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Ano 5 – N

º 50 – Novem

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Ano 5Nº 50

R$ 27,00

Novembro de 2014

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PRÊMIO MILTON VARGAS 2014 CONSAGRA MELHORES TRABALHOS NA ÁREA DE GEOTECNIA E FUNDAÇÕESCOBRAMSEG 2014: ENCONTRO DA COMUNIDADE GEOTÉCNICA BRASILEIRA CONGREGOU DIVERSOS PROFISSIONAIS INTERNACIONAIS E INTERCALOU MAIS TRÊS GRANDES EVENTOS SIMULTÂNEOS NUM CONGRESSO HISTÓRICO

32 • FUNDAÇÕES & OBRAS GEOTÉCNICAS

REPORTAGEM

PRÊMIO MILTON VARGAS 2014 CONSAGRA MELHORES TRABALHOS NA ÁREA DE GEOTECNIA E FUNDAÇÕESAlém da palestra sobre o Terminal Marítimo da EMBRAPORT, o evento também homenageou renomados profissionais e premiou em nove categorias

Por Dellana Wolney

Em sua quarta edição, o Prêmio Milton Vargas instituído pela Editora Rudder e revista Fundações & Obras Geotécnicas aconteceu no dia 16 de outubro no Instituto de Engenha-ria em São Paulo (SP). Patrocinado pelas empresas Incotep, Huesker e Solotrat, a premiação tem como intuito homena-

Troféus do 4º Prêmio Milton Vargas

gear o engenheiro e professor Milton Vargas, pelo seu pio-neirismo na área de Mecânica dos Solos no Brasil.Neste ano, a abertura do prêmio contou com a palestra “A Utilização da Geotecnia na Solução de Problemas de Projeto e de Execução do Empreendimento Terminal Marítimo da

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EMBRAPORT (Empresa Brasileira de Terminais Portuários)” realizada pelo engenheiro civil, consultor e sócio-gerente da empresa A. H. Teixeira Consultoria e Projetos S.S., Alberto Henriques Teixeira. Trata-se de um dos maiores terminais portuários privados do Brasil, na margem esquerda do Porto de Santos (SP). Com investimentos totais de 2,3 bilhões de reais, o empreendi-mento proporcionou a criação de mais de 700 empregos di-retos e 1.500 indiretos. As principais empresas acionistas são a Odebrecht TransPort e DP World. A instalação do terminal foi feita em uma área estratégica com acesso por via marí-tima, rodoviária e ferroviária. Em sua primeira fase, o em-preendimento conta com 653 metros de cais, 207 mil m² de pátio e capacidade de movimentação anual de 1,2 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – Unidade Equivalente a um Contêiner de 20 Pés).Em sua palestra, Teixeira mostrou o resultado dos ensaios geotécnicos realizados no local, assim como o perfil geo-técnico médio. No empreendimento foi utilizado geodrenos verticais, cuja consistência é um núcleo de plástico e geral-mente na composição deste núcleo é utilizado um polímero polietileno de alta densidade. O geodreno é envolto por um filtro de geotêxtil não tecido que tem por objetivo conter as partículas do solo e permear a fração líquida. Também foram utilizados geotubes que atuam de forma eficiente na desi-dratação de lodos provenientes do tratamento de diversos resíduos. O material desidratado permanece encapsulado

aguardando seu destino final, o que é uma alterna-tiva segura e sustentável. Também foram utilizadas geogrelhas para a estabi-lidade do aterro nas dife-rentes etapas da constru-ção. As geogrelhas são reforços geossintéticos tecidos produzidos a partir de filamentos de poliéster. Elas são res-ponsáveis por mobilizar elevada resistência à tra-ção e normalmente são utilizadas para a constru-ção de estruturas de con-tenção em solo reforçado, reforço de aterros sobre solos de baixa capacida-de de suporte, reforços de base e sub-base de pavimentos entre outras aplicações. Elas exercem a função principal do aterro estrutural e pro-movem a transferência de tensões do aterro, eliminação de recalques diferenciais, garantindo a estabilidade do maciço.Teixeira finalizou falando dos desafios que esta grande obra trouxe e das soluções encontradas pelos responsáveis téc-

Plateia que prestigiou o evento

O engenheiro civil, consultor e sócio-gerente da empresa A. H. Teixeira Consultoria e Projetos S.S., Alberto Henriques Teixeira


nicos. Após a palestra, o engenheiro foi homenageado pela Editora Rudder e revista Fundações & Obras Geotécnicas, assim como pelas empresas patrocinadoras, Incotep, Huesker e So-lotrat, como agradecimento a sua participação e contribuição no evento. Emocionado, na ocasião ele agradeceu aos seus co-legas de profissão e relatou a importância de uma premiação levar o nome do professor Milton Vargas e de uma revista no Brasil abordar a mecânica dos solos em todos os seus aspectos.

ENTREGA DOS PRÊMIOSPara composição da mesa foi convidado o diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes, o presidente da ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental), Adalberto Aurélio Azevedo, o vice-presiden-te da ABEG (Associação Brasileira de Empresas de Projetos e Consultoria em Engenharia Geotécnica), Milton Golombek, o presidente da IGS-Brasil (Associação Brasileira de Geossin-téticos), Lavoisier Machado e o presidente do CBT (Comitê Brasileiro de Túneis), Hugo Cássio Rocha.Também compuseram a mesa o vice-presidente da ABEF (As-sociação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia), Gilberto Vicente Manzalli, o coordenador do Co-mitê de Estacas Pré-Fabricadas de Concreto da ABCIC (Asso-ciação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), Eurico Leite Carvalhaes Filho, o presidente da ABEG, José Luiz de Paula Eduardo e o secretário-geral da ABEG, Ilan Gotlieb.O evento que já se perpetuou no segmento, tem como obje-tivo premiar os melhores trabalhos técnicos e obras descri-tas pela revista durante o ano anterior ao ano da publicação, considerando as características de contribuição para o avan-ço da prática da engenharia e inovação dos trabalhos. Em sua primeira edição, no mês de outubro de 2011, os tra-balhos técnicos publicados e obras descritas na revista foram premiados nas seções “Artigo” e “Geotecnia Ambiental” que levaram em consideração a contribuição que essas obras ou

Composição da mesa da esquerda para a direita: o presidente da ABGE, Adalberto Aurélio Azevedo; o vice-presidente da ABEG, Milton Golombek; o presidente da IGS Brasil, Lavoisier Machado; o presidente do CBT, Hugo Cássio Rocha; o vice-presidente da ABEF, Gilberto Vicente Manzalli; o coordenador do Comitê de Estacas Pré-Fabricadas de Concreto da ABCIC, Eurico Leite Carvalhaes Filho; o presidente da ABEG, José Luiz de Paula Eduardo; o secretário-geral da ABEG, Ilan Gotlieb e o diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes

O presidente da ABGE, Adalberto Aurélio Azevedo entregando o troféu da categoria “Ambiental” para as representantes do IPT, Sandra Lúcia de Moraes e Claudia Echevengua Teixeira

A vencedora da “Categoria Fundações”, Juliana Azoia Lukiantchuki recebendo o prêmio das mãos do vice-presidente da ABEG, Milton Golombek


estudos trouxeram para o segmento. Na seção “Destaque do Ano” foram indicados os profissionais que participaram da seção “Perfil” e “Entrevista” da revista e baseado no regu-lamento do prêmio foi concedida a certificação honrosa a uma obra notória na categoria “Obras Geotécnicas”.Diferente da primeira edição, o segundo Prêmio Milton Var-gas que ocorreu no mês de outubro de 2012 contemplou onze categorias, incluindo a premiação de quatro obras de livre indicação no site da Editora Rudder, que foram esco-lhidas como as melhores do ano pelo conselho da revista. A primeira categoria estreante foi “Inovação”, selecionada a partir do material publicado na seção “O Que Há de Novo”. Houve também a inclusão das categorias votadas no site como: Obra de Infraestrutura, Obra de Fundações, Obra de Solução Inteligente e Obra de Sustentabilidade.Já em 2013 a premiação contemplou nove categorias: Am-biental, Fundações, Geossintéticos, Inovação, Obra de Fun-dações, Obra de Infraestrutura, Obra de Sustentabilidade, Profissional do Ano e Solução Inteligente. Cada categoria laureou um autor ou grupo de autores com um troféu do prêmio e o certificado de vencedor. Os trabalhos que con-correram à quarta edição do Prêmio Milton Vargas estão também inseridos nestas nove categorias e foram publica-dos entre as edições 36 e 47 da revista.Neste ano, os trabalhos concorrentes foram julgados por um corpo de jurados composto por 45 docentes, todos possuíam mestrado e/ou doutorado na área na qual avaliaram os traba-lhos dentro do segmento de atuação. Um dos critérios de sele-ção para a participação no grupo de jurados, além da escolha através do currículo e atuação acadêmica foi a total isenção de participação ou vínculo com os trabalhos concorrentes.

VENCEDORESA primeira categoria apresentada no prêmio foi “Ambiental” em que estiveram concorrendo os melhores trabalhos, obras,

O presidente da IGS Brasil, Lavoisier Machado entregou o prêmio para um dos autores do artigo vencedor na categoria “Geossintéticos”, Paulo José Brugger

O presidente do CBT, Hugo Cássio Rocha entregou o troféu ao representante da empresa Geo Soluções, Victor Pimentel

Os representantes da Arcos Engenharia de Solos que venceram na categoria “Obra de Fundações” recebem o troféu do vice-presidente da ABEF, Gilberto Vicente Manzalli

O coordenador do Comitê de Estacas Pré-Fabricadas de Concreto da ABCIC, Eurico Leite Carvalhaes Filho entregou o prêmio ao representante e engenheiro da CCRB, Rodrigo Marques


meios de desenvolvimento ou estudos, relacionados à área ambiental publicados na seção “Geotecnia Ambiental” entre as edições 36 e 47 da revista Fundações & Obras Geotécnicas. O presidente da ABGE, Adalberto Aurélio Azevedo foi convi-dado para entregar o prêmio para o trabalho vencedor “De-senvolvimento e Validação de Tecnologias para Remediação de Solo e Água Subterrânea Contaminados com Organoclo-rados”, representado pela engenheira do IPT (Instituto de Pes-quisas Tecnológicas), Sandra Lúcia de Moraes. “É uma grande satisfação receber este prêmio, falo em nome de uma equipe de mais de 40 pesquisadores e técnicos que contribuíram, estudaram e se dedicaram ao longo de quatro anos para chegarem ao resultado do projeto que foi premia-do, contando com investimentos e recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as pesquisas. Premiações como estas são um incentivo e deve-riam existir em outros meios de comunicação, pois de forma geral enobrecem os trabalhos de pesquisadores que nem sempre conseguem divulgar os resultados dos seus estudos em outros veículos que não somente em artigos científicos. Agradecemos a equipe que esteve envolvida em todo o processo, ao IPT, ao nosso parceiro DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e ao BNDES”, afirma Moraes.Na “Categoria Fundações” que possui esse nome, pois se trata de uma homenagem ao nome da revista, estiveram concor-rendo os artigos técnicos a partir dos critérios originalidade, conjunto da obra e apresentação técnica, publicados na seção “Artigo”. Concorrendo com mais 22 trabalhos, o artigo vence-dor foi o trabalho “Energia no Ensaio SPT (Standard Penetra-tion Test)” dos autores Juliana Azoia Lukiantchuki, Edmundo Rogério Esquivel e George de Paula Bernardes financiado pe-las instituições CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), CNPq (Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico) e FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

A consultora de Obras Sustentáveis do CTE, Juliana Webel recebendo o prêmio do presidente da ABEG, José Luiz de Paula Eduardo

O secretário-geral da ABEG, Ilan Gotlieb foi o responsável por entregar o troféu ao representante da empresa Maccaferri, Alexandre Marcos Teixeira

Na última categoria “Profissional do Ano”, o diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes entregou o troféu ao engenheiro e professor da COPPE/UFRJ, Marcio de Souza Soares de Almeida

Francisjones Marino Lemes entregando o troféu que homenageou o engenheiro civil e conselheiro da revista Fundações & Obras Geotécnicas, Moacyr Schwab de Souza Menezes


OUTRAS CATEGORIASConcorrendo com os melhores trabalhos, equipamentos, técnicas, meios de desenvolvimento ou estudos inovado-res na categoria “Inovação” a vencedora foi a empresa Geo Soluções com o sistema “StrataSlope”. O representante da empresa e engenheiro da Geo Soluções, Victor Pimentel re-cebeu o prêmio entregue pelo geólogo Hugo Cássio Rocha. Segundo Pimentel é uma satisfação receber um prêmio que leva o nome de um professor que é referência para todos que atuam na área da geotecnia. Para ele, a revista represen-ta hoje uma forma de interação entre os profissionais técni-cos e acadêmicos.“Sem dúvida é um grande prazer fazer parte deste grupo e desta iniciativa da revista. Esse tipo de competição saudável engrandece o valor dos nossos trabalhos, é uma grande contribuição que a revista traz para o nosso setor, visto que há algum tempo os profissionais geotécnicos não tinham nenhuma publicação que tratasse especificamente sobre esse tema. Ter uma revista que mostre diversas tecnologias e o que está acontecendo de mais novo no mercado, é algo que vem engrandecer cada vez mais a comunidade do se-tor”, declara.A quinta categoria a ser anunciada foi “Obra de Fundações”, cujos concorrentes foram os melhores trabalhos práticos, técnicas ou sistemas desenvolvidos em uma obra de funda-ções que tenham sido publicados em toda e qualquer seção da revista Fundações & Obras Geotécnicas. Dentre os diversos trabalhos que concorriam, a empresa Arcos foi laureada pela realização do trabalho “Prova de Carga Estática com Célula Ex-pansiva Hidrodinâmica”. A entrega do prêmio ao representan-te e diretor da empresa Arcos Engenharia de Solos, Maurício Chaves foi feita pelo engenheiro Gilberto Vicente Manzalli.Maurício Chaves, que é filho de um dos fundadores da Arcos Engenharia de Solos, o engenheiro Pedro Elísio Chaves da Silva, falou de forma emocionada da significância que esta premiação tem para a história da empresa. “São mais de 30 anos de muito suor e trabalho para a concretização da Prova de Carga Bidirecional com Célula Expansiva. Foi um trabalho árduo até aqui, principalmente pela dificuldade de enten-dimento da engenharia em relação a esse tipo de teste que atualmente é utilizado no mundo inteiro. A alegria de ser pre-miado pela revista Fundações & Obras Geotécnicas, de receber este prêmio em nome do meu pai e em nome de todos os funcionários da Arcos Engenharia de Solos é única”, relata. Para ele, a iniciativa de laurear bons trabalhos é fundamen-tal, pois incentiva os profissionais a apresentarem as suas tecnologias e metodologias, além de divulgar toda a res-ponsabilidade técnica de uma obra, sistema ou método da engenharia. “Gostaria de agradecer a algumas pessoas, em especial que as nos ajudaram durante o desenvolvimento da Prova de Carga Bidirecional, algumas delas não estão co-nosco hoje como o professor Victor Froilano Bachmann de Mello, que apoiava e acreditava em nossa tecnologia nos di-zendo que no âmbito da Prova de Carga este método seria o futuro da engenharia. Agradeço também aos engenheiros Luciano Décourt, Mauri Gotlieb, Nelson Aoki, Milton Golom-bek entre outros que acreditaram nessa linha de trabalho e que hoje está sendo comprovada”.

Alberto Henriques Teixeira emocionado com a placa de agradecimentos concedida pelas empresas patrocinadoras: Incotep, Huesker e Solotrat e pela Editora Rudder

Segundo Juliana Azoia Lukiantchuki, essa premiação incen-tiva os pesquisadores e as empresas a desenvolverem um trabalho de qualidade, o que, consequentemente contri-bui para o meio acadêmico e para o mercado de trabalho. “Nos sentimos honrados em receber um prêmio que leva o nome do professor Milton Vargas, pois acreditamos que é a valorização de um trabalho de pesquisa que durou cinco anos. A proposta da revista preenche uma lacuna que nosso segmento ainda tem. Trata-se de um canal de comunicação entre as empresas e o meio de pesquisa. Agradeço a comis-são técnica julgadora que nos escolheu como vencedores, assim como aos outros autores do artigo, ao meu orienta-dor, Rogério Edmundo Esquivel, ao professor Jorge de Paula Bernardes e as instituições que financiaram esta pesquisa”.A terceira categoria da noite foi “Geossintéticos”, na qual concorriam os melhores trabalhos, obras, meios de desen-volvimento ou estudo, relacionados a geossintéticos que te-nham sido publicados em toda e qualquer seção da revista Fundações & Obras Geotécnicas. O engenheiro Lavoisier Ma-chado foi então convidado a entregar o prêmio para o traba-lho de autoria dos engenheiros Paulo José Brugger e André Estêvão Ferreira da Silva, com o título: “Muro de Contenção Portante em Solo Reforçado”.Após o recebimento de três prêmios consecutivos, nos anos de 2012, 2013 e 2014 Brugger fala de forma descontraída que é uma sensação ótima e que o prêmio tem se tornado um “vício” para ele. “Sou fã da revista e durante todo o ano procuro pensar no que posso publicar. Assim como acho que contribuo ao divulgar um trabalho, os outros profissio-nais que participam também contribuem para o meu co-nhecimento, pois sempre vejo coisas novas e interessantes na revista. Premiações e congressos voltados para a área é uma maneira que os profissionais têm de se comunicar, é uma forma de nos posicionar no mercado e de até mesmo nos relacionar com as empresas concorrentes”, explica.


O engenheiro e diretor da Solotrat, George Joaquim Teles de Souza

O engenheiro da CCRB, Rodrigo Marques

O engenheiro e professor da COPPE/UFRJ, Marcio de Souza Soares de Almeida

A consultora de Obras Sustentáveis do CTE, Juliana Webel

A engenheira do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Sandra Lúcia de Moraes e Claudia Echevengua Teixeira

O engenheiro civil e conselheiro da revista Fundações & Obras Geotécnicas, Moacyr Schwab de Souza Menezes

A engenheira Juliana Azoia LukiantchukiO representante e engenheiro da Maccaferri América Latina, Alexandre Marcos Teixeira

O representante da empresa e engenheiro da Geo Soluções, Victor Pimentel O engenheiro Paulo José Brugger

A representante da Incotep, Ariadne FliesserO diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes


Outra categoria foi “Obra de Infraestrutura”, responsável por premiar os trabalhos práticos, técnicas ou sistemas desenvol-vidos em uma obra de infraestrutura. Nesta categoria, o tra-balho intitulado “Fundações da Ponte Estaiada da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro Utilizam Tecnologia Alemã” foi o ven-cedor. O prêmio entregue pelo engenheiro Eurico Leite Car-valhaes Filho foi recebido pelo representante e engenheiro da CCRB (Consórcio Construtor Rio Barra), Rodrigo Marques.De acordo com Marques, sempre que possível o CCRB tenta participar e concorrer com outros trabalhos de profissionais que se destacam na engenharia nacional. “Para nós estas competições são uma forma de motivação e procuramos realizar o melhor para estarmos outras vezes participando e interagindo com a comunidade técnica”. Ele ainda acrescen-ta que as veiculações midiáticas que tratam de assuntos seg-mentados, inclusive da engenharia civil, são extremamente relevantes, pois existem poucas opções nacionais que tra-tam a geotecnia com profundidade. “Foi um prazer estar ao redor de tantos profissionais de alto gabarito recebendo um prêmio que leva o nome de um pioneiro que tanto contri-buiu para o que estamos desenvolvendo hoje”, finaliza.

SUSTENTABILIDADE EM FOCOAs questões ambientais têm ocupado, gradativamente, mais espaço no Brasil. A quantidade de resíduos deixados por construções, aproximadamente cinco vezes maior do que de outros produtos, se tornou um assunto bastante disseminado em discussões de sustentabilidade. Neste âmbito, a revista Fundações & Obras Geotécnicas, na “Ca-tegoria Sustentabilidade” procurou premiar o melhor tra-balho, prática, técnica ou sistema desenvolvido focado na preservação do meio ambiente. Escolhido pelo corpo de jurados, o trabalho a receber o Prêmio Milton Vargas foi “Obra de Shopping Reutiliza Primeira Camada do Solo” que teve consultoria LEED (Leadership in Energy and Environ-mental Design) realizada pelo CTE (Centro de Tecnologia de Edificações).Na ocasião, a consultora de Obras Sustentáveis do CTE, Julia-na Webel declarou que é gratificante ver o trabalho de mui-tos anos publicado em uma revista tão relevante no setor. “Prêmios são sempre um incentivo para os profissionais que têm muita informação para ser passada adiante. É muito im-portante que todas estas tecnologias e novidades estejam ao alcance de todos e as publicações segmentadas são uma forma de fazer isso acontecer. Agradeço em nome do CTE, principalmente em nome dos engenheiros colaboradores Renato Salgado e Olivia Marques”.A oitava categoria “Solução Inteligente” tem como finali-dade reconhecer técnicas, trabalhos práticos ou sistemas desenvolvidos em uma obra, cujo projeto ou execução possua cunho inovador. Dentre 13 trabalhos, o “Sistema de Contenção Terramesh®” da empresa Maccaferri recebeu das mãos do engenheiro Ilan Gotlieb o troféu e o certificado do 4º Prêmio Milton Vargas. O representante e engenheiro da Maccaferri do Brasil, Alexandre Marcos Teixeira agradeceu o reconhecimento por parte da Comissão Julgadora dos tra-balhos e fez um breve relato dos desafios encontrados na divulgação deste sistema no Brasil.

“Há 25 anos o Sistema Terramesh® foi trazido para o Brasil. No início, por ser uma solução desconhecida, tivemos gran-des desafios e barreiras. Recentemente a Maccaferri conse-guiu introduzir no mercado o sistema e ter reconhecimento dos nossos clientes, usuários construtores e principalmente dos engenheiros geotécnicos, pela versatilidade e preserva-ção do meio ambiente que a técnica oferece. Por este moti-vo nos sentimos muito satisfeitos em receber este prêmio, pois apenas por levar o nome ‘Milton Vargas’ já possui uma grande relevância e certamente motiva o desenvolvimento de mais artigos”, explica Teixeira.Segundo ele, momentos como este fazem com que o meio geotécnico se comunique, divulgando pesquisas, empresas e soluções. “A geotecnia no Brasil é encarada como um ni-cho da engenharia civil, não é um segmento muito conheci-do e difundido, então uma revista do gênero faz com que o setor seja descoberto. Estamos lisonjeados por ter sido um dos escolhidos, por este motivo agradeço especialmente a toda equipe da Maccaferri, pois nesse trabalho houve uma participação vigorosa de todos”, pontua.

HOMENAGENSA nona, última e mais esperada categoria da premiação foi “Profissional do Ano”, cujos profissionais concorrentes como “melhores do ano” foram aqueles retratados através de um perfil ou entrevista, o qual a trajetória tenha representado relevância para o segmento de fundações e geotecnia. Para a entrega do troféu ao engenheiro, professor da COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e profissional do ano, Marcio de Souza Soares de Al-meida foi convidado o diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes.Para Almeida é emocionante ser indicado pelos seus colegas de profissão, inclusive no Brasil, que é um país que pouco premia essa categoria. “Quando frequentamos congressos da ASCE (American Society of Civil Engineers), percebemos a quantidade de premiações realizadas anualmente. Infe-lizmente o Brasil ainda não adquiriu totalmente essa cultu-ra, mas a revista Fundações & Obras Geotécnicas preencheu muito bem esta lacuna. Como um dos criadores de uma re-vista segmentada (“Solos e Rochas”), que possui aproxima-damente 35 anos na COPPE, vemos que no exterior temos uma gama de publicações que tratam do assunto, são pu-blicações que abordam a questão prática, técnica e acadê-mica”, esclarece.Almeida diz que seus votos são que a revista Fundações & Obras Geotécnicas tenha uma trajetória longa, e que cada vez mais cresça a publicação de artigos técnicos. Para ele, as referências galgam a trajetória de qualquer profissional e neste sentido ele cita a carreira do professor Milton Var-gas. “Ele é uma referência brasileira, um dos grandes no-mes ou até mesmo o maior deles na geotecnia. Eu tive a sorte de ter brilhantes professores como Fernando Barata, Antonio José da Costa Nunes, Dirceu de Alencar Veloso, Victor de Mello e Willy Lacerda entre muitos outros que eu poderia passar um dia citando e que me ajudaram a chegar até aqui”, recorda.


PARTICIPANTES QUE ESTIVERAM PRESENTES NO 4º PRÊMIO MILTON VARGAS


Para encerrar a cerimônia de entrega dos prêmios, a Edi-tora Rudder aproveitou a oportunidade do evento para prestar uma homenagem ao engenheiro civil e conselheiro da revista Fundações & Obras Geotécnicas, Moacyr Schwab de Souza Menezes pelos seus mais de 60 anos de atuação na engenharia geotécnica e contribuições para o avanço desse setor. Para prestar essa homenagem foi convidado o diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes que entregou o troféu “Homenagem Prêmio Milton Vargas” a Menezes.“Agradeço a Editora Rudder pela lembrança do meu nome.

Interpreto essa homenagem como um reconhecimento à honestidade, trabalho, sinceridade e persistência que ca-racterizam não só a minha trajetória, mas também a de muitos engenheiros. Não vou me limitar a minha premia-ção, falo em nome de todos que receberam o troféu, pois não me canso de elogiar a equipe que está conduzindo a revista Fundações & Obras Geotécnicas, pela divulgação, va-riedade e qualidade dos trabalhos que tem apresentado”, enaltece Menezes.Citando o engenheiro Alberto Henriques Teixeira, ele diz: “Vocês são loucos de se arriscarem em um mercado como


esses, porém estão recebendo a recompensa, porque nós precisamos de divulgação deste nível. Existe um espaço discrepante entre quem não tem formação e quem tem in-formação permanente e contínua a nível universitário. Estas revistas, cito também a Engenharia Civil, vieram preencher esta lacuna de divulgação técnica para pessoas que não têm a especialização dos mestres e doutores”.Por fim, o engenheiro Moacyr Schwab de Souza Menezes relata emocionado parte de sua convivência com Milton Vargas e a influência que o professor teve em sua carreira profissional. “Eu conheci o professor Milton Vargas, tive a oportunidade de ter contato com ele. Devo muito da minha formação ao que aprendi através dele e dos livros que publi-cou, então essa premiação que leva o seu nome, considero muito justa”.

PALAVRA DOS PATROCINADORESO engenheiro e diretor da Solotrat, George Joaquim Teles de Souza declara que a revista Fundações & Obras Geotécnicas é uma publicação muito importante para o segmento e que a empresa enaltece a iniciativa de premiar trabalhos científi-cos que contribuam para o desenvolvimento da geotecnia. “A Solotrat tem prestigiado a revista desde o primeiro ano de sua publicação e fazemos questão de continuar com essa tradição, desta forma agradecemos a Editora Rudder pela oportunidade de patrocinar o prêmio Milton Vargas”.A Solotrat executa obras de engenharia geotécnica apoia-da nas mais modernas técnicas e utiliza materiais de alta qualidade, é líder de mercado na execução de obras de solo grampeado, técnica de arrimo que evoluiu bastante nos últimos anos com contribuições efetivas da Solotrat no seu método executivo, além disso, a empresa constrói túneis NATM (New Austrian Tunnelling Method), executa conten-ções com cortinas atirantadas e concreto projetado, reali-za fundações com estacas raiz, faz rebaixamento do lençol freático e trata solos com injeções de consolidação.Como Souza, a representante da Incotep, Ariadne Fliesser diz que desde a primeira edição da revista a empresa tem acreditado e apoiado ações como esta. “O Prêmio Milton Vargas é um espaço que reúne diversos profissionais do mercado, e nesta ocasião é possível conhecer os seus tra-balhos e as obras que estão sendo realizadas durante o ano. Gostaria de parabenizar a revista por publicar um conteúdo diferenciado, que trata de um mercado tão restrito da cons-trução civil”, destaca.Tendo como trabalho principal o desenvolvimento de sis-temas de ancoragem, a Incotep também realiza aplicações geotécnicas e estruturais, onde são desenvolvidos sistemas de protensão de alta qualidade para atender as mais diver-sas necessidades. A Incotep Sistemas de Ancoragem é uma divisão do Grupo Açotubo, que trabalha com soluções com-pletas, disponibilizando barras de aço, tubos e conexões, trefilados, peças e aços inoxidáveis, além de prestar uma grande quantidade de serviços industriais.Já a empresa Huesker, que tem sido parceira na revista tanto na publicação de trabalhos, quanto no patrocínio do prê-mio, desde a sua concepção, apoia eventos multidisciplina-res como o Prêmio Milton Vargas, a “Orquestra Sinfônica de

São José dos Campos”, a Escola de Beisebol da Associação Bunkyo de São José dos Campos, o projeto “Por Entre Fios”, que é uma iniciativa do Coletivo Criamundo para resgatar a história da Tecelagem Parahyba entre outros como congres-sos, feiras e palestras.Fundada no ano de 1998, a Huesker está em plena expan-são, levando suas soluções de engenharia com geossintéti-cos para toda a América do Sul, através de uma equipe téc-nica altamente qualificada. Sempre em busca de soluções inovadoras, a empresa investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento, disponibilizando alternativas técnicas customizadas para projetos geotécnicos, viários, hidráulicos e ambientais. “Para a Huesker Brasil é uma grande oportunidade em as-sociarmos nossa marca a um evento da magnitude que é o Prêmio Milton Vargas. Por isso, para nós, que promovemos soluções de tecnologia e inovação no segmento de obras geotécnicas, é importante a parceria com o evento para que possamos ter o reconhecimento da comunidade de que o trabalho que realizamos está alinhado com o que os profis-sionais de destaque na área vem desempenhando”, afirma o diretor de Desenvolvimento de Mercado da Huesker Brasil, André Estêvão Silva.

AGRADECIMENTOSO diretor-executivo da Editora Rudder, Francisjones Marino Lemes lembra que a criação da revista Fundações & Obras Geotécnicas e depois do Prêmio Milton Vargas partiu da ca-rência que o Brasil tinha na veiculação de conteúdo espe-cializado na área de fundações e geotecnia. “O começo da revista configurou-se como um desafio com grandes obstá-culos, entretanto, atualmente os profissionais geotécnicos têm colaborado fortemente com o conteúdo, e o título com o tempo foi se moldando e criando uma identidade própria. Acredito que hoje agrade uma variedade de profissionais, visto que possui seções fixas que abordam diversos assun-tos dentro do segmento, desde a mecânica dos solos até o trabalho com geossintéticos”.Para ele, a cada ano o Prêmio Milton Vargas tem consegui-do se superar. “Esta edição foi um sucesso, tivemos presente na ocasião uma plateia cheia. Acredito que a cada ano isso possa melhorar. Nosso trabalho tem sido muito elogiado e o nível técnico tem crescido a cada edição, pois recebemos o retorno dos nossos leitores. Já estamos começando a pre-parar o quinto evento e pelas possibilidades creio que será muito melhor que esse”, ressalta.Lemes então conclui agradecendo a todos que enviaram os seus trabalhos para revista este ano e a todos que concor-reram nesta premiação, assim como a Comissão Julgadora composta por 45 docentes muito competentes, aos pro-fissionais que compuseram a mesa e às associações e ins-tituições que sempre apoiam e contribuem com a revista. “Agradeço especialmente ao professor Alberto Henriques Teixeira que nos contemplou com uma brilhante palestra, as empresas que patrocinaram o evento: Incotep, Huesker e Solotrat. Estas empresas desde o começo da primeira edi-ção da revista estiveram nos apoiando e acreditando nesta iniciativa. A todos o meu muito obrigado”.

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