PREÇO DO SEGURO AUTOMÓVEL SOBE EM 2011...

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PREÇO DO SEGURO AUTOMÓVEL SOBE EM 2011 Depois de anos de redução consecutiva, os preços do seguro automóvel deixaram de cair e começam agora a dar sinais de ligeira revisão em alta. As seguradoras esperam uma subida mais acentuada do prémio em 2011, mas reconhecem que não será tarefa fácil numa conjuntura economicamente difícil para os consumidores. Págs. IV-V SEGUROS DOSSIER MENSAL SOBRE O MERCADO SEGURADOR VidaEconómica ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1369, DE 5 NOVEMBRO DE 2010, E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Mediadores querem travar descida de preços Pág. VI APROSE Santo Cianci, director-geral da Generali “Não temos um preço justo nos seguros de automóvel e acidentes de trabalho” Pág. VIII GENERALI Preço da cobertura de riscos poderá baixar entre 30% e 40% Pág. II FUNDO SÍSMICO Empresários têm novo pacote de seguros Pág. IX LUSITANIA

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PREÇO DO SEGURO

AUTOMÓVEL SOBE

EM 2011Depois de anos de redução

consecutiva, os preços do seguro automóvel deixaram de cair e começam agora a

dar sinais de ligeira revisão em alta. As seguradoras esperam uma subida mais acentuada

do prémio em 2011, mas reconhecem que não será

tarefa fácil numa conjuntura economicamente difícil para

os consumidores.Págs. IV-V

SEGUROSDOSSIER MENSAL SOBRE O MERCADO SEGURADOR

VidaEconómicaESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA

Nº 1369, DE 5 NOVEMBRO DE 2010,E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Mediadores querem travar descida de preços

Pág. VI

APROSESanto Cianci, director-geral da Generali “Não temos um preço justo nos seguros de automóvel e acidentes de trabalho”

Pág. VIII

GENERALI

Preço da cobertura de riscos poderá baixar entre 30% e 40%

Pág. II

FUNDO SÍSMICO

Empresários têm novo pacote de seguros

Pág. IX

LUSITANIA

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Anteprojecto de criação do fundo sísmico promove mutualização do risco

Fundo Sísmico vai baixar preço do seguro em 30% a 40%A redução está prevista pelo Instituto de Seguros de Portugal no documento que disponibilizou para consulta pública até 30 de Novembro. A dispersão geográfica do risco minimizará a pressão sobre os prémios da cobertura de fenómenos sísmicos, que passará a ser obrigatória para todas as habitações. Para eventuais sismos de grandes proporções está ainda prevista uma garantia do Estado.

O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) estima que após a criação de um Sistema de Cobertura do

Risco de Fenómenos Sísmicos o preço mé-dio desta cobertura varie entre os 13 euros, nas zonas de menor risco sísmico, e os 56 euros, nas regiões mais expostas a risco sís-mico no território português. Trata-se de uma redução de 30 a 40% no preço médio praticado, assume o ISP no documento que está em consulta pública até 30 de Novem-bro. Seis anos depois de terem começado os primeiros trabalhos de preparação de um fundo sísmico para Portugal, vê finalmen-te a luz do dia o anteprojecto que cria um novo sistema de cobertura deste risco, que prevê a mobilização e acumulação de recur-sos destinados à prevenção e reposição de património em caso de catástrofe e a cons-tituição do Fundo Sísmico.

A mutualização do risco é reconhecida pelo ISP como uma das principais vanta-gens da criação de um Sistema de Cobertu-ra do Risco de Fenómenos Sísmicos. Com efeito, e tal como fora já anunciado, o ante-projecto prevê a obrigatoriedade de contra-tação de uma cobertura do risco de fenó-menos sísmicos para imóveis exclusiva ou maioritariamente destinados a habitação, assim como para fracções autónomas des-tinadas a habitação ou destinadas a outros fins quando localizadas em imóveis maiori-tariamente afectos a habitação. A cobertu-ra de fenómenos sísmicos torna-se, assim, obrigatória para as habitações já sujeitas à obrigação de contratação de seguro de in-cêndio, mas pode também ser contratada ao abrigo deste sistema para imóveis não sujeitos a esta obrigação. Confirma o ISP que actualmente apenas 16% das apólices de incêndio e multirriscos contemplam a cobertura de fenómenos sísmicos e estas estão maioritariamente concentradas em zonas de maior exposição ao risco, o que tem contribuído para o agravamento do prémio neste tipo de seguros. E mesmo nestas regiões de maior risco, a penetração da cobertura de fenómenos sísmicos não vai além dos 26% das apólices de incêndio e multirriscos.

Com o risco coberto disseminado por

todo o país, a pressão sobre os prémios de seguro diminui, o que se traduz numa clara vantagem para os consumidores, que se junta à própria mais-valia de ter o risco sísmico coberto por uma apóli-ce. Mas o sistema vem também criar o tão esperado Fundo Sísmico, com vista à acumulação e capitalização de meios fi-nanceiros, que poderão ser mobilizados em caso de ocorrência de sismo, no âm-bito de um sistema que prevê a partilha de responsabilidades.

Quer isto dizer que em caso de ocorrên-cia de fenómeno sísmico, são chamados a assumir a responsabilidade pelos prejuízos os próprios segurados, as empresas de segu-ros aderentes, o Fundo Sísmico e até o Es-tado, na qualidade de ressegurador último. E para fazer face a eventuais sismos de ele-vadas proporções, o ante-projecto prevê a possibilidade de o Estado proporcionar ao Fundo uma cobertura adicional de último recurso, através da prestação de garantia até ao limite das responsabilidades assumidas pelo Fundo.

A criação do fundo, diz ainda o ISP, per-mitirá também a Portugal obter vantagens na sua capacidade negocial junto do merca-do internacional de resseguro.

A gestão do futuro Fundo Sísmico de-verá ficar a cargo de uma entidade gestora de fundos autónomos da actividade segu-radora, sob supervisão do ISP. Está ainda prevista a constituição de um Fundo de Solidariedade para fazer face a outras des-pesas relacionadas com a verificação de um sismo, nomeadamente a reconstrução de infra-estruturas públicas e sociais. Este Fundo de Solidariedade será constituído a partir das comissões cobradas como contra-partida da garantia a prestar pelo Estado.

Para as receitas do novo Fundo Sísmico deverão contribuir os prémios incidentes sobre os capitais seguros cedidos pelas em-presas de seguros aderentes, os montantes mantidos pelas empresas de seguros no Fundo Sísmico e respectiva capitalização, em caso de cessação do contrato de adesão ao sistema, o rendimento de bens próprios e de aplicações financeiras, eventuais subsí-dios, doações, legados ou comparticipações

atribuídos por quaisquer entidades na-cionais ou estrangeiras, além de eventuais rendimentos ou valores que provenham da actividade do próprio fundo ou que por lei ou contrato lhe sejam atribuídos.

O novo sistema de cobertura do risco de fenómenos deverá entrar em funcionamen-

to a 1 de Janeiro de 2012, se até lá já tive-rem aderido ao sistema empresas de seguros que representem mais de 50 % de quota de mercado do ano anterior no ramo de In-cêndio e Elementos da Natureza.

ANA SANTOS [email protected]

sexta-feira, 5 Novembro de 2010 SEGUROSII

SITUAÇÃO ACTUAL SITUAÇÃO PRETENDIDA

- Cobertura de fenómenos sísmicos facultativa

- Apenas 16% das apólices de seguro de incêndio e multirriscos incluem cobertura de fenómenos sísmicos

- Concentração da cobertura de fenómenos sísmicos nas regiões mais expostas a esse risco

- Agravamento dos prémios por concentração de zonas de risco elevado

- Cobertura de fenómenos sísmicos obrigatória para habitações sujeitas a obrigação de seguro de incêndio

- Diversificação geográfica do risco coberto por seguro

- Redução de prémios em 30 a 40%

- Aumento da capacidade negocial de Portugal no mercado internacional de resseguro

Mais de uma centena de profissionais do sector segurador de Portugal e Espanha participaram a 14 de Outubro no I Fó-rum Ibérico dos Seguros, que decorreu em Lisboa. “Portugal e Espanha: o desafio do Mercado Ibérico dos Seguros” foi o tema escolhido para esta primeira edição do fó-rum, numa iniciativa conjunta da APRO-SE e do Consejo General de los Colegios de Mediadores de Seguros, entidade congéne-re da APROSE em Espanha.

Assumindo desde já o objectivo de repe-tição de dois em dois anos, o fórum ibérico dos seguros visou analisar e debater a reali-dade dos mercados português e espanhol, assim como suas interligações, surgindo como um teste a ambos os mercados e dos profissionais que os integram, contanto que o seu resultado irá permitir, na opinião dos co-organizadores, estabelecer encontros de colaboração permanentes.

O evento, que teve como primeiro ora-dor o deputado e porta-voz dos Assuntos Exteriores do Partido Popular no Parla-mento espanhol, Gustavo de Arístegui – cuja apresentação serviu de inspiração a todos os presentes para melhor aproveita-rem, não somente o mercado ibérico como também todos os países onde Portugal e Espanha têm influência decisiva por causa das respectivas línguas – dividiu-se em duas mesas redondas dedicadas, respectivamen-te, à “Situação dos mercados e modelos de negócio” e às “Relações transfronteiriças de negócio: seguradores e mediadores de segu-ros”.

A primeira mesa redonda foi constituí-da por Ricardo Lozano, director-geral da Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (Espanha), Fernando Dias Nogueira, presidente do Instituto de Seguros de Portugal, José Maria Dot,

representante da UNESPA e presidente da Liberty (Espanha), Pedro Seixas Vale, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, José María Campabadal, presidente do Consejo General de los Colegios de Mediadores, tendo como moderador António Vilela, presidente da APROSE.

A segunda mesa foi formada por Aristó-bulo Bausela, director-geral da Rede Ma-pfre (Espanha), Alvarez Quintero, admi-nistrador da Fidelidade Mundial, Fernando Costa, sócio-gerente da Radical-Corretores de Seguros, Adolfo Campos, presidente do INADE, Paulo Bracons, administrador da AXA e Antonio Godoy, presidente do Co-légio de Mediadores de Seguros de Girona, desempenhou funções de moderador.

A primeira edição do fórum foi também marcada pela assinatura do protocolo de cooperação internacional entre a APRO-

SE e o Consejo General de los Colegios de Mediadores de Seguros, através do qual se reforçará a colaboração entre ambos os países, estabelecendo-se para o efeito um órgão misto de melhoramento de relações profissionais e promovendo o seu desen-volvimento, visando um mercado comum integral.

Ambos os presidentes das estruturas re-presentativas de mediadores de seguros, António Vilela e José María Campabadal, consideraram que “um encontro desta na-tureza é imprescindível para aprofundar o conhecimento mútuo da realidade dos mercados – tanto económico como legisla-tivo – de ambos os países e dos modelos de actuação dos seus profissionais, enquanto condição para a consolidação de um marco relacional de futuro entre a mediação e as companhias com interesses em Portugal e Espanha.”

APROSE co-organizou I Fórum Ibérico dos Seguros

Portugal e Espanha assumem desafio do mercado ibérico de seguros

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Recorrendo a três cenários fictícios e similares, a “Vida Económica” comparou os preços praticados no mercado por dife-rentes companhias de seguros. Os condutores habituais têm re-spectivamente 25, 35 e 45 anos, moram em Lisboa e têm carta de condução desde os 20 anos, contando com um histórico is-ento de acidentes. Os veículos correspondem a modelos habitu-almente conduzidos pelas respectivas faixas etárias. Para todos os cenários solicitámos às companhias que nos indicassem o seu melhor preço para um seguro que cobrisse a responsabilidade civil obrigatória e que garantisse protecção jurídica e assistência em viagem. No entanto, como nem todos os pacotes base das companhias tem somente estas coberturas, indicamos que outras coberturas estão incluídas na solução em causa, procurando que o leitor tenha acesso a informação que o ajude a perceber even-tuais diferenças de tarifário e o auxilie na interpretação da melhor oferta para o seu caso particular.

Todas as seguradoras contactadas recorrem a mediadores profis-sionais para concretizar a distribuição dos seus produtos e é im-portante realçar que junto de cada mediador será possível obter algumas variações de preço, fruto de descontos ou promoções que alguns estejam autorizados a fazer. Com efeito, nenhum dos preços indicados é inteiramente estanque, desde logo porque a generali-dade das companhias desenvolveu estratégias de venda cruzada, que permitem aos clientes beneficiar de descontos cumulativos à

medida que vão subscrevendo mais produtos na mesma compan-hia. A opção pelo pagamento por débito directo tende a ser também presenteada com descontos adicionais ou isenções de agravamen-tos por fraccionamento do pagamento do prémio. A Lusitania foi a única seguradora que apresentou dois preços para cada cenário, uma vez que a seguradora comercializa dois produtos para seguro automóvel, um deles assumidamente de baixo custo.

A idade e experiência de condução tendem a ser premiadas pelos cálculos actuarias das seguradoras, sobretudo quando são coroadas com a ausência de sinistros. Com efeito, o prémio do seguro tende a diminuir à medida que a idade do condutor habitual vai avançando e mesmo que este mude de seguradora o seu histórico de sinistralidade estará disponível para todos os operadores, graças à partilha de dados na base central das seguradoras – a Segurnet. É esta partilha de dados sobre sinistros que permite a aplicação do sistema de bónus/malus aos condutores, agravando o prémio de seguro cobrado a condutores com histórico de sinistralidade e concedendo bonificações aos bons con-dutores. Assim se explica que no cenário 3 a generalidade dos preços praticados varie entre os 200 e 250 euros anuais e no cenário 2 seja possível encontrar vários operadores com preços abaixo dos 200 euros.

Já os preços mais elevados concentram-se no cenário 1, com um jovem condutor, encartado há apenas cinco anos. Dependendo das coberturas oferecidas pela seguradora, poderá ser difícil encontrar um prémio de seguro abaixo dos 200 euros.

Operadores esperam subida do prémio médio já este ano

Preço do seguro automóvel sobe em 2011

sexta-feira, 5 Novembro de 2010 SEGUROSIV

As companhias de seguros esperam que o prémio de seguro automóvel suba em 2011, depois de 2010 já ter revelado um ligeiro ajustamento dos tarifários do ramo. A generalidade dos operadores considera que o preço médio do seguro automóvel está demasiado baixo, mas reconhece que não é fácil subir preços em tempo de crise.

INEXPERIÊNCIA E JUVENTUDE AGRAVAM PREÇO

CENÁRIO 1Renault Clio Dynamique S 75cv 1.2 gasolina 5 portas Ano 2009Condutor habitual: Homem; 25 anos; Lisboa; carta de condução há 5 anos; sem acidentes.

Companhia Produto Prémio Anual ExtrasAXA Protec Pack 1 J 329,36 Cobertura mínima inclui condutor e quebra de vidrosCA Seguros CA Automóveis J 193,58 Cobertura mínima inclui condutor e ocupantes e veículo de substituição por avaria

e acidenteFidelidade Mundial Liber 3G Essencial J 327,77 Cobertura inclui condutor Generali Generali + Auto J 253,63Groupama VivaAuto XXI J 186,96 Cobertura mínima inclui ocupantesImpério Bonança AU-TO-IB XS J 327,77 Cobertura inclui condutor Liberty Liberty Auto J 245,63 Cobertura inclui condutorLusitania Motore J 227,97 Cobertura mínima inclui quebra isolada de vidrosLusitania Auto XS J 194,44MAPFRE Auto Base J 226,96 Cobertura inclui condutor e despesas de adaptação funcional de habitação e veículoTranquilidade Tranquilidade Auto J 269,65Zurich Zurich Auto J 425,93 Cobertura mínima inclui despesas de tratamento e quebra de vidrosFonte: empresas

SIMULAÇÕES DE PRÉMIO ANUAL DE SEGURO AUTOMÓVELCOBERTURA: RESPONSABILIDADE CIVIL OBRIGATÓRIA + ASSISTÊNCIA EM VIAGEM + PRO-

TECÇÃO JURÍDICA

CENÁRIO 2Toyota Auris 1.4 Diesel 90cv Ano 2009Condutor habitual: Homem; 35 anos; Lisboa; carta de condução há 15 anos; sem acidentes.

Companhia Produto Prémio Anual ExtrasAXA Ice 3 J 195,61 Cobertura mínima inclui ocupantes e quebra de vidrosCA Seguros CA Automóveis J 161,55 Cobertura mínima inclui condutor e ocupantes e veículo de substituição por avaria e

acidente

Fidelidade Mundial Liber 3G Essencial J 247,36 Cobertura inclui condutor Generali Generali + Auto J 196,94Groupama VivaAuto XXI J 139,06 Cobertura mínima inclui ocupantesImpério Bonança AU-TO-IB XS J 247,36 Cobertura inclui condutor Liberty Liberty Auto J 196,93 Cobertura inclui condutorLusitania Motore J 196,24 Cobertura mínima inclui quebra isolada de vidrosLusitania Auto XS J 164,90MAPFRE Auto Base J 197,26 Cobertura inclui condutor e despesas de adaptação funcional de habitação e veículo

Tranquilidade Tranquilidade Auto J 178,51Zurich Zurich Auto J 222,51 Cobertura mínima inclui despesas de tratamento e quebra de vidros

Fonte: empresas

CENÁRIO 3BMW 320 D Ano 2009Condutor habitual: Homem; 45 anos; Lisboa; carta de condução há 25 anos; sem acidentes.

Companhia Produto Prémio Anual

Extras

AXA Ice 3 J 259,18 Cobertura mínima inclui ocupantes e quebra de vidrosCA Seguros CA Automóveis J 161,55 Cobertura mínima inclui condutor e ocupantes e veículo de substituição por avaria e aci-

denteFidelidade Mundial Liber 3G Essencial J 256,41 Cobertura inclui condutor Generali Generali + Auto J 221,72Groupama VivaAuto XXI J 143,08 Cobertura mínima inclui ocupantesImpério Bonança AU-TO-IB XS J 256,41 Cobertura inclui condutor Liberty Liberty Auto J 233,02 Cobertura inclui condutorLusitania Motore J 217,83 Cobertura mínima inclui quebra isolada de vidrosLusitania Auto XS J 185,18MAPFRE Auto Base J 219,59 Cobertura inclui condutor e despesas de adaptação funcional de habitação e veículoTranquilidade Tranquilidade Auto J 210,60Zurich Zurich Auto J 244,80 Cobertura mínima inclui despesas de tratamento e quebra de vidrosFonte: empresas

“Prevejo a continuação do ajustamento dos preços e estimo que aquele que foi o esforço de apenas alguns ‘players’ do mercado possa ser seguido pelos restan-tes”, antecipa Paulo Aranha, director da área de Riscos Individuais e Famílias da Zurich, quando questionado pelo Vida Económica sobre a evolução do preço do seguro automóvel em 2011. “Era, em minha opinião, um excelente serviço que prestaríamos à sustentabilidade da nossa actividade e por essa via ao reforço da nos-sa capacidade colectiva para responder-mos às necessidades dos nossos clientes quando estes mais precisam”, acrescenta o responsável da Zurich. Paulo Aranha reconhece, no entanto, que tem havido um esforço de inversão da tendência de redução dos prémios no ramo automóvel que parte do mercado tem estado a fazer, “mas a verdade é que ainda precisamos de fazer melhor se quisermos continuar a apresentar no futuro resultados sólidos e sustentados”.

A rentabilidade do ramo automóvel tem gerado, efectivamente, muita preo-cupação no mercado segurador, que ano após ano tem assistido à degradação dos resultados técnicos de um ramo que cor-responde a um dos seguros com maior expressão nas carteiras das companhias. “Embora o resultado técnico do ramo ainda tenha sido positivo em 2009, tem vindo a diminuir ao longo dos anos”, con-firma Ana Paula Neto, directora técnica da Liberty Seguros. E a frequência de si-nistros, lembra ainda a responsável da Li-berty, tem vindo a aumentar. Em 2009, a frequência de sinistros – medida pelo número de veículos com sinistro em cada 100 veículos seguros – chegou aos 11,9%, quando em 2005 era de 10,2% e o preço médio do seguro automóvel significativa-mente superior. “A minha convicção é a de que em 2011 o prémio médio terá um ligeiro aumento”, afirma Ana Paula Neto.

Para Rita Sambado, directora de Marke-ting de Produtos e Clientes da Fidelidade Mundial e Império Bonança, “é de prever para 2011 um nível de preços idêntico ao que actualmente se regista, sem pre-juízo de eventuais ajustamentos tarifários em alguns segmentos”. Já Tiago Ribeiro Corrêa, director da Área de Subscrição da Crédito Agrícola Seguros, considera que as iniciativas de revisões tarifárias sentidas em 2010 “são ainda débeis, mas acredi-tamos que poderão continuar ao longo do ano 2011”. Expectativas mais dilata-das no tempo tem, por seu turno, Carlos Lamelas, responsável pela área de Subscri-ção Automóvel na Groupama, para quem “mais cedo ou mais tarde este ciclo [de preços baixos] terá que ser invertido, no entanto, colocamos reservas de que seja já em 2011”.

Mediadores e companhias esmagam lucros

Com 1269 milhões de euros acumula-dos no final de Setembro, a produção do ramo automóvel apresentava no final do terceiro trimestre um acréscimo de 0,3% face ao período homólogo do ano ante-rior, reflectindo uma ligeira recuperação do ânimo num mercado que há vários anos vivia uma forte competitividade,

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SEGUROS Vsexta-feira, 5 Novembro de 2010

Exame

MELHOR

2009

GRANDE

NÃO VIDASEGURADORA

A avaliação feita pela Deloitte e Informa D&B baseou-se na análise dos seguintes

indicadores financeiros: taxa de crescimento dos prémios; quota de mercado; rácio entre

provisões técnicas líquidas e prémios adquiridos líquidos; rácio entre custos com sinistros

líquidos e prémios adquiridos líquidos; rácio entre provisões para sinistros líquidas e custos

com sinistros líquidos; rácio entre despesas gerais e prémios adquiridos líquidos;

rentabilidade dos investimentos; ROE; margem de solvência; cobertura de provisões

técnicas (passivo) por investimentos afectos.

Aos nossos Clientes, Parceiros e Colaboradores, agradecemos o voto de confiança.

A Zurich foi distinguida pela revista Exame com o prémio

"Melhor Grande Seguradora Não Vida".

zurichportugal.com

que se traduzia numa constante redução tarifária. No fi nal de 2009, as cinco segu-radoras com maior quota de mercado no ramo automóvel somavam uma produção de 923 milhões de euros, menos 106,7 milhões de euros do que em 2008. E jun-tas, estas cinco seguradoras representam 55,4% do mercado de seguro automóvel.

As quebras sucederam-se e se muitos operadores afi rmam que nos primeiros anos de redução de prémio, tal se justi-fi cava com a redução da frequência da si-nistralidade, o certo é com o passar dos anos a sinistralidade voltou a subir, acom-panhada por um incremento dos custos com sinistros e das indemnizações decre-tadas pelos tribunais para o ressarcimento de vítimas de danos materiais e sobretudo corporais. O prémio médio, esse, conti-nuou a descer ano após ano, obrigando as seguradoras a reduzir custos adminis-trativos e a esmagar margens de lucro. Com elas, também os mediadores terão sido chamados a sacrifi car parte das suas comissões, que muitos dizem ter sofrido duros cortes nos últimos anos da década. No fi nal de 2009, as comissões de mediação no ramo Automóvel somavam mais de 135 milhões de euros.

A chamada “guer-ra de preços baixos” intensifi cou-se e cada companhia procura-va ter uma das tarifas mais competitivas do mercado. A prolifera-ção de campanhas pu-blicitárias anunciando tarifas reduzidas, muitas delas praticadas em regime de venda directa, sem me-diação profi ssional, aguçou o engenho de muitos consumidores na procura de uma solução mais barata para a contra-tação de um seguro obrigatório. O preço médio continuou a baixar e só em 2010 se começou a fazer sentir uma vontade mais generalidade de proceder a revisões tarifárias em alta, embora com grande discrição.

Crise condiciona aumentos tarifários

Mas como conjugar a necessidade de subir prémios com a redução do poder de compra dos portugueses e a vontade das seguradoras de não sacrifi car carteira? “De facto é um sério desafi o que é colocado às companhias”, constata Rita Sambado, da Fidelidade Mundial e Império Bonança. “A subida de preços do seguro automóvel é um resultado natural da pressão infl acio-nista que neste momento se assiste na eco-nomia, nomeadamente pela alteração do quadro fi scal, e que terá implicações direc-tas nos custos que as companhias venham a assumir no momento da regularização dos sinistros. Por outro lado, e por via da re-dução do rendimento disponível, é natural que se venha a assistir a uma redução da procura, com menos apólices e menos co-berturas”, antevê Rita Sambado.

“Não será um processo fácil”, admite também Carlos Lamelas, da Groupama. “Dependerá em grande parte da estratégia e dos objectivos a atingir por cada uma das

várias seguradoras. Sa-bemos que quem dita as regras é o mercado, a re-acção tem sido mais de acordo com essa realida-de do que propriamente pela necessidade”, re-corda o responsável da Groupama.

A retenção de clientes passou a ser a bandeira comum às companhias de seguros e ninguém está disposto a sacrifi car

a sua carteira, desenvolvendo estratégias de fi delização que passam pela venda cruzada de produtos e pela promoção do pagamen-to por débito em conta bancária. Mas tal como em qualquer outro produto e servi-ço, o preço constitui uma variável de peso na hora de escolher o seguro, mais ainda quando em causa está algo pouco palpável, como a protecção, que só será testada e me-dida em caso de sinistro, sempre num tem-po posterior ao da decisão e contratação.

“O facto de estarmos a atravessar uma das mais penalizantes crises das últimas déca-das não favorece obviamente o crescimen-to deste negócio, principalmente olhando para Portugal, onde os seguros dos ramos Não Vida, ainda são vistos muito na óptica do custo, e por isso é frequente ver os se-gurados a abdicarem de níveis de cobertura superior em favor de pacotes mais simples e, consequentemente, de menor custo”, constata Paulo Aranha, da Zurich. “No entanto, advogo que é exactamente nestes períodos que, ainda de forma mais aguda, se manifesta a necessidade de benefi ciar da protecção garantida pelos seguros automó-vel. Numa altura em que os orçamentos fa-

miliares e organizacionais são obrigados a um ‘emagrecimento compulsivo’ qualquer custo signifi cativo e não previsto pode fa-zer toda a diferença. Sendo o acidente uma ‘eventualidade permanente’, é fundamen-tal benefi ciar da ‘rede’ que os seguros au-tomóvel, em particular, proporcionam”, alega o responsável da Zurich, que conclui: “sinceramente não consigo imaginar uma sociedade sem uma oferta de seguros ou sistemas similares de protecção dos seus cidadãos ou organizações. Por isso, é com alguma tristeza que assisto ao facto de esse ‘valor’ não merecer ainda o reconhecimen-to de alguns”.

ANA SANTOS [email protected]

Duzentos e quarenta e três euros. Foi este o valor do prémio médio praticado no seguro automóvel em Portugal durante o ano 2009, segundo as contas da Associação Portu-guesa de Seguradores (APS). Em quatro anos, o prémio médio neste ramo caiu 24,3%, a um ritmo que se agravou nos últimos anos da década. Em 2007, a quebra aproximou-se dos 6%, em 2008 agravou-se para 9% e em 2009 conseguiu cair outro tanto. Longe vão os tempos do ano 2005, em que o preço médio do ramo automóvel ultrapassava os 320 euros no mercado português. Desde esse ano que o prémio médio sofre uma redução consecutiva e só em 2010 os operadores estimam que a redução seja travada, sendo esperado um ligeiro incremento do prémio médio do seguro automóvel.

SEGURO AUTOMÓVEL CUSTA EM MÉDIA 243 EUROS

PRÉMIO MÉDIO NO SEGURO AUTOMÓVELAno Prémio Médio Variação face ao ano anterior

2005 321,4 euros2006 312,1 euros -2,9%2007 294,1 euros -5,8%2008 267,8 euros -9,0%2009 243,2 euros -9,2%Fonte: APS (valores extrapolados)

RANKING DE PRODUÇÃO NO RAMO AUTOMÓVEL (2009)Companhia Produção 2009 Variação 09/08 Quota de Mercado

20091º Fidelidade Mundial 279.974.880 -14,2% 16,8%2º AXA 176.962.040 -6,3% 10,6%3º Zurich 173.725.350 -2,1% 10,4%4º Império Bonança 168.063.010 -12,8% 10,1%5º Tranquilidade 125.185.360 -13,7% 7,5%6º Allianz 121.247.680 -5,8% 7,3%7º Liberty 95.900.650 -3,6% 5,7%8º Açoreana 92.233.110 5,4% 5,5%9º Lusitania 88.346.590 78,3% 5,3%10º Global 54.490.060 -8,7% 3,3%

Fonte: ISP

PRODUÇÃO MENSAL NO SEGURO AUTOMÓVEL EM 2010 (EM MILHARES DE EUROS)

Mês Produção 2010 Produção 2009

Janeiro 173.156 178.023

Fevereiro 123.792 118.183

Março 137.135 145.580

Abril 87.164 78.964

Maio 185.747 188.905

Junho 145.843 143.984

Julho 156.684 153.298

Agosto 131.921 133.151

Setembro 127.901 125.978

Total acumulado 1.269.343 1.266.066

Fonte: APS

As comissões de mediação no ramo Automóvel somavam mais de 135 milhões de euros no fi nal de 2009

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O justo valor nos seguros foi o tema central do 7º Congresso Nacional dos

Corretores e Agentes de Seguros, promovido pela Associação Portu-guesa dos Produtores Profissionais de Seguros (APROSE), que decor-reu nos dias 15 e 16 de Outubro, em Lisboa. Uma oportunidade para debater os tarifários pratica-dos actualmente no mercado se-gurador, a evolução recente desses mesmos tarifários e perspectivar a sua evolução futura. Quando muitos mediadores profissionais lamentam a perda consecutiva de rendimentos, associada à quebra nas comissões cobradas em pré-mios que baixaram ano após ano, companhias de seguros e todos os parceiros do sector segurador foram chamados a debater a ade-quação dos tarifários de seguros praticados em Portugal.

Diamantino Marques, consul-tor, foi o primeiro a questionar directamente se será ético ven-der abaixo de custo. Sem esperar pela resposta dos mediadores, foi o próprio a reconhecer que “ven-der abaixo de custo não é ética”, salientando que, “em nome da dignidade de todos, vender siste-maticamente abaixo de custo leva

à infelicidade”. E se em alguns seguros não têm existido grandes desvios no preço, como é o caso do seguro de Vida Risco, diz Diaman-tino Marques que o caso assume proporções mais preocupantes nos seguros obrigatórios: Automóvel e Acidentes de Trabalho. “Mas o ba-rato pode sair caro. A qualidade do preço do seguro só se vê depois”, destacou o consultor.

“Por vezes esquecemo-nos que a essência do seguro não é o risco, é a segurança. E a essência do segu-ro está também no mutualismo, porque as companhias são meras intermediárias entre todos os segu-rados. Por isso há muito para re-flectir sobre o justo valor dos segu-ros”, referiu Diamantino Marques.

Brás de Oliveira, director co-ordenador da Área Não Vida da Caixa Seguros, não hesita em res-ponder também a Diamantino Marques, assumindo claramente que “vender seguros abaixo de cus-to não é ético”. E à semelhança de Diamantino Marques, também o

responsável do braço segurador do grupo Caixa Geral de Depósitos reiterou a necessidade de reflectir sobre esta temática. “Os ramos Automóvel e Acidentes de Traba-lho representam 60% do Ramo Não Vida e hoje temos um pre-ço médio no seguro Automóvel demasiado baixo e não está nada claro que o preço médio do seguro de Acidentes de Trabalho esteja a incorporar o aumento futuro dos custos com a reintegração dos si-nistrados”.

Para Brás de Oliveira, o caminho a seguir está à vista, embora possa ser difícil de implementar por to-dos os operadores. “As margens estão bastante apertadas. Podemos reduzir na despesa, mas até onde? Hoje, o aumento dos custos é uma realidade e se o risco não está a reduzir, o prémio tem de acompa-nhar a evolução do risco”, alega o responsável da Caixa Seguros.

Ana Paula Neto, directora técni-ca da Liberty Seguros, lembrou os mediadores que uma das dificul-dades sentidas pelas seguradoras na hora de formar os seus preços está na cadeia de acontecimentos que envolve este mercado. “Aqui recebe-se primeiro, não se sabe se vamos pagar, nem quanto vamos

pagar e isso torna a nossa tarefa mais complicada”. Mas a respon-sável da Liberty Seguros traça uma estratégia a seguir, compos-ta por três passos essenciais. “Há que olhar para o nosso retrovisor, ou seja, olhar para as estatísticas do passado, saber interpretá-las e saber aplicá-las na formulação de preços para o futuro. Depois, há que recorrer aos modelos ac-tuariais, feitos por profissionais e que poderão ajudar a perspectivar o melhor preços para o futuro. E por fim há que olhar para o mer-cado, que também dita as regras e não adianta de nada termos pre-ços muito bem calculados actua-rialmente se estivermos de costas voltadas para aquilo que se passa no mercado”, adianta Ana Paula Neto.

“Preços devem pelo menos parar de descer”

Gravitando em torno do sector segurador, os prestadores foram

também chamados a participar no debate sobre o justo valor dos seguros no congresso da APRO-SE. Reconhecendo que as segu-radoras são as principais clientes das oficinas de automóveis, An-tónio Teixeira Lopes, presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) salienta a importância de uma política de bom senso na escolha das peças a colocar em viaturas novas e em viaturas com vários anos de ida-de. “Todos sabemos que algumas oficinas abusam, outras não. Mas

queremos que a seriedade impere na regularização de sinistros auto-móvel”, reforçou Teixeira Lopes.

Na área da saúde, foi Carlos Coutinho, administrador da Mul-ticare, quem referiu a importância da prevenção para conter o au-mento da sinistralidade no ramo Doença, destacando que cabe aos seguros de saúde colmatar as

dificuldades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Os seguros de saúde não devem concorrer onde o SNS é excelente, como a emer-gência médica ou a vacinação. Os seguros de saúde têm de ser exce-lentes onde o SNS tem mais difi-culdades, ou seja, nos tempos de espera, na lentidão do acesso, na burocracia e no conforto”.

Carlos Marques, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora (STAS), respondeu directamente ao mote do congresso e defendeu que “al-guns preços podem subir e me-lhorar o rendimento dos profis-sionais de seguros”, evocando a erosão das comissões nos últimos anos. “Os preços podem e devem subir, mas sobretudo devem pa-rar de descer. Neste momento ninguém ganha, nem o cliente. E não sei se as asneiras que se fa-zem com os prémios não poderão um dia levar ao encerramento de uma seguradora”, alegou Carlos Marques.

Também Germano de Sousa, antigo bastonário da Ordem dos Médicos e ex-presidente da Asso-ciação Nacional dos Laboratórios Clínicos, concordou que “os pre-ços praticados em Portugal pelas seguradoras são muito baixos” e referiu o exemplo espanhol como

um alerta para as consequências desta realidade. “Em Espanha os preços das seguradoras para os laboratórios foram esmagados de tal forma que muitos laboratórios fecharam”, relatou Germano de Sousa.

“Seguro não é vendido abaixo de custo”

“O seguro não está a ser ven-dido abaixo de custo”, contariou Pedro Seixas Vale, presidente da Associação Portuguesa de Segu-radores (APS). “O que neste mo-mento é preocupante é a redução do rácio combinado no ramo Au-tomóvel. O fenómeno da redução de preços está a diminuir e admi-to que nos próximos anos o preço aumente. É claro que há algumas companhias a ganhar dinheiro e outras não. É o mercado a funcio-nar. Mas não pode dizer-se que há dumping”, sustentou o presiden-te da APS. “É um problema dos accionistas. Se alguns aceitam re-sultados negativos, as companhias continuam com os preços baixos. Mas acredito que as empresas me-lhor capitalizadas, com resultados mais positivos, são aquelas que vão sobreviver”, declarou Seixas Vale.

António Vilela, presidente da corretora AVS e presidente da Direcção da APROSE, exortou o sector segurador a aproveitar o di-álogo feito neste congresso. “Não é justo que um dos elementos cadeia equilibre os seus resultados à con-ta de outros elementos da cadeia. Todos temos de receber a nossa

justa remuneração. E se os agentes e corretores prestam um serviço às seguradoras, não tem de ser o con-sumidor a pagar por esse serviço”, alegou António Vilela.

ANA SANTOS [email protected]

Congresso dos corretores e agentes de seguro debate justo valor dos seguros

Mediadores querem travar descida de preçosNuma altura em que o preço dos seguros é o tema central das preocupações dos mediadores profissionais, o 7º Congresso Nacional dos Corretores e Agentes de Seguros, promovido pela APROSE, chamou seguradoras, mediadores e parceiros de negócio a debater a evolução dos tarifários dos seguros actualmente praticados em Portugal

sexta-feira, 5 Novembro de 2010 SEGUROSVI

Ana Paula Neto, Diamantino Marques, Ana Santos Gomes e Brás de Oliveira

António Teixeira Lopes, Carlos Marques, Alexandre Elias e Carlos Coutinho

António Vilela, José Almaça e Pedro Seixas Vale

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Vida Económica – Os mediadores quiseram debater o justo valor dos seguros no último congresso da APROSE. Parte da discussão centrou-se nos seguros obrigatórios – Automóvel e Acidentes de Trabalho. Concorda que estes são os ramos cujo preço merece mais preocupação?

Santi Cianci – Sim, claro, e a preocupação dos mediado-res é também a preocupação das companhias, que de certa forma tiveram de sofrer reduções de taxas sem que isso inte-grasse necessariamente a estratégia das companhias. Pelo con-trário. Mas infelizmente o mercado comportou-se de forma tal que seja por irresponsabilidade de algumas seguradoras, seja porque a situação do mercado refl ecte também a con-juntura económica, com menos recursos, tenha sido necessá-rio reduzir de forma excessiva as tarifas. Hoje essa situação é insustentável para muitas companhias e especifi camente nos ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho há necessidade de voltar a ter um preço justo porque hoje não temos um preço justo. Pelo menos até ao ano passado não foi. Este ano o preço já está mais compatível com a necessidade de rentabilidade das carteiras, mas que ainda não acontece na totalidade das carteiras de Automóvel e Acidentes de Trabalho.

VE – A Generali foi uma das primeiras a assumir a necessidade de aumentar tarifas. O ano 2010 foi aquele em que outras companhias lhe seguiram os passos?

SC – Em 2010 as outras seguradoras aumentaram os seus níveis tarifários, sem dúvida. Hoje, a nossa tarifa, que tam-bém teve de ser aumentada, não está tão fora de mercado como esteve em 2009. Nesse ano estivemos absolutamente fora de mercado. A nossa política de manutenção de carteiras teve de fazer o possível para reter o cliente e perdemos meta-de da facturação dos seguros novos. A nossa facturação nova caiu para metade face a 2007 e 2008. Foi necessário fazer um grande esforço de retenção dos clientes. Em 2010 já registá-mos um incremento da carteira. É claro que é preciso recu-perar o passado, mas estamos agora muito menos desfasados face aos principais concorrentes. Porque não há milagres.

VE – O preço médio do seguro automóvel, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores, está em 243 euros. É demasiado baixo?

SC – Na minha opinião, é baixo. Terá de subir pelo menos mais um pouco para permitir no mínimo um empate téc-nico. Eu sei que a parte fi nanceira pode fazer o resto, mas a meu ver as coisas não podem ser interpretadas assim porque uma seguradora deve sempre zelar pela rentabilidade opera-tiva da carteira. Não se devem misturar as coisas assim. O cliente tem o direito de ter um preço justo, mas o accionista também tem direito a receber a remuneração justa. Em 2007 o lucro era excessivo, certamente o preço estava desajustado e o resultado era favorável à companhia. Poderia ter sido feito um ajustamento correcto do preço, mas houve um exagero. E depois continuo a repetir a minha tese da inoportuna pre-sença da venda de directa de seguros, onde aquilo que poderia ser a simplicidade de venda e acesso fácil à contratação de seguros se transformou na mera oferta “low-cost” de segu-ros. E hoje continua a incomodar, condicionar o preço fi nal, mesmo sendo uma minoria no mercado. As nossas redes de distribuição continuam a ser condicionada a ter preços não muito distantes daqueles. Sabe-se que a rede profi ssional de distribuição pode dar um serviço melhor, mais personalizado, do que o atendimento telefónico, mas ainda assim não pode existir uma grande diferença no preço.

VE – Como se introduzem aumentos tarifários em tem-po de crise sem arriscar demasiado a carteira?

SC – Temos de trabalhar muito bem na selecção de clien-

tes, o que só se consegue com uma rede de agentes também seleccionada. Mas quando falamos nos seguros de massa, no fi nal são os grandes números que contam. O esforço da seguradora passa por reduzir ao máximo o custo médio por sinistro e optimizar os seus próprios custos de gestão. Nós preferimos oferecer produtos alternativos em substituição dos descontos porque criam um valor agregado maior do que o desconto e funcionam como alternativa àquilo que seria uma deturpação do aspecto técnico do seguro.

VE – A mesma questão aplica-se ao ramo Acidentes de Trabalho. Como se aumentam tarifas em contextos de difi culdade nas empresas, despedimentos e reduções de massa salarial?

SC – É necessário, em virtude da abrangência da nova Lei de Acidentes de Trabalho. Talvez ainda não tenhamos sentido todos os efeitos da lei porque ela entrou em vigor no início do ano e irá ser aplicada aos sinistros que ocorrerem desde essa altura e por isso ainda não temos noção do impacto. Também aqui é possível que tenha havido um preço excessivo no pas-sado, mas agora chegou-se a um ponto que é insustentável. Os resultados do mercado demonstram-no. Acredito que o próprio Instituto de Seguros de Portugal esteja preocupado, tendo em conta o cunho social deste ramo.

VE – Mas o que poderá ser feito?SC – Individualmente cada companhia terá de tomar as

suas conclusões. Não se pode reduzir mais o preço e há que aplicar uma política diferenciada dependendo do tipo de ac-tividade e da experiência de cada cliente. Somos entidades com fi ns lucrativos, não podemos suportar um prejuízo certo.

VE – No seguro de saúde temos companhias a falar da necessidade de aumentar preços, médicos a lamentar o preço baixo que as seguradoras lhes pagam e clientes a condicionar a subscrição de seguros de saúde por causa da crise. Como se conjuga tudo isto?

SC – Primeiro há que lembrar que o seguro de saúde não é nenhuma prioridade máxima das famílias porque há um sistema público de saúde que dá uma assistência básica, que não é assim tão má e o seu maior problema deverá estar nos tempos de espera. O seguro de saúde tem permitido a uma população mais exigente ter um serviço mais personalizado, proporcionando também a possibilidade de usar o regime “managed care” [rede convencionada] para ter uma frequên-cia de consultas que poderiam não conseguir ter no regime de reembolso. Relativamente aos médicos que se queixam do preço que as seguradoras lhes pagam, essa é uma questão que se prende com a lei da oferta e da procura. Nem me parece correcto acusar as companhias de fazer esse tipo de jogo, por-

que só com o regime de reembolso as companhias estavam a perder dinheiro e não podiam elevar os prémios de forma a permitir que esse sistema se mantivesse. Este fenómeno re-sultou na necessidade de manter os prémios de seguro em níveis aceitáveis. A classe médica é fechada, tem um número limitado de médicos, logo, pode estabelecer um conjunto de parâmetros abaixo dos quais não prestam serviços. Mas não entendo porque acusam as companhias de estar a forçar esta situação. No congresso da APROSE fomos acusados de pagar “mal e porcamente”, quando não se deveriam referir-se assim a uma actividade que favorece o crescimento de uma cultura de saúde. Há médicos que não se sujeitam a convénios com seguradoras e há outros que se submetem à lei da oferta e da procura. Aceitam convénios porque isso lhes dá uma frequên-cia maior de clientes. Na minha opinião, a questão dos baixos honorários médicos é uma falsa questão.

VE – Apesar da crise, acredita no potencial do ramo Doença?

SC – Sim, absolutamente, até porque com os apertos orça-mentais, todos os sectores públicos sofrem cortes e provavel-mente para quem quer ter um certo nível de atendimento o seguro de saúde torna-se essencial.

VE – A confi rmar-se a redução dos benefícios fi scais para seguros de saúde e planos poupança reforma (PPR), que impacto poderá sentir-se na venda destes produtos?

SC – Gradualmente perder-se-á um grande incentivo à venda de PPR. No seguro de saúde, o benefício fi scal não era prioridade, mas no caso dos PPR, para muitos profi ssionais que não podem contar com muitas garantias por parte do sistema público de Segurança Social, como os profi ssionais liberais, esta é uma questão importante. Como investimento fi nanceiro, continuo a acreditar que o PPR é um bom instru-mento, sobretudo aqueles produtos com rentabilidade garan-tida. Para o pequeno investidor, o argumento do benefício fi scal era seguramente importante.

VE – O ano 2010 está a correr de acordo com as ex-pectativas?

SC – Estaria, se não tivesse ocorrido o temporal na Madei-ra, que teve um impacto efectivo de quase 7 milhões de euros.

VE – Como antecipa o ano 2011?SC – Espero a calma após a tempestade. O que tinha de

acontecer já aconteceu. É o momento em que quem é bom vai emergir e quem não é bom vai sumir. Eu vejo positiva-mente o próximo ano.

ANA SANTOS [email protected]

Director-geral da Generali considera subida de preços insufi ciente nos seguros obrigatórios

“Não temos um preço justo nos seguros de automóvel e acidentes de trabalho”Respondendo ao mote do congresso da APROSE, Santi Cianci, director-geral da Generali, considera que os preços médios praticados nos seguros obrigatórios estão ainda demasiado baixos e responde aos médicos que acusam as seguradoras de lhes pagarem honorários baixos ao abrigo de convénios nos seguros de saúde.

sexta-feira, 5 Novembro de 2010 SEGUROSVIII

Respondendo a um velho anseio dos agentes, a Gene-rali anunciou na semana passada, na sua convenção de agentes, a criação da Academia Generali, projecto que visa ampliar o apoio dado pela seguradora à rede de dis-tribuição em matérias relacionadas com técnica de ven-das e estruturação empresarial das agências. Os planos de formação serão organizados nas várias delegações da Generali em todo o país e contarão com o apoio de uma entidade externa seleccionada pela seguradora para es-truturar todos os módulos formativos. A academia poderá ainda benefi ciar de uma interacção com a escola de for-mação de mediadores da Generali na Itália, de onde pode-rá vir algum material didáctico, que poderá ser adaptado

ao mercado português. Para o primeiro ano da academia, em 2011, a Generali prevê um investimento de 200 mil euros. “Não pode existir uma orquestra só de amadores. E neste mercado não podemos ser amadores. Há que in-vestir na profi ssionalização dos nossos agentes”, salienta Santi Cianci. A Academia Generali disponibilizará ini-cialmente formação para os 120 agentes principais da rede de distribuição da seguradora, que não descarta a hipótese de alargar a formação a outros agentes interessa-dos e com os quais a Generali mantenha uma relação de parceria. Estão também previstos apoios para a renovação das imagens corporativas das agências, reforçando a visi-bilidade da marca Generali em cada uma delas.

ACADEMIA GENERALI ESTREIA EM 2011

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Allianz promove Semana da Saúde…

A Allianz Portugal promoveu junto dos seus colaboradores a Semana da Saúde, de 25 a 29 de Outubro.

Este é já o quarto ano consecutivo em que a Allianz promove um conjunto de rast-reios de saúde e prevenção nas instalações da seguradora em Lisboa e no Porto. Entre outros, foram disponibilizadas vacinas da gripe e monitorizados vários indicadores de saúde, como a tensão arterial, colesterol e diabetes.

A iniciativa da Allianz surge numa altura em que a seguradora mantém no ar uma campanha promocional sobre o seguro de saúde. A campanha está presente em todo o país com 1800 mupis e spots em três rádios nacionais. “O objectivo principal da campanha Allianz Saúde consiste em promover o bem-estar dos portugueses, incitando-os a precaverem-se no Outono para enfrentarem um Inverno com a mel-hor saúde possível”, afirma Carlos Magno,

responsável de Market Management e Dis-tribuição Bancária da Allianz Portugal.

… e desafia portugueses a poupar

Para assinalar o Dia Mundial da Poupança, comemorado a 31 de Outubro, a Allianz Portugal realizou uma campanha promocional que permitia a adesão naquele dia a planos poupança reforma sem encar-gos de subscrição. A iniciativa resulta de uma parceria estabelecida pela seguradora com os seus mediadores, já que a seguradora abdicou da sua taxa de subscrição e os me-diadores aceitaram abdicar da sua comissão nesta data. “Trata-se de uma data simbólica, mas com razão de ser. Nos tempos que cor-rem a poupança é cada vez mais importante para o bom equilíbrio das contas dos por-tugueses a um médio e longo prazos”, sali-entou Teresa Brântuas, directora de Vida e Actuariado da Allianz Portugal.

A Hiscox criou um seguro de Responsa-bilidade Civil específico para profissionais e empresas de Tecnologias de Informação (TI). Adaptável a cada negócio, o novo se-guro salvaguarda as relações comerciais e a imagem dos profissionais e das empresas em caso de erro cometido no seio da activi-dade profissional, nomeadamente danos causados a terceiros por incumprimentos de contratos ou situações inesperadas. Para concretizar este projecto, a Hiscox conta com uma equipa especializada no sector das tecnologias de informação, que será re-sponsável pelo desenho de contratos à me-dida e pelo acompanhamento permanente dos clientes.

O novo seguro da Hiscox assume espe-cial importância num sector onde a ev-olução e constante e os riscos relacionados com o futuro muito incertos. “Apesar de ainda não ser uma prática corrente no nos-

so país, a contratação de seguros por parte de empresas de TI revela-se cada vez mais uma necessidade, não só pela própria glo-balização do mercado como também pelo crescente aumento da litigância e da com-petição”, argumenta a Hiscox, em comuni-cado. Um recente inquérito realizado pela seguradora concluiu mesmo que cerca de metade de todos os projectos de TI não satisfazem inteiramente os clientes, levan-do ao seu fracasso e à perda de milhões de euros. A seguradora acredita também que em tempos de crise podem aumentar as alegações de violação de contrato. “Os pro-jectos de TI vêm-se frequentemente envolvi-dos na redução de custos de controlo e algu-mas empresas decidem que podem recuperar parte do seu investimento original, ou sair de um contrato existente, reivindicando que a empresa de TI não lhes forneceu o sistema ou o serviço que foi prometido”, alega a Hiscox.

Hiscox lança seguro de RC para empresas de TI

SEGUROS IXsexta-feira, 5 Novembro de 2006

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A pensar nos empresários que gerem negócios por conta própria, a Lusitania lançou o pacote modular de seguros Lusi-tania Plano Empresário. Esta solução per-mite aos empresários combinar diferentes seguros que lhe sejam úteis, garantindo não só a sua protecção pessoal, mas tam-bém a da sua família, do seu património

pessoal e dos equipamentos afectos ao seu negócio. O Lusitania Plano Empresário disponibiliza coberturas de Acidentes de Trabalho, Saúde, Automóvel e Multirris-cos Comércio. O novo pacote de seguros é flexível, podendo a todo o momento ser ajustado, acrescentando novos módulos à protecção contratada.

Lusitania cria pacote de seguros para empresários

A apresentadora de televisão Fátima Lopes voltou a dar a cara pela Médis. Na mais recente cam-panha publicitária da operadora, que está no ar na televisão, rádio, imprensa e internet, a Médis dest-aca os seus factores diferenciadores na protecção da saúde dos seus cli-entes, realçando a abrangência da sua rede de prestadores de cuidados de saúde, que conta já com 6000 médicos, 90 hospitais, 600 clínicas e 1500 centros complementares de diagnóstico. Na campanha, Fátima Lopes recorda que é por esta razão que 450 mil portugueses já beneficiam dos cuida-dos de saúde proporcionados pela Médis.Em termos comerciais, a nova campanha

anuncia a oferta da 12ª mensalidade no primeiro ano do seguro de saúde para sub-scrições efectuadas até 31 de Dezembro. Estas condições são válidas para todos os distribuidores do seguro Médis.

Médis lança nova campanha com Fátima Lopes

A Alico Portugal lançou o White and Blue Collars, um novo seguro de vida para empresas, cujo preço é determinado em função da actividade de cada empresa e de cada colaborador. O novo seguro é voca-cionado para empresas até 150 colabora-dores e assegura compensações financeiras aos colaboradores e respectivas famílias em caso de morte ou invalidez profissional. De acordo com a Alico, a grande inovação do produto está na diferenciação do risco em função do cargo desempenhado por

cada colaborador, distinguindo claramente aqueles que exercem funções de trabalho manual e aqueles que estão inseridos no sector dos serviços, com um risco mais reduzido e, logo, um prémio de seguro igualmente mais reduzido. “Numa altura em que a conjuntura económica em Por-tugal é delicada para famílias e empresas, quisemos proporcionar às organizações um produto que, acima de tudo, fosse o mais competitivo possível ao nível do preço”, alega a Alico em comunicado.

Alico apresenta novo seguro de vida para empresas

A MDS e a Liberty Seguros acordaram com o Sindicato de Jornalistas a disponi-bilização de seguros específicos para esta classe profissional. Na sequência do pro-tocolo assinado entre as três entidades, a MDS passa a disponibilizar aos profission-ais de jornalismo o acesso em condições vantajosas a seguros dos ramos Automóvel, Saúde, Acidentes de Trabalho por conta própria, Viagem, Multirriscos Habitação e Vida Risco. O novo pacote de seguros para jornalistas inclui ainda a cobertura para equipamento electrónico. “A existência de um protocolo como este constitui, além de

um benefício que proporcionamos aos jor-nalistas, sobretudo àqueles que estavam até agora mais desprotegidos, uma apreciável contribuição para melhorar as condições de um grupo profissional que desempenha uma função de relevante importância so-cial”, destaca Alfredo Maia, presidente do Sindicato dos Jornalistas. As três entidades envolvidas reconhecem que esta protecção vem responder a uma necessidade há muito sentida pelos profissionais do jornalismo, que agora passam a ver cobertos não só os seus riscos profissionais, mas asseguram também protecção pessoal e patrimonial.

MDS e Liberty cobrem seguros de jornalistas

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Vida Económica – O que o levou a en-veredar pela actividade de mediação de seguros?

Pedro Monteiro – Trabalhava como administrativo num laboratório de aná-lises clínicas no Porto até Maio de 2004, altura em que decidi mudar, pois não era feliz no que fazia. Em Setembro de 2004, contra a opinião de quase todos os meus amigos e família, abracei o projecto da Accive Insurance, que estava a iniciar dentro do Grupo Onebiz. Fui à procu-ra de novo rumo profissional. Não sabia nada sobre seguros, não tinha rede de contactos, não tinha experiência comer-cial. Foi-me dada a formação em segu-ros e comecei a abordar a minha família, amigos e a enviar cartas de apresentação personalizadas para várias empresas e posterior contacto telefónico. Foi assim que comecei a construir carteira. A “frio” e com o entusiasmo que uma nova vida profissional proporciona. Em 2006 já

estava posicionado nos quatro primeiros de entre 25 lojas, na altura.

VE – As expectativas confirmaram-se? PM – Sem dúvida! Nada me dá mais

prazer do que ter o controlo do meu des-tino. Trabalhar por conta própria é mais stressante, mas é recompensador. Gosto da área dos seguros, pois é um grande motor de crescimento económico ao proteger financeiramente as empresas e as pessoas quando acontecem os sinis-tros e, com base nesta ideia, procuro a melhor solução para o cliente, dentro das seguradoras com que a Accive tra-balha. Este é um negócio de “tostões” e cada vez mais os corretores e mediadores têm autonomias na emissão de seguros e na abertura de processos de sinistros, reduzindo a carga de trabalho nas segu-radoras, razão pela qual as seguradoras deveriam remunerar melhor os agentes e corretores de seguros.

Pedro Monteiro, director da Accive Insurance, explica a sua estratégia de dinamização comercial nas redes sociais

“Redes sociais já estão a revolucionar a forma como se fazem negócios nos seguros”Criou um site e um blog onde escreve informações sobre seguros e tira partido das redes sociais para dinamizar as suas vendas, promovendo redes de contactos que alimentam a sua carteira. Pedro Monteiro lidera o escritório da Accive Insurance do Porto Foz e rendeu-se às novas formas de comunicação e de fazer negócios, provando que estas também podem ser adaptadas ao mercado segurador

“As seguradoras deveriam remunerar melhor os agentes e corretores de seguros”, alega Pedro Monteiro

sexta-feira, 5 Novembro de 2010 SEGUROSX

VE – Decorrido este tempo, que ba-lanço faz enquanto franchisado?

PM – Com altos e baixos, o que é nor-mal num projecto destes. Sinto-me realiza-do por ser um dos franchisados de topo da rede e reconhecido como um profissional de grande competência na área de seguros dentro do grupo. A prova é ter recomenda-ções de clientes, colegas e administradores do grupo no meu site. E é uma maravilha construir algo do zero, construir um nome, uma reputação de excelência e qualidade. Já consegui excelentes resultados e devo isso à estrutura de apoio na Accive e aos clientes que depositam a sua confiança em mim.

VE – Quais as principais vantagens? E desvantagens?

PM – Há duas vantagens. Primeira: como a Accive tem vários mediadores na rede, temos maior capacidade negocial junto das seguradoras para obter melhores condições. Segunda: o franchisado pode focar-se apenas em gerir a sua carteira em termos comerciais e gestão de sinistros. E há duas desvantagens. Primeira: o franchi-sado tem que cumprir as regras do franchi-sador, apesar de ter autonomia de gestão da própria loja/escritório. Segunda: Se um dos franchisados causar danos à imagem da marca Accive, isso pode reflectir-se negati-vamente nos restantes franchisados.

VE – Refere que “não procura clientes a frio”. O que entende por tal?

PM – Comecei o meu negócio envian-do cartas de apresentação personalizadas a empresas e poucos dias depois contactava a pessoa a quem dirigi a carta para mar-car uma reunião. Foi assim que comecei a crescer. Funcionou até meados de 2007. A partir daí comecei a notar que chamadas ou contactos “a frio” não davam resulta-do, mesmo que tivesse valor acrescentado na minha proposta. As pessoas mudam, a forma de fazer negócios também muda e por isso também tive que mudar em final de 2008, quando constatei que o meu cres-cimento tinha ficado abaixo das expectati-vas. Agora, tenho que conhecer e ganhar a confiança do potencial cliente para poder fazer negócio. Daí o poder das recomenda-ções e do networking.

VE – As redes sociais estão na “ordem do dia”. Concorda com aqueles que as

consideram uma excelente ferramenta de trabalho?

PM – Sem dúvida! É uma forma diferente de abordar o mercado e que já está a revo-lucionar a forma como se fazem negócios. São as pessoas que nos encontram. A for-ma de comunicação tem de ser totalmente diferente do mundo físico, ou seja, funda-mentalmente é necessário transmitir online informações de valor. Nunca vender direc-tamente. Se oferecermos valor, potenciais clientes vêm ter connosco. Partilho convosco o que já fiz: no dia 16 de Setembro lancei o meu Blog de Seguros – blog.sitedosseguros.com – onde dou dicas práticas sobre segu-ros. Escrevo direccionado para o público em geral num português claro com o objectivo de os ajudar a compreender melhor os se-guros. Todos podem participar no blog. O meu site www.sitedosseguros.com interage com o blog, onde se pode ler os testemu-nhos de clientes e colegas sobre a qualidade do meu trabalho, pedir cotações de seguros e ver em que redes sociais estou presente. No Facebook tenho uma página “Site dos Segu-ros”, onde coloco ligações para os artigos do meu blog, anúncios e notícias que podem ser úteis para as pessoas. No LinkedIn tenho o meu perfil profissional e um grupo com o nome “Compreender os Seguros”, onde também coloco ligações para os meus arti-gos no blog. Exige muito tempo e esforço trabalhar as redes sociais, onde os resultados não são imediatos. Só a médio longo prazo é que os resultados virão. Pessoalmente, adoro trabalhar desta forma. Criar valor, oferecer valor. É aquilo que designo por “filantropia incorpórea” – ajudar os outros a melhorar suas vidas utilizando os conhecimentos e ex-periência da nossa área profissional.

VE – Na sua opinião, o que é preciso ter ou fazer para se ser bem-sucedido nesta actividade?

PM – Persistência, resiliência, nunca desistir. Abertura à mudança e adaptação às novas tecnologias. Disponibilidade. Responder a todas as solicitações. Ouvir as necessidades do cliente e ir de encontro ao que ele pretende. Conhecimento técni-co. A melhor forma de ser bem-sucedido a longo prazo é ajudar as pessoas a terem sucesso, pondo-as em contacto com outras pessoas que conhece e que podem ir de encontro ao que necessitam. Resumindo, networking puro.

Page 11: PREÇO DO SEGURO AUTOMÓVEL SOBE EM 2011 ...basededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/Seguros_2cb2a...PREÇO DO SEGURO AUTOMÓVEL SOBE EM 2011 Depois de anos de redução consecutiva,

capitais, disponibiliza, com base na in-formação recolhida a nível internacional pela International Association of Insuran-ce Supervisors (IAIS), um conjunto de situações tipificadas e de exemplos práti-cos que podem servir de referência para a implementação de boas práticas.

Quanto aos exemplos sobre a utiliza-ção do sector da mediação de seguros para a prática do branqueamento de capitais destacam-se os seguintes:

- Um indivíduo (mais tarde preso por tráfico de droga) efectuou um in-vestimento financeiro envolvendo um seguro de vida no montante de 250 mil dólares através de um corretor de segu-ros. Inicialmente, contactou o corretor e fez uma entrega no valor total de 250 mil dólares em três prestações. Este não comunicou às autoridades competentes a entrega daquele montante e depositou as três prestações no banco. Estas acções não levantaram suspeita no banco, dado que o corretor de seguros era conhecido por es-tar relacionado com a empresa de seguros do grupo. O corretor entregou, posterior-mente, à empresa de seguros três cheques provenientes de uma conta bancária em

nome do cliente, totalizando 250 mil dó-lares, evitando, assim, o levantamento de suspeitas junto da mesma.

- Clientes de diversos países utilizaram os serviços de um mediador para a aquisi-ção de apólices de seguro. A identificação do cliente foi obtida com base num car-tão de identificação, mas os detalhes não foram verificados pela empresa de seguros local, que confiava na execução de deveres especiais de diligência por parte do me-diador. A apólice foi contratada e os paga-mentos relevantes foram efectuados pelo mediador à instituição local. Decorridos alguns meses, a instituição receberia uma notificação por parte do cliente declaran-do uma alteração das circunstâncias, pelo que seria necessário encerrar a apólice sofrendo as respectivas perdas mas rece-bendo um cheque “limpo” proveniente da instituição. Em outras ocasiões, a apólice era mantida por alguns anos antes de ser encerrada com o pedido de pagamento a uma terceira pessoa. O pagamento era normalmente efectuado junto da entida-de receptora local, que não o questionava por ser proveniente de outra instituição local conceituada.

Fui destinatário, em finais de Setem-bro de 2010, enquanto mediador de seguros, de um ofício do ISP em que me solicitavam algumas informações no âmbito das “Medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de vantagens de pro-veniência ilícita e ao financiamento do terrorismo” que a minha empresa de-veria ter implementado. Gostaria que me informassem se, efectivamente, tenho que cumprir algum tipo de dever nesta área e, em caso afirmativo, qual o suporte legal para tal exigência?

De facto, devemos informar que, por um lado, temos conhecimento do ofício do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) a que se reporta – que deu origem à n/Circular n.º 5/2010, de 20 de Outubro, para a qual se remete caso pretenda es-clarecimentos adicionais – e, por outro, que o suporte legal para os deveres em apreço se encontra, basicamente, na Lei n.º 25/2008, de 5 de Junho, rectifica-da pela Declaração de Rectificação n.º 41/2008, de 4 de Agosto, e pela Portaria n.º 41/2009, de 13 de Janeiro, esta última relativa à lista de países e jurisdições coo-perantes, enquanto “países terceiros equi-valentes” em matéria de combate ao bran-queamento de vantagens de proveniência ilícita e ao financiamento do terrorismo.

Nos termos da alínea e) do n.º 1 da Lei n.º 25/2008, os agentes e corretores de seguros, na medida em que exerçam actividades no âmbito do ramo Vida (incluindo operações de capitalização e de fundos de pensões), são consideradas “entidades financeiras” e nessa qualidade encontram-se sujeitos ao regime ali ins-tituído, designadamente no tocante ao cumprimento dos deveres gerais e especí-ficos estabelecidos nos artigos 6º e 23º e seguintes, ou seja, em síntese, quanto ao dever de identificação dos clientes e res-pectivos representantes, dever de diligên-cia no desempenho da actividade (sim-plificado e reforçado), dever de recusa de determinadas operações, dever de conser-vação de documentos, dever de exame de condutas e procedimentos, dever de co-municação de operações suspeitas ao Pro-curador-Geral da República e à Unidade de Informação Financeira (UIF), dever de abstenção de execução de operações espe-cíficas, dever de colaboração com as au-toridades competentes, dever de segredo face aos clientes e terceiros, dever de con-trolo através de politicas e procedimentos internos, e, por último, em relação ao de-ver de formação dos dirigentes e empre-gados cujas funções sejam relevantes para efeitos da prevenção do branqueamento e do financiamento do terrorismo.

Sem embargo de a actividade no ramo Vida ser, relativamente à esmagadora maioria dos associados da APROSE, uma actividade tendencialmente residual e, mesmo nesta circunstância, as seguradoras e sociedades gestoras de fundos de pen-sões onde os corretores e agentes colocam os produtos em questão não se eximirem, por força do n.º 2 do artigo 24º da Lei n.º 25/2008, não obstante a intervenção do mediador, da responsabilidade que a mes-ma legislação lhes impõe, como se fossem os seus executantes directos, a verdade é que, escusado será referi-lo, os mediado-res de seguros, com excepção dos media-dores de seguros ligados, caem no âmbito da aplicação da lei e, por conseguinte, o seu respeito e observância impõe-se, sen-do de capital importância a formação ad-

quirida ou a adquirir nesta matéria.Deve-se sublinhar, a este respeito, que

a não observância das disposições legais supracitadas constitui, em conformidade com o disposto no artigo 53º do mesmo diploma, contra-ordenação susceptível de punição com a aplicação de uma coima de 25 000 euros a 2,5 milhões de euros ou de 12 500 euros a J 1,25 milhões de euros, consoante o infractor seja, respectivamen-te, uma pessoa colectiva ou singular, in-dependentemente das sanções acessórias a que possa haver lugar.

Conjuntamente com as coimas, po-dem ser aplicadas, nos termos do artigo 55º, ao responsável por qualquer das con-tra-ordenações referidas as seguintes san-ções acessórias, em função da gravidade da infracção e da culpa do agente:

a) Interdição, por um período até três anos, do exercício da profissão ou da acti-vidade a que a contra-ordenação respeita;

b) Inibição, por um período até três anos, do exercício de cargos sociais e de funções de administração, direcção, che-fia e fiscalização em pessoas colectivas abrangidas pela lei, quando o infractor seja membro dos órgãos sociais, exerça cargos de direcção, chefia ou gestão ou ac-tue em representação legal ou voluntária da pessoa colectiva;

c) Publicação da punição definitiva, a expensas do infractor, num jornal de larga difusão na localidade da sede ou do esta-belecimento permanente do infractor ou, se este for uma pessoa singular, na locali-dade da sua residência.

Sendo os agentes e corretores de segu-ros considerados, pela legislação que vi-mos analisando, “entidades financeiras”, a averiguação das infracções, a instrução processual e a aplicação de coimas e san-ções acessórias são da competência do Ins-tituto de Seguros de Portugal, cfr. artigo 56º.

Resta acrescentar, por último, que a Circular n.º 11/2005, de 29 de Abril, do ISP, igualmente sobre esta matéria, para além de relembrar a necessidade de cumprimento de um conjunto de precei-tos – os supra referidos, em síntese – que têm como fim evitar a utilização das se-guradoras, sociedades gestoras de fundos de pensões e mediadores de seguros para a prática do crime de branqueamento de

Prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo

CONSULTÓRIO JURÍDICO

CORVACEIRA GOMESDepartamento jurídico/Director

Executivo

APROSE

“A não observância destas disposições legais [sobre

branqueamento de capitais] constitui contra-ordenação susceptível de punição com a aplicação de uma coima”

SEGUROS XIsexta-feira, 5 Novembro de 2010

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CALENDÁRIO DE EVENTOS DA ACTIVIDADE SEGURADORA NOVEMBRO/2010 CONSULTE ONLINE EM WWW.APROSE.PT

sexta-feira, 5 Novembro de 2010 SEGUROSXII

Data EventoLocal

OrganizaçãoContactos e informações

Cidade Endereço Telefone Fax E-mail Web page

9 a 15/11/10

Curso: Gestão técnica do ramo vida

E-Learning E-Learning APS 213848142 213841430 [email protected]

www.apseguradores.pt

9/11/10 Sessão de trabalho e almoço

Porto Hotel Tiara Park Porto

Koolsite-Soluções Informáticas

214812460 214839810 [email protected]

www.koolsite.pt

11 e 12/11/10

Congresso Luso-Espanhol de Direito dos Seguros

Lisboa Hotel Real Palácio

AIDA-PORTUGAL 917527426 213578631 [email protected]

www.aida-portugal.org

12/11 a 7/12/10

Curso: Análise de Riscos

E-Learning E-Learning Verlag Dashofer 213101951 213152597 [email protected]

http://formacao.dashofer.pt

14 e 15/11/10

Reunión de Consejo Directivo

Panamá, Ciudad de Panamá

Hotel Radisson Decápolis

COPAPROSE +5072152903 +5072152904 [email protected]

www.copaprose.org

15, 18, 22 e 25/11/10

Curso: Distribuição nos seguros

Lisboa R. Rodrigo Fonseca, 41

APS 213848142 213841430 [email protected]

www.apseguradores.pt

17/11/10 CEIOPS 6th Annual Conference

Germany, Frankfurt am Main

Congress Center Messe Frankfury

CEIOPS +496997176175 +496997176355 [email protected]

www.ceiops.eu

17 e 18/11/10

Seminário: Coberturas e implicações dos seguros na aviação

Lisboa A designar IIR Portugal 217932989 217932988 [email protected]

www.iirportugal.com

17/11/10 Acção formação: Prevenção e combate ao branqueamento de capitais

Lisboa Hotel Villa Rica APROSE 222003000 223322519 [email protected] www.aprose.pt

18 e 19/11/10

II Congresso: Acidentes de trabalho

Lisboa Centro de Congressos de Lisboa

Liberty Seguros 210987033 213553300 [email protected]

www.libertyseguros.pt

24/11/10 Acção formação: Prevenção e combate ao branqueamento de capitais

Porto Hotel D. Henrique

APROSE 222003000 223322519 [email protected] www.aprose.pt

A necessidade aguça o en-genho, é comum ouvir-se de pessoas já batidas

pelo vento da vida. Contudo, e em crise económica, mais ima-ginação fervilha em mentes em que o único objectivo é vender sem olhar a quem.

Com as cinco notas musi-cais se compõe música e com as cinco cores do arco-íris ob-temos imensidades de cores em número infinito.

Nos seguros ouvimos agora a publicidade de uma segura-dora informar que se distancia dos seus concorrentes porque oferece viatura de cortesia. Ora bem, o proble-ma que se passa com a cedência de viatura é um pouco como as notas do arco-íris ou as musicais. Existe uma bitola base e depois variações em dó sobre um tema, que se não temos os ouvidos e a vista verdadeiramente preparados para distinguir o que nos estão a oferecer, corremos o risco de dizer que já vimos óvnis sobre a Marateca.

Viatura de substituição é o veículo fornecido pela Seguradora, regra geral limitado a 30 dias por ano (exceptua-se a situação de furto e/ou roubo que passa para 60 dias, pois é o período máximo que medeia entre a participação às au-toridades e a seguradora proceder à regularização do dano).

Nesta viatura de substituição podemos esco-lher qual a viatura que mais nos apraz em função daquilo que entendemos poder despender. Ou seja, quanto maior a cilindrada e o tempo que queremos, maior será o prémio.

De igual modo, termos uma viatura disponi-bilizada a partir do 1º dia ou então só a termos a partir das 72 horas seguintes altera o preço a pagar, naturalmente. Mas não fiquemos por aqui e por estas variáveis, porque temos para a troca “Privação de Uso”.

Nesta cobertura de privação de uso, para quem a escolhe, apenas lhe é disponibilizada uma verba (elegida pelo cliente em função de um naipe de opções) que regulariza os dias úteis

(excluindo entre outros os sá-bados, domingos, feriados e equiparados) de reparação, até um máximo de igual modo ele-gido pelo cliente, que pode ir dos 7 aos 15, 30 ou 60 dias por ano. Mas as opções de escolha ainda não acabaram, pois exis-te com pompa e circunstância Viatura de Substituição mas por avaria, em que se formos a ler atentamente a mesma é dis-ponibiliza pela condição espe-cial de Assistência em Viagem e incumbe à empresa prestadora de assistência ceder a viatura sempre que ocorra a avaria, por

um período máximo por ano de três dias, ou seja bombos e festas para no final o concerto acabar em pianíssimo.

Mas estaríamos bem se as variáveis acabassem por aqui, mas não. As seguradoras, usando da sua prerrogativa de principais clientes das ofi-cinas de reparação, negociaram com algumas a que delicadamente denominam de preferenciais, condições de pagamento e de desconto perfeita-mente aceitáveis do ponto de vista económico, mas obrigando-as também a ceder viatura ao cliente de Danos Próprios que nelas reparem as viaturas. E aí temos oficinas a terem alguns chaços velhos em que os clientes na publicidade ouvem que passam a dispor de viatura de corte-sia graciosamente dada pela seguradora, mas no entrelaçado dos articulados não referem que para que isso ocorra terão de optar por um conjunto de empresários oficinais que fazem lembrar as equipas de futebol da III Divisão, isto porque, como sabemos, os da I Divisão, que são os con-cessionários das marcas, declinam serem nivela-dos por baixo, não aceitando por conseguinte as condições propostas.

É neste emaranhado confusional de variações que muitos incorrem na ânsia da redução de cus-tos e que ofuscados pelo barulho das luzes subs-crevem aquilo que não querem por preços bem mais caros do que se consultassem o mediador de seguros profissional.

LUIZ FILIPEActaseguros – Corretores

de Seguros, SA

OPINIÃO

Variações em dó que metem no mínimo outro tanto (dó)