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CI 5283
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAREMA – SP
MODELAGEM DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) PARA
MODERNIZAÇÃO DO PARQUE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
CADERNO ECONÔMICO FINANCEIRO
RELATÓRIO FINAL
SÃO PAULO
JUNHO/2019
CI 5283
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 1
2. METODOLOGIA _______________________________________________________________ 2
2.1 FLUXO DE CAIXA LIVRE _______________________________________________________ 2
2.1.1 Valor Presente Líquido ____________________________________________________ 4
2.1.2 Taxa Interna de Retorno – TIR ______________________________________________ 5
2.1.3 Cálculo do WACC ________________________________________________________ 6
3. PREMISSAS ___________________________________________________________________ 8
3.1 Prazo da Concessão __________________________________________________________ 8
3.2 Depreciação ________________________________________________________________ 8
3.3 Crescimento Vegetativo e Substituição ___________________________________________ 9
3.4 Cronograma ________________________________________________________________ 9
3.5 Valor Residual _____________________________________________________________ 12
3.6 Contraprestação ____________________________________________________________ 12
3.7 Tributos Gerais _____________________________________________________________ 14
3.8 Salário e Adicionais _________________________________________________________ 14
3.8.1 Encargos Sociais e Trabalhistas _____________________________________________ 15
3.9 Outras Fontes de Dados ______________________________________________________ 16
4. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ___________________________ 17
4.1 Componentes do Fluxo de Caixa do Projeto ______________________________________ 17
4.1.1 Contraprestações _________________________________________________________ 17
4.1.2 Custos Operacionais (Opex) ________________________________________________ 18
4.1.3 Investimentos (Capex) ____________________________________________________ 23
4.2 Custo Médio Ponderado do Capital (WACC) _____________________________________ 29
4.3 Resultados do Fluxo de Caixa do Projeto _________________________________________ 30
4.3.1 Cenário de Obras Especiais_________________________________________________ 31
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4.4 Considerações Sobre Parcerias Público-Privadas (PPP) ______________________________ 45
4.4.1 Projeto de Modernização do Parque de IP Utilizando Mecanismos da Lei nº 8.666/1993 _ 46
4.4.2 Projeto de Modernização do Parque de IP Via PPP ______________________________ 48
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) ____________________________________ 3
Tabela 2: Fluxo de Caixa Livre (FCL) ____________________________________________________ 4
Tabela 3: Fluxo de Caixa Livre (FCL) ____________________________________________________ 4
Tabela 4: Cronograma Sintético da Modernização do Parque de Luminárias de Guararema __________ 11
Tabela 5: Alíquotas de Impostos ________________________________________________________ 14
Tabela 6: Profissionais Alocados ao Projeto _______________________________________________ 15
Tabela 7: Encargos Sociais e Trabalhistas_________________________________________________ 15
Tabela 8: Custo Unitário Total por Profissional Alocado no Projeto, em R$ ______________________ 16
Tabela 9: Componentes do Fluxo de Caixa Livre ___________________________________________ 17
Tabela 10: Contraprestações com Base no Saldo da Cosip, em R$ ______________________________ 18
Tabela 11: Despesas Administrativas Mensais _____________________________________________ 19
Tabela 12: Despesas com Manutenção Mensais ____________________________________________ 20
Tabela 13: Despesas Mensais com Obras por Equipe _________________ Erro! Indicador não definido.
Tabela 14: Custos Operacionais (Opex) Anuais, em Milhões de Reais __________________________ 22
Tabela 15: Preço Unitário de Luminárias LED por Potência __________________________________ 23
Tabela 16: Valores dos Investimentos Iniciais – Segurança e Controle ___ Erro! Indicador não definido.
Tabela 17: Valores dos Investimentos Iniciais – Ativos Mobiliários (CCO) ______________________ 25
Tabela 18: Investimentos Anuais (Capex), em Milhões de Reais ________ Erro! Indicador não definido.
Tabela 19-I: Fluxo de Caixa do Projeto, em Milhões de Eeais (Anos 1 a 15) ______________________ 26
Tabela 19-II: Fluxo de Caixa do Projeto, em Milhões de Reais (Anos 16 a 30) ____________________ 27
Tabela 20: Resultados da Análise de Viabilidade Econômico-Financeira ________________________ 31
Tabela 21: Investimentos anuais (Capex), em milhões de reais – Cenário 100% Obras Especiais ___ Erro!
Indicador não definido.
Tabela 22: Investimentos Anuais (Capex), em Milhões de Reais – Cenário 50% Obras Especiais _____ 41
Tabela 23: Preço Unitário das Obras Especiais _____________________________________________ 42
Tabela 24 __________________________________________________________________________ 45
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1. INTRODUÇÃO
Este caderno – Análise de Viabilidade Econômico-Financeira – faz parte do Produto
Final do estudo realizado pela Fipe, o qual fornece subsídios à Prefeitura Municipal de
Guararema para que ela estruture uma Parceria Público-Privada para o projeto de
modernização e manutenção do Parque de Iluminação Pública do município.
No primeiro caderno, foi apresentada a modelagem técnica do projeto, contendo um
plano de substituição de luminárias convencionais de todos os pontos de iluminação do
município por lâmpadas de tecnologia LED, de forma a adequar a luminosidade dos
logradouros públicos às necessidades atuais e futuras da cidade. O projeto técnico
também prevê a instalação de sistema de telegestão nas vias principais, agregado a um
sistema de monitoramento e segurança.
O presente caderno contém a análise de viabilidade econômico-financeira desse projeto.
A seção 2 faz uma breve explanação da metodologia aplicada. A seção 3 apresenta as
premissas adotadas. A seção 4, por fim, contém a análise de viabilidade econômico-
financeira do projeto de estruturação do sistema de iluminação pública do município
através do modelo de PPP.
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2. METODOLOGIA
Para verificar a viabilidade do projeto, elaboramos e analisamos o fluxo de caixa de
acordo com as especificações da tecnologia a ser implantada no parque de IP da cidade
definidas nos relatórios anteriores. As próximas subseções apresentam um resumo da
metodologia aplicada no estudo de viabilidade econômico-financeiro.
2.1 FLUXO DE CAIXA LIVRE
Para analisar um projeto, é necessário encontrar o seu Fluxo de Caixa Livre (FCL)1 ao
longo de determinado horizonte de tempo. Esse procedimento é unânime em livros-
textos, entre os quais destacamos Brigham e Ehrahardt (2008)2. A palavra “livre”
significa o fluxo de caixa isento de receitas e despesas não operacionais, depois de
considerados os investimentos e revertida a depreciação. Esse é o fluxo de caixa que
fica para a empresa e não para o(s) acionista(s) ou dono(s) da empresa. É preciso
considerar essa diferenciação para que os resultados sejam consistentes futuramente.
Para obter o fluxo de caixa que cabe ao investidor – Fluxo de Caixa do Acionista –,
seria preciso subtrair do resultado o custo de capital de terceiros3.
Na modelagem aqui apresentada, serão aplicadas as técnicas de análise de projeto, tais
como Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR), sobre o Fluxo de
Caixa Livre. Os conceitos de VPL e TIR serão vistos com mais detalhes adiante.
Concentremo-nos em entender como obter o FCL.
O conceito de Fluxo de Caixa Livre inclui o lucro operacional, mas exclui receitas e
despesas não operacionais. Por exemplo, mesmo que o Demonstrativo de Resultado do
Exercício (DRE) inclua o pagamento de juros, esses juros são excluídos do resultado
para fins de obtenção do FCL. Conceitualmente, não se deve avaliar um negócio
considerando despesas e receitas não operacionais, porque não se estaria avaliando o
lucro do negócio em si. Além disso, as receitas de juros obtidas por aplicações
1 Em inglês, esse é o conceito de Free Cash Flow to Firm ou FCFF.
2 BRIGHAM, Eugene F. & EHRHARDT, Michael C. Financial Management, 12
th. ed. Mason: South-
Western, 2008. 3 Nesse caso, o conceito relevante é o Free Cash Flow to Equity ou FCFE.
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financeiras, mesmo que constem no DRE, não são o objeto principal do negócio; logo,
não devem ser consideradas para fins de obtenção do FCL do projeto.
Outra conta que deve ser revertida é a depreciação. A depreciação aparece no DRE, mas
não constitui uma saída efetiva de caixa, embora sirva para o cálculo do Imposto de
Renda. Por conseguinte, depois de obter o lucro líquido do DRE, devemos adicionar
depreciações e despesas não operacionais e subtrair receitas não operacionais. Obtém-
se, assim, o chamado Fluxo de Caixa Operacional. Esquematicamente, portanto, temos
no DRE o seguinte:
Tabela 1: Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE)
Receita Líquida (+)
Custos Operacionais (-)
Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA)
Depreciação/amortização (-)
Lucro antes de juros e impostos ou Receita Operacional (EBIT)
Receitas não operacionais (+)
Despesas não operacionais (-)
Juros (+/-)
Lucro antes dos Impostos
Impostos (-)
Lucro líquido
Obtido o LAJIDA ou EBITDA4, desconta-se a depreciação para obter a receita
operacional, ou seja, os lucros antes dos impostos e juros, EBIT5. O montante de
depreciação contábil segue regras da receita federal, e depende dos itens sendo
depreciados.
Do lucro antes dos impostos e juros, deduzem-se as despesas e receitas não
operacionais, as quais incluem juros recebidos e pagos. Ao lucro líquido, devem-se
somar a depreciação contábil, que não constituiu uma saída efetiva de caixa, e reverter
as contas de juros, receitas e despesas não operacionais. Em seguida, devem-se subtrair
os gastos com capital destinado a gerar benefícios futuros, também chamado de Capex.
Com isso, obtém-se o FCL, conforme o esquema a seguir:
4 Do inglês: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization.
5 Do inglês: Earnings Before Interest and Taxes.
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Tabela 2: Fluxo de Caixa Livre (FCL)
Lucro Líquido
Depreciação/amortização (+)
Receitas não operacionais (-)
Despesas não operacionais (+)
Juros (-/+)
Capex (-)
Fluxo de Caixa Livre (FCL)
Como as operações são financiadas com capital próprio e de terceiros, pode-se entender
o Fluxo de Caixa Livre como sendo alavancado. Se subtraíssemos a remuneração de
juros pagos a terceiros do FCL, teríamos o fluxo de caixa desalavancado, também
conhecido como Fluxo de Caixa do Acionista, que é o fluxo de caixa que efetivamente
sobraria ao acionista do negócio. Entretanto, nessa análise, teríamos que deduzir dos
investimentos os recursos provenientes de empréstimos financeiros.
Há casos em que não se usa o lucro líquido para obter o FCL, mas o lucro operacional
deduzido dos impostos sobre esse lucro. Ou seja, calcula-se o lucro operacional líquido,
ou NOPAT6, da seguinte forma:
𝑁𝑂𝑃𝐴𝑇 = 𝐸𝐵𝐼𝑇(1 − 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜)
Nesse caso fica assim:
Tabela 3: Fluxo de Caixa Livre (FCL)
NOPAT
Depreciação/amortização (+)
CAPEX (-)
Fluxo de Caixa Livre (FCL)
2.1.1 Valor Presente Líquido
O Valor Presente Líquido (VPL) é obtido por meio da diferença existente entre as saídas
econômicas de caixa (investimentos, custos e impostos) e as entradas econômicas7 de
caixa (receitas), descontados a uma determinada taxa de juros. Considera-se atraente o
projeto que possuir um VPL maior ou igual a zero. Por meio desses estudos, o ofertante
pode escolher pela aceitação ou rejeição do projeto. O VPL é obtido pela seguinte
fórmula:
6 Do inglês: Net Operating Profit After Taxes.
7 A qualificação econômica é importante para caracterizar o fluxo de recursos que efetivamente interessa
à empresa.
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VPL = ∑FC𝐿t
(1 + r)t
N
t=0
Em que 𝐹𝐶𝐿𝑡 é o Fluxo de Caixa Livre descrito anteriormente, N é o número de
períodos da concessão e r é a taxa de desconto utilizada para obter o VPL.
A taxa de desconto tem a função de permitir a comparação dos fluxos de caixa em
diferentes momentos do tempo. Ela tem várias interpretações. Uma delas é tratar-se do
custo de oportunidade do ofertante de serviços. Se o VPL for positivo, significa que o
ofertante tem um retorno superior ao que obteria se aplicasse seus recursos em um
investimento alternativo. Outra forma de obter a taxa de desconto é calculando-se o
custo de capital médio ponderado da empresa (WACC)8.
O estudo do VPL é feito a partir de valores reais (valores que descontam o impacto da
inflação na análise), de forma que todos os valores são analisados a uma mesma base de
nível de preços. O VPL tem a vantagem de poder ser justificado economicamente como
critério de escolha, contudo a comparação de projetos com diferentes magnitudes de
investimentos e duração fica prejudicada.
2.1.2 Taxa Interna de Retorno – TIR
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que produz um VPL igual a zero.
Considera-se atraente um projeto que apresentar uma TIR maior ou igual à taxa de juros
que representa a taxa mínima de atratividade, ou custo de oportunidade, para a empresa,
mais um termo que representa um prêmio de risco do negócio. A TIR pode ser calculada
da seguinte forma9:
∑FC𝐿t
(1 + TIR)t=
N
t=0
0
Note novamente que a TIR desconta fluxos de caixa reais e por isso deve ser analisada
frente uma taxa de juros real da economia. A obtenção da TIR é feita por métodos
matemáticos numéricos complexos, mas já disponíveis em programas como o Excel.
8 Do inglês: Weighted Average Cost of Capital.
9 Ver De-Losso, Rangel e Santos (2011), op. cit.
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2.1.3 Cálculo do WACC
Para calcular a taxa de desconto mensal a ser utilizada para amortizar os investimentos
feitos ao longo do contrato, utilizamos o método do Custo Médio Ponderado de Capital
(WACC). Este método consiste em calcular a média ponderada entre o custo de capital
próprio da empresa (𝐸) e o custo de capital de terceiros (𝐷, capital externo à empresa),
estimados a valores de mercado, ou com valores contábeis. As duas fontes de capital são
ponderadas com base na estrutura de capital, que é a relação entre o capital próprio e o
capital de terceiros, característica do setor, a saber:
𝐶𝐶 =𝐷
(𝐷 + 𝐸)𝐶𝐶𝑑[1 − 𝑡𝑐] +
𝐸
(𝐷 + 𝐸)𝐶𝐶𝑒
Em que 𝐶𝐶𝑑 denota o custo de capital de terceiros antes do imposto de renda da
empresa, 𝐶𝐶𝑒 representa o custo de capital próprio da empresa; e 𝑡𝑐é a alíquota de
imposto de renda da empresa.
Por seu turno, a expressão do custo de oportunidade do capital próprio no Brasil (𝐶𝐶𝑒) é
calculado, principalmente, por meio do método de Capital Asset Pricing Model
(CAPM). O CAPM procura encontrar uma relação positiva entre os retornos dos ativos
das empresas e o retorno do mercado. Segundo o modelo, desenvolvido por
Markowitz10
, Sharpe11
, Litner12
e Black13
, pode-se modelar a relação entre o risco e o
retorno esperado de um ativo pela seguinte fórmula geral:
𝑅𝑖 = 𝑅𝑓 + 𝛽(𝑅𝑚 − 𝑅𝑓)
Em que Ri é a taxa de retorno do ativo i, Rf denota a taxa de retorno do ativo livre de
risco e Rmrepresenta a taxa de retorno de mercado. A ideia por trás desse modelo é que
o capital investido em um empreendimento precisa ser compensado de duas maneiras:
pelo valor do dinheiro no tempo, dado pela taxa livre de risco; e pelo risco do negócio,
10
Markowitz, H. M. (1952): “Portfolio Selection”, Journal of Finance, 7(1), 77-91. 11
Sharpe, W.F. (1964): “Capital Asset Prices: A Theory of Market Equilibrium Under Conditions of
risk”, Journal of Finance, 19, 425-442. 12
Lintner, J. (1965): “The Valuation of Risky Assets and the Selection of Risky Investments in Stock
Portfolios and Capital Budgets”, Review of Economics and Statistics, 47, 13-37. 13
Black, F. (1972): “Capital Market Equilibrium with Restricted Borrowing”, Journal of Business, 45,
444-455.
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ou seja, a compensação que o investimento deve gerar para seu investidor dado que o
mesmo assumiu riscos adicionais. Assim, o risco total de uma ação pode ser
decomposto em duas partes: o risco diversificável14
e o risco não-diversificável15
.
Uma das principais ideias por trás do CAPM é a de que ativos que têm covariância
positiva com a carteira de mercado possuem preços menores. Desse modo, para o
CAPM temos que o retorno esperado de um ativo é uma função linear positiva de seu β
de mercado e que os riscos de mercado são suficientes para explicar o seu retorno
esperado. Esta é a metodologia utilizada pelo Ministério da Fazenda para o cálculo
WACC, de acordo com a Nota Técnica n° 64 STN/SEAE/MF.
14
O primeiro trata da parcela do risco que não pode ser associado ao comportamento da economia,
dependendo exclusivamente das características de cada ação, e é função de uma série de itens que podem
afetar o desempenho da firma. Esse tipo de risco pode ser eliminado pelo processo de diversificação dos
ativos que compõem uma carteira. 15
O risco não-diversificável, também conhecido por risco de mercado ou sistemático, está relacionado às
flutuações do sistema econômico como um todo, não podendo ser eliminado pelo processo de
diversificação de ativos. Em relação a este último tipo de risco as ações reagem de forma diferenciada,
isto é, algumas sobem mais e outras menos, embora todas sejam afetadas. O risco sistemático de um ativo
é calculado através de uma medida de risco gerada pelo coeficiente beta, que compara os retornos de um
ativo/empresa com o retorno de mercado. Temos que a relação estabelecida pelo CAPM é de que o
retorno de um ativo é dado pela combinação de dois componentes: taxa livre de risco e prêmio de risco.
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3. PREMISSAS
O modelo jurídico sugerido para a consecução do Projeto de Modernização do Parque
de Iluminação Pública (IP) de Guararema é o de uma Parceria Público-Privada – PPP,
por meio de um contrato de Concessão Administrativa, firmado entre o Poder
Concedente e a futura Concessionária dos serviços objeto do Projeto ora em tela, de
acordo com a legislação existente sobre a matéria.
As PPPs têm como objetivo atrair o setor privado, seja nacional, seja estrangeiro, para
investimentos em projetos importantes para a sociedade em situações em que se garante
um retorno mínimo sobre o capital investido. Esse “retorno mínimo” é proporcionado
pelo pagamento de “contraprestação” ao investidor privado pela administração pública.
Para elaborar o fluxo de caixa do projeto, analisamos o material coletado sobre as obras,
reformas, instalações e a troca das luminárias, de acordo com o que foi apresentado no
Caderno I. A seguir, apresentamos em detalhes as premissas relevantes, que serão
utilizadas para o estudo de viabilidade econômico-financeira da modelagem de PPP do
Projeto objeto desse estudo.
3.1 PRAZO DA CONCESSÃO
O prazo de concessão considerado no presente estudo será de 30 (trinta) anos, sendo que
o início da implantação do Projeto se dá imediatamente após a assinatura do contrato
com a empresa ou grupo vencedor da licitação.
3.2 DEPRECIAÇÃO
De acordo com os estudos técnicos realizados, consideramos que cada categoria de
investimentos é depreciada pelos seguintes prazos:
Veículos: depreciação linear em 5 anos;
Mobiliário: depreciação linear em 10 anos, exceto para tecnologias da
informação (5 anos);
Equipamentos de telegestão: depreciação linear em 11 anos;
Luminárias LED: depreciação linear em 11 anos;
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Centro de Controle de Operações: depreciação linear em 30 anos.
3.3 SUBSTITUIÇÃO
Além disso, a modelagem técnica prevê uma estimativa da quantidade de luminárias
usadas para substituição de ativos que sofreram quebras casuais ou danos por
vandalismo, a qual foi estimada em 0,10% do conjunto de lâmpadas já instaladas em
cada ano.
3.4 CRONOGRAMA
O cronograma prevê que no primeiro ano (meses 3 a 12) do Projeto de Modernização do
Parque de Iluminação Pública do município seja reservado à fase de obras, reformas e
instalações para a implementação da nova estrutura de iluminação pública, como troca
das luminárias atuais por luminárias LED; obras necessárias para a modernização da
estrutura e do amparo logístico; e plano de instalações do sistema de segurança e do
CCO.
A substituição de luminárias deverá ter início com as luminárias de maior potência, as
quais serão instaladas nas principais vias do município e, como apresentado no Caderno
1, seguindo as normas da ABNT. O sistema de telegestão será acoplado às luminárias de
215 W, de 165 W e de 145 W, e será instalado concomitantemente à substituição dessas
luminárias.
Considerando os períodos de depreciação dos ativos, dentro do cronograma também foi
estabelecido que, após 11 anos a partir da sua implementação, deverá ser realizada a
substituição das luminárias e equipamentos de telegestão, à medida que esses ativos
estarão com o funcionamento comprometido por estarem no fim de sua vida útil. O
quantitativo de ativos necessário para a reimplementação é igual ao quantitativo
empregado no período de implementação. Ademais, consta a substituição de luminárias
quebradas ou danificadas durante todo o período de vigor da PPP, ambos na ordem de
0,1% por ano.
O cronograma sintético anual da implementação de luminárias LED e de sistemas de
telegestão está disponível na Tabela 4. Além disso, a instalação do CCO e do Sistema
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de Segurança do Parque de Iluminação Pública Guararema deverá ser efetuada no
primeiro ano do Projeto, havendo reinvestimentos após o período de depreciação desses
ativos, conforme listado no item 3.2.
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Tabela 4: Cronograma Sintético da Modernização do Parque de Luminárias de Guararema
Cronograma de Instalações Quantidades de Luminárias por Ano
Tipo de Luminária Preço unitário KIT Telegestão Quant. Inicial 1 02 a 10 11 12 a 20 21. 22 a 30
45 539,35 180,00 NÃO 617 617 - 617 - 617 -
54 640,55 180,00 NÃO - - -
72 683,10 180,00 NÃO 1,377 1,377 - 1,377 - 1,377 -
90 840,65 180,00 NÃO 2,792 2,792 - 2,792 - 2,792 -
110 880,00 180,00 NÃO 1,367 1,367 - 1,367 - 1,367 -
135 998,00 180,00 NÃO 0 0 - 0 - 0 -
145 1017,75 180,00 NÃO 1,347 1,347 - 1,347 - 1,347 -
165 1237,4 180,00 SIM 1,211 1,211 - 1,211 - 1,211 -
180 1.437,50 180,00 SIM 0 0 - 0 - 0 -
215 1552,5 180,00 SIM 715 715 715 - 715 -
Total de Luminárias
9426 9426 - 9426 - 9426 -
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3.5 VALOR RESIDUAL
Após o período de concessão, é previsto valor residual dos ativos, o qual faz referência
ao valor implícito remanescente de cada ativo (não depreciado) após o período de 30
anos da PPP. Os ativos não depreciados serão aqueles relacionados ao período de
reinvestimento. Esclarecemos que os ativos adquiridos no início do contrato já estarão
totalmente depreciados até o seu final.
3.6 CONTRAPRESTAÇÃO
O retorno ao investidor em Contrato de Concessão Administrativa via PPP é
proporcionado pelo pagamento de “contraprestação” ao parceiro privado pela
administração pública. No que tange à Iluminação Pública, a Contribuição para Custeio
do Serviço de Iluminação Pública – Cosip – é a principal fonte de recursos. Sua
cobrança, podendo ser realizada de forma facultativa na fatura de energia elétrica, está
prevista no artigo 149-A da Constituição Federal e é atribuída aos municípios e ao
Distrito Federal.
No presente estudo, considerou-se a Cosip como fonte de remuneração para cobrir o
projeto de modernização do Parque de IP de Guararema, em conformidade com uma
Taxa Interna de Retorno do projeto mínima e seguindo as especificações da modelagem
técnica. Além disso, a arrecadação deve pagar o consumo de energia da iluminação
pública do município.
No quadro abaixo apresentamos o quadro atual de lâmpadas bem como o quadro
projetado, com o consumo de energia, em KW/h, para cada nível de potência:
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Quadro Atual
TIPO POTÊNCIA PERDA REATOR TOTAL QUANTIDADE CONSUMO (KWH)TIPO POTÊNCIA
70 14 84 20 598 LED 45
100 17 117 2.533 105.507 60
150 22 172 996 60.989 80
250 30 280 936 93.303 120
1.000 110 1.110 0 0 0
400 38 438 12 1.871 200
80 10 90 0 0 45
125 14 139 371 18.326 60
250 25 275 66 6.462 120
400 38 438 54 8.420 200
70 8 78 132 3.665 45
100 12 112 0 0 60
150 23 173 865 53.275 80
250 30 280 1.885 187.902 120
400 40 440 1.308 204.891 200
Vapor Metálico 1.000 70 1.070 0 0 0
Mista 160 0 160 0 0 0
6 0 6 0 0 0
30 0 30 5 53 0
36 0 36 0 0 0
50 0 50 2 36 0
100 0 100 31 1.104 0
120 0 120 0 0
127 0 127 13 588 0
147 0 147 99 5.181 0
240 0 240 61 5.212 0
306 0 306 0 0 0
20 0 20 0 0 0
45 0 45 34 545 45
65 0 65 3 69 45
Total 9.426 757.998 Total
LED
Fluorescente
Vapor de Sódio
Vapor Mercúrio
Vapor Metálico
LED
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3.7 TRIBUTOS GERAIS
Consideramos o regime tributário do empreendimento para a apuração de lucro real,
dados o tamanho e a possibilidade de compensação de prejuízos iniciais. Assim, o
empreendimento da PPP será enquadrado na incidência dos seguintes impostos e
alíquotas:
Tabela 5: Alíquotas de Impostos
PIS 1,65% sobre as receitas operacionais
COFINS 7,60% sobre as receitas operacionais
ISS 5% sobre as receitas operacionais
CSSLL 9% sobre o lucro líquido antes de impostos
IRPJ 15% sobre o lucro líquido antes de impostos
IRPJ adicional 10% para a parcela de lucro acima de R$ 240 mil anuais
3.8 SALÁRIO E ADICIONAIS
Os salários foram calculados com base nas informações do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho para a Região
Quadro Projetado Equivalência Classificação de Via
TIPO POTÊNCIA DO LEDPERDA TOTAL QUANTIDADE CONSUMO (KWH)QUANTIDADECONSUMO (KWH)
LED 45 0 45 617 9.885 617 0
54 0 54 0 0
72 0 72 1.377 35.296 1.377 0
90 0 90 2.792 89.458 2.792 0
110 0 110 1.367 53.533 1.367 0
135 0 135 0 0 0 0
145 0 145 1.347 69.534 1.347 0
165 0 165 1.211 71.136 1.211 0
180 0 180 0 0 0 0
215 0 215 715 54.728 715 0
0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
9.426 383.570 9.426 0
CI 5283 15
Metropolitana de Curitiba para março de 2018. O corpo de funcionários necessários à
execução do projeto consta na Tabela 6.
Tabela 6: Profissionais Alocados ao Projeto
Profissões
Engenheiro Eletricista
Gerente Financeiro
Supervisor
Atendentes
Auxiliar administrativo
Motorista
Eletricista
Auxiliar de eletricista
Auxiliar de serviços gerais
Acrescenta-se, ao valor do salário, 30% de adicional de periculosidade para as funções
elegíveis, de acordo com a NR 16, as quais são: engenheiro eletricista, eletricista,
auxiliar de eletricista, auxiliar de serviços gerais e motorista. O salário médio parcial é
calculado da seguinte forma:
salário médio parcial = (1 + 0,3). salário
3.8.1 Encargos Sociais e Trabalhistas
Os encargos sociais e trabalhistas são compostos por acréscimos ao salário médio das
categorias do corpo de funcionários da empresa contratada. Sobre o salário médio
parcial, teremos um acréscimo por encargos sociais, sendo ele calculado através de uma
alíquota (alic) incidente sobre o valor do salário médio com encargos trabalhistas.
encargos sociais = salário médio parcial × alíquota
A alíquota aplicada foi de 65,21%, conforme apresentado na Tabela 7.
Tabela 7: Encargos Sociais e Trabalhistas
Encargo Alíquota
INSS 20,00%
SENAI/SENAC 1,00%
SESI/SESC 1,50%
SALÁRIO EDUCAÇÃO 2,50%
INCRA 0,20%
SEBRAE 0,60% (*)
SAT 3,00%
FGTS 8,00%
13º Salário 11,32%
CI 5283 16
Férias 11,32%
1/3 s/ Férias 3,77%
Auxílio Doença 0,50% (**)
Eventuais 1,50% (**)
TOTAL 65,21%
(*) Variável de 0,3 a 0,6% conforme Legislação Previdenciária.
(***) Auxílio doença e encargos eventuais variam de empresa para empresa.
Fonte: Sebrae. http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=744&%5E%5E
O custo total médio com o corpo de funcionários foi obtido a partir da soma do salário
médio parcial e encargos sociais, conforme descrito abaixo, e é apresentado na Tabela 8.
total custo = salário médio parcial + encargos sociais
Tabela 8: Custo Unitário Total por Profissional Alocado no Projeto, em R$
Função Salário-base Adicional Salário Médio Encargos Custo Médio
Gerente Financeiro 12.092,96 - 12.092,96 7.885,82 19.978,78
Supervisor 3.557,84 - 3.557,84 2.320,07 5.877,91
Atendentes 2.525,60 - 2.525,60 1.646,94 4.172,54
Auxiliar administrativo 1.804,00 - 1.804,00 1.176,39 2.980,39
Eletricista 2.519,88 30% 3.275,84 2.136,18 5.412,02
Motorista 1.994,08 30% 2.592,30 1.690,45 4.282,75
Auxiliar de eletricista 1.804,00 30% 2.345,20 1.529,30 3.874,50
Auxiliar de serviços gerais 1.749,44 30% 2.274,27 1.483,05 3.757,32
3.9 OUTRAS FONTES DE DADOS
Coletamos, também, dados de mercado para complementar as informações repassadas
pela Prefeitura de Guararema. Algumas bases de dados utilizadas foram:
IPCA ao ano (IBGE): transformação dos valores para maio de 2018;
IPCA esperado pelo mercado (BCB): cálculo da depreciação real futura;
IPC-EUA (DLT – Governo dos EUA);
Risco Brasil, EMBI+Brasil (Ipeadata);
Beta alavancado do setor de transportes urbanos (Site do Damodaran);
Rendimento de títulos de longo prazo americanos (Federal Reserve dos EUA);
Rendimento de mercado americano, Standard&Poors (Federal Reserve dos
EUA).
CI 5283 17
4. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
Esta seção apresenta a modelagem econômico-financeira do Projeto de Modernização
do Parque de Iluminação Pública do Município de Guararema via Parceria Público-
Privada (PPP), de acordo com as informações apresentadas no Caderno I e com as
premissas descritas na seção anterior.
4.1 COMPONENTES DO FLUXO DE CAIXA DO PROJETO
O estudo de viabilidade econômico-financeira do projeto em questão tem como base o
arcabouço metodológico apresentado na seção 2 deste caderno. Elaboramos o Fluxo de
Caixa Livre do Projeto para os 30 anos previstos de contrato de concessão e, com base
nesse fluxo, calculamos o VPL e a TIR do projeto. A Tabela 9 apresenta a relação
consolidada dos itens que compõem o FCL. Os seguintes componentes do FCL do
projeto modelado são descritos nas próximas subseções: Contraprestação, Opex e
Capex. Para a incidência do PIS, Cofins, ISS e Imposto de Renda, foram consideradas
as alíquotas apresentadas na seção anterior. A depreciação dos ativos fixos foi calculada
de acordo com as premissas apresentadas em 3.2. Ao final, apresentamos o Fluxo de
Caixa do Projeto.
Tabela 9: Componentes do Fluxo de Caixa Livre
Contraprestação (+)
PIS, Cofins e ISS (-)
Custos Operacionais (OPEX) (-)
Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA)
Depreciação/amortização (-)
Lucro antes de juros e impostos (EBIT)
Imposto de Renda (-)
Lucro Operacional Líquido (NOPAT)
Depreciação/amortização (+)
Investimentos em Capital CAPEX (-)
Fluxo de Caixa Livre (FCL)
4.1.1 Contraprestações
O parque de IP consome, atualmente, cerca de 757998 KWH de energia mensalmente.
Estima-se que o consumo mensal de energia com a iluminação pública de Guararema
será de 383570 KWH a partir da implementação do projeto de modernização. Esse
CI 5283 18
consumo foi calculado com base na quantidade proposta de luminárias LED e
considerando o uso diário de energia por unidade de potência de 11,867 WH. Dessa
forma, a implementação integral do projeto proposto gerará, em média, 49% de
economia no consumo de energia em iluminação pública. Essa economia geraria
redução da despesa com consumo de energia elétrica pelo município. Conforme
explicado na seção 3.6, a fonte de receita para o financiamento dos gastos de iluminação
pública é a arrecadação da Cosip. Atualmente gasta-se no município aproximadamente
R$ 250.562,77 por mês. Estima-se que com a instalação das novas luminárias de LED, a
partir do segundo ano, este valor será cerca de 49% menor: reduzindo em R$ 123.000
mensais. Neste sentido, sugere-se neste relatório, que a contraprestação seja acrescida
da diferença entre os dois valores, e desta forma, a concessionária seja remunerada
durante o contrato com a diferença entre os valores.
A Tabela 10 apresenta o montante total a ser economizado por ano a partir do segundo
ano de concessão
Tabela 10: Total de economia de por eficiência energética a partir do segundo ano
ECONOMIA
MENSAL
ECONOMIA
ANUAL
R$ 123.000 R$ 1.476.000
4.1.2 Custos Operacionais (Opex)
As despesas operacionais na implementação e manutenção do Projeto foram
subdivididas em:
Despesas administrativas;
Despesas com manutenção;
Despesas com as obras de implementação (apenas nos anos de instalação e troca
de luminárias – Anos 1, 12 e 22).
As despesas administrativas do projeto consistem em despesas com materiais, com o
imóvel, com os veículos e despesas com o pessoal que será alocado às tarefas de
administração do parceiro privado. As despesas administrativas mensais estimadas são
apresentadas na Tabela 11. As despesas mensais com manutenção consideram os
veículos, os equipamentos e a mão de obra alocada na manutenção da estrutura de IP a
CI 5283 19
ser implementada no município. Essas despesas são apresentadas na Tabela 12. Com
relação às despesas com mão de obra, consideramos os custos conforme o que foi
apresentado na seção 3.8. O quantitativo de trabalhadores foi definido na modelagem
técnica.
Tabela 11: Despesas Administrativas Mensais
Custos Preço (R$) Quantidade Valor total (R$)
Aluguel 1
5.000,00
5.000,00
Água 1
500,00
500,00
Luz 1
350,00
350,00
Manutenção 1
250,00
250,00
Telefonia 1
700,00
700,00
Material de Escritório 1
500,00
500,00
Despesas com viagem 1
1.000,00
1.000,00
Contador 1
1.000,00
1.000,00
Assessoria Juridica 1
1.000,00
1.000,00
Seguro Garantia 1
1.500,00
1.500,00
Manutenção + impostos 1
400,00
400,00
Combustível 1
600,00
600,00
Seguro 1
200,00
200,00
Diversos ART /Cópias 1
300,00
300,00
Material de Escritório 1
500,00
500,00
TOTAL 68796,29
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Tabela 12: Despesas com Manutenção Mensais
Custos Preço (R$) Quant. Geral
Valor Total
Geral (R$)
EPI 1 150,00
150,00
Ferramentas 1 500,00
500,00
Combustivel 1000 3,50
3.500,00
Manutenção 1 1.000,00
1.000,00
Seguro Caminhao 1 800,00
800,00
Aluguel Caminhão
Pequeno 1 8.000,00
8.000,00
Motorista 2 5.347,50
10.695,00
Eletricista 2 6.336,25
12.672,50
TOTAL R$ 33.339,54
Tabela 13 :Despesas com Obras Mensais
Custos ANO 1 Quantidade ADICIONAL ENCARGOS TOTAL
Motorista 1.994,08 1
2.592,30
1.690,44
4.282,75
Eletricista 7.559,64 3
9.827,53
6.408,53
16.236,07
Auxiliar de eletricista 3.608,00 2
4.690,40
3.058,61
7.749,01
Auxiliar de serviços gerais 1.749,44 1
2.274,27
1.483,05
3.757,32
EPI 300,00 2 0 0
300,00
Ferramentas 250,00 2 0 0
250,00
Combustivel
4,00 1100 0 0
4,00
Manutenção 800,00 1 0 0
800,00
Aluguel Veículo 15.000,00 1 0 0
15.000,00
Seguro 300 1 0 0 300
TOTAL R$ 53.625
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Os custos administrativos mensais totalizam R$ 69796,29. O custo administrativo anual
previsto é de R$ 825.555,43. Além disso, no ano 1, há as despesas operacionais com as
obras de implementação da nova estrutura de iluminação pública. Essas despesas se
repetem nos anos 12 e 23, nos quais há a etapa de reinvestimentos para renovação da
estrutura, conforme apresentado no Cronograma do Projeto. As despesas mensais com
obras estão apresentadas na Tabela 13 e levam em conta o quantitativo por equipe
alocada ao Projeto. Dessa forma, o custo mensal por equipe representa um total de R$
53.625,13. No primeiro ano, devido à introdução do projeto, serão necessárias três
equipes de obra. No entanto, as equipes serão contratadas somente a partir do terceiro
mês do contrato de concessão. O custo operacional com obra nestes anos será, então, de
aproximadamente R$ 536.251,46. Os custos operacionais anuais totais são apresentados
na Tabela 14.
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Tabela 14: Custos Operacionais (Opex) Anuais, em Milhões de Reais
Custos Operacionais (anos 1 a 10)
Despesas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Administrativas 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825
Manutenção 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
Obras 0,536 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Custos Operacionais
Totais
1,76 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225
Custos Operacionais (anos 11 a 20)
Despesas 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Administrativas 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825
Manutenção 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
Obras 0 0,536 0 0 0 0 0 0 0 0
Custos Operacionais
Totais
1,225 1,76 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225
Custos Operacionais (anos 21 a 30)
Despesas 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Administrativas 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825
Manutenção 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
Obras 0 0 0,536 0 0 0 0 0 0 0
Custos Operacionais
Totais
1,225 1,225 1,76 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225 1,225
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4.1.3 Investimentos (Capex)
Um dos elementos do Capex do Projeto é a aquisição das luminárias LED a serem
instaladas em G, de acordo com o quantitativo apresentado no Cronograma (Tabela 4).
A Tabela 15 contém os preços unitários de mercado das luminárias LED por potência.
A implementação das luminárias está prevista para ocorrer nos dois primeiros anos do
contrato de PPP. O reinvestimento com relação às luminárias e ao sistema de telegestão
deve ocorrer 11 anos após a introdução e, novamente, após a reimplementação; isto é,
nos anos 12, e 23 do contrato.
Tabela 15: Preço Unitário de Luminárias LED por Potência
Tipo de Luminaria Preço
unitário KIT
45 539,35 180,00
54 640,55 180,00
72 683,10 180,00
90 840,65 180,00
110 880,00 180,00
135 998,00 180,00
145 1017,75 180,00
165 1237,4 180,00
180 1.437,50 180,00
215 1552,5 180,00
A implementação da modernização do parque de IP de Guararema inclui um sistema de
controle de iluminação pública remoto e integrado, permitindo:
1. Medição do consumo de energia em tempo real;
2. Ligar e desligar lâmpadas automaticamente e remotamente;
3. Detectar falhas no funcionamento das lâmpadas em tempo real;
4. Serviços de manutenção do parque de iluminação pública.
Esse controle remoto e integrado implicará em ganho de eficiência em relação ao
sistema atual. Isto porque, em primeiro lugar, o sistema atual não permite a medição do
consumo real da energia elétrica. O consumo é baseado em uma regra de bolso que
estipula que cada luminária permanece acesa por onze horas e cinquenta e dois minutos
por dia e que, geralmente, sobrestima o consumo efetivo – note que esta regra de
consumo não exclui períodos nos quais as luminárias estão apagadas por mau
funcionamento. Em segundo lugar, a recuperação e a troca de luminárias defeituosas
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pelo sistema atual depende da detecção in loco do problema, seja por algum funcionário
da Prefeitura ou por alguém que ligue realizando reclamações a respeito. Além das
melhorias com relação ao sistema atual, a gestão mais eficiente trará outros benefícios,
alguns dos quais intangíveis, como melhora na sensação de segurança e melhora na
imagem da gestão pública.
Para o controle da iluminação pública, um aparelho de telegestão será acoplado às
luminárias LED de 135W, 145W, 165W, de 180 W e de 215 W. O preço unitário de
mercado para a telegestão é de R$ 500,00; o qual inclui concentradores e equipamentos
auxiliares que estabelecem a comunicação entre as luminárias, considerando-se uma
configuração de instalação de rede mesh. O sistema de telegestão será instalado no
segundo ano do projeto, junto com as luminárias às quais será acoplado.
Outro item de investimento que faz parte do sistema de controle e de monitoramento do
parque de IP de Guararema, é o CCO, que também deverá ser implementado no
primeiro ano do Projeto. De acordo com a depreciação linear dos equipamentos de CCO
deverá haver reinvestimento após 5 anos para veículos e Tecnologia da Informação; e
após 10 anos para os demais mobiliários e equipamentos. A Tabela 17 apresenta o valor
unitário e o quantitativo relacionado aos equipamentos, ao mobiliário e aos veículos
previstos para o Projeto.
Além desses investimentos, de acordo com as especificações técnicas apresentadas no
Caderno I, há a previsão de investimentos anuais de 0,1% para substituição de possíveis
quebras e vandalismo. A Tabela 18 apresenta o fluxo de investimentos (Capex)
necessário para a realização do projeto descrito no Caderno I.
CI 5283 25
Tabela 17: Valores dos Investimentos Iniciais – Ativos Mobiliários (CCO)
Item Quantidade Preço Total Vida útil (anos)
Computadores 5
2.500,00
12.500,00 5
Impressoras pequenas 2
700,00
1.400,00 5
Impressora Central 1
2.500,00
2.500,00 5
Monitor 5
2.500,00
12.500,00 5
No Break 2
3.000,00
6.000,00 5
Mesas 5
1.200,00
6.000,00 10
Mesa de reunião 1
2.500,00
2.500,00 10
Armarios 2
1.200,00
2.400,00 10
Cadeiras 10
300,00
3.000,00 10
Armarios de Ferro 2
500,00
1.000,00 10
Ar condicionado 2
1.500,00
3.000,00 10
Central Telefonica 1
6.000,00
6.000,00 10
Outros 1
25.000,00
25.000,00 10
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Tabela 18-I: Fluxo de Caixa do Projeto, em Milhões de Reais (Anos 1 a 10)
Receitas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11
Contraprestação Anual Total 1,98R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Contraprestação Anual Total 1,98R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Receita de Aporte Público -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Receita Bruta Total 1,98R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Impostos sobre a Receita
ISS 0,10R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$
PIS 0,03R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$
COFINS 0,15R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$
Total de Impostos sobre a Receita 0,28R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$
EBITDA
Receita Líquida 1,70R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$
(-) Fiscalização -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(-) Custo Operacional 1,76R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$
EBITDA Total 0,06-R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
EBTIDA / Receita Total -3,2% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8%
Depreciação
Nominal 0,94R$ 1,04R$ 1,04R$ 1,04R$ 1,04R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$
Real 0,91R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$
EBIT e IR/CSLL
EBTIDA 0,06-R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
(-) Depreciação Real 0,91R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$ 1,00R$
EBIT 0,97-R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$
Limite de 30% -R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$ 0,35R$
Prejuízo Acumulado -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Limite Acumulado -R$ 0,35R$ 0,70R$ 1,06R$ 1,41R$ 1,76R$ 2,11R$ 2,46R$ 2,81R$ 3,17R$ 3,52R$
EBIT (descontando prejuízos à frente) -R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$ 1,17R$
IR/CSLL -R$ 0,38R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$
Lucro Líquido
EBTIDA 0,06-R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
(-) IR/CSLL -R$ 0,38R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$ 0,37R$
(-) Receita de Aporte -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Lucro Líquido Total 0,06-R$ 1,79R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$
Fluxo de Caixa Livre do Projeto
Lucro Líquido 0,06-R$ 1,79R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$
(-)CAPEX 10,30R$ 1,07R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,08R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,13R$
(+)Valor Residual -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
FCL Total -10,36 0,72 1,78 1,79 1,79 1,72 1,79 1,79 1,79 1,79 1,67
FCL Operacional Total 0,04-R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$
CI 5283 27
Tabela 18-II: Fluxo de Caixa do Projeto, em Milhões de Reais (Anos 11 a 20)
Receitas Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Contraprestação Anual Total 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Contraprestação Anual Total 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Receita de Aporte Público -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Receita Bruta Total 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Impostos sobre a Receita
ISS 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$
PIS 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$
COFINS 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$
Total de Impostos sobre a Receita 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$
EBITDA
Receita Líquida 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$
(-) Fiscalização -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(-) Custo Operacional 1,23R$ 1,76R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$
EBITDA Total 2,17R$ 1,63R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
EBTIDA / Receita Total 54,8% 41,3% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8%
Depreciação
Nominal 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$
Real 1,00R$ 0,70R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$
EBIT e IR/CSLL
EBTIDA 2,17R$ 1,63R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
(-) Depreciação Real 1,00R$ 0,70R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$ 0,67R$
EBIT 1,17R$ 0,93R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$
Limite de 30% 0,35R$ 0,28R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$
Prejuízo Acumulado -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Limite Acumulado 3,52R$ 3,80R$ 4,25R$ 4,69R$ 5,14R$ 5,59R$ 6,04R$ 6,49R$ 6,94R$ 7,39R$
EBIT (descontando prejuízos à frente) 1,17R$ 0,93R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$ 1,50R$
IR/CSLL 0,37R$ 0,29R$ 0,48R$ 0,48R$ 0,48R$ 0,49R$ 0,49R$ 0,49R$ 0,49R$ 0,49R$
Lucro Líquido
EBTIDA 2,17R$ 1,63R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
(-) IR/CSLL 0,37R$ 0,29R$ 0,48R$ 0,48R$ 0,48R$ 0,49R$ 0,49R$ 0,49R$ 0,49R$ 0,49R$
(-) Receita de Aporte -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Lucro Líquido Total 1,80R$ 1,34R$ 1,69R$ 1,69R$ 1,69R$ 1,68R$ 1,68R$ 1,68R$ 1,68R$ 1,68R$
Fluxo de Caixa Livre do Projeto
Lucro Líquido 1,80R$ 1,34R$ 1,69R$ 1,69R$ 1,69R$ 1,68R$ 1,68R$ 1,68R$ 1,68R$ 1,68R$
(-)CAPEX 0,13R$ 10,18R$ 1,07R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,08R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$
(+)Valor Residual -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
FCL Total 1,67 -8,84 0,61 1,68 1,68 1,60 1,67 1,67 1,67 1,67
FCL Operacional Total 1,48R$ 1,11R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$
CI 5283 28
Tabela 18-III: Fluxo de Caixa do Projeto, em Milhões de Reais (Anos 21 a 30)
Receitas Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30
Contraprestação Anual Total 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Contraprestação Anual Total 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Receita de Aporte Público -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Receita Bruta Total 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$ 3,96R$
Impostos sobre a Receita
ISS 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$ 0,20R$
PIS 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$ 0,07R$
COFINS 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$ 0,30R$
Total de Impostos sobre a Receita 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$
EBITDA
Receita Líquida 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$ 3,40R$
(-) Fiscalização -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(-) Custo Operacional 1,23R$ 1,23R$ 1,76R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$ 1,23R$
EBITDA Total 2,17R$ 2,17R$ 1,63R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
EBTIDA / Receita Total 54,8% 54,8% 41,3% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8% 54,8%
Depreciação
Nominal 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$ 1,05R$
Real 0,67R$ 0,67R$ 0,47R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$
EBIT e IR/CSLL
EBTIDA 2,17R$ 2,17R$ 1,63R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
(-) Depreciação Real 0,67R$ 0,67R$ 0,47R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$ 0,45R$
EBIT 1,50R$ 1,50R$ 1,16R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$
Limite de 30% 0,45R$ 0,45R$ 0,35R$ 0,52R$ 0,52R$ 0,52R$ 0,52R$ 0,52R$ 0,52R$ 0,52R$
Prejuízo Acumulado -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Limite Acumulado 7,84R$ 8,29R$ 8,64R$ 9,16R$ 9,67R$ 10,19R$ 10,71R$ 11,22R$ 11,74R$ 12,26R$
EBIT (descontando prejuízos à frente) 1,50R$ 1,50R$ 1,16R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$ 1,72R$
IR/CSLL 0,49R$ 0,49R$ 0,37R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$
Lucro Líquido
EBTIDA 2,17R$ 2,17R$ 1,63R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$ 2,17R$
(-) IR/CSLL 0,49R$ 0,49R$ 0,37R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$ 0,56R$
(-) Receita de Aporte -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Lucro Líquido Total 1,68R$ 1,68R$ 1,26R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$
Fluxo de Caixa Livre do Projeto
Lucro Líquido 1,68R$ 1,68R$ 1,26R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$ 1,61R$
(-)CAPEX 0,13R$ 0,01R$ 10,18R$ 1,07R$ 0,01R$ 0,08R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$ 0,01R$
(+)Valor Residual -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ 0,96R$
FCL Total 1,55 1,67 -8,92 0,54 1,60 1,53 1,60 1,60 1,60 2,56
FCL Operacional Total 1,48R$ 1,48R$ 1,11R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$ 1,48R$
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4.2 CUSTO MÉDIO PONDERADO DO CAPITAL (WACC)
A taxa de desconto aplicada no cálculo do VPL do presente estudo (e que deve ser utilizada como critério de comparação com a TIR para a
decisão de viabilidade econômico-financeira do projeto) é o Custo Médio Ponderado do Capital (WACC). Com base na metodologia
apresentada na subseção 2.1.3, apresentamos o seguinte conjunto de premissas para o cálculo do WAAC do Projeto:
(1) Proporção de capital próprio e de terceiros: Estrutura de capital ótima do setor de energia elétrica calculado pela New York
University16
: 72% de capital próprio (E) e 28% de capital de terceiros (D);
(2) Taxa livre de risco (𝑅𝑓): Calculada com base na média da série diária do rendimento do T-Bond 10Y dos EUA (últimos 10 anos):
4,60%;
(3) Prêmio de risco de mercado (𝑃𝑅𝑀): (𝑅𝑚 − 𝑅𝑓), onde 𝑅𝑚 é o risco associado à atividade econômica, mensurado a partir do retorno
médio da série diária do S&P500 (a.a., 10 anos). Representa o quanto o investidor exige de diferencial com relação ao ativo livre
de risco. Para se mensurar este prêmio, usa-se a diferença de 𝑅𝑚 com relação a 𝑅𝑓 e toma-se as médias dos últimos 10 anos:
3,50%;
(4) Prêmio pelo Risco-Brasil (𝑃𝑅𝐵): Média da série diária do EMBI+ Brasil do ano. Representa a diferença de remuneração de um
título emitido no Brasil e a remuneração de um título norte-americano similar: 2,57%;
(5) Beta médio alavancado (𝛽 = 1,08): valor do Beta médio alavancado de empresas do setor energia elétrica para janeiro de 201817
.
Representa o risco associado ao setor;
16
Veja http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/datafile/Betas.html.
CI 5283 30
(6) Alíquota de Impostos sobre Pessoa Jurídica no Brasil (𝑇 = 34%);
(7) Inflação (𝐼𝐸𝑈𝐴): Inflação americana média dos últimos 10 anos: 1,65%;
(8) Prêmio de risco de crédito (𝑅𝐶): taxa esperada para o financiamento para o setor de energia elétrica no Brasil, representada pela
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, atualmente TLP) mais o Spread Básico de 1,3% cobrados em financiamentos do BNDES:
8,05% (TLP 6,75% + 1,3%).
Com base nessas premissas e na metodologia exposta, o Custo real do Capital Próprio para 2018 foi estimado em 9,15% a.a. e o Custo real
do Capital de Terceiros para 2018 foi estimado em 8,26% a.a. Dessa forma, recomendamos o uso do valor de 8,91% a.a. para o WACC
real.
4.3 RESULTADOS DO FLUXO DE CAIXA DO PROJETO
Conforme explicado na seção 2, para que o projeto de modernização do parque de IP de Guararema seja atrativo para o investidor, é
necessário que seu VPL seja positivo. Isso é equivalente à obtenção de uma TIR maior que o Custo de Oportunidade do Capital, referente
ao WACC real calculado de 8,91% a.a. Portanto, o projeto deve garantir uma TIR superior a esta para que seja viável economicamente.
Para um resumo dos resultados, apresentamos, na Tabela 20, a TIR e o VPL do projeto de modernização do parque de IP de Guararema,
além do valor presente do Contrato e do Capex. Lembramos que a análise tem como base o Fluxo de Caixa Livre (FCL) elaborado para o
Projeto e apresentado na Tabela 19.
17
Veja http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/datafile/Betas.html.
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Tabela 19: Resultados da Análise de Viabilidade Econômico-Financeira
TIR 9,21% a.a.
CAPEX R$ 34,56 milhões
A TIR do Projeto ora em análise é de 9,21 % a.a., sendo uma taxa razoável para garantir a viabilidade econômico-financeira do projeto e
que, portanto, pode ser utilizada como a taxa de referência para o edital de licitação. Uma vez que as expectativas de inflação para o Brasil
são positivas, espera-se que o governo federal obtenha sucesso em manter a inflação dentro da meta, e com isso reduzir o custo de capital
dos empreendedores. O Conselho Monetário Nacional ratificou ainda a redução da meta de inflação para abaixo dos 4% já nos próximos
anos.
É importante frisar que este relatório não possui caráter decisório, visto que trata tão somente de fornecer elementos técnicos para auxiliar
as ações e tomadas de decisões da Prefeitura de Guarema.
4.3.1 Cenário de Obras Especiais
4.3.1.1 Cenário com execução de 0% das obras especiais
Este é o cenário base (benchmark) deste relatório. Caso não sejam realizadas obras especiais a TIR do projeto será de 9,21% ao ano.
CI 5283 32
Tabela 20.1: Investimentos anuais (Capex), em milhões de reais, anos 1-10 – CENÁRIO SEM OBRAS ESPECIAIS
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
45 617 429.550,30 - - - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 1.147.591,90 - - - - - - - - -
90 2792 2.747.607,20 - - - - - - - - -
110 1367 1.449.020,00 - - - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 1.553.764,50 - - - - - - - - -
165 1211 1.651.319,60 - - - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 1.190.475,00 - - - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 10.169.328,50 - - - - - - - - -
Telegestão - 1.060.425,00 - - - - - - - -
Obras Especiais - - - - - - - - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 10.298.297,83 1.070.594,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 10,30 1,07 0,01 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
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Tabela 20.2: Investimentos anuais (Capex), em milhões de reais, anos 11-20, CENÁRIO SEM OBRAS ESPECIAIS
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
45 617 - 429.550,30 - - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 - 1.147.591,90 - - - - - - - -
90 2792 - 2.747.607,20 - - - - - - - -
110 1367 - 1.449.020,00 - - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 - 1.553.764,50 - - - - - - - -
165 1211 - 1.651.319,60 - - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 - 1.190.475,00 - - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 - 10.169.328,50 - - - - - - - -
Telegestão - - 1.060.425,00 - - - - - - -
Obras Especiais - - - - - 0 - - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00 -
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 128.969,33 10.179.497,83 1.070.594,33 10.169,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 0,13 10,18 1,07 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 34
Tabela 20.3: Investimentos anuais (Capex), em milhões de reais, anos 21-30, CENÁRIO SEM OBRAS ESPECIAIS
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
45 617 - - 429.550,30 - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 - - 1.147.591,90 - - - - - - -
90 2792 - - 2.747.607,20 - - - - - - -
110 1367 - - 1.449.020,00 - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 - - 1.553.764,50 - - - - - - -
165 1211 - - 1.651.319,60 - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 - - 1.190.475,00 - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 - - 10.169.328,50 - - - - - - -
Telegestão - - - 1.060.425,00 - - - - - -
Obras Especiais - - - - - - - - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 128.969,33 10.169,33 10.179.497,83 1.070.594,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 0,13 0,01 10,18 1,07 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 35
4.3.1.2 Cenário com 50% das Obras Especiais
Nesta subseção apresentaremos os resultados caso sejam executadas metade das obras especiais discutidas anteriormente. Em caso de
execução dessas obras especiais sem contrapartida de aumento na tarifa paga pelo poder concedente é natural que ocorra uma redução da
Taxa Interna de Retorno. Neste caso, a TIR é de 7,02%
Tabela 21.1: Investimentos anuais (Capex), em milhões de reais – Cenário 50% Obras Especiais, anos 1-10
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
45 617 429.550,30 - - - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 1.147.591,90 - - - - - - - - -
90 2792 2.747.607,20 - - - - - - - - -
110 1367 1.449.020,00 - - - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 1.553.764,50 - - - - - - - - -
165 1211 1.651.319,60 - - - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 1.190.475,00 - - - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 10.169.328,50 - - - - - - - - -
Telegestão - 1.060.425,00 - - - - - - - -
Obras Especiais 1.250.000 1.250.000,00 - - - - - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 11.548.297,83 1.070.594,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 11,55 1,07 0,01 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 36
Tabela 21.2: Investimentos anuais (Capex), em milhões de reais – Cenário 50% Obras Especiais, anos 11-20
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
45 617 - 429.550,30 - - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 - 1.147.591,90 - - - - - - - -
90 2792 - 2.747.607,20 - - - - - - - -
110 1367 - 1.449.020,00 - - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 - 1.553.764,50 - - - - - - - -
165 1211 - 1.651.319,60 - - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 - 1.190.475,00 - - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 - 10.169.328,50 - - - - - - - -
Telegestão - - 1.060.425,00 - - - - - - -
Obras Especiais 1.250.000 625.000,00 - - - 0 - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00 -
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 753.969,33 10.179.497,83 1.070.594,33 10.169,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 0,75 10,18 1,07 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 37
Tabela 21.3: Investimentos anuais (Capex)– Cenário 50% Obras Especiais, anos 21-30
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
45 617 - - 429.550,30 - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 - - 1.147.591,90 - - - - - - -
90 2792 - - 2.747.607,20 - - - - - - -
110 1367 - - 1.449.020,00 - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 - - 1.553.764,50 - - - - - - -
165 1211 - - 1.651.319,60 - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 - - 1.190.475,00 - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 - - 10.169.328,50 - - - - - - -
Telegestão - - - 1.060.425,00 - - - - - -
Obras Especiais 1.250.000 625.000,00 - - - - 625.000,00 - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 753.969,33 10.169,33 10.179.497,83 1.070.594,33 10.169,33 705.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 0,75 0,01 10,18 1,07 0,01 0,71 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 38
4.3.1.3 Cenário com 100% das Obras Especiais
Nesta subseção apresentaremos os resultados caso sejam acrescentadas executadas todas as obras especiais propostas. Como no caso
anterior, caso não seja aumentada a contraprestação, o retorno do investimento será menor. Neste caso, a TIR é de 5,13 .
CI 5283 39
Tabela 22.1: Investimentos anuais (Capex),– Cenário 100% Obras Especiais (Anos 1-10)
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
45 617 429.550,30 - - - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 1.147.591,90 - - - - - - - - -
90 2792 2.747.607,20 - - - - - - - - -
110 1367 1.449.020,00 - - - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 1.553.764,50 - - - - - - - - -
165 1211 1.651.319,60 - - - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 1.190.475,00 - - - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 10.169.328,50 - - - - - - - - -
Telegestão - 1.060.425,00 - - - - - - - -
Obras Especiais 2.500.000 2.500.000,00 - - - - - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 12.798.297,83 1.070.594,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 12,80 1,07 0,01 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 40
Tabela 22.2: Investimentos anuais (Capex)– Cenário 0% Obras Especiais (Anos 11-20)
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
45 617 - 429.550,30 - - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 - 1.147.591,90 - - - - - - - -
90 2792 - 2.747.607,20 - - - - - - - -
110 1367 - 1.449.020,00 - - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 - 1.553.764,50 - - - - - - - -
165 1211 - 1.651.319,60 - - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 - 1.190.475,00 - - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 - 10.169.328,50 - - - - - - - -
Telegestão - - 1.060.425,00 - - - - - - -
Obras Especiais 2.500.000 1.250.000,00 - - - 0 - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00 -
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 1.378.969,33 10.179.497,83 1.070.594,33 10.169,33 10.169,33 80.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 1,38 10,18 1,07 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 41
Tabela 22.3: Investimentos Anuais (Capex) – Cenário sem Obras Especiais (Anos 21-30)
Tipo de Luminária LED Quantidade/Parametros 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
45 617 - - 429.550,30 - - - - - - -
54 0 - - - - - - - - - -
72 1377 - - 1.147.591,90 - - - - - - -
90 2792 - - 2.747.607,20 - - - - - - -
110 1367 - - 1.449.020,00 - - - - - - -
135 0 - - - - - - - - - -
145 1347 - - 1.553.764,50 - - - - - - -
165 1211 - - 1.651.319,60 - - - - - - -
180 0 - - - - - - - - - -
215 715 - - 1.190.475,00 - - - - - - -
Total de Investimentos em Luminárias 9426 - - 10.169.328,50 - - - - - - -
Telegestão - - - 1.060.425,00 - - - - - -
Obras Especiais 2.500.000 1.250.000,00 - - - - 1.250.000,00 - - - -
Quebra e vandalismo 0,10% 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Material de Manutenção
Veiculos CCO 35.000,00 35.000,00
Implantação CCO - 5 anos 34.900,00 34.900,00
Implantação CCO - 10 anos 48.900,00
Total de Investimentos 1.378.969,33 10.169,33 10.179.497,83 1.070.594,33 10.169,33 1.330.069,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33 10.169,33
Em milhões de reais 1,38 0,01 10,18 1,07 0,01 1,33 0,01 0,01 0,01 0,01
CI 5283 42
Tabela 23: Preço Unitário das Obras Especiais
Calçadão R$ 110.000,00
Centro de Eventos do Parateí R$ 100.000,00
Estação Maria Fumaça R$ 150.045,74
Morro Branco – Futura Implantação do Hospital R$ 200.000,00
Mirante Morro do Gerbásio R$ 90.000,00
Parque da Ilha Grande R$ 150.000,00
Parque Municipal Recanto do Américo R$ 120.000,00
Portal do Ipiranga R$ 154.881,58
Portal da Freguesia R$ 134.041,76
Praça 9 de Julho R$ 202.038,20
Praça André Luís Fernandes Cardoso (Jardim Dulce) R$ 88.993,04
Praça Cel. Brasílio da Fonseca R$ 121.026,70
Praça da Bíblia R$ 110.000,00
Praça Dioclécia R$ 147.494,39
Praça do Expedicionário R$ 140.000,00
Praça Lídia Custódio R$ 91.478,59
Bairro de Luís Carlos R$ 140.000,00
Bairro Freguesia da Escada (entorno da igreja) R$ 250.000,00
TOTAL R$ 2.500.000,00
Imagens de alguns locais elencados pela municipalidade – Projetos Especiais
Calçadão Estação Maria Fumaça
CI 5283 43
Morro Branco – Futura Implantação do
Hospital Mirante Morro do Gerbásio
Parque da Ilha Grande Parque Municipal Recanto do Américo
Portal do Ipiranga Portal da Freguesia
Praça 9 de Julho Praça Cel Brasílio da Fonseca;
CI 5283 44
Praça da Bíblia Praça Dioclécia
Praça do Expedicionário Praça Lídia Custódio
Fonte: @guararemawebtv – O autor, 2019.
Desta forma, se mantivermos uma contraprestação de 165.000 no primeiro ano, e
330.000 a partir do segundo, e se repetirmos o mesmo procedimento de reduzir o custo
da concessionária como feito nesta seção, podemos obter qualquer combinação entre o
número de obras especiais realizadas e as respectivas taxas de retorno. Os valores
extremos (100% e 0%), assim como a média estão descritos na tabela abaixo.
Note o seguinte: ao se manter a contraprestação em R$ 330.000 é inviável do ponto de
vista privado realizar o projeto base juntamente com as obras especiais. Neste caso, uma
TIR de 5,13% é abaixo do custo de oportunidade de mercado no setor, e as empresas
optam por não realizar o empreendimento. Com esta mesma contraprestação, contudo, é
possível realizar todos os empreendimentos listados anteriormene com exceção das
obras especiais, que necessitarão de aumento ainda maior na contraprestação, neste
caso. Portanto, caso que caso sejam solicitadas à concessionária nenhuma obra
especial, então a taxa de retorno esperada será superior ao custo de oportunidade
(WACC) do setor.
CI 5283 45
Tabela 24.1
Cenário TIR
100% obras especiais 5,13% a.a.
50% obras especiais 7,02% a.a.
0% obras especiais 9,2% a.a.
4.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPP)
As Parcerias Público-Privadas possuem como características principais as seguintes:
Repartição objetiva de riscos entre o Poder Público e o Parceiro Privado (artigo
4º, inciso VI, da Lei Federal nº 11.079/04);
Estrutura do mecanismo de pagamento vinculada ao desempenho – (artigo 6º,
parágrafo único, da Lei Federal nº 11.079/04);
Sistema de readequação e de revisão da contraprestação (artigos 5º, inciso IV, e
§ 1º, da Lei Federal nº 11.079/04);
Tratamento dos direitos de propriedade intelectual (artigo 21, da Lei Federal
nº 8.987/95);
Sugestões para mitigação dos riscos não controláveis ou não seguráveis (artigo
5º, incisos III e VIII, da Lei Federal nº 11.079/04);
Duração e renovação contratual (artigo 5º, inciso I, da Lei Federal nº 11.079/04);
Estrutura dos seguros obrigatórios, inclusive eventuais garantias a serem
prestadas pelo Poder Concedente (artigo 8º, incisos II, III e IV, da Lei Federal nº
11.079/04);
Regras de revisão contratual periódica (artigos 9º, 18, 23 e 29, da Lei Federal
nº 8.987/95, e artigo 5º, § 1º, da Lei Federal nº 11.079/04);
Regras do compartilhamento da redução eventual dos custos financeiros (artigo
5º, inciso IX, da Lei Federal nº 11.079/04);
Critérios de seleção de parceiros (artigo 12, da Lei Federal nº 11.079/04).
CI 5283 46
Para o Projeto ora em fomento, ante ao objeto que se está pretendendo licitar, o
Contrato de PPP se apresenta vantajoso face às demais formas de contratação – em
especial, face à execução direta por meio de um contrato de obra, regido somente pela
Lei Federal nº 8.666/93, Lei de Licitações – em razão de permitir, dentre outras coisas,
um maior controle do ente contratante, sobre as realizações do futuro concessionário,
tendo em vista a vinculação direta entre a qualidade dos serviços prestados e a
remuneração a ser paga por esses serviços. Outra vantagem do contrato de PPP está em
seu prazo de duração. Enquanto uma contratação tradicional da Lei de Licitações possui
prazo máximo de 60 meses, obrigando a realização de contínuas licitações para a sua
consecução total, uma contratação por meio de um Contrato de Concessão
Administrativa poderá ter como prazo limite de duração 360 meses, viabilizando, assim,
e como já explicitado, todos os serviços necessários à realização integral do projeto.
4.4.1 Projeto de Modernização do Parque de IP Utilizando Mecanismos da Lei
nº 8.666/1993
Nesta seção, apresentamos uma análise contra factual da execução do Projeto
modernização do Parque de IP de Guararema a partir dos mecanismos da Lei Federal
nº 8.666/1993.
O encontro de contas entre o arrecadado mensalmente com a Cosip e o gasto com a
conta de energia para a Iluminação Pública apresenta um saldo mensal negativo médio
para custeio de manutenção e investimentos do parque de iluminação no montante de
aproximadamente R$ 30.000. Os custos com iluminação totalizam 250.000 enquanto a
receita com a Cosip é de apenas 220.000.
Desta forma, é mister que seja discutido um novo plano de financiamento para a
iluminação pública da região. A sugestão da equipe da Fipe é que sejam realizadas
contraprestações de 165.000 no primeiro ano do contrato e 330.000 a partir do segundo.
Sem a realização de obras especiais, esta contraprestação está relacionada a uma TIR de
9,21. Valores marginalmente abaixo deste benchmark podem encontrar dificuldades de
se obter propostas de entes privados interessados no contrato.
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Devemos levar ainda em conta outros fatores intrínsecos ao processo público que
tendem a dificultar a execução e a implementação de projetos de longo prazo. Citamos
alguns fatores abaixo:
a) Troca da equipe de gestão;
b) Interferências políticas;
c) Inexperiência em definir parâmetros em virtude da atualização da tecnologia;
d) Pouca garantia da qualidade da obra, tendo em vista a fragmentação do processo
de instalação, manutenção e garantias;
e) Impossibilidade de manter a qualidade e o padrão das luminárias LED devido ao
processo de compra via Lei nº 8.666/1996;
f) Mudanças de prioridade conforme mudanças no ciclo político.
Em resumo, utilizando contratação da modernização do Parque de Iluminação Pública
por meio dos mecanismos previsto na Lei 8.666/1993, a Prefeitura de Guararema levaria
ao menos 11 anos para cumprir o Cronograma de substituição das luminárias
convencionais por luminárias LED e obter a redução da conta de energia na ordem de
37% em relação aos valores praticados atualmente.
Além disso, devemos levar em conta que o prazo contratual máximo para a contratação
de empresa para substituição das luminárias seria de 60 meses utilizando a Lei
nº 8.666/1993. Isso implicaria na necessidade de realização de dois processos de
licitação para a troca de todo o parque de iluminação pública e de novos processos de
licitação para os reinvestimentos. Dado que este tipo de processo geralmente encontra
diversas adversidades para transcorrer as etapas necessárias entre a publicação do edital
e efetiva contratação da empresa para início das obras, devemos considerar que o
cronograma de implantação deverá ser acrescido de ao menos um ano, o que elevaria o
prazo de conclusão da modernização do parque de IP para 10 anos. Dessa forma, após o
término da implementação das luminárias LED (em 10 anos), um novo ciclo de trocas
deveria ser iniciado, pois os equipamentos instalados no ano 1 estariam no final de sua
vida útil.
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4.4.2 Projeto de Modernização do Parque de IP Via PPP
O presente Caderno elaborou a modelagem econômico-financeira do Projeto de
modernização e manutenção do Parque de IP de Guararema por meio de Parceria
Público-Privada (PPP). A Lei n° 11.079/2004, que instituiu as normas gerais para
licitação e contratação de PPP no âmbito da Administração Pública prevê, em seu
Artigo 1°, §4°, a vedação de celebração de contrato de parceria público-privada, cujo
valor seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
Uma análise literal pode sugerir a enganosa interpretação de que bastaria um montante
superior ao limite mínimo para se respaldar o uso do instrumento da PPP. Neste caso, a
ampla maioria das atividades de Governos Estaduais, a União ou ainda a Administração
de grandes Municípios se encaixaria, sem, no entanto, traduzir-se em efetiva vantagem
para o interesse público. De fato, a despeito de ser uma condição necessária, não é
evidentemente suficiente, já que, em seguida, o referido diploma legal, em seu artigo 4°,
torna claro que:
“Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes
diretrizes:
I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da
sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados
incumbidos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de
polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria”.
No tocante à responsabilidade, o contrato de PPP difere dos contratos tradicionais
regidos tão somente pela Lei Federal nº 8.666/93, uma vez que a Lei é clara quanto à
possibilidade de previsão de compartilhamento das responsabilidades entre os parceiros
público e privado na medida da capacidade de cada um em suportá-las. Em um contrato
tradicional, a questão da previsão contratual de compartilhamento dos riscos e
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responsabilidades do objeto contratual entre os sujeitos contratantes é mais controversa
o que poderia se tornar um empecilho à efetiva implantação do projeto.
Do ponto de vista econômico, a análise dos prós e contras e da própria adequação do
instrumento da concessão administrativa somente é completa após a incorporação da
noção de custo de oportunidade na decisão de investimento do Poder Público,
reconhecendo assim a escassez de recursos orçamentários diante da enorme gama de
atividades a cargo da Prefeitura Municipal.
Em outras palavras, trata-se da comparação do que se poderia ser obtido pela
Administração Pública em benefício dos munícipes, caso os recursos utilizados em uma
determinada atividade, no caso específico a coleta e destinação de lixo, fossem
empregados para a realização de uma terceira.
De acordo com Maurício Portugal Ribeiro e Lucas Navarro, “a intenção do Governo
Brasileiro quando iniciou o processo de discussão daquilo que a Lei 11.079/2004 veio
a chamar de PPP era oferecer maior flexibilidade para a estruturação de projetos de
infraestrutura pública por meio de investimento privado. Neste sentido era preciso
aprimorar o marco legal e contornar eventuais restrições orçamentárias.
Do ponto de vista legal, existiam dois objetivos principais. Em primeiro lugar, era
preciso abrir espaço para viabilizar a implementação de projetos incapazes de, por si
sós, alcançarem a auto-sustentabilidade financeira, apesar de seu alto retorno
econômico e social (...) além disso, pretendia-se viabilizar a amortização de
investimentos realizados para prestar serviços diretamente ao Poder Público em prazo
maior que cinco anos, que é o limite trazido pela Lei de Licitações e Contratos
Administrativos para as contratações tradicionais de serviços e obras pela
Administração. Tratava-se de permitir expressamente a utilização de estrutura
econômica das concessões de serviço público para a contratação de serviços antes
submetidos ao regime contratual previsto na Lei 8.666/93”. Comentários à Lei de PPP
Parceria Público Privada – Fundamentos econômico-jurídicos (grifo nosso)18
.
18
São Paulo, Malheiros, 2007, pág. 31 e 32.
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A adequação do uso do instrumento da PPP é verificada quando o emprego de recursos
orçamentários municipais na modernização da iluminação pública não gerar mais
benefícios para a população do que o emprego dos mesmos montantes em outras áreas
vitais da atuação da Administração, tais como nos aparelhos de saúde e de educação.
Neste caso em função da escassez de recursos, torna-se eficiente e, por conseguinte,
socialmente desejável a utilização de investimentos privados para viabilizar as inserções
necessárias para a melhoria da iluminação pública.
Sobre esta conclusão, porém, é preciso tecer alguns esclarecimentos, à luz da Lei
11.079/2004. O exame da sustentabilidade financeira e dos consequentes benefícios
socioeconômicos de um projeto de parceria não pode se restringir somente à análise de
valores absolutos, visto que, a realidade de cada Municipalidade é condicionada pela
dimensão de sua população, da própria economia local e, sobretudo, da ampla miríade
de funções que o Poder Público Municipal tem para cumprir. A gestão pública, no que
tange à sua discricionariedade, só pode exercê-la plenamente após o devido
cumprimento dos limites de gastos em saúde e educação, ao correto pagamento de
precatórios, assim como, a observância dos ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal,
entre outros.
Em síntese, o que se coloca é a imprescindibilidade da incorporação dos demais objetos
de atuação da Municipalidade, ou seja, do custo de oportunidade da Concessão
Administrativa, à análise das vantagens socioeconômicas da referida concessão. O
modelo aqui proposto tem como objetivo principal a promoção de uma maior eficiência
na prestação dos serviços públicos de iluminação pública, uma vez que, permitirá ao
Poder Concedente adotar toda sua expertise na condução desse serviço público,
enquanto contará com a expertise privada para a consecução dos demais serviços, que
não se confundem com a prestação do serviço público, como acima explicitado, mas
que são a ele indissociáveis, uma vez que, são imprescindíveis à viabilidade de sua
prestação.
Manutenção dos pontos não modernizados;
0,1% de pontos de vandalismo/reposição ao longo de todo o período;
Implantação do CCO no primeiro ano da Concessão;
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Implementação e manutenção de sistema de segurança;
Manutenção permanente de todo o parque de iluminação e demais sistemas;
Sistema de mensuração de desempenho de todas as atividades da concessão;
Garantia da qualidade da luz durante toda a Concessão.
O parceiro privado irá realizar a substituição das luminárias e demais equipamentos
quando do término da sua vida útil ou quando os índices de luminosidade ficarem
abaixo do estabelecido pela Norma 5.101/2012 para a via onde as luminárias estejam
instaladas. Ou seja, o parceiro privado irá manter o parque de iluminação sempre em
perfeitas condições, atendendo os critérios de qualidade estabelecidos pela Prefeitura ao
longo de todos os anos de concessão. No final do contrato de Concessão, o parceiro
privado tem a obrigação contratual de entregar o parque de iluminação em perfeitas
condições e com as luminárias LED com vida útil de pelo menos 2 anos após o térmico
no prazo da PPP.