PRESERVAÇÃO DO REBORDO ALVEOLAR, POS EXODONTIA: O …
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FACULDADE DE MACAPÁ-FAMA
WEYDELIVANIA NAHAYRA RIBEIRO LIMA
PRESERVAÇÃO DO REBORDO ALVEOLAR, POS
EXODONTIA: O uso da membrana de polipropileno na
Regeneração Óssea Guiada.
MACAPÁ
2017
WEYDELIVANIA NAHAYRA RIBEIRO LIMA
PRESERVAÇÃO DO REBORDO ALVEOLAR, POS
EXODONTIA: O uso da membrana de polipropileno na
Regeneração Óssea Guiada.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da Faculdade de Macapá-FAMA, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia. Orientador: Especialista Mariana Marchiori.
MACAPÁ
2017
WEYDELIVANIA NAHAYRA RIBEIRO LIMA
PRESERVAÇÃO DO REBORDO ALVEOLAR, POS
EXODONTIA: O uso da membrana de polipropileno na
Regeneração Óssea Guiada.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da
Faculdade de Macapá-FAMA, como requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Odontologia. Orientadora Mariana Marchiori.
Aprovado em: 11/12/2017.
____________________________________________________
Professora/Especialista Mariana Marchiori. Orientadora
_____________________________________________________
Examinador da Banca
______________________________________________________
Examinador da Banca
Dedicamos a Deus, fonte de toda criação,
sustentação e domínio. Aos nossos pais e
amigos, cujo doce espírito habita estas páginas
e inspira e linguagem dos nossos corações.
AGRADECIMENTOS
Na realização desta obra, devo meus votos de gratidão: Primeiramente a
Deus, por iluminar, abençoar, e guiar meus caminhos, me dando sabedoria,
direcionamento, discernimento e proteção, durante esta longa jornada;
A minha família pai: João Evangelista Ferreira Lima, minha mãe: Maria
Francisca Ribeiro dos santos minha inspiradora, meus irmãos Jadielson Ribeiro dos
Santos e Weitervan Ribeiro Lima, ao meu esposo: Giovani dos Santos Costa
companheiro e amigo, aos meus amores incondicionalmente Yzi Noemi Lima Santos
e Arthur Miguel Lima Santos meus filhos, minha sogra, grande amiga e apoiadora
Maria do Socorro Ferreira dos Santos e a todos os demais amigos que me
acompanharam, e que também souberam compreender e entender minha
ausências, durante esse período doloroso, mas agora gratificante;
Aos meus queridos Professores que me propiciaram excelentes momentos
de aprendizagem durante toda formação acadêmica, pelo brilhantismo em que
conduziram nossas aulas teóricas e pelas aulas práticas em clínica conduzidas com
orientações precisas, considerações e encorajamento durante suas aulas a nós
ministradas, compartilhando seus conhecimentos que tanto acrescentaram na nossa
formação;
Aos colegas e companheiros das turmas de Graduação de Bacharel em
Odontologia da Faculdade de Macapá, pelos debates, discussões e noites não
dormidas, mas que só vieram a nos engrandecer ainda mais;
E finalmente, a todos aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente,
para que este trabalho pudesse ter começo, meio e fim. Que fique registrado o
nosso mais profundo agradecimento
A habilidade de pensamento crítico
permite uma mudança de cultura, de
compreensão de vida, sendo um
elemento necessário para o sucesso
profissional do acadêmico,
principalmente na área de Odontologia.
(Cynthia Moura Louzada Farias, 2016).
LIMA, W.N.R. Preservação do Rebordo Alveolar, pós exodontia: O uso da
membrana de polipropileno na Regeneração Óssea Guiada. Macapá (AP) 2017. 55
f. Monografia (Curso de Graduação em Odontologia) da Faculdade de Macapá-
FAMA.
RESUMO
O presente trabalho analisou a relevância da preservação de rebordo alveolar, pós exodontia com o uso da membrana de polipropileno na regeneração óssea guiada. De acordo com a Revisão de Literatura, o uso da membrana de polipropileno na regeneração óssea guiada é uma prática para diminuir os defeitos ósseos que são comuns após a exodontia de dentes. Constatou-se que a ROG contribui na cicatrização alveolar através do uso do método da membrana de polipropileno e os tratamentos dos defeitos do rebordo alveolar na colocação de implantes dentários são importantes nas práticas atuais. Dessa forma a barreira de PP (Bone Heal) não necessita de uso associado com material para enxerto e que os estudos mostraram a viabilidade da utilização dessas barreiras após a extração dentária na redução de problemas no meio bucal. O PP é considerado biocompatível, sem consequências deletérias ao organismo. Seu uso na cavidade oral contribui para estabilizar o coágulo e regenerar o rebordo alveolar pós-exodontia.
Palavras Chaves: Rebordo alveolar. Polipropileno. Exodontia. Regeneração Óssea
Guiada.
LIMA, W.N.R. Preservação do Rebordo Alveolar, pós exodontia: O uso da
membrana de polipropileno na Regeneração Óssea Guiada. Macapá (AP) 2017. 55
f. Monografia (Curso de Graduação em Odontologia) da Faculdade de Macapá-
FAMA.
ABSTRACT
The present study analyzed the relevance of preservation of alveolar ridge, post-extraction with the use of polypropylene membrane in guided bone regeneration. According to the Literature Review, the use of polypropylene membrane in guided bone regeneration is a practice to decrease bone defects that are common after tooth extraction. ROG has been shown to contribute to alveolar healing through the use of the polypropylene membrane method and the treatment of alveolar ridge defects in the placement of dental implants is important in current practices. Thus, the PP (Bone Heal) barrier does not require any use associated with graft material and that studies have shown the feasibility of using these barriers after dental extraction to reduce problems in the oral environment. The PP is considered biocompatible, without deleterious consequences to the organism. Its use in the oral cavity contributes to stabilize the clot and regenerate the post-exodontic alveolar ridge.
Keywords: Alveolar ridge. Polypropylene. Exodontia. Guided Bone Regeneration.
LISTA DE ILUSTRAÇÃO
Figura 1 - 96 horas após extração. ........................................................... 18
Figura 2 - 6 semanas após extração ........................................................ 19
Figura 3 - Pulpotomia ................................................................................ 21
Figura 4 - Pulpectomia .............................................................................. 21
Figura 5 - Gengivite .................................................................................. 22
Figura 6 - Periodontite .............................................................................. 22
Figura 7 - Componentes Anatômica da Periodontia ................................. 23
Figura 8 - Rx mostrando a fratura ............................................................. 30
Figura 9 - Alvéolo após exodontia ............................................................ 30
Figura 10 - Áreas doadoras intra-orais mais comumente utilizadas pelos profissionais.................................................................................
34
Figura 11 - Abertura do alvéolo................................................................... 39
Figura 12 - Perfuração da barreira .............................................................. 39
Figura 13 - Barreira Removida .................................................................... 39
Figura 14 - Alvéolo fechado ........................................................................ 39
Figura 15 - Polipropileno no momento de sua inserção e sutura das
bordas gengivais .......................................................................
41
Figura 16 - Raiz residual do dente .............................................................. 44
Figura 17 - Preenchimento de sangue ........................................................ 45
Figura 18 - Barreira recortada ..................................................................... 45
Figura 19 - Membrana PP ........................................................................... 45
Figura 20 - Implante do PP (Bone Heal) ..................................................... 45
LISTA DE SIGLAS
ABP - Osso Alveolar Propriamente Dito.
AP - Processo Alveolar.
APUD - Citado por.
et al - Outros.
ePTFE - Polilactina 910
G - Gengiva.
OMS - Organização Mundial de Saúde.
PL - Ligamento Periodontal.
PP - Membrana Polipropileno.
PTFEe - Politetrafluoretileno.
PTFE - Politetrafluoretileno Expandido.
RA - Rebordo Alveolar.
RC - Cemento Radicular.
ROG - Regeneração Óssea Guiada.
RTG - Regeneração Tecidual Guiada.
TC - Tecido Conjuntivo.
TP’s - Tecido Periodontais.
TP - Tecido Pulpa.
TO - Tecido Ósseo.
LISTA DE SÍMBOLOS
XXI Vinte e um.
mm Milimetro.
% Percentual.
ed Edição.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12
1 A IMPORTÂNCIA DO REBORDO ÓSSEO ALVEOLAR.............................. 15
1.1- REBORDO ÓSSEO ALVEOLAR............................................................... 15
1.2- TECIDO ÓSSEO E SUAS AÇÕES............................................................ 17
1.3- ANATOMIA MACROSCÓPICA DO PERIODONTO................................. 21
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EXODONTIA.................................................... 25
2.1- EXODONTIA E AS TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO ALVEOLAR........... 25
2.2- EXTRAÇÃO ATRAUMÁTICA E IMPLANTES IMEDIATOS....................... 28
2.3- TIPOS DE MEMBRANAS......................................................................... 31
3 TÉCNICA DA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA-ROG.............................. 34
3.1-O ENXERTO AUTÓGENO......................................................................... 34
3.2-MEMBRANA DE POLIPROPILENO NA REGENERAÇÃO ÓSSEA
GUIADA ............................................................................................................
37
3.3-BARREIRA POLIPROPILENO.................................................................. 40
3.4-DISCUSSÃO............................................................................................... 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 48
REFERÊNCIAS................................................................................................. 50
12
INTRODUÇÃO.
A pesquisa trata da relevância da preservação de rebordo alveolar, pós
exodontia com o uso da membrana de polipropileno na regeneração óssea guiada,
com a finalidade da diminuição dos defeitos no osso alveolar e observando a
aplicabilidade para reabilitação oral por meio de implantes.
Os resultados da exodontia incluem principalmente a reabsorção óssea
alveolar e tardiamente atrofia do osso basal edêntulo. De acordo com Wang (2004,
p.16), “o processo de reabsorção alveolar inicia-se rapidamente após a exodontia e
reduz significativamente a possibilidade de inserção dos implantes sem enxertos
ósseos.
De acordo com a Revisão de Literatura coletada e analisada a ROG surgiu
do aperfeiçoamento da RTG (Regeneração Tecidual Guiada), preconizada na
periodontia.
O uso da membrana de polipropileno na regeneração óssea guiada é uma
prática para diminuir os defeitos ósseos que são comuns após a exodontia de
dentes. A preservação do rebordo alveolar após a exodontia é uma instigação
constante da odontologia contemporânea, principalmente quando existem perdas
extensas que comprometem a reabilitação bucal de um paciente.
O objetivo geral da monografia é analisar a prática de preservação de
rebordo alveolar, pós exodontia com o uso da membrana de polipropileno na
Regeneração Óssea Guiada. Compreendendo a importância do rebordo alveolar e
as práticas aplicadas na área de odontologia no combate as doenças na boca,
apresentando de forma contextualizada sobre exodontia, as técnicas da
Regeneração Óssea Guiada e analisando a Técnica de Regeneração Óssea
Guiada-ROG e aplicação da Membrana de Polipropileno.
As hipóteses levantadas são: A Regeneração Óssea Guiada (ROG) contribui
na cicatrização alveolar através do uso do método da membrana de polipropileno; os
tratamentos dos defeitos do rebordo alveolar na colocação de implantes dentários
são importantes nas práticas atuais para o profissional de odontologia e o tratamento
desses defeitos apresentam vantagens e desvantagens após a ROG.
Assim, o interesse por este estudo surgiu em meio das exigências atuais no
campo da Odontologia no que se refere a instalação de implantes através da ROG,
principalmente no uso de membrana polipropileno. Justifica-se ainda, pela opção da
13
temática, que no século XXI, os implantes aumentaram pelo fato dos pacientes se
preocuparem pela estética bucal, com técnicas ideais para a formação óssea na
boca.
É importante dizer que, além da preservação no momento da extração
dentária, existe também a possibilidade de realizar esse cuidado após a exodontia,
principalmente nos métodos que possuem a finalidade de diminuir o impacto da
reabsorção óssea durante a prática no processo alveolar após a exodontia.
Daí argumenta-se: O uso da membrana de polipropileno na Regeneração
Óssea Guiada (ROG) é um procedimento seguro e previsível para a preservação de
rebordo alveolar após a exodontia?
A pesquisa é de cunho bibliográfico, as fontes destacadas são: os
documentos impressos e documentos legais: como artigos e monografias. Os
conteúdos tratados nos documentos terão tratamento analítico, que posteriormente
serão desenvolvidos em análise e discussão dos resultados, utilizando dados
teóricos de pesquisadores que já trabalharam com a mesma temática pesquisada.
O levantamento da literatura baseia-se na pesquisa de periódicos indexados,
além de artigos científicos, livros clássicos da literatura e monografias que abordem
temas correlacionados com o trabalho de conclusão de curso de odontologia. É
importante dizer, que as obras auxiliam nos procedimentos que visam a preservação
do volume ósseo alveolar são eficazes para limitar as alterações horizontal e vertical
da crista óssea pós-exodontia, no uso da membrana de polipropileno.
Como já foi citado, o propósito deste trabalho é analisar a literatura
relacionada às informações necessárias da prática de preservação de rebordo
alveolar, pós exodontia com o uso da membrana de polipropileno na Regeneração
Óssea Guiada. O trabalho foi organizado em três capítulos em sua Revisão de
Literatura.
No primeiro capítulo foram abordados diferentes pontos de vistas sobre a
relevância de rebordo alveolar, após a extração dentária através da implantação da
membrana polipropileno-prática adotada por muitos pacientes na proteção e cuidado
dentário. Os autores traçaram os aspectos fundamentais da pesquisa referente ao
ROG, implantes, atividades dentárias, tecido ósseo e a anatomia macroscópica do
periodonto.
No capítulo 2 foi dedicado ao estudo contexto da exodontia através das
técnicas para extração dentária e seus principais fatores. Em seguida a discussão
14
fez uma reflexão na preservação alveolar e os tipos de membranas utilizadas no
ROG. A sequência abordou ainda o processo de reparo no interior do alvéolo com a
formação de um coágulo rico em células e fatores de crescimento que guiarão uma
neoformação e remodelamento ósseo, e epitelização dos tecidos moles.
No capítulo 3 foi analisado a Técnica de Regeneração Óssea Guiada-ROG e
aplicação da Membrana de Polipropileno. Os artigos com o quais o trabalho constitui
são fundamentais para ser compreendido a aplicação de cada fase da exodontia e
seus efeitos após o trabalho realizado pelo profissional de odontologia, as
consequências da pós-exodontia, ocorrências externas e internas da exodontia, e
por último a prática e aplicabilidade da barreira do PP.
Seguindo a sequência do presente trabalho foi abordado a discussão
através das Revistas Cientificas e Artigos que sustentam a importância do rebordo
alveolar, pós exodontia com o uso da membrana de polipropileno na Regeneração
Óssea Guiada, dos materiais utilizados para o procedimento cirúrgico durante o
processo e aplicação da PP, bem como as vantagens da escolha dessa membrana
no tratamento do rebordo alveolar.
Enfim, as considerações finais e as recomendações destacando se as
hipóteses levantadas e os objetivos da pesquisa foram alcançados durante as
etapas da pesquisa.
15
1 A IMPORTÂNCIA DO REBORDO ÓSSEO ALVEOLAR.
Os processos alveolares são as porções da maxila e mandíbula que
suportam as raízes dentárias. O processo alveolar pode ser dividido em osso
alveolar propriamente dito, radiograficamente conhecido correspondente a lâmina
dura, que reveste internamente o alvéolo. (GONÇALVES, 2015).
Fica evidente, que a maxila necessita do alicerce das raízes. Daí surge o
processo para recuperação do espaço vazio que ficou durante a extração dentária.
As raízes expostas podem surgir até doenças na boca, como a periodontia crônica
que se soma a placa bacteriana.
1.1-REBORDO ÓSSEO ALVEOLAR.
Tendo em vista definição do processo alveolar, Schropp et al (2003)
ressaltou que o reparo alveolar após a exodontia consiste em uma cascata
coordenada de eventos celulares e moleculares que se iniciam com o
preenchimento do alvéolo com coágulo e levam à formação óssea no lugar do
elemento dentário pré-existente.
Os eventos que se seguem ao reparo do alvéolo são caracterizados por
mudanças tridimensionais na conformação óssea e assinalados por perda na altura
do rebordo (cerca de 1 mm), e perda substancial no plano vestíbulo-lingual maior
que 50% (4 a 6 mm). Dois terços dessa perda ocorrem durante os três primeiros
meses após a extração e resultam em deformidades tanto do tecido duro quanto do
tecido mole, afetando a habilidade de reabilitar o sítio com uma estética aceitável
(TOMLIN et al, 2014).
Nessa perspectiva, o dente retirado deixa um espaço, e uma das estratégias
mais adotada pelos profissionais de odontologia é a terapia com implantes, com a
finalidade de substituir o local deixado pela extração. Nessa condição, a reabsorção
do osso gera uma nova formação na gengiva.
O implante é uma das melhores opções. Para que o implante seja instalado
na posição mais adequada, a área edêntula deve apresentar um volume ósseo
suficiente, uma arquitetura favorável do rebordo alveolar e um contorno de tecido
mole semelhante ao dos dentes vizinhos. O preenchimento desses requisitos
16
proporciona uma reabilitação funcional, estética e com maior taxa de sucesso em
longo prazo (WANG e LANG, 2012 apud DIAS, 2015).
Em outras palavras, o implante representa a reabsorção do alvéolo,
principalmente no aspecto de beleza e da organização bucal com o êxito durante
todo processo.
Segundo Oliveira et al (2008) apud e Maruno (2015, p.8), nos dias atuais, o
conceito de estética, que influência o sorriso do paciente, é um dos fatores de
aceitação social. Perdas dentais, que podem ser encontradas em qualquer faixa
etária, levam a necessidade de reposição, de preferência imediata. Umas das
formas de reposição é por implantes.
De acordo com o contexto histórico das atividades dentárias, os primeiros
implantes foram introduzidos em 1960 por Branemark et al (1987) e foi um protocolo
de dois estágios cirúrgicos, considerado essencial para o sucesso da terapia com
implantes. Dessa forma, vários profissionais demostraram a viabilidade do uso dos
implantes para reabilitação oral.
Segundo Araújo & Lindhe (2005, p.23) apud Fiamengui Filho (2015, p.45), “a
instalação imediata de implantes em alvéolos de extração não é, por isso, capaz de
impedir as alterações morfológicas do rebordo alveolar, por não impedir o processo
de reabsorção óssea”.
Complementando, a instalação do implante, Botticelli et al (2013, p.35) apud
Fiamengui Filho (2015, p.45) afirma que “encontra-se presente entre o implante e as
paredes ósseas do alvéolo, o preenchimento por osso não se completa, ocorrendo
uma maior reabsorção no sentido horizontal do osso alveolar”. É por isso, que
muitos especialistas em odontologia do século XXI estão sugerindo a incorporação
do preenchimento do alvéolo com biomateriais-substância construída para prevenir a
redução do volume do rebordo.
As técnicas de preservação de rebordo reduzem o processo de reabsorção e
perda de volume ósseo alveolar; são previsíveis e potencialmente capazes de
eliminar um segundo acesso cirúrgico para preparação do sítio implantar, permitindo
a instalação adequada e a estabilidade do implante dentário, além de melhorar os
resultados estéticos da prótese definitiva e favorecer a reabilitação precoce da
região afetada (PAGNI et al, 2012).
É importante deixar claro, que as técnicas serão discutidas no segundo
capítulo da pesquisa. No entanto, as técnicas principais são os enxertos xenógenos.
17
A técnica de enxerto é utilizada no preenchimento do alvéolo após a extração dental
e atua como um arcabouço para que as células ósseas possam proliferar.
1.2-TECIDO ÓSSEO E SUAS AÇÕES.
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo. Assim como os
outros tecidos conjuntivos, e composto por células, fibras e substancias amorfas,
mas seu diferencial e a presença de material calcificado, o que lhe fornece dureza e
resistência. (SGROTT et al, p.3, 2013).
No Brasil dados de projeções populacionais e de porcentuais de edentulismo
foram utilizados para calcular o número absoluto de arcadas que precisaram de
próteses totais até 2050. O grau de reabsorção nos processos alveolares de
edêntulos, estão sujeitos a constante reabsorção óssea. (DAVARPANAH et al 2003).
Os autores afirmam ainda que após exodontia, na maioria das vezes,
ocorrem reabsorções ósseas alveolares que dificultam ou impedem a reabilitação
protética conveniente, seja do ponto de vista estético ou funcional.
Outro ponto a ser destacado é atribuição do osso alveolar. Para Davarpanah
et al (2003) apud Cambiachi (2015, p.37), “o processo alveolar é a porção da maxila
e da mandíbula que forma e suporta os alvéolos dentários. Quando o dente é
perdido, desaparece gradualmente, podendo ser uma estrutura óssea dependente
dos dentes”.
A perda dentária é considerada um dos principais agravos de saúde bucal
devido a sua alta prevalência, aos danos estéticos, funcionais, psicológicos e sociais
que acarreta o sistema bucal. O rebordo alveolar tende a ser reabsorvido após
exodontia com mais evidencia pelo vestibular, por questões nutricionais, e ainda que
é ideal que ocorra uma intervenção após a exodontia para preservação do rebordo
alveolar. (PERES et al, 2013).
De acordo com o autor Teles (2010, p,34), “o rebordo alveolar é fundamental
para a reabilitação do paciente, sendo um dos fatores a ser avaliados de forma
criteriosa nas limitações anatômicas do paciente durante o planejamento de
reabilitação do paciente”.
A literatura cientifica enfatiza a importância de manter as dimensões do
rebordo alveolar depois de extrações dentarias, visando a colocação de implantes
ósseos integráveis. Entretanto, nem sempre se consegue um rebordo que permita a
18
estabilidade do implante, ou boa estética, principalmente em casos quando há
defeitos ósseos extensos. (SALOMÃO et al, 2010).
Conforme análise, procedimentos avaliou a efetividade de materiais para
preservação do rebordo alveolar são efetivos na manutenção da espessura e altura
do rebordo em áreas pós-extração. (MELO et al, 2011).
A perda dos elementos dentários desencadeia uma série de mudanças no
sistema estomatognático entre elas a alteração da forma e volume do rebordo
alveolar, se tornando um desafio para o cirurgião restabelecer a função e estética do
paciente. (LENIER et al, 2014).
A ausência de tecido ósseo remanescente nos rebordos alveolares tem sido
um grande problema para a reabilitação estética e funcional dos pacientes para
implantes, em função da atrofia alveolar continua e irreversível que ocorre pós
extração, de etiologia multifatorial. (PINHEIRO et al 2014).
A reabsorção óssea alveolar, após a perda dos dentes é uma doença
crônica e progressiva e cumulativa da reparação óssea de extrema importância que
se avalie as condições ósseas após as exodontias, com vistas de propor opções de
reabilitação protética, para que se estabeleça função e estética do paciente.
(CUNHA, 2012).
Umas das primeiras experiências de cicatrização do alvéolo e alterações do
processo alveolar após a extração dentária foi feita por Amler em 1969. A pesquisa
teve voluntários humanos que após a exodontia as primeiras 24 horas teve como
características a formação de um coágulo sanguíneo no alvéolo.
De acordo com Dias (2015, p.12), na primeira semana, o coágulo se contrai
sendo substituído por um tecido de granulação e o epitélio da margem do tecido
mucoso começa a proliferar para cobrir o tecido de granulação no alvéolo. Depois de
3 semanas surgiu a formação de osteóide começa a ocorrer na porção mais apical
do alvéolo visualizada na figura 1.
Figura 1-96 horas após extração.
Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969).
19
Dessa forma, fica evidente as fases da cicatrização do alvéolo durante as 96
horas. Extração do dente, hemorragia, sangramento e coágulo sanguíneo. Foi nesse
tempo que começou se formar o tecido de granulação.
A formação do coágulo sanguíneo é a primeira ocorrência histológica a se
observar após a exodontia. Forma-se nas primeiras vinte e quatro horas. A
superfície livre do coágulo apresenta focos de coagulação de fibrina que se espalha
em faixa onde se nota intenso acúmulo de polimorfonucleares neutrófilos. No interior
do coágulo polimerizam-se delgadas trabéculas de fibrina formando um denso
retículo, em cujas malhas albergam-se hemácias parcialmente degeneradas,
granulócitos e, em menor proporção, linfócitos e monócitos. Os vasos sanguíneos do
ligamento periodontal remanescente apresentam-se hiperêmicos, de onde se
originam os neutrófilos, que circundam o coágulo ao longo da cortical óssea alveolar.
Nesta fase os macrófagos começam a aparecer no interior do coágulo. (DIAS,
2015).
Na primeira semana após extração havia o tecido conjuntivo imaturo,
formação de osteóide primário, proliferação epitelial conforme mostra a figura 2 na
formação do tecido conjuntivo após 6 semanas.
Figura 2-6 semanas após extração.
De acordo com Dias (2015, p.13) já citada, o estudo de Amler só pôde
avaliar os eventos que ocorrem na porção marginal do alvéolo. Além disso, seus
Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969).
20
dados não incluíram a fase tardia da cicatrização alveolar, isto é, o processo de
modelamento e remodelamento do tecido ósseo neoformado.
Já o tecido de granulação cicatricial sofre maturação transformando-se no
“calo fibroso interalveolar”. A maturação segue uma orientação centrípeta, de modo
que se apresenta sempre mais adiantada na periferia (superfície alveolar) que no
centro do tecido de granulação que, vez por outra, ainda exibe resíduos de coágulo
nesta fase. As zonas de maturação se caracterizam pelo predomínio da fase
fibroblástica. A deposição das fibras colágenas é rápida e concomitante a
substituição da fibrina. (LINDHE, 2010).
Outro ponto a ser destacado na formação de tecidos é a neoformação e
remodelação óssea através da osteogênese intra-alveolar, pelo qual, seu
desenvolvimento acontece área periférica para o centro.
No homem, a primeira evidência da neoformação óssea intra-alveolar surge
por volta do décimo dia após a exodontia. A atividade osteogênica resulta,
inicialmente, num tecido eosinófilo rico em células osteoplásticas, que prontamente
evolui para uma estrutura trabecular imatura denominada tecido osteóide. O tecido
ósseo neoformado imaturo difere substancialmente do tecido ósseo maturo original
por apresentar estrutura trabecular irregular, fibras colágenas desorganizadas,
concentração elevada de osteoblastos e osteócitos e menor grau de mineralização.
(LINDHE, 2010).
Segundo Xavier (2011) apud Borges (2014), a neoformação óssea pode
ocorrer em três estágios, que estão associados ao sucesso do enxerto:
osteogênese, osteoindução e a osteocondução; o eu no caso da enxertia autógena
esses estágios ocorrem como uma sobreposição de eventos, permitindo uma
formação óssea mais rápida. A osteogênese é a formação e o desenvolvimento do
osso, referindo-se a materiais orgânicos capazes de estimular a formação de osso,
diretamente a partir de osteoblastos, ativando a formação de osso em locais ósseos,
independente da área doadora.
Em relação aos reparos pulpares, os tratamentos conservadores, de modo
geral, se baseiam na potencialidade dos tecidos. Este potencial varia,
fundamentalmente, com as condições biológicas da polpa no momento da
intervenção e com o material utilizado para o recobrimento direto do tecido pulpar.
Tanto na pulpotomia como no capeamento e na curetagem pulpar, a polpa
exposta exibe uma ferida cirúrgica. O tratamento conservador desta ferida cirúrgica
21
(polpa exposta) consiste em colocá-la em contato com diversos materiais,
denominados agentes protetores, que visam manter a vitalidade do tecido pulpar e
estimular, ao mesmo tempo, seu processo de reparo através da formação de dentina
reparadora ou simplesmente de barreira calcificada. (DIAS, 2015, p.14).
1.3-ANATOMIA MACROSCÓPICA DO PERIODONTO.
A doença periodontal avançada destrói os tecidos de suporte dentário e
pode levar a perda dentária, o que torna necessário uma reabilitação protética que
devolva função e estética. Dessa forma, a avaliação da condição periodontal e da
história médica/ sistêmica do paciente candidato a reabilitação dentária é
fundamental para o planejamento e prognóstico corretos, de modo a devolver a
harmonia funcional de todo o sistema estomatognático. Para tanto, a prótese
periodontal foi originalmente concebida como um meio de correlacionar as várias
especialidades da clínica odontológica, enfatizando que a periodontia é a ciência
clínica básica de toda a odontologia (AMSTERDAM e ABRAMS, 1969;
AMSTERDAM, 1974).
A doença periodontal é uma infecção e é uma doença infecto-inflamatória
que acomete os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento
periodontal e osso) dos dentes. É caracterizada pela perda de inserção do ligamento
periodontal e destruindo o tecido ósseo adjacente. (CUNHA, 2012).
A presença de restaurações subgengivais, excessos ou falta de materiais
restauradores no término cervical são fatores que facilitam o acúmulo de placa,
sendo essa a causa local e principal para o início e progressão da doença
Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969). Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969).
Figura 3-Pulpotomia.
Figura 4-Pulpectomia.
22
periodontal (NEWCOMB, 1974; CARNEVALLE et al., 1990). Os tecidos periodontais
devem ser considerados de suma importância quando se diz respeito à reabilitação
oral. O ideal é basear-se em três condições essenciais como ausência de
inflamação, presença de gengiva ceratinizada e ausência de bolsa periodontal.
(MAYNARD e WILSON, 1979).
Figura 5: Gengivite.
Figura 6: Periodontite.
Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969).
Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969).
23
A figura 6 demonstra o ataque de poli bactérias, causando inflamações e
posteriormente prejudicando a estrutura dental do ser humano.
As doenças periodontais são infecções multifatoriais iniciadas por um
complexo de espécies bacterianas (infecções poli microbianas ou poli bacterianas)
que interagem com os tecidos e células do hospedeiro, causando a liberação de um
grande número de citocinas, quimosinas e mediadores inflamatórios, alguns dos
quais podem levar à destruição das estruturas de suporte periodontal. (LINDHE,
2010).
O periodonto é o conjunto de tecidos integrados pela gengiva, osso alveolar,
cemento e ligamento periodontal formando um complexo de desenvolvimento
biológico e funcional. É passível de sofrer alterações com a idade e está sujeito a
alterações morfológicas e funcionais pela interação com o meio ambiente. O
periodonto normal é dividido em periodonto de proteção – constituído pelo complexo
mucogengival e composto pela gengiva marginal livre, papilar, inserida e pela união
mucogengival e mucosa alveolar; e periodonto de suporte ou sustentação –
constituído pelo ligamento periodontal, osso alveolar e cemento radicular. O
periodonto de proteção tem a importante função de promover a homeostasia,
vedando o meio interno e assim permitindo que o hospedeiro mantenha a saúde
periodontal frente às constantes agressões provocadas pela presença da placa
bacteriana ou por estímulos físicos. Já o periodonto de suporte tem a função
essencial de sustentação dos dentes, bem como uma função sensorial, formativa,
nutricional e de inervação (CARRANZA, 1983; LINDHE et al., 2010).
Figura 7: Componentes Anatômicos do Periodonto.
Fonte: Lindhe (2010) adaptado de Amler (1969).
24
A figura 7 mostra os Componentes Anatômicos do Periodonto: Gengiva (G),
Ligamento Periodontal (PL), Cemento Radicular (RC). O osso alveolar é constituído
por dois componentes: Osso Alveolar Propriamente Dito (ABP) e o Processo
Alveolar. (AP). (ANDRADE, 2011).
Cada componente da figura possui sua função na Anatomia macroscópica
como a Gengiva, Ligamento periodontal, Osso alveolar e o Cemento. Por exemplo,
na Gengiva macroscópica temos como características clínicas: Gengiva livre,
Ranhura gengival livre, Gengiva inserida, Junção muco gengival e Mucosa alveolar.
25
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EXODONTIA.
A extração dentária está relacionada a vários fatores: doenças periodontais
severas, insucesso em tratamentos endodônticos, protéticos, ortodônticos e traumas
dentais. Com isso, deve-se procurar os procedimentos que nos proporcionam
manter preservadas as estruturas de tecidos moles e duros que estejam ao redor do
dente (MISH & SUZUKI, 2008 apud QUEIROZ, 2015).
Na doença periodontal coexistem um grupo de doenças inflamatórias,
incluindo gengivite e periodontite, que afetam os tecidos de sustentação do dente,
podendo levar à perda irreversível do periodonto, em estágios mais avançados
(ARAÚJO & SUKEKAVA, 2007).
2.1-EXODONTIA E AS TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO ALVEOLAR.
Segundo Serafim (2012, p.05), “um exame da condição periodontal de um
paciente inclui: avaliação radiográfica, avaliação clínica da inflamação dos tecidos
periodontais, registo da profundidade de sondagem e dos níveis clínicos de
inserção”.
Nessas perspectivas, as doenças periodontais contribuem para o aumento
dos dados estatísticos no aumento de extração dentária, principalmente nas
inflamações nas gengivas, que podem ser detectados através da radiografia e
avaliação clínica.
Os dados radiográficos são apresentados como indicadores de perda óssea
média por elemento e número de superfícies dentárias que exibem perda óssea
excedente a certos limiares. Através da avaliação radiográfica analisa-se a presença
de lâmina dura intacta, extensão do espaço do ligamento periodontal, morfologia da
crista óssea, distância entre a junção cimento-esmalte e o nível mais coronário onde
o espaço do ligamento periodontal é considerado com a sua espessura normal
(LINDHE et al, 1999).
Após extração dos dentes ocorre a reabsorção do alvéolo, gradualmente ao
longo da vida e a remodelação da crista alveolar nos sentidos horizontais e verticais.
O processo de reabsorção alveolar é maior nos primeiros 6 meses após a exodontia,
continuada a cada ano, em 0,5% à 1,0%, por toda vida. A reabsorção óssea
26
horizontal pode resultar em uma perda de até 50% da porção vestibular do osso
alveolar (SCHROPP et al, 2003 apud QUEIROZ, 2015).
Outro fator para o grande número de extração dentária é o insucesso em
tratamentos endodônticos. Os critérios associados ao insucesso estão relacionados,
as práticas adotadas pelos critérios que variam de médico para médico, bem como,
no período de acompanhamento dos pacientes, com a diversidade das técnicas
operatórias e com a experiência dos operadores.
Segundo Friedman (2006), considera-se que, na avaliação do tratamento, o
sucesso pressupõe que uma radiografia pós-operatória de controlo deve mostrar o
desaparecimento da doença; salienta-se que, com Friedman, o recurso a critérios
radiográficos tornou a avaliação mais objetiva e rigorosa, não surpreendendo que,
por isso, as taxas de sucesso tenham ficado mais reduzidas.
A falha nos tratamentos está, principalmente, relacionada com a
manutenção ou nova infecção bacteriana, o que pode ser causada por erros nos
procedimentos de preparo dos canais, de obturação e restauração. Com base
nestas informações, o presente trabalho tem por finalidade analisar e discutir as
principais causas de insucesso em tratamentos endodônticos. (LUCKMANN, 2013).
Um tratamento endodôntico é considerado como insucesso quando a radio
lucidez periapical persiste até um período de 4 anos, ou quando os sintomas e sinais
clínicos são manifestados pelo paciente durante um período inferior àquele.
(SOCIEDADE EUROPEIA DE ENDODONTIA, 2006).
As bactérias e seus subprodutos estão diretamente implicados nos casos de
insucessos em endodontia, seja em complicações durante as intervenções, no pós-
operatório imediato ou mediato. Autores da área de odontologia apontam que as
causas principais dos insucessos são a percolação apical, que pode ser causada
pela incompleta obturação ou pela não detecção e tratamento de todos os canais de
um dente.
Para Gabardo et al (2009), a maior causa de falhas é relacionada à
obliteração incompleta do canal, seguida pela perfuração da raiz. Muitas falhas
atribuídas à obturação inadequada do canal, na verdade, têm origem no preparo do
mesmo. Se o preparo está incorreto, muito provavelmente a obturação será também
inadequada. No estudo realizado observa-se que os fracassos no tratamento
endodôntico podem se caracterizar pela presença de lesão periapical, decorrente da
disseminação e invasão de microrganismos resistentes na região do periápice, em
27
conjunto com a resposta sintomatológica. Sabendo que tais falhas podem ser
evitadas, é importante avaliar o número de insucessos, para que os profissionais
evitem estes problemas.
Para a autora Carvalho (2012, p.11), A reabsorção do rebordo alveolar após
a exodontia é uma consequência inevitável e ocorre através de um padrão variável
de modelação e remodelação ósseas fisiológicas, gerando perda progressiva do
contorno do rebordo alveolar.
Daí a importância, da preservação do rebordo pelo qual consiste nos
procedimentos que serão realizados no momento da extração dentária, sendo como
principal objetivo de diminuir a reabsorção da crista e aumentar a formação óssea
dentro do alvéolo.
Carvalho (2012, p.12) sustenta ainda que:
Com o passar do tempo, áreas edêntulas sofrem um processo contínuo de reabsorção. Este processo tem início logo após a exodontia, com a qual as paredes do alvéolo perdem altura e espessura, principalmente na região vestibular. Em determinados casos, a inserção imediata dos implantes não é possível e os enxertos ósseos podem ser empregados nessas situações, em alvéolos pós-extração, com o objetivo de manter as dimensões alveolares e melhorar a qualidade óssea local.
Ressalta-se que, em determinados casos, a inserção imediata dos implantes
não é possível devido a patologia perirradicular estabelecida por infecção pulpar, o
egresso de bactérias e seus produtos de tecidos perirradiculares induz
inevitavelmente alterações patológicas nestes.
As patologias perirradiculares de origem bacterianas, sejam periodontais ou
endodônticas são capazes de alterar as condições ósseas estimulando a atividade
osteoclástica e a liberação de exotoxinas, que agridem diretamente o osso alveolar e
periapical, dificultando a inserção imediata de implantes nos alvéolos após a
extração. Algumas situações clínicas mais comuns são:
I-Perda de inserção periodontal, que leva à mobilidade excessiva e
consequente exodontia; II-Lesões periapicais, que evoluem em direção cervical,
caracterizando uma lesão endopério, levando a perda do dente.
Várias técnicas atualmente vêm sido citadas para preservação alveolar após
exodontia com o intuito de manter um rebordo adequado tanto funcional quanto
28
estético. (BARTEE, 2001 apud QUEIROZ, 2015. p.13). Destaca-se entre essas
técnicas: Extração atraumática, implantes imediatos e ROG.
No Brasil, a demanda por serviços odontológicos ainda é muito grande,
sendo oferecidos à população, quase que exclusivamente, procedimentos clínicos
convencionais, visando o tratamento curativo. Apesar do crescente aumento na
procura por serviços odontológicos na rede pública, as ações preventivas devem ter
um lugar de destaque, provendo o cidadão de informações adequadas à
manutenção de uma boa saúde, para que este não necessite mais do tratamento
curativo. O ART, preconizado pela OMS para a saúde pública, deve ser utilizado
pelos profissionais das equipes de saúde bucal inseridos no Programa de Saúde da
Família como alternativa simples e eficiente para a prevenção e o combate à doença
cárie (FOSCHETTI, 2010).
2.2-EXTRAÇÃO ATRAUMÁTICA E IMPLANTES IMEDIATOS.
A extração atraumática é uma das técnicas citadas com resultados positivos
para preservação das paredes ao redor do dente. Existe uma variação nesta técnica
de acordo com o tipo e características do dente a ser extraído. O método mais
tradicional é a utilização de incisões apenas intrasuculares e utilização de um
periótomo que irá luxar o dente causando um espessamento dos ligamentos
periodontais facilitando a remoção do dente, quando o dente apresenta mais de uma
raiz, realiza-se a separação das raízes através de uma broca facilitando a remoção
das raízes uma de cada vez. Após a exodontia deve-se fazer a curetagem do
alvéolo para remover qualquer tecido inflamatório que apresenta no local (KUBILIUS
et al., 2012).
A técnica de exotontia atraumática inicia-se com incisões intra-suculares ao
redor do dente liberando as fibras inseridas de tecido conjuntivo que ficam aderidas
ao osso. Quando necessário é importante fazer a odontosecção para reduzirmos o
dente. Utiliza-se um periótomo entre a crista marginal, ao longo do eixo do dente,
auxilia no desprendimento do ligamento periodontal, causando uma expansão do
osso e empurrando o dente. Após a exodontia deve-se fazer a curetagem do alvéolo
para remover qualquer tecido inflamatório que esteja no local, melhorando assim a
formação de um novo tecido ósseo. (DOUGLASS, 2005 apud QUEIROZ, 2015).
29
Sabe-se que muitas vezes os dentes necessitam serem extraídos por
diversos fatores de insucessos. Destaca-se as doenças endodônticos, periodontais
protéticos ou ortodônticos. É importante dizer, que a exodontia só pode ser realizada
a partir do momento que forem feitos o diagnóstico clínico e radiográfico do dente a
ser extraído. Para Misch (2008), “as extrações atraumática tem se tornado cada vez
mais imprescindíveis pela preservação de osso nos locais receptores de implantes
dentais”.
Horowitz et al (2012) compararam a exodontia tradicional com exodontia
atraumática e teve resultado mais favoráveis com extrações atraumáticas,
conseguindo manter maior volume do rebordo alveolar e melhor preservação dos
tecidos moles. Ainda os autores afirmaram que a reabsorção do rebordo alveolar
após a extração é inevitável, mas pode ser reduzida ao utilizar técnicas mais
conservadoras.
Outra técnica citada e discutida no campo da exodontia com a intenção de
preservação do alvéolo são os implantes imediatos em alvéolos frescos. Segundo
Araújo & Sukekava (2007, p.23), “os implantes necessitam estar indicada. Devem-se
avaliar a indicação da exodontia por exemplo: insucesso no tratamento endodôntico,
problemas periodontais, fraturas de raízes e limitações de tratamentos protéticos”.
Os autores Kan, Rungcharassaeng, Lozada (2003) apud Queiroz (2015),
com o intuito de avaliar a influência da técnica de preservação alveolar com
implantes instalados em alvéolos frescos realizaram um estudo em humanos. Foram
extraídos dentes através da técnica de cirurgia atraumática e instalados implantes
no mesmo momento, confeccionando provisórios sobre componentes e ajustando a
oclusão dos pacientes. Realizaram-se analises dos sucesso e insucesso dos
implantes, avaliaram as dimensões das paredes alveolares, por 3, 6 e 12 meses
após instalação dos implantes. Obtiveram 100% de sucesso em implantes com
carga imediata comparado com carga tardia, a remodelação foi apenas reduzida.
Com base dos resultados deste estudo, concluíram que instalação de implantes
imediato com provisório cimentado em região anterior obteve um sucesso mantendo
a arquitetura dos tecidos do dente extraído. Além de minimizar o trauma emocional
de perda de um dente na maxila em região anterior.
Segundo Rosa (2009), o Implante Imediato é instalado imediatamente após
a extração dentária. O meio mais eficaz de preservar tecidos moles e duros após
exodontia é a imediata instalação de implantes. Além de reduzir o número de
30
intervenções cirúrgicas e o tempo de tratamento, a inserção de implantes em alvéolo
fresco pode promover uma cicatrização mais rápida e efetiva.
O primeiro implante realizado após extração foi chamado de “implante
imediato”, ocorreu em 1978. (MALÓ, 2003). As próteses imediatas conseguem
devolver ao paciente, de forma rápida, a função e a estética, além de permitir
visualizar com antecedência possíveis dificuldades na realização da prótese
definitiva (VIEIRA et al, 2003).
Esta técnica foi introduzida com objetivo de diminuir as etapas cirúrgicas,
evitar a reabsorção do rebordo alveolar e diminuir o tempo entre a exodontia até a
instalação do implante, juntamente com a confecção da prótese (SCHWARTZ-ARAD
e CHAUSHU, 2005).
Para Queiroz (2015, p.23), “ao ser planejada a instalação de implante
imediato pós exodontia, um guia cirúrgico deve ser usado para maior orientação
onde deverá ficar o posicionamento do implante e um provisório com boa
conformação para adaptar na região”.
Dessa forma, de acordo com as concepções dos estudiosos, a técnica de
implantes imediatos com provisório cimentado em região anterior consegue obter um
sucesso mantendo a arquitetura dos tecidos do dente extraído e diminuir o trauma
emocional de perda de um dente na maxila em região anterior.
De acordo com Málo (2003, p.44), “a colocação imediata do implante após
exodontia pode ajudar a preservar a dimensão do osso alveolar, permitindo a
instalação de implantes mais longos, de diâmetros maiores e melhorando a relação
coroa”.
Já Moraes Júnior et al (2015, p.22) afirma que, “a superfície de contato osso-
implante aumenta, diminuindo a quantidade de força causada pela carga oclusal na
interface osso-implante e atingindo uma melhor taxa de sucesso”.
Figura 8: Rx Mostrando a fratura. Figura 9: Alvéolo após exodontia.
Fonte: Cunha (2012). Fonte: Cunha (2012).
31
A técnica do implante imediato e sua estabilidade de princípio é um dos
fatores principais para a sobre vida do implante. Para tanto, a técnica de fresagem
deve ser realizada de modo a conseguir estabilidade do implante no terço apical do
alvéolo, sendo obtida com a utilização de implantes cônicos por se assemelharem
ao formato da raiz, e com superfície tratada. (OLIVEIRA, 2008).
2.3-TIPOS DE MEMBRANAS.
Diversos tipos de membranas têm sido utilizados no desenvolvimento do
método da ROG em estudos clínicos e experimentais. As membranas podem ser
confeccionadas politetrafluoretileno (PTFE), e o politetrafluoretileno expandido
(ePTFE), polilactina 910, coldgeno, ácido polilático, ácido poliglicolico, poliuretano,
sulfato de cálcio, tela de microtitânio, lâminas de titânio e principalmente de
polipropileno. (HAMMERLE e JUNG, 2003).
Membranas de polipropileno em forma de tela são utilizadas em medicina e
esse material é considerado biocompatível, sem consequências deletérias ao
organismo. Seu uso na cavidade oral contribui para estabilizar o coágulo e regenerar
o rebordo alveolar pós exodontia. (SALOMÃO, 2009).
As membranas comumente são confeccionadas por materiais classificados
em reabsorvíveis e não reabsorvíveis, independentemente disto, estas devem
apresentar biocompatibilidade, semipermeabilidade clínica e capacidade de
manutenção do espaço.
Apesar das membranas não reabsorvíveis serem mais utilizadas para a
regeneração óssea, o fato de requerer uma segunda intervenção cirúrgica levou o
desenvolvimento de materiais reabsorvíveis. Mas, o tempo para degradação dos
diferentes materiais é difícil de ser controlado, o que pode comprometer a
cicatrização e o processo de regeneração, assim, a membrana de
politetrafluoretileno expandido (PTFEe) ainda é vista como o padrão ouro e,
portanto, os novos materiais deveriam ter os seus resultados comparados aos do
PTFEe. (SALOMÃO, 2012).
As membranas podem ser mais amplamente divididas em não-absorvíveis e
absorvíveis. As membranas não reabsorvíveis podem ser constituídas por
politetrafluoretileno expandido (PTFEe), PTFEe reforçado com titânio, PTFEe de alta
densidade ou malhas de titânio e as de polipropileno.
32
Destaca-se primeiramente as membranas não absorvíveis de
politetrafluoretileno expandido (EPTFe). Após o primeiro procedimento bem-
sucedido de ROG, este material passou a ser amplamente utilizado tornando-se
padrão para os procedimentos de regeneração óssea. Caracterizado como um
polímero de alta estabilidade em sistemas biológicos, ele resiste A degradação pelos
tecidos hospedeiros e microrganismos, não induzindo respostas imunes.
(HAMMERLE e JUNG, 2003).
As primeiras membranas utilizadas com sucesso em regeneração óssea
guiada eram de politetrafluoretileno expandido (e-PTFE) não reabsorvíveis. A
eventualidade de uma exposição trazia risco de infecção, obrigando a sua remoção
prematura. Esses inconvenientes levaram ao desenvolvimento de membranas
reabsorvíveis de colágenos ou de polímeros de ácido polilactinico. (VIEIRA et al,
2010).
Chiapasco e Romeo (2007, p.06), “as membranas não-reabsorvíveis são
formadas por camadas sobrepostas de teflon de estrutura altamente ordenada, isso
lhes confere uma porosidade controlada que permite a passagem de líquidos”.
Os autores afirmam ainda que, as membranas são constituídas por duas
partes, uma periférica de maior porosidade e flexibilidade que garante a adaptação
ás margens dos defeitos ósseos; e outra de menor permeabilidade com maior
rigidez. Sua desvantagem é a necessidade de intervenção cirúrgica adicional para a
sua remoção e as possíveis complicações associadas a exposição da membrana,
levando a possível infecção sendo necessária remoção imediata e interrupção do
processo regenerativo.
Destaca-se ainda a membrana não reabsorvíveis de titânio, quando se
almeja formação óssea de grandes defeitos ou áreas acima do rebordo, as
membranas convencionais de ePTFE não mantêm idealmente o espaço, a menos
que suportadas por material de enxertia. Uma alternativa é a utilização de
membranas com forma estável, como as reforçadas com titânio.
Membrana de ePTFE reforçada com titânio é indicada para situações em
que se deseja a formação de osso com grandes defeitos compostas de uma dupla
camada de ePTFE com titânio interposto (HAMMERLE; JUNG, 2003). Essas
barreiras incorporam em sua estrutura um “esqueleto” formado por uma lâmina de
titânio delgada (CHIAPASCO; ROMEO, 2007). As membranas de titânio são
capazes de promover a formação de quantidades significantes de novo osso e
33
manter espaço suficiente sem uso de dispositivo de suporte. (CARRANZA et al,
2003).
Outra modalidade de membrana que se destaca para aplicabilidade na
odontologia são as absorvíveis. Os autores Hammerle & Jung, já citado recordam
que, “a efetividade das membranas absorvíveis tem aumentado. Enquanto que as
não absorvíveis têm diminuído a sua importância clinica se restringindo a indicações
especificas”.
É evidente, que o aumento do uso da membrana absorvíveis apresenta
fatores relacionados a diminuição ao risco de dano aos tecidos e apresenta um
custo que favorece a ROG.
As membranas absorvíveis, além de não necessitarem de uma intervenção
cirúrgica para sua remoção, ainda apresentam vantagens adicionais como,
otimização da cicatrização dos tecidos moles, em algumas membranas ocorre
incorporação pelos tecidos hospedeiros, e reabsorção rápida em caso de exposição,
diminuindo a probabilidade de tomarem-se fatores retentivos que propiciam a
contaminação bacteriana. (LORENZONI et al., 2000).
Umas das membranas absorvíveis muito utilizada na medicina e odontologia
e à base de colágeno que são extensamente utilizadas, diversos estudos
demonstram segurança no tratamento. A esse respeito Chiapasco & Romeo (2007,
p.23) afirmam que:
A membrana de colágeno que é derivado da dura máter do encéfalo humano, que é coletado e submetido ao processo de liofilização, para a eliminação de substâncias antigênicas, antes de seu posicionamento deve-se reidratar por imersão da membrana por soro fisiológico. Estudos mostram resultados semelhantes ao se aplicar o método de ROG quando comparadas com membranas não absorvíveis, como as ePTFE.
Com base nessas informações as membranas reabsorvíveis, ao contrário
das membranas não-reabsorvíveis desviam a atenção do organismo para outro
processo, que é a sua própria remoção do local. A alumina, uma membrana
aloplástica que apresenta características de passividade no processo cicatricial, ou
seja, faz o isolamento, espaçamento e estabilização, mas não gera nenhum
mecanismo capaz de alterar o processo. (MALÓ, 2003).
34
3 TÉCNICA DA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA-ROG.
As técnicas e os materiais em uso atualmente facilitam a preservação óssea
antes da instalação dos implantes permitindo maior previsibilidade dos resultados
funcionais e estéticos. Os métodos de preservação alveolar após as extrações
podem ser utilizados com uma variedade de materiais tais como: enxertos
autógenos, alógenos, xenógenos ou aloplásticos. (OGHLI & STEVELING, 2010).
3.1-O ENXERTO AUTÓGENO.
O enxerto autógeno é considerado biologicamente o padrão ouro (Gold
Standard) para reconstrução dos rebordos maxilares e mandibulares, por apresentar
vantagens quanto às propriedades antigênicas, angiogênicas e é o único que
mantém propriedades osteoreparativas, osteogênicas, osteoindutoras e
osteocondutoras. (FERREIRA, 2001).
A enxertia óssea pode ser classificada de acordo com a área doadora: intra
ou extrabucal. A escolha de áreas doadoras, quando optado pelo enxerto ósseo
autógeno, depende do volume da perda óssea e consequentemente a quantidade de
osso requerido para a reconstrução, do tipo de defeito ósseo que o paciente
apresenta, do planejamento cirúrgico-protético, conformação geométrica do rebordo,
das condições gerais do paciente e do bom posicionamento tridimensional das
ancoragens, a fim de suportar as forças da oclusão. (MAIOR, 2006 apud BORGES,
2014).
Figura 10: Áreas doadoras intra-orais mais comumente utilizadas pelos
profissionais.
Fonte: Borges (2014).
35
A autora Borges (2014) já citada anteriormente afirma que os enxertos
ósseos intrabucais oferecem práticas segura para o desenvolvimento do volume
ósseo em reabilitações menores, e com baixa morbidade e desconforto pós-
operatório mínimo. Além disso, a atividade pode ser realizada no próprio consultório
odontológico.
A técnica da ROG teve suas primeiras experiências em roedores (ratos),
com o objetivo de avaliar a possibilidade da aplicação do princípio da regeneração
tecidual guiada na regeneração óssea. (DAHLIN et al 2000).
Segundo Oghli & Steveling (2010, p.61),
Os defeitos ósseos do tipo "lado a lado" com 5mm de diâmetro, no ângulo da mandíbula de ratos, recobertos, tanto no lado lingual como no vestibular, com uma membrana de politetrafluoretileno expandido (PTFE-e) tiveram completo preenchimento ósseo no lado teste após 6 semanas. No lado controle, nenhum preenchimento ósseo foi observado durante o experimento.
A ROG baseia-se no conceito da osteopromoção, que se refere ao uso de
meios físicos para promover um selamento total de um local anatômico para prevenir
que outros tecidos, principalmente tecido conjuntivo, interfiram na osteogênese, bem
como no direcionamento da formação óssea. Esta barreira é colocada em contato
direto com a superfície óssea circundante, posicionando o periósteo na superfície
externa da membrana. (ANDRADE-ACEVEDO et al, 2004).
O uso de membranas com a finalidade de barreiras para a regeneração dos
defeitos ósseos é conhecida com regeneração óssea guiada e foi descrito, em 1959,
por Hurley e colaboradores que realizaram cirurgias de fusão espinhal utilizando
barreiras de celulose tomadas de um filtro (Millipore) para excluir o epitélio da
participação na reparação dos sítios ósseos e concluíram que tal membrana
funcionou não apenas como uma membrana semipermeável, mas também impediu
a invasão dos tecidos moles na área de formação do novo osso. (CARVALHO,
2012).
Para Hammerle et al (2004, p,23) “a compreensão atual dos mecanismos
que levam a regeneração dos tecidos ainda está de acordo com estes conceitos
iniciais”.
Os princípios das membranas abrangem possuir propriedades oclusivas, ou
seja, possuir permeabilidade tal que permita a difusão de plasma e nutrientes, porém
36
não a passagem de células não osteogênicas, biocompatibilidade, funcionar como
suporte físico ao tecido mole circundante, prevenindo o colapso deste espaço que
será preenchido com um coágulo sanguíneo necessário para a formação óssea,
proteger a delicada rede vascular durante a organização do coágulo, e finalmente,
agregar estabilidade biomecânica para permitir que o espaço seja excluído de forças
tencionais para formação do novo osso. (ANDRADEACEVEDO et al., 2004).
O estudo de Fugazzoto (2005, p.72) avalia com o sucesso a prática do ROG
e têm se tornado uma importante opção na terapia clínica com implantes. Estudos
demonstraram altas taxas de sucesso na regeneração do tecido ósseo em torno de
implantes em função, quando comparados a sítios que não receberam tratamento à
base de regeneração óssea.
ROG é o método mais amplamente usado para aumento ósseo na prática
odontológica. Já que o osso é um tecido de crescimento relativamente lento, tanto
fibroblastos como células epiteliais têm a oportunidade de ocupar o espaço
disponível com mais eficiência em construir um tecido conjuntivo mole muito mais
rápido do que o osso é capaz de crescer. Assim, o mecanismo biológico do ROG é a
exclusão das células indesejáveis no espaço preenchido pelo coágulo sobre a
membrana. Neste contexto existem condições para as células tronco e células
osteprogenitoras se diferenciarem em osteoblastos, que depositam a matriz óssea.
Portanto, a membrana cria um espaço solitário que permite ao osso usar a sua
grande capacidade natural de modo seguro e protegido. (BUSER, 2010 apud
CARVALHO, 2012, p.17).
No estudo de preservação alveolar após a exodontia, os autores
demonstraram que a ROG é uma prática utilizada a osteointegração como princípio
biológico e está indicada para a regeneração óssea em alvéolos frescos, defeitos
ósseos, que tenham paredes ósseas remanescentes.
Diante disso, a nova formação óssea ao redor dos implantes instalados
imediatamente após e exodontia ou para corrigir perda óssea (peri implantar) que
ocorre após a óssea integração. Nessa contextualização, são classificados como
óssea promotores, quanto à característica física, ou seja, são meios físicos que
promovem o isolamento anatômico de um local, permitindo a seleção e proliferação
de um grupo de células, predominantemente osteoblastos, a partir do leito receptor e
simultaneamente impedem a ação de fatores concorrentes inibitórios ao processo de
regeneração.
37
3.2-MEMBRANA DE POLIPROPILENO NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA.
Segundo os autores os processos alveolares são as porções da maxila e
mandíbula que suportam as raízes dentárias. O processo alveolar pode ser dividido
em osso alveolar propriamente dito, radiograficamente conhecido correspondente a
lâmina dura, que reveste internamente o alvéolo. (GONÇALVES, 2015).
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo. Assim como os
outros tecidos conjuntivos, e composto por células, fibras e substancias amorfas,
mas seu diferencial e a presença de material calcificado, o que lhe fornece dureza e
resistência. (SGROTT et al, 2013, p.3). De acordo com Teles (2010, p.44), “o Brasil
dados de projeções populacionais e de porcentuais de edentulismo foram utilizados
para calcular o número absoluto de arcadas que precisaram de próteses totais até
2050”.
Nestas condições os autores Davarpanah et al (2003, p.23) revelam que “o
grau de reabsorção nos processos alveolares de edêntulos, estão sujeitos a
constante reabsorção óssea”. É evidente que os dados estatísticos em relação ao
edentulismo mostra um número alto no Brasil, tanto total como parcial. As situações
de edentulismo ocasionadas durante toda vida de uma pessoa, podem ser evitados
através de orientação odontológica e atuação preventiva, principalmente no que se
refere a exodontia.
Para Salomão et al (2009, p.55), “após exodontia, na maioria das vezes,
ocorrem reabsorções ósseas alveolares que dificultam ou impedem a reabilitação
protética conveniente, seja do ponto de vista estético ou funcional”.
A perda dentaria é considerada um dos principais agravos de saúde bucal
devido a sua alta prevalência, aos danos estéticos, funcionais, psicológicos e sociais
que acarreta o rebordo alveolar tende a ser reabsorvido após exodontia com mais
evidencia pelo vestibular, por questões nutricionais, e ainda que é ideal que ocorra
uma intervenção após a exodontia para preservação do rebordo alveolar. (SGROTT,
2013).
Percebe-se que a perspectiva que norteia o processo após exodontia, do
ponto de vista do ramo da odontologia, representa a preocupação do paciente pela
estética e a saúde. Daí a importância, da preservação do rebordo alveolar para
diminuir os problemas bucal.
38
Teles & Daniel (2010, p.45), “o rebordo alveolar e fundamental para a
reabilitação do paciente, sendo um dos fatores a ser avaliados de forma criteriosa
nas limitações anatômicas do paciente durante o planejamento de reabilitação do
paciente”.
Uma das propriedades sugeridas à técnica da regeneração óssea guiada é
que as barreiras não reabsorvíveis, expostas ao meio bucal, controlem ou evitem o
infiltrado de células de tecidos moles, favorecendo a proliferação de células ósseas
no interior do alvéolo, sem a necessidade de um material de enxerto dentro dele,
necessitando apenas, que os alvéolos estejam preenchidos totalmente com sangue.
Dessa forma, a tal pesquisa demonstra a eficiência da barreira de
polipropileno, na regeneração tecidual guiada após exodontia para a restabelecer o
alvéolo. A ROG com barreira de polipropileno (Bone Heal® - INP, São Paulo), tem o
objetivo de preparar os tecidos ósseo e mucoso para instalar em um segundo tempo
um implante osteointegrável. A esse respeito a autora Cunha (2012, p.4) evidencia
que: “Somente uma barreira de polipropileno (Bone Heal® - INP, São Paulo) sem a
associação de nenhum material de preenchimento (enxerto ou implante de
biomateriais) ”.
As características da membrana de polipropileno (PP) são muito parecidas
com as características da membrana de d-PTFE, entre as quais, podem ficar
expostas ao meio bucal, ambas tem resistência à pressão dos tecidos moles sem
entrar em colapso, preservam a gengiva queratinizada, não produzem reações
adversas nos tecidos moles, são de fácil remoção clínica, não necessitando de
procedimento cirúrgico, fácil manuseio cirúrgico sem necessidade de retalhos para
fechamento primário, podem ser preenchidas apenas com sangue e então, a
barreira foi recortada para isolar o defeito ósseo. (CUNHA, 2012).
A autora descreve ainda que, inserida entre os retalhos vestibular e palatino
foi mantida em posição através de sutura apenas nos retalhos, sem que houvesse
perfuração da barreira as margens dos retalhos foram deixadas intencionalmente
distantes entre si, de tal modo que a barreira permanecesse intencionalmente
exposta ao meio bucal. O paciente será orientado para que durante a permanência
da barreira, fossem realizados bochechos delicados a cada 8 horas com clorexidina
0,12%.
39
Após uma semana, foi feita a remoção da sutura e imediatamente a barreira
foi também removida. O paciente foi orientado para continuar com os bochechos por
mais 10 dias.
A Figura 11 mostra o procedimento cirúrgico, com abertura alvéolo para o
preenchimento do sangue, fácil manuseio cirúrgico sem necessidade de retalhos
para fechamento.
Foi mantida em posição através de sutura apenas nos retalhos, sem que
houvesse perfuração da barreira (Figura 12), as margens dos retalhos foram
deixadas intencionalmente distantes entre si, de tal modo que a barreira
permanecesse intencionalmente exposta ao meio bucal.
Fonte: Cunha (2012). Fonte: Cunha (2012).
Fonte: Cunha (2012). Fonte: Cunha (2012).
Figura 11: Abertura do alvéolo.
Figura 12: Perfuração da barreira.
Figura 13: Barreira removida.
Figura 14: Alvéolo fechado.
40
Após uma semana, foi feita a remoção da sutura e imediatamente a barreira
foi também removida (Figura 13). Na figura 14 pode-se observar que houve a
regeneração da parte aberta, após a aplicação membrana de polipropileno (PP).
Logo, foi possível observar a regeneração óssea e a manutenção da arquitetura do
rebordo alveolar.
Nestas condições, o que a reparação óssea precisa é de sangue
transformado em coágulo e mantido no local.
Inúmeras situações durante a nossa prática diária nos defrontam com
situações de perda óssea existente ou eminentes. Reabsorções e defeitos
traumáticos, descuidos com áreas infectadas onde exodontias não foram seguidas
de adequada curetagem, perdas ósseas vestibulares por posicionamento dentário,
quando este é extraído são as que frequentemente encontramos (CARVALHO,
2004, p.34).
3.3-BARREIRA POLIPROPILENO.
De acordo com Serafim (2012, p.48), “as membranas de polipropileno em
forma de tela são utilizadas em Medicina e esse material é considerado
biocompatível, sem consequências deletérias ao organismo. Seu uso na cavidade
oral contribui para estabilizar o coágulo e regenerar o rebordo alveolar pós-
exodontia”.
A técnica exige que a barreira de Polipropileno, impermeável, resistente à
tração, recortável e com formato ideal para se ajustar ao rebordo ósseo
remanescente, fique exposta entre 07 e 14 dias. Sua extensão sobre o defeito ósseo
precisa ser ligeiramente maior que o defeito e deve ficar sob as bordas do tecido
gengival (SALOMÃO & SIQUEIRA, 2010, p.123).
É necessário haver sangue preenchendo todo o defeito ósseo para a
formação do coágulo e sua posterior organização. Não precisa ser fixada por
parafusos, tachinhas ou qualquer outro artefato. Os retalhos vestibulares,
palatino/lingual sobrepostos à superfície da barreira lhe dá a estabilidade
necessária, basta que fique exposta. O tecido gengival é suturado sobre ela não
devendo perfurá-la. Espere-se a formação de um osso primário mantendo a forma e
dimensões do rebordo alveolar. (SALOMÃO et al, 2009, p.18).
41
Figura 15: Polipropileno no momento de sua inserção e sutura das bordas
gengivais.
Na figura 15 é possível verificar a barreira do Polipropileno no momento de
sua inserção e sutura das bordas gengivais, ao mesmo tempo em que faz breve
revisão sobre seu uso e possibilidades. Acredita-se que sua correta aplicação abre
inúmeras portas para que a criatividade do Cirurgião-Dentista possa utilizá-la
amplamente. Basta a manutenção do sangue/coágulo no local afetado.
É importante dizer que, vários autores descreveram a análise sobre a
aplicabilidade das membranas de polipropileno no meio bucal que podem ser
retiradas em sete dias. SERAFIM (2012), (SALOMÃO; SIQUEIRA, 2009; 2010 e
2010B; SALOMÃO et al., 2010 E BORGES at al., 2010). A vantagem desta barreira
é de manter o potencial do coágulo dentro do alvéolo de modo a contribuir com a
regeneração óssea alveolar (MARZOLA, 2008).
Tecnicamente e cientificamente, a barreira de PP contribui para reter o
coágulo dentro de áreas afetadas que necessitam de Regeneração Óssea Guiada
(ROG). A retenção desse coágulo dentro da cavidade óssea, permitirá a formação
de tecido ósseo que redefinirá a forma e as dimensões do rebordo alvéolo. Dessa
forma, a barreira PP, mantém constante o coágulo sem o infiltrado de células do
tecido mole enquanto ela estiver presente de sete (07) e quatorze (14) dias. Logo,
esse tipo de barreira pode ser de grande auxilio à prática clínica odontológica e da
medicina principalmente no sucesso dos implantes dos pacientes. Exemplo disso,
são estudos de casos clínicos da utilização da barreira de polipropileno Bone Heal®.
A barreira de polipropileno (PP), está indicada para manutenção e proteção
do coágulo sanguíneo e consequente formação óssea, promovendo a manutenção
Fonte: Salomão et al (2012).
42
do rebordo alveolar. Suas características são muito parecidas com as de d-PTFE,
como possibilidade de ficar exposta em meio bucal sem contaminar-se, apresenta
resistência à pressão dos tecidos moles, mantem ou aumenta a gengiva
queratinizada não necessidade de liberação de retalhos, inerte aos tecidos, não
necessidade de aparatos de fixação, fácil instalação e remoção simplificada sem
anestesia e não necessidade de materiais de preenchimento. Mas enquanto as
membranas de d-PTFE precisam permanecer por aproximadamente 4 semanas em
posição, as de polipropileno são removidas com apenas 7 a 10 dias, podendo esse
tempo se estender se for necessário (SALOMÃO e SIQUEIRA, 2010; BORGES,
2014 apud SOUZA, 2015).
3.4-DISCUSSÃO.
A ROG se tornou num padrão de tratamento para a regeneração de defeitos
ósseos localizados de potenciais pacientes para colocação de implantes. Este
progresso tem sido um importante fator que contribuiu para a rápida expansão do
tratamento com implantes nos últimos 10 a 15 anos. (BOTTINO et al. (2012).
A barreira de Polipropileno (PP) é um tipo de membrana utilizada na
Odontologia principalmente na técnica de Regeneração Óssea Guiada (ROG). Essa
técnica amplamente descrita nos capítulos analisados e que traz grandes vantagens
ao nível tanto do tratamento periodontal, tentando obter uma restitùtio ad ìntegrum,
como a nível de tratamento implantológico, que permita a melhoria e a recuperação
de casos de exodontia.
É importante dizer, que através da origem dos tipos de membranas surge o
conceito de Regeneração Tecidular Guiada (RTG) na busca de reparo de perdas
dos tecidos de suporte associadas a dentes e que foi aplicado à Regeneração
Óssea Guiada (ROG). As membranas são divididas em reabsorvíveis e não
reabsorvíveis.
Segundo Bottino et al. (2012) a estratégia de isolar os defeitos periodontais
com materiais de cobertura, sejam esses reabsorvíveis ou não reabsorvíveis, que
funcionam como barreira física para impedir a invasão das células gengivais, levou à
criação das membranas para Regeneração Tecidular Guiada (RTG) e a
Regeneração Óssea Guiada (ROG).
43
As membranas utilizadas em regeneração óssea guiada podem ser
reabsorvíveis (colágenas, ácido polilático, ácido poliglicólico, poliuretana, matriz
dérmica acelular, de cortical óssea) ou não reabsorvíveis (celulose,
politetrafluoretileno expandido (e-PTFE) e denso (d-PTFE), teflon, látex, titânio,
óxido de alumínio e polipropileno. (SOUZA, 2015).
Dessa forma as membranas são divididas entre reabsorvíveis e não
reabsorvíveis. Dentre as não reabsorvíveis destaca-se a membrana de PP. As
membranas não reabsorvíveis segundo Wang et al (2004), Carvalho (2012),
Salomão (2012), Queiroz (2015), Dias (2015), Souza (2015) que as vantagens são o
fato de as membranas serem extensivamente estudadas, a biocompatibilidade, a
manutenção da integridade estrutural ao longo da colocação e a maior capacidade
de manter espaços quando comparadas com as reabsorvíveis. Por outro lado, as
desvantagens encontradas foram a necessidade de uma segunda cirurgia para a
remoção, a frequente exposição da membrana, que aumenta o risco de infecção e
as reações citotóxicas ligeiras ou moderadas que o PTFE (Politetrafluoretileno) pode
provocar e que diminuem a adesão celular.
A barreira de PP (Bone Heal) foi desenvolvida pelo especialista Munir
Salomão, uma membrana impermeável e com propriedades fundamentais para a
sustentação dos tecidos sem a carência de materiais de fixação. A remoção pode
durar de sete a quatorze dias.
A ROG é uma técnica pelo qual pode ser utilizada as barreiras não
reabsorvíveis, expostas a boca, que pode controlar ou evitar o infiltrado de células
de tecidos moles, favorecendo a proliferação de células ósseas no interior do
alvéolo, sem a necessidade de um material de enxerto dentro dele, necessitando
apenas, que os alvéolos estejam preenchidos totalmente com sangue. Embora essa
técnica seja indicada sempre que houver perdas ósseas em exodontias e desde que
não haja contraindicações sistêmicas, a escolha da técnica cirúrgica depende,
logicamente, do cirurgião e das condições clínicas avaliadas (SALOMÃO, 2012).
Segundo o autor Souza (2015, p.21),
para se utilizar a barreira de polipropileno impermeável (Bone Heal), Munir Salomão, seu idealizador, recomenda que esta deve permanecer exposta ao meio bucal, os retalhos deverão ser mantidos distantes entre si, não há necessidade de liberação de grandes retalhos cirúrgicos e somente sangue deve preencher o local a ser regenerado.
44
É notório que a ROG apresenta as perdas ósseas após a extração dentária,
daí a importância do papel do profissional de odontologia nas etapas para a
implantação da membrana de PP. Diante disso, através da ROG torna-se possível
diminuir os problemas das situações causadas nos tecidos ósseos, principalmente a
introdução das membranas não reabsorvíveis, que são consideradas barreiras na
retenção do coágulo e no auxílio da ROG. Para demonstrar a eficiência da barreira
de polipropileno, na ROG após a extração dentária foi abordado a literatura de Munir
Salomão, Periodontista, ex-assistente da Divisão de Odontologia do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
O autor demonstrou sua experiência com a membrana de PP em um homem
melanoderma, com 36 anos de idade, que apresentou a raiz residual do dente como
mostra a figura 16. Iniciou-se a retirada dessa raiz, posteriormente a ROG com a
utilização da barreira de polipropileno (Bone Heal® - INP, São Paulo), tendo como
principal finalidade, a preparação dos tecidos mucoso e ósseo para a implantação
em um segundo a variação de tempo para o implante osteointegrável.
Figura 16: Raiz residual do dente.
Na figura 17 o alvéolo foi estimulado para ser preenchido totalmente com
sangue. Posteriormente na figura 18, a barreira de PP teve seu recorte com o
objetivo de manter o isolamento o defeito ósseo.
Fonte: Salomão, (2012).
45
O estudo realizado pelo autor Salomão (2012), deixa claro que a barreira de
PP é uma estrutura não permeável, e que cada etapa é importante para o sucesso
da implantação do material. Neste caso, após o preenchimento do sangue, o espaço
vazio ou parede terá a presença da Bone Heal. Diante disso, no interior do alvéolo
não terá necessidade de outro material, apenas a presença da membrana no local
extraído, que foi inserida entre o palatino e os retalhos vestibular (Figura 16 e 17).
Araújo e Lindhe (2005) corroboraram com esses estudos e concluíram em
suas pesquisas que a reabsorção da parede vestibular é mais acentuada do que a
Fonte: Salomão (2012). Fonte: Salomão (2012).
Fonte: Salomão (2012). Fonte: Salomão (2012).
Figura 17: Preenchimento de sangue.
Figura 18: Barreira recortada.
Figura 19: Membrana PP.
Figura 20: Implante do PP (Bone Heal).
46
lingual. Além disso quando compararam as paredes vestibulares e linguais com
implante e o rebordo edêntulos a reabsorção foi semelhante.
Após de ter colocado a Bone Heal, o paciente foi orientado para que durante
a permanência da barreira, fossem realizados bochechos delicados a cada 8 horas
com clorexidina 0,12%. Após uma semana, foi feita a remoção da sutura e
imediatamente a barreira foi também removida. O paciente foi orientado para
continuar com os bochechos por mais 10 dias. (SALOMÃO, 2012).
É importante dizer, que a membrana pode ser utilizada na exodontia e
implante imediato. Extraiu o dente, e nesse mesmo alvéolo, se houver condições
favorável para o processo de implante e aplicação da Bone Heal por cima do tecido.
Neste caso, não haverá necessidade de tecido para fechar o alvéolo e sem uso de
biomaterial.
O mesmo autor afirma que ao completar 120 dias após cirurgia é possível
constatar que a ROG e a manutenção da estrutura do rebordo alveolar viabilizam a
implantação de um implante osteointegrável. Parte-se do princípio que as medidas
realizadas que o sucesso dos implantes osteointegráveis depende exclusivamente
de um volume depende de um volume suficiente de osso saudável no local receptor.
Outro ponto a ser destacado, que a qualidade do osso em alvéolos
recuperados pela ROG através de uma barreira é fundamental para a introdução de
um implante. De acordo com estudo de caso feito pelo especialista Salomão (2012),
“a perda em largura é maior do que a perda em altura, observadas tanto clínica
quanto radiograficamente”.
Assim, o Bone Heal é um material usado como barreira nas regenerações
ósseas guiadas. Essa barreira que possui 100% de polipropileno. Na prática pode
ser utilizada de maneira isolada ou com implantes imediatos. Pode-se afirmar, que a
aplicação do PP é possível solucionar problemas após exodontia.
Segundo Carvalho (2012), as vantagens do Bone Heal para ser usado como
barreira nas ROG’s é que essa membrana não precisa ser hidratada, não sofre
alterações dimensionais durante o período que permanece no local de defeito, pode
ser usada juntamente com implantes imediatos.
Outras vantagens dessa membrana, é que ela não interfere na formação e
na organização do coágulo, não apresenta porosidades, não requer o uso de
material de preenchimento do defeito ósseo. Soma-se ainda, que ela dificulta a
proliferação de micro-organismos em sua superfície e possui propriedades para o
47
alicerce dos tecidos ósseos sem necessitar de materiais durante o processo de
Regeração Óssea Guiada para reduzir os efeitos da reabsorção do alvéolo.
É possível prevenir alterações indesejáveis, desde que haja prevenção dos
riscos que causam perda óssea, ou então, quando ela ocorre, se lance mão de
técnicas que recuperem, pelo menos em parte, os danos e defeitos sofridos pelo
alvéolo e seja utilizada uma técnica que reduza os efeitos da reabsorção no alvéolo,
que inevitavelmente ocorre. Mesmo nos casos em que se procura realizar uma
exodontia atraumática, visando o menor dano possível ao tecido ósseo, a própria
condição anatômica do dente removido pode favorecer grandes reabsorções do
rebordo alveolar. Embora em alguns casos os rebordos sejam espontaneamente
mantidos, permitindo que implantes sejam instalados, realizar esforços para
preservá-lo após o procedimento de exodontia, sem dúvida é uma medida salutar e
deveria ser sempre. (SALOMÃO, 2012).
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
De acordo com a literatura, a utilização da membrana polipropileno (PP)
proporciona a diminuição dos defeitos no osso alveolar, bem como, aplicabilidade
para reabilitação oral por meio de implantes imediatos. O presente trabalho analisou
a prática de preservação de rebordo alveolar, pós exodontia com o uso da
membrana de polipropileno na Regeneração Óssea Guiada.
No campo da odontologia e da medicina não existe um consenso dentre as
diversas técnicas principalmente entre a RTG, ROG e biomateriais disponíveis.
Esses procedimentos aparentam ter sua validade justificada pela literatura e
demostram-se importantes vantagens que visam o cuidado do meio bucal.
Constatou-se a importância do rebordo alveolar e as práticas aplicadas na
área de odontologia no combate as doenças na boca. A prática da exodontia, as
técnicas da Regeneração Óssea Guiada apresentam os momentos primários para o
uso da barreira de PP. É bem perceptível a enorme vantagem da aplicação da
Membrana de Polipropileno para prevenção dos tecidos.
Nesse quadro, fica claro dizer que a Regeneração Óssea Guiada contribui
na cicatrização alveolar através do uso do método da membrana de polipropileno.
Ao mesmo tempo é bom destacar que, se por um lado as diversas membranas
possuem suas características próprias. O Bone Heal é uma membrana não
reabsorvíveis e apresenta efeitos positivos para o combate do rebordo alveolar na
colocação de implantes dentários e são importantes nas práticas atuais para o
profissional de odontologia no que se refere a integridade estrutural ao longo da
colocação e a maior capacidade de manter espaços quando comparadas com as
membranas reabsorvíveis.
Dentre as possíveis formas da utilização da Bone Heal é através do implante
imediato. Salienta-se que o primeiro momento deve-se fazer a radiografia, depois a
formação do coágulo e por último a implantação do implante. Segundo Salomão
(2012), “numa experiência de 100 casos, apenas em um paciente não houve
formação de coágulo. É necessário retirar o implante, curetar e deixar sangrar
novamente para a aplicação do Bone Heal. Após os 90 dias foi feito o implante”.
Apesar das contradições das técnicas chega-se então a conclusão do
sucesso a prática do ROG e têm se tornado uma importante opção na terapia clínica
com implantes. A Revisão de Literatura apresentou taxas de sucesso na
49
regeneração do tecido ósseo em torno de implantes possibilitando uma reabilitação
mais rápida, com menos etapas cirúrgicas, contribuindo para o conforto e estética do
paciente.
Diante disso, o uso da membrana de polipropileno na Regeneração Óssea
Guiada (ROG) é um procedimento seguro e previsível para a preservação de
rebordo alveolar após a exodontia e a barreira de polipropileno contribuiu para a
preservação do rebordo ósseo, viabilizando a indicação de instalação de implante
osteointegrável.
É preciso que o odontólogo aumente seu campo de pesquisa referente a
ROG através da aplicação do Bone Heal. De acordo com o especialista Munir
Salomão existem poucos estudos encontrados na literatura. Por outro lado,
constatou-se que as experiências feitas em clínicas mostraram a viabilidade da
utilização dessas barreiras pós exodontias, reduzindo a morbidade e abrindo novas
perspectivas nessa área na odontologia. Além disso, a barreira de Polipropileno
(Bone Heal) é registrada na ANVISA, sendo seu uso legal no território brasileiro.
Dessa forma, recomenda-se aos profissionais da área um maior número de
pesquisa e publicação de experiência relacionado a preservação do rebordo
alveolar, pós Exodontia: o uso da Membrana de Polipropileno na Regeneração
Óssea Guiada.
50
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