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LÍNGUA PORTUGUESA PROVA 3º BIMESTRE 7º ANO 2010 PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO

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LÍNGUA PORTUGUESA

PROVA 3º BIMESTRE

7º ANO

2010

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO

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Texto 1

O perigo alado (Cordel de Gonçalo Ferreira da Silva)

A frase de Atthayde merece ser repetida “um mosquito pica um homem, disso vira uma ferida, da ferida o homem morre, tirou-lhe o mosquito a vida”. Escrita nos anos vinte do outro século passado por João Martins Atthayde depois de ter conquistado o diploma de enfermeiro à rede pública do estado. Não sabemos se o mosquito descrito na frase prima era o que provoca a dengue que ama o tropical clima mas já provocou estragos como se percebe acima. O certo é que o Brasil padece de epidemia os dados são alarmantes,

É o Rio de Janeiro a região pela qual tem maior predileção o grande agente do mal desafiando os agentes do poder oficial. As iniciais medidas até o momento são: governo e comunidades trabalhando em mutirão na suprema tentativa da não proliferação. Não deixar água parada em panelas, em banheiro, em pneus, cacos de coco, em vaso exposto em terreiro, em sacadas, nas escadas, vigilância o dia inteiro. [...]

o que a imprensa anuncia de mortes numa semana são computados num dia

SILVA, Gonçalo Ferreira. O perigo alado. Poema em cordel.

Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Literatura de cordel. 2002.

I

II

III

IV

V

VI

VII

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Questão 1

As aspas foram usadas, no início do terceiro verso, para destacar

(A) um comunicado do governo.

(B) uma citação de outro autor.

(C) um comentário do autor.

(D) uma notícia de jornal

Questão 2

Em “tirou-lhe o mosquito a vida” (verso 6, 1ª estrofe), o termo destacado refere-se à

vida

(A) do homem.

(B) de Atthayde.

(C) da ferida.

(D) do mosquito.

Questão 3

A expressão “o grande agente do mal ” (5ª estrofe) foi usada no poema com o

sentido de aquele que

(A) desafia o mosquito.

(B) ama o clima tropical.

(C) provoca epidemias.

(D) trabalha em mutirão.

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Texto 2

ici.ufba.com Questão 4

A finalidade do cartaz é

(A) informar sobre a existência da doença.

(B) alertar os motoristas sobre o risco da dengue.

(C) prevenir contra a volta de uma doença.

(D) divulgar um programa de saúde no trânsito.

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Texto 3

Questão 5

Observando na charge os aspectos da linguagem verbal e da não verbal, pode-se

afirmar que se trata de uma crítica a pessoas

(A) conscientes da gravidade do problema da dengue.

(B) assustadas com a proliferação do mosquito.

(C) contrárias às medidas de prevenção contra a dengue.

(D) zelosas quanto ao aproveitamento da água.

http://paposdejuventude.blogspot.com

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Questão 6

O tema da notícia de jornal é o

(A) risco de disseminação da dengue.

(B) retorno de um tipo de dengue.

(C) sucesso no combate à dengue.

(D) alerta para a gravidade da dengue.

Texto 4

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Texto 5

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para

não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca.

(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha

78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a

mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não

comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta

como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.

– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não

proceder à ressuscitação”.

Uma pausa, e ela continuou:

– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o

mundo está cheio de ingratos.”

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais

tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha

adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia

resolveu interrompê-la.

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu

precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar

alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem

especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada

vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido

ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

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Questão 7

O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um fato real é

(A) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica.

(B) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos.

(C) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador.

(D) a história de amor entre a secretária e o tatuador.

Questão 8

O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária

(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.

(B) concluir que a vida não vale a pena.

(C) achar romântica a história da enfermeira

(D) ter se envolvido com o tatuador.

Questão 9

Um trecho do texto que expressa uma opinião é

(A) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”

(B) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser tatuado.”

(C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”

(D) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.”

QUESTÃO 10

O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o

tatuador é

(A) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.

(B) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.

(C) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.

(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.

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Texto 6

Aquarela Brasileira

Silas De Oliveira Vejam esta maravilha de cenário É um episódio relicário Que o artista num sonho genial Escolheu para este carnaval E o asfalto como passarela Será a tela do Brasil em forma de aquarela Passeando pelas cercanias do Amazonas Conheci vastos seringais No Pará a ilha de Marajó E a velha cabana do Timbó. Caminhando ainda um pouco mais Deparei com lindos coqueirais Estava no Ceará, terra de Irapuã De Iracema e Tupã. Fiquei radiante de alegria Quando cheguei à Bahia Bahia de Castro Alves, do acarajé Das noites de magia do cadomblé Depois de atravessar as matas do Ipu Assisti em Pernambuco A festa do frevo e do maracatu. Brasília tem o seu destaque Na arte, na beleza e arquitetura Feitiço de garoa pela serra São Paulo engrandece a nossa terra Do leste por todo centro-oeste Tudo é belo e tem lindo matiz O Rio do samba e das batucadas Dos malandros e mulatas De requebros febris Brasil, Essas nossas verdes matas Cachoeiras e cascatas De colorido sutil E este lindo céu azul de anil Emolduram em aquarela o meu Brasil. Lá...lá...lá... Lá...lá...lá...lá...lá... (http://letras.terra.com.br/imperio-serrano-rj)

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QUESTÃO 11

O título do samba-enredo, “Aquarela Brasileira”, expressa, em relação ao Brasil (A) a extensão territorial.

(B) a riqueza natural e cultural .

(C) a criatividade do artista.

(D) a alegria do povo .

Texto 7 Texto 8

Se Essa Rua Fosse Minha

Cantigas Populares Se essa rua Se essa rua fosse minha Eu mandava Eu mandava ladrilhar Com pedrinhas Com pedrinhas de brilhante Só pra ver Só pra ver meu bem passar Nessa rua Nessa rua tem um bosque Que se chama Que se chama solidão Dentro dele Dentro dele mora um anjo Que roubou Que roubou meu coração Se eu roubei Se eu roubei teu coração Tu roubaste Tu roubaste o meu também Se eu roubei Se eu roubei teu coração Foi porque Só porque te quero bem http://letras.terra.com.br/cantigas-populares/134098/

Paraíso Se esta rua fosse minha, Eu mandava ladrilhar, Não para automóvel matar gente, Mas para criança brincar. Se esta mata fosse minha, Eu não deixava derrubar. Se cortarem todas as árvores, Onde é que os pássaros vão morar? Se este rio fosse meu, eu não deixava poluir. Joguem esgotos noutra parte, que os peixes moram aqui. Se este mundo fosse meu, Eu fazia tantas mudanças Que ele seria um paraíso De bichos, plantas e crianças.

( Paes, José Paulo. Poemas para brincar. Ática, 1990.)

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Questão 12

O desejo do eu poético de ladrilhar a rua, no texto 8, distingue-se do mesmo desejo

no texto 7, porque

(A) quer um lugar para os automóveis passarem.

(B) procura um lugar para os pássaros morarem.

(C) escolhe um lugar para o esgoto ser despejado.

(D) deseja um lugar tranquilo para viver.

Texto 9

Bom conselho Composição: Chico Buarque Ouça um bom conselho

Que eu lhe dou de graça

Inútil dormir que a dor não passa

Espere sentado

Ou você se cansa

Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo

Deixe esse regaço

Brinque com meu fogo

Venha se queimar

Faça como eu digo

Faça como eu faço

Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo

Vim de não sei onde

Devagar é que não se vai longe

Eu semeio o vento

Na minha cidade

Vou pra rua e bebo a tempestade

http://letras.terra.com.br

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Questão 13

O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

(A) “Venha, meu amigo”

(B) ” Corro atrás do tempo”

(C) “ Vim de não sei onde”

(D) “ Eu semeio o vento”

Texto 10

É preciso se levantar cedo? A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua

sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador

de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a

vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.

Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:

– Você devia se levantar cedo, meu filho.

– E por quê, pai?

– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e

encontrei um saco de ouro no meu caminho.

– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?

– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria

percebido ao voltar para casa.

– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando

ainda mais cedo. Você está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom

para todo mundo.

(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo:

Códex, 2004.)

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Questão 14

O diálogo entre pai e filho permite entender que

(A) pai e filho não se dão bem.

(B) pai e filho têm os mesmos hábitos.

(C) pai e filho encontraram um saco de ouro.

(D) pai e filho pensam de forma diferente.

Questão 15

O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin, serve para que

apresente ao seu pai

(A) a conclusão que tirou da resposta.

(B) a hora de encerrarem aquela conversa.

(C) a justificativa para acordar mais tarde.

(D) a hipótese de que estava com a razão.