; Secretaria de educação e cultura.

Departamento de Ações Educacionais. Proposta Curricular:/SEC, 2007.

WAJSKOP, Gisela. Brincar Na Pré-escola. São Paulo: ABDR, 1997.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

141

VIII. ANEXOS

1. NOSSO PATRONO

A escolha do nome dado à nossa escola foi uma homenagem ao escritor e

jornalista Graciliano Ramos, nascido em Quebrangulo, Alagoas em 27 de outubro de

1892 e falecido em 20 de março de 1953, no Rio de Janeiro. É considerado um dos

maiores escritores brasileiros do século XX e proeminente representante do romance

da década de 30.

Primogênito de dezesseis filhos do casal Sebastião Ramos de Oliveira e Maria

Amélia Ramos, viveu os primeiros anos em diversas cidades do nordeste brasileiro.

Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou

um tempo trabalhando como jornalista. Volta para o nordeste em setembro de 1915,

fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste

mesmo ano casa-se com Maria Augusta Barros.

Foi eleito prefeito de Palmeiras dos Índios em 1927, tomando posse no ano

seguinte. Manteve-se no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930.

Segundo uma de suas autodescrições, “(...) Quando prefeito de uma cidade do interior

soltava os presos para construírem estradas. Os relatórios da Prefeitura que escreveu

nesse período chamaram a atenção de Augusto Schimidt, editor carioca que o animou

a publicar Caetes (1933). Entre 1933 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como

diretor da Imprensa Oficial e diretor da Instituição Pública do estado. Em 1934 havia

publicado São Bernardo e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi

preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas, após a Intentona

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

142

Comunista de 1935. Com a ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego,

consegue publicar Angústia (1936), talvez sua melhor obra.

É libertado em janeiro de 1937. As experiências da cadeia, entretanto, ficaram

gravadas em uma obra publicada postumamente, Memórias do Cárcere (1953), relato

franco dos desmandos e incoerências da ditadura a que estava submetido o Brasil.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro,

como inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no Partido Comunista Brasileiro

(PCB), de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos

seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus, retratadas no livro Viagem

(1954). Ainda em 1945 publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabaria

falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer no pulmão.

O estilo formal de escrita e a caracterização do eu constante conflito (até

mesmo violento) com o mundo, a opressão e a dor seria marcas de sua literatura.

2. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA

A EMEB “GRACILIANO RAMOS” possui: 09 salas de aula; 01 quadra; 01

refeitório; 01 horta; 01 parque; 01 biblioteca; 01 diretoria/01 secretaria; 04 banheiros

para alunos; 02 banheiros para funcionários; 01 cozinha escolar; 01 sala de aula

adaptada para ateliê e 01 sala para funcionários.

Por ser uma escola com 49 anos de existência, é visível a necessidade de

vários reparos/manutenções por falta de uma reforma adequada e que atenda a

comunidade nos padrões de qualidade desejáveis.

Durante o Orçamento Participativo (OP) de 2014, após ações organizadas pelo

Conselho de Escola e APM, que mobilizaram a comunidade a comparecer na votação

das demandas do Riacho Grande para o orçamento do Município, a escola foi eleita

como uma das prioridades da região. Com esta conquista a escola será reformada e

acreditamos que a mesma terá as condições estruturais necessárias ao atendimento

de qualidade que todos queremos.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

143

Cleber, representante do Conselho de Escola da EMEB Graciliano Ramos no

OP/2014.

Ao começar o ano letivo de 2015, a comunidade escolar aguardava a esperada

reforma da escola, através dos órgãos colegiados Conselho de Escola e APM, alguns

representantes da Secretaria de Educação e da Secretaria de Planejamento, foram

convocados para uma reunião de esclarecimentos sobre o andamento das prioridades

do Orçamento Participativo. Nesta reunião, os representantes de ambas as

secretarias, informaram que a reforma da escola ainda aguarda por uma data prevista

para ser iniciada. Enquanto isso, o Consultor de Obras responsável por esta região

garantiu a execução de alguns reparos emergenciais no telhado e nas calhas da

escola, bem como a Subprefeitura outras ações paliativas, mas as questões ainda

permanecem.

Em 2016, a esperada reforma de nossa unidade escolar ainda não se efetivou,

mas os órgãos de participação: Conselho de Escola e APM se reuniram no início do

ano para retomar os andamentos desta questão e receberam a devolutiva dos

representantes da Secretaria de Planejamento que já existe uma empresa

responsável pela elaboração do projeto de ampliação e reforma da estrutura predial

de nossa unidade escolar.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

144

3. MATERIAIS PEDAGÓGICOS E EQUIPAMENTOS

Materiais pedagógicos: brinquedos de encaixe, jogos, brinquedos de

montar, materiais para brincadeira simbólica, materiais para exploração em

quadra, brinquedos de areia e parque, etc.;

02 Data shows para uso em reuniões e exibições de filmes para a

comunidade escolar;

Retroprojetor;

Mobiliário;

03 Televisores e 05 DVDs;

02 aparelhos de som de grande potência;

07 aparelhos de som portáteis;

02 computadores;

02 notebook;

02 linhas telefônicas;

01 máquina copiadora (locada);

01 impressora multifuncional;

01 impressora;

02 máquinas fotográficas digitais;

01 filmadora digital;

01 Pen drive;

01 MP4;

Livros e materiais didáticos.

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

145

4. QUADRO GERAL DA UNIDADE ESCOLAR 2016 - EDUCAÇÃO INFANTIL

Diretora: Juliana Bizan Ferrari Matrícula: 35.547-4 Início na unidade escolar 01/02/2017

Horários 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

Entrada 7h 7h 8h40 7h 10h

Almoço 12h as13h

12h as13h

12h as13h

12h as13h

Saída 17h 12h 18h40 15h 18h

HTPC 18h40as 21h40

Flexibilização x

Total de horas diário 9h 5h 12h 7h 7h

Professora respondendo pela vice direção: Erika Palma Matrícula: 30.825-7 e 34.400-1 Início na unidade escolar: 01/02/2013

Horários 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

Entrada 9h 9h 12h40 as 21h40

9h 7h

Almoço 13h as 14h

13h as 14h

- 13h as 14h

13h as 14h

Saída 18h 18h 18h40 18h 16h

HTPC 18h40 as 21h40

Flexibilização x

Total de horas diário 8h 8h 8h 8h 8h

Coordenador Pedagógico: Gisele Elaine Lopes de Freitas Matrícula: 26.337-6 Início na unidade escolar: 30/01/2014

Horários 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

Entrada 8h 7h 9h40 9h 7h

Almoço 12h as 13h

12h as 13h

12h as 13h

12h as 13h

Saída 17h 16h 18h40 18h 12h

HTPC 18h40 as 21h40

Flexibilização x

Total de horas diário 8h 7h 8h 8h 5h

Dia e horário da reunião da equipe gestora: toda 2ª feira de manhã

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

146

Nº de oficiai(s) 01

Horário de funcionamento da

Secretaria: 7h as 18h

Nome: Wilton Fujinaga

Horário: das 8h30 as 17h30 e de quarta

das 7h30 as 16h30

Outros apoios administrativos (profº

readaptado, bolsista, inspetores, entre

outros) - Não temos em nossa Unidade

Escolar

H.T.P.C.

Nº de grupos: 01

Horários:

Quarta: das 18h40 as 21h40

AEE - Prof. / PAPP

Não temos em nossa Unidade Escolar

PAPP LAB

Não temos em nossa Unidade Escolar

Atendimento da Unidade Escolar

Turmas manhã 6 turmas

Turmas tarde 6 turmas

** Número de auxiliares de educação

(apoio na unidade escolar)

Nome: Armando Akiyoshi Matsuzaki

Horário: das 7h 30 as 17h

Professores substitutos lotados na

unidade escolar

Nome: Antonieta Leite do Nascimento

Costa

_________________________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB GRACILIANO RAMOS

147

Turmas Integral (creche) 2 turmas Nome: Neli Marques da Silva

Horário: das 7h30 as 17h

Nome: Silvana Ogalla Cali

Horário: das 7h 30 as 17h

Horário: das 13h as 18h

Estrutura Geral da Unidade Para EMEB de 4 e 5 anos Salas disponíveis: 8 salas de aula

Sala de vídeo: não

Biblioteca escolar: sim

Quadra: sim coberta ( x ) aberta ( )

Sala de Arte / Ateliê: sim

Sala dos funcionários: sim

Número de AUXILIARES de apoio à Inclusão: 01

Número de ESTAGIÁRIOS de apoio à Inclusão: 02

Nome: Vanilde Osmira Rodrigues

Horário: 8h as 17h

Nome: Evilene Moreira Marques da Silva

Horário: das 7h30 as 11h30

Nome: Rosana Aparecida Segatelli Costa

Horário: das 7h as 12h

Nome: Jaqueline Santos Dantas

Horário: das 12h as 18h