preprograma moinhos 2014 - lusofonias.net 2014moinhos.pdf · pretende a autoria mas a partilha do...

121
WWW.LUSOFONIAS.NET É O PORTAL DA AICL / http://blog.lusofonias.net é o blogue da AICL - ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS COLÓQUIOS DA LUSOFONIA – Página | 1 Programa 2014 XXI COLÓQUIO DA LUSOFONIA TERRACE CAFÉ O MOINHO, PORTO FORMOSO, S. MIGUEL, AÇORES ISBN: 978-989-8607-03-4

Transcript of preprograma moinhos 2014 - lusofonias.net 2014moinhos.pdf · pretende a autoria mas a partilha do...

  • WWW.LUSOFONIAS.NET O PORTAL DA AICL /http://blog.lusofonias.net o blogue da AICL - ASSOCIAO INTERNACIONAL DOS COLQUIOS DA LUSOFONIA Pgina | 1

    Programa 2014 XXI COLQUIO DA LUSOFONIA

    TERRACE CAF O MOINHO, PORTO FORMOSO, S.

    MIGUEL, AORES

    ISBN: 978-989-8607-03-4

    http://www.lusofonias.net/http://blog.lusofonias.net/

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 2

    XXI COLQUIO DA LUSOFONIA AICL ISBN: 978-989-8607-03-4

    A LUSOFONIA ATLNTICA

    MOINHO TERRACE CAF, PRAIA DOS MOINHOS, PORTO FORMOSO, SO MIGUEL, AORES

    24 27 ABRIL 2014

    Apoios

    ORGANIZAO AICL : www.lusofonias.net

    http://www.lusofonias.net/

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 3

    1. AICL PRINCPIOS E OBJETIVOS

    1. OS COLQUIOS DA LUSOFONIA AICL, ASSOCIAO

    INTERNACIONAL DOS COLQUIOS DA LUSOFONIA, so um

    movimento cultural e cvico que visa mobilizar e representar a

    sociedade civil de todo o mundo, para pensar e debater

    amplamente, de forma cientfica, a nossa fala comum: a Lngua

    Portuguesa.

    2. A Associao tem por objeto promover A INVESTIGAO

    CIENTFICA conducente ao reforo dos laos entre os

    lusofalantes no plano lingustico, cultural, social, econmico e

    poltico - na defesa, preservao, ensino e divulgao da lngua

    portuguesa e todas as suas variantes, em qualquer pas, regio

    ou comunidade.

    3. Para a consecuo destes objetivos compromete-se a

    a) Promover encontros cientficos, desenvolver estudos

    universitrios e outros, para ensino, divulgao, preservao e

    traduo da lngua portuguesa, procurando o apoio das

    Instituies nacionais e internacionais;

    b) Desenvolver outras aes culturais, tais como colquios,

    congressos, encontros, exposies, em estreita ligao com

    outras entidades;

    c) Promover cursos e bolsas de estudo na rea da Cultura em

    parceria com outras instituies universitrias e culturais;

    d) Fomentar a divulgao de obras em portugus com

    reedies e tradues;

    e) Criar grupos cientficos ligados aos objetivos da Associao

    4. Os valores essenciais da cultura lusfona constituem, com o seu

    humanismo universalista, uma vocao da luta por uma

    sociedade mais justa, da defesa dos valores humanos

    fundamentais e das causas humanitrias.

    5. A todos ns incumbe o dever de promover a defesa, a expanso

    e o prestgio da nossa lngua comum, patrocinando a

    publicao, a traduo e difuso por todo o mundo de obras

    literrias, cientficas e artsticas, de autores de lngua portuguesa.

    6. Em defesa da Lusofonia, da nossa identidade como pessoas e

    povos, e em prol da variada lngua comum com todas as suas

    variantes e idiossincrasias,

    A nossa divisa NO PROMETEMOS, FAZEMOS

    2. HISTORIAL DOS COLQUIOS DA LUSOFONIA REPRESENTANTES

    DA SOCIEDADE CIVIL ATUANTE

    Aqui se traa em linhas gerais o percurso da AICL. Uma breve

    resenha do historial dos Colquios da Lusofonia incluindo a sua ao na

    divulgao da aorianidade literria ou de como ainda possvel

    concretizar utopias num esforo coletivo.

    Um exemplo da sociedade civil num projeto de Lusofonia sem

    distino de credos, nacionalidades ou identidades culturais que depois

    de Portugal Continental, Aores, Brasil, Macau e Galiza est a negociar

    idas aos EUA, Canad, Cabo Verde, Angola, Moambique, Polnia,

    Romnia, Frana e outros pases.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 4

    Gostaria de comear usando a frase de Martin Luther King, 28 agosto

    1963, I had a dream para explicar como j realizmos vinte

    Colquios da Lusofonia. Criados em 2001, somos uma associao

    cultural e cientfica sem fins lucrativos desde 2010 e cremos que

    podemos fazer a diferena, congregados em torno de uma ideia

    abstrata e utpica, a unio pela mesma Lngua. Partindo dela podemos

    criar pontes entre povos e culturas no seio da grande nao lusofalante,

    independentemente da nacionalidade, naturalidade ou ponto de

    residncia.

    Os colquios juntam os congressistas no primeiro dia de trabalhos,

    compartilhando hotis, refeies, passeios e, no ltimo dia despedem-se

    como se de amigos/as se tratasse. No buscam mais uma Conferncia

    para o currculo (quem vem em busca disso cedo parte por se sentir

    desajustado/a), mas partilham ideias, projetos, criam sinergias, todos

    irmanados do ideal de sociedade civil capaz e atuante, para juntos

    atingirem o que as burocracias e hierarquias no podem ou no

    querem. o que nos torna distintos de outros encontros cientficos do

    gnero. a informalidade e o contagioso esprito de grupo que nos

    irmana, que nos tem permitido avanar com ambiciosos projetos.

    Alis, desde a primeira edio abolimos o sistema portugus de

    castas que distingue as pessoas pelos ttulos apensos aos nomes. Esta

    pequena revoluo tem permitido desenvolver projetos onde no se

    pretende a autoria mas a partilha do conhecimento. Sabe-se como isso

    antema nos corredores bafientos e nalgumas instituies

    educacionais (universidades, politcnicos e liceus para usar a velha

    designao mais abrangente), mas temos encontrado pessoas capazes

    de operarem as mudanas. S assim se explica que depois de Jos

    Augusto Seabra, os nossos patronos sejam Malaca Casteleiro, Evanildo

    Bechara e Concha Rousia.

    Desconheo quando, como ou porqu se usou o termo pela primeira

    vez, mas quando cheguei da Austrlia (a Portugal) fui desafiado pelo

    meu saudoso mentor, Jos Augusto Seabra, a desenvolver o seu projeto

    de Lusofalantes na Europa e no Mundo e da nasceram os Colquios da

    Lusofonia. Desde ento, ao contrrio do mundo ocidental que confunde

    multiculturalismo com islamismo e outros ismos, temos definido a nossa

    verso de Lusofonia.

    Mas o que entendemos como Lusofonia foi expresso ao longo destes

    ltimos anos, em cada Colquio. Esta viso das mais abrangentes

    possveis, e visa incluir todos numa Lusofonia que no tem de ser Lusofilia

    nem Lusografia e muito menos a Lusofolia que por vezes parece emanar

    da CPLP e outras entidades. Se aceitarem esta nossa viso muitas pontes

    se podero construir onde hoje s existem abismos, m vontade e falsos

    cognatos.

    NO 1 COLQUIO 2002 AFIRMOU-SE

    Pretendia-se repensar a Lusofonia, como instrumento de promoo e

    aproximao de povos e culturas. O Porto foi a cidade escolhida

    perdida que foi a oportunidade, como Capital Europeia da Cultura, de

    fazer ouvir a sua voz nos mdia nacionais e internacionais como terra

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 5

    congregadora de esforos e iniciativas em prol da lngua de todos ns,

    da Galiza a Cabinda e Timor, passando pelos pases de expresso

    portuguesa e por todos os outros pases onde no sendo lngua oficial

    existem Lusofalantes.

    H algum tempo (2002) o emrito linguista anglfono Professor David

    Crystal escrevia-nos que

    O Portugus parece-me, tem um futuro forte, positivo e promissor

    garantido partida pela sua populao base de mais de 200 milhes, e

    pela vasta variedade que abrange desde a formalidade parlamentar

    at s origens de base do samba.

    Ao mesmo tempo, os falantes de portugus tm de reconhecer que

    a sua lngua est sujeita a mudanas tal como todas as outras e no

    se devem opor impensadamente a este processo. Quando estive no

    Brasil, no ano passado, por exemplo, ouvi falar dum movimento que

    pretendia extirpar todos os anglicismos. Para banir palavras de

    emprstimo doutras lnguas pode ser prejudicial para o desenvolvimento

    da lngua, dado que a isola de movimentaes e tendncias

    internacionais. O ingls, por exemplo, tem emprstimos de 350 lnguas

    incluindo Portugus e o resultado foi ter-se tornado numa lngua

    imensamente rica e de sucesso.

    A lngua portuguesa tem a capacidade e fora para assimilar

    palavras de ingls e de outras lnguas mantendo a sua identidade

    distinta. Espero tambm que o desenvolvimento da lngua portuguesa

    seja parte dum atributo multilingue para os pases onde falada para

    que as lnguas indgenas sejam tambm faladas e respeitadas, O que

    grave no Brasil dado o nvel perigoso e crtico de muitas das lnguas

    nativas.

    Posteriormente contactei aquele distinto linguista preocupado com a

    extino de tantas lnguas e a evoluo de outras, manifestando-me

    preocupado pelo desaparecimento de tantas lnguas aborgenes no

    meu pas e espantado pelo desenvolvimento de outras. Mostrava-me

    apreensivo pelos brasileirismos e anglicismos que encontrara em Portugal

    aps 30 anos de dispora. Mesmo admitindo que as lnguas s tm

    capacidade de sobrevivncia se evolurem eu alertava para o facto de

    terem sido acrescentadas ao lxico 600 palavras pela Academia

    Brasileira (1999) das quais a maioria j tinha equivalente em portugus.

    Sabendo como o ingls destronou lnguas (celtas e no s) em pleno

    solo do Reino Unido, tal como Crystal afirma no caso do Cumbric, Norn e

    Manx, perguntava ao distinto professor qual o destino da lngua

    portuguesa, sabendo que o nvel de ensino e o seu registo lingustico

    eram cada vez mais baixos, estando a ser dizimados por falantes,

    escribas, jornalistas e polticos ignorantes, sem que houvesse uma

    verdadeira poltica da lngua em Portugal. A sua resposta em maro

    2002 pode-nos apontar um de muitos caminhos. Diz Crystal:

    As palavras de emprstimo mudam, de facto, o carter duma

    lngua, mas como tal no so a causa da sua deteriorao. A melhor

    evidncia disto sem dvida a prpria lngua inglesa que pediu de

    emprstimo mais palavras do que qualquer outra, e veja-se o que

    aconteceu ao Ingls. De facto, cerca de 80% do vocabulrio ingls no

    tem origem Anglo-Saxnica, mas sim das lnguas Romnticas e Clssicas

    incluindo o Portugus. at irnico que algumas dos anglicismos que os

    Franceses tentam banir atualmente derivem de latim e de Francs na

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 6

    sua origem.

    Temos de ver o que se passa quando uma palavra nova penetra

    numa lngua. No caso do Ingls, existem triunviratos interessantes como

    kingly (Anglo-saxo), royal (Francs), e regal (Latim) mas a realidade

    que linguisticamente estamos muito mais ricos tendo trs palavras que

    permitem todas as variedades de estilo que no seriam possveis doutro

    modo. Assim, as palavras de emprstimo enriquecem a expresso. At

    hoje nenhuma tentativa de impedir a penetrao de palavras de

    emprstimo teve resultados positivos. As lnguas no podem ser

    controladas. Nenhuma Academia impediu a mudana das lnguas.

    Isto diferente da situao das lnguas em vias de extino como

    por exemplo debati no meu livro Language Death. Se as lnguas adotam

    palavras de emprstimo isto demonstra que elas esto vivas para uma

    mudana social e a tentar manter o ritmo. Trata-se dum sinal saudvel

    desde que as palavras de emprstimo suplementem e no substituam as

    palavras locais equivalentes. O que deveras preocupante quando

    uma lngua dominante comea a ocupar as funes duma lngua

    menos dominante, por exemplo, quando o Ingls substitui o Portugus

    como lngua de ensino nas instituies de ensino tercirio.

    aqui que a legislao pode ajudar e introduzir medidas de

    proteo, tais como obrigao de transmisses radiofnicas na lngua

    minoritria, etc. existe de facto uma necessidade de haver uma poltica

    da lngua, em especial num mundo como o nosso em mudana

    constante e to rpida, e essa poltica tem de lidar com os assuntos

    base, que tm muito a ver com as funes do multilinguismo.

    Recordo ainda que no s o ingls a substituir outras lnguas. No

    Brasil, centenas de lnguas foram deslocadas pelo Portugus, e todas as

    principais lnguas: Espanhol, Chins, Russo, rabe afetaram as lnguas

    minoritrias de igual modo.

    Por partilhar a opinio do professor David Crystal espero que possam

    todos repensar a Lusofonia como instrumento de promoo e

    aproximao de culturas sem excluso das lnguas minoritrias que com

    a nossa podem coabitar.

    NO PRIMEIRO COLQUIO EM 2001, patentemos que era possvel ser-se

    organizacionalmente INDEPENDENTE e descentralizar estes eventos sem

    subsidiodependncias e provou-se, em poucos anos como os Colquios

    j se afirmaram como a nica realizao regular, concreta e relevante -

    em todo o mundo - sobre esta temtica, sem apoios nem

    dependncias.

    Os Colquios inovaram nessa sua primeira edio e introduziram o

    hbito de entregarem as Atas/Anais em DVD/CD no ato de acreditao

    dos participantes.

    NO 2 COLQUIO 2003 DISSE-SE

    S atravs de uma poltica efetiva de lngua se poder defender e

    promover a expanso do espao cultural lusfono, contribuindo

    decisivamente para a sedimentao da linga portuguesa como um dos

    principais veculos de expresso mundiais. Que ningum se demita da

    responsabilidade na defesa do idioma independentemente da ptria.

    Hoje como ontem, a lngua de todos ns vtima de banalizao e

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 7

    do laxismo. Em Portugal, infelizmente, a populao est pouco

    consciente da importncia e do valor do seu patrimnio lingustico.

    Falta-lhe o gosto por falar e escrever bem, e demite-se da

    responsabilidade que lhe cabe na defesa da lngua que fala. H outros

    aspetos de que, por serem to correntes, j mal nos apercebemos: o

    mau uso das preposies, a falta de coordenao sinttica, e a

    violao das regras de concordncia, que, logicamente, afetam a

    estrutura do pensamento e a expresso. Alm dos tratos de pol que a

    lngua falada sofre nos meios de comunicao social portugueses, uma

    nova frente se est a abrir com o ciberespao e com as novas redes de

    comunicao em tempo real.

    Urge pois apoiar a formao lingustica dos meios de comunicao

    social, promover uma verdadeira formao dos professores da rea,

    zelar pela dignificao da lngua portuguesa nos organismos

    internacionais, dotando-os com um corpo de tradutores e intrpretes

    profissionalmente eficazes.

    A crise portuguesa no meramente econmica mas reflete uma

    nao em crise, dos valores prpria identidade. Jamais podemos

    esquecer que a lngua portuguesa mudou atravs dos tempos, e vai

    continuar a mudar. A lngua no um fssil. Tambm hoje, a mudana

    est a acontecer. Num pas em que falta uma viso estratgica para

    uma verdadeira POLTICA DA LNGUA, onde o cinzentismo e a

    uniformidade so a regra de referncia, onde a competio uma

    palavra tabu, onde o laxismo e a tolerncia substituem a exigncia e a

    disciplina, onde a posse de um diploma superior constitui ainda uma

    vantagem competitiva, claro que continua a grassar a

    desresponsabilizao. Os cursos superiores esto desajustados do

    mercado de trabalho, as empresas vivem alheadas das instituies

    acadmicas, existem cursos a mais que para nada servem, existem

    professores que mantm cursos abertos para se manterem empregados.

    Ao contrrio do que muitos dizem Portugal no tem excesso de

    licenciados mas sim falta de empregos. Mas ser que falam Portugus?

    NO 3 COLQUIO 2004, CUJO TEMA ERA A LNGUA MIRANDESA, DIZIA-SE

    Estamos aqui para juntos fazermos ouvir a nossa voz, para que

    Bragana seja uma terra onde se congregam esforos e iniciativas em

    prol da lngua de todos ns, da Galiza a Timor, passando pelos pases de

    expresso portuguesa e por todos os outros pases onde no sendo

    lngua oficial existem Lusofalantes. Este colquio como pedrada no

    charco que pretendia ser visava alertar-nos para a existncia duma

    segunda lngua nacional que mal sabemos que existe e cujo progresso

    j bem visvel em menos duma dcada de esforo abnegado e

    voluntarioso duma mo cheia de pessoas que acreditaram.

    Visa alertar-nos para a necessidade de sermos competitivos e

    exigentes, sem esperarmos pelo Estado ou pelo Governo e tomarmos a

    iniciativa em nossas mos. Assim como criamos estes Colquios, tambm

    cada um de vs pode criar a sua prpria revoluo, em casa com os

    filhos, com os alunos, com os colegas e despertar para a necessidade

    de manter viva a lngua de todos ns. Sob o perigo de soobrarmos e

    passarmos a ser ainda mais irrelevantes neste curto percurso terreno.

    Em 2004, lanamos a campanha que salvou da extino o

    importante portal Ciberdvidas.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 8

    NO 4 COLQUIO EM 2005 SOBRE A LNGUA PORTUGUESA EM TIMOR-LESTE,

    ESCREVIA-SE

    O portugus faz parte da histria timorense. No a considerar uma

    lngua oficial colocaria em risco a sua identidade, defende o linguista

    australiano Geoffrey Hull no seu recente livro Timor-Leste. Identidade,

    lngua e poltica educacional. A lngua portuguesa "tem-se mostrado

    capaz de se harmonizar com as lnguas indgenas" e tanto mais

    plausvel porque "o contacto com Portugal renovou e consolidou a

    cultura timorense e quando Timor-Leste emergiu da fase colonial "no

    foi necessrio procurar uma identidade nacional, o pas era nico do

    ponto de vista lingustico".

    "O portugus no um idioma demasiado difcil para os timorenses

    pois estes j possuem um relativo conhecimento passivo do portugus,

    devido ao facto de que j falam o Tetum-Dli", afirma Hull. "A juventude

    deve fazer um esforo coletivo para aprender ou reaprender" a lngua

    portuguesa.

    Estas eram, de facto, as premissas com que partimos para este 4

    Colquio. No sabamos ainda que teramos entre ns a presena do

    Prmio Nobel da Paz, D. Carlos Filipe XIMENES BELO, e muito menos

    imaginvamos que teramos a exposio de fotografia do Presidente

    Kay Rala XANANA GUSMO (Rostos da Lusofonia), e que o Colquio

    coincidia com o maior eclipse anular do sol desde o incio do sculo

    passado.

    Durante dois dias foi debatido o futuro do portugus na ex-colnia,

    alm de temas mais genricos como as tradies, a literatura e a

    traduo em geral. As razes desta temtica orientada para Timor-Leste

    tm a ver com um dos aspetos que consideramos de certo modo

    controverso.

    Em termos lingusticos a primeira vez que se faz uma experincia

    destas no mundo: impor-se uma lngua oficial numa nao onde no

    existe uma lngua prpria, mas vrias lnguas: a franca, o ttum e vrios

    dialetos.

    O objetivo destas iniciativas aproveitar a experincia profissional e

    pessoal de cada pessoa dentro da sua especialidade para que os

    restantes oradores possam depois partir para o terreno e utilizarem

    instrumentos que j deram resultados noutras comunidades.

    De acordo com vrias fontes, o aumento do nmero de falantes do

    portugus quase que triplicou desde a independncia de Timor, h

    cinco anos. A organizao do Colquio entende que "foi sobremodo

    graas ao da Igreja Catlica que a lngua portuguesa se manteve

    em Timor", e dai a relevncia da presena do bispo resignatrio de Dli,

    D. Carlos Ximenes Belo, no segundo dia de trabalhos.

    Dentre os temas debatidos focando aspetos curiosos da Geografia

    Histria de Timor, passando pelo Ensino e Cooperao, importante

    realar que os projetos com melhor e maior acolhimento foram aqueles

    que saram das linhas institucionais rgidas. Trata-se de projetos em que os

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 9

    professores e cooperantes adaptaram os programas realidade

    timorense e assim conseguiram uma adeso e participao entusistica

    dos timorenses, que hoje os substituem j nessas tarefas. Este aspeto

    notvel, pois colide com a burocracia oficial e rgida que estipula quais

    os programas a aplicar sem conhecimento da realidade local e suas

    idiossincrasias.

    Em especial dois destes temas foram abordados por cooperantes

    brasileiros e portugueses, esperando-se que iniciativas semelhantes

    possam ser reproduzidas no futuro, pois s estes permitem preparar os

    timorenses para tomarem os seus destinos e os da sua Lngua Portuguesa

    nas suas prprias mos. A ideia transversal e principal deste colquio era

    o futuro do portugus em Timor. O ttum est a ser enriquecido com

    toda uma terminologia que deriva automaticamente do portugus, e

    no do ingls. Enquanto as lnguas tradicionais cada vez mais se servem

    do ingls, o ttum est a servir-se do portugus para criar palavras que

    no existem na sua lngua franca o que enriquece tanto o portugus

    como o ttum.

    Quanto ao futuro da lngua portuguesa no mundo no hesito em

    afirmar que de momento est salvaguardado atravs do

    seu enriquecimento pelas lnguas autctones e pelos crioulos, que tm o

    portugus como lngua de partida. Enquanto a maior parte das lnguas

    tende a desaparecer visto que no h influncias novas, o portugus

    revela nalguns locais do mundo uma vitalidade fora do normal. A

    miscigenao com os crioulos e com os idiomas locais vai permitir o

    desenvolvimento desses crioulos e a preservao do portugus. Por isso

    no devemos ter medo do futuro do portugus no mundo porque ele

    vai continuar a ser falado. E a crescer nos restantes pases.

    EM 2006 NO 5 COLQUIO

    No V Colquio debateram-se os modelos de normalizao lingustica

    na Galiza e a situao presente, onde o genocdio lingustico

    atingiu uma forma nova e subtil, j no atravs da perseguio aberta e

    pblica do galego, como em dcadas passadas, mas pela promoo

    social, escolar e poltica de uma forma oral e escrita deturpada,

    castelhanizada, a par de uma poltica ativa de excluso dos dissidentes

    lusfonos (os denominados reintegracionistas e lusistas).

    Debateu-se uma Galiza que luta pela sua sobrevivncia lingustica,

    numa altura em que a UNESCO advertiu do risco de castelhanizao

    total nas prximas dcadas. Falou-se de histria, dos vrios avanos e

    recuos e de vrios movimentos a favor da lngua portuguesa na Galiza,

    teceram-se crticas, comentrios e apontaram-se solues, sendo quase

    universalmente exigida a reintroduo do Portugus na Galiza atravs

    de vrias formas e meios. Existe aqui ampla oportunidade para as

    televises portuguesas descobrirem aquele mercado de quase trs

    milhes de pessoas. As oportunidades comerciais de penetrao da

    Galiza podem ser uma porta importante para a consolidao da lngua

    naquela regio autnoma.

    Foi sobejamente assinalada a quase generalizada apatia e

    desconhecimento do problema da lngua na Galiza por parte dos

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 10

    portugueses e o seu esquecimento por parte das entidades oficiais

    sempre temerosas de ofenderem o poder central em Madrid. Faltam

    iniciativas como esta para alertar, um nmero cada vez maior, as

    pessoas para este genocdio lingustico, desconhecido e que mora

    mesmo aqui ao lado.

    Por outro lado, constatou-se a necessidade de uma maior

    concertao e unio entre as vrias associaes em campo que

    propugnam a lngua portuguesa na Galiza. A sua presena regular em

    eventos semelhantes em Portugal pode alargar o nmero de

    acadmicos preocupados com o tratamento de pol dado lngua

    nossa antepassada num territrio que por merc duma conquista

    histrica de h 500 anos teima em no perder a sua lngua original, que

    a nossa. O anncio por Martinho Montero da criao duma Academia

    Galega da Lngua Portuguesa simultaneamente arriscado e ousado

    mas pode ser um passo em frente para a concretizao do sonho de

    muitos galegos.

    Os problemas da traduo foram tambm debatidos como forma de

    perpetuar e manter a criatividade da lngua portuguesa nos quatros

    cantos do mundo, algo que importante realar pois as pessoas no se

    apercebem muitas vezes desta vertente, sendo a mais surpreendente

    comunicao (Barbara Juri), uma referente traduo de obras

    portuguesas (de Saramago a Mia Couto) na Eslovnia. Enquanto a

    traduo de obras portuguesas no estiver suficientemente difundida, a

    lngua portuguesa no pode alcandorar-se ao nvel de reconhecimento

    mundial doutras lnguas. Comea a haver um certo nmero de

    tradues de livros de autores portugueses, mas altamente deficiente

    e deficitria. Uma das formas de preservar a lngua atravs da

    traduo. S a traduo de obras permite a divulgao, algo muito

    importante na preservao da lngua. Por outro lado, conseguiu-se que

    os colquios se tornassem graas sua persistncia na nica iniciativa,

    concreta e regular em Portugal nos ltimos cinco anos sobre esta

    temtica.

    A inteno destes colquios diferente da maioria das realizaes

    congneres. Pela sua independncia permite a participao de um

    leque alargado de oradores, sem temores nem medo de represlias dos

    patrocinadores institucionais sejam eles governos, universidades

    ou meros agentes econmicos. Por outro lado, ao contrrio de outros

    encontros e conferncias de formato tradicional em que as pessoas se

    renem e no final h uma ata cheia de boas intenes (raramente

    concretizadas) com as concluses, estes colquios visam aproveitar a

    experincia profissional e pessoal de cada um dentro da sua

    especialidade e dos temas que esto a ser debatidos, para que os

    restantes oradores possam depois partir para o terreno, para os seus

    locais de trabalho e utilizarem instrumentos que j deram resultados

    noutras comunidades. Ou seja verifica-se a criao de uma rede

    informal que permite um livre intercmbio de experincias e vivncias,

    que se prolonga ao longo dos anos, muito para l do colquio em que

    intervieram.

    Estes Colquios podem ser ainda marginais em relao s grandes

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 11

    diretrizes aprovadas nos gabinetes de Lisboa, de Braslia, ou de qualquer

    outra capital, mas na prtica tm servido para inmeras pessoas

    aplicarem as experincias doutros colegas realidade do

    seu quotidiano de trabalho com resultados surpreendentes e bem

    acelerados como se acabou de ver na edio de 2005, com a

    campanha para salvar o Ciberdvidas da Lngua Portuguesa e com o

    lanamento a nvel oficial do Observatrio da Lngua Portuguesa.

    Portugal e Brasil continuam a valorizar o acessrio e a subestimar o

    essencial. Os portugueses e brasileiros no tm uma verdadeira poltica

    da Lngua, e no conjugam objetivos atravs duma CPLP adormecida,

    enquanto franceses e ingleses esto bem ativos.

    O atual impacto mundial da lngua portuguesa existe sobretudo por

    ao dos outros. A R. P. da China prepara [em Macau] os seus melhores

    quadros para dominarem a lngua portuguesa e desta forma

    conquistarem os mercados lusfonos. Ir depender sobretudo do

    esforo brasileiro em liderar que a Lusofonia poder avanar, levando a

    reboque os pases africanos ainda cheios de complexos do seu velho e

    impotente colonizador Portugal. A lngua portuguesa alimentada de

    forma diferente de acordo com as realidades sociais, econmicas,

    culturais, etc., dos pases onde est instituda e os quais esto

    geograficamente distantes uns dos outros. A Lngua Portuguesa pode ser

    o veculo de aproximao entre os esses pases lusfonos e as

    comunidades lusofalantes.

    Os meus compatriotas aborgenes australianos preservaram a sua

    cultura ao longo de sessenta mil anos, sem terem escrita prpria, mas a

    sua cultura foi mantida at aos dias de hoje, pois assentava na

    transmisso via oral de lendas e tradies. Este um dos exemplos mais

    notveis de propagao das caractersticas culturais de um povo que

    nunca foi nao. Uma das coisas mais importantes que a Austrlia me

    ensinou foi a tolerncia pelas diferenas tnicas e culturais, e o facto de

    ter aprendido a conviver e a viver com a diferena. Sem aceitarmos

    estas diferenas jamais poderemos progredir, pois que s da

    convivncia com outras etnias e culturas poderemos aspirar a manter

    viva a nossa. Devemos aceitar a Lusofonia e todas as suas diversidades

    culturais sem excluso, que com a nossa podem coabitar. Essa a

    mensagem dos 5 colquios anuais da lusofonia e dos encontros

    aorianos da lusofonia.

    EM 2007 um tema ainda mais polmico e a necessitar de debate: O

    Portugus no sculo XXI, a variante brasileira rumo ao futuro. O risco real

    da separao ou no. Unificao ou diversificao: esta a agenda

    para as prximas dcadas. Assim, a verificar-se (e creio ser s uma

    questo de tempo) a emancipao da variante brasileira, a lngua

    portuguesa europeia estar condenada a uma morte lenta associada a

    uma rpida diminuio e envelhecimento da populao de Portugal

    que aponta para uns meros 8,7 milhes em 2050 contra os atuais 10,7

    milhes.

    Quanto a Bragana encontrei aqui formas vernaculares (quase

    medievais) da lngua que perduraram a todos os nveis da populao

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 12

    independentemente da sua classe socioeconmica e da sua

    educao, mas de que constato uma quase vergonha dos seus falantes

    por entenderem que no falam portugus correto, o que aliado

    desertificao humana desta regio tende igualmente a acabar. Tenho

    um filho de 7 anos que em pouco mais de ano e meio adaptou para

    seu uso um vernculo totalmente distinto do que ouve em casa e que

    faz rir os seus primos do Porto... a prpria construo gramatical

    diferente. Creio que como cidado australiano h mais de 25 anos a

    lutar em prol da preservao da lngua e cultura portuguesa de meus

    antepassados, ningum est mais interessado na sua preservao. Creio

    que ela poder ser feita numa evoluo dinmica aceitando os

    desafios e alteraes que a prpria lngua inevitavelmente ir sofrer.

    Os Portugueses quase sempre alheados destes problemas e sempre

    temerosos de ofenderem a vizinha Espanha esquecem-se de que a

    vizinha e irm a Galiza e no a Espanha da velha Castela e da

    unificao fora. Foi nos primeiros dias do ano de 2006 na RTP num

    telejornal hora do almoo, que pela primeira vez ouvimos falar os

    Galegos sobre os seus problemas com a nossa (e deles) lngua.

    Qual a nossa responsabilidade como professores, jornalistas,

    estudiosos da lngua em relao a esta guerra silenciosa que aqui ao

    lado consome tantos e a ns nos deixa indiferentes. Trata-se dum povo

    que fala a lngua da Lusofonia de que tantos falam mas de que to

    poucos cuidam. Ou ser que a Lusofonia continua a ser entendida por

    muitos como uma extenso do ex-Imprio? Esses velhos do Restelo,

    amantes dum passado que se espera nunca mais volte tm de

    despertar para a realidade e confrontar-se com ela por mais

    desagradvel que lhes seja.

    Os desafios que se pem nestes Colquios so grandes. A diviso na

    Galiza enorme entre lusistas, reintegracionistas e todos os outros. Ser

    que vo conseguir finalmente criar uma plataforma abrangente que

    permita o entendimento entre algumas das vrias correntes de

    pensamento? Ou iro continuar na sua guerrilha contra tudo e todos

    que no estejam de acordo com as teorias que professam. A

    importncia do debate enorme como atrs se inferiu. Ou o Galego

    Portugus mesmo que seja uma variante, como o Brasileiro ou ento o

    que ? Se for uma lngua prpria teremos todos de nos cuidar, porque o

    Brasil com mais razo e h mais tempo pode igualmente faz-lo.

    Cremos que esse no ser o caminho. O Portugus, ao contrrio do

    que muitos pensam no tem pernas para andar sozinho com uma

    populao entre 9 e 15 milhes se incluirmos os expatriados, e tem de

    contar sobretudo com o nmero de falantes no Brasil, na Galiza, em

    Angola, Moambique, Timor, Cabo Verde, S. Tom, Guin-Bissau e por

    toda a parte onde haja comunidades de lusofalantes, mesmo nas velhas

    comunidades esquecidas de Goa, Damo, Diu, Malaca.

    So lusofalantes, todos os que tm o Portugus como lngua, seja

    lngua-me, lngua de trabalho ou lngua de estudo, vivam eles no Brasil,

    em Portugal nos PALOPs, na Galiza, em Macau ou em qualquer outro

    lugar, sejam ou no nativos, naturais, nacionais ou no de qualquer um

    dos pases lusfonos.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 13

    O espao dos Colquios da Lusofonia um espao privilegiado de

    dilogo, de aprendizagem, de intercmbio e partilha de ideias, opinies,

    projetos por mais dspares ou antagnicos que possam aparentar. esta

    a Lusofonia que defendemos como a nica que permitir que a Lngua

    Portuguesa sobreviva nos prximos duzentos anos sem se fragmentar em

    pequenos e novos idiomas e variantes que, isoladamente pouco

    ou nenhum relevo tero. Se aceitarmos todas as variantes de Portugus

    sem as discriminarmos ou menosprezarmos, o Portugus poder ser com

    o Ingls uma lngua universal colorida por milhentos matizes da Austrlia

    aos Estados Unidos, dos Aores s Bermudas, ndia e a Timor. O Ingls

    para ser lngua universal continuou unido com todas as suas variantes.

    Ao longo de mais de uma dcada tivemos colquios em vrios

    locais. Comemos no Porto, depois tivemos Bragana como base entre

    2003 e 2010, Seia em 2013, Brasil (2010), Macau (2011), Galiza (2012), e

    nos Aores, na Ribeira Grande (2006-7), Lagoa (2008-12), Vila do Porto

    (2011) e Maia (2013).

    Os Colquios so independentes de foras polticas e institucionais,

    atravs do pagamento das quotas dos associados e do pagamento de

    inscries dos congressistas. Buscam apoios protocolados

    especificamente para cada evento, concebido e levado a cabo por

    uma rede de voluntrios. Pautam-se pela participao de um variado

    leque de oradores, sem temores nem medo de represlias. Ao nvel

    logstico, tentam beneficiar do apoio das entidades com viso para

    apoiar a realizao destes eventos. Estabeleceram vrias parcerias e

    protocolos com universidades, politcnicos, autarquias e outros que

    permitem embarcar em projetos mais ambiciosos e com a necessria

    validao cientfica.

    Nos Aores, agregaram acadmicos, estudiosos e escritores em torno

    da identidade aoriana, sua escrita, lendas e tradies, numa

    perspetiva de enriquecimento da LUSOFONIA. Pretendia-se divulgar a

    identidade aoriana no s nas comunidades lusofalantes mas em

    pases como a Romnia, Polnia, Bulgria, Rssia, Eslovnia, Itlia,

    Frana, e onde tm sido feitas tradues de obras e de excertos de

    autores aorianos. Tornaram-se uma enorme tertlia reforando a

    aorianidade e vincando bem a insularidade.

    De referir que em todos os colquios mantivemos sempre uma sesso

    dedicada traduo que uma importante forma de divulgao da

    nossa lngua e cultura. Veja-se o exemplo de Saramago que vendeu

    mais de um milho de livros nos EUA onde difcil a penetrao de

    obras de autores de outras lnguas e culturas.

    Relembremos agora algumas das nossas conquistas no enunciadas

    antes

    EM 2007 atriburam o 1 Prmio Literrio da Lusofonia e debateram,

    pela primeira vez em Portugal, o Acordo Ortogrfico 1990.

    EM 2008 inauguraram a Academia Galega da Lngua Portuguesa e o

    Presidente da Academia de Cincias de Lisboa Professor Adriano

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 14

    Moreira deslocou-se propositadamente para dar o apoio inequvoco

    da Academia de Cincias aos Colquios da Lusofonia. Na sequncia

    desta vinda, doaria o seu esplio a Bragana onde se encontra na

    Biblioteca Municipal com o seu nome. Idntica visita ocorreu em 2009 na

    Lagoa (Aores).

    A partir de 2007 prosseguimos, incansveis, a nossa campanha pela

    implementao total do Acordo Ortogrfico 1990, com o laborioso

    apoio de Malaca Casteleiro e Evanildo Bechara na luta pela Lngua

    unificada que propugnamos para as instncias internacionais.

    EM 2009 definimos os projetos do MUSEU DA LUSOFONIA e do MUSEU

    DA AORIANIDADE que infelizmente no tiveram cabimento financeiro.

    Nesse ano convidmos o escritor Cristvo de Aguiar para a

    Homenagem Contra O Esquecimento, que inclua Carolina Michalis,

    Leite De Vasconcellos, Euclides Da Cunha, Agostinho Da Silva, Roslia De

    Castro. Um protocolo foi estabelecido em 2009 com a Universidade do

    Minho para ministrar um Curso Breve de Estudos Aorianos que decorreu

    posteriormente.

    EM JANEIRO DE 2010 lanmos os Cadernos de Estudos Aorianos (em

    formato pdf no nosso portal www.lusofonias.net), que trimestralmente

    publicmos, estando j disponveis mais de duas dezenas de cadernos,

    suplementos e vdeo-homenagens a autores aorianos. Servem de

    suporte ao curso de Aorianidades e Insularidades que pretendemos

    levar online para todo o mundo e de iniciao para os que querem ler

    autores aorianos cujas obras dificilmente se encontram.

    Tambm em 2010, os colquios deslocaram-se ao Brasil, foram

    recebidos na Academia Brasileira de Letras, onde palestraram Malaca

    Casteleiro, Concha Rousia e Chrys Chrystello.

    Em Bragana nesse ano, na Sesso de Poesia, tivemos poemas de

    Vasco Pereira da Costa, uma vdeo homenagem ao autor e a

    declamao ao vivo do poema Ode ao Boeing 747 em 11 das 14

    lnguas para que foi traduzido pelos Colquios (Alemo, rabe, Blgaro,

    Catalo, Castelhano, Chins, Flamengo, Francs, Ingls, Italiano,

    Neerlands, Polaco, Romeno, Russo).

    Malaca Casteleiro sugerira no XIII Colquio que se valorizassem as

    publicaes de trabalhos das Atas atravs de um ANURIO de

    comunicaes selecionadas e no editadas em papel do 1 ao 13

    colquios, o qual j est no portal, disponvel apenas para os

    associados.

    EM 2011 uma numerosa comitiva deslocou-se a Macau com o

    generoso apoio do Instituto Politcnico local e l se firmaram novos

    protocolos que ainda no trouxeram resultados prticos.

    Nesse ano de 2011 fomos pela primeira vez a Santa Maria, Ilha-Me.

    Em Vila do Porto, alm se apresentar a antologia bilingue de autores

    http://www.lusofonias.net/

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 15

    aorianos, o XVI Colquio da Lusofonia aprovou uma DECLARAO DE

    REPDIO pela atitude de Portugal que olvidando sculos de histria

    comum da lngua, excluiu a Galiza - representada pela AGLP - do seio

    das comunidades lusfonas. A Galiza esteve sempre representada

    desde 1986 em todas as reunies relativas ao novo acordo ortogrfico e

    o seu lxico foi integrado em vrios dicionrios e corretores ortogrficos.

    A sua excluso a posteriori do seio da CPLP representa um grave erro

    histrico, poltico e lingustico que urge corrigir urgentemente.

    EM 2012 NA LAGOA, reunimos 9 autores na HOMENAGEM CONTRA O

    ESQUECIMENTO: Eduardo Bettencourt Pinto (Canad), Caetano

    Valado Serpa (EUA); de So Miguel: Eduno de Jesus, Fernando Aires

    (representado pela viva Dra. Idalinda Ruivo e filha Maria Joo); Daniel

    de S; da ilha Terceira, Vasco Pereira da Costa e Emanuel Flix

    representado pela filha e poeta Joana Flix; da ilha do Pico, Urbano

    Bettencourt, e do Brasil, Isaac Nicolau Salum (descendente de

    aorianos) com a presena da filha Maria Josefina.

    Em outubro 2012, levamos os Colquios a Ourense na Galiza, parcela

    esquecida da Lusofonia que foi o bero da lngua de todos ns que

    tenta reunir-se com as demais comunidades lusofalantes. Ali houve uma

    cerimnia especial da Academia Galega em que foram empossados

    oito novos Acadmicos Correspondentes. Foi um evento rico em

    trabalhos cientficos e apresentaes mas com fraca adeso de

    pblico.

    NA LAGOA E NA GALIZA (2012) difundimos o MANIFESTO AICL 2012, a

    lngua como motor econmico, (ver no fim) como contributo para uma

    futura poltica da lngua no Brasil e em Portugal. Vivemos hoje uma

    encruzilhada semelhante da Gerao de 1870 e das Conferncias do

    Casino. Embora maioritariamente preocupados com aspetos mais vastos

    da lingustica, literatura, e histria, somos um grupo heterogneo unido

    pela Lngua comum e que configura o mundo, sem esquecer que

    Wittgenstein disse que o limite da nacionalidade o limite do alcance

    lingustico.

    Falta dizer que dois importantes projetos dos colquios viram a luz do

    dia em 2011 e 2012, a Antologia Bilingue de (15) Autores Aorianos

    Contemporneos e a Antologia de (17) Autores Aorianos

    Contemporneos (em 2 volumes), editadas pela Calendrio de Letras

    da autoria de Helena Chrystello e Rosrio Giro, lanadas em Portugal e

    Aores (2011-2013), Galiza e Toronto (2012).

    NA MAIA (2013) lanaram-se vrios novos projetos, a antologia no

    feminino (9 ilhas 9 escritoras), um cancioneiro, o projeto de musicar

    poemas, e o novo Prmio Literrio AICL Aorianidade.

    EM SEIA (2013) criou-se um projeto de levantamento do Corpus da

    Lusofonia pelo Grupo Interdisciplinar, de Pesquisas em Lingustica

    Informtica (GIPLI) sob a coordenao da Professora Doutora Zilda

    Zapparoli, grupo criado em 2002 e certificado pela Universidade de So

    Paulo e cadastrado no Diretrio dos Grupos de Pesquisa de CNPq Brasil

    (www.fflch.usp.br/dl/li). O Corpus da Lusofonia ser composto de textos

    http://www.fflch.usp.br/dl/li

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 16

    em lngua portuguesa de diversos pases lusfonos. A criao do Corpus

    da Lusofonia foi proposta por Jos Lopes Moreira Filho durante a sua

    comunicao ao 20 colquio, e pressupe a disponibilidade de

    ferramentas computacionais para tratamento e anlise de textos.

    Iremos continuar com o projeto de musicar poemas de autores

    aorianos e dos colquios, como a Ana Paula Andrade demonstrou no

    20 colquio ao apresentar temas de lamo Oliveira, Lusa Ribeiro,

    Norberto vila, Concha Rousia e Chrys Chrystello. Prosseguiremos com

    tradues de excertos de autores aorianos.

    Vamos tentar colocar a Antologia de Autores Aorianos no Plano

    Nacional de Leitura (ela que j consta do Plano Regional de Leitura dos

    Aores) e porfiar para lanar no 21 colquio a Coletnea de Textos

    Dramticos de autores aorianos da autoria de Helena Chrystello e

    Luclia Roxo (lamo Oliveira, Martins Garcia, Norberto vila, Daniel de S,

    e Onsimo Teotnio de Almeida) bem como a antologia no feminino 9

    ilhas, 9 escritoras.

    Vamos lanar o 2 Prmio Aorianidade (2014 - Brites Arajo), e

    publicar o 1 Prmio Literrio AICL Aorianidade (2013 Judite Jorge) no

    22 colquio alm de tentar criar o Centro de Estudos Virgilianos com

    apoio do IPG, UBI e outras entidades, sendo o Professor Malaca

    Casteleiro encarregado de providenciar aos esforos tendentes a

    conseguir este desiderato.

    Muito resumidamente, foi isto que os Colquios fizeram numa

    dcada, provando a vitalidade da sociedade civil quando se

    congregam vontades e esforos de tantos acadmicos e investigadores

    como aqueles que hoje do vida aos nossos projetos. Esperemos que

    mais se juntem AICL Colquios da Lusofonia - para fazermos chegar o

    nosso MANIFESTO a toda a gente e aos governos dos pases de

    expresso portuguesa. Ponto de partida para o futuro que

    ambicionamos e sonhamos. Com a vossa ajuda e dedicao muito mais

    podemos conseguir como motor pensante da sociedade civil.

    Ao terminar podemos questionar quanto vale um idioma? Se a

    Lngua Portuguesa estivesse numa prateleira de supermercado, estaria

    num nicho de luxo ou esquecida num canto, para promoo de

    minimercado? Estamos acostumados a medir o valor econmico dos

    objetos a que um idioma d nome, e no do idioma em si. Um estudo

    solicitado pelo Cames ao Instituto Superior de Cincias do Trabalho e

    da Empresa (ISCTE), em Portugal, encarou o desafio de medir essa

    grandeza, e revela que 17% do PIB do pas equivale a atividades ligadas

    direta ou indiretamente Lngua Portuguesa.

    - um percentual interessante, por ter ficado ligeiramente acima do

    que se apurou na Espanha relativamente ao espanhol (15%) - analisa

    Carlos Reis, da Universidade de Coimbra, professor visitante da PUC-RS e

    um dos fundadores da Universidade Aberta em Portugal, da qual foi

    reitor at julho 2012. O ndice leva em conta a importncia relativa da

    comunicao e da compreenso em campos de atividades

    econmicas. Privilegia relaes que exigem uma lngua e descarta

    atividades que podem ser executadas por trabalhadores de outra

    nacionalidade ou competncia lingustica. Ramos como ensino, cultura

    e telecomunicaes seriam celeiros automticos de atividades em que

    a lngua fulcral. Alm destas "indstrias da lngua", h as ligadas a

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 17

    fornecedores de produtos em Portugus, como a administrao pblica,

    o setor de servios, ou as que induzem maior contedo de Lngua para a

    economia como um todo, da indstria de papel de eletrodomsticos.

    A pesquisa indica que o fenmeno se repete em coeficientes

    aplicveis aos pases lusfonos. Lnguas com muitos utilizadores fornecem

    mercado maior para bens culturais. O crescimento sustentado da ltima

    dcada fez o gigante da Lngua Portuguesa saltar aos olhos globais. O

    Brasil lder das relaes comerciais entre pases lusfonos,

    movimentando um Produto Interno Bruto que passou de US$ 1,9 mil

    milhes em 2009 para US$ 2,3 mil milhes em 2010, diz o Banco Mundial.

    J o PIB dos imigrantes de Lngua Portuguesa noutros pases ronda US$

    107 mil milhes (2009).

    A diferena entre os pases pobres e os ricos no a idade do pas.

    Isto est demonstrado por pases como o Egito, que tm mais de 5.000

    anos, e so pobres. Por outro lado, o Canad, a Austrlia e a Nova

    Zelndia, que h 200 anos eram inexpressivos, hoje so pases

    desenvolvidos e ricos. A diferena entre pases pobres e ricos tambm

    no reside nos recursos naturais disponveis. O Japo possui um territrio

    limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e para a

    criao de gado, mas a segunda economia mundial, uma imensa

    fbrica flutuante, que importa matria-prima do mundo inteiro e exporta

    produtos manufaturados.

    Outro exemplo a Sua, que no planta cacau, mas tem o melhor

    chocolate do mundo no seu pequeno territrio onde cria animais,

    e cultiva o solo durante quatro meses ao ano, no entanto,

    fabrica laticnios da melhor qualidade. um pas pequeno que passa

    uma imagem de segurana, ordem e trabalho, pelo que se transformou

    no cofre-forte do mundo. No relacionamento entre gestores dos

    pases ricos e os seus homlogos dos pases pobres, fica demonstrado

    que no h qualquer diferena intelectual.

    A raa, ou a cor da pele, tambm no so importantes: os imigrantes

    rotulados como preguiosos nos seus pases de origem, so a

    fora produtiva dos pases europeus ricos. Onde est ento a diferena?

    Est no nvel de conscincia do povo, no seu esprito. A evoluo da

    conscincia deve constituir o objetivo primordial do Estado, em todos os

    nveis do poder. Os bens e os servios so apenas meios

    A educao (para a vida) e a cultura ao longo dos anos devem

    plasmar conscincias coletivas, estruturadas nos valores eternos da

    sociedade: moralidade, espiritualidade, e tica.

    SOLUO SNTESE:

    Transformar a conscincia do Portugus. O processo deve comear

    na comunidade onde vive e convive o cidado. A comunidade,

    quando est politicamente organizada em Associao de Moradores,

    Clube de Mes, Clube de Idosos, etc., torna-se um micro Estado. As

    transformaes desejadas pela Nao para Portugal sero efetuadas

    nesses microestados, que so os tomos do organismo nacional

    confirma a Fsica Quntica. Ns confirmamo-lo ao longo de 21

    colquios.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 18

    Ao analisarmos a conduta das pessoas nos pases ricos e

    desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue o paradigma

    quntico, isto , a prevalncia do esprito sobre a matria, ao adotarem

    os seguintes princpios de vida:

    1. A tica, como base;

    2. A integridade;

    3. A responsabilidade;

    4. O respeito s leis e aos regulamentos;

    5. O respeito pelos direitos dos outros cidados;

    6. O amor ao trabalho;

    7. O esforo pela poupana e pelo investimento;

    8. O desejo de superao;

    9. A pontualidade.

    Somos como somos, porque vemos os erros e encolhemos os ombros

    dizendo: no interessa! A preocupao de todos deve ser com a

    sociedade, que a causa, e no com a classe poltica, que o triste

    efeito. S assim conseguiremos mudar o Portugal de hoje. Vamos agir!

    Reflitamos sobre o que disse Martin Luther King: " O que mais

    preocupante, no o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos,

    ou dos sem tica. O que mais preocupante o silncio dos que so

    bons"

    Leia o MANIFESTO CONTRA A CRISE: a lngua como motor

    econmico

    - http://www.lusofonias.net/doc_download/1045-manifesto-aicl2012.html

    3. TEMAS 2014 MOINHOS

    TEMA 1 LETRAS AORIANAS

    1.1. A mulher e as letras nos Aores

    1.2. A mulher nas letras lusfonas no resto do mundo

    1.3. Literatura de matriz aoriana em geral

    1.4. Aorianos em Macau e em Timor - D. Arquimnio da Costa, D.

    Manuel Bernardo de Sousa Enes, D. Joo Paulino de Azevedo e Castro,

    D. Jos da Costa Nunes e D. Paulo Jos Tavares, (bispos aorianos em

    Macau), ureo da Costa Nunes de Castro, Joo Paulino de Azevedo e

    Castro, Jos Machado Loureno, Silveira Machado

    1.5. Revisitar a Literatura de Autores estrangeiros sobre os Aores, por

    exemplo:

    Ashe, Thomas / Haydn, Joseph (1813): History of the Azores, or Western

    Islands, containing an account of the Government, Laws, and Religion,

    the Manners, Ceremonies, and Character of the Inhabitants and

    demonstrating the importance of these valuable islands to the British

    Empire, illustrated by Maps and other engravings, London: Printed for

    Sherwood, Neely, and Jones.

    Bullar, Joseph / Henry (1841): A winter in the Azores: and a summer at

    the baths of the Furnas, vol. I, London: John van Voorst [vol. II com as

    mesmas referncias bibliogrficas].

    Henriques, Borges de F. (1867) : A trip to the Azores or Western Islands,

    Boston : Lee and Shepard.

    ORRICO, MariaTerra de Ldia",

    Petri, Romana "O Baleeiro dos Montes" e "Regresso ilha",

    http://www.lusofonias.net/doc_download/1045-manifesto-aicl2012.html

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 19

    Tabucchi, Antonio, "Mulher de Porto Pim"

    - Twain Mark (1899): The Innocents Abroad, Volume I, New York; London:

    Harper & Brothers Publishers. (captulos sobre os Aores, Faial), CAP. V/VI

    Updike, John. Azores, Harpers Magazine, March 1964, pp 11-37

    TEMA 2 Lusofonia no mundo - Lngua, lingustica e literatura (lusfonas)

    2.1. Lngua de Identidade e Criao

    2.2. Lngua Portuguesa no tempo e no espao

    2.3. Lngua Portuguesa nos Mdia e no Ciberespao

    2.4. Ensino e currculos. Corpus da Lusofonia.

    2.5 Poltica da Lngua

    2.6. Lusofonia na arte e noutras cincias (vulcanologia, arqueologia,

    etc.)

    2.7. Outros temas lusfonos

    TEMA 3 Tradutologia.

    Literatura lusfona, traduo de e para portugus

    TEMA 4. Homenagem a 9 autoras do Arquiplago da Escrita (Aores

    - BRITES ARAJO, JOANA FLIX, JUDITE JORGE, LUSA RIBEIRO, LUSA

    SOARES, MADALENA FRIN, MADALENA SAN-BENTO, NATLIA CORREIA,

    RENATA CORREIA BOTELHO

    4. SESSES CULTURAIS (MSICA/ARTE, etc.

    DOIS RECITAIS CANCIONEIRO AORIANO: RAQUEL MACHADO ATUA

    COMO MAESTRINA NOS DOIS RECITAIS, SUBSTITUINDO ANA PAULA

    ANDRADE, com alunos/as do Conservatrio Regional De Ponta

    Delgada

    no dia 25 s 12h45 - Quarteto vocal: Carina Andrade (soprano), Mariana

    Rocha (contralto), Joo Nuno Gonalo (tenor) e Andr Fernandes

    (baixo) - no dia 27 - Trio instrumental: Ana Maria Ferreira e Bruna Teves (flautas)

    acompanhadas ao piano pela Raquel Machado.

    UM RECITAL DE VIOLA DA TERRA

    por Rafael Carvalho

    MOSTRA DE LIVROS DA AICL

    EXPOSIO INDITA DE ARTE PLSTICA DE Z NUNO DA CMARA

    PEREIRA

    SESSO ESPECIAL 40 anos de abril

    (MSICA E POESIA) ZECA MEDEIROS, ANBAL RAPOSO, VNIA

    DILAC, Maninho e outros E QUINTETO DA EBI DA MAIA

    http://www.lusofonias.net/cat_view/86-aicl/117-hino.html?view=docmanhttps://www.facebook.com/rafael.carvalho.12935http://www.lusofonias.net/doc_download/1688-caderno-21-ze-nuno-camara-pereira.htmlhttp://www.lusofonias.net/doc_download/1688-caderno-21-ze-nuno-camara-pereira.htmlhttps://www.facebook.com/Zeca.Medeiroshttps://www.facebook.com/Zeca.Medeiroshttp://apalavraeocanto.blogspot.pt/

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 20

    LANAMENTO DE LIVROS:

    ANTOLOGIA 9 ILHAS, 9 ESCRITORAS HELENA CHRYSTELLO E

    ROSRIO GIRO

    COLETNEA DE TEXTOS DRAMTICOS AORIANOS HELENA

    CHRYSTELLO E LUCLIA ROXO

    file:///K:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/Capa%209%20ilhas%209%20escritoras(2).jpgfile:///G:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/All%20Mail-1070650.jpg

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 21

    CRNICA DOS REGRESSOS JOS SOARES

    OURIO CORAO DE LEO BARBARA

    JURI

    file:///K:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/Cronica%20dos%20regressos%20(Capa)_Page_1.jpgfile:///K:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/NASLOVNICA%20Ourico_PORT1.JPG

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 22

    7.5. "MARTA DE JESUS" LAMO OLIVEIRA,

    apresentado por ROLF KEMMLER

    SESSES DE POESIA DE

    CHRYS CHRYSTELLO com LUCIANO PEREIRA

    SUSANA TELES MARGARIDO

    LAMO OLIVEIRA

    EDUARDO BETTENCOURT PINTO

    . MARIA DOVIGO

    PASSEIO CULTURAL

    FBRICA DE CH DE PORTO FORMOSO (visita fbrica com uma

    entronizao da Confraria do Ch

    PRAIA DO MOINHO LADEIRA DA VELHA - DEPOSIO DE FLORES NO

    OBELISCO ***

    - MIRADOURO DE SANTA IRIA e COROA DA MATA (MIRADOUROS)

    - CURTA VISITA RIBEIRA GRANDE

    - VISIONAMENTO DO FILME A VIAGEM AUTONMICA DE FILIPE

    TAVARES

    5. LISTA ORADORES/PRESENCIAIS/CONVIDADOS/ORGANIZAO

    Ver aqui lista de todos os participantes

    Ver aqui lista de oradores

    file:///K:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/MARTA%20DE%20JESUS_capa%20total1.jpgfile:///G:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/passeio%20.htmfile:///K:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/LADEIRA%20DA%20VELHA.htmfile:///K:/My%20Documents/My%20Web%20Sites/Moinhos2014/LADEIRA%20DA%20VELHA.htmhttp://lusofonia2006.com.sapo.pt/lista%20INSCRITOS.pdfhttp://lusofonia2006.com.sapo.pt/lista%20ORADORES.pdf

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 23

    6. HORRIO DAS SESSES (limite 32 oradores)

    Local: O Moinho Terrace Caf na Praia dos Moinhos em Porto Formoso

    NB: No 21 colquio, por razes de logstica, os almoos e jantares esto

    reservados apenas para os convidados, oradores e presenciais

    (registados e previamente inscritos)

    Temos sesses de poesia, 4 apresentaes literrias, 1 exposio de artes

    plsticas, 3 recitais e 1 sesso especial musical comemorativa dos 40

    anos do 25 de abril

    Ver horrio aqui

    Moderadores das sesses:

    Luciano Pereira

    lamo Oliveira

    Concha Rousia

    Chrys Chrystello

    Helena Anacleto-Matias,

    Anabela Sardo

    Tiago Anacleto-Matias

    Helena Chrystello

    Zlia Borges

    Suplentes

    Rolf Kemmler, Norberto vila, Perptua S Silva

    7. SINOPSES E BIODADOS - ORADORES, PRESENCIAIS,

    CONVIDADOS E ORGANIZAO

    1. AFONSO TEIXEIRA FILHO, KATHOLIEKE UNIVERSITEIT, LEUVEN,

    BLGICA, BRASIL

    AFONSO TEIXEIRA FILHO, Brasileiro, casado, 52 anos.

    Doutor em Estudos da Traduo pela Universidade de So Paulo (USP).

    Defendeu tese de doutoramento sobre a obra Finnegans Wake de

    James Joyce.

    tradutor profissional, exercendo, atualmente, pesquisa sobre as

    tradues para o portugus do poema de John Milton, Paraso perdido,

    na Katholieke Universiteit de Leuven, Blgica.

    Paralelamente, realiza pesquisa em Filologia Romnica, sobre o

    romance ibrico, com ateno especial para a lngua mirandesa.

    http://lusofonia2006.com.sapo.pt/horariosessoes.htmhttp://lusofonia2006.com.sapo.pt/horariosessoes.htmhttp://lusofonia2006.com.sapo.pt/desdobravel%2021%20coloquios.pdfhttp://lusofonia2006.com.sapo.pt/desdobravel%2021%20coloquios.pdf

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 24

    SCIO DA AICL

    J PARTICIPOU NO 18 COLQUIO, OURENSE, GALIZA 2012 E 20 EM SEIA

    2013

    TEMA 3. AS TRADUES PARA O PORTUGUS DO PARASO PERDIDO, DE

    JOHN MILTON, AFONSO TEIXEIRA FILHO, PROFESSOR DOUTOR, KATHOLIEKE UNIVERSITEIT

    LEUVEN.

    O poema Paradise lost, do poeta ingls John Milton, foi escrito em uma

    poca em que a Inglaterra se encontrava dominada pela crena

    puritana. Milton exerceu algum cargo governamental no governo de

    Oliver Cromwell, mas escreveu seu grande poema j durante a

    restaurao da monarquia no pas. A ideia de Milton era escrever um

    poema que narrasse a queda do primeiro homem, Ado, e fazer da

    perda do Paraso um poema pico.

    Embora possamos ver uma relao entre a narrativa bblica e a poltica

    inglesa da poca de Milton, sendo a poca dos Parlamentos o paraso

    perdido, e a monarquia restaurada a poca do governo de Satans, o

    fato que o poema de Milton acaba por transformar Satans no

    verdadeiro heri da epopeia.

    A figura de Satans , no entanto, uma simples interpretao errnea e

    teolgica de algumas passagens bblicas, no uma personagem de fato.

    O termo hebraico satan (Satans, em grego) um substantivo comum

    que podemos traduzir por desafiador, contestador, inimigo, etc.

    Milton constri sua personagem com fundamento numa teologia

    equivocada. Mas sua personagem ganha dimenso e vida no poema,

    de tal sorte que supera a prpria inteno do autor que era a de fazer

    um poema sobre Ado e Eva.

    No entanto, grande parte dos tradutores buscou atenuar a fora verbal

    de Satans ao verter o poema para outras lnguas. O propsito de nossa

    apresentao ser mostrar como os recursos oratrios presentes no

    original se perderam nas tradues para o portugus.

    2. LAMO OLIVEIRA, ESCRITOR CONVIDADO, TERCEIRA, AORES

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 25

    LAMO OLIVEIRA (Jos Henrique do) nasceu na Freguesia do Raminho

    Terceira, Aores maio de 1945. Fez o Curso de Filosofia no Seminrio de

    Angra e o servio militar na Guin-Bissau (1967/69).

    Foi catalogador na Biblioteca Pblica e Arquivo de Angra (1970/71);

    Funcionrio Administrativo no Departamento Regional de Estudos e

    Planeamento.

    Em 1982, foi transferido para a Direo Regional da Cultura e, aps a

    aposentao, foi convidado a colaborar, at 2010, na Direo Regional

    das Comunidades.

    scio fundador do Alpendre - grupo de teatro (1976), onde tem sido

    diretor artstico e encenador.

    Tem 36 livros com poesia, romance, conto, teatro e ensaio. Est

    representado em mais de uma dezena de antologias de poesia e de

    fico narrativa.

    O seu romance At Hoje Memrias de Co, em 3 edio, recebeu, em

    1985, o prmio Mar Viva, da Cmara Municipal do Seixal.

    Em 1999, recebeu o prmio Almeida Garrett/Teatro com a pea A

    Solido da Casa do Regalo.

    Tem poesia e prosa traduzidas para ingls, francs, espanhol, italiano,

    esloveno e croata. O seu romance J No Gosto de Chocolates est

    traduzido e publicado em ingls e em japons.

    Em abril de 2002, o Programa de Estudos Portugueses/ Portuguese Studies

    Program, da Universidade da Califrnia em Berkeley, convidou-o, na

    qualidade de escritor do semestre, para lecionar a sua prpria obra aos

    estudantes de Lngua Portuguesa, sendo o primeiro portugus a receber

    tal distino.

    Com algumas incurses na rea das artes plsticas (exposies

    individuais e coletivas em Angra, Ponta Delgada, Lisboa, Porto e Guin-

    Bissau, nas dcadas de 60 a 80), criou mais de uma centena de capas

    para livros.

    Em 2010, foram-lhe conferidas as seguintes distines: Insgnia

    Autonmica de Reconhecimento do Governo Regional dos Aores e

    Grau de Comendador da Ordem de Mrito da Presidncia da

    Repblica.

    SCIO DA AICL.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 26

    OBRAS PUBLICADAS

    POESIA

    A Minha Mo Aberta (opsculo), 1968

    Po Verde, 1971 (esgotado)

    Poemas de(s)Amor, 1973 (esgotado)

    Fbulas, 1974 (esgotado)

    Os Quinze Misteriosos Mistrios, 1976 (esgotado)

    Cantar o Corpo, 1979 (esgotado)

    Eu Fui ao Pico Piquei-me, 1980 (esgotado)

    Itinerrio das Gaivotas, 1982 ed. DRAC (esgotado)

    Nem Mais Amor que Fogo (em parceria com Emanuel Jorge Botelho),

    1983

    Triste Vida Leva a Gara (antologia 1967/81), 1984 ed. Ulmeiro

    Textos Inocentes, 1986 (esgotado)

    Erva-Azeda, 1987 (esgotado)

    Impresses de Boca, 1992 ed. DRAC (esgotado)

    Antnio, Porta-te como uma Flor, 1998 ed. Salamandra

    Memrias de Ilha em Sonhos de Histria (poemas sobre aguarelas de

    lvaro Mendes), 2000

    Cantigas do Fogo e da gua (quadras sobre aguarelas de lvaro

    Mendes), 2001

    Andanas de Pedra e Cal 2010

    TEATRO

    Um Quixote 2 edio, 1974 (esgotado)

    Morte ou Vida do Poeta, 1974 (esgotado)

    Manuel, Seis Vezes Pensei em Ti, 2 edio, 1994 ed. Jornal de Cultura

    (esgotado)

    Uma Hortnsia para Brianda, 1981 sep. Revista Atlntida (esgotado)

    Sabeis quem este Joo? 1984 sep. Revista Atlntida (esgotado)

    Missa Terra Lavrada, 1984 ed. DRAC (esgotado)

    Os Sonhos do Infante, 2 edio, 1995 ed. Jornal de Cultura (esgotado)

    Morte que Mataste Lira (musical com Carlos Alberto Moniz) ed. CD, 1999

    A Solido da Casa do Regalo e Almeida Garrett - Ningum, 2000 ed.

    Salamandra

    Quatro Prises Debaixo de Armas e o Quadrado, 2012. Ed. Autor.

    ROMANCE

    Burra Preta com uma Lgrima 2 edio, 1995 ed. Salamandra

    At Hoje Memrias de Co, 1986 ed. Ulmeiro; 1988 ed. Signo; 2003

    ed. Salamandra

    Ptio dAlfndega Meia-Noite, 1992 ed. Vega

    J no Gosto de Chocolates, 1999 ed. Salamandra; verso inglesa,

    2006 ed. Portuguese Heritage Publications of California, Inc.; verso

    japonesa, 2008 ed. Random House Kodansha

    2013 - Murmrios com vinhos de missa ed Letras Lavadas, PDL, Aores

    CONTO

    Contos com Desconto, 1991 ed. Instituto Aoriano de Cultura

    (esgotado)

    Com Perfume e com Veneno, 1997 ed. Salamandra

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 27

    Caneta de Tinta Permanente na Poesia Popular" 2012, homenagem ao

    cantador popular terceirense Manuel Caetano Dias, mais conhecido por

    "caneta".

    .

    ENSAIO

    Almeida Firmino / Poeta dos Aores, 1978 ed. DRAC (esgotado)

    Ol, Pobreza! 1996 ed. Jornal de Cultura (esgotado)

    Antologias entre outras mais antigas

    In Antologia (Bilingue) Autores Aorianos Contemporneos, ed.

    Calendrio de Letras/AICL, VN de Gaia, 2011

    In Antologia (Monolingue) Autores Aorianos Contemporneos, ed.

    Calendrio de Letras/AICL, VN de Gaia, 2012.

    COLETNEA DE TEXTOS DRAMTICOS AORIANOS, ed. Calendrio de Letras/AICL,

    VN de Gaia, 2013

    VDEOS DO AUTOR EM

    http://www2.camara.gov.br/camaranoticias/tv/materias/PAPO-

    LITERARIO/207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-

    DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html

    HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=YG5KN9D0IX4

    HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=ZUTHTRKXOIG

    https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&

    cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww

    2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-

    PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-

    ALAMO-

    OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNF

    n0rsW-

    mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Yw

    A TRACEIRA DE JASUS EST EM

    http://www.lusofonias.net/doc_download/1085-alamo-oliveira-a-treceira-

    de-jasus.html

    VER O CADERNO AORIANO EM

    http://www.lusofonias.net/doc_download/762-caderno-05-alamo-

    oliveira.html

    VER A VDEO HOMENAGEM EM

    http://www.lusofonias.net/doc_download/1529-5-alamo-oliveira.html

    http://www2.camara.gov.br/camaranoticias/tv/materias/PAPO-LITERARIO/207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.htmlhttp://www2.camara.gov.br/camaranoticias/tv/materias/PAPO-LITERARIO/207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.htmlhttp://www2.camara.gov.br/camaranoticias/tv/materias/PAPO-LITERARIO/207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=yg5KN9d0IX4http://www.youtube.com/watch?v=ZUTHTrkxOIghttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttps://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=33&cad=rja&ved=0CDUQtwIwAjge&url=http%3A%2F%2Fwww2.camara.gov.br%2Ftv%2Fmaterias%2FPAPO-LITERARIO%2F207902-PAPO-LITERARIO-MOSTRA-BIOGRAFIA-E-OBRAS-DO-ESCRITOR-ALAMO-OLIVEIRA.html&ei=Dm3WUuDWM5Ow7AaJ1ICoDw&usg=AFQjCNFn0rsW-mVBHcwtcIT1Yqz8Vy3U1Q&sig2=hfxg_84anbwvYtQapiV3Ywhttp://www.lusofonias.net/doc_download/1085-alamo-oliveira-a-treceira-de-jasus.htmlhttp://www.lusofonias.net/doc_download/1085-alamo-oliveira-a-treceira-de-jasus.htmlhttp://www.lusofonias.net/doc_download/762-caderno-05-alamo-oliveira.htmlhttp://www.lusofonias.net/doc_download/762-caderno-05-alamo-oliveira.html

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 28

    PRESENTE NA GALIZA 2012, MAIA 2013, SEIA 2013 E MOINHOS 2014 COMO

    CONVIDADO ESPECIAL NA HOMENAGEM CONTRA O ESQUECIMENTO

    INTERVM NA SESSO DE POESIA

    TOMA PARTE NA APRESENTAO DA COLETNEA NA EBI DA MAIA DIA 24

    LANA O LIVRO MARTA DE JESUS, A AVERDADEIRA APRESENTADO POR

    ROLF KEMMLER

    PR-LEITURA:

    O mundo configurado em Marta de Jesus (a verdadeira)

    fundamentalmente o das Flores, um mundo rural em queda, social,

    econmica, sem sinais de redeno vista, e a utopia de transformao

    do pas a partir desse espao remoto e graas aco de um pequeno

    grupo como o de Emanuel Salvador e seus seguidores, essa utopia, dizia

    eu, no passa disso mesmo e acabar por tropear nas contingncias

    do prprio tempo, sem que tenha qualquer efeito prtico o papel de

    mentor ideolgico desempenhado a partir de Lisboa por Pedro (o

    intelectual sado das Flores tempos antes).

    3. ALEXANDRE BANHOS, FUNDAO MEENDINHO, GALIZA

    Alexandre Banhos Campo nasceu na cidade da Crunha no ano 54,

    Licenciado em Cincias Polticas e em Sociologia (especialidade de

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 29

    Demografia e Populao) pela Universidade Complutense de Madrid.

    membro da AGAL, da que foi Presidente, e com anterioridade ocupara

    j postos no seu Conselho diretivo.

    Pertence a diversas organizaes da Galiza e da Faixa-Leste da Galiza

    que so de referncia, merecendo destaque especial a Associao Pr-

    Academia Galega. Foi pessoa envolvida no impulsionamento da

    constituio da Academia Galega de Lngua Portuguesa.

    tambm membro do coletivo Frum Carvalho Calero, cujo objetivo

    pensar e trabalhar sobre assuntos concretos de interesse pblico e social,

    e acompanhar a correspondente proposta.

    o presidente da Fundao Meendinho (declarada de interesse

    galego), nica fundao da Galiza onde quase a metade do seu rgo

    de governo, so portugueses.

    Est ligado ao mundo editor, responsabilizando-se por diversas

    publicaes, como diretor editorial.

    Tem participado em mltiplos encontros e congressos a ver com a lngua,

    em muitos deles como relator. Desde h 40 anos, est comprometido

    com o ativismo cultural.

    Tem publicado centos de artigos sobre todo tipo de temticas, entre eles

    os de contedo lingustico, e foi colaborador habitual e ocasional (ainda

    ocasional) de diversos jornais da Galiza.

    master em Gestom da Formaom de Qualidade pola UNED, e

    especialista em Gestom Econmico-financeiro pola USC. Nos anos 2000 a

    2005 formou parte da Comissom Geral de Formaom Continuada para

    os Empregados Pblicos em todas as administraes e reas do estado

    espanhol e da Permanente de dita Comissom, bem como dos rgos

    diretivos neste campo da Federaom Espanhola de Municpios e

    Provncias (FEMP).

    membro do Comit Latino-americano de Administraom para o

    Desenvolvimento (CLAD), tendo participado em vrios dos seus

    congressos, e de outros eventos e organismos. Ocupou tambm postos

    de responsabilidade no sindicato CIG.

    Nos ltimos anos tem centrado o seu campo de pesquisa, em pensar o

    futuro da Galiza desde um hipottico projeto de estatalidade, que bem

    se pode resumir nos seus contributos ao projeto coletivo ANDA GZ.

    Tem publicado sobre temas de direito poltico e constitucional e sobre a

    organizao dos espaos territoriais desde o ponto de vista da eficcia

    administrativa e social.

    Alm disso anda a trabalhar nos problemas econmicos no quadro da

    crise sistmica, e a construo des/construo do euro, e Europa.

    Tem publicado trabalhos sobre o tema da configurao poltica

    europeia e peninsular.

    SCIO DA AICL.

    PARTICIPA DESDE 2006 NOS COLQUIOS BRAGANA 2006, 2007,2009,2010, GALIZA

    2012

    TEMA 2.1 O PORTUGUS DA GALIZA SEGUNDO O SEXO DOS UTENTES

    1. As mulheres como elemento fulcral na socializao de

    comportamentos, includos os lingusticos.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 30

    1.1 As mulheres e o seu papel na permanncia na Galiza do

    portugus

    1.2 A modernizao, e o papel da escola e meios na socializao de

    comportamentos

    2. A urbanizao e modernizao da sociedade galega e efeitos no

    comportamento lingustico dos sexos.

    2.1 O dismorfismo lingustico segundo o sexo do utente

    2.2 O efeito da presso ambiental nos modelos lingusticos

    3.Considerao final

    ANA PAULA ANDRADE, PRESIDENTE CONSELHO EXECUTIVO, CONSERVATRIO REGIONAL DE PONTA DELGADA, AORES Ausente na Alemanha ser substituda por Raquel Machado

    ANA PAULA ANDRADE [CONSTNCIA] 1964) Nasceu em P. Delgada

    onde concluiu o curso geral de msica no Conservatrio Regional, tendo

    tido como professora Margarida Magalhes de Sousa (composio) e

    Natlia Silva (piano). Em 1987 terminou o curso Superior de Piano no

    Conservatrio Nacional (Lisboa), na classe da professora Melina Rebelo e

    no ano seguinte o curso superior de composio, tendo sido aluna dos

    compositores C. Bochmann, Constana Capedeville, lvaro Salazar e

    Joly Braga Santos.

    Paralelamente estudou rgo na classe do Professor Simes da Hora,

    tendo realizado o exame do 5 ano.

    Estudou trs anos no Instituto Gregoriano de Lisboa, frequentando, na

    classe da Prof. Helena Pires de Matos, as disciplinas de Canto

    Gregoriano e Modalidade.

    Em 1989 realizou um concerto de rgo e piano no Conservatrio de

    Toronto, integrado no ciclo de cultura aoriana. Em 1990, participou num

    concerto na Universidade S.M.U. (nos estados Unidos), tocando como

    solista, com orquestra daquela Universidade, o concerto para piano em

    DM de Mozart.

    Tem realizado diversos concertos a solo ou como acompanhadora de

    piano e rgo em vrias regies do continente e nas diversas ilhas do

    arquiplago.

    Com a soprano Eullia Mendes realizou um concerto na Expo 98 em

    Lisboa, integrado no dia comemorativo dos Aores.

    Em janeiro e em maio de 2006 acompanhou o grupo vocal Quatro

    Oitavas em duas digresses ao Uruguai e ao Brasil a convite da Direo

    Regional das Comunidades. Desde 1989 professora de Piano e Anlise

    e Tcnicas de Composio no Conservatrio Regional, desempenhando

    desde 2004 o cargo de Presidente do Conselho Executivo do

    Conservatrio de Regional de Ponta Delgada.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 31

    Em 2010 foi a pianista convidada dos colquios para o XIII Colquio

    Anual da Lusofonia em Florianpolis, Santa Catarina, Brasil, onde deu um

    concerto acompanhada da Orquestra (de cordas) da UDESC.

    Em 2011 acompanhou o 15 Colquio a Macau onde atuou com artistas

    chineses em execuo de obras aorianas.

    NO IPM (MACAU)2011

    No 16 colquio atuou em Vila do Porto com Raquel Machado e

    Henrique Constncia.

    No 17 COLQUIO na Lagoa atuou com alunas do Conservatrio de

    PONTA DELGADA, de flauta e viola da terra.

    No 18 colquio (em Ourense na Galiza) estreou com Carolina

    Constncia no violino, peas inditas do Padre ureo da Costa Nunes de

    Castro (aoriano missionrio em Macau).

    com a

    UDESC EM SANTA CATARINA 2010

    No 19 colquio na Maia (S. Miguel, Aores) estreou mais peas do Padre

    ureo e musicou dois poemas, um de lamo Oliveira e outro de Chrys

    Chrystello, tendo atuado com Henrique Constncia (violoncelo) e Helena

    Ferreira (soprano).

    No 20 colquio em Seia 2013 estreou mais peas musicadas de autores

    aorianos, tendo atuado com Henrique Constncia (violoncelo),

    Carolina Constncia (violino) e a soprano Raquel Machado.

    Presena habitual dos Colquios da Lusofonia foi nomeada Pianista

    Residente.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 32

    Est atualmente a desenvolver um projeto AICL de musicar poemas de

    autores aorianos selecionados e a divulgar obras inditas do Padre

    ureo da Costa Nunes de Castro.

    Dar dois recitais de msica (piano) do cancioneiro aoriano e de obras

    de compositores aorianos.

    SCIO FUNDADOR DA AICL / SECRETRIA DA ASSEMBLEIA GERAL

    ATUOU EM TODOS OS COLQUIOS DESDE 2008, LIDERANDO AS

    PERFORMANCES MUSICAIS EM BRAGANA 2008 E 2009, LAGOA 2008, 2009,

    BRASIL (FLORIANPOLIS) 2010, BRAGANA 2010, MACAU 2011 E VILA DO

    PORTO 2011, LAGOA, OURENSE GALIZA 2012, MAIA 2013, SEIA 2013.

    4. ANABELA FREITAS (MIMOSO), CEI-EF ULHT, GAIA, PORTUGAL

    ANABELA BRITO FREITAS MIMOSO, Cei-EF ULHT, nasceu em Lisboa,

    licenciou-se em Histria na Faculdade de Letras da Universidade do

    Porto, onde tambm obteve os graus de mestre e de doutora em

    Cultura.

    investigadora do Cei-EF da Universidade Lusfona de Humanidade e

    Tecnologia onde terminou este ano um projeto financiado pela FCT, no

    campo do associativismo docente. Tem tambm desenvolvido estudos

    na rea da literatura, sobretudo da tradicional e da literatura infantil,

    bem como da histria do pensamento pedaggico e da histria do

    corpo. Publicou ainda, sobre essas mesmas temticas, vrios artigos em

    revistas e captulos de obras. Faz regularmente comunicaes em

    congressos, nacionais e internacionais e conferncias,

    Tem uma vasta obra escrita que vai desde a fico infantojuvenil (obras

    como: D. Bruxa Gorducha, Foz Coa entre cu e rio; As frias do

    caracol; Aquela palavra mar), mas tambm para adultos (A vida pela

    metade, Quando nos matam os sonhos, A sagrao do amor),

    literatura tradicional (Contos tradicionais do povo aoriano de Tefilo

    Braga: introduo, seleo e notas), passando por estudos sobre a

    Gerao de 70 (S. Cristvo de Ea de Queirs introduo), e por

    estudos sobre autores de matriz aoriana. Foi ainda autora de manuais

    para o ensino da Lngua Portuguesa para os 2 e 3 ciclos.

    SCIO FUNDADOR DA AICL E VICE-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA-GERAL

    TEMA 1.3. REBELO DE BETTENCOURT RAZES DE BASALTO

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 33

    No ano em que se comemora o 120 aniversrio do nascimento de Jos

    Rebelo de Bettencourt, de inteira justia divulgar a sua obra. Nascido a

    30 de agosto de 1894 em Ponta Delgada e falecido a 4 de setembro de

    1969, tambm em Ponta Delgada, Jos Rebelo Bettencourt, ou Rebelo

    de Bettencourt, como assinava frequentemente, foi poeta, ensasta,

    tradutor e um marcante jornalista.

    Conheceu muitas figuras do panorama literrio e artstico da poca,

    como Antero de Figueiredo, Joo de Barros, de quem foi amigo pessoal,

    Dias de Melo, Eduno de Jesus, Domingos Rebelo, Artur Duarte, Stuart

    Carvalhais (que apresentou a Columbano e a quem homenageia por

    ocasio da sua morte).

    Conheceu tambm Almada Negreiros, numa exposio no salo

    Bobone de quadros que escandalizaram os burgueses de ento. Em

    1917, Carlos Filipe Porfrio, prestes a lanar o Portugal Futurista,

    apresentou-o, no Martinho da Arcada, a Santa-Rita Pintor.

    Esses conhecimentos valeram-lhe o convite para colaborar no nmero

    nico do Portugal Futurista. Mas apesar de dedicar algumas pginas de

    admirao aos poetas de Orfeu, de facto o seu pensamento estava

    bem mais de acordo como nacionalismo literrio de um Afonso Lopes

    Vieira, que tanto admirava, ou de Correia de Oliveira, como est bem

    patente na sua obra potica.

    Embora com as razes de basalto, R.B. tem um lugar importante no

    panorama literrio e intelectual portugus da primeira metade do sculo

    XX.

    5. ANABELA NAIA SARDO, IPG, GUARDA PORTUGAL

    ANABELA OLIVEIRA DA NAIA SARDO doutora em Literatura

    Portuguesa, mestre em Estudos Portugueses e licenciada em Ensino de

    Portugus e Francs.

    Foi docente do Ensino Secundrio de 1986 at 1991, altura em que

    ingressou no Ensino Superior Politcnico, tendo comeado a lecionar na

    Escola Superior de Educao, Comunicao e Desporto do Instituto

    Politcnico da Guarda (IPG). , desde 2009, Diretora da Escola Superior

    de Turismo e Hotelaria (ESTH), onde lecionava desde o ano 2000. Faz

    parte do Conselho Tcnico-cientfico desde 2002, tendo sido, durante

    cinco anos, presidente deste rgo. Pertence, igualmente, ao Conselho

    Geral do IPG desde 2008, cargo para o qual foi reeleita em 2012. Desde

    2009, membro do Conselho Superior de Coordenao e do Conselho

    para a Avaliao e Qualidade do IPG.

    Para alm da investigao que tem vindo a realizar acerca da

    obra da escritora Ana Teresa Pereira, tambm faz pesquisa ao nvel da

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 34

    rea cientfica do Turismo, tendo um especial interesse pelo denominado

    Turismo Cultural.

    Integra, neste momento, a equipa coordenadora e

    investigadora do projeto UDI Observatrio de Turismo da Serra da

    Estrela, financiado pela Unidade de Investigao para o

    Desenvolvimento do Interior (UDI) e aprovado pela FCT (Observatrio de

    Turismo da Serra da Estrela Um Instrumento para a Sustentabilidade do

    Turismo na Serra da Estrela | EXPL/ATP-EUR/1530/2012).

    Tem publicado artigos na rea da Literatura Portuguesa e na do

    Turismo, na qual tem coordenado publicaes. coautora (com Antnio

    Melo, Gonalo Fernandes, Jos Alexandre Martins, Vtor Roque) do livro

    POSTOS DE TURISMO DO DESTINO SERRA DA ESTRELA ANLISE DA

    SITUAO E FUNCIONALIDADES (OTSE Observatrio de Turismo da Serra

    da Estrela, Escola Superior de Turismo e Hotelaria, Instituto Politcnico da

    Guarda. ISBN: 978-972-8681-49-4, 2013).

    scia fundadora da AICL - Associao dos Colquios da Lusofonia

    - e membro suplente da Direo.

    Faz parte da Comisso Cientfica Permanente da AICL (trinio 2013

    -15), da Comisso Cientfica do 21 Colquio da Lusofonia e adjunta do

    Secretariado Executivo.

    SCIO FUNDADOR DA AICL. - MEMBRO SUPLENTE DA DIREO

    TOMOU PARTE NOS COLQUIOS BRASIL 2010, BRAGANA 2011, MACAU

    2011 E VILA DO PORTO SANTA MARIA, 2011 GALIZA, 2013 SEIA

    PERTENCE AO SECRETARIADO EXECUTIVO DO COLQUIO

    APRESENTA A OBRA COLETNEA DE TEXTOS DRAMTICOS AORIANOS DE

    HELENA CHRYSTELLO E LUCLIA ROXO

    TEMA 2.2. A PROPSITO DO TEXTO OS INSUSPEITOS, AS PAIXES DE ANA TERESA

    PEREIRA

    Inserindo-nos no tema A mulher nas letras lusfonas no resto do

    mundo e acalentados pela vontade de homenagear a mulher e as

    letras nos Aores, trazemos at vs um texto da escritora portuguesa

    Ana Teresa Pereira, tambm nascida numa ilha, neste caso no

    arquiplago da Madeira.

    O objetivo apresentar a obra da escritora, os prmios que lhe

    foram atribudos at 2012 e realar aquela que uma das suas paixes,

    a Literatura.

  • PROGRAMA XXI COLQUIO DA LUSOFONIA, MOINHOS, PORTO FORMOSO, AORES 24-27 abril 2014 Pgina | 35

    Ana Teresa Pereira assume, abertamente, o carter autobiogrfico

    da sua obra, espao no qual verte, sem inibio, as suas obsesses: a

    Literatura, o Cinema e a Pintura. Iremos, a ttulo exemplificativo, trazer a

    lume Os insuspeitos, narrativa inicial de Histrias Policiais, um livro

    publicado em 2006 e composto pelo texto mencionado e por trs

    novelas (duas das quais, A noite d-me um nome e A cidade

    fantasma, tinham tido uma primeira publicao, na Editorial Caminho,

    em 1993), para falar da importncia da literatura policial nas narrativas

    pereirianas.

    PALAVRAS-CHAVE: Literatura Portuguesa Contempornea; Ana

    Teresa Pereira; Histrias Policiais (2006); paixo pela literatura.

    6. ANBAL RAPOSO, COMPOSITOR, AORES

    ANBAL DUARTE RAPOSO, nasce na freguesia de Relva, concelho de

    Ponta Delgada, ilha de S. Miguel nos Aores, a 5 de dezembro de 1954.

    Faz parte, com Jos Medeiros, Lus Alberto Bettencourt e outros, de uma

    gerao de cantautores que nos ltimos 30 anos tem renovado a

    msica aoriana com temas e poesia originais que, bebendo fundo nas

    razes do cancioneiro das ilhas sofrem influncias dos grandes

    compositores da msica popular portuguesa, da MPB e at da msica

    clssica.

    De 1973 a 1978 licenciou-se no Porto em engenharia mecnica tendo

    poca feito parte da direo do TUP (Teatro Universitrio do porto).

    De regresso aos Aores em 1978 funda diversos grupos com projeo

    local tais como o Construo, Rimano e Albatroz.

    Tem atuado em todas as ilhas aorianas, na Madeira, em Por