Preparação Física - Preparação Física – Voleibol de Praia

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Preparação Física Voleibol de Praia 1 By: Jorge Barros [Jorjão] in: Justvolleyball.com 1 Índice PLANEJAMENTO........................................................................................................................ 1 Art. 01 - Planejamento Considerações - Parte 1 .................................................................. 1 Art. 02 - Planejamento Considerações - Parte 2 .................................................................. 4 VALÊNCIAS FÍSICAS INDISPENSÁVEIS ....................................................................................... 15 Art. 03 - Força - Parte I ........................................................................................................ 15 Art. 04 Força - Parte II....................................................................................................... 17 Art. 05 Flexibilidade - Parte II............................................................................................ 18 Art. 06 - Velocidade - Parte I ................................................................................................ 19 Art. 07 - Velocidade - Parte II ............................................................................................... 22 Art. 08 - Velocidade - Parte III .............................................................................................. 24 Art. 09 - CONCLUSÃO - PREPARAÇÃO FÍSICA........................................................................ 28 Modelo de Planejamento - Parte 3 Testes - Exemplos......................................................... 29 Bloqueio - Tempo x Posicionamentos dos Braços ................................................................ 30 PLANEJAMENTO Art. 01 - Planejamento Considerações - Parte 1 O Vôlei de Praia é uma realidade. Proliferam os campeonatos em todo o mundo, promovidos dentro dos mais altos padrões de qualidade, com calendário próprio, jogos transmitidos pela televisão e envolvendo patrocinadores importantes. Atualmente, é o atleta pode se dedicar exclusivamente aos treinamentos, às competições, enfim. À sua atividade profissional. A maioria desses jogadores está em vias de profissionalização ou já é verdadeiramente profissional. Considerando essa realidade, a preparação física é fundamental, uma vez que influi decisivamente nas performances finais. Farei considerações como treinador; não como especialista em preparação física. O intuito é o de contribuir com professores e treinadores que desejam encontrar subsídios a fim de orientarem alunos no processo de aprendizagem/aperfeiçoamento, jogadores que se iniciam na esfera competitiva, os já iniciados que pretendem alcançar níveis mais elevados e os que já são consagrados que disputam competições de alta competitividade.

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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1

Índice PLANEJAMENTO........................................................................................................................ 1

Art. 01 - Planejamento – Considerações - Parte 1 .................................................................. 1

Art. 02 - Planejamento – Considerações - Parte 2 .................................................................. 4

VALÊNCIAS FÍSICAS INDISPENSÁVEIS ....................................................................................... 15

Art. 03 - Força - Parte I ........................................................................................................ 15

Art. 04 – Força - Parte II....................................................................................................... 17

Art. 05 – Flexibilidade - Parte II ............................................................................................ 18

Art. 06 - Velocidade - Parte I................................................................................................ 19

Art. 07 - Velocidade - Parte II ............................................................................................... 22

Art. 08 - Velocidade - Parte III .............................................................................................. 24

Art. 09 - CONCLUSÃO - PREPARAÇÃO FÍSICA. ....................................................................... 28

Modelo de Planejamento - Parte 3 Testes - Exemplos......................................................... 29

Bloqueio - Tempo x Posicionamentos dos Braços ................................................................ 30

PLANEJAMENTO

Art. 01 - Planejamento – Considerações - Parte 1 O Vôlei de Praia é uma realidade. Proliferam os campeonatos em todo o mundo,

promovidos dentro dos mais altos padrões de qualidade, com calendário próprio, jogos

transmitidos pela televisão e envolvendo patrocinadores importantes. Atualmente, é o atleta

pode se dedicar exclusivamente aos treinamentos, às competições, enfim. À sua atividade

profissional.

A maioria desses jogadores está em vias de profissionalização ou já é verdadeiramente

profissional. Considerando essa realidade, a preparação física é fundamental, uma vez que

influi decisivamente nas performances finais.

Farei considerações como treinador; não como especialista em preparação física. O

intuito é o de contribuir com professores e treinadores que desejam encontrar subsídios a fim

de orientarem alunos no processo de aprendizagem/aperfeiçoamento, jogadores que se

iniciam na esfera competitiva, os já iniciados que pretendem alcançar níveis mais elevados e os

que já são consagrados que disputam competições de alta competitividade.

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Gostaria de salientar - com toda ênfase - a importância de um professor de educação

física especializado para colaborar no planejamento da preparação física, na execução do

treinamento e nas avaliações periódicas.

O Vôlei de Praia é uma modalidade relativamente recente e, por suas peculiaridades

(sol intenso, calor ambiente, umidade, consistência do terreno), requer condicionamento físico

específico que, como já dito, influencia extremamente o rendimento do jogador. Por essa e

outras razões requer planejamento, compromisso para com o alcance das metas e, sobretudo,

bastante disciplina. Quer dos treinadores quer dos atletas.

- Componentes Fundamentais na Elaboração do Planejamento.

1 - Conhecimento absoluto dos atletas.

2 - Definição sensata dos Objetivos gerais e Específicos.

3 - Definição da Metodologia a ser adotada para o alcance dos objetivos.

4 - Estabelecimento dos Prazos e Periodicidade para a realização do trabalho.

1 - Conhecimento absoluto dos atletas.

Fator de máxima importância para a confecção do Planejamento. Está mais do que

comprovado que não existem dois indivíduos iguais. Cada qual tem sua individualidade. É

muito importante o conhecimento de cada qual, a fim de que o treinamento seja ministrado

de modo adequado às capacidades individuais. Tudo, absolutamente tudo deve ser

considerado, ou seja, a saúde, a capacidade orgânica, as virtudes e deficiências

muscular/articular, etc.

Para isso, é necessário, em primeiríssimo lugar, na medida do possível, submeter os atletas à

uma completa e abrangente avaliação.

- Estratégia de Sondagem e Avaliação da Aptidão Física.

Item da maior importância para o sucesso do treinamento e, conseqüentemente, para a

performance da equipe. Existem atualmente recursos moderníssimos que permitem uma

avaliação perfeita do atleta. Considerando que o desempenho físico resulta de um conjunto de

características físicas do indivíduo, é indispensável o conhecimento acurado desde as

características genéticas (que estabelecem limites) até as adquiridas pelos processos de

crescimento, maturação e aprendizado (que podem ser melhoradas, aperfeiçoadas). Sendo

assim, o treinador, juntamente com médicos especializados (clínica e fisiologia do esforço),

deve estabelecer os exames e testes de avaliação da aptidão física a serem realizados. Como

exemplo, cito três deles.

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- Exames Clínicos e Laboratoriais.

Primeiro contacto do médico com o atleta. Uma entrevista para o conhecimento do estado de

saúde, enfermidades contraídas anteriormente, hábitos de alimentação, repouso, higiene, etc.

Nesse primeiro contacto são requeridos os exames laboratoriais, como, por exemplo:

- sangue;

- fezes;

- urina;

- dentário;

- outros complementares, que o médico considerar importantes.

Com os dados colhidos, é possível identificar virtudes e quaisquer indícios de deficiência

orgânica.

- Testes de Avaliação Física em Laboratório.

São realizados a fim de mensurar:

- capacidade e potencial aeróbico;

- capacidade e potencial anaeróbico.

Também, conjunto de medidas e características do corpo.

- Estatura;

- Membros: - superiores;

- inferiores.

- IMC - Índice de Massa Corpórea (percentuais de massa magra e de gordura);

- Características da Musculatura Esquelética.

- Características das Articulações.

- Testes Específicos de Campo.

São realizados para avaliar qualidades físicas específicas da modalidade, tais como:

- força;

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- força explosiva;

- velocidade;

- flexibilidade;

- resistência muscular localizada; etc.

Notas

Após essa avaliação inicial, o médico e o preparador físico, de posse de todos os dados

indispensáveis, podem contribuir para a confecção do Planejamento Global. O treinamento a

ser realizado. Outra importante medida é estabelecer as avaliações periódicas, a fim de fazer

um acompanhamento pormenorizado do treinamento e dispor de uma comparação.

Além dos itens de avaliação mencionados, considero muito importante avaliar o atleta em

Testes Específicos de Quadra. Ou seja, aptidões que os capacitem a executar os fundamentos

do voleibol.

Art. 02 - Planejamento – Considerações - Parte 2

- Testes Específicos de Quadra.

São realizados tendo em vista avaliar a capacidade física – específica – para execução

dos fundamentos e funções do jogo.

As razões.

A – uma capacidade é deslocar, com velocidade, para chegar a determinado ponto;

outra, é executar deslocamento para executar o fundamento. Na segunda, é

necessário coordenar o final do deslocamento com a execução correta do

fundamento.

B – uma capacidade é saltar para alcançar um determinado ponto; outra, é saltar para

executar uma cortada, um bloqueio ou um saque do tipo “Viagem”. Da mesma

maneira, a segunda requer a coordenação da qualidade do salto e a execução do

fundamento.

Muitos atletas são velozes para deslocar, mas têm dificuldade para executar, por exemplo, um

toque ou uma manchete. Isso, quando o deslocamento é o mais natural; de frente. Quando é

necessário deslocar de costas ou lateralmente – e no voleibol é imperativo – muitos atletas

sentem extrema dificuldade.

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Muitos atletas têm boa impulsão. Mas não a aproveitam para executar um ataque ou um

bloqueio. Ou quando têm que saltar, pousar, deslocar, saltar novamente... Ou seja, não

conseguem coordenar o salto com a execução do fundamento.

Com essa avaliação, é possível identificar virtudes – a serem melhoradas – e

dificuldades a serem sanadas com o treinamento global.

Vamos a exemplos de testes - bastante simples - que podem aplicados em quadra com

qualquer piso e para jogadores de qualquer nível de competitividade. Podem contribuir para

uma avaliação acurada das capacidades mencionadas.

1 – Impulsão Vertical: - para o ataque;

- para o bloqueio.

2 – Velocidade de Deslocamentos: - curtos (máximo 3 metros);

- médios (máximo 6 metros);

- longos (máximo 9 metros).

No grupo de diagramas a seguir, exemplos de testes, bem simples, que podem ser

realizados em quadra com qualquer piso e para atletas de qualquer nível de competitividade.

No diag. 1, a quadra dividida em terços. Neste primeiro terço, o teste é para avaliar a

velocidade em deslocamentos curtos. O professor/treinador pode estabelecer que os mesmos

sejam executados com deslocamentos de frente, de costas, lateralmente, com mudanças de

direção. As marcas (quadrados em amarelo) podem ser feitas por meio de desenho no chão,

pedaços de pano, medicie-balls, cones, etc.

O teste é realizado em seis movimentos, consecutivos e sem interrupção.

Movimento 1: o atleta começa no centro/fora da quadra, desloca-se e toca com uma

das mãos no que está no centro/dentro da quadra;

Movimento 2: volta e toca com uma das mãos no que está no centro/fora da quadra;

Movimento 3: desloca-se e toca com uma das mãos no da direita;

Movimento 4: volta e toca com uma das mãos no que está no centro/fora da quadra;

Movimento 5: desloca-se e toca com uma das mãos no da esquerda;

Movimento 6: volta e toca com uma das mãos no que está no centro/fora da quadra.

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Ao final, cada atleta tem registrado seu tempo de execução. O professor/treinador, a fim de

garantir uma avaliação fidedigna, pode estabelecer três repetições para cada atleta e

considerar o melhor tempo.

A critério do professor/treinador os deslocamentos podem ser feitos:

- ida e volta de frente;

- ida de frente e volta de costas;

- ida de frente e volta lateralmente; - etc.

Nos diags. 3 e 4, as marcações nos demais terços, para avaliar deslocamentos médios e longos.

Nota

No quadro abaixo, estatística (Hömberg S. e Papageorgiu A.) que demonstra os tipos de

deslocamento e trocas de direção durante uma jogo de vôlei de praia. Repare como são mais

frequentes os deslocamentos nas distâncias: entre 1 e 2 metros; 3 e 4 metros e 5 e 6 metros.

Nesse resultado não estão computadas as trocas de direção; também bastante frequentes.

Tipo do

Deslocamento 1/2 metros 3/4 metros 5/6 metros 7/8 metros 9/10 metros

- para frente 41 % 35.2 % 21.8 % 1.5 % 0.5 %

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- para trás 29.2 % 49.2 % 20.8 % 0.8 % 0.0 %

- para os lados

(dir./esq.) 71 % 25.9 % 3.1 % 0.0 % 0.0 %

- trocas de direção 17.8 % 46.7 % 26.1 % 7.1 % 2.4 %

- totais 39 % 37.5 % 20.1 % 2.5 % 0.8 %

3 – Velocidade de Deslocamentos (diferenciados): - de frente;

- de costas;

- lateralmente;

- passadas variadas;

- com mudanças de direção.

No diagrama a seguir, exemplo de testes, também bem simples, que podem ser realizado em

quadra com qualquer piso e para atletas de qualquer nível de competitividade.

É realizado no sentido transversal da quadra (oito metros). Os atletas se deslocam ida e volta

de uma linha lateral para a outra. Na quadra de cima, deslocamento diferenciados: ida com

um, volta com outro. Na quadra de baixo, idas e voltas com um mesmo tipo.

4 – Coordenação de Ações.

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1 - Deslocamento – Execução do Toque Acima da Cabeça.

1.2 - Com os pés no chão: de frente; de costas; lateralmente;

1.2 - Com o corpo em suspensão; de frente; de costas; lateralmente.

1.3 - Com o corpo agachado; de frente, de costas, lateralmente

2 - Deslocamento – Execução da Manchete.

2.1 - com os pés no chão: de frente; de costas; lateralmente.

2.2 - com o corpo em suspensão; de frente; de costas; lateralmente.

2.3 - com o corpo agachado; de frente, de costas, lateralmente.

No diagrama a seguir, diferentes distâncias para deslocamentos: (a) médio; (b) curto e

(c) longo. Podem ser utilizados para o toque e a manchete, de todos os tipos e maneiras. O

teste pode ser realizado por um jogador, executando, e dois colaboradores. Da seguinte

maneira.

Um colaborador em cada uma das linhas, tocado a bola para o alto (cerca de três

metros), sobre a própria linha. O jogador se deslocando de uma linha para a outra e em cada

qual executa toque/manchetes, de diferentes tipos e maneiras. Com altura tal que seja

possível se deslocar a tempo para a outra linha. O treinador estabelece o número de

execuções ou execuções em determinado período de tempo.

Notas

- Para atletas iniciantes ou pouco familiarizados na areia, o professor/treinador pode

estabelecer que os colaboradores executem dois ou três toques, consecutivos, para cima, de

maneira que o atleta tenha tempo de se deslocar.

- Os testes têm em vista avaliar a coordenação deslocamento-execução do fundamento. A

velocidade não está em questão. Com atletas mais desembaraçados, pode ser estabelecido

que os colaboradores executem apenas um toque.

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3 – Deslocamento – Bloqueio.

3.1 – Salto – Bloqueio – Salto – Bloqueio (Dois ou Mais Saltos Consecutivos);

Na figura a seguir, o posicionamento inicial e o salto. O fundamento (bloqueio) deve ser

corretamente executado. O atleta tem que saltar e pousar no mesmo ponto (quadrado no

solo, em destaque). No teste com saltos consecutivos saltar e pousar no mesmo ponto é fator

fundamental; significa que o atleta saltou com equilíbrio e executou o fundamento

corretamente.

Desenhos de Eduardo Rodrigues

3.2 – Passada Lateral – Salto/Oblíquo – Bloqueio;

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Desenhos de Eduardo Rodrigues

3.3 – Duas Passadas Laterais – Salto – Bloqueio;

3.4 – Deslocamento com Passadas Cruzadas – Salto – Bloqueio;

3.5 – Deslocamento com Passada Frontal e Giro – Salto – Bloqueio.

4 – Deslocamento – Ataque.

4.1 – Uma Passada – Salto – Ataque;

4.2 – Com Duas Passadas – Salto Ataque.

5 – Saque (se) do Tipo “Viagem”/Em Salto.

5.1 – Com Uma Passada – Salto – Saque;

5.2 – Com Passadas (de acordo com o atleta) – Salto – Saque.

Notas

Os saltos no ataque, no bloqueio e no saque (com salto) corresponde a 55% das ações em uma

jogo entre equipes de alta competitividade. Logo, como é importante saltar bem, e coordenar

bem o salto com a execução destes fundamentos.

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Com os dados de todas essas avaliações sugeridas, o professor/treinador pode saber

em que nível seus alunos/atletas se encontram. Os próximos passos do Planejamentos são:

- estabelecer os níveis a serem buscados;

- a metodologia a ser utilizada;

- os prazos para o alcance dos níveis estabelecidos.

Nos próximos artigos abordaremos, um a um, esses itens importantes do Planejamento da

Preparação Física e, consequentemente, do Planejamento Global.

2 - Definição Sensata dos Objetivos Gerais e Específicos.

Na elaboração do Planejamento da Preparação Física, o professor de educação física

especializado em treinamento desportivo deve fazer constar os itens, como por exemplo, os a

seguir enumerados.

- Objetivos Gerais.

De modo geral, é o de colocar os atletas nos Níveis Requeridos pelas Competições (NRC) em

que estarão participando. Por exemplo:

- escolar;

- equipes de base;

- pré- profissionais;

- profissionais; - etc.

Em cada qual, devem ser consideradas algumas peculiaridades. Ou seja:

- escolar, continuidade no processo de formação global do indivíduo;

- equipes de base, continuidade do processo de formação global com ênfase em

valências específicas das modalidades;

- pré-profissionais, trabalho baseado em volume, intensidade e carga, tendo em vista

a aquisição/melhoria de valências indispensáveis à modalidade;

- profissionais, trabalho para alcançar níveis de atletas envolvidos em competições

nacionais e internacionais.

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É extremamente importante que os objetivos sejam sensatamente estabelecidos. Isto é, a

partir dos dados obtidos na avaliações, estabelecer o níveis de acordo com:

- individualidade biológica; cada jogador dever ter seus níveis - em cada valência - a

serem alcançados;

- recursos materias disponíveis para a realização do treinamento;

- metodologia a ser utilizada no trabalho;

- prazo disponível para a busca dos níveis.

Subdimensionar e/ou superdimensionar os objetivos a serem alcançados contitui equívoco

irreparável. Como é óbvio, no primeiro caso o atleta não estará convenientemente

condicionado; no segundo, poderá ocorrer frustração pelo fato não se conseguir obter as

mestas.

Considerando a influência que o condicionamento físico influi na permormance de jogadores

e, por conseguinte, na da dupla, é fundamental que os níveis buscados seja alcançados.

Representa o sucesso da Preparação Física.

- Objetivos Específicos.

- Discriminação das Valências Físicas.

- Indispensáveis, como todo, ao jogador de Vôlei de Praia, ou seja, orgâncias e específicas que

auxiliam no desempenho global e na execução de fundamentos e funções do jogo.

- Prioritárias, para cada atleta. Algum são bem dotados em algumas e carecem de outras.

Exemplos de valências indispensáveis:

- Endurance;

- Força;

- Flexibilidade;

- Velocidade.

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- Endurance

É a aptidão física que possibilita ao atleta suportar as sensações desagradáveis

causadas pelo cansaço durante um treinamento e durante um jogo. Um jogador pode ser

capaz de realizar a atividade requerida em uma seção do treinamento, na globalidade do

treinamento, na atividade de um jogo, na atividade de mais de um jogo diário (ocorre nos

campeonatos) enfim atuar por longos períodos de tempo, continuadamente.

É fundamental que seja capaz também, sobretudo em ritmo mais veloz, de fazê-lo

saltando sempre o máximo, executando movimentos complexos, etc... Em outras palavras,

sustentar uma intensidade de esforço elevada, a fim de que aproveite ao máximo o

treinamento e mantenha seu melhor nível de qualidade técnica. Também, de se recuperar de

uma seção do treinamento para a outra, de um treinamento para o outro, de um jogo do

campeonato para o outro e de um dia de jogos para o outro.

O jogo de Vôlei de Praia é uma atividade física intermitente que se constitui de uma

série de "rallies" (bola em jogo), que são estímulos físicos intensos e de curta duração

(atividade anaeróbica), e intervalos (bola morta) entre os mesmos, que os jogadores têm um

momento de descanso. O treinamento deve ter as mesmas características, ou seja deve ser

fraccionado com estímulos de alta intensidade e períodos de descanso.

A fim de manter a qualidade técnica ao longo desses inúmeros "rallies" e recuperar-se

nos curtos períodos de intervalo - de 20 segundos (intervalo entre uma bola em jogo e outra) a

1 minuto (tempo para descanso, permitido na regra), enfim, a duração completa de um

treinamento e/ou de um jogo é necessário que o atleta desenvolva alguns tipos de endurance,

a seguir enumerados.

Tipos de Endurance.

a - Endurance de Força Explosiva e de Velocidade (Anaeróbica).

Quando a atividade física caracteriza-se por contrações de grande massa muscular, em

velocidade elevada. Exemplo: um bloqueio, uma cortada ou uma seqüência de bloqueios ou

cortadas em curto espaço de tempo.

b - Endurance Lática (Anaeróbica).

Quando a atividade física é intensa, com uma duração compreendida entre 15 segundos e 1

minuto. Exemplo: um "rally" no qual o jogador recebe o saque, desloca-se para o ataque,

executa a cortada, é bloqueado, recupera a bola, afasta-se e aproxima-se para outra cortada.

c - Endurance Aeróbica.

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A soma de "rallies" (estímulos anaeróbicos de curta duração) em uma partida constitui uma

atividade física aeróbica, ou seja, de longa duração e que envolve grandes grupamentos

musculares. Exemplo: o próprio jogo, que tem duração de 30 a 60 minutos e durante o qual o

jogador tem movimentação constante.

- Treinamento da Endurance.

Para adquirir, melhorar ou aperfeiçoar essa valência física, o treinamento pode ser realizado

de duas maneiras distintas:

- por meio de Atividade Contínua - que consiste na utilização de qualquer tipo de

atividade física, desde que envolva grandes grupamentos musculares e produza uma

freqüência cardíaca na faixa de 120 a 150 batimentos por minuto. Para os jogadores de

Vôlei de Praia a Corrida Longa, na Areia, é o ideal.

De modo alternativo e a fim de quebrar a rotina (às vezes maçante) do treinamento, o mesmo

resultado pode ser obtido por meio do ciclismo ou bicicleta ergométrica, natação, remo, etc...

Evidentemente, é necessário que o treinador faça a correspondência apropriada;

- por meio de Atividade Intervalada - que se caracteriza pelo fracionamento da distância a ser

treinada, ou seja, uma série de estímulos intensos intercalados com intervalos para descanso

ou atividade moderada. Esse tipo de treinamento deve ser extremamente bem organizado

para que os objetivos sejam atingidos sem riscos para a saúde do atleta. Cabe ao treinador, de

posse da avaliação individual, estipular:

- o número, a duração e a intensidade dos estímulos;

- a duração e número de intervalos;

- a atividade a ser realizada durante os intervalos;

- controlar a freqüência cardíaca, uma das referências indicativas da intensidade do

treinamento.

Os jogadores de Vôlei de Praia podem realizar a atividade intervalada na areia e também em

bicicleta ergométrica, na natação, etc...

Aspectos Negativos e Flagrantes que se Verificam pela Insuficiência da Endurance.

São eles:

- diminuição da velocidade:

- de deslocamento,

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- de reação,

- de movimento;

- diminuição da força explosiva;

- descoordenação motora;

- perda da autoconfiança e conseqüente descontrole emocional.

Nota

Os aspectos mencionados são flagrantes quando o jogador é acometido pelo

cansaço. Desloca-se com dificuldade, não defende aquela bola considerada "fácil" e seus

movimentos são mais lentos e menos potentes. A coordenação motora é prejudicada e o

atleta parece que "troca as pernas". Verifica-se freqüentemente o descontrole emocional

pelas atitudes anti-esportivas, reclamações com árbitros, brigas entre parceiros, enfim,

irritabilidade.

Nos esportes em que os competidores disputam lado-a-lado e com duração mais

longa, como por exemplo a natação, algumas corridas no atletismo, o ciclismo, etc...,

verifica-se um fato comum, caracterizado pela exclamação popular: "estava bem na frente e

entregou o ouro!"

O atleta não "entrega o ouro" porque quer ou porque não tem "garra", como muitas

vezes acredita o pensamento popular. Na introdução mencionei que a preparação física

influi decisivamente na performance. A endurance é uma valência física básica. Administra a

energia (desde o metabolismo) necessária para a atividade física. Deve ser treinada de

acordo com a intensidade do esforço a ser despendido. Nas competições entre equipes de

alta, ou melhor, máxima competitividade há um confronto de limites. Os atletas são

compelidos a jogarem em nível (técnico, tático, físico e mental) máximo e a sustentarem a

intensidade inerente. Quando não estão bem treinados a energia esgota-se, o rendimento

cai geometricamente e, em razão disso, começam muito bem a partida mas, no final, não

agüentam e acabam perdendo; "entregam o ouro".

VALÊNCIAS FÍSICAS INDISPENSÁVEIS

Art. 03 - Força - Parte I Valência indispensável à atividade física competitiva. Possibilita uma série de

movimentos que o indivíduo necessita para suportar, deslocar ou acelerar o peso corporal e no

voleibol contribui para a melhoria de diversos fundamentos. Deve ser desenvolvida em todos

os grupamentos musculares na fase de formação corporal do atleta.

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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No Vôlei de Praia, especificamente, a Força Explosiva é o tipo mais utilizado pela íntima

relação que há com a velocidade. Influi significativamente na performance dos jogadores. Seja

na execução pura e simples dos fundamentos, seja quando estes estão associados a

deslocamentos, contribui para a melhoria do rendimento na execução.

A seguir, cito as melhorias que se verificam em cada fundamento.

No Saque:

- a potência do golpe, quando esse é o objetivo;

- a impulsão, o equilíbrio do corpo após o salto e o golpe no saque "Viagem".

No Toque:

- o movimento do corpo, sobretudo dos braços e mãos, para impulsionar a bola;

- o equilíbrio nos toques, na posição agachada;

- o alcance nos toques em suspensão, pela maior impulsão;

- a velocidade nos deslocamentos precedentes.

Na Manchete:

- o equilíbrio do corpo no momento em que o jogador flexiona as pernas;

- a velocidade nos deslocamentos precedentes;

- a impulsão para execução das manchetes em suspensão e após mergulho.

Na Cortada:

- Os deslocamentos;

- A impulsão que permite um alcance mais alto;

- O equilíbrio do corpo no ar;

- A potência do golpe.

No Bloqueio:

- os deslocamentos;

- a impulsão que permite um alcance mais alto;

- o equilíbrio do corpo no ar que possibilita os movimentos do tronco e dos braços;

- a qualidade das saídas do bloqueio para outras ações.

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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Nota

Chamo a atenção para o fato de que a força é um dos componentes na execução dos

fundamentos. Não é a mais, nem a menos importante. Faço questão de reafirmar que deve

ser associada à velocidade e, evidentemente, à habilidade técnica individual.

Art. 04 – Força - Parte II Treinamento da Força.

É uma atividade que deve ser cuidadosamente planejada e ministrada por professores de

educação física altamente especializados, por envolver riscos à saúde dos músculos e articulações

dos jogadores.

O treinamento deve considerar a individualidade biológica dos mesmos, sobretudo no que diz

respeito a formação corporal.

Notas

- Nesta ocasião, principalmente para as crianças e adolescentes, recomendo apenas atividades

bem específicas.

- Para crianças, a utilização de métodos cuja a atividade seja absolutamente natural, como por

exemplo: transportar, levantar, arremessar, etc..., obviamente, cargas compatíveis à

possibilidade da criança.

- Para adolescentes - ainda em fase de crescimento - o trabalho deve ser realizado com cargas

leves, com ênfase à correção na execução dos exercícios, tendo em vista à preparação de

ligamentos, tendões, inserções musculares para posterior trabalho com sobrecargas mais

pesadas.

A aquisição e/ou melhoria da força se obtém, objetivamente, por meio do treinamento com

sobrecarga, ou seja:

- sessões de musculação em máquinas;

- sessões de musculação com pesos e halteres.

Com a experiência que obtive participando de diversos programas de treinamento nos quais

constava a musculação como meio de aquisição da força, ministrados pelos mais brilhantes

preparadores físicos, considero importante que esse treinamento deva ser:

- gradual;

- contínuo;

- longo.

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Preparação Física – Voleibol de Praia

18 By: Jorge Barros [Jorjão] in: Justvolleyball.com

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Nota

É muito importante o entrosamento que deve existir entre o treinador e o preparador físico. O

primeiro identifica a necessidade de seus jogadores, por exemplo: na execução de quais

fundamentos apresentam alguma deficiência; que movimento específico possui alguma

limitação, etc... O segundo conhece a metodologia para desenvolver o treinamento e, por

conseguinte, para sanar as possíveis deficiências.

Há o treinamento que visa a formação global do atleta, trabalhando simultânea e

proporcionalmente, em diferentes prazos, todos os grupos musculares.

Existe o aplicado ao atleta de competição, mais particularizado, que objetiva melhorar a sua

performance em algumas atividades específicas da sua modalidade.

Art. 05 – Flexibilidade - Parte II

- Fatores que Limitam a Flexibilidade.

Existem alguns fatores que limitam a flexibilidade:

- má formação congênita,

- doenças,

- lesões traumáticas,

- insuficiência de treinamento,

- treinamento inadequado.

Sobre esses fatores cito alguns que devem ser considerados atentamente, pois são altamente

nocivos às articulações e, por isso, limitam a liberdade dos movimentos a curto, médio ou longo

prazo.

- Exaustão Eventual. Em um treinamento intenso ou em um jogo disputado o atleta, exausto

fisicamente, está susceptível às contusões, uma vez que a musculatura perde em tonicidade e

sobrecarrega os ligamentos que, por sua vez, se tornam menos tensos. Ocorrem muitas vezes as

distorções.

- Excesso de Treinamento. O treinamento deve ser adequado à condição física do jogador, no que

diz respeito a volume e intensidade. Igualmente, o excesso diminui a tonicidade muscular,

sobrecarrega os ligamentos e pode acarretar contusões.

- Negligência no Aquecimento. O aquecimento insuficiente cerceia a extensão máxima dos

músculos e, diante de movimento mais amplo e abrupto em um início de jogo, há o risco de lesão

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Preparação Física – Voleibol de Praia

19 By: Jorge Barros [Jorjão] in: Justvolleyball.com

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muscular ou articular.

- Falta de Período de Recuperação e Alongamento após Esforço Intenso. Tão importantes quanto

o treinamento são os períodos de recuperação e as sessões de alongamento após um esforço de

grande intensidade. O alongamento possibilita, entre outras coisas, melhor circulação de retorno

e, com isso, melhor absorção pelo organismo de ácidos e sangue remanescentes quando do final

da atividade. O período de recuperação entre um treinamento e outro é o tempo que o organismo

necessita para a ressíntese orgânica. Observados esses dois pontos, há a garantia de uma

musculatura sempre apta a um novo treinamento sem riscos de contusões que, a longo prazo,

limitam a flexibilidade.

Nota

A sucessão de lesões traumáticas torna os movimentos das articulações dolorosos e por isso, a

fim de evitar a dor, o jogador não as exige tanto e de forma máxima, como requer a competição

de alto nível. A médio e longo prazos esses movimentos tendem a ser cada vez menos amplos. O

treinamento adequado, planejado e orientado por professor de educação física especializado em

treinamento desportivo e, em caso de lesões traumáticas, a recuperação total do movimento

antes de reiniciar a prática são fatores que proporcionam uma vida mais saudável e longa para

as articulações.

Art. 06 - Velocidade - Parte I

O termo abrange diversos fenômenos que ocorrem no esporte. Partindo do pressuposto de que no

Vôlei de Praia apenas dois jogadores cobrem todo o campo, em terreno mais fofo, a velocidade é

um pré-requisito indispensável. Na minha opinião há três espécies a serem consideradas:

a - Velocidade de Reação;

b - Velocidade de Deslocamento;

c - Velocidade de Movimento.

- Tipos de Velocidade.

a - Velocidade de Reação.

É uma propriedade do sistema nervoso, que depende da velocidade com que a informação é

processada. No Vôlei de Praia ocorrem diversas situações de jogo que requerem extrema

velocidade de reação. Cito, exemplificando, o momento do ataque. Após o levantamento da bola o

defensor, segundo sua percepção (tática individual), colocar-se-á apropriadamente para sua

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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intervenção. No exato momento do golpe o jogador deve reagir velozmente a uma variedade de

tipos de ataque como, por exemplo;

- uma cortada;

- uma "largada";

- um "lob"; etc...

Em uma cortada forte o defensor tem o tempo compreendido entre o golpe e a chegada da bola

onde está colocado. Considerando que a bola atinge grande velocidade (até superior a 80 km por

hora) e o jogador está a distâncias que variam de 3 a 9 metros, o tempo para reação é ínfimo e

varia de indivíduo para indivíduo. Essa propriedade é inata (velocidade de processamento) mas

pode ser também melhorada com o treinamento. Na minha opinião, nada, mas nada é melhor do

que o técnico individual.

Neste tipo de treinamento serão simuladas - de modo exaustivo - situações de jogo que requerem

velocidade de reação. Tais como:

- defesa de bolas com trajetórias de todo tipo e de todas a velocidade;

- recepção do saque, com trajetórias das mais simples às mais complexas e das mais lentas

às mais velozes;

- bloqueio de diferentes tipos de ataque em que as trajetórias das bolas variam em direção

e velocidade;

- cobertura de ataque; etc...

b - Velocidade de Deslocamento.

É interligada à coordenação motora e a qualidade muscular. Os deslocamentos são geralmente

curtos (de 3 a 9 metros), o que requer grande explosão muscular. Após o deslocamento há uma

ação de habilidade e precisão. Por exemplo, um deslocamento veloz para executar um

levantamento, uma defesa, um ataque, etc... No capítulo destinado à técnica individual

demonstrarei, em primeiro lugar, a importância da velocidade de deslocamento e, depois, de que

maneira ela se aplica.

O treinamento desse tipo de velocidade por ser realizado:

- em seções da preparação física, por meio de atividades que contenham,

- estímulos de velocidade (piques),

- estímulos de velocidade (piques) com trocas de direções,

- estímulos de velocidade precedendo execuções de fundamentos, como por exemplo,

corrida e levantamento;

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- em seções do treinamento técnico individual, como por exemplo:

- corrida do saque para a rede e bloqueio;

- corrida do saque para diferentes posicionamentos defensivos;

- corrida do ponto da recepção do saque até o ponto do levantamento;

- corrida do ponto de recepção do saque até o ponto do ataque (aproximações para o

ataque, primeira e final);

- saída do bloqueio para o posicionamento defensivo, para um levantamento ou para um

novo ataque;

- saída do ponto do ataque para o posicionamento defensivo, para um levantamento ou

para um novo ataque;

- saída de posicionamentos defensivos para os ponto de levantamento e ataque;

- etc...

c - Velocidade de Movimento.

É também ligada à coordenação motora e à qualidade muscular. Cito como exemplo uma cortada.

Desde o momento do salto até o golpe da bola, há uma seqüência de movimentos coordenados a

serem executados com extrema velocidade. A velocidade da trajetória da bola resulta, sobretudo,

da velocidade imprimida nessa seqüência e, principalmente, nos movimentos finais, ou seja, na do

tronco e na dos braços.

Como nas outras modalidades de velocidade (de reação e de deslocamento), esta pode ser

melhorada:

- por ocasião das seções de preparação física e/ou de aquecimento para treinamentos e

jogos, através da execução de exercícios específicos para a coordenação de movimentos,

realizados com velocidade máxima, dos mais simples aos mais complexos;

- no treinamento individual, no momento que o mesmo encadeia ações sucessivas, como

por exemplo;

- bloqueio e recuperação de bolas que ricocheteiam no mesmo ou de bolas "largadas", nas

proximidades do ponto em que o mesmo é realizado,

- ataque e cobertura do bloqueio pelo próprio atacante,

- defesa de bolas consecutivas; etc...

Nota

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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Um exemplo. No treinamento de bloqueio é comum o bloqueador se preocupar apenas e tão

somente com a interceptação da bola. Este tipo de treinamento é excelente oportunidade para

exercitar a velocidade de movimento. O bloqueador deve tentar recuperar as bolas que tocam

no bloqueio ou que são "largadas" nas proximidades do ponto em que o mesmo é executado.

Para isso é obrigado a realizar uma série de movimentos com velocidade máxima, ou seja:

pousar no solo, reequilibrar-se, deslocar para recuperar a bola e executar o fundamento.

Nos artigos sobre a técnica individual e nos sobre as estratégias e táticas, repito in-sis-ten-te-men-

te, a minha opinião de que o treinamento, de modo geral e qualquer seção do mesmo, deve ser,

digamos, polivalente. Seja de preparação física, seja aperfeiçoamento técnico ou de consolidação

das estratégias, defensiva e ofensiva.

Pensando assim uma seção de preparação física, de velocidade por exemplo, deve conter

exercícios que tenham em vista a melhoria de outras valências físicas.

Da mesma maneira, um de preparação técnica individual. A execução, pura e simples, de

determinado fundamento da técnica requer uma série de valências físicas como, por exemplo,

flexibilidade, força, velocidade de movimentos, etc...

No treinamento tático, da mesma maneira, é oportunidade para o aperfeiçoamento dos

fundamentos da técnica individual realizados com a aplicação, também, de outras valências físicas.

Por exemplo, flexibilidade, da força explosiva, da velocidade - de reação, de deslocamento e de

movimento.

Enfim, por ocasião do planejamento global o treinador deve aventar a possibilidade de tornar

todas as seções do mesmo o mais polivalente possível.

Art. 07 - Velocidade - Parte II

Treinamento da Velocidade.

A velocidade pode ser melhorada se exercitada simultaneamente com o treinamento técnico

individual, o treinamento da força (por meio de musculação) e a utilização de recursos auxiliares,

como comento a seguir.

- Treinamento Técnico Individual.

Na parte destinada à técnica individual apresento, um a um todos os fundamentos e recursos da

técnica individual. Antes de focalizar o modo pelo qual são executados, menciono as valências físicas

que contribuem para a excelência das suas execuções.

Depois, apresento diversos exercícios com vistas à aprendizagem e ao aperfeiçoamento dos

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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mesmos, em todas as situações de jogo em que eles são aplicados. Nesta parte é possível verificar

que a qualidade física é fundamental para a boa execução dos fundamentos e que sem ela a tarefa

torna-se bastante difícil.

Gradativamente os fundamentos têm que ser executados após deslocamentos em velocidade

máxima, com trocas de direção, com movimentos complexos e realizados com velocidade máxima,

com agachamentos, com saltos, enfim, da maneira que precisam ser realizados na realidade do jogo.

Na minha opinião nada, absolutamente nada, substitui o treinamento técnico individual no

desenvolvimento da velocidade, principalmente porque ele é a aplicação adequada e específica da

velocidade.

- Musculação.

Há relação entre a força e velocidade; há o aproveitamento adequado da força, afim de melhorar a

velocidade. Isso pode ser observado considerando-se um halterofilista e um jogador de voleibol. Em

um movimento lento o halterofilista, supostamente mais forte, terá sua força aproveitada; num

movimento veloz ela não será adequadamente aproveitada. O contrário verificar-se-á com o jogador

de voleibol. Como no voleibol não existem movimentos lentos, é necessário que aproveite

adequadamente sua força (teoricamente menor que a do halterofilista) em movimentos específicos

da modalidade, tais como:

- deslocamentos Curtos (3 a 6 metros);

- deslocamentos Médios (6 a 12 metros);

- trocas de Direção;

- deslocamentos de Costas;

- deslocamentos Laterais;

- velocidade de Impulsão Vertical;

- velocidade de Membros Superiores.

Na musculação, o trabalho com sobrecargas deve objetivar:

- aumento do volume muscular;

- aquisição da força geral;

- aquisição da força em movimentos específicos.

A fim de que a musculação atinja objetivos, é absolutamente necessária a participação de um

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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professor de educação física altamente especializado, que terá como atribuições:

- elaborar testes de sondagem;

- estabelecer o número de sessões semanais;

- estabelecer o número de séries em cada sessão;

- estabelecer o número de repetições em cada série;

- acompanhar a execução;

- reavaliar o aproveitamento dos atletas periodicamente, remanejando cargas de acordo

com o planejamento.

Art. 08 - Velocidade - Parte III - Fatôres que Limitam a Velocidade.

O treinador deve identificar qualquer fator limitante da velocidade e minimizá-lo por meio de

exercícios específicos. Menciono alguns fatores limitantes constatados durante minha carreira e

aproveito para enfatizar que a velocidade deve ser aplicada ao voleibol.

- Velocidade de Deslocamento.

1 - Incorreção na Técnica do deslocamento.

Na técnica de um velocista é flagrante a elevação dos joelhos e os movimentos acentuados dos

braços. O comprimento das passadas são proporcionais ao tamanho das pernas e os ombros não

fazem qualquer movimento de rotação. Essa técnica é influenciada por fatores inatos e pode ser

aprendida ou melhorada com o treinamento específico. No voleibol é comum um jogador ter a

velocidade de deslocamento diminuída pela incorreção na técnica utilizada.

Por exemplo fig. 01 - (a e b) e fig. 2 - (a e b):

- ao deslocar-se para executar um levantamento [fig. 1, (a) e (b)], preocupado com a bola, o jogador

corre com os braços elevados, preparados para o toque, ao invés de correr normalmente e elevar os

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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braços ao chegar no local em que a bola se encontra;

- ao deslocar-se para pegar uma bola "largada" [fig. 2, (a) e (b)], o jogador corre com a manchete

pronta.

2 - Deficiência Muscular.

Nos deslocamentos existem grupos musculares mais importantes que outros, principalmente da

perna e da coxa. Há jogadores que possuem alguma deficiência, isto é, força insuficiente nesses

grupos musculares ou uma perna discrepantemente mais forte que a outra. O treinamento de força

pode ser útil. O atleta deve ser conscientizado de que, além da sessão regular de musculação, deve

fazer exercícios suplementares, a fim de sanar qualquer deficiência e conseqüentemente melhorar

sua velocidade.

3 - Flexibilidade Insuficiente.

Uma boa flexibilidade de movimentos contribui para o desenvolvimento da técnica da corrida e,

como decorrência, melhora a velocidade de deslocamento.

4 - Excesso de Peso.

Quanto maior for o peso (gordura) a ser tracionado, maior é a dificuldade de executar um

movimento veloz e o risco de contusões, devido a sobrecarga nas articulações.

- Velocidade de Movimento.

1 - Técnica Incorreta do Movimento. A correta execução do fundamento possibilita movimentos

mais velozes. Cito a seguir incorreções mais verificadas em cada fundamento.

- Cortada.

- Aproximação com passadas curtas.

- Salto sem auxílio dos movimentos dos braços.

- Não utilização do movimento do tronco (arqueada).

- Percurso limitado do movimento do braço (precedente ao golpe).

- Falta de flexibilidade para alguns movimentos da articulação escápulo-umeral.

Nota

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O golpe - potência e precisão - resulta, sobretudo, da coordenação em velocidade de todos êsses

movimentos.

- Bloqueio.

- Incorreção do posicionamento do tronco em relação às pernas.

- Percurso dos braços mais longos (fig.a seguir).

Na figura a seguir, os braços diretamente para o posicionamento adequado (fig. b) e os braços com

um percurso maior para atingirem o posicionamento adequado (fig. a).

- Flexão das pernas insuficiente.

- Saque.

- Percurso do braço limitado (precedente ao golpe).

- No saque "Viagem", as mesmas incorreções mencionadas na cortada.

- Toque e Manchete.

São fundamentos em que não há necessidade de movimentos velozes. A velocidade é necessária

para o jogador colocar-se apropriadamente em relação à bola.

É essencial e indispensável a coordenação entre o final do deslocamento e a execução do

fundamento. Sobre isto chamo a atenção para um fato que ocorre freqüentemente, até com

jogadores de grande categoria. Após deslocarem-se para um levantamento, há jogadores que

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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necessitam parar e tocar a bola com os dois pés paralelos. Não têm a habilidade de tocarem a bola

na corrida, apoiando-se na perna com que chegam, e por isso perdem algumas frações de tempo. A

mesma situação ocorre com a manchete.

Cabe lembrar que é o caso típico da aplicação da velocidade de deslocamento. Influi

significativamente na execução do fundamento e, conseqüentemente, para realização da função na

qual o mesmo é aplicado. Por exemplo:

- em um simples passe

- na recepção do saque;

- na defesa;

no ataque, por meio de "colocada".

A maioria das ações nos esportes com bola são realizadas por meio de movimentos

extremamente velozes e após um deslocamento também velocíssimo. No Vôlei de Praia verifica-se

uma sucessão constante de deslocamentos coordenados com a execução do fundamento, a qual

deve ser sempre perfeita. A seguir exemplifico duas dessas seqüências/cadeias.

As linhas representam os deslocamentos e os retângulos as ações.

Na cadeia defensiva - a equipe tem a bola. A ação inicial é o saque. Após sua execução o jogador,

que executa o saque, desloca-se para o posicionamento de defensivo, de acordo com sua atribuição,

para a defesa ou para o bloqueio. Caso consiga dominar a bola, contra-atacará, ou seja

levantamento e ataque. Caso o adversário retome a posse da bola, retornará para o posicionamento

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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Art. 09 - CONCLUSÃO - PREPARAÇÃO FÍSICA.

Vôlei de Praia, pela sua dinâmica, exige dos jogadores qualidades físicas extremamente

desenvolvidas. A insuficiência em qualquer das qualidades mencionadas anteriormente

representa um fator limitante, uma dificuldade a mais a ser superada, além das que o

adversário impõe.

Como sabemos, as competições são realizadas em curto espaço de tempo, isto é,

normalmente durante 3 dias. Em cada dia há a possibilidade de uma mesma dupla jogar uma,

duas ou mais partidas. Penso que não é difícil avaliar o desgaste físico e mental que esses

campeonatos provocam nos jogadores.

O Vôlei de Praia é muito dinâmico; a bola permanece em jogo por muito mais tempo

do que no vôlei de quadra. Há uma sucessão de jogadas encadeadas e todas essencialmente

técnicas. Há alternância de rítmos, momentos de grande velocidade, movimentos que exigem

destreza, flexibilidade. Tudo isso em níveis elevados, que assim têm que ser mantidos,

qualquer que seja a duração de um jogo ou de um campeonato. Um bom condicionamento

físico contribui para a manutenção desses níveis elevados, tanto o técnico e o tático, como os

de concentração, emocional, etc...

No decorrer da apresentação dos artigos sobre a técnica individual e sobre as

estratégias e táticas, será possível reparar que todas as ações do jogo requerem ou são

influenciadas por componentes físicos. A força, a flexibilidade e a velocidade contribuem para

a boa execução dos fundamentos da técnica individual. O tipos de endurance contribuem para

a manutenção dessas execuções ao longo de um treinamento e, conseqüentemente, de um

jogo e de um campeonato.

Em Vôlei de Quadra - Preparação Física está apresentado uma série de artigos sobre o

Treinamento Orgânico Integrado (TOI), em que focalizo, de modo amplamente detalhado, as

atividades aeróbica e anaeróbica. Nestes, apresento ainda várias seqüências de exercícios de

aplicação tendo em vista a aquisição e o aperfeiçoamento da Endurance. Aconselho a leitura

defensivo - defesa ou bloqueio.

Na cadeia ofensiva, um dos jogadores recepcionará o saque ou fará uma defesa ou um bloqueio. O

outro deslocará para executar o levantamento. A partir daí, ambos deslocam-se para atacar ou

cobrir o ataque. Caso não "matem" o ponto, retornarão para o posicionamento defensivo, a fim de

recuperar a posse da bola. Uma vez recuperada, um desloca-se para levantar e o outro para atacar.

Por essas representações pode-se constatar a importância da velocidade. O jogador precisa deslocar,

quase sempre com grande velocidade, a fim de chegar no local em que executará o fundamento de

tal maneira que a precisão do mesmo não seja comprometida.

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Preparação Física – Voleibol de Praia

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atenta dos mesmos, uma vez que será possível encontrar subsídios para o enriquecimento do

trabalho físico na preparação global do vôlei de praia.

Concluindo, a preparação física constitui uma qualidade a mais; influi flagrantemente

no desempenho do atleta, na sua recuperação, no seu estado psicológico, etc... Diante de

tanto benefício, é óbvio que um planejamento deve considerar tal importância e destinar

espaço no qual se possa desenvolver adequadamente essa qualidade fundamental.

Modelo de Planejamento - Parte 3 Testes - Exemplos

Objetivos Específicos - Técnica Individual - Aprendizagem dos Fundamentos da

Técnica Individual

Fundamentos relacionados ao Sistema Ofensivo

4 a 6 Treinamentos

Fundamentos Finalidade Tipos Maneiras Orientação

TOQUE -

levantamento

- c/ os pés no

chão

- de

frente

- saída da bola sobre o eixo longitudinal - c/

pé de apoio (dir e esq)

MANCHETE

-

levantamento

- recepção do

saque

- c/ os pés no

chão

- c/ os pés no

chão

- de

frente

- de

frente

- saída da bola verticalmente sobre o os

braços - c/ pé de apoio (dir e esq)

- tendo em vista a zona de levantamento

(1m em relação à rede)

MEIOS DE

ATAQUE - ataque

- cortada,

iniciação - bola alta

- salto s/ passada, c/ 1 passada e c/ 2

passadas

4 a 6 Treinamentos

Fundamentos Finalidade Tipos Maneiras Orientação

TOQUE - levantamento - c/ os pés

no chão

- de

costas

- saída da bola sobre o eixo longitudina l- c/

pé de apoio (dir e esq)

MANCHETE

- levantamento

- recepção do

saque

- c/ os pés

no chão

- c/ os pés

no chão

- de

costas

- de frente

- saída da bola verticalmente sobre o os

braços - c/ pé de apoio (dir e esq)

- tendo em vista a zona de levantamento (1m

em relação à rede)

MEIOS DE

ATAQUE - ataque - lob - bola alta - salto s/ passada, c/ 1 passada e c/ 2 passadas

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Preparação Física – Voleibol de Praia

30 By: Jorge Barros [Jorjão] in: Justvolleyball.com

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4 a 6 Treinamentos

Fundamentos Finalidade Tipos Maneiras Orientação

TOQUE - levantamento - c/ os pés no chão - de

costas

- saída da bola sobre o eixo

longitudina l- c/ pé de apoio (dir

e esq)

MANCHETE

- levantamento

- recepção do saque

- c/ os pés no chão

- c/ os pés no chão

- de

costas

- de frente

- saída da bola verticalmente

sobre o os braços - c/ pé de

apoio (dir e esq)

- tendo em vista a zona de

levantamento (1m em relação à

rede)

MEIOS DE

ATAQUE - ataque

- meia-batica e

cuts - bola alta

- salto s/ passada, c/ 1 passada e

c/ 2 passadas

- A habilidade para a execução tem fases. A primeira das quais - aprendizagem pura e

simples - é a mais difícil de se ultrapassar. A segunda - aprendizagem/aperfeiçoamento -

é mais facil, porque recebe como base a primeira. Nas demais - aperfeiçoamento - ela

consolida-se. É o momento de aplicá-las às funções mais complexas do jogo.

- Na primeira fase, é contra-producente o trabalho 2 a 2, uma vez que, uma atleta

dificulta a execução da outra e vice-versa. Sugiro exercícios mais estáticos.

Bloqueio - Tempo x Posicionamentos dos Braços