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ESCLARECIMENTOS TERMINOLÓGICOS
Linguagens especializadas (< ing. language:
‘linguagem’, ‘língua’… ).
Language for Special Purposes (LSP) – didáctica de
línguas.
Línguas especializadas ou línguas de especialidade
LINGUAGEM E LÍNGUAS
Informaçom (< lat. Informatio: ‘dar forma’, ‘conceber ideia’):
elemento de conhecimento suscetível de ser transmitido e
conservado graças a um suporte e/ou um código.
Comunicaçom (< lat. Communicatio: ‘pôr em comum’,
‘participar’): Processo mediante o qual os organismos
intercambiam informaçom por diversos meios:
Linguagem: Num sentido amplo designa qualquer sistema de
comunicaçom, incluindo as linguagens dos animais, linguagem
nom-verbal humana, etc.
SINTOMAS, SÍMBOLOS E SIGNOS
Sintomas (ou indícios): Informaçom obtida de fenómenos ou acontecimentos
associados a outros pola sua própria natureza. A transmissom de
informaçom é involuntária.
Símbolos: Objetos ou representações que apresentam umha certa similitude
formal com o seu referente. Podem apresentar motivaçom natural ou
cultural.
Signos: Objectos ou representações que empregamos para referir umha
realidade, mas que carecem de qualquer similitude ou motivaçom com essa
realidade. Som, portanto, completamente convencionais.
O SIGNO LINGUÍSTICO
Ferdinand de Saussure e o nascimento da Linguística
moderna
O conceito de signo lingüístico: Relaçom arbitrária
entre um significante (imagem acústica) e um
significado (conceito, imagem mental).
Portanto, o signo linguístico nom apresenta um
carácter material, mas puramente formal (relacional).
A língua consiste, de facto, num sistema ou estrutura
de natureza formal constituída por múltiplos signos
linguísticos .
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO
Arbitrariedade: A relaçom entre significante e significado é convencional.
Linearidade: do significante: Os significantes aparecem sequencialmente
na cadeia falada, nom sobrepostos ou em paralelo.
Imutabilidade: A conexom entre significante e significado está
estabelecida por cada comunidade lingüística, de modo que nengum
usuário pode modificar individualmente de maneira intencional tal
conexom. Se o fai, pode nom ser compreendido.
Mutabilidade: A convencionalidade da associaçom entre o significante e o
significado fai com que a conexom entre o significante e o significado
poda ver-se afetada pola passagem do tempo e a evoluçom. A mudança
lingüística pode afetar tanto o significante como o significado. Pode,
também, ser iniciada por um indivíduo, mas só será relevante no
momento de ser aceita pola comunidade.
O SIGNO LINGUÍSTICO E AS PEÇAS DO XADREZ
Saussure emprega para ilustrar a natureza do signo lingüístico umha
comparaçom com as peças do jogo do xadrez. Estas nom se definem polo
material de que estám feitas, e podem mesmo apresentar umha certa
variabilidade desde que nom chegue a ocasionar ambiguidades com outras
peças com valor diferente. As peças do xadrez definem-se assim pola sua
funçom no jogo do xadrez e caracterizam-se polo valor opositivo que apresentam
frente às peças com diferente funçom:
A LÍNGUA COMO SISTEMA
Os signos linguísticos relacionan-se entre si formando sistemas opositivos nos
quais o valor de cada elemento procede da sua posiçom no sistema. P.ex:
Adjetivos para indicar temperatura em galego: gélido <> frio <> fresco
<> temperado <> morno <> quente <> tórrido…
Oposiçom em castelhano entre pez e pescado (nom acontece em
galego nem em inglês)
Oposiçom em galego entre sono e sonho (nom acontece em
castelhano)
Comparaçom com o xadrez: A partir do comportamento derivado da funçom de
cada peça do xadrez e pola combinaçom delas surge um sistema de regras que
definem como se joga ao xadrez.
A LÍNGUA COMO SISTEMA
O signo linguístico, portanto, apresenta um valor diferencial, relativo e negativo.
Ambiguidade referencial, solapações…
cfr: Aristóteles: “… os conceitos nom designam, mas assinalam…”
Acontece isso no caso dos repertórios terminológicos
planificados próprios das línguas de especialidade?
CÓDIGO E MENSAGEM > LÍNGUA E FALA
A diferença que podemos realizar no seio da Teoria da Informaçom entre o
código e a mensagem tem o seu reflexo na linguagem humana mediante a
oposiçom entre a língua e a fala, também salientada por Ferdinand de Saussure.
Língua: sistema de natureza relacional formado por um conjunto de signos
linguísticos e umhas regras de combinaçom. Tem um carácter abstrato e
psicológico. É o objeto de estudo da linguística.
Fala: Atualizaçom concreta e material do código linguístico. Seguindo a analogia
com o xadrez proposta por Saussure, equivaleria a cada umha das partidas que
se podem jogar fazendo uso das regras do xadrez.
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA LINGUÍSTICO
Articulaçom: Apresenta um carácter articulado
Dous modos de articulaçom:
1ª articulaçom: unidades com apenas significante ou apenas significado
2ª articulaçom: unidades com significante e significado (signos linguísticos)
Carácter estratificado: Cada um dos modos de articulaçom corresponde-se com
diversas camadas ou estratos de análise: morfemas > palavras > frases >
orações…
Recursividade: A partir de certos estratos de análise manifesta-se a
recursividade, umha propriedade que multiplica até o infinito as possibilidades
referenciais da língua. Consiste no facto de umha unidade linguística poder estar
constituída directa ou indirectamente por outras de igual ou superior nível:
O cam amarelo > O cam da cor da qual tu gostas
LÍNGUA E SOCIEDADE
A língua serve como instrumento de comunicaçom a umha determinada
comunidade linguística. Além disso, também serve para identificar e dar coesom
a tal comunidade.
As diferentes sociedades nom som homogéneas. Dentro de cada comunidade é
possível identificar diversos grupos sociais e diversos âmbitos de uso linguístico
característicos.
Por esta razom, as línguas costumam apresentar diversas variedades específicas
consolidadas que refletem normalmente a variaçom existente dentro do seu
conjunto de usuários. Do estudo da variaçom da língua em funçom das diversas
circunstâncias sociais ocupa-se a sociolinguística.
VARIEDADES INTERNAS DAS LÍNGUAS
Variedades diatópicas (dialectos): Em sentido amplo identifica aquelas
variedades caracterizadas por variações que têm a sua origem em
razões de tipo geográfico.
Variedades diacrónicas (cronolectos): Refere-se àquelas variedades
características de um período temporal determinado.
Variedades diastráticas (sociolectos): Identificam e caracterizam a fala
dos diversos grupos sociais que existem dentro da comunidade.
Variedades diafásicas (registros): Fai mençom às variações que se
produzem na língua dos indivíduos em funçom do contexto e da
finalidade de uso.
LÍNGUA PADROM OU LÍNGUA STANDARD
Em muitas sociedades existe umha ou mais variedades de
compromisso, normalmente identificadas com a língua escrita, que
acabam por definir os usos “gerais” ou “nom marcados” no seio da
comunidade.
Costumam ser apresentadas aos falantes como formas mais
prestigiosas e, num processo que pode ser mais ou menos gradual,
acabam por homogeneizar os usos linguísticos em torno a elas.
A imposiçom da língua padrom reduz significativamente, mas nom
elimina, as variações diatópicas, diastráticas e diafásicas que
puderem existir no seio da comunidade.
VARIEDADES DIASTRÁTICAS Polo seu interesse para situar as línguas especializadas interessa-nos realizar umha
classificaçom prévia dos principais níveis de uso da língua:
Nível culto : correcçom, precisom, coerência, riqueza vocabular.
Nível padrom ou standard: subconjunto do anterior que respeita
as normas de correçom, mas sem extremar as exigências cultas.
Define normalmente os usos gerais ou nom marcados.
Níveis nom padrom ou vulgares: Apresentam um código
parcialmente diferente da língua padrom e costumam carretar
determinadas conotações sociais: vulgaridade, falta de
instruçom, etc.
VARIEDADES DIAFÁSICAS
Registro formal: Uso rigoroso e planificado da língua. Selecçom dos recursos
linguísticos que garantem a coerência e coesom do discurso. Estruturas
sintácticas elaboradas.
Registro coloquial: Liga-se a situações distendidas e contextos familiares. Emprego
espontâneo e nom planificado dos recursos linguísticos. Frequente
acompanhamento da linguagem nom verbal. Vocabulário restrito.
Jargões: Partem do registro formal, mas apresentam elementos característicos de
um uso peculiar, ligado a um âmbito especializado. Para alguns autores
coincidiriam com o que conhecemos como línguas de especialidade. P.ex: jargom
da medicina.
Gírias e calões: Diferenciam-se dos anteriores por oporem-se ao registro formal.
Caracterizam os linguajares de certos grupos sociais ou profissões, às vezes com
finalidade críptica. P.ex: gíria juvenil, gíria dos marinheiros, calom dos
delinquentes…
QUE SOM AS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS?
Nom existe consenso na hora de caracterizar e definir a relaçom das
denominadas línguas especializadas com a língua e com a sua variedade
padrom:
1. Para alguns autores seriam simples registros ou
variedades funcionais (jargões) da língua geral.
2. Para outros autores fariam parte da língua geral,
diferenciando-se exclusivamente polo emprego de
um léxico determinado (p.ex: Rondeau, Rey,
Quemada).
QUE SOM AS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS?
3. Para outros autores trataria-se de códigos diferenciados
(“línguas independentes”) por meio de regras e unidades
específicas (p.ex: Hofmann).
4. Outros autores definem-nas como subconjuntos pragmáticos
da linguagem, ontologicamenee independentes da língua geral
com a qual se identificam (p.ex: Sager, Dungworth,
Beaugrande…). Atualizariam-se em determinados contextos
específicos.
3. Subconjuntos reais (Varantola, Sager, Pitch e Draskau)
4. Subconjuntos virtuais (Cabré Castellví)
QUE SOM AS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS?
Todos coincidem em defini-las como produções
linguísticas sobre temas relacionados com o saber
descritivo ou procedural, sobre parcelas específicas do
conhecimento. Deste ponto de vista, todas as áreas
científicas, técnicas ou profissionais seriam âmbitos de
comunicaçom especializada.
LÍNGUAS ESPECIALIZADAS
Conjunto de meios linguísticos que, em diversos níveis
(lexical, morfo-sintáctico…) permitem a organizaçom e
classificaçom de conteúdos especializados próprios
de determinados âmbitos e a sua transmissom entre
os indivíduos, sejam ou nom especialistas.
As suas características linguísticas específicas situam-se
sobretudo no componente lexical e, em menor medida, no morfo-
sintáctico. Contudo, também se caracterizam pola sua
estruturaçom textual, por aspectos de tipo paralinguístico e polo
uso dos recursos extralinguísticos.
CARACTERÍSTICAS DAS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS
• Terminologia própria (tecnolectos)
• Monossemia
• Procura da objetividade e a impersonalidade.
• Concisom, precisom …
• Objetivo epistemológico ou pragmático
• Variabilidade interna: variam segundo as situações comunicativas >
diferentes níveis
• Cada língua especializada apresenta características linguísticas
peculiares.
• Estám em contínua evoluçom, à medida que se produzem avanços ou
mudanças nos diversos âmbitos de especialidade. P. ex: terminologia
informática, reformas legislativas ou administrativas, etc.
LÍNGUAS ESPECIALIZADAS E LÍNGUA GERAL
Dous pontos de vista acerca da relaçom entre as
línguas especializadas e a língua geral:
A) Existiria umha diferenciaçom clara e bem
delimitada entre o discurso especializado e o geral
(Sager et al., 1980)
B) Entre os dous discursos dá-se um contínuo.
Poderia-se falar em diversos graus de
especializaçom. É o posicionamento mais seguido
polos diferentes autores.
O LÉXICO DAS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS
Dous pontos de vista acerca dos termos especilizados:
A) Termos e palavras, embora pertencentes ao componente
lexical, seriam unidades diferentes.
B) Ainda com características específicas cada umha delas,
termos e palavras seriam o mesmo tipo de unidade.
Funcionalmente, parece claro que fam parte do mesmo
sistema, mas ontologicamente podem ser salientadas
diferenças importantes.
O LÉXICO DAS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS
unidades. léxicas
ling. nat.
Unidades unidades fraseológicas
de
Conhecimento
Especializado ling. artificial: símbolos, fórmulas,
(UCE) nomenclaturas, etc.
CLASSIFICAÇOM DAS LÍNGUAS ESPECIALIZADAS
1. Línguas sectoriais
2. Línguas científico-técnicas
REFERÊNCIAS
• CABRÉ, Maria Teresa. La terminología. Teoría, métodos, aplicaciones. Barcelona:
Antártida, 1993.
• DE SAUSSURE, Ferdinand. Cours de linguistique générale: Édition critique. Otto
Harrassowitz Verlag, 1989.
• GÓMEZ DE ENTERRÍA SÁNCHEZ, J.; El español lengua de especialidad:
enseñanza y aprendizaje, Madrid, Arco/Libros, 2009
• LERAT, Pierre; Las lenguas especializadas, Barcelona: Ariel. 1997
• RODRÍGUEZ-PIÑERO ALCALÁ, Ana Isabel; GARCÍA ANTUÑA, María. Lenguas de
especialidad y lenguas para fines específicos: precisiones terminológicas y
conceptuales e implicaciones didácticas. El español en contextos específicos.
Enseñanza e investigación. Comillas (Santander), 2009, p. 23-26.
• SAGER, Juan C., et al. English special languages: principles and practice in
science and technology. John Benjamins, 1980.