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Manual técnicode poda de árvores

Prefeitura de São PauloSecretaria do Verde e do Meio Ambiente

Secretaria de Coordenação das Subprefeituras

Novembro | 2012

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1. Introdução....................................................................... 6

2. Poda..................................................................................7 2.1. Porquepodar?............................................................................................................7

2.2. Conseqênciasdapoda........................................................................................... 8

2.3. Podaadequada......................................................................................................... 9

2.4. Medidasparaminimizaranecessidadedepodas................................... 10

3. Aspectosanatômicosefisiológicos.......................... 11 3.1. Partesubterrânea....................................................................................................11

3.1.1. Desenvolvimentoefunçãodaraiz..........................................................................11

3.2. Parteaérea.................................................................................................................12

3.2.1. Arquiteturadacopa........................................................................................12

3.2.2. Morfologiadabasedosgalhos...............................................................15

3.2.3. Ramosepicórmicos.......................................................................................17

3.2.4. Compartimentalização................................................................................17

3.3. Épocadepoda..........................................................................................................19

3.3.1. Fenologia.............................................................................................................19

3.3.2. Padrõesderepouso......................................................................................19

3.3.3. Quandorealizarapoda?........................................................................... 20

4. Tiposetécnicasdepoda............................................21 4.1. Tiposdepoda............................................................................................................21

4.2. Técnicasdepoda....................................................................................................23

4.3. Podadeárvoresadultas......................................................................................26

4.3.1. Curativos.............................................................................................................27

4.4. Podadeárvoresjovens.......................................................................................27

4.4.1. Mudasrecém-plantadas.......................................................................... 30

4.4.2. Seleçãoderamospermanentes.......................................................... 30

4.5. Podaderaiz...............................................................................................................32

Índice

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ManualTécnicodePodadeÁrvores

5. Certoeerradodapoda............................................... 35

6. Ferramentasdepodaeequipamentos desegurança............................................................... 38 6.1. Ferramentasdepoda.......................................................................................... 38

6.2. Equipamentosdesegurança............................................................................ 40

7. Procedimentosparaexecuçãodapoda.................. 43 7.1. Vistoriaprévia,autorizaçãoepublicação................................................... 43

7.2. Limitaçãodotrânsitodeveículosepedestres......................................... 44

7.3. Planejamentodepodas...................................................................................... 44

7.4. Redeaérea............................................................................................................... 44

8. Faunaepoda............................................................... 45 8.1. Avifauna.................................................................................................................... 45

8.1.1. Períododereproduçãodasaves......................................................... 45

8.1.2. Oquefazerquandoencontrarumninhoematividade...........47

8.1.3. Bonsmotivosparaprotegermosasaveseseusninhos....... 48

8.2. Morcegos.................................................................................................................. 48

8.2.1. Motivosparanãoseexterminarosmorcegos............................ 49

8.2.2. Osmorcegossãoumaameaçaparaapopulação?.................. 50

8.2.3. Informações..................................................................................................... 50

8.3. Abelhasevespas....................................................................................................51

9. Recomendaçõesparapalmeiras.............................. 52

10. Legislação.................................................................... 53 10.1. Principallegislaçãovigentesobrepoda

deárvoresnomunicípiodeSãoPaulo..........................................................55

Glossário..................................................................................57

Bibliografia..............................................................................58

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1.IntroduçãoDesde sua primeira edição em 2005, o Manual Técnico de Poda muitocontribuiuparaadequarepadronizarosprocedimentosdepodanasár-vores do município de São Paulo, especialmente as localizadas nos lo-gradouros públicos. Com a experiência acumulada nos anos seguintes,surgiuanecessidadedecomplementarsuasinformações,dandoorigemaessenovomanual.

Opontomaisrelevanteabordadonestaediçãoéa importânciadepodaraárvoreenquantoestaaindapodeserconsideradajovem,poisocorteéumainjúriaaumorganismovivo,equantomenorforessaaçãomaisra-pidamente a árvore irá responder, formando um indivíduo saudável quecontribuiráparaaconsolidaçãodeumaflorestaurbanaadequada.

AvisãodeumaintervençãoprecocenaárvorejáéumarealidadeseguidapelaPrefeituradoMunicípiodeSãoPaulo.Asárvoressãoacompanhadasduranteseucrescimento,permitindoquedesenvolvamumaestruturafor-te,compatívelcomoambienteurbano,egarantindo-lhesmaior longevi-dade,entregandoàcidadeumacoberturaarbóreamaiseficiente.

Omanualécompostoportextostécnicoseilustraçõessobreascaracte-rísticas das árvores e seu desenvolvimento sob o ponto de vista da ne-cessidadedepodanoambienteurbano,alémdadescriçãodosprincipaistiposetécnicasdepodaquedeverãoserrealizadasao longodavidadeumaárvore.

Trazaindainformaçõessobreaexecuçãodapoda,indicandoferramentasemateriaisadequadoscomespecialatençãoàsquestõesdesegurança.Umcapítuloédedicadoàlegislação,quenorteiatodasasaçõesdepodadeárvoresnacidadedeSãoPaulo.

As orientações contidas neste trabalho subsidiarão as ações dos profis-sionaisqueatuamdiretamentenotratocomaarborização.

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TodososprocedimentosetécnicascitadasnesteManualdevemserrevis-tosereeditadossemprequeatravésdeseuusosemostraremultrapassa-dosparaofimaoqualsedestinam.

2.PodaDefinidacomoaretiradaparcialderamosdaplanta,apodamodificasuaestruturaeconsequentementeseuestadodedesenvolvimento.Trata-sede uma técnica agronômica/florestal que, dependendo dos espécimesarbóreosnosquaiséaplicada,temfinalidadescertaseespecíficas.

Emárvoresurbanas,naessência,apodaéaeliminaçãooportunaderami-ficaçõesdeumapartedaplanta,comvistasaproporcionarseudesenvol-vimentosaudávelecompatívelcomoespaçofísicoondeexiste.

2.1. Por que podar?

Comafinalidadedeconservaremelhoraraqualidadeambientalurbana,açõesdemanejocomooplantio,otransplante,apodaoumesmoocortetotaldasárvoressãoestratégiasparaaharmonizaçãodinâmicaentreoselementosconstruídoseoselementosnaturais.

Depoisdoadequadoplanejamentodaarborizaçãourbana,apodaéconsi-deradaumdosprincipaisinstrumentosusadosentreasformasdemanejodoexemplardeportearbóreoparacompatibilizaraestruturadovegetalaoconvíviohumanourbano.

Apodanaarborizaçãourbanavisabasicamenteconferiràárvoreumafor-maadequadaduranteoseudesenvolvimento,eliminarramosmortos,dani-ficados,doentesoupraguejados;removerpartesdaárvorequecolocamemriscoasegurançadaspessoaseretirarpartesdaárvorequeinterferemoucausamdanospermanentesàsedificaçõesouaosequipamentosurbanos.

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Valelembrarqueomanejoadequadoemplantasjovensécapazdeminimi-zarinterferênciasmaisdrásticasparaosexemplaresarbóreosadultoscomo:apoda,otransplanteouocorte,devidoaoseudesenvolvimentoinadequa-doouseuestadofitossanitárioprejudicadopordanosprovocadosemsuaestruturaoumetabolismo,tornado-amaisdispendiosaemaistrabalhosa.

NostermosdaLeiMunicipalnº10.365/87ospedidosdepodasóserãoauto-rizadossegundocritériosespecificadosemseuartigo11.Podeserindeferidaasolicitaçãodepodabaseadasomenteemjustificativaoumotivaçãonãocon-templadanalegislação,comoporexemplo:quedadefolhas,entupimentodecalhaoulaje,visualizaçãodepaisagemouimóvel,sombreamento,presençadeinsetosoufauna,dimensãodaárvoreouinterferênciacomtransmissãodedadossemfio(raiosinfravermelhos,lasers,microondas,rádioetc.).

2.2. Consequências da poda

Como seres vivos, as árvores possuem um padrão de desenvolvimentodeterminadopelascaracterísticasgenéticasdesuaespécieesãoinfluen-ciadas pela disponibilidade dos recursos ambientais como espaço, luz,águaenutrientes.Aestruturasaudáveldoexemplararbóreointerferenasuacapacidadederesiliênciaederesistênciaàsdificuldadesdesemanternumambientequenãoéoseunatural.

Oequilíbriofuncionaleestruturalnasrelaçõesentreosórgãosdeumaár-vore,comoocaule,asraízeseasfolhas,éessencialparaobomdesenvol-vimentodoexemplar,umavezquepossuembasicamentefunçõesrela-cionadasàestabilidade,sustentação,respiraçãoenutrição.

Quandofeitadeformaadequada,apoda,aoexportecidosinternos,ativamecanismosmetabólicosprópriosparaimpediracontaminaçãoporagen-tespatogênicoscomofungos,bactériase insetoscausadoresdadegra-daçãodessestecidos,permitindoqueoindivíduopromovaacicatrizaçãoeprossigaodesenvolvimentosaudável.Essesmecanismosmetabólicos

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ativadosconstituemumprocessodeproteçãonaturalquerecebeonomedecompartimentalizaçãodalesão.

Quantomaisjovemfororamopodadomelhorseráacapacidadederecupe-ração.Essacapacidadediminuiaolongodoseudesenvolvimento,poisramosmaisvelhosapresentammaiorpartedetecidocomcélulasmortasnocentro,oquepodeprejudicaracompartimentalizaçãodolenho.Quantomaisativoforometabolismo,maisrapidamenteseprocessaráacompartimentalização.

Quando realizada de forma inadequada, a poda também pode provocarumdesequilíbrioentreasuperfícieassimilatóriadacopa(folhas)easu-perfície de absorção de água e nutrientes (raízes finas), causando perdadesistemaradicularproporcionalàperdadacopa.Emalgumasespécies,comoreaçãoàpodainadequadaderamo(s),aplantatenderáarecomporafolhagemoriginalapartirdodesenvolvimentodegemasepicórmicas.Osgalhos ou eixos produzidos a partir destas gemas possuem uma ligaçãodeficientecomsuabaseeconstituirãoumnovofatorderiscocomopas-sardotempo,exigindonovaaçãodemanutenção.

2.3. Poda adequada

Paraobtermelhoresgarantiasdeumapodabemfeitaeadequada,deve-seconsiderar:

1. Oestádiodedesenvolvimentodaárvore,entrejovememadura,paraaescolhadotipodepodamaisadequado;

2. Acaracterísticanatural(genética)dedesenvolvimentodacopaeraízes;

3. Oestadofenológico(repouso,enfolhamento,floração,frutifica-ção)paraadecisãodemelhorperíodoparaarealizaçãodapoda;

4. Asinterrelaçõesdafaunaefloraurbana;

5. Apodaéumainjúriaprovocadapelohomem;

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6. Deve-sepermitirodesenvolvimentosaudáveldaplantaapósasuarealização;

7. Apodaderaízeséumaaçãonãorecomendada;8. Cuidadoscomasegurançasãoessenciaiseobrigatórios;9. Sempreconsultaralegislaçãolocal;10. Serrealizadaporpessoaouempresacompetente.

Cadaumadessasconsideraçõesserádiscutidaemtópicosaseguir.

2.4. Medidas para minimizar a necessidade de podasSendoapodaumainjúriaàárvore,quecausaumasériedereaçõesfisioló-gicasnoindivíduoeexpõeseustecidosinternosaoataquedeorganismospatogênicos,éimportanteconsiderarmedidasalternativasaessaprática,quedevemserpreferidasvisandopreservaraintegridadedaplanta.

Uma das medidas mais eficientes é a escolha correta da espécie a serplantada,observandoainteraçãodeporte,arquiteturadecopaehábitodosistemaradicularcomolocaldeplantio.

A utilização de mudas de qualidade, sadias, com copas bem conduzidas,torrõesbemformadoselivresderaízesenoveladastambéméfundamen-tal na consolidação e pleno desenvolvimento da árvore, minimizando asintervençõesdepoda.Paramaioresinformaçõessobreoplantio,consulteoManualTécnicodeArborizaçãoUrbana.

Arealizaçãodepodasiniciais(formaçãoecondução)demaneiracorretadiminuiafrequência,aseveridadeeaintensidadedefuturaspodasnasár-voresadultas.Árvoresjovenstêmumacapacidadederegeneraçãomaiorqueárvoresadultas,alémdapodaapresentarmenorcustooperacional.

Emlocaisondeaárvoreestáemconflitocomomobiliáriourbano(postesde sinalização e iluminação, rede elétrica, semáforos, tubulação subter-râneaetc),considerarapossibilidadederealocaçãoouadequaçãodessemobiliárioaoinvésdepodaraárvore.

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Tanto no projeto original como em reformas de edificações, podem seradotadas soluções arquitetônicas para resolver problemas como, porexemplo,entupimentodecalhaseralosporfolhascomaplicaçãodetelasfiltro, uso de ralos convexos e não uso de platibandas; danos ao passeiopúblicopodemsercontornadoscomsoluçõesdeelevaçãodopisoeau-mentodaáreapermeávelparaodesenvolvimentodasraízes.

3.Aspectosanatômicosefisiológicos

3.1. Parte subterrânea3.1.1. Desenvolvimento e função da raiz

Ocrescimentodasraízeséquaseconstante,porémsuavelocidadedependedascondiçõesambientaisdosolo.Inicialmente,ocrescimentodaraizéempro-fundidade,visandoalcançarcamadasdesolomenossujeitasàflutuaçãodeumidade.Posteriormente,desenvolvem-seraízesdecrescimentohorizontalmaispróximasàsuperfíciedosoloparaabsorçãodenutrientes.Nomínimo80%dabiomassaderaízesestánosprimeiros20cmdesolo, incluindo-setodosostiposderaízes.Istoocorremesmoemplantascomraízespivotantespronunciadas.Quandoabiomassaaéreaaumentaalgumasraízespassamaserfundamentaisnasustentaçãodotronco.Paracumprirestafunção,cres-cememdiâmetroedeformaexcêntricadevidoàmenorresistênciadosolo.

Deacordocomseudiâmetro,asraízespodemserclassificadasemcincotipos:

Raízesfinas:menorque2mm;Raízesflexíveis:entre2e5mm;Raízeslignificadas:5a10mm;Raízesgrossas:10a20mm;Raízesfortes:maiorque20mm.

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Para o desenvolvimento e funcionalidade das raízes, três determinantesambientais adquirem importância fundamental: água, aeração e tempe-ratura na rizosfera. Para a manutenção adequada destes fatores, é im-prescindível que o solo tenha boa velocidade de drenagem, capacidadede retenção de água, ausência de agentes compactantes e presença decobertura(vegetadaoufolhagemseca/morta).

Asraízestemfunçõescomo:Fixaçãoqueconfereresistênciaàsforçasdedistensãoecompressão;Absorçãodeáguaenutrientes;Reservatóriodenutrientes;Ancoragempararesistênciaàsforçasdetensão(açãodovento).

3.2. Parte aérea

3.2.1. Arquitetura da copa

Aestruturadeumaárvore,suasraízes,tronco,galhosefolhas,nãoépro-dutodeprocessosaleatórios,todasascaracterísticasdeporte,formadacopa,disposiçãodefolhasefloresjáestãopré-definidasnasemente,an-tesdagerminação.

Estascaracterísticasestruturaissãocomunsaosindivíduosdeumames-ma espécie, recebendo o nome de modelo arquitetônico da espécie. Aarquiteturadeumaárvoreplantadaisoladamenteédiferentedequandooindividuoarbóreocresceemumafloresta.Éprecisoconhecerpreviamen-teumaárvoresaudávelparadefinircommaiorprecisãoanecessidadeeomomentodeintervenção(poda)bemcomoaspartesaseremeliminadas.Desta forma, pode-se prolongar o tempo de residência de espécies ar-bóreasnosváriosnichosurbanosondeestãoinseridas,considerando-setodososfatoresambientaisimediatosqueregemoseudesenvolvimento(poluição,açãopredatória,choquesmecânicos,aeraçãodosoloetc).

Opadrãodedesenvolvimento(arquitetura)deumaárvoreédadopelalon-

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gevidadeedireçãodomeristemaapical.Quandoocrescimentodomeris-temaapicaléindefinidoemalturadaráorigemaumtroncovertical,retilíneoe característico das espécies de desenvolvimento monopodial, estandotodaramagemligadaaessetronco,queéseueixodecrescimento.

Quando o crescimento do meristema apical é limitado há surgimento debrotações laterais, originando troncos simpodiais, nos quais um ramo dáorigemaoutros.

Figura 1 -Modelosarquitetônicosdeespéciesarbóreas.A-eixoprincipalortotrópico,monopodial(Araucaria angustifolia);B-eixoprincipal

ortotrópico,simpodial(Tabebuia alba);C-eixosplagiotrópicos(Delonix regia).

A.

B.

C.

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Outra característica dos meristemas é a direção do crescimento, fun-damental para a definição da copa (e do tronco) das árvores. Quandoosmeristemascrescemparaoalto,verticalmente,aárvoretemcres-cimentodenominadoortotrópico.Emoutrasespécies,osmeristemascrescem horizontalmente, ou obliquamente, tendo, portanto cresci-mentoplagiotrópico.

Os modelos arquitetônicos são diferenciados para cada espécie devidoàssuasexigênciasecológicasdistintas.Aarquiteturadacoparepresentaumaestratégiadeocupaçãodeespaçonoambienteflorestal,paramelhorutilizá-lodeacordocomascaracterísticasfisiológicasdaespécie.

Sobessefoco,apodadeveserexecutadaparaconduziraparteaérea(copa)deumaárvorenosentidodeocuparoespaçodisponíveleape-nas excepcionalmente para reduzir ou delimitar o seu volume. Assim,evita-sequeamesmaseja“mutilada”porpodasdrásticasouexecu-tadascomimperícia.

Figura 2 -Modelosdecopadeipê-roxo(Tabebuia avellanedae)esombreiro(Terminalia catappa).Alarguradassetasindicaastaxasdecrescimento.

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3.2.2. Morfologia da base dos galhos

Apoda,sendoaretiradadegalhosdeumaárvore,éumaaçãoqueprovocalesões e, como todo ser vivo, a árvore tem mecanismos e processos dedefesaparareduzirosriscosdemorteapósumaaçãotraumática.

Conhecer as características importantes dos galhos e suas funções emrelaçãoaorestodaárvorecontribuiparaqueaaçãodepodasejamenostraumática.Aanálisedamorfologiadabasedosgalhospermiteavaliaraatividademetabólicadasfolhasdogalho,definindoopontomaiscorretoparaocorte.

Oselementosbásicosdabasedogalhosão:

cristadacasca:originadadoacúmulodecascanapartesuperiordabasedogalho,nainserçãonotronco.Devidoaocrescimentoemdiâmetrodotroncoedogalho,adquiredesenhodemeia-lua,comaspontasvoltadasparabaixo;

colar:éaporçãoinferiordabasedogalho,nainserçãodotronco.Quandoépoucoperceptível,comclaraeharmônicapassagemdo

Figura 3 -CristaeColar.

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troncoparaogalho,estáemfrancaatividadeassimilatória.Quan-doocolarsedestacadotronco,sendoclaramentevisível,ogalhoestáemprocessoderejeição,emboraaindapossaterfolhasverdesebrotaçõesnovas.Esteentumescimentodocolaréconsequênciadoaumentodometabolismonaregiãoedosmecanismosdedefe-saparacompartimentalizaralesãoquefatalmenteocorrerácomamortedogalhoesuaquebra.

fossabasal:éocolarinverso,ouseja,umadepressãonotroncoabaixodabasedogalho.Quandopresenteindicaumafaltadefluxodeseivaelaboradadogalhoparaotronco,mesmocomfolhasvivasrealizandofotossíntese.Ogalhojánãocontribuiparaocrescimentodaárvore,estandoprestesasecar.

Oprocessodecompartimentalizaçãoocorretendocomobaseascélulasdocolar.Ocolar,localizadonabasedogalhotemfunçãodebarreiraprotetoraati-vaesendolesionadoperderásuaeficiênciaprotetora,permitindoapenetra-çãodemicrorganismospelascélulasadjacentesaolenho(célulaslesionadas).

Figura 4 -Fossabasal.AlinhaA-Bcorrespondeaoplanodecorte.

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3.2.3. Ramos epicórmicos

Apodaprovocaumdesequilíbrioentreasuperfícieassimilatóriadacopa(folhas) e a superfície de absorção de água e nutrientes (raízes finas). Areaçãodaárvoreseráderecomporafolhagemoriginal,apartirdegemasepicórmicas. Os galhos produzidos a partir destas gemas possuem umaligaçãodeficientecomsuabase,constituindofatorderiscomaistarde.

Apodaseveraproduzumaprofusãodebrotosepicórmicos,quecausamtranstornosedevemserremovidos.Nãosendopartedomodeloarquite-tônicocausarãoproblemasfuturos.

Evitam-seramosepicórmicoscompodasmenosseverasenafasejovemdaárvore,queéquandoasárvorespossuemboacapacidadededesenvol-vimentodasgemasnaparteexternadacopa.

3.2.4. Compartimentalização

Duranteociclodevidadeumaárvorebasicamentedoissistemasdede-fesasãoconsolidadosparaprotegê-ladeagressões,comoapoda.Estessistemasdedefesaatuamnaregiãodacascaenaregiãodolenho.

Na região da casca, qualquer ferimento irá promover o aparecimento deuma nova periderme, chamada periderme necrofilática. Esta nova peri-derme impede que micro-organismos invadam o ferimento e atinjam ostecidosmaisinternosdacasca.Quandooferimentoémaisprofundo,ole-nho, próximo às lesões, sofre alterações que o tornam imune ao ataquemicrobiano. Assim, é desnecessário e mesmo contra indicado o uso deprodutosinibidoresdeatividademicrobianaapósarealizaçãodapoda.

Aeficiênciadessemecanismodedefesaévisívelapósalgumtempo,atra-vésdaformaçãodocalocicatricial.Estecaloseiniciapelasextremidadesdalesão,emdireçãoaocentrodamesma,eéumindicativosegurodaqua-lidadedeumapoda.

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Quandoolenhoéagredidoporumferimento,ouporinvasãomicrobiana,ésinaldequeaproteçãodadapelaperidermenecrofiláticafoirompida.Nes-teponto,adquireimportânciaomecanismodedefesadolenhochamadodecompartimentalização,processoqueocorrenotecidovegetallesiona-do.Alteraçõesquímicasnointeriordascélulasatacadaseformaçãodeno-vascélulaspararecomporparcialmenteaestruturaafetadacaracterizamacompartimentalizaçãoquepodeserdivididaemquatroetapas:

Reação 1: As células afetadas, antes de perderem sua função(vida),ouaquelasqueestãopróximasàlesão,alteramseumetabo-lismo,passandoaproduzirtaninos,complexospoucosolúveisquerecobremasparedescelularesalterandoacordolenho;

Reação 2: Osvasosquedãoacessoaosgalhossãobloqueadosporresinas,látexougomasetiloses;

Reação 3:Aumentaaatividademetabólicadascélulasadjacentesàlesão,quesãoenriquecidascomaçúcares.Ocâmbiopassaapro-duzirmaiscélulasparenquimáticaseometabolismodestasmudaparaasíntesedesubstanciasantibióticas,polifenóisdenominadosflavonóides;

Reação 4: Multiplicaçãodecélulasricasemsuberinacommaiorvelocidadepararecobriralesão.

Figura 5 -Processodecompartimentalização.

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Acompartimentalizaçãoéfundamental,poisevitaadispersãodadegra-daçãodamadeiraapartirdasuperfíciedocorte.Galhoscomcélulasvivasemtodaasuaseçãotransversalconseguemcompartimentalizara lesãoatravés da mudança do metabolismo destas células. Quando os galhosatingemdiâmetrosmaioreseidadesmaisavançadas,ocorrendoamortedascélulasnocentrodogalho,estacompartimentalizaçãoé incompleta,trazendoriscosparaaestabilidadedaárvore.Portanto,apodadeveserre-alizadaomaiscedopossível,evitandocortargalhosmaiores.

3.3. Época de poda3.3.1. Fenologia

Duranteasestaçõesdoano(primavera,verão,outonoeinverno)ocorremalgunsfenômenos(fenologia)quesedistinguememfasesquedetermi-namocicloprodutivodeárvoreseocorremnestasequência:repousove-getativo,brotação,floraçãoefrutificação.

Observar e conhecer em qual estação do ano ocorrem as fases descri-tasacimaéimportanteparadecidirqualamelhorépocapararealizaçãodapoda.Emcadaumadasfasesoseventossãodecorrentesdemecanismosfisiológicos, muitos deles influenciados por fatores climáticos, principal-menteluz,regimehídricoetemperatura.

3.3.2. Padrões de repouso

Cadaespécieapresentacaracterísticasmorfológicasreferentesaoperío-doderepousovegetativoquesãoreconhecidosemtrêspadrões:

1. Repouso real: espécies que desprendem as folhas durante aestaçãodooutono-invernoesãodenominadasdecíduas;

2. Folhagem permanente:espéciesquerenovamafolhagemdu-rantetodoociclo,demaneiraquaseimperceptível,conhecidasporperenifólias;

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3. Repouso falso:espéciesquesoltamasfolhasnooutonoein-verno,maslogoemseguidaflorescem,aindanoinvernoounoiniciodaprimavera.

Assim,aépocaidealdepodapodevariarcomopadrãoderepousodecadaespécie.Omomentoderealizaçãodapodadeveconsiderarafasefenoló-gicademaneiraqueaárvoreconsigarealizarosprocessosdecicatrizaçãoequenãocauseinterrupçõesnasdemaisfases.

3.3.3. Quando realizar a poda?

Alémdafenologiadaárvore,omomentodapodaserádeterminadotam-bémpeloobjetivoaseralcançadoeadimensãodosramosquesepreten-desuprimir,queinfluenciaráoprocessodecompartimentalização.

Especialmente para as espécies decíduas, a eficiência das reações no pro-cessodecompartimentalizaçãodependedaépocadoanoemqueocorremas lesões. A atividade fisiológica depende principalmente da capacidade demobilizaçãodesubstânciasdereservaarmazenadas(amidoeaçúcar),oqueestámuitorelacionadoàscondiçõesclimáticas,peloritmodecrescimentodaárvore.Alémdisso,aformaçãodeoutrassubstâncias,fenóisporexemplo,du-ranteasreaçõesnaárealesionadarequertemperaturasmaiselevadas.

Considerando as reações fisiológicas e morfológicas decorrentes de le-sõesocorridaspelaaçãodapoda,demaneirageral,sãocompartimenta-lizadasdeformamaiseficazduranteoperíodocompreendidoentreiníciodaprimaveraefinaldoverão,doquenoinverno,quandoometabolismoéreduzido.Todasasreaçõesnasárvoressãomenoseficazesnoperíododoinvernoemcomparaçãocomasdemaisestações,sendoquenosmesesdeprimavera-verãoháumcrescimentomaisintensodaárvore.

Quantomaisativoforometabolismo,maisrapidamenteseprocessaráacompartimentalização.Oiníciodoperíodovegetativoéumaépocapropí-ciapararealizaçãodapoda.

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4.TiposetécnicasdepodaExistemdiversostiposdepodapossíveiseaescolhamaisadequadaseráaquelaquepermitaodesenvolvimentosaudáveldaplantaconsiderandoentreoutros,oseuestágiodeamadurecimento,capacidadederecupera-ção,estádiofenológicoeequilíbrioestrutural.

Aeliminaçãoderamosdeveráseguirumatécnicadecortequeconsidereotamanhodogalhoeaposiçãoadequada,demodoquenãocauselesõesemoutraspartesdaárvoreeocorraacicatrizaçãocompletadacasca.

4.1. Tipos de poda

1. Poda de formação: apodadeformaçãoéessencial,poiscondi-cionatodoodesenvolvimentodaárvoreesuaadaptaçãoàscondi-çõesemquevaiserplantadadefinitivamente.Érealizadanoviveiro.

No viveiro as mudas são produzidas dentro de padrões técnicos,sendoconduzidasnosistemadenominado“hasteúnica”,quecon-sistenadesbrotapermanentenumcauleúnicoeereto,atéatingiraalturamínimade2,0metros.

2. Poda de condução: quandoamudajáestáplantadanolocalde-finitivo,aintervençãodeveserfeitacomprecocidade,aplicando-seapodadecondução.Visa-se,comestemétodo,conduziraplantaemseueixodecrescimento,retirandoosramosindesejáveiseramifica-çõesbaixas,direcionandoodesenvolvimentodacopaparaosespa-çosdisponíveis,semprelevandoemconsideraçãoomodeloarquite-tônicodaespécie.

Éummétodoútilparacompatibilizaçãodasárvorescomosfiosdaredeaéreaedemaisequipamentosurbanos,prevenindofuturosconflitos.

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3. Poda de limpeza: érealizadaparaeliminaçãoderamossecos,senisemortos,queperderamsuafunçãonacopadaárvoreere-presentamriscosdevidoapossibilidadedequedaeporseremfocodeproblemasfitossanitários.Tambémdevemsereliminadosramosladrõesebrotosderaiz,ramosepicórmicos,doentes,praguejadosouinfestadosporervasparasitas,alémdaretiradadetocoserema-nescentesdepodamalexecutadas.Estesgalhospodememalgu-mascircunstânciasterdimensõesconsideráveis,tornandootraba-lhomaisdifícildoquenapodadeformação.

4. Poda de correção: visaeliminarproblemasestruturais,removen-dopartesdaárvoreemdesarmoniaouquecomprometamaestabi-lidadedoindivíduo,comoramoscruzados,codominanteseaquelescombifurcaçãoemV,quemantémacascainclusaeformampontosderuptura.Tambémérealizadacomoobjetivodeequilibraracopa.

5. Poda de adequação: é empregada para solucionar ou ameni-zarconflitosentreequipamentosurbanoseaarborização,comoporexemplo, rede de fiação aérea, sinalização de trânsito e iluminaçãopública. É utilizada para remover ramos que crescem em direção aáreasedificadas,causandodanosaopatrimôniopúblicoouparticular.

Entretanto,antesderealizaressapoda,éimportanteverificarapos-sibilidade de realocação dos equipamentos urbanos que interferemcomaarborização(trocaderedeelétricaconvencionalporredecom-pacta,isoladaousubterrânea,deslocamentodeplacaseluminárias,reduçãodaalturadospostesdeiluminação,cercaelétricaetc).

6. Poda de levantamento: consiste na remoção dos ramos maisbaixosdacopa.Geralmenteéutilizadapararemoverpartesdaárvorequeimpeçama livrecirculaçãodepessoaseveículos.É importanterestringiraremoçãoderamosaomínimonecessário,evitandoare-tiradadegalhosdediâmetromaiordoqueumterçodoramonoqualseorigina,bemcomoolevantamentoexcessivo,queprejudicaaes-tabilidadedaárvoreepodeprovocarodeclíniodeindivíduosadultos.

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7. Poda de emergência:érealizadapararemoverpartesdaárvorecomoramosquesequebramduranteaocorrênciadechuva,tempes-tadesouventosfortes,queapresentamriscoiminentedequeda,po-dendocomprometeraintegridadefísicadaspessoas,dopatrimôniopublicoouparticular.

Apesardocaráteremergencial,semprequepossíveldeveserconside-radoomodeloarquitetônicodaárvore,visandoumrestabelecimentododesenvolvimentodacopaeminimizandoriscosposteriores.

4.2. Técnicas de poda

Independentementedotipodepodaaserexecutada,atécnicautilizadaéamesmaparatodas,semprerespeitandoacristaeocolar,otamanhodosramoserealizando-aemtrêscortes.

Figura 6 -Técnicadostrêscortes.

Atravésdoposicionamentodoprimeiroesegundocorteecomauxíliodecordas,épossíveldirecionaraquedadoramo,desviandodeobstáculos.

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Oterceirocortedevepreservarocolareacristadacascaintactosparaque sejam garantidas as condições fisiológicas necessárias para o fe-chamentodoferimento.

Figura 8 -Descascamentodolenho.

Figura 7 -Diferentesplanosdecorte.

Ocortederamosdegrandesdimensõessemautilizaçãodostrêscortesda-nificaotronco,poisprovocaodescascamentoouremoçãodelascasdolenhologoabaixodoramo.Essesferimentossãoportasdeentradaparapatógenos.

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Quandonãohánecessidadederemoçãototaldogalho,ocortepodeserre-alizadologoacimadeumagemaounoseupontodeinserçãosobreoramoprincipalou,ainda,naaxiladeumadesuasramificações.

Aquedalivredosramospodadosdeveserevitada,poispodecausaraci-denteedanosaopavimentodaruaedopasseio,bemcomoàsredesaére-as,àsinalizaçãoeoutrosequipamentosurbanos.Paraamorteceraqueda,devemserutilizadascordasamarradasaotroncodaárvoreeaosramoscortadosque,guiadasporoperadoresemterra,conduzirãocomseguran-çaessesramosatéosolo.

Importante:

Apodaaplicadaaumramovital,degrandesdimensões,quenãoestápre-paradopelaplantapararemoção,deveserrealizadasemprequepossívelemduasetapas.

Figura 9 -Etapasdapodapararamosdegrandesdimensões.

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Naprimeiraetapa,oramoécortadoàdistânciade0,5ma1,0mdotronco.Esseprimeirocortedebilitaráoramoeativaráosmecanismosdedefesaerejeiçãodesseramo,estimulandoodestaquevisualdacristaecolar.

Nasegunda,umoudoisperíodosvegetativosapósoprimeirocorte,écon-cluída a remoção do ramo cortando-o junto ao tronco, sempre mantendointactosacristaeocolardabasedoramo.

Éimportantenãoconfundirestatécnicadeduasetapascomapodainade-quada que deixa tocos; portanto, é imprescindível que esse procedimentoestejaformalizadonolaudotécnicoerespectivaordemdeserviço.

4.3. Poda de árvores adultasAspodasrealizadasemárvoresadultasgeralmentesãofeitaspornãote-remsidorealizadasquandojovensouporalgumoutrofatonovo,comoporexemplo,oaparecimentodeumramosecooudoente.

Podasirregularesemalrealizadaspoderãocausardanosqueirãodurarportodaavidadaárvoreouatéencurtarsuavida.

Nenhumgalhodeveserremovidosemmotivo,umavezquecadacortetemopotencialdemudarocrescimentodaárvore.

Aremoçãodefolhagematravésdaspodasseveraspodegerarumestressenaplanta,reduzindoseucrescimentoequantidadedereservasarmazena-das,umavezqueasfolhasproduzemoaçúcarqueéutilizadoparaseucres-cimentoedesenvolvimento.

Podasdelimpezaderamossenescentes,doentesoumortospodemserrealizadasemqualquerépocadoano,causandopoucainterferêncianafi-siologiadaárvore.

Oscortesdevemserfeitosexternamenteaocolar,poisestetecidocon-témcélulasqueparticipamdacicatrizaçãoequenãopodemserdanifica-dasouremovidas.Seocolarcresceusobreumramomortoquedeveser

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removido,ocortedeveserfeitoalémdolimitedocolar,sendoqueestenãodeveserremovidoemnenhumacircunstância.

Árvores jovens toleram porcentagens maiores de remoção de tecido vivodo que árvores adultas, sendo que a quantidade a ser removida dependedotamanhodaárvore, idadeeobjetivosdapoda.Aárvoreserecuperadeferimentos menores mais rapidamente do que de ferimentos maiores. Avelocidadeecapacidadederecuperaçãotambémémuitovariávelentreasespécies.

Árvoresadultasdevemprecisardepoucaspodasdemanutenção.Sene-cessário,recomenda-seremoveraténomáximoumterçodacopadaárvo-re;porém,mesmoestepercentualpodefavorecerodeclínio.

Quantomaioremaisvelhaforaárvore,menosenergiaelatemreservadaparafecharasferidas,defender-sedoapodrecimentooudeataquedein-setosemicrorganismos.

Apodadegrandesárvoresadultaségeralmentelimitadaàremoçãodera-mosmortosoucomriscodequeda.

4.3.1. Curativos

Houveumtempoemquesepensouquecurativos(comoporexemplopastabordalesa)pudessemaceleraroprocessodecicatrização,protegerdeinsetosepatógenosereduziroapodrecimento;noentanto,pesquisasdemonstramqueesteprocedimentonãoapresentaeficácia,geralmentedificultandoopro-cessodecompartimentalização.Comoalternativaspromissoraspodemosci-tarautilizaçãodesubstânciasestimuladorasdocrescimentodocalocicatricialousemeaduradefungosantagônicosdosdegradadoresdaparedecelular.

4.4. Poda de árvores jovens

Podasadequadassãoessenciaisparaamanutençãodeárvoresurbanas,

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tornando-as mais atraentes, saudáveis e longevas, pois vivem mais doqueárvoresqueforammalpodadas.

Árvorespodadascorretamenteenquantojovensnecessitarãodepoucaspodas corretivas quando adultas, cumprindo sua função desejada maisrapidamente.

Napodadeformaçãodeárvoresjovens,otroncodeveserforteeafilado,osramosbemespaçadosemenoresqueodiâmetrodotroncoprincipaleosramoscruzadosdevemsereliminados.

Árvores de crescimento monopodial, cuja gema cresce indefinidamen-te em altura, originando troncos verticais retos, necessitam de pouca ounenhumapoda,excetoparaeliminaçãoderamoslateraismuitobaixosouaquelesquepossamcompetircomotroncoprincipal.

O local onde o corte deve ser realizado é de extrema importância para aresposta da planta à cicatrização e fechamento da lesão, sendo assim,este deve ser feito externamente ao colar, pois o tecido contém célulasqueparticipamdacicatrização.Seestetecidofordanificadoouremovido,aárvoreserádanificada.

Casosejanecessárioencurtarumramoforte,deve-sepodarlogoacimaumaramificaçãoougema,poiscortesrealizadosnosinternódiosouentreramifica-çõesegemas,podemlevaraoapodrecimentodoramoehiperbrotação.

Paraárvoresjovens,oidealémanterumúnicoramodominanteereto,nãopodando este ramo em hipótese alguma. Também não se deve permitirqueoutrosramoscresçammaisdoqueodominante.

Quandoaárvoredesenvolvedoistroncosdominantes,chamadosdeco-dominantes, ocorre normalmente um aumento nas tensões mecânicasnainserção,quepodemenfraqueceraestruturadaplanta,provocandoorachamento;sendoassim,émelhoreliminarumdelesenquantoaárvoreaindaéjovem.Quandoacodominânciaéacompanhadadecascainclusa,afragilizaçãoéaindamaisgrave.

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Ramos laterais, que crescem ao redor do tronco, contribuem para forma-çãodeumtroncoforteecônico,daíaimportânciadedeixaralgunsdessesramoslaterais,mesmoquesejamremovidosposteriormente.Estesramossãoconhecidoscomoramostemporárioseajudamaprotegerotroncodeinsolaçãodiretaedeinjúriasmecânicas.Devemsermantidosnaárvoreatéomomentoquenãosetornemumobstáculoouentrememcompetiçãocomramospermanentesselecionados.

Antes de podar uma árvore, devemos considerar que esse manejo podemudaroseupadrãodecrescimentoecausardanospermanentesàplanta.Sempreleveemconsideraçãoestesprincípios:

Tenhadefinidooobjetivodapoda;Utilizeedomineastécnicascorretasparaapoda;Priorizepequenoscortes;Executepreferencialmenteomanejodosindivíduosenquantojovens;

Figura 10 -Cascainclusa.

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4.4.1. Mudas recém-plantadas

Nestasmudas,apodadeveserlimitadaàdecorreção.Removem-sera-mosquebradosoulesionadoseoutrasmedidasdevemserdeixadasparaosegundoouterceiroanodeplantio.

Árvores necessitam de folhas e gemas para produção de alimento e desubstânciasqueestimulamcrescimentoderaízes,destamaneira,acrençadequeárvoresdevemserpodadasassimqueplantadasparacompensaraperdaderaízeséequivocada.

Mudasnãopodadasestabelecem-semaisrapidamenteecomumsis-tema radicular mais forte que aquelas que sofreram poda no momentodoplantio.

Semprequepossível,oprocessodeformaçãodasárvoresdeveserdis-tribuídoaolongodemuitosanos.Emboraasárvoresjovenssejammuitasvezestolerantescomumapodasevera,oobjetivodeveseraremoçãodemenosdoqueumterçodacopaemqualquerano.Comtreinamentoapro-priado,namaioriadoscasospodemserrealizadaspodasmuitomenoresdoqueumterçoacadaano.

Mudascomraízesfinasenoveladaspodemrecebera"toalete"antesdoplantio,quenadamaisédoqueumalevepodanasraízes liberando-asdoenovelamento;porém,mudascomraízesgrossasenoveladasdevemserrejeitadas.

4.4.2. Seleção de ramos permanentes

Árvores jovens possuem ramificações baixas inerentes à fase em queestão,porémpoucoapropriadasaodesenvolvimentodaárvorenoam-bienteurbano.Amaneiracomoamudaépodadadependedesuafunçãona paisagem urbana. Por exemplo, árvores de rua devem ter sua copalevantadaparaaliberaçãodotráfegodeveículosecirculaçãodepedes-

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treseárvoresplantadasemáreaslivrespodemterramospermanentesmaisbaixos.Árvoresutilizadasparaocultarumavistaindesejadaouparaserem utilizadas como quebra-vento podem ter ramificações na alturadosolo.

O espaçamento entre os ramos, tanto vertical como radial, é muito im-portanteparaocorretodesenvolvimentodaárvore.Ramosselecionadosparaserempermanentesdevemserbemespaçadosaoredordotroncoeéprecisomanterumaboadistribuiçãoradialemtodasasdireções,vi-sandooequilíbrio.

Uma regra aceita para o correto espaçamento vertical entre os ramos émanterentreelesumadistânciade3%daalturadaárvore;portanto,umaárvorecom30mdealturadeveterseusramospermanentesespaçadosem45cm.Deve-seevitarqueramosestruturaissaiamemsequenciadomesmoladodotronco.

Algumasárvoresdesenvolvemramoscomumaangulaçãomuitopróximaao tronco, e, conforme a árvore cresce, a casca torna-se aprisionada nabifurcação,denominando-secascainclusa,oqueenfraquecealigaçãodoramoaotroncoepodelevaràrupturadomesmo,alémdehaveracúmu-lodematériaorgânicaeáguacomconsequentebiodeterioração.Ramoscomligaçõesfrágeisdevemserpodadosenquantojovens,minimizandoosriscosdequeda.

Cadaramodevecontribuirparaodesenvolvimentodegalhoseraízes,as-simdeve-seevitarraleardemaisointeriordacopa.Asfolhasdecadaramodevemproduziralimentoparamantê-lovivoecrescendo.Aremoçãodemuitasfolhaspodesubnutriraárvore,reduzirseucrescimentoetornaraárvoredoente.

Pelomenosmetadedafolhagemdeveestarsobreosramosdosdoister-çosmaisbaixosdacopa(temporáriosoupermanentes).Istoincrementaoafilamentodaárvoreedistribuiuniformementeopesodosramoseapres-sãodovento.

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4.5. Poda de raiz

Um dos motivos mais comuns que sugerem a poda de raiz em árvoresurbanassãoosdanosaopatrimônio,causadospelocrescimentosecun-dário(emespessura)daraiz,elevandopavimentos,muros,equipamen-tos urbanos e construções em geral. Normalmente é consequência daescolhadeespéciesinadequadasparaolocal,oumesmodainsistênciaemsearborizarambientesquenãoforamprojetadosparareceberárvo-res.Valelembrarqueparaintervençõesdepodaemindivíduosarbóreosnestemunicípio,sejadaparteaéreaousubterrânea,énecessárioobterautorização emitida pelo órgão competente, que em geral são as sub-prefeituras.

Outromotivoéainterferênciadasraízesemnovasconstruçõesourefor-mas.Comaexpansãoerenovaçãourbana,novosprojetosinevitavelmenteestarão ocupando sítios próximos às árvores, e muitas vezes a intençãodepreservaçãodo indivíduo,sejaporconsciênciadovalordoespécime,oupelareduçãodeônuscompensatóriosnãotemosresultadosespera-dos.Acompactaçãodosoloeapodaderaízesresultantedaaberturadevalasnasproximidadesdaárvorepodemserletais,levando-asaodeclínioeconsequentemorte,quepodeocorreranosapósaintervenção,porisso,dificilmente é associada ao fato. A abertura de valas pode ser motivadapelaedificaçãopropriamentedita,ouparainstalaçãoderedesdetodosostipos,comodrenagem,água,elétricaetc.

Orebaixamentodesoloeoaterramentonoentornodasárvores,normal-menteassociadoàsnovasconstruçõesereformas,tambémpodemserprecursoresdodeclínioemortedeárvores.Norebaixamentodesolo,umaquantidade significativa de raiz pode ser removida, lembrando que cercade 80% da biomassa das raízes ficam nos primeiros 20 cm de solo. Noaterramento, essa grande biomassa de raízes existentes no aerado solosuperficial, principalmente as raízes finas, sucumbem ao perderem essacondição,cessandoodesenvolvimentoerenovação,conseqüentementediminuindoaabsorçãodenutrienteseágua.

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Consultar um técnico habilitado e experiente em arborização urbanapara projetar plantios, integrar equipes técnicas de construções e re-formas, é sempre a melhor maneira de se evitar problemas futuroscomraízes.Apresençadesteprofissionalgarantiráumtratamentoade-quadoàsárvoresremanescentesemumcanteirodeobrasoumesmoviabilizará a permanência de uma árvore em conflito com elementosurbanosjáexistentes,cujapodaderaiz,quandoinevitável,tenhasidoavaliadacriteriosamente,devidoaoriscoquerepresentaàestabilidadedaárvore.

Outromotivoquepodejustificarapodaderaízeséapresençaderaízeses-trangulantes, normalmente ocasionada pelo plantio de mudas com raízesenoveladasoubarreirasfísicasnocanteiro.Omelhorcombateaestepro-blemaéautilizaçãodemudasdequalidade,comtorrõesbemformados.Damesmaforma,aescolhadolocaldeplantioeumacovabemdimensionadadiminuemapossibilidadedestaocorrência.Apodaderaízesestrangulantesexige sua exposição através de cuidadoso desenterramento e minuciosaavaliaçãodograudecomprometimentodaestabilidadedaárvore.Consta-tadaslimitaçõesnoscanteiros,recomenda-sesuaadequação,sejanaam-pliaçãoouremoçãodebarreirasfísicas.

Considerandooacimaexposto,seguemalgumasrecomendaçõesbásicas:

A remoção deraízesaflorantesempavimentos,principalmentede passeios públicos, muitas vezes induzindo a indicação de su-pressão do indivíduo arbóreo, pode ser evitada com alternativastécnicasdeelevaçãodepisos,comestruturasvazadasoumesmoaterro com solo, não mais argiloso que o original, tomando-se ocuidadodenãoaterrarocolo.Nocasodeposteriorpavimentação,utilizarpreferencialmentesoluções permeáveis.Seja qualforaal-ternativa adotada, devem ser respeitadas as leis e normativas deacessibilidade, referidas na NBR 9050, Decreto Municipal do Pas-seio Livre(45.904/05), - ww2.prefeitura.sp.gov.br/passeiolivre/pdf/cartilha_passeio_livre.pdfesuascomplementações.;

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Emnovasconstruções,acriaçãodeZonasdeProteçãoparaÁr-vores (ZPA) preservadas é uma forma segura de evitar danos àsraízes das árvores, seja no corte efetivamente, ou pela supressãonão explícita, ocorrida pela compactação do solo ocasionada pelotráfegointensodemáquinaseveículos,impermeabilizações,altera-çõesnoníveldesoloporabaixamento(remoçãodesolo)oulevan-tamento(aterro).AdimensãoseguraparacriaçãodasZPAséreco-mendadaemumdiâmetro12vezesodiâmetrodocaule,medidosaumaalturade30centímetrosdasuperfíciedosoloparadiâmetrosdecaulesuperioresa10centímetros,enaalturade15centímetrosparadiâmetrosinferioresa10centímetros.

Umaalternativaaocortederaízesconsequentedaaberturadevalas para passagem de redes de serviço pode ser a abertura detúneissobasraízes,facilitadoporequipamentosespecíficos,comomáquinasdeperfuraçãodirecionalhorizontal.

Evitarcortederaízesgrossas(diâmetrosde10a20mm)eraízesfortes(comdiâmetrossuperioresa20mm).Quantomaiorodiâme-trodaraiz,maislentaaregeneraçãoemaiorocomprometimentodaestabilidade,elevandooriscodequeda;

Recomenda-se que as intervenções respeitem uma distânciamínima do caule, seguindo a regra para criação das ZPAs. O cortede uma raiz principal pode causar a perda de até 25% do sistemaradicular, desta forma, ficam ampliados os problemas de declínio,regeneraçãoecomprometimentodaestabilidade;

Exporaraizqueserácortadaatravésdaaberturamanualecui-dadosadeumavaleta,parapermitirarealizaçãodeumcortelisoesemdanos.Nãorealizarocortecomferramentasdeimpacto(facão,machado,etc.).Deveserutilizadaserrabemafiada,sendooprimei-rocortenafacedavaletamaispróximadaárvore(verilustração)

EmcasosexcepcionaiseacritériodoresponsáveltécnicopoderáserfeitaapodaderaizdentrodaZPAdesdequedevidamentejustificada.

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5.Certoeerradodapoda

Errado: Podamal-feita. Certo: Podaadequadapossibilitafechamentototaldalesão.

Errado: Nãofoiutilizadaatécnicadostrêscortes,causandolesãonotronco.

Certo: Podarealizadaadequadamentecomatécnicade3cortesevitandolesões.

Errado: Desenvolvimentodegalhoscomcascainclusa.

Certo: BifurcaçãoemU,maisestável,sinaldeboaconduçãodamuda.

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Errado: Podaderaízesdesustentação,causadeproblemasestruturais.

Certo: Ampliaçãodecanteiros,evitando-seocortederaízes.

Errado: Sufocamentodaraiz,impermeabiliza-çãoefuturosproblemascomquebradecalçada.

Certo: Aberturadecanteiro,maiorespaçopararaízeseaumentodeáreapermeável.

Errado: Faltadepodadeformaçãooucondução–troncocodominante.

Certo: Eliminaçãoprecocedosramoscodominantes.

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Errado: PodaemVagressivasobfiação–desenvolvimentoexcessivo

deramosepicórmicos.

Aceitável: Redecompactapossibilitamenorintervençãonacopa.

Correto:Fiaçãoenterrada,semintervençãonacopa.

Errado: Plantiodepalmeirasobfiaçãoelétrica,epodadrásticaparaevitaro

contatocomosfios.

Certo: Retiradadefolhasebainhasvoltadasparabaixo(secasoudescolores).Nãoretirarasfolhas

quecrescemhorizontalmenteouparacima.

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6.FerramentasdepodaeequipamentosdesegurançaNasatividadesdepodaemlogradourospúblicoséimprescindívelquefer-ramentaseequipamentosdesegurançautilizadosgarantam,simultanea-mente,asegurançadopodadorea integridadedosindivíduosarbóreos.Além disso, deve-se garantir a segurança de transeuntes e outros bens,comoveículoseimóveis,pormeiodesinalizadoresdetrânsito.

6.1. Ferramentas de poda

Todas as ferramentas e equipamentos utilizados na poda devem ser deboaqualidade,estarembomestadodeconservaçãoedentrodasnormastécnicas.Asferramentasdecortedevemestarbemafiadaselimpasparaarealizaçãodecortesdeboaqualidadequefavoreçamacicatrizaçãodainjúriaeevitemacontaminação.

Entreasferramentasessenciaispararealizaçãodepodasestãoatesouradepodasimples(figura27a)esuasemelhantedecaboslongos,otesou-rão(figura27b),quealcançamgalhosbaixosedediâmetromáximode25mm.Paraapodaderamosmaioresde25mmemenoresde150mmsãoutilizadas as serras de arco (figura 27c) ou serras manuais curvas (figu-ra27d),comdentestravados,queminimizamoesforçoaplicado.Emcasoderamoslocalizadosatéaproximadamente6metrosdosolo,todasessasferramentaspossuemsuasversõescomhastestelescópicas,comoopo-dão(figura27e)eamotopoda(figura27f).

Emramosmaioresque15cmdediâmetro,recomenda-seautilizaçãodemotosserra(figura27g)poroperadorescapacitados(NR12–MáquinaseEquipamentos),comadevidalicençadeporteeusoconcedidapeloIBAMA(InstruçãoNormativanº31,dezembrode2009).

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Ferramentasdeimpactocomofacão,machadosefoicesódevemseruti-lizadosnoprocessamentoemsolodosresíduosdapoda,paradiminuiçãodovolumedomaterial.

Ousocorretodasferramentasparaaatividadedepodaproporcionase-gurançaadicionalaostrabalhadores,umavezqueestesjádevemcontarcom equipamentos de proteção individual obrigatórios para a execuçãodosserviços.

Figura 27 -Ferramentasdepoda.

A. B.

C.

D. E. F.

G.

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6.2. Equipamentos de segurança

Osequipamentosdeproteçãoindividual(NR06–E.P.I.s)incluemcapace-tes,óculosdeproteçãoeprotetoresauriculares.Noscapacetes,deve-sedarpreferênciaàquelescomabasmenoresouausentes(figura28a),faci-litandoavisualizaçãodacopadaárvore,combinadocomóculosdeprote-çãoescuros(figura28b),devidoàincidênciadiretadaluzdosol,umavezqueopodadorvoltasuavisãoconstantementeparacima.Osprotetoresauricularespodemserdeinserção(figura28c)oucircum-auricular(figura28d),esteúltimodemaioreficiêncianoisolamentodosom,principalmen-teparaoperadoresdemotosserras,quepodemcontarcomprotetoresau-ricularesacopladosaocapacete(figura28e)etambémcomprotetorfacialacopladoaomesmo(figura28f).

Figura 28 -Equipamentosdeproteçãoindividual.

A.

D.

B.

E.

C.

F.

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Asvestimentastêmafinalidadedemanteraintegridadedotroncoemem-bros do trabalhador, protegendo-os contra riscos de origem mecânica econtraaincidênciaderaiossolares.Sãoitensobrigatórios:calçaseblusascom adesivos refletores, luvas de couro e sapatos de solado reforçado.Além destes, utiliza-se protetor solar para proteção das áreas do corpoexpostasàluz.Paraosoperadoresdemotosserra,éobrigatórioousodecalçasdenáilonanti-corteecalçadoscombiqueiradeaço.

Figura 29 -Equipamentosdeproteçãocoletiva.

Quandoapodaérealizadaemviaspúblicas,aequipedepodadevecontarcomosequipamentosdeproteçãocoletiva(E.P.C.s),entreeles,fitasdecorescha-mativaspara isolamentodaárea,coneseplacasdesinalizaçãoparaprotegeros trabalhadores, e garantir a segurança de pedestres e veículos. As equipesdevemcontarcomcordasparaescoramentodaquedadepartessignificativasdovegetaleapitosparacomunicaçãoentreostrabalhadores,devidoaobarulhodasmáquinaseàutilizaçãodosprotetoresauriculares.Emsituaçõesemergen-ciais,quandoostrabalhossãorealizadosànoite,énecessárioqueasequipesutilizemfaroletesparaailuminaçãoefaixasrefletivasparasinalizaçãodolocal.

Nocasodepodaemaltura,queapresentariscodequedaaotrabalhador,emníveisacimadedoismetrosdopiso,aexecuçãodestaatividadedeveseguiraNR18–CondiçõeseMeioAmbientedeTrabalhona Indústriada

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Construção,eaNR35–TrabalhoemAltura.Autilizaçãodecestoseleva-tórios,andaimeseescadassãoopçõesmaissegurasparaaatividadedepoda,porém,podemencontrardificuldadesdevidoàestruturadascopaseinclinaçãodeterrenoe,nestescasos,utiliza-setécnicasdeescalada.

A técnica de escalada (progressão em corda) consiste na instalação deumacordaapartirdosolo,utilizaçãodeumdispositivodesubidadefinidoemfunçãodaconfiguraçãodaárvore,mastambémemfunçãodaaltura.E,umavezemposição,opodadordeveestarequilibrado,confortávelese-guropararealizaçãodapoda.

Nestecaso,trabalhadorestreinadosparaescaladassãoessenciaisedevemcontarcomosequipamentosobrigatórioscomocordasespeciaisdeesca-lada(cordasdinâmicasdepoliamidaoupoliéster)paralevantamento,tala-bartesecintasdeancoragemparaposicionamento(figura30a),etalabartescomabsorvedoresdeenergia (figura 30b)parasegurança(linhadavida),alémdemosquetões(figura30c),capacetedeescalada(figura30d)ecintodesegurança(tipoparaquedista,figura30e).

Figura 30 -Equipamentosparatrabalhoealtura.

A.

C.

B.

D.

E.

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7.ProcedimentosparaexecuçãodapodaApodadeárvoresjovensearemoçãodepequenosvolumessãoaçõesdeplanejamentorelativamentesimples,poisinterferempouconofun-cionamentodacidade.Nocasodeárvoresadultasaremoçãodegrandesvolumeseasoperaçõesemviasmuitomovimentadassãoaçõesmaiscomplexas,quecriamsituaçõesderiscoecausamgrandestranstornosàvidaurbana.

7.1. Vistoria prévia, autorização e publicação

Assolicitaçõesdevistoriaparapodapodadevemserfeitasatravésdote-lefonte156,doSACnositedaprefeituraoudaspraçasdeatendimentodassubprefeituras.

Aos funcionários da Prefeitura e de empresas contratadas só é permiti-daarealizaçãodepodadeárvoresemlogradourospúblicoscomadevidaautorização,porescrito,dosubprefeitocompetente,ouvidooengenheiroagrônomooubiólogoresponsávelquerealizouavistoria.Apodaécomu-nicadaaosinteressadoscomantecedênciade10(dez)dias,atravésdoDi-árioOficialdaCidade.Independemdeautorizaçãoaspodasdeárvoresematividadesdesegurançapública,defesaciviledocorpodebombeiros,decaráteremergencial,quandohouverriscoiminenteparaapopulaçãoouopatrimônio,tantopúblicoquantoprivado.

Éimportantesalientarquetrabalhosdepodaemárvoresaltasmuitasve-zesenvolvemfiaçãoelétrica.Nestescasos,deve-seseguiraNR10–Ins-talaçõeseServiçosemEletricidade,lembrandoqueaexecuçãoecustos(inclusosnastarifasdeenergia)doserviçosãoresponsabilidadesdacon-cessionária.

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7.2. Limitação do trânsito de veículos e pedestres

Apodaéumaoperaçãoquepodecolocaremriscoasegurançadaspes-soasquecirculampelolocaledostrabalhadoresqueaexecutam.Porestarazão,olocaldeveestarbemsinalizado,otrânsitodepedestreseveículosdeveser limitado,desviadoe/ouconduzidoeoestacionamentodeveí-culosorganizado,diminuindooriscodeacidentes.AformamaisseguraérealizaressaoperaçãocomacolaboraçãodaCompanhiadeEngenhariadeTráfego(CET),quedeverásercontatadacomantecedência.

7.3. Planejamento de podas

Quando a poda de árvores é executada somente em resposta às solici-tações de munícipes, geograficamente dispersas, a repetição de tarefaslogísticas causa redução importante no rendimento das equipes contra-tadas.Organizando-seumcronogramaporáreas,asequipespodemefi-cientemente executar as podas, por logradouros ou quadras, em ciclosplurianuais.Cadaumadasárvorespúblicasmunicipaispodeseratendidacomessaperiodicidade.Alémdeproporcionaraumentoderendimento,deeficiênciaeconômicaedesatisfaçãodosmunícipes,apodaplanejadare-sultaemreduçãosignificativadonúmerodenovassolicitações.

7.4. Rede aérea

Por razões de segurança do trabalho, as equipes que prestam serviçoà municipalidade não devem podar árvores próximas a redes aéreas dequalquertensão,energizadasoudesligadas.Essaspodassãoexecutadaspor equipes especializadas, das concessionárias de energia, custeadaspelatarifadeenergiaelétrica,paracabosdealta,médiaebaixatensão,epeloalugueldospontosdefixaçãonospostes,paracabosdetelefonia,da-dos,televisãoeinternet.

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8.FaunaepodaEventualmenteduranteaexecuçãodapoda,ostécnicossedeparamcomapresençadeanimaisqueutilizamavegetaçãocomoabrigoe/ouparaconstruçãodeninhosecolméias.

8.1. Avifauna

As cidades possuem boa variedade de aves que buscam alimentação,abrigoelocalparareproduçãoentreavegetaçãourbana.Assimcomonós,estesanimaisprocuramumlugarseguroparacriaremseusdescenden-tes.Duranteaépocadareproduçãoécomumobservarmosninhosdeavesentreosramosdasárvores,emocoseentreasfolhagens,umagrandeva-riedadedetiposeformas.

Muitasvezesanidificaçãodasavesnãoéequacionadaduranteoproces-sodapodadasárvores.ÉimportantelembrarquepelaLeideCrimesAm-bientais(lei9605/98),tantoasavessilvestrescomoosseusninhosestãoprotegidose,portanto,nãopodemserremovidos.Dessaforma,ocorretoéevitarapodadasárvoresqueestiveremsendoutilizadasparaarepro-duçãodasaves,salvooscasosdepodaemergencial,ondeomanejonãopodeseradiadoeéplenamentejustificado.

8.1.1. Período de reprodução das aves

Operíododereproduçãodasaves,noBrasil,évariávelentreasespéciessendodifícilfazerumaassociaçãoentreasestaçõesdoanoeociclore-produtivo.Ofatorpreponderantequecondicionaareproduçãoéafarturadaalimentação.

Para as aves insetívoras o início do período das chuvas é favorável, poisaumenta muito a quantidade de insetos. O final da estação seca favore-

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ce os frugívoros. O período de floração é ideal para os beija-flores. Gra-nívorossãodependentesdamaturaçãodassementes.Aadaptaçãodasaves àsespéciesvegetaisfazcomqueseusciclosreprodutivostenhamumcronogramacorrespondente,istoé,operíododefloração,frutificaçãoe amadurecimento dos frutos irá coincidir com o período reprodutivo demuitasespéciesdeavesqueseutilizamdosprodutosdaespécievegetalemquestão.

Omaterialparaaconstruçãodosninhostambéméimportanteparaalgumasespécies.Apaina,conseguidaapenasemdeterminadaépocadoano,éummaterialusadoporbeija-flores,alama,utilizadanaconstruçãodosninhosdejoão-de-barro(Furnariusrufus),estádisponívelapósaschuvas.

No caso das aves do Brasil a época reprodutiva é descrita geralmentecomosendoentresetembroe janeiro.ParaasavesdomunicípiodeSãoPauloforamobservadasatividadesdeconstruçãodeninhoscomtrêsme-sesdeantecedência,nosmesesdejunho,julhoeagostoparaopombo-doméstico (Columba livia), carcará (Caracara plancus), asa-branca (Pa-

Figura 31 -Ninhos.

Mar

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Kaw

all

Ric

ardo

Cre

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tagioenas picazuro), bentevi (Pitangus sulphuratus ), sanhaço-cinzento(Tangarasayaca),rolinha-caldo-de-feijão(Columbinatalpacoti),tico-tico(Zonotrichiacapensis)esebinho-relógio(Todirostrumcinerium).Segundoa literatura especializada, a maior atividade de reprodução concentra-seemoutubro,enquantoamenorocorreemabrilemaio.

Considerando a escassez de áreas verdes na cidade onde a avifaunapossa se abrigar, alimentar e reproduzir, assim como a preocupaçãocrescente da comunidade em relação às questões ambientais, um pla-nejamentodapodadeárvoresparaoprimeirosemestre,principalmenteparaosmesesdeabrilemaio,minimizariaosimpactosnegativossobreasaves.

8.1.2. O que fazer quando encontrar um ninho em atividade

Todaatividadequepotencialmenteperturbeoudestruaoninhodeve-rá ser interrompida imediatamente. É seguro respeitar uma distânciade20metrosparapássarose100metrosparagaviõesecorujasparanãoprejudicarasaves.Oninhonãopodesermexidoouremovido.UmprofissionalhabilitadodeveserconsultadoouaDivisãoTécnicadeMe-dicinaVeterináriaeManejodaFaunaSilvestrepoderáorientarsobreosprocedimentos,evitandodanos.Oidealéaguardaratéqueosfilhotesvoemeabandonemoninhopararetomarasatividadesdepoda.Ope-ríododeincubaçãoecuidadoscomosfilhotesvariamdeacordocomasespéciesdeaves.ConsiderandoapenasasavesmaiscomunsdeSãoPauloessetempovariaentre22a41diasparapássarosepombas,36a 47 dias para beija-flores e 63 a 70 dias para as rapinantes (falcões,gaviõesecorujas).

Asavesescolhemolocalparaaconstruçãodoninhoportrêsrazõesprin-cipais:proximidadedefontesdealimentoeágua,proteçãocontrapreda-doreseofertademateriaisparaconfecçãodosmesmos.Ospaispodemabandonar seus ninhos com ovos ou filhotes caso sejam estressados

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e seusninhosperturbados,porestarazãoosninhosnãodevemserre-movidosparaoutro local. Pararemoçãodeninhoséprecisoumalicençaespecialemitidapelo IBAMA/SMA(InstruçãoNormativa141de2006doIBAMA)apenasparaoscasosdesegurançaesaúdepúblicas.

8.1.3. Bons motivos para protegermos as aves e seus ninhos

Alémdeestaremprotegidaspelaleifederal,asavesdesempenhampapelimportante para manter a qualidade de vida em nossa cidade. Elas con-somem milhares de insetos, controlando suas populações. Pragas comocupinsemosquitoscausariammaioresdanosnãofossemasaves inse-tívoras.Elastambémsãopolinizadorasedispersorasdesementes,oqueauxiliaamanutençãodabiodiversidade.Muitasatividadeshumanasafe-tamdeformanegativaaavifauna,emcontrapartidaasboasatitudesde-vemsersempreconsideradaseincentivadas

8.2. Morcegos

Algumasespéciesdemorcegosfrugívoros-quesealimentamdefru-tos-sãoatraídaspelasárvoresnaépocadasuafrutificação.Outrases-péciespodemprocurarabrigoporbaixodasfolhagensouemfendaseocosnostroncos.Algumasvezes,asimplespresençademorcegosgeraopedidodepodaeremoçãodeárvoresinteiras.Emgrandeparte,osmi-tosquecercamessesanimaiscolaboramparaaintolerânciaporpartedapopulação,porém,emalgunscasos,devidoàproximidadedaárvorecomaresidência,asujeiraocasionadaporsuasfezestambéméalvodasre-clamações.

Assimcomoasdemaisespéciesdeanimaissilvestres,osmorcegoses-tãoprotegidospelaLeideCrimesAmbientais(n°9605/1998)enãopo-demseralvosdeextermínio,amenosnoscasosjustificadospelocom-

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prometimentodasaúdepública.Éimportanteressaltarqueosmorcegosestãoameaçadospelousodeinseticidasepelosdesmatamentos.

8.2.1. Motivos para não se exterminar os morcegos

Os morcegos são mamíferos alados que possuem grande importânciaecológica. Existem mais de 1000 espécies, sendo que a maioria se ali-menta de insetos e frutos. Nas áreas urbanas, os morcegos insetívorossãoatraídospelosinsetosquecirculamaoredordospostesdailuminaçãopúblicaeprestamvaliososerviçoambiental,consumindoenormesquan-tidadesduranteumaúnicanoite.Comoresultadotem-seocontrolebio-lógico das populações de insetos considerados pragas para a agriculturaetransmissoresdedoençasparaapopulaçãohumana.Osmorcegossãoimportantes agentes polinizadores, desempenhando papel fundamentalparacercade500espéciesdeplantasesãotambémexcelentesdisperso-resdesementes,participandoativamentenamanutençãoeregeneraçãodemataseáreasdegradadas.

Figura 32 -Artibeus lituratusePlatyrhinus lineatus.

Mar

cos

Mel

o

Mar

cos

Mel

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Apesardaslendasesuperstiçõesqueoscercam,osmorcegosrepresen-tamumdosgruposdemamíferosmaisinteressantesdomundoporcontadasuahabilidadeemvoareselocalizarporsons,eapresençadessesani-maisespecialíssimosnãodeveserbanidaemproldamanutençãodeummeioambientesaudável.

8.2.2. Os morcegos são uma ameaça para a população?

No município de São Paulo foram registradas 37 espécies de morcegos(Lazo&Penna,2008).Aocontráriodacrençapopular,osmorcegosnãosão animais agressivos apesar de algumas espécies frugívoras impres-sionarem devido seu grande porte quando são atraídas por árvores emfrutificação.

Porseremreservatóriodosvírusdaraiva,avigilânciasanitáriarecomen-danotificaraoCentrodeControledeZoonoses/CCZqualquercomporta-mento estranho em morcegos, bem como, em cães e gatos. Comporta-mentosconsideradosestranhosparamorcegossãoindivíduosvoandoemplenodia,caídosnochãoouqueadentremasresidências.

Casosejapossívelcapturaroanimal,evitemanipulá-lodiretamente,pro-cureutilizarluvasouumpano,mantenha-onumacaixadepapelououtroambientefechadoatéqueostécnicoscapacitadossejamcontatadosparasuaretirada.

8.2.3. Informações

Comrelaçãoàsquestõesdesaúdepública,aúltimanotificaçãoderaivaemhumanosnoEstadodeSãoPauloéde1997.Noperíodode1980asetembrode2010,cãesegatosforamresponsáveisportransmitir79,4%doscasoshumanosderaiva;osmorcegos,por10,8%;outrosanimais(raposas,sagüis,gatoselvagem,bovinos,equinos,caititus,gambás,suínosecaprinos),9,8%.

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8.3. Abelhas e vespas

PertencentesàordemHymenoptera,asabelhasevespassãoinsetosimportantesnaarborização,poissãoessenciaisnapolinização.Algu-masespéciessãoeficientesprodutorasdemel.Muitasvezesutilizam-sedosocosougalhosdasárvoresparaconstruíremseusninhosenãocausamdanosaoexemplararbóreo,porémsuapresençapodedificul-tarapoda.

Asabelhaspodemserdivididasemabelhascomesemferrão.Asabe-lhascomferrãopertencemàsubfamiliaApinae(exemplos:abelha-afri-cana,abelhaseuropéias)easabelhassemferrãoàsubfamíliaMelipo-ninae (exemplos: uruçu, mandaçaia, abelha-jataí, mirim, irapuá-todasnativas).

Todasabelhassãoimportantesedevemserpreservadasnomomentodepodaseremoçõessendocolocadasemcaixasespeciaisparacadaespécie.

Abelhas e vespas com e sem ferrão podem atrapalhar a poda pelozumbido,alvoroço,enrolaremcabelosepicadas,dependendodasca-racterísticas de cada espécie. No momento da avaliação do exemplararbóreo o responsável técnico deve criteriosamente identificar a pre-sença desses insetos e, se necessário alguma intervenção, solicitar aremoçãodosninhosecolméiasantesdapoda,evitando-seassimpos-síveisacidentes,poisaoperaçãocommotosserraéumtrabalhoperi-goso. Para abelhas sem ferrão é possível realizar a poda sem nenhu-ma intervenção, porém em caso de remoção da árvore, as abelhas depreferênciadevemserretiradasecolocadasemcaixasapropriadasoumantidasnostroncos,preservandoassimoninhoparaquepossamdarcontinuidadeasuafunçãoecológica.

Paraaremoçãodasabelhasdeve-secontataroCCZ(CentrodeControlesdeZoonoses)pelotelefone:3397-8928ou156.

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9.RecomendaçõesparapalmeirasAspalmeirassãomuitoutilizadasnopaisagismoe,assimcomoasárvores,quandonãoescolhidaaespécieadequadaparaolocal,necessitamdein-tervençõesfreqüentes.

Aspalmeirasnãosãoadequadasparaarborizaçãodecalçadas,pelaque-dadefolhas,frutosoubrácteas,impossibilidadedeseremconduzidassobfiaçãoe,quandopossuemváriasestipes,dificultamacirculaçãodepes-soasnopasseio.Porteremumgrandeefeitopaisagísticopodemseruti-lizadasemcanteiroscentrais,semincorrernasinconveniênciasdoplantioemcalçadas.

Espéciescomquedanaturaldefolhasrequerem,emalgunscasos,manejo.Entretanto,emespéciesquenãoapresentamquedanaturaldasfolhas,oma-nejodasaiadeveserevitado,paranãodescaracterizarsuaformaoriginal.

Nasespéciescujadesfolhaéumprocessonatural,oarranquedafolhacomabainhajásecanãoconstituiumapoda.Aretiradadasfolhassecasevitaacidentesprincipalmenteemlocaiscomconstantemovimentaçãodepes-soas,comoescolas,parques,museusetc.

Sehouverumnúmeroexcessivodefolhasmaisvelhasamareladas,deve-sedeterminaracausaantesda limpeza.Podehaverumproblemagravede nutrição causada por deficiência de potássio ou magnésio, que podepiorarseapalmeiraépodadaoufertilizadacommuitonitrogêniooucomotipoerradodefertilizantes.

Épreferívelnãoretirarfolhassaudáveis,vivas.Seforimprescindível,deve-seevitararemoçãodefolhasquecrescemhorizontalmenteouparacima.A poda excessiva, além de descaracterizar a forma das palmeiras, podeserprejudicialaoseudesenvolvimentosaudável.

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10.LegislaçãoApodadevegetaçãodeportearbóreonomunicípiodeSãoPaulo,emáreapública ou privada, necessita de autorização prévia do Poder ExecutivoMunicipal.

ConformeoArt.2ºdaLeiMunicipaln°10.365/87“considera-sevegetaçãodeportearbóreoaquelacompostaporespécimeouespécimesvegetaislenhosos,comDiâmetrodoCauleàAlturadoPeito-DAPsuperiora5cm(cincocentímetros)”.

Os pedidos de poda só poderão ser autorizados nas seguintes circuns-tâncias:emterrenoaseredificado,quandoindispensávelàrealizaçãodaobra;quandooestadofitossanitáriodaárvoreajustificar;quandoaárvoreou parte desta apresentar risco iminente de queda; nos casos em que aárvoreestejacausandocomprováveisdanospermanentesaopatrimôniopúblicoouprivado;noscasosemqueaárvoreconstituaobstáculofisica-menteincontornávelaoacessodeveículos;quandooplantioirregularouapropagaçãoespontâneadeespécimesarbóreosimpossibilitarodesen-volvimentoadequadodeárvoresvizinhas.

Arealizaçãodepodaemlogradourospúblicoséexpressamenteproibidaaomunícipe,sendopermitidaapenasafuncionáriosdaPrefeituradoMu-nicípioeaempresasconcessionáriasdeserviços,apósobtençãodepréviaautorizaçãodosubprefeito,medianteparecerdoengenheiroagrônomooubiólogo.

Emcaráteremergencial,quandoháriscoparaapopulaçãoouparaopa-trimôniopúblicoouprivado,épermitidoaossoldadosdoCorpodeBom-beiroseDefesaCivilexecutaremapodadeexemplaresarbóreosdelogra-dourospúblicos,semapréviaautorização.

AautorizaçãoparapodasópossuivalidadeapóssuapublicaçãonoDiárioOficialdaCidadedeSãoPaulo.

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ApodadeárvoresnoslogradourospúblicosdoMunicípiodeSãoPauloécomunicadaaosinteressadosatravésdoDiárioOficialdoMunicípio,comantecedência mínima de 10 (dez) dias, exceto em situação de urgência,conformeprevistonoDecretoMunicipaln°29.586/1.991.Casoosinteres-sadosdiscordemdapoda,épossívelapresentarrecurso,atéseisdiasapósa publicação, protocolado na Subprefeitura responsável pela área ondeestálocalizadaaárvore.

Asárvoresquesofrerempodaqueocasionemasuamorte,emáreasparti-culares,mesmoquetenhasidoautorizadoomanejo,deverãosersubstitu-ídaspeloproprietáriooupossuidordoimóvelemigualnúmero,deacordocomasnormasdeplantioestabelecidaspeloDepartamentodeParqueseÁreasVerdes-DEPAVE,noprazodeaté30(trinta)diasapósamortepelapoda,ouporocasiãodoautodeconclusão(“habite-se”).

Quem de qualquer modo concorra para a prática da infração por realizarpodairregularouqueocasioneamortedevegetaçãodeportearbóreo,estásujeitoamultade5(cinco)UnidadesdeValorFiscaldoMunicípio–UFMpelapráticademanejosemautorização.

Éconsideradocrimeambientalnostermosda legislaçãofederalquandoavegetação,independentedeserconsideradadeportearbóreo,sofreraçõeslesivaspelarealizaçãodepoda,independentedeautorizaçãoparaomanejo,quepeloprincípiodaprecaução,possamlevaràsuamorteoucomprome-teroseubomdesenvolvimento.Quemdequalquerformaconcorrerparaapráticadoscrimesestarásujeito,namedidadasuaculpabilidade,àspenali-dades,tantonaesferacriminal,quantonacivileadministrativa.

Pararealizaçãodapodaalgumasnormasdevemserseguidas,comoevi-taraintervençãoemárvoresquepossuamninhosouavifaunaassociada,salvoemsituaçõesemergenciais,sobpenadeenquadramentodoinfratornaLeiFederaln°9605/1998(LeideCrimesAmbientais).AlicençaespecialpararemoçãodeninhoséemitidapeloIBAMA/SMAparacasosdesegu-rançaesaúdepúblicas.

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ManualTécnicodePodadeÁrvores

10.1. Principal legislação vigente sobre poda de ár-vores no município de São Paulo

Lei Municipal nº 10.365 de 22 de setembro de 1987

DisciplinaocorteeapodadevegetaçãodeportearbóreoexistentenoMunicípiodeSãoPauloedáoutrasprovidências.

Decreto Municipal nº 26.535 de 03 de agosto de 1988

Regulamentaaleinº10.365,de22desetembrode1987.

Lei Municipal nº 10.919 de 22 de dezembro de 1990

Dispõesobreaobrigatoriedadedeoexecutivomunicipaldarpubli-cidadeapodaecortedeárvores.

Decreto Municipal nº 29.586 de 07 de março de 1991

RegulamentaaLeinº10.919/1990.

Lei Federal n° 9.605 de 12 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas decondutaseatividadeslesivasaomeioambiente,edáoutrasprovi-dências.

Decreto Municipal n° 42.833 de 06 de fevereiro de 2003

RegulamentaoprocedimentodefiscalizaçãoambientalnoMunicí-piodeSãoPauloedáoutrasprovidências.

Decreto Municipal nº 47.145 de 30 de março de 2006

DispõesobreoTermodeCompromissoAmbiental-TCA,resultanteda negociação de contrapartidas nos casos de autorização préviaparasupressãodeespéciesarbóreas.

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Instrução normativa IBAMA nº 141 de 19 de dezembro de 2006

Regulamentaocontroleeomanejoambientaldafaunasinantrópica.

Portaria nº 36 / SVMA de 07 de maio de 2008

Estabelece os procedimentos internos da Secretaria Municipal doVerdeedoMeioAmbienteparaoenquadramentodoscortes,podaseoutrosmanejosirregularesdevegetaçãodeportearbóreonaLeideCrimesAmbientais.

Decreto Federal n° 6.514 de 22 de julho de 2008

RegulamentaaLei9605/98.

Resolução nº 124 /SVMA/CADES de 18 de setembro de 2008

DispõesobreaPodadeVegetaçãodePorteArbóreonoMunicípiodeSãoPauloeregulamentaosprocedimentosecritériosutilizadosnafiscalizaçãoambientalnoâmbitodoMunicípiodeSãoPaulo.

Portaria nº 44 / SVMA de 03 de junho de 2010

Disciplina procedimentos de compensação ambiental pelo manejoporcorte/transplantedeespéciesarbóreas(TCA).

Lei Municipal nº 15.442 de 9 de setembro de 2011

Dispõesobrea limpezadeimóveis,ofechamentodeterrenosnãoedificados e a construção e manutenção de passeios, bem comocria o disque-calçadas; revoga as leis nº 10.508, de 4 de maio de1988,enº12.993,de24demaiode2000,oart.167eocorrespon-denteitemconstantedoanexovidaleinº13.478,de30dedezem-brode2002.

NR 35 - Trabalho em Altura

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ManualTécnicodePodadeÁrvores

Câmbio-Camadadecélulascorticaisquesediferenciamemcé-lulasdoxilemaparaointeriordaplantaefloemaparaoexteriordaplanta.

Estádio-Faseoudesenvolvimentodaplanta.

Estipe-Caulenormalmenteeretoemaisoumenoscilíndrico,nãoramificado,ondeasfolhasconcentram-seapenasnoápice.Otermoéespecialmenteusadoparacaulesdepalmeiras(Arecaceae).

Gema - Região do ramo que possui os meristemas do caule. Agemapodeserapical,quandooriginaoeixoprincipaldeumcaule,oulateral,quandooriginaumaramificação.

Meristema-Tecidodasplantas,constituídoporcélulascapazesde divisões, produzindo células que permanecem meristemáticaseoutrasquesofremdiferenciaçãoeproduzemváriostecidoseór-gãos da planta. Meristema apical: meristema situado no ápice deumaraizoubrotoeresponsávelpeloaumentodoórgão.

Platibanda-Parede,muroougradeemoldurandoapartesupe-riordaedificaçãocomafunçãodeesconderotelhado.

Toalete - Remoção de partes mal formadas das plantas, geral-mentedosistemaradicular.

Glossário

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AGENCIANACIONALDEENERGIAELÉTRICA(Brasília).Metodologiadedeterminaçãodecustosoperacionaispararevisãotarifáriaperiódicadasconcessionáriasdedistribuiçãodeenergiaelétrica.NotaTécnicano166/2006–SRE/ANEEL.Brasília,DF,19mai.2006.Disponívelem<http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/NT_EmpresadeReferência.pdf>.

AGENCIANACIONALDEENERGIAELÉTRICA(Brasília).Metodologiaparaestabelecimentodeumpreçodereferênciaparaoscontratosdecompartilhamentodeinfra-estrutura.NotaTécnican°0027/2006-SRD-SRE/ANEEL,Brasília.DF,06jun.2006.Disponívelem<http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2007/007/documento/nota_tecnica_nº_0027_2006-srd-sre_aneel.pdf>.

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PrefeitodaCidadedeSãoPauloGilbertoKassab

SecretárioMunicipaldoVerdeedoMeioAmbienteEduardoJorgeMartinsAlvesSobrinho

SecretariodeCoordenaçãodasSubprefeiturasRonaldoS.Camargo

CoordenaçãoGuilhermeBrandãodoAmaralJoséRicardoR.HoffmannMarcioAmaralYamamoto

EquipeTécnicaAlanaFariasdeSouzaAnelisaFerreiradeAlmeidaMagalhãesBelmiroPrietoFernandesFabioPedóFernandoFiloniHenriqueSimionatoRobortellaMariaClaudiaT.StenicoPriscillaMartinsCerqueiraRafaelGolinGalvãoSolangeLuryMiyazakiSoniaEmiHanashiroOrtegaVitorOtavioLucato

ColaboradoresLiannadeCastroMolinaroMarcoAntoniodosPassosNelmaLuciaHeiffigJulianaLauritoSumma

FotosAcervoSVMA.

RevisãoCamilaMoretiMariaLetíciaP.Fungaro

ArteeDiagramaçãoDaniloConti

GTIcriadopelaPortariaIntersecretarial02/2011deSVMA/SMSP.

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Prefeitura de São PauloSecretaria do Verde e do Meio Ambiente

Secretaria de Coordenação das Subprefeituras