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Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Nº 57 Jan/Fev 2005 Visite o portal da SBOT: www.sbot.org.br Visite o portal da SBOT: www.sbot.org.br Iniciando 2005... 2005... 2005... 2005... 2005... Pág. 02 Palavra do presidente Págs. 08 E 09 Pág. 03 Entrevista Pág. 05 Evento Págs. 06 E 07 A Ortopedia está de luto pela morte dos ex- presidentes Arcelino Bitar e José Laredo, mas devemos continuar em frente, trabalhando para manter a SBOT no mesmo rumo que eles ajudaram a definir. É com esse espírito que iniciamos nossa gestão. O presidente Walter Albertoni fala sobre seus planos para este ano e disse que a Defesa Profissional continuará sendo prioridade, mas não será só. Um dos focos será na modernização do modelo gerencial da SBOT, com o estabelecimento de normas e procedimentos para serem adotados no futuro. Iniciando 2005... 2005... 2005... 2005... 2005... Pág. 08 Editorial O movimento pela implantação da CBHPM continua forte em todos os estados. O Conselho Nacional de Defesa Profissional da SBOT está de prontidão para garantir a aprovação do PL 3.466, que deve ser votado na Câmara dos Deputados em março. Reunião da Comissão Executiva do Conselho Nacional de Defesa Profissional Gestão EMPRESARIAL Gestão EMPRESARIAL A cada ano o exame para obtenção do Título de Especialista da SBOT assume uma importância maior para a SBOT. Há muito tempo ele deixou de servir apenas para avaliar o conhecimento dos candidatos ao TEOT para se transformar num dos maiores e mais bem organizados eventos da Ortopedia Brasileira. Como é a primeira grande reunião anual que reúne representantes de todos os estados, é durante o exame que as novas diretorias tomam posse e onde, também, discute-se as principais ações a serem desenvolvidas durante o ano. Nesta edição, trazemos os destaques do 34º TEOT, que ocorreu entre os dias 6 e 8 de janeiro, em Campinas. A SBOT teve destacada participação no Congresso da Academia Americana, realizado em fevereiro em Washington. Pela primeira vez, a AAOS cedeu o estande para a SBOT gratuitamente, em reconhecimento à parceria entre as duas entidades. AAOS 2005 Annual Meeting AAOS 2005 Annual Meeting São difíceis os caminhos e principalmente os meandros que possam levar à plenitude dos direitos uma classe profissional que luta incessantemente por melhores condições de trabalho, para a devida atenção ao paciente. Entradas e BANDEIRAS Entradas e BANDEIRAS

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Jan/Fev 2005

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de

Ortopedia e Traumatologia Nº 57 Jan/Fev 2005

Visite o portal da SBOT: www.sbot.org.brVisite o portal da SBOT: www.sbot.org.br

Iniciando 2005...2005...2005...2005...2005...

Pág. 02

Palavra dopresidente

Págs. 08 E 09

Pág. 03

Entrevista

Pág. 05

Evento

Págs. 06 E 07

A Ortopedia está de luto pela morte dos ex-presidentes Arcelino Bitar e José Laredo, masdevemos continuar em frente, trabalhandopara manter a SBOT no mesmo rumo queeles ajudaram a definir. É com esse espíritoque iniciamos nossa gestão.

O presidente Walter Albertoni fala sobreseus planos para este ano e disse que aDefesa Profissional continuará sendoprioridade, mas não será só. Um dosfocos será na modernização do modelogerencial da SBOT, com o estabelecimentode normas e procedimentos para seremadotados no futuro.

Iniciando 2005...2005...2005...2005...2005...

Pág. 08

Editorial

O movimento pela implantaçãoda CBHPM continua forte em

todos os estados. O ConselhoNacional de Defesa Profissional daSBOT está de prontidão para garantira aprovação do PL 3.466, que deveser votado na Câmara dosDeputados em março.Reunião da Comissão Executiva do Conselho

Nacional de Defesa Profissional

GestãoEMPRESARIAL

GestãoEMPRESARIAL

Acada ano o exame para obtenção do Título de Especialista da SBOTassume uma importância maior para a SBOT. Há muito tempo eledeixou de servir apenas para avaliar o conhecimento dos candidatos

ao TEOT para se transformar num dos maiores e mais bem organizadoseventos da Ortopedia Brasileira. Como é a primeira grande reunião anualque reúne representantes de todos os estados, é durante o exame que asnovas diretorias tomam posse e onde, também, discute-se as principais açõesa serem desenvolvidas durante o ano. Nesta edição, trazemos os destaquesdo 34º TEOT, que ocorreu entre os dias 6 e 8 de janeiro, em Campinas.

A SBOT teve destacada participação noCongresso da Academia Americana,realizado em fevereiro em Washington. Pelaprimeira vez, a AAOS cedeu o estande paraa SBOT gratuitamente, em reconhecimentoà parceria entre as duas entidades.

AAOS 2005Annual Meeting

AAOS 2005Annual Meeting

São difíceis os caminhos e principalmenteos meandros que possam levar à plenitudedos direitos uma classe profissional que lutaincessantemente por melhores condições detrabalho, para a devida atenção ao paciente.

Entradas eBANDEIRAS

Entradas eBANDEIRAS

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Jornal da SBOT

Jornal da SBOT tem novo editor-chefe

2005...Iniciando

Ligue grátis 0800 557268

EDITORIAL PALAVRA DO PRESIDENTE

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Eu não poderia iniciar esteeditorial sem deixar de men-cionar dois acontecimentos

que nos pegaram de surpresanos primeiros dias de 2005:o falecimento dos ex-presidentesda SBOT, José Laredo Filho eArcelino Bitar. Sobre o professorLaredo, como seu colega, amigoe sucessor na Unifesp, o que possodizer é que a Ortopedia Brasi-leira perdeu um dos seus líderesmais competentes. Ele criou oDepartamento de Ortopedia eTraumatologia da Unifesp/EPM,serviço para o qual dedicou-sede corpo e alma até o fim de suavida. Foi sempre um conciliador.Durante sua gestão na Presidênciada SBOT, entre 1995-96, uniu osgrandes Serviços, aproximou osdiversos líderes e, com compe-tência e sucesso, reestruturou asregionais e organizou os Comitêsde Especialidades. Em relação aodr. Arcelino Bitar, um dos maisdestacados especialistas do Rio deJaneiro, foi um dos pioneiros daOrtopedia Pediátrica no Brasil,presidente da SBOT no biênio 1974/75, tendo dado importante cola-boração na parte organizacionalda SBOT. A Ortopedia está deluto, mas devemos continuar emfrente, trabalhando para manter aSBOT no mesmo rumo que elesajudaram a definir. E é com esseespírito que iniciamos nossa gestão.Nosso objetivo é continuar o intenso

trabalho que vem sendo desenvol-vido nas áreas de Defesa Profissionale educação continuada. Para tanto,reestruturamos a composição dealgumas comissões e criamos outrasque certamente darão maior agili-dade ao nosso trabalho. O Jornalda SBOT, por exemplo, passará acontar com a valiosa colaboração deCláudio Santili como editor-chefe,que irá trabalhar lado a lado comGeorge Bitar e com o Conselho Edi-torial. Criamos algumas comissõesespeciais para auxiliar a novadiretoria: Comissão de Segurançae Informática, para proteger eagilizar todo o nosso processo deautomação, Comissão de Cam-panhas Públicas e Sociais, paradiscutir e priorizar estas ações em2005, Comissão de Integração dasRegionais e Comissão de Inte-gração dos Comitês. Estaremosdando suporte especial às ativi-dades da Comissão de Controlede Material e Comissão de Previ-dência. Na área de gestão, con-tratamos uma consultoria paranos ajudar a identificar a maneirade podermos melhorar aindamais nosso trabalho no dia a dia.Estamos iniciando nossa gestão,imprimindo um ritmo de trabalhointenso e vamos continuar assim,para corresponder à confiançados colegas e atingir nossosobjetivos.

E2005...

Iniciando

EEste é um assunto delicado e in-trigante que vem à tona quandoo tema abordado é a grande

discrepância que existe entre o preçode uma prótese, placa, âncora ouqualquer material de implante e oshonorários médicos que recebemos,com toda a responsabilidade que oato médico embute. Certa vez, fui auma grande seguradora perguntarporque não implantavam a CBHPMe eles responderam que se conse-guissem diminuir o custo do material,isto seria feito com muita facilidade,com possibilidade até de pagarem20% a mais, sem precisar recorrer anenhum artifício. Isto reflete bem queestá embutido no custo do material,além da taxa suplementar cobradapelos hospitais e que encarece maisainda os produtos. A AMB criou umaCâmara Técnica de Órteses e Pró-teses (entre outras) para, juntamentecom as operadoras (Unidas eUnimed, por enquanto) tentar chegara um consenso sobre o uso de ma-terial em todas as especialidades. ASBOT tem assento como titular e re-presentante da AMB. A idéia é pre-parar um "protocolo" dos materiaismais utilizados em todas as especiali-dades e subespecialidades, impor-tados e nacionais. Solicitamos oauxílio da nossa Comissão de Con-trole de Material, que nos dará emrespaldo técnico. Não adianta ficar-mos reclamando o ano inteiro donosso ganho, cada dia menor, se

não trabalharmos para que aCBHPM seja implantada, já comvalores maiores que os atuais, comcorreção anual nos mesmos índicesque o segurado paga. É a única po-sição ética que podemos adotar.

Jornal da SBOT tem novo editor-chefeA partir deste número o Jornal daSociedade Brasileira de Ortopediae Traumatologia tem novo editor-chefe, indicado pelo presidenteWalter Albertoni. Trata-se de CláudioSantili, o que garante que o Jornalda SBOT está em ótimas mãos.Criamos o boletim da SBOT há 18anos justamente por ocasião da mu-dança dos rumos da nossa socie-dade em que tivemos eleições edisputas históricas que consolidavama SBOT como uma sociedade sólidae monolítica, com grande prestígiona defesa de classe. Temos a certezade que esta linha continuará, princi-palmente pelo momento grave emque vivemos. Os editoriais, artigose entrevistas sempre receberam umtratamento sintético, de fácil e rápidaleitura. Como diretor da Comissãode Ética, Honorários Médicos e De-fesa Profissional, continuarei a tra-balhar com o mesmo entusiasmo de18 anos atrás, agora com colegasque compõe o nosso ConselhoNacional de Defesa Profissional.

George BitarPPPPPresidente Com. Defesa Presidente Com. Defesa Presidente Com. Defesa Presidente Com. Defesa Presidente Com. Defesa Profissionalrofissionalrofissionalrofissionalrofissional

honorários médicosCusto do material e

honorários médicosCusto do material e

Walter Manna AlbertoniPPPPPresidente da SBOresidente da SBOresidente da SBOresidente da SBOresidente da SBOTTTTT

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Jan/Fev 2005

O

GestãoGestãoGestãoGestãoGestãoENTREVISTA

Visite o seu portal www.sbot.org.br 3

O presidente da SBOT,Walter Albertoni diz que

a Defesa Profissionaldeve ter a atençãoconstante de todas

as diretorias e adiantouque irá intensificar asações desenvolvidasnessa área. Outra

grande preocupaçãoneste ano, segundo

ele, será com relaçãoao modelo de gestão,

que deverá seguirmoldes empresariais."Não é porque somos

médicos que nãopodemos ser bonsgestores", disse ementrevista ao Jornal

da SBOT.

Virtual. Vamos continuar apoiandoessas ações e desenvolver novosprojetos.

A Defesa Profissional vaicontinuar sendo o foco das açõesda SBOT?Sempre. É preciso ficar claro que aDefesa Profissional não deve ser umaluta desta ou daquela gestão, masuma preocupação de todos nós,permanentemente. Não se trata decontinuidade ou continuísmo. Trata-seda nossa sobrevivência comoprofissionais e por isso precisamosmanter essa bandeira erguida. Eucreio que uma entidade de classerealmente tem de ter por maiorfinalidade a defesa profissional de seusassociados e a SBOT não é umaentidade puramente científica ouvoltada somente para publicações einformação. É uma entidade coor-porativa, uma entidade privada quedeve defender os interesses de seussócios. O médico tem de ter condiçõesadequadas, com remuneração justa ereconhecimento pelo seu trabalho. Acada ano temos um número maior deespecialistas no mercado e aconcorrência muitas vezes é desleal.Se os valores continuarem banali-zados, haverá uma desmotivação e acada dia se tornará mais difícil aprática profissional.

A SBOT alcançou destaquenacional. A aproximação com asentidades médicas nacionaisajudou?Sim, mas eu creio que foram asentidades que se aproximaram maisda SBOT em função das ações que nósdesenvolvemos. Um bom exemplo foio movimento pela paralisação doatendimento dos piores planos desaúde, iniciado pela SBOT em 2002 eque foi encampado pelas demaisentidades posteriormente. Precisamosrestabelecer os mesmos níveis deremuneração que tínhamos há dezanos e só vamos conquistar issoatravés da implantação da CBHPM, daaprovação da Lei do Ato Médico e dacriação da Ordem dos Médicos Brasil.Para isso, precisamos estar cada vezmais unidos.

Que ritmo o senhor deveráimprimir à frente da SBOT?Se há algo que gosto de fazer éorganizar as coisas e já estamosfazendo isso. Contratamos umaconsultoria externa para fazer

avaliação da parte con-tábil, estatutária, tribu-tária, trabalhista e fiscal.Estamos analizando commuito empenho toda ainformática da nossasociedade e para issomontamos uma Comissãode Segurança em Infor-mática. A SBOT cresceumuito e como as diretoriasse sucedem a cada ano, éfundamental normati-zarmos certas ações parafacilitar o trabalho dosfuturos gestores, tirando um pouco doaspecto pessoal e fortalecendo oaspecto profissional. É claro que opresidente tem a sua marca, seu estilo,mas creio que alguns procedimentospodem e devem ser normatizados.

Há novos projetos específicospara os sócios?Uma das comissões que vamos olharcom maior cuidado é a de Previ-dência. Temos uma faixa etária muitovariável entre os nossos membros ecomo a maioria é autônoma,podemos oferecer alguns serviços compreços mais acessíveis, já queformamos uma massa bastanteexpressiva, com quase oito milpessoas. Estamos pensando emoferecer previdência privada e segurode vida. A comissão está fazendo osestudos necessários e iremos levar aspropostas para discussão na Diretoriae na Comissão Executiva.

Também foi aprovada umapequena adequação no valor dasanuidades...Essa questão é delicada porqueninguém gosta de ver suas des-pesas aumentadas, mas isso éfundamental para manter nossosprojetos sem dependermos exclu-sivamente de patrocínios externos.Continuaremos buscando parceiros,mas temos de ter condições própriaspara garantir nossas ações, quando ese for necessário.

É uma decisão impopular. Osenhor não tem receio?Não, porque precisamos ver a SBOTcomo uma empresa sem fins lu-crativos, mas que tem suas obri-gações fiscais, tributárias e tra-balhistas. Não podemos achar quesó por sermos médicos não podemosser bons gestores. Por isso estamospassando por um processo de con-

sultoria que, espero, venha a me-lhorar a vida de todos nós nofuturo. Não podemos correr orisco de, num ano, termos todos osrecursos de que necessitamos e,no outro, passarmos por dificul-dades porque não fomos capazesde prover o financiamento dasnossas ações.

A Comissão Executiva aprovousua sugestão de adquirir novosconjuntos no prédio da SBOTNacional. Qual é a importânciadessa medida?A estrutura física da SBOT é muito boa.Estamos localizados no coração deSão Paulo, em um prédio moderno.Temos um andar inteiro e estamosmuito bem instalados, tanto osdiretores quanto os funcionários.Porém, a SBOT está crescendo enecessitamos de espaço para suaexpansão. Sugerimos a aquisição,de mais quatro conjuntos, primeirocomo investimento, mas com osolhos voltados para o futuro. Estaé uma decisão estratégica e aComissão Executiva da SBOT con-cordou conosco.

Qual é a maior conquista que osenhor espera para este ano?Ter o Regimento Geral da SBOTdiscutido e aprovado, uma segu-rança maior na parte de informá-tica, para que as informaçõesimportantes fiquem no âmbito daSBOT, e fazer uma revisão da áreaadministrativa, procurando colaborarpara o bom trabalho das próximasgestões. Posso dizer que neste sentidotenho recebido apoio irrestrito, tantodo dr. Pardini quanto do dr. Musafir,que irão me suceder na presidênciada SBOT. Tudo que está sendoproposto conta com a aquiescência dadiretoria e isso tem facilitado e legiti-mado muito o nosso trabalho.

O senhor participou ativa-mente das duas últimasgestões da SBOT. Quais

foram os maiores ganhos nesseperíodo?Realmente temos tido grandesgestões na SBOT, que trouxerammuitos benefícios para os membrose para a sociedade como um todo.No campo social, podemos citar asgrandes campanhas de prevenção,como o uso do cinto de segurançano banco de trás, a casa segurae a profilaxia do trauma no idoso,entre outras. No ano passado, asações voltaram-se para a DefesaProfissional, que era uma bandeirade todos os ortopedistas. Travamosuma grande luta em 2004, com arealização de vários fóruns, açõespor todo o Brasil e pressão cons-tante sobre os deputados e sena-dores em Brasília para a apro-vação das medidas que julgamosnecessárias para a prática de umaboa medicina. A determinação dopresidente Neylor Lasmar e dos lí-deres da Defesa Profissional, comoGeorge Bitar e Hélio Barroso, foramfundamentais para que a SBOTse sobressaísse em relação a outrassociedades médicas. Outro grandeavanço foi a criação da Biblioteca

GestãoGestãoGestãoGestãoGestãoprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizadaprofissionalizada

Reunião de diretoria na sede da SBOT:decisões compartilhadas.

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Jornal da SBOT

A

Envie seu e-mail: [email protected]

DEBATE

A CBHPM poderia serimplantada na íntegrapara o pagamento de

consultas e honorários mé-dicos se houvesse uma racio-nalização no uso de próteses eoutros materiais de implantesusados em quase todas asespecialidades?

João Batista Caetano: Semdúvida. A falta de critérios na incor-poração tecnológica, o aumentodesenfreado de preço das próteses,materiais especiais e medicamentos,conjugado com a incapacidade derepassar este excedente aos clientes,repercute no elo mais fraco dacorrente, que é o médico. É precisomudar isso, e reconhecer que saúdetem custo e precisa ser analisada soba ótica da economia. Se os atoresenvolvidos neste processo não seunirem em um debate racional nabusca de racionalização e otimi-zação dos custos, mesmo com aimplantação da CBHPM corremos orisco de continuar tendo o médicomal remunerado e a indústria rindode orelha a orelha.

Manoel Peres: São dois assuntosdiferentes e, por isso, devem serabordados em separado. Não hácorrelação direta entre as duasquestões.

Quais as principais distorçõesque ocorrem na utilizaçãodesses materiais?

João Batista Caetano: Estudosfeitos por nossos consultores mos-tram que o valor cobrado pelasórteses e próteses é irracional e nãotem vinculação com a realidade dopaís. A medicina exige atualizaçãopermanente, mas falta critério naabsorção e na utilização de novastecnologias e procedimentos. O quevemos é todo o sistema de saúde àmercê de regras mercantilistas. Há,por exemplo, grandes distorções nosvalores de materiais importados enacionais. O Brasil produz materiais

de excelente qualidade quepoderiam ser

utilizados perfeitamente no lugardos importados, mas que sãopreteridos por alguns médicosque, voluntária ou involuntaria-mente, acabam por gerar custo quepoderia ser evitado sem prejudicaro paciente.

Manoel Peres: Há grande discre-pância de condutas e indicaçõesdo uso desses materiais, além dafreqüente incorporação de itensna prática médica, que não têmsua eficiência e eficácia assegu-radas cientificamente, caracteri-zando portanto uso experimental.Além disso, tem sido freqüenteo uso de itens que foram pros-critos (isto é, tirados do mercado)em seu país de origem, mas con-tinuam sendo usados no Brasil. Tudoisso podendo representar impor-tantes prejuízos à sociedade. Épreciso salientar ainda que háinúmera quantidade de proce-dimentos agressivos, de baixareversibilidade e que geramalta expectativa nos pacientes,já que não apresentam os resul-tados esperados.

Atualmente existe uma câmaratécnica criada pela AMB quevisa a corrigir as distorções queexistem no setor. O senhoracredita que isso será possível?

João Batista Caetano: A AMB temexercido o importante papel decoordenadora deste debate. AUnimed do Brasil participa ativa-mente dessa Câmara, na qual jáapresentamos alguns projetos e tra-balhos do Sistema sobre o assunto,bem como pudemos discutir conjun-tamente a metodologia a ser utili-zada para a correção das distorções.Acredito que estamos no rumo certo.

Manoel Peres: Acredito plena-mente na intervenção de entidadesmédicas para que haja umaadequada regulação desse setor.Desta forma, os interesses cole-tivos irão se sobrepor a eventuaisinteresses individuais ou conflitos quepossam gerar distorções no usodesses materiais.

Existem alguns materiaisautorizados pela ANVISAque muitos médicos nãoutilizam por razões téc-nicas. Como isso seriacontornado?

João Batista Caetano: AUnimed do Brasil sugeriu, naCâmara Técnica da AMB, acriação de um selo de quali-dade técnica a ser expedido,por exemplo, pelo Inmetro/Anvisa, a fim de garantir aqualidade do material ou, atémesmo, sugerir a sua retiradado mercado. A propostasurgiu do aproveitamento detrabalhos importantes desen-volvidos por Comissões deControle de Materiais de al-gumas sociedades de especia-lidades, inclusive da SBOT.

Manoel Peres: A metodologia eprotocolo de autorização, pelaAnvisa, da comercialização dessesmateriais precisaria passar por umaampla discussão e esclarecimentonos meios científicos e sociais. Issoporque há materiais proibidos emseu país de origem que têm suaimportação regularizada pelaagência, conferindo aparenteregularidade clínica e científica aoseu uso. Por outro lado, há outrosmateriais que, embora tenham suacomercialização regularizada,tiveram o seu uso rejeitado pelosmédicos.

A SBOT tem uma Comissão deControle de Material quepoderá, junto com o IPT,Inmetro, Anvisa classificarmelhor o material. Como osenhor vê essa iniciativa? Osenhor a apoiaria?

João Batista Caetano: Trata-sede uma atitude louvável que deveservir de exemplo para outrassociedades de especialidades, epoderá proporcionar confiabi-lidade aos médicos especialistas

na utilização dos materiaisclassificados.

Manoel Peres: É umaexcelente iniciativa e merece

todo o apoio das entidadesrepresentativas do setor.

Atualmente acompra do material

é feita pelos hospitaise sabe-se que ao invés

de cobrar uma taxarazoável, entre 10 e 20%,

adotam valores muito altos,inflacionando os custos. O

que poderia ser feito?

João Batista Caetano: É deconhecimento geral que algunshospitais acabaram encontrandonessa comercialização uma ma-neira de arrecadar, e promovema cobrança de taxas de comer-cialização elevadas e muitasvezes abusivas. Uma saída en-contrada pela Unimed do Brasilpara combater esta questão é acompra conjunta promovida pornossa Central Eletrônica deCompras. Esta prática vem sendotestada e pode resultar em eco-nomias significativas para ascooperativas, que terão maiormobilidade para atuar.

Manoel Peres: Acreditamos queos hospitais, por meio de suasdiretorias clínicas e em conjuntocom entidades sérias e preocu-padas com o adequado uso,precisam ser os padronizadoresdo uso desses materiais, alémde serem os compradores, sendojusto o pagamento da chamadataxa de comercialização, quenaturalmente,precisa de revisão devalores e percentuais. Não sendoaceitável como tem sido denun-ciado por algumas entidades adupla cobrança de taxa, isto é,do operador e do vendedor / repre-sentante do material.

Dando seqüência ao debate iniciado na última edição, o Jornal da SBOT ouviu representantes das empresassobre o uso de órteses e próteses em ortopedia. Os entrevistados foram o diretor de integração da UnimedBrasil, João Batista Caetano e o diretor de prestadores da área de Saúde da Sul América, Manoel Peres.

Uso de materiais de implanteUso de materiais de implante

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Jan/Fev 2005

Congresso da AAOSCongresso da AAOSCongresso da AAOSCongresso da AAOSCongresso da AAOSA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira no

Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 5

ACADEMIA AMERICANA COMITÊS

A regional São Paulo da Sociedade Brasileirade Cirurgia do Joelho, Sociedade Brasileira

de Artroscopia e Comitê de TraumatologiaDesportiva, em conjunto, reiniciam suasatividades regionais. No dia 30 de março de2005, será realizado no HCOR - Hospital doCoração o primeiro encontro de 2005.A atividadeserá coordenada e apresentada por ReneAbdalla, enfocando o tema "Sutura Meniscal", seupapel na cirurgia do Joelho, Artroscopia e TraumaDesportivo. A atividade é apoiada pelo CORE -Centro de Ortopedia e Reabilitação no Esporte etodos estão convidados a participar a partir das19h30 no Hospital do Coração, à Rua Desem-bargador Eliseu Guilherme, 132 - 2º andar.Lembramos que esse encontro vale pontos pararecertificação. Solicitamos que confirme a suapresença com a Eliana - Secretária dos Comitês/SBOT, pelo telefone (11) 3887-7544 ou pelo e-mail [email protected].

Oencontro do XII Congresso Brasileiro deCirurgia da Mão, marcado nos dias 30 de

março a 02 de abril de 2005 no CentreventosCau Hansen, em Joinville (Santa Catarina),reunirá especialistas de todo o país e do exterior.Paralelamente acontecem o VI Congresso Ibero-latino-americano de Cirurgia da Mão, o XCongresso Sul-americano de Cirurgia da Mão,o IV Congresso Sul-americano de Terapia daMão, o VIII Congresso Brasileiro de Reabilitaçãoda Mão e uma Feira de Negócios. Já estãoconfirmadas as presenças de 50 palestrantesrepresentando o Brasil, Argentina, Espanha,Estados Unidos, Itália, Portugal, França, Chile,México, Suíça e Venezuela. Maiores informaçõespelo site: www.25.cbcm.com.br ou pelos telefones(47) 433-0666 ou (47) 423-0862.

Cirurgia da MãoCirurgia da Mão

A Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira noA Ortopedia Brasileira no

Além disso, também foi feita a promoção dopróximo Congresso Brasileiro de Ortopediae Traumatologia, que este ano vai acontecerem Vitória (ES). O saldo desse trabalho foia captação de mais quatro patrocinadoresinternacionais. Outro aspecto positivo do con-

gresso foi a parti-cipação de profes-sores brasileirosnos principais te-mas do congressovisando a prepa-ração dos high-lights, que deverãoacontecer em setecidades do Brasilainda no primeirosemestre.Também foi des-taque a presençada SBOT na reu-nião da SociedadeLatino-americanade Ortopedia e

Traumatologia (SLAOT), cuja pauta prin-cipal foi discutir os novos rumos da enti-dade, visando seu fortalecimento. Ficou acer-tado um novo encontro para Cartagena,Colômbia, onde haverá uma nova rodadade discussões."Foi uma ótima oportunidade nos aspectoscientífico, político e corporativo. Creio que aSBOT soube aproveitá-la muito bem", resumiuWalter Albertoni. Na próxima edição, o Jornalda SBOT vai trazer mais detalhes do congressoda AAOS.

Aparceria da SBOT com a AcademiaAmericana de Ortopedia fica mais forte acada ano, não apenas no desenvolvimento

de projetos conjuntos, mas sobretudo, comrelação à sua participação no CongressoAnual da AAOS. Neste ano, cerca de 200ortopedistas brasi-leiros estiveram emWashington, capitaldos Estados Unidos,para participar do72º Annual Meeting,que aconteceu entreos dias 23 e 27 defevereiro. Novamenteo Brasil ocupou asprimeiras colocaçõesentre os países commaior delegação. "Osortopedistas maisuma vez demons-traram sua preo-cupação em atualizarseus conhecimentose isso tem ficado claro em todos os con-gressos internacionais", declarou o presidenteda SBOT, Walter Albertoni.O ponto de encontro dos brasileiros duranteos quatro dias foi o estande da SBOT – esteano cedido gratuitamente pela organizaçãodo congresso em reconhecimento ao impor-tante crescimento da SBOT dentro do eventoda AAOS.Foi feito um intenso trabalho de divulgação daSBOT a todos os congressistas, através de fôlderese contatos pessoais dos membros da diretoria.

O grande número de ortopedistas brasileiros no Annual Meeting da Academia Americanareforça a importância da SBOT dentre as demais sociedades de ortopedia do mundo

Congresso daCongresso daCongresso daCongresso daCongresso da AAOSAAOSAAOSAAOSAAOS

O estande da SBOT foi o ponto de encontro dosortopedistas brasileiros durante o Congresso.

Cirurgia do joelho,Artroscopia e

traumatologia desportiva

Cirurgia do joelho,Artroscopia e

traumatologia desportiva

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Jornal da SBOT

TEO

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A 34ª edição do Exame para Obtenção do pela Comissão de Ensino e Treinamento dinscritos e contou com a participação de 270um dos dois maiores eventos do ano para aposse oficialmente, onde se faz o planejamideal para avalizar os projetos e ações des

Um palco paraUm palco para

Da esq. para a dir.: Marcos Musafir,Walter Albertoni e Arlindo Pardini. AGestão 2005 foi empossada oficialmentedurante o TEOT. No destaque (dir.), omomento em que Neylor Lasmartransmite o cargo para a nova diretoria

Durante a reunião da Comissão Executiva, a nova diretoria da SBOT, presidida por Walter Albertoni, tomou posse oficialmente. Ele agradeceu

o voto de confiança recebido de todos os que o elegeram e afirmouque sua gestão não vai medir esforços para que a SBOT cresça aindamais. "Tivemos a sorte de contar com grandes presidentes nos últimosanos, que transformaram nossa sociedade em um exemplo para o Brasile para o mundo. Vamos trabalhar muito para continuar neste mesmorumo", afirmou. Segundo ele, a prioridade da SBOT em 2005 con-tinuará sendo a Defesa Profissional, com ações específicas para a im-plantação total da CBHPM, aprovação da Lei do Ato Médico e criação daOrdem dos Médicos do Brasil.

Gestão 2005Gestão 2005

Veja os destaques do 34º TEOTVeja os destaques do 34º TEOT

Materiais de ImplanteMateriais de Implante

O presidente da Comissão de Materiais, Luiz Carlos Sobania fez um resumo de uma mini-conferência realizada na Anvisa para discutir

a distribuição e colocação de implantes ortopédicos, com transmissão paravárias capitais, como São Paulo, Curitiba, Rio deJaneiro, Brasília, Porto Alegre e Salvador, com apresença de médicos, distribuidores, importadores,compradores, fabricantes e representantes doshospitais. Os participantes concluíram pelanecessidade de fortalecimento de parcerias paraidentificar e encontrar rapidamente as soluções paraos problemas atuais do mercado, como a definiçãoclara para o lixo hospitalar. "Um parafuso retiradopode ser reutilizado ou é considerado lixo hospitalar?É nesse rumo que estamos trabalhando", concluiu.

O presidente da CET, Tarcísio Eloy Pessoa deBarros Filho apresentou as principais ações

desenvolvidas em 2004, priorizando a preparaçãodo TARO, do próprio TEOT e visita aos serviçoscredenciados. Ele deu um panorama sobre asituação dos serviços para 2005: há 125 serviçosativos, dois em moratória e três foram descre-denciados; 90 serviços já estão adequados àsnormas do MEC, 35 continuam apenas pela SBOTe 16 serviços pelo MEC.

Comissão de Ensino e TreinamentoComissão de Ensino e Treinamento

OExame para obtenção doTEOT recebeu, neste ano,

497 inscrições de ortopedistasde todo o Brasil. Dividido emquatro partes (escrito, oral, físicoe interativo), o exame da SBOTé considerado modelo porsociedades de ortopedia devários países, sendo comum apresença de observadores es-trangeiros. Entre os candidatos,a avaliação positiva do exameé unânime, começando pelaescolha do local e dasinstalações até o conteúdocientífico abordado em cadaetapa. E não poderia serdiferente, já que a organizaçãodo TEOT consome praticamenteseis meses de trabalho da Co-missão de Ensino e Treinamentoda SBOT.

Avaliação de alto nívelAvaliação de alto nível

Jornal da SBOT

Tarcísio E. P.Barros Filho

Luiz CarlosSobania

Prova escrita para candidatos(ao alto); o exame físico (aocentro); e o exame escrito

para observadores

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Nov/Dez 2004

OT

7Visite o seu portal www.sbot.org.br

Título de Especialista foi realizada no período de 6 a 8 de janeiro, em Campinas, no interior de São Paulo. Organizadoda SBOT, o exame já se tornou referência internacional por seu rigor científico. Neste ano o exame teve 497 candidatos0 examinadores, 120 observadores e mais de 50 profissionais de apoio. Por suas dimensões e importância, é consideradoa SBOT, ao lado do Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia. É durante o exame que as novas diretorias tomammento das ações que serão desenvolvidas durante o ano e onde ocorre a primeira reunião da Comissão Executiva, fórumsenvolvidos no ano anterior. "É um evento estratégico", diz o presidente da SBOT, Walter Albertoni.

a a tomada de decisõesa a tomada de decisões

Jan/Fev 2005

Após a reunião da Comissão Executiva a Diretoria 2005 apresentouos resultados de uma pesquisa realizada no segundo semestre do ano passado

entre todos os ortopedistas brasileiros. "Nosso objetivo é fazer com que os colegasparticipem ativamente da nossa gestão, por isso fizemos questão de ouvi-los",justificou o presidente Walter Albertoni. As respostas foram apresentadas aosmembros da Executiva e deverão pautar as ações da SBOT neste ano.

O presidente da comissão de Defesa Profisional, George Bitar, falou sobre a importância dos fóruns

realizados no ano passado e da necessidade de se continuarbatendo nessa tecla. Também informou que a SBOT estáparticipando de uma comissão formada pela AMB paradiscutir o uso de órteses e materiais de implante com oobjetivo de formar parceria com a Unidas e Unimed visandoa aprovação de um modelo a ser seguido por outrasempresas. Segundo ele, a idéia é fazer com que os implantespossam ter um custo mais acessível, acabando com asobreposição dos preços por parte dos intermediários.

Defesa ProfissionalDefesa Profissional

"Sou ortopedista há 25 anos mas até este ano não tinha o TEOT.Como tenho boa clientela, fui me acomodando. Há ano recebiuma paciente que estava sendo atendida por outro colega. Eleficou sabendo e informou à família dela que eu não tinha títulode especialista. Mesmo assim, a paciente quis continuar comigo,mas aquilo me deixou arrasado. Passei alguns dias muito mal emeu ego foi parar no chão. Só de raiva resolvi fazer a prova.Essa cutucada foi fundamental para minha decisão e no dia 1ºde janeiro de 2004 fiz um plano de estudo, que incluiu até oTARO. No começo achei que não conseguiria passar, mas todoo esforço valeu à pena. Fiquei impressionado com a qualidadee seriedade do nosso exame. Estou fora do meio acadêmico há25 anos, mas felizmente passei e agora estou de bem comigomesmo. Voltei a estudar, estou fazendo inglês e pensando atéem fazer uma subespecialidade. Há pouco tempo encontreiaquele colega e o agradeci pela puxada de orelha".

Luis Carlos Lopes, Aracaju, Sergipe

"Comecei a exercer a ortopedia em 1974 e nunca havia prestadoo exame da SBOT. Resolvi fazer neste ano junto com meu filho,que terminou a residência no Pavilhão Fernandinho. Preparei-me muito ao longo da ano passado, mas fui para Campinasapreensivo porque iria concorrer com jovens recém-saídos daresidência. Meu filho me deu algumas dicas antes do exame,indicando bibliografias e eu também fiz muita pesquisa. Algumaspessoas achavam que eu ficaria constrangido, mas fui em frente,estudei muito e tive uma dupla alegria: fui aprovado e meufilho também, que passou nas primeiras colocações. Esse exameé um desafio e todos os colegas mais velhos que ainda não têmo TEOT deveriam prestar. Além do título ser um exigência legal,o exame é fenomenal, muito bem organizado, de altíssimo nívele nos impele a continuar estudando".

Raimundo José Maranhão Santos,São Luís, Maranhão

EXEMPLOS DE SUPERAÇÃOEXEMPLOS DE SUPERAÇÃO

Fórum da SBOTFórum da SBOT

O relato foi feito pelo presidente, Moisés Cohen des- tacando a regularização do calendário de eventos

da SBOT e projetos como o livro do Campbel e aatualização de aulas pela Internet, entre outros. Eleinformou que os encontros pós-AAOS, realizados emcinco cidades no ano passado deverão acontecer emsete cidades em 2005. No final ele apresentou asalterações propostas pela CEC na Tabela de Pontuaçãopara Recertificação.

Comissão de Educação ContinuadaComissão de Educação Continuada

36º CBOT36º CBOT

A Comissão Organizadora do 36º Congresso da SBOT apresentou um vídeo com o resumo de tudo o que

aconteceu durante o congresso do Rio de Janeiro. Opresidente do Congresso, Marcos Musafir apresentou osnúmeros finais do congresso: ao todo, foram 4.014inscritos. Desse total, 30% foram para os recertificadosisentos de iscrição. "O congresso cumpriu todas asatividades a contento, sem incidentes de qualquer naturezae com alto teor científico, superando todas as nossasexpectativas", declarou o presidsente da ComissãoCientífica, José Sérgio Franco. O plenário da Comissão Executiva aplaudiuaos membros da Comissão Organizadora pelo sucesso do 36º CBOT.

Moisés Cohen

José SérgioFranco

George Bitar

Participação efetiva dos ortopedistas presentes no Fórumda SBOT, após reunião da Comissão Executiva

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Jornal da SBOT

SEntradas e bandeiras

Envie seu e-mail: [email protected] da SBOT

EDITORIAL

As entidades médicas nacionaisacreditam que o projeto

vá a plenário na primeiraquinzena de março.

URGENTE

VotaçãoIminente

do PL 3.466

VotaçãoIminente

do PL 3.466

OOOOOOOOOO P P P P Projeto de Lrojeto de Lrojeto de Lrojeto de Lrojeto de Lei 3.466, do deputadoei 3.466, do deputadoei 3.466, do deputadoei 3.466, do deputadoei 3.466, do deputado Inocêncio Oliveira que prevê, entre Inocêncio Oliveira que prevê, entre Inocêncio Oliveira que prevê, entre Inocêncio Oliveira que prevê, entre Inocêncio Oliveira que prevê, entre

outras coisas, a adoção da Classificaçãooutras coisas, a adoção da Classificaçãooutras coisas, a adoção da Classificaçãooutras coisas, a adoção da Classificaçãooutras coisas, a adoção da ClassificaçãoBrasileira Hierarquizada de PBrasileira Hierarquizada de PBrasileira Hierarquizada de PBrasileira Hierarquizada de PBrasileira Hierarquizada de ProcedimentosrocedimentosrocedimentosrocedimentosrocedimentosMédicos (CBHPM) para o pagamento deMédicos (CBHPM) para o pagamento deMédicos (CBHPM) para o pagamento deMédicos (CBHPM) para o pagamento deMédicos (CBHPM) para o pagamento dehonorários médicos está na iminência dehonorários médicos está na iminência dehonorários médicos está na iminência dehonorários médicos está na iminência dehonorários médicos está na iminência deser votado na Câmara dos Deputados. Aser votado na Câmara dos Deputados. Aser votado na Câmara dos Deputados. Aser votado na Câmara dos Deputados. Aser votado na Câmara dos Deputados. Aexpectativa é que o assunto seja incluídoexpectativa é que o assunto seja incluídoexpectativa é que o assunto seja incluídoexpectativa é que o assunto seja incluídoexpectativa é que o assunto seja incluídona pauta de votação do plenário aindana pauta de votação do plenário aindana pauta de votação do plenário aindana pauta de votação do plenário aindana pauta de votação do plenário aindana primeira quinzena de março. É grandena primeira quinzena de março. É grandena primeira quinzena de março. É grandena primeira quinzena de março. É grandena primeira quinzena de março. É grandea expectativa das lideranças médicasa expectativa das lideranças médicasa expectativa das lideranças médicasa expectativa das lideranças médicasa expectativa das lideranças médicasnacionais. O projeto vem tramitando emnacionais. O projeto vem tramitando emnacionais. O projeto vem tramitando emnacionais. O projeto vem tramitando emnacionais. O projeto vem tramitando emregime de urgência desde agosto do anoregime de urgência desde agosto do anoregime de urgência desde agosto do anoregime de urgência desde agosto do anoregime de urgência desde agosto do anopassado, mas ainda não foi a plenáriopassado, mas ainda não foi a plenáriopassado, mas ainda não foi a plenáriopassado, mas ainda não foi a plenáriopassado, mas ainda não foi a plenárioem função da interrupção da pauta porem função da interrupção da pauta porem função da interrupção da pauta porem função da interrupção da pauta porem função da interrupção da pauta pormedidas provisórias e das eleições paramedidas provisórias e das eleições paramedidas provisórias e das eleições paramedidas provisórias e das eleições paramedidas provisórias e das eleições paraa presidência da Câmara. Se aprovado,a presidência da Câmara. Se aprovado,a presidência da Câmara. Se aprovado,a presidência da Câmara. Se aprovado,a presidência da Câmara. Se aprovado,o projeto vai corrigir distorções praticadaso projeto vai corrigir distorções praticadaso projeto vai corrigir distorções praticadaso projeto vai corrigir distorções praticadaso projeto vai corrigir distorções praticadaspelas empresas de planos de saúde contrapelas empresas de planos de saúde contrapelas empresas de planos de saúde contrapelas empresas de planos de saúde contrapelas empresas de planos de saúde contraa classe médica com relação aoa classe médica com relação aoa classe médica com relação aoa classe médica com relação aoa classe médica com relação aopagamento de honorários, garantindo opagamento de honorários, garantindo opagamento de honorários, garantindo opagamento de honorários, garantindo opagamento de honorários, garantindo oatendimento de qualidade aos pacientes.atendimento de qualidade aos pacientes.atendimento de qualidade aos pacientes.atendimento de qualidade aos pacientes.atendimento de qualidade aos pacientes.E como sempre, a SBOE como sempre, a SBOE como sempre, a SBOE como sempre, a SBOE como sempre, a SBOT já está mobilizadaT já está mobilizadaT já está mobilizadaT já está mobilizadaT já está mobilizadapara cumprir sua parte nesse processo. Apara cumprir sua parte nesse processo. Apara cumprir sua parte nesse processo. Apara cumprir sua parte nesse processo. Apara cumprir sua parte nesse processo. Aexemplo do ano passado, quandoexemplo do ano passado, quandoexemplo do ano passado, quandoexemplo do ano passado, quandoexemplo do ano passado, quandomandou uma comitiva a Brasília paramandou uma comitiva a Brasília paramandou uma comitiva a Brasília paramandou uma comitiva a Brasília paramandou uma comitiva a Brasília paraacompanhar a votação do regime deacompanhar a votação do regime deacompanhar a votação do regime deacompanhar a votação do regime deacompanhar a votação do regime deurgência, deverá enviar representantes dourgência, deverá enviar representantes dourgência, deverá enviar representantes dourgência, deverá enviar representantes dourgência, deverá enviar representantes doConselho Nacional de Defesa PConselho Nacional de Defesa PConselho Nacional de Defesa PConselho Nacional de Defesa PConselho Nacional de Defesa Profissionalrofissionalrofissionalrofissionalrofissionalpara o Congresso para garantir apara o Congresso para garantir apara o Congresso para garantir apara o Congresso para garantir apara o Congresso para garantir aaprovação da matéria. Os ortopedistasaprovação da matéria. Os ortopedistasaprovação da matéria. Os ortopedistasaprovação da matéria. Os ortopedistasaprovação da matéria. Os ortopedistasdevem continuar fazendo pressão sobredevem continuar fazendo pressão sobredevem continuar fazendo pressão sobredevem continuar fazendo pressão sobredevem continuar fazendo pressão sobreos deputados em seus estados e dandoos deputados em seus estados e dandoos deputados em seus estados e dandoos deputados em seus estados e dandoos deputados em seus estados e dandomais um exemplo de união e de força.mais um exemplo de união e de força.mais um exemplo de união e de força.mais um exemplo de união e de força.mais um exemplo de união e de força.

convênio e o quanto paga, já resolveria muita coisa.O segundo aspecto é particularmente depreciativo,antiético e abominável, mas acontece, e especial-mente, nos grandes centros. O médico que atendeo doente solicita a autorização para procedimentoeletivo ou mesmo de urgência. A morosidade e odesplante na resposta são absolutamenterevoltantes: “Ah, doutor! A mocinha do convêniodisse que isto o senhor não pode pedir ou que elesnão vão autorizar”.Que coisa indigna! Quem é o responsável médicopor esta negativa? Se eu para solicitar tenho deapor o meu CPF, CNPJ , RG e escambal, por que o"convênio" não tem a mesma obrigação quandoda negação? Ela deve ser consignada por ummédico qualquer, auditor ou não, mas que tenhatambém nome, CRM e justificativa técnicaembasada e escrita, para poder negar. Isto é que éético entre médicos. E todo convênio tem pelo menosum médico responsável.Em terceiro, é preciso admitir que em algumascidades ou mesmo Estados, os grupos cooperadossão devidamente coesos, unidos e agem uníssonos,porém, nos grandes centros a coisa não é bemassim. Então é preciso que a estratégia de abor-dagem contemple estas diferenças. Por exemplo,em São Paulo as seguradoras têm um grandenúmero de vidas e os serviços não são credenciadose sim referenciados. Isto cria uma banda de manipu-lação extremamente favorável para elas e injustapara o prestador, que se dilui e diminui num mer-cado com muita oferta. Logo, as ações devem serinstruídas e concatenadas de modo a que não sejamautofágicas. Temos de pensar à frente, para perdermenos. Obrigado ao professor Walter Albertoni,George Bitar e aos competentes amigos médicospela luta e trabalho que desenvolvem pela SBOT.

Cláudio SantiliEditor-chefe Jornal da SBOT

Entradas e bandeirasSão difíceis os caminhos e principalmente os

meandros que possam levar à plenitude dosdireitos, uma classe profissional que luta

incessantemente por melhores condições detrabalho, para a devida atenção ao paciente.Aí está o nosso incansável guerreiro George Bitarque sempre lutou e continua destinando tempoimportante às causas justas pela nossa defesaprofissional. Há inegáveis e inúmeras conquistas,mas a multiplicidade de fatores envolvidos e aastúcia ardilosa dos nossos contendores nos deixasempre com a sensação de que pouco conse-guimos. Não é verdade!Ora nos adulando para ganhar tempo, ora nosacusando como causadores principais do alto custodos procedimentos necessários, diga-se de pas-sagem, fazem um jogo muito grande de interessesem que dissimulam o seu objetivo principal que é anossa submissão econômica e profissional.Quero propor, dentro das múltiplas facetas queenvolvem a defesa, que também abordemos outrosaspectos no resgate da dignidade médica. Paratermos mais vitórias, para sermos mais respeitados.As idéias são simples :1) o nosso principal e único aliado deve ser o nossopaciente ; pois é a ele que nos dedicamos e é quemdefendemos nas tratativas injustas com as empresaspor eles contratadas ;2) o médico deve respeitar e ser respeitado poroutro médico, questão de ética;3) aceitarmos que existem diversidades regionaisnas questões que nos interessam.No primeiro ponto, o que devemos fazer é tornarpúblico o conhecimento do quanto percebemos porconsulta ou procedimento. Você já viu a cara deespanto e indignação do seu paciente quando elesabe o quanto se paga ao seu médico, tendo eleum custo mensal crescente e sempre atribuído aoque "supostamente" se repassa ao médico? Umasimples lista na sala de espera, com o nome do

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Jan/Fev 2005 Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 9

CBHPM

Veja como anda a negociação em alguns estados:

GoiásAs negociações com a Unidas estão sendo finalizadas edeve ser assinado o contrato com consulta a R$ 38,00 eCBHPM com menos 20%, porém, com um piso e um teto,onde nenhum procedimento terá valor menor aoatualmente praticado, que foi reajustado em 11,91% natabela que era praticada. O atendimento às seguradorasvia pessoa física está interrompido. Os médicos estãocobrando R$ 50,40 por consulta e dando recibo parareembolso e os procedimentos pela CBHPM, com de 20%a maior. Com a GEAP a paralisação ocorre por setores,como banco de sangue, anestesista, laboratório, raios x e,mais recentemente, os hospitais. Foi acertada com aUnimed a implantação da CBHPM. A consulta está aR$ 38,00 e deverá haver elevação progressiva até R$ 42,00.

Espírito SantoA Unidas e Asaspe se comprometeram a adotar a CBHPMa partir de fevereiro com banda inferior de 20%, vigorandoaté 31 de dezembro de 2005. Foi fechada consulta a R$35,00 retroativa a 1º de janeiro, válida até 31 de agostode 2005, quando esses valores serão reavaliados. Foiacertada a criação de uma comissão paritária entre Unidas,Asaspe e entidades médicas com o objetivo de adotarformulários únicos, estabelecer diretrizes técnicas comrelação ao uso de materiais de implante (órteses e próteses)e padronizar todos os contratos unificados. A Unimed deVitória passou a pagar R$ 42,00 a consulta em novembroe tabela AMB 92 com CH de 0,35. Também se comprometeuem implantar a CBHPM a partir de 1º de março.

Mato Grosso do SulOs médicos têm trabalhado pela implantação da tabela,mas as operadoras se recusam a negociar. Está sendocobrada a CBHPM plena, com consulta a R$ 50,00 eemissão de recibo para reembolso, em todos osprocedimentos desde o ano passado. A meta da classemédica é implantar a CBHPM de qualquer jeito.

Distrito Federal As seguradoras têm um acordo no Ministério Públicoem vigor desde 2004, com a utilização da tabela daAMB 92, com consulta a R$ 34,00. A Unidas fez umacordo provisório em janeiro, também adotando aTabela AMB 92 e consulta de R$ 38,00 até que seimplante a CBHPM. O grupo Unidos deve aderir ea proposta da Comissão de Honorários Médicos doDistrito Federal é fazer a correção do valor dos portese subportes pela inflação a partir de agosto de 2003,além da solicitação da implantação da CBHPM combanda positiva de 20%.

Rio de JaneiroA superintendente da Unidas garantiu que 70% dasempresas já estariam com os novos contratos padronizadosa partir de janeiro, e que de 20 a 30 empresas do grupo jáestariam comprometidas com a implantação da CBHPM. AAmil sugeriu um cronograma de implantação. Em marçoos médicos do estado vão fazer uma assembléia paradiscutir a continuação do movimento.

Novos Contratos: A data limite paraassinatura é 17 de março, porém, a AMBestá solicitando prorrogação. Devem serobservados dois pontos fundamentais. 1) ACBHPM é a única referência, não aceitaroutras tabelas; 2) A data do reajuste anual éfundamental. O índice deve se basear nosreajustes pagos pelos segurados (este ano,em média 11,5%).

Ações Jurídicas: Em reunião no dia 13 dejaneiro, as assessorias jurídicas das entidadesnacionais discutiram o texto da ação dereequilíbrio econômico-financeiro, e ostermos da referida ação estão sendodistribuídos às Comissões Estaduais deHonorários Médicos que, através de suasassessorias jurídicas estaduais ou locais,avaliarão a minuta, farão adaptações senecessárias, e promoverão a imprescindívelação judicial.

CBHPM na íntegra: A CNI alerta todas asComissões Estaduais de Honorários Médicosque não foi realizado nenhum acordo emCâmara Técnica ou na própria ComissãoNacional para Implantação que autorize asoperadoras a retirarem procedimentosincluídos na CBHPM – 3ª edição. Os pleitosdas operadoras estão sendo motivo de ava-liação pela Comissão Nacional de Hono-rários Médicos e só serão aceitos após dis-cussão com as Sociedades de Especialidade.

Alerta: As Comissões Estaduais de Hono-rários Médicos foram alertadas para que nãoassinem acordos com as operadoras contem-plando o rol de procedimentos da ANS emdetrimento da CBHPM. A implantação daCBHPM deve ser o principal objeto dos acor-dos firmados com as operadoras.

Notícias da implantaçãoNotícias da implantação

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IN MEMORIAM

Uma vida paraa Ortopedia

Arelação entre o homem e asinstituições é um interessanteindicador de cultura e de

desenvolvimento. No mundo atualeste balanço tem sido muitoevidente.Observem, na maior potência domundo, a figura do homem aindasupera a instituição ecausa enormes pro-blemas aos que dainstituição dependem.Nos países desenvolvidosdo Norte Europeu, des-conhecemos o homem erespeitamos a instituiçãoque governa, desconhe-cendo na maioria doscasos até o sistema degoverno. Nós aindasomos uma cultura emdesenvolvimento, na qualo homem age e modificade forma muito intensa ainstituição. Esta ação positiva ounegativa nos torna muito instáveise pouco tradicionais. Não rara-mente o homem usa da instituiçãopara satisfazer seus desejos evinganças pessoais.Pela SBOT passaram grandeshomens, que atuaram de formapositiva tornando a nossa socie-dade uma instituição sólida erespeitável, sendo por isto játradicional em várias atividades.José Laredo foi um destes homens.Concorreu a uma primeira eleiçãoe soube perdê-la com dignidadee, na derrota, deu a maior mostrade respeito pela SBOT, aumen-tando a sua dedicação e o seuinteresse participativo. Exemploraro no nosso meio, pois em gerala derrota gera ódio e não amor.Eleito presidente, deu atenção asetores ainda pouco desenvolvidosna sociedade.Valorizou as Regionais, criandonovas e estimulando as existentes.Este exemplo, que procuramosseguir na nossa gestão, teve frutosincalculáveis e levou à nacionali-zação uma sociedade na qualmetade de seus sócios é de São

Vidas VITORIOSASVidas VITORIOSAS

Uma vida paraa Ortopedia

Arcelino Chicre Miguel Bitar fezparte de um grupo deortopedistas que implantou no

Brasil e no Rio de Janeiro aOrtopedia Pediátrica. Filho deimigrantes libaneses, radicadono Pará e criado na cidade deBelém, onde cresceu e estudou,ingressou na Faculdadede Medicina e Cirurgiaem 1935, diplomando-seem 1940.Ao decidir especializar-seem Ortopedia, em abrilde 1941, seguiu para acidade do Rio de Janeiro,onde iniciou a carreira deortopedista no Hospital dePronto-Socorro, hojeHospital Municipal SouzaAguiar. Posteriormente foipara o Serviço de CirurgiaInfantil e Ortopedia doHospital Jesus. Seuprojeto era passar seis meses,porém, nunca mais saiu. Dizia: "foilá que aprendi mais do que serespecialista; tornei-me médico".Em 1943 viajou para os EstadosUnidos a fim de trabalhar noShriners Hospital for CrippledChildren, na Filadélfia e em 1944mudou-se para a UniversidadeEstadual de Iowa, onde perma-neceu como associado em pes-quisa no colégio de pós-graduação.Após 14 meses, obteve o títulode "Master of Science" em Orto-pedia. Regressou ao Rio de Janeiroem 1945 e foi para o HospitalJesus. Trabalhou também no Insti-tuto dos Comerciários, onde criou oServiço de Ortopedia, no Insti-tuto dos Bancários e ainda noHospital do Andaraí. Participou comPaul Harrington e Oswaldo Camposda primeira operação para trata-mento cirúrgico da escoliose, em1950, no Hospital Jesus, utilizandoo instrumental de Harrington.Vivenciou também o primeiroalongamento de tíbia no Rio deJaneiro, usando o método deAnderson. Assumiu a chefia doServiço de Ortopedia somente em

O Homem e a instituiçãoTributo a José Laredo

O Homem e a instituição

A Ortopedia está de luto com o falecimento de José Laredo Filho e Arcelino Bitar. Ex-presidentes da SBOT,eles dedicaram suas vidas à pesquisa e ao ensino, lutando até o fim por melhores dias para a medicina

e para os ortopedistas brasileiros. A SBOT faz sua homenagem a estes dois ícones da Ortopedia,publicando artigos de dois de seus admiradores.

Paulo. Assistiremos a um CongressoNacional em Vitória e, tenhamcerteza, um dos mais importantesresponsáveis por esta descen-tralização foi José Laredo.Conferiu à Comissão de EducaçãoContinuada a responsabilidade deorientar todas as atividades de

ensino avançado daSBOT. Hoje os con-gressos nacionais sãoorganizados por umacomissão de congressocoordenada pela CEC,que por conhecer opanorama nacional,mantém o padrão eatualiza o temário.Teve a visão adminis-trativa da necessidadeda SBOT ter um admi-nistrador profissional, efoi o primeiro presidentea incorporar a figura de

um administrador. Este exemplo foiseguido pelo dr. Roberto Santin epor mim, e persiste até hoje comoum dos avanços importantes naSBOT, seguramente uma das razõesimportantes do crescimento patrimo-nial da sociedade.Ao final de seu mandato soubeafastar-se, mantendo-se participativosempre que solicitado, atitudesaudável às instituições que serenovam. Político hábil, participou naeleição e na indicação de todos ospresidentes que o sucederam, tendosua opinião sempre respeitada.José Laredo será sempre lembradocomo um exemplo pela instituiçãoque ajudou a crescer, acredito queeste era o seu desejo e deve ser odesejo de todos aqueles que parti-cipam intensamente, porém, tempo-rariamente, de instituições que umdia serão maiores que o homem.Sua atuação à frente do Departa-mento de Ortopedia da Universi-dade Federal de São Paulo certa-mente merecerá o realce dos quecom o Laredo viveram anos degrande desenvolvimento.Adeus, mestre.

Gilberto Luis Camanho

1974, após a aposentadoria deOswaldo Campos, e lá perma-neceu até completar 70 anos deidade em 1986. Ingressou naSBOT em 1946, à qual se de-dicou, participando de reuniões econgressos, assim como ocupandocargos eletivos em várias cate-

gorias. Integrou di-retorias regionais enacionais, e presidiu aSBOT regional do Rio deJaneiro no biênio 1959-1960. Fez parte doplano nacional de inte-gração de residênciamédica pela SociedadeBrasileira de Ortopediae Traumatologia (SBOT)em 1969. Presidiu aSBOT Nacional em1974 -1975 e tornou-seum estudioso dos esta-tutos da sociedade.

Fez parte do grupo de funda-dores da Revista Brasileira de Orto-pedia (RBO) em 1966, ocupandoum lugar no corpo editorial por30 anos. Sempre esteve presenteativamente nos congressos bra-sileiros, publicou inúmeros tra-balhos e obteve títulos de váriasassociações internacionais. Diziaque em mais de 55 anos deatividade profissional percorreuuma longa estrada, venceu metas,subiu até onde podia chegar, semse descuidar daqueles que oacompanhavam, dispensando-lhesensinamentos profissionais e morais.Confessava que tudo o que fez nãoteria valor se não tivesse encontradona vida uma mulher admirável, AliceMaria, que acompanhou seuspassos. Como fruto desserelacionamento, tiveram dois filhos:Mauro e Isabel.É com profundo respeito que escrevoo nome de Arcelino Chicre MiguelBitar e me considero um privilegiadopor ter sido seu aluno e desfrutadoda sua amizade. O Dr. Bitar faleceuno Rio de Janeiro em 19 de janeirode 2005.Pedro Carlos de M. S. Pinheiro

José LaredoFilho

Arcelino ChicreMiguel Bitar

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Jan/Fev 2005

CONJUNTOTrabalho

Novo curso deperito médico

JUDICIAL

Novo curso deperito médico

JUDICIAL

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REGIONAIS

PresidenteWalter Manna Albertoni

1º Vice-presidenteArlindo Gomes Pardini

2º Vice-presidenteMarcos Esner Musafir

Secretário-geralItiro Suzuki

1º SecretárioRenato Brito de A. Graça

2º SecretárioGlaydson Gomes Godinho

1º TesoureiroPedro Péricles R. Baptista

2º TesoureiroOsvandré Luiz C. Lech

Presidente doXXXVII CBOT-2005

Hélio Barroso dos Reis

DIRETORIA 2005

Os ortopedistas terão novas oportunidadespara fazer o curso de Perito Médico

Judicial, organizado pela A. Couto AdvogadosAssociados. As novas turmas estão marcadaspara os dias 12 de março e 21 de maio, em SãoPaulo. O objetivo é orientar e preparar médicospara atuarem como peritos judiciais e assistentestécnicos nas diversas especialidades, através daministração de conhecimentos básicos sobre oprocesso judicial e responsabilidade civil domédico. O novo curso de Perito Médico Judicialvai acontecer no dia 12 de março no HotelTransamérica, em São Paulo, situado naAlameda Lorena, 473. A inscrição será feitaatravés de depósito bancário.

Maiores informações poderão serobtidas no site www.acouto.com.br, peloe-mail [email protected] oupelo telefone (21)21-4819 / FAX (21)2221-5024. As vagas são limitadas.

CARTAS

Critérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOTTTTT,,,,,regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.

Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal www.sbot.org.br

E V E N T O S 2 0 0 5XXV Congresso Brasileiro de Cirurgia da MãoJoinville / SC - F:(11) 5092-3426 [email protected]

30 a02/04M

ar

Isakos Fifth Biennal CongressHolywood, FL / USA - www.isakos.com / [email protected]

03 a 07

Abr

11º COTESP - Congresso de Ortopedia e Traumatologiado Estado de São PauloHotel Bourbon - Atibaia / SP - f: (11) 3887-3237

07 a 09

XI Congresso Norte/Nordeste de Ortopediae TraumatologiaMaceió / Al - F: (82) 325-8158

20 a 24XII Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do PéHotel Serra Azul - Gramado / RS - F: (51) 3330-1134 -www.sbmcp.org.br/cbmp.asp

21 a 23

Congresso Brasileiro de Medicina do EsporteBrasília / DF - F: (11) 3887-3237

01 a 04

Mai

VII Congresso Goiano de Ortopedia e TraumatologiaGoiânia / GO - F: (62) 215-8069 - Evento All

04 a 07

Jun

I Simpósio Integrado de Especialidades Ortopédicas(I ISEO) - Trauma - AtualizaçãoBelo Horizonte / MG - F: (31) 3273-3066

07 a 08

X Congresso da Sociedade Brasileira de ColunaCosta de Sauípe / BA - F: (71) 336-5644

12 a 14

Congresso Brasileiro de Trauma OrtopédicoBento Gonçalves / RS - F: (11) 3887-7772 - www.sbot.org.br

19 a 21

Congreso Mundial de Fijación ExternaLima / Perú - www.externalfixation2005.com

26 a 28

Out 37º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia

Vitória / ES30/10

a 02/11

XIV Congresso Sul-brasileiroCuritiba / PR - F: (41) 262-8023

16 a 18

AGENDA

DESCREDENCIAMENTOGostaríamos de saber qual será a medidatomada pela SBOT em relação ao Descre-denciamento realizado pela Sul Americaocorrido em 12/01/2005. Já que inúmerasclinicas estão sofrendo com o mesmo pro-blema. Abaixo, transcrevo cópia da cartarecebida em 12/01/2005: "Senhor pres-tador: conforme cláusula específica do Ter-mo de Compromisso em vigência, queprevê cancelamento independente de inter-pelação judicial ou extrajudicial, notificamosque damos por rescindido o referido termofirmado entre nossas empresas. Ressal-tamos, portanto, que não deverá ser reali-zado nenhum atendimento após 12/03/2005, na condição de referenciado".

Cidade Jardim Ortopediae Particip. Ltda

Nossa assessoria jurídica está encami-nhando ao CFM o problema. O cance-lamento nada tem a ver com o movimentopela implantação da CBHPM, porém,daremos todo o apoio para revertê-lo.Sugeriria contato com a Sul América parasaber dos motivos reais.

UNIMEDTenho três anos de residência em Orto-pedia e Traumatologia pela UniversidadeFederal do Ceará. Sou especialista pelaSBOT-ABM, especialista em Cirurgia doOmbro e Cotovelo pelo IOT-HCFMUSP efui médico visitante do Serviço de Medicina

Esportiva e Cirurgia do Ombro e Cotovelodo Hospital Ortopédico de Nova York.Retornei a Fortaleza há quase dois anos enão consigo começar a colher os frutos domeu sacrifício, como muitos outros por aquiporque a Unimed, de forma totalmentearbitrária, não abre sua portas para novosortopedistas há seis anos. E não pretendeabrir. Como a Unimed possui 70% dospacientes com alguma condição financeira,não ter Unimed, com raras exceções, é nãoter como trabalhar com dignidade e estarfadado a viver do SUS. Os pacientes nãosão mais dos médicos, são da Unimed!! Deque vale se especializar, fazer sacrifícios?Talvez devamos nos conformar somentecom a satisfação pessoal. Será que alguémou algo irá nos salvar desta terrível reali-dade? Devo recomendar a quem tiverintenção de fazer residência em Ortopediae Traumatologia que não o faça! SIM,desista! Desista até da profissão demedicina, pois o presente está péssimo e ofuturo será pior se nada for feito.

Renato Fernandes Fontenele

É por isso que a SBOT é totalmente favo-rável ao credenciamento universal. Já temosprojeto de lei na Câmara dos Deputadosneste sentido. Quanto à Unimed Fortaleza,favor nos enviar formalmente a suaqualificação para encaminhamento.

As cartas desta seção são respondidas pelo presidenteAs cartas desta seção são respondidas pelo presidenteAs cartas desta seção são respondidas pelo presidenteAs cartas desta seção são respondidas pelo presidenteAs cartas desta seção são respondidas pelo presidenteda Comissão de Defesa Pda Comissão de Defesa Pda Comissão de Defesa Pda Comissão de Defesa Pda Comissão de Defesa Profissional George Bitarrofissional George Bitarrofissional George Bitarrofissional George Bitarrofissional George Bitar

CONSELHO EDITORIAL

Editor-chefeClaudio Santili

Editores associados

René Abdalla

Geraldo Motta

Osvandré Lech

George Bitar

Rames Mattar

Glaydson Godinho

Editora SocialPatrícia Fucs

Projeto e ExecuçãoIn Focus Marketing Ltda.PABX: (011) 295-8115

E-mail: [email protected]

AdministraçãoLuiz Marcelo Anieri

Monaliza Anieri

Designer gráficoVando Araújo

Jornalista ResponsávelAdimilson Cerqueira

MTb 21.597-SP

CTP e ImpressãoVan Moorsel,

Andrade & Cia. Ltda.

Tiragem8.000 exemplares

Periodicidade Mensal

Os artigos assinados nãorepresentam, necessariamente,

a posição da diretoria daentidade. É permitida a

reprodução de artigos, desdeque citada a fonte.

CONJUNTOTrabalho

Aregional da So- ciedade Bra-

sileira de Ortopediae Traumatologia emMinas Gerais ado-tou um modelo degestão alternativoem função do em-pate entre as duaschapas que dispu-

taram as últimas eleições, no final do anopassado. Como o mandato é de dois anos,as duas chapas vão dividir a presidência.Neste ano a presidência vai ser de GuydoMarques Horta Duarte e em 2006, será a vezde Glaydson Gomes Godinho assumir adireção da regional. "Apesar da redução domandato, vamos tentar nos ater às propostasde campanha, estimulando as atividadescientíficas", afirma Guydo Marques. GlaydsonGodinho diz que felizmente o fato aconteceunum momento em que havia dois candidatoscom maturidade suficiente para se entendercom o objetivo de servir à Ortopedia Mineira."Temos consciência das nossas responsabili-dade e deveres e temos uma só meta: o bemda ortopedia", declarou.

Guydo Marques eGlaydson Godinho:

unindo forças

Garanta já a sua!

Page 12: presidente Iniciando 2005 A - sbot.org.br · Jan/Fev 2005 O Gestão ENTREVISTA Visite o seu portal 3 O presidente da SBOT, Walter Albertoni diz que a Defesa Profissional deve ter

Jornal da SBOT

OrtopediaOrtopediaAs mulheres e a

Envie seu e-mail: [email protected]

Acada dia aumenta o númerode mulheres na medicina e naOrtopedia esse fenônemo

não tem sido diferente.Apesar de ainda haverpoucas mulheres ortope-distas, o número vemsubindo. "Isso aconteceuem praticamente todasas especialidades médicascomo fruto do novo posi-cionamento da mulher nomercado e na ortopediaesse fenômeno tambémfoi observado", afirma aortopedista Patrícia Fucs, chefedo Grupo de Doenças Neuro-musculares do Pavilhão Fernan-dinho Simonsen.Dos cerca de oito mil membrosda SBOT, cerca de 290 são mu-lheres, mas segundo Patrícia Fucs,o baixo número de mulheres ocorreem todas as sociedades de or-topedia do mundo. "Nos EstadosUnidos e em outros países a quan-tidade de mulheres é sensivel-mente menor do que os homensmas essa relação mudando", diz.Durante muito tempo ela foi aúnica mulher no Pavilhão Fernan-dinho e nunca foi discriminada.O único problema ocorreu ainda

durante a residência, quando umaR3 desistiu e causou a preocu-pação de que ela também pudesse

abandonar o serviço."Nunca me passou pelacabeça deixar de ser orto-pedista. Meu grande in-centivador foi o professorWaldemar de CarvalhoPinto. Segundo ele, de-veria haver mesmo umamulher para mudar umpouco o perfil do depar-tamento", conta. A as-cenção das mulheres foi

ajudada pelo fim da idéia de quea ortopedia era uma especiali-dade de 'serrotes e martelos',numa alusão à força quedeterminados procedi-mentos exigiam. Atual-mente ninguém precisafazer muita força emfunção do avanço tec-nológico e do desen-volvimento de novos pro-cedimentos cirúrgicos.Apesar disso, ela reco-nhece que a mulher émais exigida em funçãode seus múltiplos papéisna sociedade. "Algumas vezes somos100% profissionais, mas em outras

temos de ser 100% família. É justa-mente essa flexibilidade que permitiuà mulher uma inserção cada vezmaior no mercado", acredita.No exame para o TEOT 2005ocorreu um fato inédito: a primeiracolocada foi uma mulher. RaquelBernardelli Iamaguchi é a única aconquistar esse feito. Sua formaçãoocorreu no Grupo da Mão doPavilhão Fernandinho e o gosto pelaOrtopedia nasceu em casa."Meu pai é ortopedista e seutrabalho sempre me fascinou. Noinício a gente fica um pouco ini-bida porque a ortopedia ainda éformada predominantemente porhomens, mas creio que essa reali-

dade está mudando natu-ralmente", diz. Ela contaque a primeira colocaçãofoi uma surpresa. "Fiqueifeliz pelo meu serviço etambém pelas mulheres.Quando eu vejo uma mu-lher se sobressaindo emalgum campo, me sintoincentivada a continuartrabalhando e creio queisso acontece com todasnós. Espero que a cada

dia outras colegas possam escolheressa especialidade para trabalhar".

ORTOPEDIA

A participação feminina naSBOT ainda é pequena,

mas vem subindogradativamente nos

últimos anos, fazendocom que, aos poucos, aortopedia deixe de serconhecida como uma

especialidade masculina

As mulheres e a

Uma idéia que deverá ser co-locada em prática no

próximo congresso da SBOT éum encontro destinado apenasàs mulheres ortopedistas. Asugestão é da ortopedistaPatrícia Fucs, a exemplo do quejá acontece no congresso daAcademia Americana. Oobjetivo é incentivar as mulheresa partiparem mais dasatividades da SBOT. "Isso só serápossível se nos conhecermos ecomo formamos um grupomenor, será fácil nos reunir", diz.Os detalhes ainda estão sendodiscutidos, mas o encontrodeverá acontecer no congressode Vitória e já tem o aval dadiretoria da SBOT.

Encontro deMULHERES

Encontro deMULHERES

Raquel BernardelliIamaguchi

Patrícia Fucs