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01 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
Uma autarquia realizou inúmeras e sucessivascompras de material sem realização de licitação,
sendo que não foi demonstrado o
enquadramento em nenhuma das hipóteses do
artigo 24, da Lei nº 8.666/1993. O Tribunal de
Contas, durante o processo de prestação de
contas, apurou que o valor pago não foi superior
ao praticado no mercado, tendo o responsável
justificado o ocorrido na economicidade da
conduta e no princípio da eficiência. Esse cenário
indica,a)ilegalidade da conduta, pois o não atendimento
ao princípio licitatório configura ato de
improbidade e enseja presunção de prejuízo ao
erário.
b)possibilidade de o ato ser convalidado, diante
da comprovação da ausência de prejuízo, como
forma de observância dos princípios da eficiência
e da economicidade.
c)prática de ato de improbidade que atentacontra os princípios da administração, devendo
ser demonstrado o prejuízo ao erário e a conduta
dolosa do autor.
d)inexistência de ilegalidade a viciar a compra,
uma vez que os entes da Administração indireta
submetem –se ao princípio da licitação somente
para contratação das atividades meio, o que não
era o caso narrado.
e)necessidade discricionária de exame deeconomicidade, simulando –se a licitação na
ocasião em que deveria ter sido praticada para
verificar se haveria prejuízo.
02 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
Considerando a natureza do ato de registro de
admissão de pessoal e de concessão de
aposentadoria, a negativa do Tribunal
de Contas em fazê –lo,
a)vicia o ato de concessão, em razão de
ilegalidade, restituindo o processo ao Executivo
para que a autoridade competente edite o ato de
revogação.
b)não impede a produção de efeitos e a validade
do ato, cabendo juízo de revisão administrativa ou
judicial, independentemente do prazo decorrido
entre a concessão e a negativa do registro.
c)faz nascer direito subjetivo da parte a exigir
judicialmente a concessão, em razão de sua
natureza vinculada homologatória do ato
administrativo que concede o benefício no âmbitodo Executivo.
d)acarreta revogação do ato de concessão, com
retorno ao status quo ante pelo servidor, que não
pode questionar a decisão judicialmente
enquanto não esgotar a via recursal
administrativa.
e)impede a formação do ato, em razão de sua
natureza complexa, conforme entendimento do
Supremo Tribunal Federal, não se iniciando prazopara invalidação da concessão.
03 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
As autarquias, empresas públicas e sociedades de
economia mista integram a Administração pública
Indireta, expressando organização administrativa
descentralizada. Esse aspecto interfere:
a)na definição do regime de compras econtratações, posto que a Administração Indireta
não está obrigada a licitar sempre que esse
procedimento acarretar prejuízo ou desvantagem
à competição com a iniciativa privada.
b)no limite do controle externo exercido pela
Administração central, que fica adstrita a tutela
finalística e de atendimento das finalidades
institucionais dos entes.
c)no controle exercido pelo Poder Judiciário, quenão pode adentrar os aspectos de conveniência e
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oportunidade dos atos e negócios praticados
pelos entes, diversamente do que ocorre com os
órgãos da Administração Direta.
d)na responsabilidade extracontratual dos entes,
que se impõe sob a modalidade subjetiva não
prescindindo da demonstração de culpa de seus
agentes para reparação dos danos que estes
causarem a terceiros.
e)no regime de seus bens, que remanescem
protegidos sob o regime jurídico de direito
público, a fim de preservar a participação do
erário público na constituição do patrimôniodaqueles entes.
04 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
Muito se discute acerca do conceito de serviço
público. Não se questiona, contudo, a
possibilidade de delegação à iniciativa privada,
atendidos certos limites e requisitos legais. Diante
de uma hipótese em que o Poder Público
pretenda delegar à iniciativa privada serviço
público cuja finalidade seja o atendimento social à
população, é adequado
a)firmar convênio administrativo com outros
entes públicos para transferência da titularidade e
da execução dos serviços público envolvidos,
remunerando a prestação por meio de repasses
de recursos.
b)licitar a contratação de uma concessão comum,
cujos investimentos ficam integralmente a cargo
da concessionária, que se remunerará por meio
de cobrança de tarifa do poder concedente.
c)contratar um consórcio público para prestação
do serviço, remunerando –o por meio de repasses
de recursos orçamentários.
d)licitar a contratação de uma concessão
administrativa, que não admite a cobrança de
tarifa do usuário, remunerando –se o
concessionário por meio de contraprestação a ser
paga pelo poder concedente, usuário indireto do
serviço.
e)licitar a contratação de uma concessão
patrocinada, substituindo –se a cobrança de tarifa
pela imposição de aporte pago pelo poder
concedente, sem prejuízo da contraprestação
regularmente devida.
05 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Um prefeito municipal é acusado de adquirir, no
exercício de seu mandato, uma casa de valordesproporcional à evolução de seu patrimônio e à
sua renda. A acusação resultou em uma ação por
improbidade administrativa, ajuizada pelo
Ministério Público quatro anos após o término do
mandato do prefeito, o que significa dizer seis
anos após a aquisição da casa. Nessa situação,
considerando o regime da Lei n° 8.429/92, a
conduta do prefeito caracteriza ato de
improbidade administrativa, que
a) causa prejuízo ao erário e simultaneamente
atenta contra os princípios da Administração
pública, porém a respectiva ação está prescrita.
b) importa enriquecimento ilícito, porém a
respectiva ação está prescrita.
c) causa prejuízo ao erário, porém a respectiva
ação está prescrita.
d) importa enriquecimento ilícito, e a respectiva
ação não está prescrita.
e) atenta contra os princípios da Administração
pública, que pretere os demais tipos legais de
improbidade, e a respectiva ação não está
prescrita.
06 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Suponha uma lei estadual que considere
obrigatória a presença de defesa técnica poradvogado em processo administrativo disciplinar
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no âmbito do respectivo Estado, fornecendo,
inclusive, meios para suprir essa defesa no caso
de hipossuficiência do acusado. Considerando a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
inclusive a matéria sumulada, e tomando tão
somente os elementos indicados nesta questão,
essa lei seria considerada
a) constitucional, eis que a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal não veda essa opção
política ao legislador.
b) inconstitucional, por versar matéria de
competência privativa da União, qual seja,especificamente, processo disciplinar.
c) inconstitucional, por considerar obrigatória a
presença de advogado no processo administrativo
disciplinar.
d) inconstitucional, por propiciar meios públicos
para a defesa do servidor, ainda que
hipossuficiente, em potencial litígio com o próprio
poder público.
e) constitucional, por versar matéria de
competência privativa expressa dos Estados –
Membros, qual seja, processo administrativo em
geral.
07 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
O Supremo Tribunal Federal julgou em ação direta
de inconstitucionalidade lei de determinado
Estado brasileiro, que instituía, no âmbito daAdministração pública daquele Estado,
preferência abstrata pela aquisição de softwares
livres ou sem restrições proprietárias. Uma das
questões levadas à análise do STF, dizia da
competência do Estado para legislar sobre a
matéria. No caso, o STF entendeu o Estado
competente. Com efeito, a
a) Constituição Federal permite que o Estado
legisle sobre licitações nos limites do que for
considerado interesse local.
b) Constituição Federal considera direito
administrativo matéria de competência de cada
ente da federação.
c) competência legislativa do Estado para dispor
sobre licitações respalda a lei em questão, sem
ofender a competência legislativa da União para
fixar normas gerais sobre o tema.
d) Constituição Federal permite que o Estado
legisle plenamente em matéria de licitação, na
ausência de lei federal a respeito, e, no caso, não
havia lei federal cuidando da preferência pela
aquisição desses tipos de softwares.
e) competência legislativa residual do Estado,
prevista no art. 25, § 1° , da Constituição Federal,
respalda a lei em questão.
08 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Tema de difícil equacionamento na prática do
operador do direito, é a distinção, no caso
concreto, entre serviço público e atividadeeconômica. Questões sobre esse tema usam
chegar ao Supremo Tribunal Federal pelo viés da
aplicação de certo regime jurídico a empresas
públicas ou sociedades de economia mista.
Exemplo concreto se passa com a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos. Uma frase que
adequadamente ilustra o modo pelo qual o STF
trata da matéria é:
a) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
orienta –se no sentido de que a imunidade
recíproca deve ser reconhecida em favor da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ainda
que o patrimônio, renda ou serviço
desempenhado pela entidade não esteja
necessariamente relacionado ao privilégio postal.
b) As empresas públicas e as sociedades de
economia mista, independentemente de
prestarem serviços públicos ou atividades
econômicas, sujeitam –se ao mesmo regime jurídico das empresas privadas em matéria de
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obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributárias.
c) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
orienta –se no sentido de que o regime jurídico
exclusivamente de direito público deve ser
reconhecido em favor da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, desde que o patrimônio,
renda ou serviço desempenhado pela entidade
esteja relacionado ao privilégio postal.
d) As empresas públicas e as sociedades de
economia mista, que prestem serviços públicos,
sujeitam –se integralmente ao regime jurídico dedireito público.
e) As empresas públicas e as sociedades de
economia mista, que prestem
predominantemente serviços públicos, sujeitam –
se ao mesmo regime jurídico das empresas
privadas em matéria de obrigações civis,
comerciais e trabalhistas, mas não em matéria de
obrigações tributárias.
09 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
A Súmula 652 do Supremo Tribunal Federal tem o
seguinte enunciado: Não contraria a Constituição
o art. 15, § 1° , do Decreto –lei n° 3.365/1941 (Lei
da Desapropriação por Utilidade Pública).
Já o citado art. 15, é assim redigido: Se o
expropriante alegar urgência e depositar quantia
arbitrada de conformidade com o art. 685 do
Código de Processo Civil, o juiz mandará imiti –lo
provisoriamente na posse dos bens.
E seu § 1°prevê que a imissão provisória poderá
ser feita, independente da citação do réu,
mediante o depósito de quantia fixado por certos
critérios, que não necessariamente levam ao
preço real do bem, eis que ainda não proferida
sentença.
É argumento consistente com a polêmica que
ocasionou o posicionamento do STF, ao finalsumulado, o fato de a Constituição Federal
a) vedar que o poder público pague pelo bem
antes da efetiva aquisição de sua propriedade.
b) determinar que o pagamento da indenização,
em ação de desapropriação, dê –se pelo sistema
de precatórios.
c) exigir que a ação de desapropriação submeta –
se ao devido processo legal.
d) prever que, em regra, a desapropriação ocorra
mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
e) estabelecer que a imissão provisória na posse
dê –se mediante processo administrativo.
10 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
No ano de 1963, o Supremo Tribunal Federal
adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado,
sob o n° 340: Desde a vigência do Código Civil, os
bens dominicais, como os demais bens públicos,
não podem ser adquiridos por usucapião.
Independentemente de eventual opiniãodoutrinária minoritária em sentido contrário, tal
conclusão, atualmente,
a) mostra –se superada, eis que a Constituição
Federal prevê a não sujeição à usucapião dos bens
públicos imóveis, mas o Código Civil admite tal
sujeição em relação aos bens públicos dominicais
móveis ou semoventes.
b) mostra –se superada, eis que vigora novo
Código Civil.
c) resta compatível com o direito vigente, eis que
a Constituição Federal prevê a não sujeição à
usucapião dos bens públicos imóveis, e o Código
Civil prevê a mesma não sujeição quanto aos bens
públicos em geral, sem excepcionar os dominicais.
d) mostra –se superada, eis que a Constituição
Federal excepciona os bens dominicais da não
sujeição à usucapião.
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e) resta compatível com o direito vigente, eis que
a Constituição Federal prevê a não sujeição à
usucapião dos bens públicos em geral, superando,
nesse ponto, disposição do Código Civil em
sentido contrário.
11 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Atenção: A questão contêm duas afirmações. Para
respondê –la marque
Um processo administrativo em âmbito federal,
que vise à aplicação de punição no exercício dopoder de polícia, independentemente do tempo
em que se encontre paralisado, pendente de
julgamento, não está sujeito à prescrição
PORQUE
a Constituição Federal contém regra no sentido de
que sejam legalmente estabelecidos prazos de
prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao
erário, ressalvadas as respectivas ações deressarcimento.
a) se as duas afirmações são verdadeiras e a
segunda justifica a primeira.
b) se as duas afirmações são verdadeiras e a
segunda não justifica a primeira.
c) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
d) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
e) se as duas são falsas.
12 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Considere as seguintes afirmações:
I. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico
a habilitação de candidato a cargo público.
II. É inconstitucional a vinculação do reajuste de
vencimentos de servidores estaduais ou
municipais a índices federais de correção
monetária.
III. É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investir –se,
sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não
integra a carreira na qual anteriormente
investido.
Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
13 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Existe certa polêmica entre os juristas quanto à
constitucionalidade da “multa civil", prevista
como espécie de sanção cabível por ato de
improbidade administrativa, no art. 12 da Lei n°
8.429/92.
No entanto, já houve oportunidade de
manifestação do Supremo Tribunal Federal sobre
a matéria, tal como se passou no RE 598588 AgR,
assim ementado: “AGRAVOS REGIMENTAIS NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPROBIDADEADMINISTRATIVA. MULTA CIVIL. ARTIGO 12, III,
DA LEI n°8.429/92. As sanções civis impostas pelo
artigo 12 da Lei n° 8.429/92 aos atos de
improbidade administrativa estão em sintonia
com os princípios constitucionais que regem a
Administração Pública. Agravos regimentais a que
se nega provimento".
Independentemente do entendimento
jurisprudencial sobre essa polêmica, são
argumentos adequadamente pertinentes a ela:
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a) A situação de bis in idem caracterizada pela
simultânea previsão de indisponibilidade dos bens
e de multa civil, como sanções por ato de
improbidade administrativa.
b) A incompatibilidade de sanção civil com ação
de improbidade administrativa, dado, justamente,
tratar –se de relação jurídica administrativa.
c) A não previsão da multa civil dentre as sanções
arroladas no dispositivo constitucional que trata
da improbidade administrativa.
d) A natureza administrativa, e não jurisdicional,da ação de improbidade administrativa.
e) A situação de bis in idem caracterizada pela
simultânea previsão de ressarcimento ao erário e
de multa civil, como sanções por ato de
improbidade administrativa.
14 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Pela perspectiva tão somente das definiçõesconstantes do direito positivo brasileiro,
consideram –se “bens públicos” os pertencentes a
a) um estado, mas não os pertencentes a um
território.
b) um município, mas não os pertencentes a uma
autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os
pertencentes ao distrito federal.
d) uma fundação pública, mas não os
pertencentes a uma autarquia.
e) uma associação pública, mas não os
pertencentes a uma empresa pública.
15 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Nos termos da Súmula Vinculante 27, do Supremo
Tribunal Federal, “Compete à Justiça estadual
julgar causas entre consumidor e concessionária
de serviço público de telefonia, quando a ANATEL
não seja litisconsorte passiva necessária,
assistente, nem opoente".
Está contida no posicionamento do Tribunal a
compreensão de que
a) a agência reguladora posiciona –se
juridicamente em relação ao usuário do serviço
público como fornecedora do serviço.
b) a concessionária de serviço público mantém
com a agência reguladora uma relação jurídica
caracterizada como de consumo.c) é facultativa, a critério da agência reguladora, a
sua inserção como parte na relação jurídica
caracterizada como de consumo, tendo por objeto
o serviço público regulado.
d) serviço público não pode ser considerado
objeto de relação de consumo, estando sujeito ao
regime exorbitante característico das relações
jurídicas de direito administrativo.
e) há relação jurídica caracterizada como deconsumo entre o usuário e a concessionária de
serviço público.
16 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Existe no direito brasileiro, especialmente no
âmbito da doutrina, imprecisão na compreensão
conceitual do dito “contrato administrativo". Com
efeito, o direito positivo brasileiro não é expresso
ao cuidar da matéria, nem mesmo o faz de modo
nacionalmente unificado. Quando muito,
encontram –se exemplos de tratamento da noção
de contrato, no direito positivo, com o sentido
pragmático de fixação de entendimento
necessário para a aplicação de determinada Lei. É
o que se passa, por exemplo, com a Lei n°
8.666/93:
"Para os fins desta Lei, considera –se contrato
todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidadesda Administração Pública e particulares, em que
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haja um acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas,
...
Conhecendo o espírito da Lei n° 8.666/93, assim
se completa corretamente a definição de contrato
apresentada acima:
a) ... observados estritamente os tipos contratuais
fixados por esta Lei".
b) ... não sendo admissível contrato celebrado
pela Administração e predominantemente regido
pelo direito privado".c) ... devendo tais contratos, salvo exceções
legalmente previstas, ser regidos pelos princípios
gerais aplicáveis aos contratos privados"
d) ... seja qual for a denominação utilizada".
e) ... excluídas as relações jurídicas em que as
partes possuam interesses convergentes".
17 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
Lei de Município sergipano disciplinou a
exploração, direta ou mediante concessão, de
serviços locais de gás canalizado. À luz das
disposições normativas pertinentes e
considerando que a Constituição do Estado
reproduziu a disciplina da Constituição Federal
nessa matéria, referida Lei municipal é:
a)compatível com a Constituição da República,
por se tratar exercício regular de competência doMunicípio para legislar sobre assuntos de
interesse local.
b)incompatível com a Constituição da República,
por ofensa à competência privativa da União para
legislar sobre recursos minerais, sendo passível de
questionamento mediante arguição de
descumprimento de preceito fundamental,
perante o Supremo Tribunal Federal.
c)incompatível com a Constituição da República ecom a Constituição do Estado, por ofensa à
competência privativa da União para legislar
sobre recursos minerais, sendo passível de
questionamento mediante ação direta de
inconstitucionalidade perante o Tribunal de
Justiça do Estado.
d)incompatível com a Constituição da República e
com a Constituição do Estado, por ofensa à
competência atribuída ao Estado –membro, sendo
passível de questionamento mediante ação direta
de inconstitucionalidade perante o Tribunal de
Justiça do Estado.
e)incompatível com a Constituição da República ecom a Constituição do Estado, por ofensa à
competência atribuída ao Estado –membro, sendo
passível de questionamento mediante arguição de
descumprimento de preceito fundamental,
perante o Supremo Tribunal Federal.
18 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
À luz da Constituição da República e da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
alteração do prazo de recolhimento de
contribuição social incidente sobre o faturamento
da empresa, de modo a antecipá –lo em relação ao
vigente,
a)requer edição de lei complementar, passível de
exigência após decorridos noventa dias da data de
sua publicação, ainda que no mesmo exercício
financeiro.
b)não requer edição de lei complementar,
tampouco se sujeita a qualquer anterioridade,
sendo passível de exigência imediata.
c)requer edição de lei complementar, passível de
exigência no exercício financeiro seguinte, desde
que decorridos noventa dias da data de sua
publicação.
d)requer edição de lei complementar, mas não se
sujeita a qualquer anterioridade, sendo passível
de exigência imediata.
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e)não requer edição de lei complementar, sendo
passível de exigência desde que decorridos
noventa dias da data de sua instituição, ainda que
no mesmo exercício financeiro.
19 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Nos termos do regime constitucional destinado à
ciência, tecnologia e inovação,
a) a lei apoiará e estimulará as empresas que
invistam em pesquisa, criação de tecnologia
adequada ao país, formação e aperfeiçoamentode seus recursos humanos e que pratiquem
sistemas de remuneração que assegurem ao
empregado, desvinculada do salário, participação
nos ganhos econômicos resultantes da
produtividade de seu trabalho.
b) a pesquisa científica básica voltar –se –á
preponderantemente para a solução dos
problemas brasileiros e para o desenvolvimento
do sistema produtivo nacional e regional.
c) fica vedada a participação direta ou indireta de
empresas ou capitais estrangeiros nas atividades
de ciência, pesquisa, tecnologia e inovação
desenvolvidas no país, ressalvados os casos
previstos em lei complementar.
d) fica vedada a concessão de meios e condições
especiais de trabalho àqueles que desenvolvam
atividades de extensão tecnológica, assegurando –
se condições e parâmetros similares de trabalho
aos que se dediquem com exclusividade à ciência,
tecnologia e inovação.
e) o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação − SNCTI será estruturado em lei federal,
bem como organizado em regime de colaboração
entre instituições públicas federais, estaduais,
distritais e municipais, com vistas a promover o
desenvolvimento científico e tecnológico e a
inovação.
20 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Em 13 de novembro de 2001, foi publicado oDecreto n° 4.010 que, em seu art. 1° , dispunha:
compete ao Ministro de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão mandar processar a folha de
pagamento dos servidores da Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional,
após liberação de recursos para o respectivo
pagamento, mediante expressa autorização do
Presidente da República.
Não havendo à época diploma legal que o
amparasse, o aludido comando normativo foiobjeto da ADI n°2.564 –3/DF (DJ de 06/02/2004).
O dispositivo em questão:
a) incorre em vício de inconstitucionalidade, em
virtude de contrariar o princípio constitucional da
legalidade que orienta a atuação da
Administração pública.
b) apesar de interferir indevidamente na
competência reservada aos Ministros de Estado
para exercer a orientação, coordenação esupervisão dos órgãos e entidades da
Administração federal, não incorre em vício de
inconstitucionalidade, em virtude da referenda
ministerial que acompanha o Decreto,
convalidando seus termos.
c) não incorre em vício de inconstitucionalidade,
devendo prevalecer, inclusive, caso eventual
disposição normativa constante de lei anterior
disciplinasse diferentemente a questão.
d) incorre em vício de inconstitucionalidade, pois
interfere na competência constitucionalmente
reservada aos Ministros de Estado para exercer a
orientação, coordenação e supervisão dos órgãos
e entidades da Administração federal.
e) não cabe ser impugnado mediante ação direta
de inconstitucionalidade, em virtude de ser
veiculado por instrumento normativo de caráter
secundário.
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21 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Considere as seguintes afirmativas:
I. É cabível a impetração de mandado de
injunção, ainda que já tenha sido editada a norma
exigida pelo texto constitucional, para que seja
sanada a omissão existente no período anterior à
tardia edição da lei regulamentadora.
II. Ainda que haja expressa previsão no texto
constitucional sobre a matéria, não cabe a
impetração de mandado de injunção em face da
ausência de norma regulamentadora quedisponha sobre os crimes de responsabilidade a
serem atribuídos aos Desembargadores dos
Tribunais de Justiça.
III. Admite –se que as decisões proferidas em sede
de mandado de injunção, em caso de juízo
procedente, estipulem prazo para a elaboração da
norma regulamentadora faltante, sob pena de
que seja aplicada multa pecuniária pela mora
legislativa.
IV. O mandado de injunção cabe ser impetrado
contra o poder, o órgão, a entidade ou a
autoridade que tem o dever de regulamentar a
norma constitucional, cabendo ser incluído
também no polo passivo da ação o empregador,
caso a tutela reclamada recaia sobre direito
constitucionalmente assegurado a trabalhador ou
empregado doméstico.
Está correto o afirmado APENAS em
a) III e IV.
b) II.
c) I.
d) I e IV.
e) II e III.
22 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Considere os seguintes elementos característicos:
I. Formaliza a existente situação do poder político,
atuando como instrumento de estabilização
voltado a perpetuar nele seus detentores de fato,
que dominam o aparato coercitivo do Estado.
II. Apresenta incompatibilidade com a ideia de
bloco de constitucionalidade.
III. Não apresenta mecanismos efetivos de
controle de constitucionalidade das leis.
Tais elementos característicos correspondem
respectivamente às seguintes modalidades ou
categorias:a)
I – Constituição outorgada
II – Constituição codificada
III – Constituição aberta
b)
I – Constituição semântica
II – Constituição legal
III – Constituição flexível
c)
I – Constituição heterônoma
II – Constituição legal
III – Constituição nominal
d)
I – Constituição semântica
II – Constituição codificada
III – Constituição flexível
e)
I – Constituição heterônoma
II – Constituição orgânica
III – Constituição aberta
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23 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Ao converter em lei medida provisória que
dispunha sobre a reestruturação de cargos
comissionados no Ministério do Turismo, o Poder
Legislativo acabou por incorporar modificação em
seu texto, que adicionou dispositivo voltado a
instituir centenas de cargos comissionados na
estrutura do Ministério da Justiça. Tal preceito
normativo acabou por incorporar integralmente
conteúdo de projeto de lei apresentado pelo
Poder Executivo. Posteriormente, esse projeto foiretirado, em face da conversão em lei da medida
provisória que incorporou seu conteúdo.
Ante as circunstâncias do presente caso, a
modificação incorporada à lei no processo de
conversão da medida provisória
a) incorre em vício de inconstitucionalidade, pois
é vedado pela via da emenda parlamentar
promover aumento de despesa em projetos de
iniciativa exclusiva do Presidente da República.
b) não incorre em vício de inconstitucionalidade,
pois a sanção ao projeto emendado supre o vício
de inconstitucionalidade decorrente do déficit de
iniciativa legislativa do Presidente da República
que recai sobre a emenda parlamentar.
c) não incorre em vício de inconstitucionalidade,
pois a incorporação ou a fusão de um projeto de
lei em outro pela via da emenda parlamentar é
admissível, desde que ambos tenham sidopropostos pela mesma autoridade, em face da
reserva de iniciativa legislativa, e que essa
emenda não importe em desvirtuamento da
proposta inicial ou aumento da despesa prevista
em ambas as proposições.
d) incorre em vício de inconstitucionalidade, pois
a deliberação congressual inerente ao processo de
conversão em lei de medida provisória não
admite emendas parlamentares, inclusive quando
incorporem conteúdo de proposição legislativaautônoma.
e) incorre em vício de inconstitucionalidade, pois
descabe emenda parlamentar que não guarde
pertinência temática com o conteúdo da
proposição original.
24 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Considere as seguintes afirmativas:
I. A ação declaratória de constitucionalidade
observa processo objetivo que admite a
manifestação de órgãos ou entidades a título de
amici curiae, ainda que o permissivo legalespecífico que autorizaria sua intervenção tenha
sido vetado pelo Presidente da República.
II. A concessão de medida cautelar em sede de
ação direta de inconstitucionalidade enseja a
suspensão do ato normativo impugnado e, como
regra, é dotada de eficácia ex nunc, subsistindo,
portanto, o efeito revogatório do ato normativo
em relação à legislação anterior até o julgamento
de mérito.
III. A decisão proferida em sede de ação direta de
inconstitucionalidade que resulta em
interpretação conforme a Constituição do
diploma normativo impugnado implica, como
regra geral, juízo de improcedência da ação.
IV. É cabível a concessão de medida cautelar em
sede de ação direta de inconstitucionalidade por
omissão para suspender a aplicação da lei ou do
ato normativo questionado, no caso de omissão
parcial.
Está correto o afirmado APENAS em
a) I e IV.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) III e IV.
e) II e IV.
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25 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
Em caso de desobediência a ordem ou decisão judicial, fica condicionada a decretação de
intervenção federal nos Estados
a) ao provimento, pelo Supremo Tribunal Federal,
de representação movida pelo Procurador –Geral
da República.
b) à requisição apresentada pelo Presidente do
Tribunal ao qual está submetida a autoridade
judicial que teve inobservada sua decisão.
c) à requisição do Superior Tribunal de Justiçacaso a ordem judicial inobservada seja
proveniente de órgão integrante da Justiça do
Trabalho, desde que seus fundamentos estejam
amparados em legislação infraconstitucional.
d) à requisição do Tribunal Superior do Trabalho
caso a ordem judicial inobservada seja
proveniente de órgão integrante da Justiça do
Trabalho.
e) à requisição do Superior Tribunal de Justiçacaso a ordem judicial inobservada seja
proveniente do próprio Tribunal, ainda que seus
fundamentos estejam amparados em preceitos
inscritos na Constituição.
26 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
De acordo com a Constituição Federal, as
operações com ouro sujeitam –se à incidência
a) do ICMS, exceto quando definido em lei como
ativo financeiro ou instrumento cambial.
b) exclusivamente do IPI, quando definido em lei
como ativo financeiro ou instrumento cambial.
c) do IOF, exceto quando definido em lei como
ativo financeiro ou instrumento cambial.
d) exclusivamente do IR, quando definido em lei
como ativo financeiro ou instrumento cambial.
e) do ICMS e do IOF, exceto quando definido em
lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.
27 – 2015 – FCC – TJ –AL – Juiz de direito
No âmbito do regime constitucional brasileiro em
matéria de intervenção do Estado no domínio
econômico, considere:
I. Como agente normativo e regulador da
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento.
II. O planejamento exercido como função do
Estado é determinante para o setor público e para
o setor privado.
III. A lei estabelecerá as diretrizes e bases do
planejamento do desenvolvimento nacional
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará
os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
28 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
A Súmula Vinculante no 21 dispõe, em seu
verbete, sobre a exigência de depósito ou
arrolamento prévios de dinheiro ou bens como
requisito de admissibilidade de recurso
administrativo. Sua edição, em razão do efeito
vinculante que emana do respectivo enunciado
a) não impõe vedação a que órgão do Poder
Judiciário do Estado de Santa Catarina reconheçaa constitucionalidade de diploma legal estadual
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que exija arrolamento prévio de bens como
requisito de admissibilidade de recurso
administrativo, desde que, no caso, a sentença
contemple juízo fundado na inexistência de
violação ao contraditório e à ampla defesa.
b) impõe vedação a que os Poderes Legislativos de
Estados e Municípios aprovem novas leis que
exijam depósito prévio em dinheiro como
requisito de admissibilidade de recurso
administrativo.
c) impõe que os órgãos do Poder Judiciário do
Estado de Santa Catarina reconheçam, incidentertantum, nos casos que lhe forem devidamente
submetidos, a inconstitucionalidade de lei
estadual que exija arrolamento prévio de bens
como requisito de admissibilidade de recurso
administrativo, ainda que o Supremo Tribunal
Federal não tenha decidido sobre a
constitucionalidade do referido diploma estadual.
d) impede que o Supremo Tribunal Federal, em
sede de ação direta de inconstitucionalidade,
declare a constitucionalidade de lei estadual que
exija depósito prévio em dinheiro como requisito
de admissibilidade de recurso administrativo.
e) não obsta que os órgãos do Poder Judiciário do
Estado de Santa Catarina reconheçam, incidenter
tantum, nos casos que lhe forem submetidos após
a publicação do verbete, a constitucionalidade de
lei estadual que exija arrolamento prévio de bens
como requisito de admissibilidade de recurso
administrativo, desde que o caso sobre o qualincidiria o diploma legal tenha ocorrido
anteriormente à aprovação da Súmula Vinculante
n° 21.
29 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Segundo o texto constitucional, o indulto
a) cabe ser concedido pelo Presidente da
República, sendo vedada sua aplicação acondenados pelos crimes de tortura, terrorismo,
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
bem como os definidos como crimes hediondos.
b) cabe ser concedido pelo Congresso Nacional,
com a sanção do Presidente da República, sendo
vedada sua aplicação a condenados pelos crimes
de tortura, terrorismo, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, bem como os
definidos como crimes hediondos.
c) cabe ser concedido, na esfera federal, pelo
Presidente da República e, na estadual, pelos
Governadores de Estado, sendo vedada sua
aplicação a condenados pelos crimes de tortura,terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, bem como os definidos como crimes
hediondos.
d) diferentemente da comutação de penas,
somente cabe ser concedido pelo Presidente da
República, sendo vedada sua aplicação a
condenados pelos crimes de tortura, racismo,
terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, bem como os definidos como crimes
hediondos.
e) cabe ser concedido pelo Presidente da
República, sendo vedada sua aplicação a
condenados pelos crimes de tortura, racismo,
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
bem como os definidos como crimes hediondos.
30 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
A medida provisória que, no processo de
conversão em lei, for aprovada pelo Congresso
Nacional sem alterações,
a) manter –se –á integralmente em vigor até que
seja sancionada ou vetada.
b) enseja vedação a que nova medida provisória
seja editada sobre a mesma matéria por ela
disciplinada enquanto estiver pendente de sanção
ou veto do Presidente da República.
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c) é passível de ser promulgada diretamente pelo
Presidente do Senado Federal, caso o Presidente
da República não o faça no prazo de quarenta e
oito horas após a sanção ou a rejeição do veto.
d) não cabe ser submetida à sanção ou veto do
Presidente da República, diferentemente do que
ocorre com os projetos de lei de iniciativa do
Presidente da República aprovados, sem
modificações, pelo Congresso Nacional.
e) cabe ser alterada pelo Presidente da República
mediante mensagem aditiva, ensejando seu
reexame pelo Congresso Nacional.
31 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Tome em consideração as seguintes afirmativas:
I. Compete ao Tribunal de Justiça do Estado de
Santa Catarina processar e julgar, nos crimes
comuns e de responsabilidade, os juízes e os
membros do Ministério Público, os Prefeitos, bem
como os titulares de Fundações, Autarquias eEmpresas Públicas, nos crimes de
responsabilidade, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.
II. O Prefeito e um quarto dos Vereadores têm
legitimidade para propor, perante o Tribunal de
Justiça do Estado de Santa Catarina, ação direta
de inconstitucionalidade em face da Constituição
do Estado, desde que seu objeto seja lei ou ato
normativo municipal.
III. Compete exclusivamente à Assembleia
Legislativa do Estado de Santa Catarina processar
e julgar o Governador e o Vice –Governador do
Estado nos crimes de responsabilidade, bem como
os Secretários de Estado nos crimes da mesma
natureza conexos com aqueles.
IV. Ocorrendo a vacância dos cargos de
Governador e Vice –Governador nos últimos dois
anos do período governamental, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois daúltima vaga, pela Assembleia Legislativa, por
maioria absoluta, observado que, caso o primeiro
escrutínio não enseje a obtenção dessa maioria
por qualquer dos candidatos, a eleição se fará em
segundo escrutínio por maioria relativa,
considerando –se eleito o mais idoso, no caso de
empate.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) III e IV
c) I e III.
d) I e II.
e) II e IV.
32 – 2015 – FCC – TJ –SC – Juiz de direito
Considere as seguintes afirmativas:
I. O Sistema Nacional de Cultura fundamenta –se
no Plano Nacional de Cultura e nas suas diretrizes,
estabelecidas na política nacional de cultura, e
rege –se, entre outros, pelos princípios da
transversalidade das políticas culturais, da
diversidade das expressões culturais e da
formação de pessoal qualificado para a gestão da
cultura em suas múltiplas dimensões.
II. A assistência social é, nos termos da
Constituição, direito de todos e dever do Estado,
de acesso universal e igualitário, a ser prestada
independentemente de contribuição à seguridadesocial.
III. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação − SNCTI, segundo expressa disposição
constitucional, será organizado em regime de
colaboração entre entes, tanto públicos quanto
privados, com vistas a promover o
desenvolvimento científico e tecnológico e a
inovação.
IV. É inconstitucional lei que proíba o ensino
religioso como disciplina a ser ministrada nos
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horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.
33 – 2015 – FCC – TJ –PI – Juiz de direito
Com base na normativa que regula, no país, as
atividades laborativas realizadas por crianças e
adolescentes, é correto afirmar:
a) É permitido trabalho em regime familiar para a
criança: na condição de aprendiz a partir dos 12
anos, trabalho protegido a partir dos 14 anos e
trabalho regular a partir dos 16 anos.
b) O trabalho educativo não pode ser de qualquer
forma remunerado dada a sua natureza
essencialmente pedagógica.
c) Tanto crianças como adolescentes necessitam
de autorização judicial concedida por meio de
alvará para participarem de espetáculos públicos
e seus ensaios.
d) São proibidos para menores de 18 anos a
realização de horas extras, a remuneraçãovariável ou comissionada, o trabalho externo,
noturno, perigoso e insalubre.
e) É dever das entidades que executam programa
de internação, semiliberdade e liberdade assistida
garantir inserção no mercado de trabalho aos
adolescentes por elas atendidos.
34 – 2015 – FCC – TJ –PI – Juiz de direito
Joana comparece na Vara da Infância e Juventude
e informa intenção de entregar em adoção bebê
que acabou de dar à luz. De acordo com regra
expressa no ECA, se
a) a intenção de Joana persistir após sua inclusão
em programas de orientação e auxílio, pode
justificar, por abandono, a decretação judicial da
perda do poder familiar, sendo juridicamente
irrelevante, por implicar renúncia aos deveres
maternos, sua concordância com a adoção.
b) antes do nascimento do bebê, após avaliação e
orientação, Joana tivesse manifestado eformalizado em juízo sua intenção, já poderia o
juiz deferir a adoção do recém –nascido a
pretendente cadastrado imediatamente após o
parto.
c) formalmente colhida a anuência de Joana com
a adoção, ela pode retratar –se até o início do
processo adotivo.
d) Luiza, amiga de Joana, fica sabendo da entrega
do bebê e comparece posteriormente em juízopostulando sua adoção, por ser conhecida da
família, tem preferência em relação aos
pretendentes cadastrados.
e) o bebê não houver sido registrado, deve o juiz
requisitar a lavratura de seu assento de
nascimento e, caso não definido quem seja o pai,
deflagrar processo de averiguação de
paternidade.
35 – 2015 – FCC – TJ –PI – Juiz de direito
Sobre a Justiça da Infância e Juventude é correto
afirmar:
a) Inexistindo conselhos municipais dos direitos da
criança e do adolescente no Município, cabe à
autoridade judicial efetuar o registro de entidades
não governamentais que executem, na comarca,
programas de acolhimento institucional, bem
como efetuar a inscrição de seus programas.
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b) Tem competência para disciplinar, por meio de
portaria, a entrada e permanência de crianças e
adolescentes em casas de jogos que realizem
apostas e em estabelecimentos que explorem
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere.
c) Tem competência exclusiva para conhecer das
ações de adoção de criança e adolescentes bem
como das ações de destituição do poder familiar.
d) Com o advento do ECA, o juiz da Infância e
Juventude deixou de exercer atividades
fiscalizatórias diretas, passando a apreciar e julgar
ações decorrentes de irregularidades ementidades de atendimentos constadas pelo
Conselho Tutelar, Ministério Público e Defensoria
Pública nas inspeções ordinárias realizadas pelos
órgãos.
e) Tem o juiz a competência, concorrentemente
com o Conselho Tutelar, de determinar o
afastamento da criança ou adolescente do
convívio familiar, cabendo a ambos os órgãos,
sempre que optarem pelo acolhimento
institucional, expedir a respectiva guia.
36 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
O Código de Defesa do Consumidor se utiliza das
expressões “vulnerabilidade e “hipossuficiência"
nos seus artigos. A respeito
deste tema, é correto afirmar:
a)O juiz somente pode inverter o ônus da provano processo civil quando estiverem presentes dois
requisitos: hipossuficiência e verossimilhança da
alegação do consumidor.
b)São expressões sinônimas, uma vez que ambas
definem a situação de fraqueza do consumidor
perante o fornecedor.
c)São sinônimas, mas hipossuficiência é a
expressão utilizada quando se trata de aplicar o
direito processual civil.
d)A vulnerabilidade deve ser declarada pelo juiz
para fins de aplicação das normas mais protetivas
do consumidor.
e)A vulnerabilidade é uma condição pressuposta
nas relações de consumo e a hipossuficiência deve
ser constatada no caso concreto.
37 –2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
É feita uma publicidade na TV, na qual é afirmado
que determinado alimento tem qualidades
terapêuticas para a prevenção de
doenças. Provar a eventual veracidade da
publicidade cabe,
a) a todos os fornecedores da cadeia produtiva.
b) apenas ao anunciante.
c) ao anunciante e ao veículo de comunicação,
solidariamente.
d) ao consumidor que alega a enganosidade, senão for hipossuficiente.
e) ao anunciante e, subsidiariamente, ao veículo
de comunicação.
38 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
No momento de pousar, avião da companhia
aérea VOE BEM acaba ultrapassando a pista e cai
sobre prédio de escritório da companhia áreaBOM POUSO. No que se refere à responsabilidade
civil, considere as seguintes assertivas:
I. Os empregados da empresa Bom Pouso, ou seus
herdeiros, podem ajuizar ação de indenização
contra a empresa Bom Pouso com base no Código
de Defesa do Consumidor.
II. Os transeuntes que passavam em frente à
empresa Bom Pouso, ou seus herdeiros, poderão
ajuizar ação de indenização com base no Código
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de Defesa do Consumidor contra a empresa Voe
Bem.
III. Os empregados da empresa Bom Pouso, ou
seus herdeiros, podem ajuizar ação de
indenização com base no Código de
Defesa do Consumidor contra a empresa Voe
Bem.
IV. Os empregados da empresa Bom Pouso, ou
seus herdeiros, somente podem entrar com ação
de indenização contra a empresa Bom Pouso, que,
por sua vez, terá direito a ação de regresso contraa empresa Voe Bem.
V. Sendo a responsabilidade solidária, as
empresas Voe Bem e Bom Pouso respondem
diante dos empregados daempresa Bom Pouso
com base no Código de Defesa do Consumidor.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e IV.
b) I e Vc) III e V.
d) II e III.
e) II e IV.
39 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
No que se refere à aplicação das sanções
administrativas com base no Código de Defesa doConsumidor, é INCORRETO afirmar:
a)A sanção de contrapropaganda pode ser
imposta tanto administrativamente, quanto
judicialmente.
b)Havendo ação judicial na qual se discuta a
imposição de sanção, a reincidência só se opera
após o trânsito em julgado da decisão judicial.
c)Em se tratado de serviços públicos concedidos,
os órgãos integrantes do Sistema Nacional deDefesa do Consumidor não podem aplicar a pena
de revogação de concessão, devendo encaminhar
o tema à respectiva agência reguladora.
d)A sanção de suspensão de atividade só pode ser
aplicada no caso de reincidência do infrator.
e)A Secretaria Nacional do Consumidor poderá
avocar processos sancionatórios que apurem
infração a direitos difusos em fase de apuração
por mais de um Estado da federação.
40 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
No que se refere ao tema das ações coletivas para
a defesa dos interesses previstos no parágrafo
único do art. 81 do Código de Defesa do
Consumidor, é correto afirmar que,
a)a imposição de multa diária pelo juiz no curso
da ação não depende de pedido do autor da ação.
b)a coisa jugada se limita ao grupo, categoria ou
classe de interessados, quando se tratar de
interesses difusos.c)o ajuizamento de ações de indenização a título
individual induz litispendência, quando se tratar
de interesses individuais homogêneos.
d)a coisa julgada é erga omnes nos casos de
interesses difusos e coletivos.
e)a improcedência da ação que tutelou interesses
difusos sempre faz coisa erga omnes.
41 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
Considere a hipótese de uma explosão ocorrida
em um restaurante, que funcionava dentro de um
shopping center. A explosão foi causada por um
botijão de gás, que ficava na cozinha do
restaurante, e foi tão forte que feriu gravemente
seus empregados, além de pessoas que estavam
jantando, empregados da loja vizinha, um
segurança do próprio shopping center e, ainda,
pessoas que passavam pelo corredor. Levando em
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consideração as regras de responsabilidade
previstas no Código de Defesa do Consumidor –
CDC,
a)as pessoas que estavam passando pelo corredor
e que não haviam adquirido qualquer produto,
não podem pleitear indenização, com base no
CDC, contra o shopping center, posto não se
configurar relação jurídica de consumo.
b)os empregados do restaurante podem pleitear
indenização em juízo, contra o restaurante, com
base no CDC, posto serem vítimas de um acidente
de consumo.
c)o segurança do shopping center pode pleitear
indenização em juízo, contra o restaurante, com
base no CDC, posto se tratar de vítima de um
acidente de consumo.
d)os frequentadores do restaurante que se
feriram não podem pleitear indenização em juízo
contra o shopping center, com base no CDC, posto
não se configurar relação jurídica de consumo
entre eles.
e)o segurança do shopping center pode pleitear
indenização em juízo contra o próprio shopping,
com base no CDC, posto se tratar de vítima de um
acidente de consumo.
42 – 2015 – FCC – TJ –SE – Juiz de direito
Um fabricante de automóvel apresenta
comunicado aos consumidores, via mídia,informando que uma determinada série de
fabricação de seus automóveis apresenta um
problema grave no freio. Alerta, também que: (i)
os consumidores devem, no prazo de 30 dias,
levar o automóvel à concessionária mais próxima
para que o problema seja sanado; (ii) o não
comparecimento do consumidor no prazo
importará em exclusão da responsabilidade da
fabricante. Considerando o Código de Defesa do
Consumidor, tal informe publicitário:
I. Não atende à legislação, uma vez que a
responsabilidade do fabricante persiste mesmo
após o vencimento do prazo fixado no informe.
II. Atende à legislação, uma vez que o não
atendimento ao recall pelo consumidor
caracteriza sua culpa exclusiva.
III. Não está adequado, uma vez que o prazo de
garantia no caso de vício em produtos duráveis é
de 90 dias.
IV. Não está adequado, uma vez que com a
ocorrência de responsabilidade solidária pelodefeito do produto entre a montadora e a
concessionária, o prazo para sanar os vícios dos
produtos deve ser contado em dobro, ou seja, o
prazo é de 60 dias.
V. É aceitável a fixação do prazo em 30 dias para
demonstrar a urgência do recall, uma vez que a
legislação não estabelece prazo para tal hipótese.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e V.
b) I e II.
c) II e V.
d) III e IV.
e) IV e V.
43 – 2016 – FCC – Prefeitura de São Luiz – MA –
Procurador Municipal
De acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho, em face do despacho que não receber o
agravo de petição,
a) deverá ser interposto agravo de instrumento no
prazo de 10 dias, que suspenderá a execução da
sentença.
b) não caberá recurso, uma vez que, na Justiça do
Trabalho, as decisão interlocutórias são
irrecorríveis.
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c) deverá ser interposto agravo de instrumento no
prazo de 8 dias, que suspenderá a execução da
sentença.
d) deverá ser interposto agravo de instrumento
no prazo de 8 dias, que não suspenderá a
execução da sentença.
e) deverá ser interposto agravo de instrumento no
prazo de 10 dias, que não suspenderá a execução
da sentença.
44 – 2016 – FCC – Prefeitura de São Luiz – MA – Procurador Municipal
Camilo, metalúrgico, ajuizou reclamação
trabalhista em face da empresa Q. Na audiência
de instrução e julgamento, Camilo, hospitalizado,
enviou, para o representar, Carlos, metalúrgico,
que também trabalha na empresa Q, sem
comunicar com antecedência à Justiça do
Trabalho. Neste caso, de acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho,
a) Camilo fez correto e não terá nenhum prejuízo.
b) o processo será arquivado pela ausência de
Camilo, podendo ele ajuizar outra reclamação
trabalhista após 6 meses do arquivamento.
c) o processo será arquivado uma vez que não foi
comunicada a referida representação com a
antecedência mínima de 48 horas.
d) o processo será arquivado pela ausência de
Camilo, podendo ele ajuizar imediatamente outra
reclamação trabalhista.
e) o processo será arquivado, uma vez que não foi
comunicada a referida representação com a
antecedência mínima de 24 horas.
45 – 2015 – FCC – MANAUSPREV – Procurador
Autárquico
A respeito da relação de trabalho e da relação de
emprego, é INCORRETO afirmar:
a) A relação de trabalho não é gratuita ou
voluntária, mas sim onerosa, pois haverá uma
prestação de serviços vinculada a uma
contraprestação remuneratória.
b) A relação de emprego fica descaracterizada
quando houver intermitência do trabalho no
módulo semanal, ou seja, os serviços não são
prestados diariamente, cumprindo –se a jornada
de trabalho máxima prevista em lei.
c) A relação de trabalho é gênero da qual a
relação de emprego é espécie.
d) A subordinação é o principal elemento
diferenciador entre a relação de emprego e as
atuais modalidades de prestação de trabalho
autônomo.
e) A pessoalidade na prestação dos serviços é um
elemento essencial da relação de emprego por ser
o contrato de trabalho de caráter intuitu personae
em relação ao empregado.
46 – 2015 – FCC – MANAUSPREV – Procurador
Autárquico
Em relação à Formação Histórica do Direito do
Trabalho, considere:
I. O Direito do Trabalho apresenta como uma de
suas características a restrição da liberdade
contratual que impõe limitações à autonomia da
vontade através de normas cogentes e de
garantias sociais.
II. A Encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII
que considerou o trabalho como um elemento de
dignidade humana preconizando por um salário
justo é considerada um marco da doutrina social
da Igreja Católica e suas ideias tiveram grande
relevância no surgimento do Direito do Trabalho.
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III. Os defensores da natureza jurídica de Direito
Público para o Direito do Trabalho ponderam que
ele surgiu como vertente do Direito Civil,
inspirado na locação de serviços e a principal
relação que é objeto de seu estudo possui
natureza contratual.
IV. Todas as Constituições do Brasil apresentaram
normas de Direito do Trabalho e de proteção ao
trabalhador, sendo que a Constituição de 1946
ficou marcada pela valorização do direito coletivo
com a proibição de interferência do Poder Público
na organização sindical e enumerou uma série dedisposições referentes aos direitos individuais dos
trabalhadores no Título da Ordem Social.
V. O Direito do Trabalho é um instrumento de
realização da justiça social e de tutela do
trabalhador e suas funções somente podem ser
cumpridas se previstas em uma estrutura jurídica
formal que molde seu conteúdo e fixe os
preceitos e as sanções determinantes dos
comportamentos autorizados ou proibidos nas
relações entre trabalhadores e empregadores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III, IV e V.
b) I, III e V.
c) I e IV.
d) I, II e V.
e) II e IV.
47 – 2015 – FCC – MANAUSPREV – Procurador
Autárquico
Dentre as fontes formais do Direito do Trabalho
NÃO se incluem:
a) a sentença que decide a ação civil pública e os
fenômenos sociais, econômicos e políticos.
b) as sentenças normativas e os tratados
internacionais ratificados pelo Brasil.
c) os acordos e as convenções coletivas de
trabalho.
d) as leis ordinárias e as leis complementares.
e) os decretos e as medidas provisórias
48 – 2015 – FCC – MANAUSPREV – Procurador
Autárquico
Os princípios são proposições genéricas que
exercem as funções informativa, normativa e
interpretativa da ciência jurídica. Em relação aosprincípios aplicáveis ao Direito do Trabalho, é
correto afirmar:
a) Derivado do princípio da intangibilidade salarial
surge o princípio da irredutibilidade salarial que
admite exceções somente quando houver
autorização expressa do trabalhador.
b) Desde que o trabalhador seja maior e capaz
serão válidas a renúncia e a transação,
independentemente de previsão legal, ainda quelhe importem em prejuízos indiretos.
c) São princípios constitucionais específicos do
Direito do Trabalho: liberdade sindical,
reconhecimento das convenções e acordos
coletivos, proteção em face da automação.
d) O princípio da continuidade do contrato de
trabalho constitui em presunção favorável ao
empregador, razão pela qual o encargo em provar
o término do contrato de trabalho é do
trabalhador, quando negadas a prestação dos
serviços e o despedimento.
e) Com o objetivo de assegurar a eficácia e a
segurança dos atos jurídicos no Direito do
Trabalho, como regra geral, a formalidade deve
prevalecer sobre a realidade dos fatos.
48 – 2015 – FCC – MANAUSPREV – Procurador
Autárquico
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Em relação a contraprestação pecuniária paga ao
empregado em decorrência da prestação dos
serviços, é correto afirmar:
a) Em caso de dano causado ao empregador
resultante de ato doloso do empregado, pode
haver desconto salarial mesmo sem a sua
autorização; mas se o dano decorrer de ato
culposo, é necessário que esta possibilidade tenha
sido acordada.
b) O empregado readaptado em nova função por
motivo de deficiência física ou mental atestada
pelo órgão da Previdência Social poderá servir deparadigma para fins de equiparação salarial.
c) Integram o salário a importância fixa estipulada,
assim como as gratificações ajustadas, as ajudas
de custo e os abonos pagos pelo empregador, não
integrando as comissões e percentagens.
d) Em nenhuma hipótese o pagamento do salário
poderá ser estipulado por período superior a um
mês, devendo ser efetuado até o décimo dia
corrido do mês subsequente ao vencido.
e) A Consolidação das Leis do Trabalho considera
gorjeta apenas a importância que for cobrada pela
empresa ao cliente como adicional nas contas e
destinada à distribuição aos empregados e não a
importância espontaneamente dada pelo cliente.
50 – 2015 – FCC – MANAUSPREV – Procurador
Autárquico
Considere as assertivas sobre relações de
trabalho:
I. O empregado doméstico não tem direito ao
pagamento de horas extraordinárias e ao
recolhimento dos depósitos no Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço por ausência de disposição
legal, nesse sentido, relativa à categoria.
II. O trabalhador avulso terá igualdade de direitos
em relação ao trabalhador com vínculopermanente, conforme disposição constitucional.
III. A duração do estágio, no mesmo concedente,
não poderá exceder a dois anos, salvo no caso do
portador de deficiência.
IV. O trabalho temporário corresponde a uma
relação triangular que envolve o trabalhador
temporário que presta serviços a uma empresa
tomadora dos serviços por intermédio de uma
empresa de trabalho temporário.
V. O estagiário e o trabalhador temporário não
têm nenhum tipo de relação empregatícia, seja
com o tomador dos seus préstimos ou com a
empresa fornecedora de mão de obra temporária.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) II, IV e V.
c) I, III e V.
d) I, II e V.
e) II, III e IV.
51 – 2016 – FCC – Prefeitura de São Luiz – MA –
Procurador Municipal
A Constituição Federal atribui competência aos
entes federados para instituir e cobrar impostos.
De acordo com o texto constitucional, incide
a) o ICMS, de competência estadual, na etapa decomercialização de videofonogramas musicais
produzidos no Brasil, contendo obras musicais de
autores brasileiros.
b) o ITR, de competência da União, sobre
pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando
as explore o proprietário que possua outros
imóveis.
c) o ISS, de competência municipal, sobre a
prestação de serviço de comunicação.
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d) o ITCMD, de competência estadual, sobre a
transmissão onerosa de direitos reais sobre bens
imóveis localizados em seu território.
e) o IPI, de competência da União, sobre o ouro
ativo financeiro ou instrumento cambial, quando
de sua a transformação em lingotes, para fins de
seu armazenamento, nos cofres do Banco Central
do Brasil.
52 – 2016 – FCC – Prefeitura de São Luiz – MA –
Procurador MunicipalJosé de Almeida, pessoa natural, com 77 anos de
idade, adquiriu, em 2015, por meio de contrato de
venda e compra, bem imóvel localizado em
Município do Estado do Maranhão. De acordo
com a lei desse Município, o adquirente do bem
imóvel é o contribuinte do ITBI.
Nesse mesmo ano, um Agente Fiscal desse
Município maranhense deu início aos trabalhos de
fiscalização relativos a essa transmissão
imobiliária, junto à pessoa do adquirente, Sr. José
de Almeida, sem, no entanto, lavrar os termos
necessários para documentar o início do
procedimento, e sem fixar o prazo máximo para a
sua conclusão.
Para agilizar esses trabalhos de fiscalização, o
referido Agente Fiscal intimou também, por
escrito, tanto o tabelião que lavrou a escritura de
venda e compra, como a instituição financeira em
que o Sr. José mantinha depositados os recursosfinanceiros utilizados para essa aquisição, para
que prestassem todas as informações de que
dispunham a respeito do negócio entabulado.
Anote –se, ainda, que lei daquele Município
isentava do ITBI todos os contribuintes que
tivessem mais de 75 anos de idade, na data da
ocorrência do fato gerador.
De acordo com as normas do Código Tributário
Nacional,
a) o Agente Fiscal não estava obrigado a lavrar os
termos necessários à documentação do início do
procedimento, porque pessoas naturais não
possuem livros fiscais nos quais essa lavratura
possa ser feita.
b) a instituição financeira em que José mantinha
seus recursos financeiros estava obrigada a
prestar as informações solicitadas pelo Agente
Fiscal.
c) José de Almeida não pode ser fiscalizado
unicamente pelo fato de ser beneficiário de
isenção prevista em lei municipal.
d) José de Almeida não pode ser fiscalizado
unicamente pelo fato de ser pessoa natural.
e) o tabelião que lavrou a escritura de venda e
compra não poder ser intimado a prestar as
referidas informações, porque não é contribuinte
do ITBI.
53 – 2015 – FCC – TJ –PI – Juiz de direito
Atenção: Para responder a questão, considere a
seguinte situação hipotética:
Banco Gaita S/A, instituição financeira
regulamente constituída segundo as leis
brasileiras, com estabelecimento matriz em Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul e
estabelecimento filial em Teresina, Estado do
Piauí, onde desempenha suas atividades
empresariais em imóvel próprio.
No curso de suas atividades empresariais, e
visando melhor atender ao mercado consumidor
piauiense, a matriz do Banco Gaita S/A remeteu
para sua filial bens do seu ativo permanente e de
uso e consumo. Os veículos que transportavam
esses bens foram retidos no posto fiscal pela
fiscalização tributária piauiense, ocasião em que
se exigiu do transportador a apresentação da nota
fiscal de transferência desses bens, cuja emissão
pelas instituições financeiras é obrigatória,segundo o que dispõe a legislação estadual
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criadora do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação − ICMS naquele estado do Nordeste.
Como o Banco Gaita S/A deixou de emitir esse
documento exigido pela legislação estadual,
lavrou –se contra ele auto de infração para
formalizar o lançamento da multa aplicada, após o
que o veículo de transporte retomou o curso de
sua viagem. Neste caso, e segundo a disciplina
constitucional e infraconstitucional aplicável, o
auto de infração lavrado é
a) improcedente, pois não sendo a operação em
comento sujeita à tributação do ICMS, vulnera o
princípio da razoabilidade a exigência fixada pela
legislação estadual.
b) nulo, pois é inadmissível a retenção de veículo
de transporte como meio coercitivo para o
cumprimento de obrigação tributária.
c) procedente, pois interesses da Administração
Tributária podem justificar a obrigatoriedade da
emissão da nota fiscal em casos como este.
d) procedente, pois é possível à pessoa tributante
criar obrigações tributárias acessórias para
entidades imunes ou isentas do ICMS.
e) improcedente, pois o Banco Gaita S/A não é
sujeito à tributação do ICMS pela remessa, para
sua filial, de bens do seu ativo permanente e de
uso e consumo.
54 – 2015 – FCC – TJ –PI – Juiz de direito
Atenção: Para responder a questão, considere a
seguinte situação hipotética:
Banco Gaita S/A, instituição financeira
regulamente constituída segundo as leis
brasileiras, com estabelecimento matriz em Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul e
estabelecimento filial em Teresina, Estado do
Piauí, onde desempenha suas atividadesempresariais em imóvel próprio.
Em Teresina o Banco Gaita S/A presta “Serviços
relacionados ao setor bancário ou financeiro,
inclusive aqueles prestados por instituições
financeiras autorizadas a funcionar pela União ou
por quem de direito", passíveis de tributação por
meio do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza − ISS, por serem expressamente
contemplados no item 15 da Lista de serviços
anexa à Lei Complementar federal n° 116/2003.
De seu turno, a lei daquele Município nordestino
tributa pelo ISS o preço desses serviços à alíquota
de 5%. Procurando incrementar sua
competitividade no referido Município, osdirigentes do Banco Gaita S/A reúnem –se com o
líder da oposição da Câmara de Vereadores do
Município de Teresina, após o que o parlamentar
se comprometeu a apresentar projeto de lei
(i) reduzindo a alíquota do ISS incidente nestes
casos para 3% e, adicionalmente,
(ii) concedendo benefício fiscal consistente no
desconto de 50% do ISS devido pelas instituições
financeiras que se comprometerem a manterestabelecimentos bancários em Teresina pelo
prazo mínimo de 5 anos.
Após regular processo legislativo, a lei, com estas
disposições normativas é aprovada e publicada.
Em seu juízo, e segundo a disciplina constitucional
aplicável ao caso, esta lei é
a) parcialmente constitucional, pois a iniciativa de
lei em matéria de isenção e redução de tributos
não é privativa do Chefe do Poder Executivo,tendo sido vulnerada, contudo, a disciplina
constitucional balizadora do benefício fiscal
concedido, permanecendo incólume, a despeito
disto, a fixação da nova alíquota do ISS.
b) integralmente constitucional, pois a iniciativa
de lei em matéria de isenção e redução de
tributos não é privativa do Chefe do Poder
Executivo, não tendo sido vulnerada, ainda, a
disciplina constitucional balizadora da nova
alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
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c) integralmente inconstitucional, pois a iniciativa
de lei em matéria de isenção e redução de
tributos é privativa do Chefe do Poder Executivo,
apesar de não ter sido vulnerada a disciplina
constitucional balizadora da nova alíquota do ISS
e do benefício fiscal concedido.
d) integralmente inconstitucional, pois, apesar de
a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução
de tributos não ser privativa do Chefe do Poder
Executivo, restaram vulneradas as disciplinas
constitucionais balizadoras da nova alíquota do
ISS e do benefício fiscal concedido.e) parcialmente constitucional, pois a iniciativa de
lei em matéria de isenção e redução de tributos
não é privativa do Chefe do Poder Executivo,
tendo sido vulnerada, contudo, a disciplina
constitucional balizadora da nova alíquota do ISS,
permanecendo incólume, a despeito disto, o
benefício fiscal concedido.
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estabelecimento filial em Teresina, Estado do
Piauí, onde desempenha suas ativid