Preparação de um discurso oratória

33
Equipe: Alana Hellen Juliene wenia Leandro Ferreira Liliana Freitas Natan Dias

Transcript of Preparação de um discurso oratória

Page 1: Preparação de um discurso oratória

Equipe: Alana Hellen

Juliene wenia

Leandro Ferreira

Liliana Freitas

Natan Dias

Page 2: Preparação de um discurso oratória
Page 3: Preparação de um discurso oratória

1. Interdependência; • O discurso deve ter suas partes interligadas

2. Proporcionalidade; • Fazer uma proporção entre o tempo e o tamanho do texto

3. Elucidação. • Esclarecimento das idéias.

Page 4: Preparação de um discurso oratória

1. Introdução

2. Preparação

3. Assunto Central

4. Conclusão

Page 5: Preparação de um discurso oratória

A INTRODUÇÃO

Page 6: Preparação de um discurso oratória

A introdução é a primeira parte do discurso, o ponto de partida que prepara o ânimo do ouvinte.

1. Objetivos a serem atingidos Conquistar a:

•Benevolência •Docilidade •Atenção

Page 7: Preparação de um discurso oratória

O comportamento do próprio orador;

O tratamento dedicado ao adversário; • O reconhecimento das qualidades do adversário que

enfrenta no momento.

A partir do orador;

A forma como o orador se veste, a

postura, nem humilde em excesso nem

arrogante, a elegância dos gestos, o

timbre de voz, a inteligência, o

vocabulário adequado, a emoção, a

bondade, a retidão, o prestigio, a

sinceridade, a simpatia e a humildade

natural são atributos próprios do

orador naconquistadabenevolência.

Page 8: Preparação de um discurso oratória

A promessa de brevidade;

O conhecimento da matéria a ser tratada;

Sr. Presidente da Academia Paulista,

senhores acadêmicos, meus queridos amigos.

Breves palavras direi, para não vos

aborrecer, porque nem em muitas eu

conseguiria expressar o meu agradecimento

sincero, desvanecido e profundo, pelo

honrosíssimo convite que me dirigistes,

permitindo-me assim apreciar de perto o

encanto da vossa presença, e receber os

ensinamentos preciosos da vossa

conveniência...

João de Barros

Palavras ao Brasil, pag. 129

Demonstrar a utilidade e relevância do assunto;

1.c. Formas de conquistar a atenção

Page 9: Preparação de um discurso oratória
Page 10: Preparação de um discurso oratória

1. Pedir desculpas ao auditório; a. Problemas físicos ou de saúde

b. Falta de preparo ou de conhecimento sobre a matéria.

2. Contar piadas: a. A piada não tem graça

b. A piada é engraçada.

Page 11: Preparação de um discurso oratória

3. Começar com palavras vazias, desprovidas de objetividade;

Ex: bem, bom, aí então etc.

4. Fazer perguntas ao auditório.

5. Firmar posição sobre assuntos polêmicos;

Ex: divórcio, aborto, pena de morte, política, eutanásia.

6. Usar chavões ou frases vulgares;

Ex: “O sol nasceu para todos.”

“A união faz a força.”

“Quem entra na chuva é para se molhar.”

Page 12: Preparação de um discurso oratória

1. Aproveitar as circunstancias a. Circunstancia de lugar;

b. Circunstancia de tempo;

c. Circunstancia de pessoa.

2. Aludir á ocasião

“Nesta época que atravessamos, de tãomarcado utilitarismo, assoberbados pela lutade todos os dias, quando tempo não nossobra para repousar e poder voltar atrás,evocando as horas felizes de nossajuventude, a sessão de hoje representa, semduvida, um momento de pausa, permitindo-nos volver os olhos do espírito para a nossagloriosafaculdade...”

Gabriel de Rezende Filho,

João Mendes Júnior, Mestre do Processo, pag. 2

“Cristo. D e que outro lugar, no Br asil e

for a dele, fazer ecoar este nome – o único

que nos pode salvar – e que tem um

particular direito de cidadania na hi stori a do

homem e da humanidade – melhor do que

do alt o deste imenso penhasco feito de altar,

entre maravilhas natur ais, cri adas por ele, o

Verbo de Deus, bem no coração do Ri o de

Janeiro.[ ...] ”

Discursos de João Paulo II no Brasil,

pag. 55

“Estamos aqui presentes, Governo,

Forças Armadas, e uma vasta assembléia

de povo para saudar-te pendão da

Pátria![...]”

Jânio quadros,

Alocução à Bandeira – Famosos discursos Brasileiros,

Pag. 181

Page 13: Preparação de um discurso oratória

3. Fazer uma citação

a. De trechos de livros conhecidos, sendo os clássicos aqueles mais indicados;

b. De um pensamento, máxima ou provérbio;

c. De uma passagem histórica, real ou imaginada;

d. De uma afirmação de autoridade no assunto;

e. De uma frase escrita ou pronunciada por personalidade

respeitada pelo auditório.

Não fazer um numeroexcessivo de citações;

Não colocar uma citação que não guarde ainterdependênciacomo restante do discurso;

Não citar fatos ou frases de autores vivos,com reputação duvidosaou conceito polemico.

Erros na utilização das citações

Page 14: Preparação de um discurso oratória

4. Dar uma informação que cause impacto no auditório;

5. Definir um termo, uma idéia, uma filosofia ou uma situação;

6. O orador deve se comportar de maneira admirável;

7. Elogiar o auditório; 8. Demonstrar conhecimento da matéria tratada; 9. Demonstrara neutralidade sobre assuntos

polêmicos.

3. O vocativo

4. Quando não fazer a introdução

Page 15: Preparação de um discurso oratória

A PREPARAÇÃO

Page 16: Preparação de um discurso oratória

1. A proposição;

2. A narração;

3. A divisão.

1. A Proposição

“ ... o fim desta conferencia é tão-

somente de ordem filosófica e social,

destinando-se a premunir-vos, e aos

meus compatriotas em geral, contra

aquilo que eu chamo – A tirania da

imprensa.

Tirania da imprensa! Sim, tirania da

imprensa...”

Carlos de Laet,

Discursos e Conferências, pag. 26

Page 17: Preparação de um discurso oratória

Unidade;

Clareza;

Brevidade;

Fecundidade;

Interesse;

Retidão.

Page 18: Preparação de um discurso oratória

1.c. Quando dispensar a proposição?

Page 19: Preparação de um discurso oratória

“ ... Antigamente, antes do uso das trombetas, o sinal de combate

era dado por um homem que empunhava um archote. Esse anunciador,

emissário de Arés, era tido como pessoa sagrada. Caminhava à frente das

tropas e, quando as forças se defrontavam, estacando, adiantava-se e, entre

os dois exércitos, levantando alto o archote, brandia-o, arremessava-o ao

chão, aceso e fumegante, retirando-se sereno como um sacerdote á

conclusão do rito.

Logo estrugia a grita, estrondavam os gládios nos escudos e os

inimigos emaranhavam-se fur iosamente. Por mais, porém, que se

encarniçasse a luta,ninguém ousava fer ir o anunciador.

De tal respeito saiu o provérbio alusivo às derrotas totais, que

aparece em Heródoto, „nem mesmo escapou o porta-facho‟,para significar

que todo o exército perecera.

Esse archote dos antigos é hoje a bandeira, e cada povo,

levantando-a no altar da pátr ia, tem-na como lume perene que ilumina a

vida e fulgura em glorias nacionais. Quem a empunhava deve guardá-la

honrando-a e defendendo-a até a última gota de sangue, porque, como o

porta-facho dos antigos helenos, é um eleito, se não como emissário de

um deus, como representante de uma religião, de cuja insígnia é o

depositár io...” Coelho Neto,

Falando, pag. 195

2.a.Qualidades da narração

Clareza; Concisão; Verossimilhança; Correção.

Page 20: Preparação de um discurso oratória

2.c. Fontes da narração

3. A DIVISÃO “O vestibular tem sido objeto de estudos não

só de psicólogos como Flugel, na Inglaterra, eDunlop, nos Estados Unidos, como também defilósofos, sociólogos e antropologistas, dos quais sesalientam Spencer, Sombart, e Selenka.

Compreende-se que provoque tanto interesse,pois através dele é que se colhem as primeirasimpressões do Convívio social, e é ele que constituia primeira restrição ao recém-nascido.

Mais fácil é formar juízo, num lance deolhos, do vestuário de alguém do que lhecaracterizar as regiões descobertas.

Atribuem-se ao vestuário três objetivos: dedecoração, de relato e de proteção, sendo aquele aprincipal finalidade...”

Raul Briquet,

Palestras e conferências,

pag. 172

Page 21: Preparação de um discurso oratória

Natural;

Breve;

Completa;

De poucas partes.

3.b. Cuidados especiais com a divisão

3.c. Quando não fazer a divisão?

Tornar as partes distintas; Dar clareza a seqüência; Sair do mesmo assunto

Page 22: Preparação de um discurso oratória

O assunto central

Page 23: Preparação de um discurso oratória

1. A confirmação;

2. A refutação.

1. A confirmação

1.a.local dos elementos

1.b. Como confirmar

Page 24: Preparação de um discurso oratória

A definição;

A enumeração das partes;

A Comparação e a oposição;

As Causas e efeitos;

As circunstâncias. • O QUÊ?

• QUEM?

• ONDE?

• PORQUE?

• COM QUE AJUDA?

• COMO?

• QUANDO?

“ ... Retórica ou eloqüência? Eloqüência é o privilegio divinoda palavra na sua expressão mais fina, mais natural, mais bela. É aevidencia alada, a inspiração resplandecente, a convicção eletrizada, averdade em erupção, em cachoeira, ou em oceano, com astransparências da onda, as surpresas do vento, os reflexos do céu eos descortinos do horizonte. Como espírito do Senhor se libravasobre as águas, a sensação da iminência de um poder invisível pairasobre a tribuna ocupada por um verdadeiro orador.Abriu ele a boca!Já ninguém se engana com a corrente do fluido imponderável emaravilhoso, que se apodera das almas. É a espontaneidade, asinceridade,a liberdade em ação.

Daí vai uma distancia incomensurável à retórica, o esforço daarte por suprir a eloqüência nos que não a têm,a sua singeleza,a suaabundancia, a sua luminosidade, a sua energia triunfal. Todos osgrandes oradores se viram chamar retóricos pelos rivais impotentesda sua superioridade.De Atenas à Grã-Bretanha,de Roma à França,àItália, à Hungria, à Alemanha, a eloqüência tem vibrado e dardejadonos lábios dos maiores homens de governo, os construtores danacionalidades, os unificadores de impérios, os salvadores deconstituições, os condutores de repúblicas e democracias, semdesmerece jamais a eles a valia de estadistas...”

Ruy Barbosa,

Discursos no Instituto dos Advogados do Brasil,

pag. 23

Trata de um conjunto de técnicas que servem para comunicar, por meio daspalavras e dos gestos, as informações do orador ao publico, com o objetivo de comover,convencer ou deleitar.

Praticamente todas as pessoas, independentemente da sua formação ou atividadeprofissional, podem estudar e desenvolver a Expressão Verbal.

São diversas as formas à disposição para o estudo e o treinamento da ExpressãoVerbal. Além das oportunidades criadas naturalmente durante a vida, contam ainda com oslivros didáticos que tratam do assunto e as escolas destinadas a este fim.

A Expressão Verbal bem desenvolvida aumenta a confiança e a segurança, alémde ser um extraordinário auxiliar do ser humano para progredir profissionalmente esocialmente; sem contar que todo o conhecimento e experiência adquiridos dependerão namaioria das vezes dessa arte, para serem externados.

Além das experiências pessoais, dos livros e das escolas, ele deverá contar com oauxilio da fonoaudióloga, da gramática, da historia, da arte, das demais matérias eprincipalmente da autodeterminação.

Munido de uma bibliografia, deverá adquirir os livros mais importantes sobre aExpressão Verbal e matérias afins: montar sua própria biblioteca e estabelecer um períodode treinamento, que deverá ser seguido com rigorosa disciplina para atingir seus objetivos.Deverá escolher entre as diversas escolas aquela que apresenta meios mais compatíveis comseus interesses: o nível dos freqüentadores, a fama da instituição, as referencias, a qualidadedos professores, os equipamentos auxiliadores de ensino, a duração, o preço etc.

Evidentemente as atividades do interessado deverão permitir que esse estudo sejainiciado. De maneira geral, sempre haverá oportunidade para iniciar imediatamente. Se nãopuder fazer a matricula numa escola, por causa de viagens marcadas ou falta de dinheiropara pagar o curso, pelo menos poderá comprara um exemplar dos livros da bibliografia einiciar sua leitura, mesmo que esteja viajando.

Page 25: Preparação de um discurso oratória

Testemunhos humanos;

Testemunhos divinos.

1.e. Ordem dos argumentos

Todos os argumentos são bons; Todos os argumentos são fracos; Os argumentos possuem qualidades diferentes.

Sua mulher sempre deu a impressão de

traí-lo , suas roupas chamativas inspiravam oshomens, a sua beleza era um convite à

infelicidade, suas risadas debochadas eramum sinal do adultér io, não se importava em

ridicularizar o marido, seus passeiosinexplicáveis eram a confirmação do

abandono do lar,daprocuradosprazeres.

Page 26: Preparação de um discurso oratória

1.g. Uso de ilustrações

Cuidados com as ilustrações

Seu número deve ser limitado;

Devem-se evitar ilustrações prontas ou

conhecidas;

As ilustrações que falam do próprio orador

ou das pessoas a ele ligadas tiram a força do discurso e debilitam sua objetividade;

Page 27: Preparação de um discurso oratória

É o segmento que serve para defender a confirmação.

2.a. O momento da refutação

2.b. Como refutar A negação dos fatos apresentados pelo adversário; Defender a teoria destruindo a argumentação contraria;

•Doutrinas; •Depoimentos;

•Documentos; •Exemplos ou semelhanças.

Page 28: Preparação de um discurso oratória

Todos os argumentos ao mesmo tempo;

Todos os argumentos ao mesmo tempo;

O argumento mais fraco no final.

Quando forem tão fracos que de uma só vez possam

ser derrotados;

Quando forem tão fortes que seria inútil tentar

vencê-los um a um, havendo melhor chance de

enfrentá-los conjuntamente, de maneira tumultuada,

desordenadamente;

Quando os motivos que estabelecem a linha de

argumentação contraria sejam tão bons que se torna

difícil destrocá-los, e, atacando-os simultaneamente,

existirá a chance de medir forças, demonstrando uma

coragem mais saliente que a do adversário.

Page 29: Preparação de um discurso oratória

A CONCLUSÃO

Page 30: Preparação de um discurso oratória

1.a. A recapitulação;

1.b. O epílogo.

2. Características da conclusão a.Brevidade; b.Variedade; c.Clareza; d.Arte.

Page 31: Preparação de um discurso oratória

1. Levantar uma reflexão;

2. Fazer uma citação;

3. Apelar para a ação;

4. Provocar o arrebatamento;

5. Aludir à ocasião;

6. Elogiar o auditório;

7. Contar um fato histórico;

8. Aproveitar um fato bem-humorado;

9. Utilizar uma circunstancia.

Page 32: Preparação de um discurso oratória

Não use mais emoção do que aquela que o auditório está preparado para

sentir;

Mesmo que a platéia demonstre muito interesse, resista à tentação e pare

de falar quando já tiver encerrado sua mensagem;

Ao terminar não fique aguardando que cessem os aplausos, deixe a tribuna

enquanto estão aplaudindo;

Planeje sua saída da tribuna com antecedência, sabendo antes se irá voltar

para a mesa de honra, se irá sentar-se na platéia, se irá continuar em pé na

frente do auditório;

Mesmo que não tenha gostado da apresentação, não conte ou demonstre

esse fato ao auditório, muito menos peça desculpas. Saia da tribuna como

se tivesse proferido o melhor discurso da vida;

Nunca encerre com palavras indecisas ou frases fracas; termine com vigor:

se for um final triste, baixe o volume da voz para demonstrar o sentimento

de tristeza; se for alegre ou empolgante, eleve a intensidade para

demonstrar esta mensagem, e faça isso

principalmente na última frase.

Page 33: Preparação de um discurso oratória

O caminho da sabedoria

é não ter medo de errar!

Autor: Paulo Coelho

Agradecemos a todos!