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PREFEITURA MUNICIPAL DE PALHOÇA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA BÁSICA ANTONIETA SILVEIRA DE SOUZA
ENSINO FUNDAMENTAL II - 9º ANO
ADILSON PIRES
ALESSANDRA CAMPOS
GIOVANA PAZ GOMES
RICARDO LORENÇO
ORGULHO E PRECONCEITO:
UMA PROPOSTA DE TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Palhoça
2017
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PREFEITURA MUNICIPAL DE PALHOÇA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA BÁSICA ANTONIETA SILVEIRA DE SOUZA
ENSINO FUNDAMENTAL II - 9º ANO
ADILSON PIRES
ALESSANDRA CAMPOS
GIOVANA PAZ GOMES
RICARDO LORENÇO
ORGULHO E PRECONCEITO:
UMA PROPOSTA DE TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Projeto elaborado para o curso de
formação continuada do Ensino
Fundamental II, como requisito parcial
para a complementação do curso de
formação.
Palhoça
2017
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1. TEMA
Este projeto, cujo tema é ORGULHO E PRECONCEITO, está ligado à
sequência didática Respeito às Diferenças que foi objeto de estudo dessa mesma turma
no ano anterior. No corrente ano, fizemos um trabalho denso (em Língua Portuguesa),
sobre Machismo e Feminismo1 que envolveu todas as turmas do EFII. Paralelamente ao
projeto, ora apresentado e já em andamento, está sendo desenvolvido outro (por outra
equipe) que envolve toda a escola denominado Frida Kalho Vida e Obra. Esses
trabalhos apresentam um ponto em comum que nos é muito caro: a mulher e sua
situação na sociedade ontem, hoje e amanhã.
2. JUSTIFICATIVA:
Os Homens fazem sua própria história, mas não a
fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob
aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e
transmitidas pelo passado...
Karl Marx
Este projeto, que envolve três disciplinas do ensino fundamental II, contará com
a participação especial de uma professora de artes cênicas2 lotada como auxiliar técnico-
pedagógica na nossa escola. Busca-se, com esse, dentre outras atividades, a
representação teatral de uma obra magistral da aclamada escritora Jane Austen3.
Optamos por este tema – Orgulho e Preconceito - por acreditar que é na escola,
espaço de convivência, de interação que se deve despertar no aluno o sentimento de
igualdade e de “respeito às diferenças”. Segundo Kleimann (1995) a escola é a
principal agência de letramento, então cabe a nós, professores, facultar aos alunos
conhecimento acerca dos diversos gêneros que circulam nas também diversas esferas da
1 Dentre as atividades executadas estavam a pesquisa, os debates, a produção textual e uma palestra,
proferida por uma professora da SME especialista nos estudos dos gêneros. 2 Mesmo não fazendo parte do quadro de professores de EFII, a professora Giovana Paz Gomes, graduada
em artes cênicas, foi incluída neste projeto, pelo seu entusiasmo e interesse em contribuir com seus
conhecimentos acerca dessa área. 3 Nascida na Inglaterra em 1775, faleceu aos quarenta e dois anos de idade sem ter conhecido o sucesso
público. Apesar de tê-la escrito (Orgulho e Preconceito) muito jovem, com apenas 21 anos, em uma
época na qual as mulheres viviam subordinadas aos homens e deles dependiam para ter alguma ascensão
em suas vidas, fez uma forte crítica aos padrões sociais da época, dando um belíssima contribuição ao
movimento feminista.
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atividade humana, isso lhes possibilitará uma interação verbal mais desenvolta em tais
esferas. Segundo Pires (2015, p. 31),
Quando o sujeito se apropria criticamente dos gêneros do discurso
(BAKTHIN, 2003 [1952-53]) ele assume seu projeto de dizer (ZARTH,
2015). Assim, [...] cabe à escola [...] aproximar os alunos de tais gêneros,
desenvolvendo junto com eles, as estratégias de dizer o que querem dizer e
as razões pelas quais o dizem (GERALDI, 1997 [1991]).
Cabe à escola, também, a formação de cidadãos críticos, respeitosos e que
saibam lidar com a diversidade. Daí a importância deste trabalho que é multifacetado.
Para além da parte linguística, espera-se que os alunos, após o contato com parte da
história – trabalhada em conjunto entre os prof. de Geografia e de História - que nos
legou certa intransigência no trato com o que nos foge ao padrão, tenham se apropriado
dos conceitos, dos conteúdos e, acima de tudo, do respeito ao próximo.
Entendemos que
[...] empreender um processo de ensino que potencialize os usos da língua
nas mais diferentes situações de interação implica ensinar os alunos a
dominar gêneros do discurso, o que significa facultar-lhes o exercício de
poder, de inserção em diferentes esferas da atividade humana por meio da
linguagem escrita e oral, podendo participar de qualquer situação
comunicativa em particular. (PIRES, 2015, p.105).
O processo de aprendizagem do saber linguístico implica, assim, leitura compreensiva e
crítica de textos exemplares de diversos gêneros do discurso; produção escrita de textos
em diferentes gêneros cuja textualização escrita se materialize na variedade padrão da
língua; análise e manipulação da organização estrutural da língua e percepção de
diferentes linguagens (literária, visual, etc.), todas vistas como formas de compreensão
do mundo. Com base nesses pressupostos, entendemos que as habilidades a serem
trabalhadas em sala de aula envolvem, além das práticas orais (fala e escuta), as de
leitura e escrita.
Considerando a teoria sociointeracionista que diz que a apropriação de
conhecimentos e a formulação de conceitos se dão em contextos sócio-histórico-
culturais (VYGOTSKY , 1988) e, considerando também que os alunos participantes
desse projeto estão na iminência de sair do ensino fundamental (9º ano) para ingressar
no ensino médio, esse trabalho foi elaborado e será colocado em prática para que eles
possam vivenciar essa experiência que envolverá o cruzamento interdisciplinar;
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reforçando as atitudes positivas em relação ao “outro” que tantas vezes foram
disseminadas por esta unidade escolar, ao longo dos anos em que estiveram conosco.
Cumpre salientar que a escolha da obra para o desenvolvimento desse trabalho
partiu dos alunos, principalmente das meninas que já haviam assistido ao filme ou
ouvido comentários acerca dele. Assim, aproveitando essa manifestação espontânea de
interesse, e o fato de a obra mostrar de forma clara o comportamento da sociedade,
principalmente no que respeita a posição da mulher, optamos por esse magnífico tema
que leva o mesmo nome da obra.
3. OBJETIVO GERAL
Despertar uma postura de valorização e autovalorização da mulher e de respeito
frente às diferenças presentes em nossa sociedade, que é heterogênea pela própria
natureza de sua historicidade.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Para que possamos alcançar nosso objetivo geral, será necessário, ao longo do
percurso, atingirmos também os objetivos específicos que seguem.
4.1 LÍNGUA PORTUGUESA
Desenvolver as competências de leitura, escrita e oralidade, considerando para isso,
a análise e a reflexão sobre a língua e linguagem no processo ensino-aprendizagem;
Utilizar a empatia para conceber o outro como um semelhante não passível de
depreciação, mantendo, assim, uma postura de respeito frente às diferenças.
Produzir textos de acordo com a situação comunicativa;
Aprimorar a capacidade leitora e de interpretação;
Reconhecer a importância de alguns elementos não-linguísticos que conferem
expressividade ao texto;
Ler em voz alta com fluência e entonação, respeitando os sinais de pontuação;
4.2 HISTÓRIA
Entender a importância das mulheres no início do século XX na Europa,
priorizando as lutas pela igualdade de gênero motivadas pelas mudanças dos
períodos das Guerras Mundiais.
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Compreender as principais ideias iluministas, seus pensadores e a influência do
iluminismo para a sociedade da época, salientando o aspecto da igualdade.
Entender a relação entre crescimento das indústrias inglesas e a expulsão
dos(as) trabalhadores(as) do campo.
Entender o processo revolucionário francês no final do século XVIII e o advento
da ascensão da burguesia ao poder.
Analisar os ideais que influenciaram as revoluções burguesas na Europa
relacionando-os com as rebeliões anticoloniais e o papel das mulheres nessas, bem
como com o processo de independência das colônias europeias na América.
Identificar as Revoltas do Brasil colonial e a participação feminina.
4.3 GEOGRAFIA
Entender que o comportamento machista da sociedade atual é uma herança de
cultura patriarcal do Brasil colônia, vinda de um império considerado o mais rico
do mundo no século XVIII.
Compreender a maneira que a figura feminina, na sociedade, e as suas
classificações, estavam retratadas e, assim, analisar o respeito que cada grupo
recebia pela sociedade.
Enumerar os fatos que levaram as colônias europeias a permanecerem em território
brasileiro e as consequências ocasionadas por esse processo de ocupação,
principalmente ao comportamento machista em relação ao sexo feminino.
5. DURAÇÃO DO PROJETO
As atividades referentes à pesquisa, à produção textual e aos debates, grande
parte realizados nas aula de Língua Portuguesa, ocuparão todo o terceiro bimestre e
parte do quarto. Já, quanto à apresentação teatral, considerando os ensaios (semanais, no
contraturno, com autorização dos pais) e apresentação, será finalizada, esperamos, em
meados do quarto bimestre.
6. CULMINÂNCIA
Apresentação teatral e textual (pesquisas, resumos, resenhas e apresentações)
acerca de todos os aspectos que envolvem a obra de Austin, os grandes acontecimentos
mundiais daquela época, a moda, a música, a localização geográfica até a
situação/organização da sociedade brasileira na segunda metade do século XVIII.
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7. CONTEÚDOS/CONCEITOS
Serão ensinados/rearfirmados os seguintes conceitos/conteúdos:
Preconceito;
Orgulho;
Pré-conceito;
Submissão;
Igualdade;
Fraternidade;
Liberdade;
Empoderamento;
Respeito;
Valorização do outro e autovalorização.
Para essa empreitada, lançaremos mão das aulas espostivo-dialogadas, pesquisas,
debates, leituras, produções textuais e encenação teatral.
8. RECURSOS UTILIZADOS
Obra original de Jane Austin (Orgulho e Preconceito);
Filme/adaptação Orgulho e Preconceito;
Notebook;
Projetor multimídia;
Resenhas críticas acerca do filme;
Livros didáticos;
Mapas;
Minisistem p/ MP3;
Figurino: Roupas e utensílios diversos que comporão o cenário da apresentação;
Quadro.
Obs: Por se tratar de uma escola pequena, sem espaço físico adequado para atividades
dessa natureza, estamos executando parte dos ensaios no salão de festas da igreja do
bairro.
9. METODOLOGIA
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Será sugerido aos professores, participantes do projeto, que assistam ao filme, para
que possam sentir o zeitgeist da época.
A turma será dividida em grupos para realizar as seguintes atividades:
Leitura da obra, na íntegra;
Apresentação oral à turma do resumo analítico4;
O professor de LP fará a leitura e análise, em sala de aula, de resenhas acerca da
obra;
Tendo, já, sido apresentada a obra pelos alunos, todos assistirão, na sala de aula, ao
filme da obra atentando para os detalhes da adaptação Livro/Filme;
Após a produção (escrita e reescrita) do resumo analítico, iniciar-se-á a produção da
resenha crítica;
Na disciplina de História, serão reservadas algumas aulas para que se possa
trabalhar com toda a turma, os principais fatos que ocorreram na segunda metade
do século XVIII, na Europa e também no Brasil. Essas aulas culminarão com um
texto/pesquisa5 que será avaliado pelo prof.º. Dentre elas, será escolhida aquela que
auferiu a melhor nota e encaminhada ao prof.º de LP, para ajustes/reescrita se for
necessário;
Na disciplina de geografia, deverão ser estudado os aspectos geográficos de onde se
passa a trama relacionando-os com o resto da Europa e com o Brasil; dados
estatísticos em relação à mulher no mercado de trabalho; valorização profissional;
por fim, o Ingresso da mulher na política. Aqui, também será proposta uma breve
pesquisa, cujo texto com a melhor nota deverá ser enviado ao prof.º de LP, para
posterior contextualização da apresentação teatral.
Montando a apresentação:
Dividir a turma em grupos de trabalho;
Com o auxílio da prof.ª, especialista em Artes Cênicas, procederemos a adaptação
da obra para o teatro, em sala de aula, com todos os alunos.
O grupo I e, eventualmente, alguns integrantes dos outros grupos comporão o
elenco da peça.
4 Todos os alunos deverão fazer o resumo analítico e, ao fim, uma resenha observando as particularidades
e normas prescritas pela ABNT para esses gêneros textuais. 5 Trata-se de um dos textos que servirão de base para a contextualização da peça teatral.
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O grupo II, com o auxílio do professor de história, ficará encarregado de expor,
oralmente, momentos antes da apresentação, a situação da sociedade mundial da
época no que se refere à grandes acontecimentos.
O grupo III e integrantes de outros grupos ficarão encarregados de montar o
figurino e a cenografia com o auxílio das professoras6 de artes.
Definidas as personagens e falas de todos os integrantes, proceder-se-ão os ensaios
até que a apresentação se dê de maneira satisfatória. Após isso, far-se-á a
apresentação para os demais alunos da escola.
Obs.: Por ser um trabalho com múltiplas tarefas, essa metodologia/sequência pode ser
adaptada ao „sabor‟ dos acontecimentos.
10. AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma qualitativa e quantitativa. Os alunos serão
avaliados quanto ao interesse demostrado pelas atividades, ao comportamento em sala
de aula, à participação, à interação e à socialização com os seus colegas e professores.
Durante o desenvolvimento do projeto, também serão feitas pesquisas, produções
textuais e provas. No que tange as produções textuais, serão considerados, na avaliação,
a coesão a coerência e demais fatores de textualidade (KOCH, 2007).
6 Quando a peça estiver pronta para a apresentação, contaremos com a ajuda da professora de artes do
EFII para a composição do figurino e cenários.
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REFERÊNCIAS
AUSTEN, Jane (2006). Orgulho e Preconceito. São Paulo: Martin Claret.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: ______. Estética da criação verbal.
São Paulo: Martins Fontes, 2003 [1952/53]).
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001 [1984].
_______. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1997 [1991].
KLEIMAN, A. B. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva
sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 9. Ed. São
Paulo: Contexto, 2007.
Orgulho e Preconceito. Produção de Tim Bevan, Eric Fellner, Paul Webster. Londres,
UNIVERSAL, 2005. 1 DVD.
PIRES, Adilson. A produção textual escrita de alunos do ensino médio egressos do
programa de correção de fluxo: um estudo sobre letramento escolar. Dissertação de
Mestrado em Linguística. Programa de Pós-Graduação em Linguística. Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2015.
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
_____. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988.
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ANEXO
Texto-base Geografia
Alessandra Campos
A Revolução Francesa foi considerada um marco histórico, pois assinalou o fim
da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. Foi o movimento mais poderoso
contra o Antigo Regime na França.
A França no século XVIII deparou-se com uma crise imensa, atingindo o setor
primário, setor mais rentável à época. Era ele que abastecia o setor secundário e,
consequentemente, o setor terciário, pois a Inglaterra importava produtos
manufaturados. Além disso, os fatores climáticos, como as baixas temperaturas,
prejudicaram as colheitas de 1788, causando assim, a escassez de alimentos e alta de
preços.
No entanto, a França tentou se reorganizar, por meio das finanças. Um país, que
possuía uma grande desigualdade social, era composto por três Estados: o clero, a
nobreza e o povo. Passou a ser cobrados impostos para o primeiro e o segundo estado,
porém a tentativa não vingou. Outras mais aconteceram, até os três se unirem e
formarem uma Assembleia Constituinte. Diante do acontecido, deu-se início a
Revolução.
Tendo como objetivo os direitos iguais, ou seja, o direito à vida, entretanto mais
uma vez, as mulheres tiveram seu direito de escolha vetado, simplesmente por
serem do sexo feminino, uma vez que o papel de sujeito político e atuante na sociedade
era do homem. Foi a partir deste momento que as mulheres promoveram movimentos
revolucionários para mudar o papel restrito de submissão ao homem, ter filhos e cuidar
dos serviços domésticos e passar a ter vez e voto na sociedade como cidadãs. Em março
de 1792, ficou marcada na Revolução, a participação feminina quando Pauline Leon leu
uma petição assinada por trezentas mulheres reivindicando o direito de se organizarem
em Guarda Nacional. E a partir desse momento, as mulheres iniciaram as primeiras
conquistas, como os direitos sobre o estado civil, o divórcio, direito paternal para o pai e
para mãe.
Enquanto no Brasil, neste período, o território passava pelo processo de
ocupação, sendo ele ocupado por colônias de exploração vindas da Europa, com
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objetivo de tirar as riquezas em seu estado bruto para serem enviadas para as metrópoles
europeias. Já quando os europeus descobriram em terras brasileiras variedades de
riquezas, precisaram de mãos de obras baratas, passando a escravizar os nativos,
chamados de índios – nome dados pelos europeus – como se não bastasse, trouxeram
para este território os africanos, para lhe servirem como escravos. Nessa mesma época a
África do Sul estava sendo ocupada pelos mesmos tipos de colônias. Portanto, quando
as caravelas chegaram a terras brasileiras com os imigrantes, os negros, os tratamentos
não poderiam ser piores. Já as mulheres, além de serem escravizadas e presas em
senzalas, eram também abusadas sexualmente pelos seus senhores.
As mulheres no Brasil colônia possuíam três classificações: as honradas eram as
casadas, que deviam respeitos aos seus maridos, mesmo sabendo que eles se
relacionavam com as suas escravas; as sem honras, moças que passavam da idade de se
casar e, por último, as desonradas, as negras escravas. Estas, na maioria das vezes, eram
forçadas a manter relações permanentes, sem condições de escolha, com seus senhores.
Ora, se a mulher branca já era considerada inferior, a mulher negra não era considerada
simplesmente.
Como podemos analisar, a mulher do século XVIII, tanto brasileira quanto a
europeia, passaram por vários conflitos, devido à resistência imposta por uma sociedade
patriarcal. Entretanto, hoje, em pleno século XXI, a mulher ainda se depara com um
comportamento preconceituoso, resultado de uma sociedade que herdou atitudes
misóginas de uma época em que a mulher era vista como objeto de reprodução.
Portanto, esta situação só irá caminhar em direção a uma mudança, modificando a
cultura a qual está inserida, com medidas de intolerância para atitudes sexistas do dia a
dia e violência contra a mulher. Quando observamos como outros países tratam suas
mulheres, com punição efetiva em casos de crimes contra elas, direitos iguais no
trabalho, nas relações cotidianas, concluímos que estamos inseridos em uma cultura que
perpetua as relações de um Brasil colônia, que tolera a impunidade e desigualdade.
Atividade proposta:
Será realizado trabalho de pesquisa sobre os seguintes itens:
Dados estatísticos em relação à mulher no mercado de trabalho;
Valorização profissional;
Ingresso da mulher na política.
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Fonte: mulheres_ eleição 2014
Fonte: rendimentos-mulher.jpg
REFERÊNCIAS
<www.história.uff.br>. Acesso em 28/7/2017.
<www.pucpr.br>. Acesso em 28/07/2017.
<www.suapesquisa.com/francesa>. Acesso em 28/07/2017.
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APÊNDICES
No salão da igreja “passando” o texto.
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