Prescrição de Exercício · 2020. 9. 24. · Adaptações ao Treino de Força (Schoenfeld et al.,...
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Prescrição de Exercício
Breve Resumo do que deve saber um Fisioterapeuta
2020/2021
Índice
1. O Fisioterapeuta e o Exercício
2. Fisiologia e Histologia Muscular
3. Treino de Força
1. Principais Adaptações
2. Princípios
4. Aprendizagem Motora
5. Desenvolvimento de Sistemas Energéticos
6. Operacionalização Prática
Exercício e o Perfil de Competências do Fisioterapeuta
▪ 3E: 7- Discutir acerca da necessidade de umaparticipação ativa do atleta no plano deintervenção, utilizando os princípios inerentes àfisiologia do exercício, tais como a definição deobjetivos, a motivação e o feedback.
Pág. 23 Perfil de Competências do Fisioterapeuta no Desporto
▪ O ciclo de intervenção ocorre desde o momento da ocorrência de lesãorelacionada com a atividade física e/ou desportiva até ao retorno do atletaao seu melhor nível de desempenho;
▪ O ciclo de intervenção ocorre num contexto individual ou de equipa, sempreem conjunto com a equipa multidisciplinar e numa grande variedade delocais, que podem ir desde a prática privada até aos locais de treino.
Pág. 19 Perfil de Competências do Fisioterapeuta no Desporto
▪ 3E: 8- Planear metodologias de treino com oobjetivo de manter as suas condições físicas (porexemplo, treino metabólico) durante o ciclo deintervenção.
Histofisiologia Muscular
Histofisiologia Muscular
• Aumento da taxa de recrutamento motor• Aumento do sincronismo de recrutamento• Aumento da Frequência de disparo• Inibição do Antagonista• Aumentam a Magnitude do Reflexo Miotático• Sinapses mais difusas e irregulares• Maior comprimento dos ramos nervosos terminais• Maior área de placa motora• Recetores de acetilcolina mais dispersos
Coordenação Intra-Muscular
Coordenação Inter-Muscular
Junção Neuromuscular
• Hipertrofia• Alteração do ângulo de penação• Transição entre tipos de Fibras• Alteração da atividade enzimática, metabólica e disponibilidade
de substrato• Menor densidade mitocondrial e capilar• Hiperplasia (?)
Adaptações ao Treino de Força
Tipo de Fibras Fatigabilidade Velocidade de Contração
Produção de Força
Tipo I Baixa Lenta Baixa
Tipo II Alta Rápida Alta
Fibras Musculares
Intensidade relativa% 1RM
Adaptações ao Treino de Força
1 série de 3 a 6 reps = Força Máxima
3 a 5 séries de 7 a 15 reps = Hipertrofia
6 a 8 séries de 16 a 25 reps = Força Resistência
Hipertrofia
Adaptações ao Treino de Força
(Schoenfeld et al., 2016a)
Intensidade Ideal para
montar Volume de Treino!
Ganhos de Força e Hipertrofia,
mas inferiores a Cargas altas
(Schoenfeld et al. 2016)
(Lasevicius et al., 2018)
Ganhos de Força ótimos, mas treino
demasiado intenso para montar volume.
Repetições significativas
Força Máxima, Força Relativa e nRM
• Estruturais• Músculo• Osso• Tendão• Cartilagem
• Condições de Saúde• Demência• Depressão• Cancro• Doenças Metabólicas e Cardiovasculares
• Questões comportamentais• Sono• Alimentação• Confiança e auto-estima
(Maestroni et al., 2020)
Benefícios do Treino de Força
(Dorn et. Al, 2012) @ JrAthleted’sEdge
Benefícios do Treino de Força
(Wisloff et al., 2004)
LTAD (Long-Term Athlete Development)
Nível 1 6 - 9 anos
Nível 2 9 – 12 anos
Nível 3 12 – 15 anos
Nível 4 15 – 18 anos
➢ Responsabilidade➢ Capacidade Técnica➢ Força Membros Inferiores➢ Força Membros Superiores➢ Força do Tronco➢ Mobilidade
(Baker et al., 2007)
(Henriksson, 2018)
Mortalidade
(Garcia-Hermoso et al., 2018)
Organização e operacionalização
das Sessões
(Nunes et al., 2020)
Ativação/Aquecimento
Monitorização do Atleta
Mo
nit
ori
zaçã
o d
o A
tlet
aTreino Neuromuscular*
Pliometria*
Tarefas de Alta Intensidade
Tarefas de Média Intensidade
Tarefas de Baixa Intensidade
Desenvolvimento Sistemas Energéticos
Duração da Sessão
Velocidade
Potência
Força Máxima
Adaptações cardio-respiratórias
Volume de
TreinoExposição a Fadiga
Controlo Motor
Estratégias desaceleração
(Fradkin et al. 2012)
Ativação/ Aquecimento
• Exposição aeróbia• Alongamento• Tarefas semelhantes à
competição
• Intensidade exagerada
Treino Neuromuscular
Treino Neuromuscular
Treino Pliométrico
• Otimização de ciclos de encurtamento-estiramento
Treino Pliométrico
VelocidadeForça
Força Máxima Potência
• Sobrecarga
• Especificidade
• Variabilidade
• Reversibilidade
Princípios do Treino
Tempo (t)
• Grupos Musculares a Treinar
• Seleção de Exercícios
• Ordem dos Exercícios
• Intensidade dos Exercícios
• Volume do Treino
• Tempos de Descanso
• Velocidade de Execução
• Frequência de Treino
Parametrização do Treino
Exercícios Funcionais vs Analíticos
Funcional – Tarefa cujos ganhos se transferem para a prática dedeterminada atividade de interesse
(Schoenfeld et al., 2012)
O que é funcional O que não é funcional
Ganhos de força complementares à realização da tarefa
Exercícios realizados sem qualquer plausibilidade de transferência
Desenvolvimento de Sistemas Energéticos
Capacidade Aeróbia
Potência Aeróbia
Capacidade Anaeróbia
Potência Anaeróbia
Obrigado pela atenção.
Tentar elaborar em pequenos grupos um plano de exercícios com base nas indicações providenciadas.
• 1 Sessão• Sessão inicial e Sessão final de um período de tempo
Exemplo:
Plano para 1 sessão Plano para última sessão do microciclo
Exercícios, objetivos e respetiva
parametrização
Progressão dos exercícios e adaptações expectáveis
Caso 1
• Atleta pós-cirúrgico de Ligamentoplastia do LCA comprogressão de 6 meses, atualmente a correr.
• Bom controlo do joelho, sem sintomas.• Ligeira atrofia do quadricípite e défice de 24% de força
máxima entre membros.• Encontra-se avançado no treino neuromuscular, já
fazendo treino pliométrico. Perspetiva iniciar exposição acorrida mais intensa, necessitando de desenvolverpotência.
Caso 2
• Atleta amador, atualmente em reabilitação após rotura dotendão de Aquiles aquando de uma descida de umpasseio.
• Procura reiniciar a exposição a corrida, ligeiramentesintomático em tarefas no final de amplitude de flexãoplantar.
Caso 3
• Atleta amador, saudável.• Faz trail e pretende desenvolver a capacidade física,
porque relata sentir-se sempre bastante preso e comdificuldade em iniciar a corrida.
• Uma coisa de que gostava era de se sentir mais elástico ereativo.
• Não tem exposição a hábitos de treino.
Caso 4
• Idoso, 72 anos, atualmente saudável mas com históricode doença oncológica.
• Passado de atleta como basquetebolista.• Relata pretender manter-se ativo de forma a preservar a
sua saúde.