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PREPARAR O FUTURO

Para quem não conheça, é talvez surpreendente saber que a grande maioria dos 30 primeiros projetos de Álvaro Siza Vieira foi construída em Matosinhos, uma pequena cidade vizinha do Porto, muitos anos antes de o Prémio Pritzker ter sido atribuído ao arquiteto. Isto não aconteceu, todavia, por acaso. Desde a década de 1950 que Matosinhos mantém uma intensa relação com a arquitetura e uma colaboração estreita com arquitetos como Fernando Távora, Eduardo Souto de Moura, Alcino Souti-nho e, claro, Álvaro Siza Vieira, tendo ainda recentemente visto nascer aqui o empolgante edifício do novo terminal de cruzeiros de Leixões, projetado por Luís Pedro Silva e já vencedor de alguns prémios internacionais.

Foi neste contexto privilegiado que nasceu a ideia de sediar a Casa da Arquitectura Centro Português de Arquitectura naquela que é também a terra natal de Álvaro Siza Vieira. Pretendemos que, a partir de Matosinhos, Portugal tenha um centro internacio-nal de exposição, arquivo e estudo da disciplina.

Procedemos, para isso, à reabilitação integral do primeiro quar-teirão industrial da cidade, datado do século XIX, para aqui insta-lar aquela que será, já em 2017, a primeira instituição portuguesa total e exclusivamente dedicada à divulgação, ao arquivo e à valorização da arquitetura, mas também ao debate e à reflexão sobre esta arte a que Matosinhos está profundamente ligada.

Fazemo-lo por estarmos absolutamente convencidos da grande importância cultural deste projeto – mas também, e sobretudo, por ser este um modo de preparar o terreno onde o futuro florirá. Porque a Arquitetura merece, este é o nosso contributo nacional.

GUILHERME PINTOPRESIDENTE DA CASA DA ARQUITECTURA E DA CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

© C.M.M.

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DESAFIOS E DIÁLOGOS

NUNO SAMPAIODIRETOR EXECUTIVO DA CASA DA ARQUITECTURA

ARQUITETO E PROGRAMADOR CULTURAL

01.No atual contexto global, criar uma instituição sociocultural com ambição internacional e gerar a respetiva programação são de-safios que exigem refletir sobre o respetivo papel como veículos geradores de conhecimento e reflexão, e promotores de cidada-nia e opinião pública.

Por razões diversas, são maiores os desafios na Arquitetura e em Portugal, tanto pela existência de experiências internacionais comparáveis e pelas expectativas por estas criadas, quanto pela contingência periférica e inexistência de situações análogas na-cionais.

Daí que entender a conjuntura portuguesa nas diversas dimen-sões sociais, económicas, profissionais e culturais, a par da sua relação com o mundo global, é ponto de partida para poder pensar a vocação de uma instituição dedicada à Arquitetura. Arquitetura como disciplina, mas também na sua condição con-temporânea num mundo cada vez mais instável, imprevisível e em constante mudança.

02.Neste quadro e em primeiro lugar, a CASA DA ARQUITECTURA – Centro Português de Arquitectura pretende contribuir decisiva-mente para a reflexão e investigação disciplinares, tornando-se tão aberta, participada, alargada, transversal e profunda quanto possível. Para isso:a) promoverá a constituição, conservação e valorização de co-leções próprias - espólios e acervos, coleções de projetos, biblio-gráficas e documentais – com acesso público; b) criará condições para reflexão, investigação e prospeção a partir do tempo presente; c) e ajudará a construir perspetivas sobre o devir disciplinar da Arquitetura.

Ou seja, a CASA pretende contribuir para novas narrativas e no-vos discursos sobre o passado, o presente e o futuro da Arquite-tura.

Em segundo lugar, a CASA quer levar a Arquitetura para além dos limites da profissão, aproximando-a do grande público e gerando novos públicos, designadamente entre os mais jovens, de forma percetível, clara, descodificada, capaz de promover diálogos com o visitante, e incentivando-o a ser interlocutor ativo, exigente e participativo na sociedade.

Em terceiro lugar, a CASA quer-se como espaço aberto, com acesso universal à informação e conhecimento acumulados e a redes de informação e conhecimento, um espaço de encon-tro intergeracional, de programação cruzada, oriunda de várias geografias e contextos, onde existirá espaço para participação extraprogramação ou mesmo espontânea.

03.Apesar de ter iniciado atividade em 2007, refira-se que a CASA DA ARQUITECTURA, com as suas novas instalações no edifício da antiga Real Vinícola em Matosinhos, poderá agora potenciar a sua missão enquanto Centro Português de Arquitectura, tornan-do-se assim na primeira instituição portuguesa exclusivamente vocacionada para a Arquitetura com diferentes valências, jun-tando arquivos a espaços expositivos.

Daqui decorrem, também, novas formas de atuação e de ação, visando incentivar relacionamentos institucionais diferenciados para uma mais integrada produção cultural no contexto nacio-nal, desde logo a produção relacionada com a Arquitetura.

A CASA quer fomentar e participar na criação de uma Rede Nacional de Arquivos de Arquitetura, articulando partilha de in-formação, conhecimento e investigação, e ajudando no trata-mento arquivístico de acervos e espólios detidos pelos diversos agentes da rede. Não obstante, terá o seu lugar e percurso, na justa medida da construção de um acervo próprio.

O conceito de rede estende-se também à programação, quer a nível nacional, com a CASA a poder ser “montra expositiva” da Rede Nacional de Arquivos de Arquitetura, quer a nível inter-nacional, ao privilegiar produções conjuntas entre entidades de países diversos, mas também trazendo a Portugal o melhor da

© Casa da Arquitectura

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produção internacional especializada. Aliás, a CASA DA ARQUI-TECTURA estará presente no circuito internacional de cultura e arquitetura.

04.Assim, a atividade da CASA estrutura-se em três eixos fundamen-tais: a) constituição, tratamento e valorização do acervo de Arquite-tura (espólios e coleções); b) visitas de Arquitetura; c) promoção e celebração da Arquitetura, onde se incluem as exposições, conferências, debates e workshops, definidas em planeamento trianual.

COLEÇÕESEstá em preparação a primeira fase de tratamento dos arquivos da Casa que incluem conjuntos documentais que estão já na posse da instituição, dos quais salientam-se, entre outros, projetos como o do Novo Museu Nacional dos Coches de Paulo Mendes da Rocha ou das cooperativas de habitação da Quinta da Seara de João Álvaro Rocha, assim como um conjunto de documen-tos do antigo Centro de Documentação Álvaro Siza. Irá transitar para a CASA DA ARQUITECTURA o acervo da Câmara Municipal de Matosinhos que inclui projetos de diversos autores, tais como os das Piscinas de Marés e Quinta da Conceição de Álvaro Siza, da Câmara e Biblioteca Municipal de Matosinhos de Alcino Sou-tinho, da Quinta da Conceição de Fernando Távora, assim como projetos ganhadores de distintos prémios de arquitetura também construídos em Matosinhos.

Constitui objetivo central da CASA DA ARQUITECTURA, enquan-to Centro Português de Arquitetura, a formação de um acervo mais vasto, de projeção cultural relevante e internacional, com coleções selecionadas por equipas curatoriais que circunscreve-rão um significativo número de projetos em momentos temporais bem definidos, da autoria de um alargado conjunto de arquite-tos. Estas primeiras coleções visam construir panoramas transver-sais da produção arquitetónica de Portugal, do Brasil e, no futuro, de outros países e territórios de língua portuguesa.

“Arquitetura Portuguesa de 1974 a 1999 - 25 anos de Democracia em Portugal”, comissariada por João Belo Rodeia, Graça Correia e Ricardo Carvalho, constitui uma dupla coleção que incluirá cerca de “200 projetos de referência” de cerca de 100 autores, acompanhada por outra de periódicos e catálogos no mesmo período, incidindo sobre revistas de arquitetura e catálogos de exposições.

“Coleção Arquitetura Brasileira”, comissariada por Guilherme Wis-nik e Fernando Serapião, será constituída por 70 projetos e 100 publicações selecionadas que permitirão ter uma visão significa-tiva sobre o panorama da produção moderna e contemporânea do Brasil. Em simultâneo a estas duas coleções, está a ser equacionada a formação do primeiro conjunto de espólios individuais a integrar o acervo da Casa.

Importará sublinhar que à garantia de conservação documental e tratamento arquivístico associa-se o (re)conhecimento público dos acervos, quer pela disponibilização de consulta dos docu-mentos, quer pela preparação de futuras exposições enquanto premissas de investigação, reflexão, valorização e divulgação do trabalho dos arquitetos e da cultura arquitetónica.

VISITASAlém do acervo documental, a CASA DA ARQUITETURA fomen-tará o conhecimento e divulgação dos “espólios vivos” dos ar-quitetos, ou seja, dos edifícios à cidade. A visita de arquitetura pretende valorizar a experiência direta da arquitetura como con-traponto ao mundo virtual. Se, por um lado, a proliferação da imagem digital permite a divulgação do trabalho do arquiteto, por outro, provoca equívoca ilusão quanto à obra arquitetónica.

A visita de arquitetura apresenta-se como uma oportunidade para a valorização da obra, entre as relações com contextos, a vivência dos espaços e o seu uso, as suas escalas e proporções, a construção e materialidades, permitindo outras leituras para mais completa compreensão da obra arquitetónica e da própria Ar-quitetura.

Às regulares visitas aos edifícios da CASA da Rua Roberto Ivens, às Piscinas de Marés e à Casa de Chá da Boa Nova, as duas últimas integradas no património cultural português e entregues por comodato à CASA DA ARQUITETURA, promover-se-ão roteiros nacionais e internacionais de arquitetura.

O Open House Porto, que a partir da próxima edição, em 2017, será da exclusiva organização da CASA, continuará a ser uma grande aposta para disponibilizar uma oferta diferenciada em três cidades em simultâneo: Porto, Gaia e Matosinhos. Constitui objetivo manter a qualidade do programa e o número de visitan-tes que, na edição passada de 2016, atingiu mais de 30.000 visitas em apenas 2 dias. PROGRAMAÇÃOEstão definidas duas linhas de programação para os dois espaços expositivos distintos, com objetivos diferenciados e que permitem aumentar e flexibilizar a oferta:a) A Grande Sala receberá as exposições centrais e estruturantes da programação. Serão exposições próprias, coproduções, e ex-posições realizadas por entidades parceiras.

No primeiro ano, a programação apostará em representações coletivas e, no segundo ano, haverá exposições individuais alter-nadas com as coletivas. No terceiro ano de atividade, e após a conclusão da primeira fase do tratamento arquivístico do acervo da Casa, serão realizadas as exposições temáticas referentes às coleções.

b) A Galeria da Casa será destinada a exposições e iniciativas de curta duração, aberta a propostas externas e provindas, em regra, de curadorias autopropostas.

Além desta programação, haverá ainda a realizada fora de por-tas, nacional ou internacional. No início do ano de 2017, a CASA DA ARQUITETURA irá lançar uma open call para que curadores e entidades proponham iniciativas.

A CASA DA ARQUITETURA – Centro Português de Arquitectura abrirá as suas novas instalações com a Exposição e publicação “Poder Arquitectura”, comissariadas por Jorge Carvalho, Pedro Bandeira e Ricardo Carvalho. O Livro conterá uma reflexão dis-ciplinar sobre o tema, sendo a exposição organizada para poder comunicar com o grande público. Pretende-se com este tema questionar como a sociedade contemporânea e a arquitetura trabalham em conjunto, e de que forma se influenciam e deixam influenciar mutuamente.

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O programa paralelo “Please Share”, comissariado por Roberto Cremascoli, decorrerá durante a permanência da exposição e irá abordar os 8 poderes enunciados num debate constante entre a profissão e outros agentes culturais, políticos, económicos da sociedade, estando previstos debates, conferências, workshops, a realizar junto da exposição e em diversos lugares noutras geo-grafias.No segundo semestre será apresentada, pela primeira vez em Portugal, a exposição “Os Universalistas”, comissariada por Nuno Grande e inaugurada em Paris em 2016 numa coprodução entre a Fundação Gulbenkian e a Cité de l’Architecture et du Patrimoi-ne. A sua concretização em Portugal é feita em parceria destas entidades com a CASA DA ARQUITETURA.

Trata-se de uma retrospetiva crítica que propõe um “olhar sobre meio século de pensamento e produção arquitetónica portugue-sa”, dividida em 5 momentos distintos que refletem as transforma-ções sociopolíticas em Portugal nos últimos 50 anos: Universalismo versus Nacionalismo, Colonialismo, Revolução, Europeísmo e Glo-balização.

Esta exposição gerará, no seu programa paralelo, oportunidades de debate nacional e internacional, bem como de diálogo gera-cional entre distintas visões sobre estes 5 momentos da história da arquitetura portuguesa.

A CASA DA ARQUITETURA, inseparável das suas novas instalações que permitem cumprir o pleno da sua missão enquanto Centro Português de Arquitetura, contribuirá assim para que a Arquitetu-ra possa cada vez mais assumir o papel que lhe cabe no contex-to nacional e internacional, valorizando o melhor da sua produ-ção na melhoria do ambiente construído e da qualidade de vida dos cidadãos, e relevando-a como recurso cultural estratégico de Portugal no Mundo e do Mundo em Portugal.

Be a Part Of . 07.16 © Casa da Arquitectura

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FERNANDO ROCHAVEREADOR DA CULTURA DA CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS

CONFIANÇA E RESPONSA-BILIDADE

© C.M.M.

O antigo quarteirão da Real Vinícola foi o primeiro grande edifício industrial de Matosinhos a ser construído após o início da edifica-ção, no século XIX, do Porto de Leixões, o qual havia de transfor-mar radicalmente o rosto e a vocação da cidade. A decisão de reabilitar esta joia da arqueologia industrial para nela instalar a Casa da Arquitectura-Centro Português de Arquitectura obede-ce, pois, a uma estratégia municipal que, cuidando da cultura contemporânea e da sua projeção no futuro, não descura a im-periosa necessidade de preservar a memória e o património nas suas mais diversas vertentes.

Enquanto instituição vocacionada para a valorização e divulga-ção da arquitetura, a Casa da Arquitectura- Centro Português de Arquitectura é, desde há algum tempo, um parceiro fundamen-tal da estratégia de preservação do património arquitetónico da Câmara Municipal de Matosinhos. Para além das suas futuras instalações, a Casa da Arquitectura é já responsável por gerir, promover e preservar a Casa de Chá da Boa Nova e a Piscina das Marés de Leça da Palmeira, dois dos principais projetos de Álvaro Siza Vieira, bem como a antiga casa da família Siza. Estes edifícios foram entregues pela Câmara de Matosinhos à Casa da Arquitectura por contrato de comodato.

Pelo mesmo motivo, a Câmara Municipal de Matosinhos enten-deu também que a Casa da Arquitectura Centro Português de Arquitectura é a instituição mais adequada para guardar e pre-servar o valioso acervo de arquitetura da autarquia, que inclui vários projetos de Álvaro Siza Vieira (entre os quais o da Casa de Chá da Boa Nova e o da Piscina das Marés), mas também traba-lhos de Fernando Távora, que se junta os projetos de Paulo Men-des da Rocha e Alcino Soutinho, ou parte do arquivo de Eduardo Souto de Moura, confiado à guarda da câmara.

A Casa da Arquitectura - Centro Português de Arquitectura as-sume-se, assim, como um parceiro privilegiado desta estraté-gia de preservação e valorização do património arquitetónico. Pretendemos, por isso, que a Casa tire partido da tradição e do trabalho de décadas da Câmara Municipal de Matosinhos, e se transforme também, e com toda a naturalidade, numa instituição de referência nesta matéria, e não apenas para Matosinhos, mas para o país e para o mundo. Que seja, enfim, um espaço onde se cuide dos acervos, levando-os ao conhecimento público, que trate e torne visíveis os edifícios, e que ajude a compreendê-los na sua originalidade e importância histórica, contribuindo para formar não apenas os arquitetos do futuro, mas também, e so-bretudo, aqueles que então habitarão os edifícios de uma forma mais consciente.

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REAL VINÍCOLA

ESPAÇOTEMPO E MATÉRIA

GUILHERME MACHADO VAZARQUITETO . AUTOR DO PROJETO REAL VINÍCOLA

© Guilherme Vaz

Através de uma investigação do contexto histórico dos edifícios industriais da Real Vinícola, construídos entre 1897 e 1901, o proje-to de arquitetura - 100 anos depois - tem como suporte as ruínas existentes no local e a sua reabilitação.

“No momento em que o edifício rui” segundo Simmel, “isso não significa outra coisa senão que as meras forças da natureza co-meçam a predominar sobre a obra humana: a equação entre natureza e espírito humano desloca-se em favor da natureza”.

O objetivo principal deste projeto foi restabelecer o equilíbrio das forças entre a natureza e o espírito humano. Um equilíbrio que passou por uma negociação com ambos. Com a natureza, que reivindica, numa luta infindável, um espaço que outrora foi seu; o espírito humano manifestado há cem anos atrás e que construiu esse espaço; e aquele que obrigatoriamente terá de se manifes-tar hoje e dialogar com os anteriormente referidos.

Exemplo desse diálogo, são as árvores que se mantêm no interior de um dos edifícios e que foram mantidas, criando-se - para que tal fosse viável - pátios exteriores. O edifício voltou a ser ocupado, mas respeitou-se o direito adquirido pela natureza ao longo dos anos em que o local esteve ao abandono.

Procurou-se desenhar – sempre que possível - de acordo com o projeto original. Toda a volumetria exterior foi recuperada, o de-senho das asnas de madeira manteve-se, reconstruiram-se car-pintarias. Procurou-se manter o espírito industrial do lugar.

Houve alteração de funções, o que implicou novos espaços, in-fraestruturas e legislação a ser cumprida. As caixas de escadas em betão colocadas no exterior do edifício foram necessárias por razões de segurança contra incêndio. Optou-se por não as introduzir no interior devido ao impacto negativo que as mesmas teriam na estrutura de aço da laje que exprime toda a sua beleza na repetição quase infinita do módulo estrutural criado pelos pila-res e as vigas. Foi necessário abrir-se janelas no alçado nascente do quarteirão. Uma vez que estávamos a introduzir um novo ele-mento no projeto, optámos por assumir o carácter contemporâ-neo da intervenção em vez de a dissimular, funcionando a janela como uma moldura que é encostada à parede, contrariamente às janelas existentes que são massa retirada à mesma.

Para além de procurar este equilíbrio entre as diferentes forças intervenientes, quisemos que o mesmo fosse visível e se manifes-tasse em toda a sua verdade porque acreditamos que a matéria deveria, neste caso particular, ser lida no espaço e no tempo.

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© Casa da Arquitectura

© Casa da Arquitectura

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A CASA DA ARQUITECTURA, criada em 2007, é uma entidade cul-tural sem fins lucrativos que tem vindo a afirmar-se no universo da criação e programação de conteúdos para a divulgação e afirmação nacional e internacional da Arquitetura junto da so-ciedade.

A sua ação envolve não só arquitetos, mas pessoas e entidades de várias áreas culturais e sociais que incentivam e patrocinam a missão em que acreditam, no interesse público da Arquitetura.

Na sua Direção estão representadas as seguintes entidades: Câ-mara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal do Porto, Câ-mara Municipal de Vila Nova de Gaia, Ordem dos Arquitectos, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Adminis-tração dos Portos do Douro e Leixões e Associação Empresarial do Porto.

A sua missão abrange as seguintes linhas de atuação e ação:Tratar, arquivar e dar a conhecer, através de diversos instrumen-tos, os acervos e espólios de Arquitetura doados, depositados ou entregues ao seu cuidado;Criar uma coleção de obras iconográficas e emblemáticas da cultura arquitetónica nacional e internacional;Desencadear a criação de uma rede de arquivos nacionais de Arquitetura;Incrementar e apoiar a investigação e divulgação do conheci-mento no domínio da Arquitetura;Realizar conferências, colóquios, conversas, workshops e outras atividades relacionadas com o debate, a reflexão e a promoção da Arquitetura e das Artes;Editar e publicar, sob diversas formas e suportes, obras relaciona-das com a Arquitetura nacional e internacional;Estimular o intercâmbio com entidades congéneres nacionais ou internacionais, no domínio das suas atividades;

Potenciar a cooperação com instituições de ensino, museus, or-ganizações e associações culturais ou empresariais, cujos objeti-vos sejam a valorização e promoção da Arquitetura; Administrar, gerir e divulgar os espaços e os imóveis a seu cuida-do;Fomentar atividades de caráter lúdico, turístico, cultural e social destinadas a diversos públicos que contribuam para o melhor e maior conhecimento da Arquitetura nacional e internacional.

De acordo com a sua missão, a CA pretende afirmar-se não só como entidade programadora mas, sobretudo, como entidade de criação, capaz de produzir para si e para entidades parceiras conteúdos de qualidade, preparados para circular em itinerân-cia numa rede consolidada de parcerias nacionais e internacio-nais. A criação de um fundo documental próprio permitirá à CA constituir-se como uma entidade capaz de salvaguardar, tratar e disponibilizar ao público o acesso a informação credível devida-mente enquadrada no seu contexto técnico e cultural.

A CASA DA ARQUITECTURA está atualmente instalada em Matosi-nhos, na Casa Roberto Ivens, projeto de remodelação de Álvaro Siza (1961/2009). A Casa, que até 2007 pertenceu à Família Álvaro Siza é, desde junho de 2009, base de um projeto em expansão e também ponto de partida para a descoberta da arquitetura de Álvaro Siza, Eduardo Souto Moura, Fernando Távora e tantos outros.

A CASA DA ARQUITECTURA irá transitar em breve para as suas no-vas instalações com 4.700 m2 no Quarteirão Real Vinícola, tam-bém em Matosinhos. Com a sua instalação na Real Vinícola, a CA passará a ser a única entidade exclusivamente dedicada à arquitetura, em território nacional, a potencializar a celebração da arquitetura congregando, num só espaço, área de arquivo e área expositiva.

CASA DA ARQUITECTURAINSTITUIÇÃO

Casa Roberto Ivens . © Fernando Guerra FG+SG

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O imóvel destinado à CASA DA ARQUITECTURA está localizado em Matosinhos e ocupa o quarteirão limitado pela Av. Menéres, R. Mouzinho de Albuquerque, R. Sousa Aroso e R. D. João I. As construções agora recuperadas e adaptadas integraram a anti-ga instalação fabril edificada entre 1897 e 1901 pela sociedade Menéres & Companhia, destinada à Real Companhia Vinícola. Resistente à progressiva transformação industrial e ocupação habitacional do lugar, a sua preservação e adaptação deve-se ao elevado valor patrimonial e cultural. Patrimonialmente é um modelo de inspiração e tradição inglesa, onde existiu a primeira tanoaria a vapor da região. Um ramal da linha de caminho-de--ferro ligava-a às docas do Porto de Leixões para expedição e exportação da produção. O pátio central surge como uma Plaza Mayor, qualificando-o e vocacionando-o para usos coletivos. O imóvel integra o Plano de Urbanização de Matosinhos Sul, da au-toria de Álvaro Siza.

A CASA DA ARQUITECTURA ocupa parte do quarteirão da Real Vinícola, conjunto recuperado pela Câmara Municipal de Mato-sinhos com projeto do arquiteto Guilherme Machado Vaz, com uma área de 4.700 m2. As áreas públicas destinadas a exposições e apresentações, com auditório, biblioteca e loja representam 36% do espaço, as de conservação e manutenção 38% e as de gestão e produção interna 10%. Os usos comuns correspondem a 16% da sua superfície.

A instalação no Quarteirão Real Vinícola dará à CASA DA ARQUI-TECTURA as condições físicas e técnicas necessárias à execução da missão a que se propõe.

NOVAS INSTALAÇÕES

Real Vinícola . 06.16 © Casa da Arquitectura

A CASA DA ARQUITECTURA poderá assim, em conjunto com ou-tras entidades nacionais e internacionais, estabelecer uma rede alargada de arquivos de arquitetura, fomentando o intercâmbio de experiências, coleções, métodos de trabalho e técnicos espe-cializados. Estará também em posição privilegiada para assumir a responsabilidade de exibir ao público o trabalho desenvolvido pela rede, uma vez que a maioria dos arquivos atualmente em funcionamento em Portugal não dispõem de área expositiva pró-pria.

Também o público necessita de ser recebido num espaço aco-lhedor e apelativo que ofereça as funcionalidades desejadas. Na Real Vinícola, a CASA DA ARQUITECTURA encontrará um espaço à medida das suas ambições e das ambições do seu público. Um espaço aberto e inclusivo, vocacionado para a receção de todos aqueles que se interessem pela temática da arquitetura.

A CASA DA ARQUITECTURA e o Quarteirão Real Vinícola, numa observação mais alargada, integram ainda uma área em trans-formação e regeneração urbana, onde estão previstos outros equipamentos culturais e sociais, associando-se a um eixo de animação e revitalização importante, urbanística e fisicamente articulado com a “Broadway de Matosinhos”. A sinergia criada e instalada no referido eixo urbano concorre para a sua sustenta-ção económica, física e turística.

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ARQUIVO

Maquete Casa do Cinema . Exposição Souto Moura . Rio Tinto . 03.16 © Casa da Arquitectura

A CASA DA ARQUITECTURA materializa a sua missão de promo-ção e divulgação da Arquitetura e seus cruzamentos disciplina-res, com base na constituição e disponibilização de um arquivo nacional de Arquitetura, formado e sustentado numa coleção própria com desenhos, estudos, projetos, maquetas, livros e obras de Arquitetura, a partir da identificação e criação de uma cole-ção representativa da produção portuguesa, transversal e inter-geracional, que espelhará a cultura arquitetónica em Portugal. Detém as condições físicas, técnicas especializadas para aceitar e preservar espólios documentais de Arquitetura nacionais e inter-nacionais, cedidos por arquitetos ou herdeiros, entidades públi-cas ou privadas, entre outras detentoras de acervos de interesse arquitetónico ou artístico, dando continuidade aos importantes acervos do Centro de Documentação Álvaro Siza, Eduardo Sou-to de Moura, Paulo Mendes da Rocha, João Álvaro Rocha, entre outros.

A criação de uma coleção própria que represente um arquivo significativo da memória e história da Arquitetura contemporânea permite conservar e divulgar documentos e instrumentos discipli-nares da Arquitetura, cedidos para informação e investigação local ou virtual, despoletando a criação de uma biblioteca com edições monográficas e periódicas doadas, adquiridas ou edi-tadas pela CASA DA ARQUITECTURA, consideradas estruturantes para o enquadramento temático e específico em desenvolvi-mento.

A CASA DA ARQUITECTURA pretende fomentar a criação uma rede nacional de arquivos de Arquitetura. Apresenta-se e assume--se como parceiro privilegiado entre congéneres, com ambição e representação nacional, fomentando o intercâmbio de expe-riências, coleções, metodologias e técnicos especializados e vo-cacionados para a sua missão. Pretende constituir-se como uma parceira às entidades congéneres no tratamento arquivístico das coleções detidas por estas entidades sempre que as mesmas o solicitarem. A CASA DA ARQUITECTURA tem, ainda, uma posição privilegiada para assumir a responsabilidade de divulgar e mostrar ao público o trabalho desenvolvido pela rede, uma vez que a maioria dos arquivos atualmente existentes não dispõe de área expositiva pró-pria.

A organização e programação espacial privilegia a exposição e conservação de acervos e espólios em reserva convencional, visível e consultável, para além do seu armazenamento. O mo-delo de reserva visitável é inovador, dinâmico, entre a reserva convencional ou tradicional e a reserva consultável ou acessível, congregará as suas funções primordiais, vocacionadas para a conservação e investigação do espólio, que possibilita igualmen-te uma maior acessibilidade. Partindo de uma intenção de demo-cratização do acesso à cultura e do saber a todos, bem como da componente da comunicação, propõe-se uma tipologia de reserva alicerçada nas seguintes áreas: reserva convencional, re-serva visível, armazenamento visível, reserva consultável.

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PODER ARQUITETURA EXPOSIÇÃO E LIVRO

PROGRAMA INAUGURALEXPOSIÇÃO INAUGURAL

O poder na arquitetura é um tema fundamental para questionar como a sociedade contemporânea e a arquitetura trabalham em conjunto.

Não tendo o poder uma lógica, coerência, nem capacidade de instrumentalização totais, a questão refere-se simultaneamente aos poderes autónomos das formas arquitetónicas e a um con-junto de poderes externos re-apresentados através da arquitetu-ra.

A série de projetos apresentada, sínteses atuais e brutais de vi-sões abrangentes e complexas do mundo, faculta mapear uma rede de oito poderes que se alinham, infletem e divergem entre si: poder coletivo, poder ordenador, poder económico, poder tec-nológico, poder ritual, poder cultural, poder mediático e poder doméstico.

Através de imagens, maquetas, objetos e documentos, a ex-posição e livro tornam visíveis entidades, convenções informais, intervenientes e meios envolvidos na criação da arquitetura, ou seja, a dinâmica do coletivo que põe incessantemente à prova a composição arquitetónica do mundo comum.

PROJETOS SELECIONADOSEntre os mais de 40 projetos selecionados, encontram-se alguns nunca antes publicados e outros ainda muito pouco divulgados. Os projetos têm autorias tão variadas como 51N4E, Álvaro Siza,

Assemble, David Chipperfield, Dietmar Feichtinger, Duplex Archi-tecten, Eduardo Souto de Moura, Elora Hardy, Gesine Weinmiller, Gokhan Avcoglu, Gramazio & Kohler + Bearth & Deplazes, Hel-mut Jahn, Herzog & De Meuron, Inês Lobo, João Luís Carrilho da Graça, Johnston Marklee + Nuno Brandão Costa + Office KGDVS, Kees Christiaanse, Lacaton & Vassal, Manuel e Francisco Aires Mateus, Marina Tabassum, Michael Maltzan, Oving Architekten, Paulo Mendes da Rocha, Pedro Maurício Borges + João André Simões, Peter Soderman, Promontório Arquitectos, Renato Rizzi, Rem Koolhaas, Sporaarchitects, Valerio Olgiati, Vijitha Basnayake, Vylder Vinck e Witherford Watson Mann, entre outros.

LIVROO livro Poder Arquitetura será co-editado pela Casa da Arquitec-tura e uma editora Europeia. Terá cerca de 350 páginas e pre-tende-se um objecto intemporal e que alcance um público geral bem como o mundo académico; contará, além de material re-lativo aos projetos selecionados, com 9 ensaios temáticos da au-toria de Alexandra Vougia (Architectural Association – School of Architecture, Londres), André Tavares (Departamento de Arqui-tetura , ETH Zurique), Craig Buckley (Yale School of Architecture), Guilherme Wisnik (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Univer-sidade de S. Paulo), João Belo Rodeia (Universidade Autónoma de Lisboa) e Joaquim Moreno (Columbia University Graduate School of Architecture, Planning and Preservation, Nova Iorque), entre outros. Será lançado em duas edições simultâneas, uma em língua portuguesa e outra em língua inglesa.

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Jorge Carvalho (1964) licenciou-se em Arquitec-tura pela Faculdade de Arquitectura do Porto em 1990. De 1988 a 1990 trabalhou em Lon-dres com David Chipperfield, sendo arquitecto coodenador de projectos em Londres, Nantes e Quioto. Depois de regressar a Portugal esta-beleceu uma colaboração regular com Álvaro Siza (1991-1999), como arquitecto coordenador do projecto de Reconstrução do Zona Sinistrada do Chiado em Lisboa, e de diversos edifícios da área.Actualmente, é professor convidado da discipli-na de Construção, no Departamento de Arqui-tectura da Universidade de Coimbra.

Pedro Bandeira (1970), arquiteto (FAUP 1996), é Professor Associado na Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e membro investiga-dor do Lab2PT. A Convite do Instituto das Artes e do Ministério da Cultura integrou a exposição Metaflux na representação portuguesa na Bienal de Arqui-tetura de Veneza (2004) e representou Portugal na Bienal de Arquitetura de São Paulo (2005). Foi comissário da região norte da edição 2006-2008 do Portugal Habitar, co-comissário do seminário internacional Imagens de Arquitectura e Espaço Público em Debate (FAUP, 2010) e do seminá-rio internacional Megaestruturas: Arquitectura e Jogo, integrado no Congresso Internacional ICSA (UM, 2010).

Ricardo Carvalho (1971), arquiteto (FAUTL 1995; doutor pelo IST-UTL 2012), é diretor do Departa-mento de Arquitectura da Universidade Autóno-ma de Lisboa. Crítico de Arquitectura do Jornal Público. Autor do livro “A cidade social. Impasse. Desenvolvimento. Fragmento.” (2016). Co-direc-tor do JA – Jornal Arquitectos (2005-2208). Foi docente no Mestrado Internacional Achitektur Studium Generale da Universidade do Brandem-burgo BTU Cottbus, Alemanha (2009-2012). Foi conferencista, crítico e/ou professor convidado em diversas universidades e instituições da Euro-pa, América e África. Em 1999 fundou o escritório Ricardo Carvalho + Joana Vilhena Arquitectos.

JORGE CARVALHOARQUITETO . COMISSÁRIO COORDENADOR

PEDRO BANDEIRAARQUITETO . COMISSÁRIO EXPOSIÇÃO

RICARDO CARVALHOARQUITETO . COMISSÁRIO LIVRO

© Jorge Carvalho © Pedro Bandeira © Luísa Ferreira

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No âmbito da exposição inaugural da Casa da Arquitectura, Poder Arquitectura, a programação paralela Please Share! quer abrir as suas portas a todos. Quer ser um serviço para o público, partilhando os seus espaços e ocupando outros espaços urbanos.

É preciso reconsiderar o papel profissional do arquiteto e consi-derar a arquitetura como uma ferramenta para enfrentar os pro-blemas sociais ligados à cultura projectual contemporânea. Para procurar uma outra forma de conceber arquiteturalmente temos que estar disponíveis e dispostos a alargar o nosso saber sobre o papel da arquitetura e sobre as potencialidades do arquiteto. O alargamento do saber provoca uma inevitável abertura total, uma completa disponibilidade para aprender, para transmitir, para partilhar num único laboratório, o lugar de partilha.

Fotógrafos, realizadores, revistas de arquitetura, plataformas on--line, jornalistas, críticos, curadores, museus, arquivos, arquitetos, estudantes, vão ser chamados a participar nos debates, confe-rências, visitas a obras, laboratórios em diferentes sítios, cenários, lugares, em Portugal e no estrangeiro.

A programação Please Share! desenvolve-se em 6 atos, que de-correm simultaneamente ou repetindo-se com novos intervenien-tes, ao longo de quatro meses.

O 1º acto, intitulado (Please Share) INDOOR Poder Arquitectura, vai apresentar 8 encontros na Casa da Arquitectura, com a par-ticipação de arquitetos nacionais e internacionais, participantes nos 8 capítulos (Poder Colectivo, Poder Regulador, Poder Econó-mico, Poder Tecnológico, Poder Ritual, Poder Cultural, Poder Do-méstico e Poder Mediático) da exposição inaugural. Também na Casa da Arquitectura haverá 8 debates com foto-grafias e projecções de vídeo dedicados à relação entre as artes visuais e a arquitectura, com a presença de fotógrafos e reali-zadores nacionais, sendo este o 2º ato, (Please Share) INDOOR Landscape Urbanscape.

Nas zonas exteriores públicas da Casa da Música, Faculdade de Arquitectura do Porto, Estação do Metropolitano do Porto – Trin-dade, Museu Nacional dos Coches, teremos o 3º acto, (Please Share) OUTDOOR, com 4 debates nas áreas da fotografia, cura-doria, plataformas on-line, revistas e imprensa e que serão acom-panhados de uma performance do artista Gianluca Vassallo, “Retratos de Borla” (o público que circula nos espaços acima referidos participa na performance sendo retratado pelo fotó-grafo/artista). As fotografias serão o conteúdo de uma grande exposição no Centro Português de Fotografia.

Haverá uma conferência e visitas às obras da Estação de Me-tro “Município”, em Nápoles, da Casa nel Parco, Jesolo, Itália, do Museu em Tours, França, e ao Teatro de Poitiers, França, com a presença dos autores, que fazem parte do 4º ato, (Please Share) OUT THERE.

O 5º ato, (Please Share) O LUGAR DE PARTILHA, é constituído por um laboratório em regime de autoconstrução, com o objetivo de realizar uma infra-estrutura ao serviço da comunidade e que será coordenado pelos arquitetos e professores Dagur Eggertsson (RIN-TALA EGGERTSSON ARCHITECTS), Paolo Mestriner e Massimiliano Spadoni (STUDIOAZERO), Roberto Cremascoli e Nicolò Galeazzi (COR ARQUITECTOS), sendo a construção assumida por estudan-tes de escolas de arquitetura e design.

O programa conclui-se no 6º ato, (Please Share) MEN AT WORK, em Matosinhos, onde será criado um laboratório para realização de trabalhos de manutenção e reorganização de espaços co-munitários numa zona residencial, com equipas formadas por arquitetos e arquitetos recém-licenciados, que funciona como ação de formação para a realização do estágio profissional. Este laboratório tem coordenação prevista pelos arquitetos Pedro Campos Costa, José Adrião, Nuno Brandão Costa, Nuno Abran-tes, Roberto Cremascoli e Edison Okumura (COR ARQUITECTOS).

PLEASE SHARE!

PROGRAMA INAUGURALPROGRAMA PARALELO

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Roberto Cremascoli (Milão, 1968) Licenciado em Arquitetura pelo Politécnico de Milão em 1994, trabalha com Álvaro Siza e João Luís Carrilho da Graça entre 1995 e 2000. Cofundador do gabinete Cremascoli Okumura Rodrigues Arquitectos em 2001, com obras reali-zadas em Portugal, Itália, Suíça e França.Desde 2007 é o diretor artístico do Remade in Portugal, projeto da Fundação EDP com 8 edi-ções já realizadas.

ROBERTO CREMASCOLIARQUITETO . COMISSÁRIO

© Rita Burmester

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Entre os mais importantes projetos em curso na Casa da Arquitec-tura – Centro Português de Arquitectura, conta-se a constituição de acervo projetual, documental e bibliográfico próprio, voca-cionado para a proteção, salvaguarda e valorização de acer-vos de arquitetos e da arquitetura portuguesa, em particular do século XX (e XXI).

Para o efeito, sem prejuízo de aquisição, doações ou depósitos de acervos considerados oportunos ou pertinentes, foi decidido iniciar o acervo próprio com uma primeira dupla coleção enqua-drada no período de 1974 a 1999, ou seja, inscrevendo-a nos ini-ciais 25 anos de Democracia em Portugal. Esta dupla coleção incluirá cerca de “200 projetos de referên-cia”, acompanhada por outra de periódicos e catálogos no mes-mo período, incidente sobre revistas de arquitetura e catálogos de exposições.

As razões que justificam esta decisão remetem diretamente para o intervalo temporal em causa, ainda pouco coberto pelo in-teresse acervístico em Portugal, embora muito significativo em quantidade, qualidade e notoriedade de projetos transformado-res da cidade e do território, que emanam de um novo tempo sociopolítico e cultural no país. Ou seja, pretende estabelecer-se um panorama representativo da Arquitetura Portuguesa dos 25 anos de Democracia entre 1974 e 1999 que reflita a implicação da mudança de regime polí-tico na produção arquitetónica portuguesa e a implicação desta na construção e sedimentação democrática desde 1974. Ao ser assim, os “projetos de referência” são entendidos grosso modo no contacto ou relação que mantêm com estas implicações, bem como no respetivo conjunto de qualidades ou características desses projetos tomadas como modelo para o efeito.

Os critérios fundamentais para a proposta de coleção decorrem do mérito intrínseco aos projetos e de juízos de valor estritamente arquitetónicos, a par da pertinência temporal e do reconheci-mento crítico-disciplinar e público no seu tempo e ao longo do tempo. Têm-se igualmente em linha de conta os autores (cerca de 100 previstos); a razoável distribuição em território nacional, entre continente e ilhas; a abrangência tipológica entre distintos pro-gramas na encomenda pública e não-pública; casos singulares ligados a momentos ou eventos marcantes; os tempos políticos e socioculturais do país traduzidos em três ciclos estruturantes, entre 1974 e o início dos anos 80, entre 1983 e o início dos anos 90, e en-tre o início dos anos 90 e o seu final; e, ainda, um conjunto seminal de projetos anteriores a 1974 e outro consequencial após 1999.

Esta coleção garante fortes possibilidades de investigação, de apresentação e de permuta, pois será qualificada e versátil, desde logo pelo mérito de cada projeto, pelo valor conjunto da coleção e por poder vir a proporcionar abordagens distintas por autores, geografias, tipologias, cronologia ou outras.Mas também por ser inédita enquanto matéria arquivística, ao equacionar uma narrativa panorâmica dos primeiros 25 anos da Democracia em Portugal, associada a uma coleção de periódi-cos e catálogos passível de distintas análises, reflexões e interpre-tações, bem como de posteriores adições.

A proposta desta dupla coleção encontra-se em fase de con-clusão.

25 ANOS DE DEMOCRACIA E A ARQUITETURA PORTUGUESA 1974-1999

COLEÇÕESPRIMEIRA COLEÇÃO DO ACERVO

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JOÃO BELO RODEIAARQUITETO . COMISSÁRIO COORDENADOR

João Belo Rodeia (Leiria, 1961) estudou na Facul-dade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL, 1979-84) e na Universitat Poli-tècnica de Catalunya (1994-96, DEA 2001).Leciona na Universidade de Évora e na Universi-dade Autónoma de Lisboa, onde é investigador no Centro de Estudos de Arquitetura, Cidade e Território (CEACT), mantendo atividade docente desde 1985.Foi Presidente da Ordem dos Arquitectos (2008-13), Presidente do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (2012-15), Presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico (2003-05) e Presidente da Funda-ção DOCOMOMO Ibérico (2011-13).

Graça Correia (Porto, 1965) licencia-se em Arqui-tectura pela FAUP (Faculdade de Arquitectura do Porto) em 1989 e colabora até 1995 com o arquitecto Eduardo Souto de Moura. Após ter ini-ciado o seu trajecto individual como arquitecta, em 2000 começa a fazer projectos em co-au-toria com Eduardo Souto de Moura, nomeada-mente a Reabilitação do Espaço Robinson em Portalegre. Em paralelo, Graça lecciona desde 1990 em várias universidades; actualmente é professora auxiliar convidada na FAUP e integra a Direcção do novo Curso de Arquitectura da Universidade Lusófona do Porto.

© João Guimarães

GRAÇA CORREIAARQUITETA . COMISSÁRIA

© Graça Correia

Ricardo Carvalho (1971), arquiteto (FAUTL 1995; doutor pelo IST-UTL 2012), é diretor do Departa-mento de Arquitectura da Universidade Autóno-ma de Lisboa. Crítico de Arquitectura do Jornal Público. Autor do livro “A cidade social. Impasse. Desenvolvimento. Fragmento.” (2016). Co-direc-tor do JA – Jornal Arquitectos (2005-2208). Foi docente no Mestrado Internacional Achitektur Studium Generale da Universidade do Brandem-burgo BTU Cottbus, Alemanha (2009-2012). Foi conferencista, crítico e/ou professor convidado em diversas universidades e instituições da Euro-pa, América e África. Em 1999 fundou o escritório Ricardo Carvalho + Joana Vilhena Arquitectos.

RICARDO CARVALHOARQUITETO . COMISSÁRIO

© Luísa Ferreira

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Com a intenção de ampliar e diversificar seu acervo, a Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura está compon-do a ‘Coleção Arquitetura Brasileira’, uma iniciativa que jamais foi realizada nem mesmo no Brasil. A coleção contará com um conjunto de desenhos e modelos originais de projetos seleciona-dos que irão constituir um panorama significativo da produção moderna e contemporânea. Entre as diversas funções da cole-ção, duas possuem relevo imediato: em primeiro lugar, ela auxi-liará estudos de especialistas no tema, podendo ter seu acervo consultado por pesquisadores; em segundo lugar, a coleção terá a função de compor futuras exposições do acervo da Casa da Arquitectura, em Matosinhos ou em outros sítios.

A série em questão será integrada por 70 projetos de autores fun-damentais para a compreensão da produção brasileira, sendo 20 deles integrantes do período moderno e 50 projetos que fazem parte do período contemporâneo. Além dos desenhos e mode-los, a coleção contará ainda um braço auxiliar composto por uma biblioteca com 100 livros essenciais sobre o tema, que serão incorporados à biblioteca da Casa de Arquitectura.

A listagem geral de projetos está em fase de elaboração. O pe-ríodo moderno, compreendido entre as décadas de 1930 e 1970, é constituído por projetos de autores consagrados de gerações

diversas e de várias partes do Brasil. Como, por exemplo, pode-ríamos citar Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, MMM Roberto, Sergio Bernardes, Roberto Burle Marx, Vilanova Ar-tigas, Lina Bo Bardi, Rino Levi, Severiano Mario Porto, João Filguei-ras Lima (o Lelé) e Paulo Mendes da Rocha. A maior parte dos desenhos originais destes autores estão no acervo de coleções públicas e privadas (faculdades, fundações e institutos), com quem os comissários, em nome da Casa da Arquitectura, irão propor um acordo a fim de acomodar em Matosinhos um acervo de cópias completas de projetos selecionados.

A maior parte da coleção será dedicada à fase contemporânea, que compreende o período dos anos de 1980 até os dias atuais. Esta porção da coleção será constituída por criações de profis-sionais de gerações mais jovens e cuja produção está em plena atividade, como Marcos Acayaba, Brasil Arquitetura, Angelo Buc-ci, Andrade Morettin e Carla Juaçaba.

No caso dos livros, a ideia é compor uma biblioteca básica da arquitetura brasileira, que será integrada por obras em catálogo e volumes esgotados. Neste último caso, composto por autores e editoras desaparecidos, a missão dos comissários será buscar os volumes em estabelecimentos que comercializam obras esgota-das e raras.

COLEÇÃO ARQUITETURA BRASILEIRA

COLEÇÕES

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GUILHERME WISNIKARQUITETO . COMISSÁRIO

Guilherme Wisnik (1972) é professor na Faculda-de de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em Regime de RDIDP. Editou o volume 54 da revista espanhola 2G (2010) sobre a obra de Vilanova Artigas, e publicou ensaios em livros como Brazil’s Modern Architecture (Phaidon, 2004), Álvaro Siza modern redux (Hatje Cantz, 2008) e O desejo da forma (Berlin Akade-mie der Künste, 2010). Foi o Curador Geral da 10a Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013).

Fernando Serapião (1971) é fundador e editor da Monolito, publicada em São Paulo desde 2011 e premiada pela 10a Bienal Iberoamericana de Arquitectura (2016). Escreveu mais de uma de-zena de livros, como Guia de Arquitetura de São Paulo (Viana & Mosley Editora, 2005), que rece-beu o 7o Prêmio Jovens Arquitetos (Museu da Casa Brasileira/ Instituto de Arquitetos do Brasil/São Paulo), e A arquitetura de Croce, Aflalo & Gasperini (Editora Paralaxe, 2011), ganhador do prêmio Jabuti. Foi responsável pelas curadorias das exposições “Nove Novos”, no Museu de Ar-quitetura de Frankfurt, e “10+10”, em Viena, no Architekturzentrum Wien.

© Guilherme Wisnik

FERNANDO SERAPIÃOARQUITETO . COMISSÁRIO

© Fernando Serapião

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VISITASPiscina das Marés . Open House Porto 2016 © Casa da Arquitectura

A CASA DA ARQUITECTURA dispõe de roteiros temáticos, mo-nográficos de autor, e de período de produção arquitetónica e artística relevante, destinados a públicos generalistas ou es-pecialistas. Isoladamente ou articulados com outras entidades, estas visitas acompanhadas e comentadas são disponibilizadas a agentes de divulgação e promoção do turismo cultural inter-nacional e nacional, e ao grande público. Consiste em visitas a espaços e a edifícios relevantes, destinadas a públicos interna-cionais e nacionais, de todas as idades, com duração de um ou mais dias.

Os roteiros e visitas constituem uma oferta para a internaciona-lização e divulgação da Arquitetura, exportável e agendável a partir do exterior, como acontece presentemente com a Casa de Chá da Boa Nova, a Piscina das Marés, a Piscina e Quinta da Conceição, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, entre ou-tros roteiros temáticos - Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura, por exemplo, em Matosinhos e outras localidades nacionais.

As visitas assumem-se como uma atividade estratégica e funda-mental de divulgação e promoção do património arquitetónico, contemporâneo e histórico.

O Open House Porto, com uma primeira edição em 2015 com 11000 visitas e com uma segunda edição em junho de 2016, em coprodução com a Trienal de Arquitectura de Lisboa, com a par-ceria das Câmaras Municipais do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, é um exemplo do enorme sucesso da presente linha de ação.

Programam-se ainda visitas às mostras produzidas e recebidas na CASA DA ARQUITECTURA, e destinadas aos seus utentes habituais e visitantes ocasionais.

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21© Casa da Arquitectura © Casa da Arquitectura

LOJA DA CASA

Muitos são os que, a partir do exterior ou a partir de Portugal, pre-sencialmente ou online, fazem as suas aquisições na LOJA. Ago-ra, com melhor e maior visibilidade, deseja-se e prevê-se que esta ação conquiste novos fluxos de público e, consequentemente, mais receitas.

Fisicamente, a LOJA DA CASA estará subdividida em três zonas:Design de Arquitetura - objetos desenhados por diversos autores no âmbito de determinados projetos. Mobiliário, iluminação, en-tre outros, são exibidos em exposições temáticas que irão mudan-do várias vezes ao longo do ano.Livraria - constituição uma livraria que seja referência nacional, capaz de atrair públicos especializados e de fazê-los regressar à CASA.Merchandising geral e próprio - produzir linhas próprias da CASA, linhas associadas às exposições e eventos, e linhas de autores.

A LOJA incentivará ainda concursos nacionais e internacionais anuais, para produção e comercialização própria e exclusiva, nas áreas de arquitetura, decoração, obra gráfica, design de moda e de produto, incluindo mobiliário, para além do merchan-dising próprio que considera diversos tipos de artigos.

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© Casa da Arquitectura

SERVIÇO MEDIAÇÃO DE PÚBLICOS

A CASA DA ARQUITECTURA promove atividades transversais às suas grandes linhas de atuação e realização - exposições, arqui-vos, visitas - com programas paralelos destinados à criação e me-diação de públicos, com diferentes alvos, de todas as idades, de sensibilização e animação dos mesmos, potenciando e concre-tizando os objetivos gerais e especiais da sua missão, recorrendo a prestadores de serviços subconcessionados e especializados. Adota a Arquitetura como tema de proximidade, cumplicidade e criatividade com o público, através de ações de vocação cul-tural e social - ateliês, cursos, workshops -, onde os valores patrimo-niais e naturais são uma motivação e preocupação fundamen-tal. Abertos a grupos, escolas, universidades, entidades parceiras, as atividades, pretendem-se abertas, participadas e motivadas pelos objetivos de promoção e divulgação pública da Arquite-tura, através de ações de animação e dinamização diversas. As atividades são transversais a todas as idades, preparadas e vocacionadas para grupos com necessidades especiais ou com interesses diversos no universo da Arquitetura e da Cidadania.

Pretende o serviço de mediação de públicos levar a arquitetura a novas franjas da população, fazendo muitas vezes a ligação entre os temas abordados pela disciplina e a sua comunicação ao grande público (diferentes gerações, interesses, contextos cul-turais e geográficos).

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© Casa da Arquitectura © Casa da Arquitectura

Em Portugal faltava um local exclusiva-mente dedicado à Arquitetura; à sua cul-tura, à sua divulgação, à sua difusão; em suma, um local que expresse o imprescin-dível reconhecimento da relevância da Arquitectura na construção da cidade e da paisagem.

Uma Casa é um local pré-destinado para acolher, para conhecer, para habitar, para estar e permanecer, para partilhar a experiência da Arquitetura.

As Casas da Arquitectura são espaços que numa escala intermédia podem efeti-vamente garantir uma atividade e progra-mação contínua em complementarieda-de com instituições do estado de natureza e dimensão diferente.

No caso da Casa da Arquitectura a sua existência é ainda mais relevante e perti-nente, porquanto não existir ainda no país qualquer instituição de natureza similar, ou sequer um Museu dedicado à Arquitectu-ra.

Uma nova Casa para a arquitectura tra-duz-se assim numa oportunidade única para assumir com naturalidade um papel de liderança na divulgação da Arquitec-tura, que possa exercer uma atitude pe-dagógica, contribuindo assim para a sen-sibilização da sociedade para as questões da cidade e do território, promovendo a utilização do seu espaço, tornando-no num local de encontro e de visita no quo-tidiano de todos os cidadãos.

A Visão do Conselho de Arquitetos da Eu-ropa é: Fazer a Diferença e promover a arquitetura como uma Estratégia para a Inovação. A CASA DA ARQUITECTURA faz precisamente isso. Nunca é demasiado realçar a importância de um lugar dedi-cado à arquitetura, o que é, geralmente, bastante raro, sendo incalculável o poten-cial que representa em termos de difusão da cultura Portuguesa e de outras culturas. O CAE/ACE está constantemente a con-seguir Visibilidade e Credibilidade para a profissão, ao mesmo tempo que transmite Cultura – a CASA DA ARQUITECTURA está, seguramente, a desempenhar um papel fundamental de apoio, e merece o nosso louvor.

JOÃO SANTA-RITAPRESIDENTE DA ORDEM DOS ARQUITECTOS

LUCIANO LAZZARIPRESIDENTE DO CONSELHO DE

ARQUITETOS DA EUROPA

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Be a Part Of . 07.16 © Casa da Arquitectura

Obra em Festa . 11.15 © Casa da Arquitectura

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O ASSOCIADO

A CASA DA ARQUITECTURA projeta fidelizar e cativar novos Asso-ciados que a materializem. Os Associados optam pelas modali-dades Pessoa Coletiva ou Individual, com uma quota anual, ha-vendo ainda a modalidade Amigo.

Os Associados beneficiam de acesso privilegiado à CASA DA AR-QUITECTURA e a visitas acompanhadas e comentadas, de des-contos especiais em exposições, conferências, ateliês, oficinas, entre outras atividades promovidas pela CASA DA ARQUITEC-TURA, em aquisições de edições à venda na LOJA. Beneficiam, ainda, de acesso à newsletter e a eventos destinados exclusiva-mente a associados, para além de ofertas diversas de adesão à CASA DA ARQUITECTURA.

Os Associados e Amigos são um elo de ligação e congregação de esforços estruturante para a CASA DA ARQUITECTURA.

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AEROPORTO

CASA DE CHÁ BOA NOVA

PISCINA DAS MARÉS

PORTO DE LEIXÕES

CASA ROBERTO IVENS

REAL VINÍCOLA

SERRALVES

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casa da arquitecturacentro português de arquitecturaRua Roberto Ivens, 5824450-248 Matosinhos . Portugalwww.casadaarquitectura.ptnov.2016