Presto revista fribook número 9

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Ano II - Edição nº 9 - Novembro/Dezembro 2013 Distribuição gratuita. Venda proibida. www.revistafribook.com.br PAULO PAULO CESAR CESAR DE ARAÚJO DE ARAÚJO PAULO CESAR DE ARAÚJO Autor de “Roberto Carlos em Detalhes”, o Autor de “Roberto Carlos em Detalhes”, o livro que foi o estopim da polêmica das biografias livro que foi o estopim da polêmica das biografias Autor de “Roberto Carlos em Detalhes”, o livro que foi o estopim da polêmica das biografias DUDA PORTO Fribook esteve no Casa Cor 2013 e conversou com o premiado arquiteto friburguense Pág. 6 Steve Steve Vai Vai Steve Vai Toda a genialidade de Especial

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Entrevista Paulo César de Araújo Entrevista Duda Porto Entrevista Steve Vai Receitas de Claude Troisgros Moda, Arte, Cultura, Lazer

Transcript of Presto revista fribook número 9

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Ano II - Edição nº 9 - Novembro/Dezembro 2013

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EXPEDIENTE

Direção de Arte e Diagramação: André Lima Direção Comercial: Daniel Viana(22) 2523-8387 | (22) 8167-1415 | (22) 8817-9193 | [email protected]

Jornalista Responsável: Bárbara Lima

Colaboradores: Rafael Bom, Brás, Pablo Machado, Rodrigo Chermont, Renato Mattos, Marcello Pinguim, Jean Emerich, Giovanni Bizzotto, Alexandre Cola, Eduardo Bittencourt, Valquiria Castro, Duda Emmerick, Winny Lessa, Alex Vieira, Bruno Dias, Carlos Mafort, Pedro Bessa, Wellington Trevisan, Flavia Zambrotti, Luciana Ferraz, Rodrigo Panaro.

Fotos da capa: Paulo Cesar Araújo e Duda Porto: Bruno Dias | Steve Vai: Carlos Mafort

Não é permitida a reprodução parcial ou total de textos ou matérias publicadas, exceto quando autorizada por PRESTO - Comunicação e Resultado ou seus representantes legais.

Os artigos não assinados foram produzidos pela equipe de jornalismo da revista. Os artigos assinados por colaboradores não refletem necessariamente a opinião da revista e seus editores.

Os preços dos produtos relacionados na revista são de inteira responsabilidade das lojas.

Tiragem: 5.000 exemplares. Distribuição gratuita.

Mais um ano se passou... pudemos, ao longo desses 365 dias, fazer o melhor para termos ao nosso redor, pessoas mais íntegras, mais felizes, em um mundo mais justo e coerente. Se cada um de nós tivesse o real compromisso moral de fazer o melhor possível, praticando o bem sem esperar nada em troca, teríamos rapidamente a resposta para a pergunta que, sabiamente, John Lennon nos faz na canção. E aí? Tivemos 365 dias, cerca de 8.760 horas, 525.600 minutos... se cobramos de governantes, das autoridades e nos revoltamos, justamente, por não observarmos o cumprimento dos pactos feitos em campanha, precisamos, no mínimo fazer nossa parte. E engana-se quem acha que não é capaz. Tivemos, certamente ao longo do ano, momentos e oportunidades de sobra para respondermos à pergunta do gênio de Liverpool: “Sim! Fiz o que pude...” E para quem não conseguiu responder prontamente à pergunta, não nos resta a certeza dos próximos 365 dias, infelizmente... mas uma certeza, nós temos. Como sabiamente disse outro gênio de nossos tempos, "Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha." O que Chico Xavier escreveu complementa a música de John Lennon. Portanto, façamos. Não amanhã ou depois... façamos hoje! Certamente, no próximo natal, ou nos próximos dias teremos muito orgulho, mesmo que (e principalmente se) introspectivamente, em responder: “Fiz o melhor... e que venha 2014!”

UM DOS MAIORES GÊNIOS DA MÚSICA DE TODOS OS TEMPOSJÁ COBRAVA, EM 1971, QUANDO LANÇOU A CANÇÃO

“HAPPY XMAS (WAR IS OVER)” QUE FIZÉSSEMOS, ANUALMENTE,NOSSO EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA CONSTRUIRMOS UM MUNDO

CADA VEZ MELHOR: “ENTÃO É NATAL... E O QUE VOCÊ FEZ?”

Blaze Bayley 05

06Duda Porto

10Especial Moda Verão

Responsabilidade Social 12

Nossa Coluninha 14

16Luz, Câmera e Som!

Paulo Cesar de Araújo 18

Jantares do ‘Que Marravilha’ 24

Steve Vai 26

29Ceias de Fim de Ano

Dicas de Beleza 32

Índice

ERRATANa última edição deFribook cometemosum erro: na legenda

“T-Shirt RahstaJardineira Insanidade Jeans

Bolsa e Chapéu Love D”publicamos a foto errada.

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Modelo: Ana Paula PontesProdução: Duda Emmerick

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Ex-integrante do Iron Maiden, uma das maiores bandas da história do Rock, se apresentaem janeiro em Nova Friburgo e promete aquecer ainda mais o verão no alto da serra.

No dia 17 de janeiro, Nova Friburgo vai receber Blaze Bayley, ex-integrante do Iron Maiden, banda mundialmente conhecida no cenário do Rock. O projeto,

uma parceria entre Jking Rockstore e Criweb, promete proporcionar a Nova Friburgo um evento jamais visto na região. O show acontecerá na quadra da Imperatriz de Olaria, em Olaria, a partir das 21:30. Em 1994, Bayley foi escolhido para substituir Bruce Dickinson no Iron Maiden. Logo após ser admitido na banda, sofreu um acidente de motocicleta que lesionou gravemente seu joelho, o que fez com que o início da turnê do primeiro disco que gravara com a banda (The X Factor), fosse adiada. Mesmo após o período de recuperação, Blaze não podia se movimentar muito em razão da lesão. A música “Man on the Edge”, de sua autoria foi

lançada nesse cd e fez sucesso mundial. Logo após sua saída do Iron Maiden, Bayley decidiu seguir carreira solo e optou por músicos britânicos de extrema competência. Em sua nova turnê, "soundtracks Of My Life", a produção de Blaze foi contatado pelos organizadores friburguenses e fechou contrato para realizar essa mega produção pela primeira vez em Nova Friburgo. Imperdível! Os ingressos já estão sendo vendidos na JKing Rockstore, na Rua Eugênio Thurler, 25 (rua da Lealtex) com preços reduzidos com a doação de alimentos não perecíveis. Garanta já o seu!

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Duda Porto

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Ele recebeu nossa equipe em sua Casa de Fim de Semana, projeto badaladíssimo que conquistou o público no Casa Cor 2013. Dividíamos a atenção do arquiteto com profissionais de grandes jornais, todos querendo conhecer um pouco mais sobre o friburguense que nós já conhecemos há tanto tempo

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ENTREVISTA DUDA PORTO 7

O friburguense que é uma unanimidade quando se fala em arquitetura e design recebeu nossa equipe em sua , o projeto da Dois D no Casa Casa de Fim de SemanaCor 2013. A casa ecologicamente pensada tem em cada um de seus detalhes a preocupação com o meio-ambiente e sustentabilidade. Utiliza, de forma pioneira no Brasil, um sistema de captação solar que gera crédito junto à concessionária, resultando em desconto ou até mesmo isenção no pagamento da conta de energia.

Du d a f a l o u d e s u a v i d a p r o f i s s i o n a l , p e s s o a l , o início de carreira, família e

muito mais.

Fribook – Conte-nos um pouco sobre o início de sua paixão pela arquitetura.

Duda – Como tantos jovens costumam sonhar, pensei em ser músico na adolescência (risos!). Tive uma banda e participamos de alguns festivais de música. Um deles foi o Anchieta Rock 90 (N.E.: festival realizado no Colégio Anchieta em 1990, muito comentado até hoje). Nunca tive dúvida sobre minha paixão pela arquitetura. Acho que nunca pensei numa segunda profissão. Meu pai, apesar de não ser arquiteto, era quem costumava desenhar os “projetos” que precisávamos. Chegou a desenhar nossa casa e acompanhar de per to sua construção. Me lembro que na minha infância eu ficava do lado dele à noite e ele

preparando a maquete lá de casa. Minha casa ficou onze anos em obra. Ele gostava tanto dos pedreiros, da equipe, que quando estavam ociosos, pedia a eles que pegassem os filhos na escola, esse tipo de coisa (Risos!). Tudo para não perder a equipe de obra.

Então, essa paixão pela arquitetura com certeza veio dele e me acompanha desde a infância. No início da faculdade eu ainda tinha aquele sonho de ser músico. E um fato interessante foi que no primeiro dia de aula saiu uma matéria da minha banda (N.E.: Censura Livre) no Rio Fanzine, que saia no Globo naquela época, com foto e

tudo (Risos!). Mas a partir do segundo ano de faculdade percebi que tinha que optar por uma coisa ou outra e de lá pra cá passei a me dedicar integralmente à arquitetura. Comecei a faculdade em 1991 e logo depois terminamos com a banda.

Fribook – Como foram aparecendo os primeiros projetos?

Duda – Logo no início da faculdade, comecei a estagiar no escritório do Luiz Paulo Conde (N.E.: arquiteto carioca que foi prefeito do Rio de Janeiro de 1997 a 2000) onde fiquei por três anos. Nesse escritório trabalhei no projeto do Shopping Downtown na Barra da Tijuca por mais de um ano. Nessa época ele ainda não era prefeito do Rio. Logo em seguida me formei e voltei para Friburgo. Montei um escritório em Mury, onde fiquei por um ano. Logo depois conheci minha esposa, Flavia e voltei a morar no Rio. Montei um escritório em parceria com

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no

Dia

s

Duda nos apresentou cada detalhe de sua Casa de Fim de Semana, um dos destaques do Casa Cor 2013

“Como tantos jovenscostumam sonhar,

pensei em ser músicona adolescência (Risos!)”

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8 ENTREVISTA DUDA PORTO

“Friburgo é ondeeu recarrego as baterias.Lá é casa. Amigos sãoamigos, são família”

mais dois arquitetos, em Santa Tereza. Fazíamos muitos projetos para a Prefeitura, para praças e revitalização de ruas. Em 2001, montei um escritório no Leblon, dessa vez sozinho. Um pouco antes do meu filho mais velho nascer, o Caio em 2006, resolvi me mudar para a Barra, já que a demanda de trabalho na região estava aumentando e eu poderia ter uma melhor qualidade de vida estando mais perto do trabalho. Mudamos então o escritório para o Casa Shopping e ficamos mais próximos do trabalho. Em 2008 minha filha Lara nasceu.

Fribook – Seus dois escritórios desempenham trabalhos distintos dentro da mesma área, arquitetura. Como funcionam as duas empresas?

Duda – Meu escritório se chamava Dois D, devido a meu apelido, Duda... meu nome não é Eduardo, é Marcelo mas ninguém sabe disso (risos!). Sou chamado assim desde que nasci. Há três anos, nós passamos o nome para Duda Porto Arquitetura, pois vimos que no meio em que nos relacionamos somos mais conhecidos pelo nome do que pelo nome do escritório. Continuamos com a Dois D onde tenho um sócio, com um escritório ma i s vo l t ado pa ra inves t imento imobiliário que contrata a Duda Porto Arquitetura para desenvolver os projetos e nós potencializamos algumas áreas, criamos opções para clientes qualificados, para fundo imobiliário, enfim... pra investidores. Na Duda Porto Arquitetura somos uma equipe com dezessete profissionais. A maioria é de arquitetos, m a s t e m o s e s t a g i á r i o s , s e t o r administrativo e o escritório trabalha com todas as áreas da arquitetura: residencial, comercial, institucional, corporativo. Temos trabalho no Brasil inteiro e até fora do país... estamos com projetos na Bahia, Região Serrana, no Estado do Rio inteiro. Temos um projeto em Petrolina que é um caso interessante: o cliente nos visitou aqui no Casa Cor e quer fazer exatamente essa casa lá, com mais três quartos. O que é legal desse projeto é que ele é pensado ecologicamente. Tem um sistema solar com vinte e oito placas fotovoltaicas que geram energia e fornecem 100% de autonomia para a casa. O interessante é que você não armazena energia. A energia produzida excedente é devolvida à rede. Este é um sistema novo no Brasil e há cinco meses foi regulamentada uma lei que faz com que essa energia devolvida

gere créditos. Durante o dia, por exemplo, você gera mais do que consome. Essa energia é devolvida à rede, e a companhia compensa o consumo com seu próprio crédito. Se no final do mês você gerou mais energia do que consumiu, você terá créditos que podem inclusive passar de uma residência para outra, desde que s e j a m a t e n d i d a s p e l a m e s m a conce s s i oná r i a , mesmo que em municípios diferentes. Isto já está valendo para todas as concessionárias. Muitos países já usam esse sistema. A Alemanha já utiliza há muito tempo esse sistema com aproximadamente 90% das casas com esse sistema. E a melhor condição solar deles é considerada nossa pior condição aqui. Então imagine que nosso pior sol é o melhor deles. Daí dá para se ter a noção da potência que o Brasil tem para captação de energia solar.

Ainda é um investimento alto mas que na verdade é como se você estivesse antecipando uma compra de energia que ainda vai usar e se por acaso o valor da energia sofrer alterações bruscas, você já está garantido. A energia é sua. Ainda é um sistema caro. É um investimento que leva em média de 8 a 12 anos para se ter o retorno. E sem qualquer manutenção, apenas limpeza.

Fribook – Além da questão da captação de energia solar, essa casa tem d ive r sos out r os aspec tos ecologicamente corretos, certo?

Duda – O que é bacana é que conseguimos concentrar dentro de um único projeto tudo o que consideramos interessante, não só arquitetonicamente f a l ando, mas como conce i to de su s t en t ab i l i d ade . Chamamos de bioarquitetura. O termo sustentável é muito forte e ainda não conseguimos 100% de sustentabilidade. Quanto à energia solar sim, mas por exemplo, o nosso deck imitando madeira é todo de plástico reciclado, sem manutenção. O t e t o é t o d o d e m a d e i r a d e reflorestamento. A água da chuva é toda

captada e reaproveitada para o jardim e limpeza. Todo o conceito ainda é mais caro, mas em contra partida não gera manutenção. E levamos esse conceito para tudo dentro do escritório. Pensamos numa arquitetura mais minimalista, mais l impa, menos informação e mais funcionalidade. Outra ideia interessante é que atendemos clientes de todas as partes do país e estudamos os recursos da região para que todo o investimento seja produzido com material local, evitando transporte e outros custos. Procuramos levar esses conceitos para todos os projetos do escritório e a maioria dos clientes querem mesmo utilizar esse tipo de a rqu i t e tu ra ma i s consc i en te , sustentável, ecológica.

Fribook – Você continua com trabalhos em nossa cidade?

Duda – Em Friburgo fizemos dois prédios residenciais que foram lançados há uns três anos. E é interessante que a maioria dos clientes se dispõe a pagar um pouco mais pelo conceito.

Fribook – A Dois D desenvolve p r o j e t o s c o r p o r a t i v o s , p a r a construtoras. Fale um pouco sobre esse trabalho.

Duda – Nos dois últimos anos temos feito um trabalho muito intenso no escritório de consultoria, em gestão de processos, de organização... hoje um dos grandes problemas que enfrentamos é entregar um projeto e passar a informação para o cliente das fases que ele vai ter que percorrer. Temos uma sintonia boa com o tempo. Tem gente que brinca me perguntando como consegu imos construir essa casa em apenas três meses enquanto os projetos deles costumam durar 6 meses, 1 ano. Costumo brincar dizendo que nesse caso não tínhamos cliente (risos!). Não desmerecendo-os absolutamente, mas é que nesse processo aqui, nós do escritório tomávamos todas as decisões e quando existe um cliente, temos que atender seus desejos, seus sonhos, os sonhos da família... o maior desafio hoje é chegar com uma solução que agrade a todos da família, pois cada um tem um gosto diferente, então temos que saber pesar e levar uma decisão que talvez não seja a melhor para um ou outro, mas que seja o ponto de equilíbrio. Atingir esse equilíbrio pra gente hoje é o maior desafio. E é claro, sem abrir mão da

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qualidade. Esse planejamento nos deu uma segurança muito grande, até mesmo para encarar um evento como esse aqui, desse porte... um projeto desse, que tinha que estar pronto em trinta dias, sabendo que conseguiríamos entregar. Aprendi que não podemos entrar em um projeto sem planejamento, o que fez com que nos estruturássemos bem para darmos o passo certo, com esse comprometimento. É impressionante essa relação de tempo x trabalho no Brasil. Aqui você planeja um mês e fica construindo um ano. Lá fora você fica um ano projetando para construir em um mês. Infelizmente não existe essa mão de obra aqui no Brasil.

Fribook – Seus filhos já demonstram o interesse por arquitetura que você herdou de seu pai?

Duda – O Caio já tem idade pra demonstrar. Desde cedo ele já reconhece uma planta... “Isso é uma escada, isso é um vaso, etc.”. A Lara gosta de cantar... (Risos!). E falando em família, tem uma coisa importante que não posso deixar de falar. Uma pessoa que tenho que agradecer muito é minha esposa. Desde o primeiro dia que nos conhecemos,

sempre esteve junto, sempre muito parceira em todos os momentos. Até nessa parte da arquitetura, sempre muito presente. Digo que ela é mais arquiteta que muito arquiteto e me ajuda em todos os sentidos. É certo que se não tivesse ela do meu lado eu não conseguiria ter espaço para caminhar do jeito que estamos caminhando.

Fribook – Com tanto trabalho e atribulações, tem tido tempo para ir a Nova Friburgo?

Duda – Friburgo é onde eu recarrego as baterias. Lá é casa. Amigos são amigos, são família. Temos planos até de, no futuro, conseguir passar mais tempo lá. Conciliar o trabalho com visitas mais frequentes à cidade. Pra mim, família e amigos são coisas muito importantes. É impressionante como até mesmo meus filhos, que não têm essa ligação tão forte quanto a minha com Nova Friburgo, pois não estão sendo criados lá, têm uma ligação muito forte com os filhos dos meus amigos, que moram lá, apesar de não conviverem, enfim, não terem estudado junto.

A Casa de Fim de Semana possui detalhes em seuprojeto que ajudam a proteger o meio ambientee a tornar a vida mais saudável!

Bruno Dias

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10 MODA VERÃO

Fotos: Winny LessaStyling: Duda Emmerick

Modelo: Luiza Emerick

Todos os Looks: Informal Inn

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MODA VERÃO 11

Moda VerãoEspecial

Apostas quentes pra você ferver na época mais festejada do ano!

A próxima estação já bate à porta, e mais do que cuidados extras que vão da pele ao cabelo, que tal caprichar no visual? Para os looks, muitas cores, tecidos leves e recortes estratégicos que deixam o corpo em evidência. O comprimento das peças sobe junto com a temperatura, e os croppeds se consagram como “tem-que-ter” da temporada.

As cores vibrantes aparecem tanto na peça por inteiro, quanto nos detalhes e acessórios. E lógico que o tom básico eleito não pode faltar: o branco! No look total ou com estampas multicoloridas, o frescor está garantido a bordo de peças claras.

Os tons metalizados também são uma alternativa para quem não tem medo da ousadia. O que não vale mesmo é deixar de investir em uma dessas apostas, que tem de tudo para fazer o seu verão bem mais alegre e divertido, a começar pelo que se veste.

por Duda Emmerick

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12 RESPONSABILIDADE SOCIAL

Tel.: (22) 2522-8640Rua Monte Líbano, 10 | Centro | Nova Friburgo

Doces, Salgados, Tortas Artesanais

Doces Diet & Salgados Integrais

Encomendas para Festas e Eventos

O fim do ano chegou e a equipe da TV Zoom já está a todo vapor na preparação de mais um Toda Manhã especial. Mantendo a tradição das festas solidárias em épocas especiais, no dia 20 deste mês, a partir das 10h30, vai ao ar uma edição ao vivo do programa, direto de uma creche da cidade.Durante os 11 anos de Toda Manhã, já foram várias as instituições que receberam a equipe e ajuda com materiais diversos. Especiais de Natal foram gravados no LAJE – Lar Abrigo Amor a Jesus, Vale de Luz – onde as crianças receberam uniformes completos, Aldeia da Criança Alegre – ocasião em que foram entregues brinquedos, roupas e sapatos novos. Já no dia das crianças, a equipe realizou um programa especial no auditório da TV Zoom, quando foram doados brinquedos a mais de 50 crianças. E logo após as chuvas de 2011, um abrigo com cerca de 20 famílias recebeu uma festa para animar as crianças, além de alimentos não perecíveis.

As doações sempre foram fruto de uma parceria entre a TV Zoom, empresários da cidade e entidades como o Rotary Clube, Lyons e Casa da Amizade.

RESPONSABILIDADESocialEssa ideia vale a pena! por Luciana Ferraz

Iniciativa privada: empresas friburguensesjuntam forças e fazem o natal de crianças que

são amparadas por diversas entidades de Nova Friburgo

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Page 13: Presto revista fribook número 9

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NOVIDADE!!! Dia 28/12 - Inauguração da nova casa em Cabo Frio 

Bairro Novo Portinho - A 500 m do novo Shopping Park Lagos

No Mês de DezembroNo Mês de Dezembro

Page 14: Presto revista fribook número 9

ARTE SURPRESA

Imagine receber em casa, com toda a comodidade do mundo, um delivery de diversão e interação entre pais e filhos? Essa é a proposta do Arte e Surpresa, um projeto que nasceu do sonho de Monica Radspieler e de sua filha, Juliana Radspieler. Funciona assim: a criança recebe em casa, mensalmente, uma "Caixa Surpresa" contendo todo o material necessário, instruções e ideias para que possa montar seus próprios brinquedos. A ideia é dar às crianças o prazer do “eu que fiz”, bem diferente de ter algo pronto.

“Mais do que o brinquedo em si, a ideia é que as crianças e suas famílias possam ter um momento de interação e diversão, criando e inventando juntos, compartilhando descobertas, sorrisos e afetos!", diz Juliana. Cada "Caixa Surpresa" aborda um tema diferente como vento, insetos, piratas, universo, entre outros. As sugestões de criação dos brinquedos seguem os temas. Cada atividade da caixa vem acompanhada de um livrinho com as instruções, maneiras de explorá-la e curiosidades relativas àquele contexto, despertando de forma divertida e natural a curiosidade das crianças. O negócio, que já é sucesso nos Estados Unidos e Europa, chegou ao Brasil recentemente e já conta com assinantes em mais de 10 estados do país.

Para assinar um dos diferentes planos da Arte Surpresa, basta acessar o site através do link www.artesurpresa.com.br.

14 NOSSA COLUNINHA

NossaC io nlu an h

por Bárbara Lima

Arte Surpresa: todo mês um tema diferente criando momentos de interação e diversão entre pais e filhos

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Page 15: Presto revista fribook número 9

Thays Fortuna tem a sensibilidade necessária paracaptar momentos mágicos do universo infantil

THAYS FORTUNA

A fotógrafa Thays Fortuna faz um trabalho apaixonante com os pequenos. Ganhou de um tio, ainda com 8 anos de idade, a primeira máquina fotográfica. Mas foi na faculdade de Publicidade e Propaganda que descobriu que poderia unir a paixão pelas fotos com a profissão. Fez um curso de introdução à fotografia e conheceu Adriano José, profissional já reconhecido na área, que identificou o talento da jovem e a incentivou a investir na carreira. Thays conta que mesmo cobrindo diferentes tipos de eventos, foi na fotografia infantil que se encontrou. Talvez por ser mãe de gêmeos e ter em casa uma verdadeira "escola" de como fotografar os melhores momentos das crianças. Para as mamães de plantão, vale a pena conhecer o trabalho desta artista, suas fotos são delicadas e buscam sempre retratar a leveza e espontaneidade do universo infantil.

Como encontrar:[email protected].: (22) 99832-6963

Thays Fortuna

Page 16: Presto revista fribook número 9

CarlosMafort

ExposiçãoSmile Flash

m sua 6ª exposição, o fotógrafo Carlos Mafort mostra uma Eseleção de fotos realizadas em 2 anos fotografando eventos e grandes festivais. Apaixonado por música desde a infância,

por suas lentes passaram vários artistas do cenário musical nacional e internacional, como Zé Ramalho, Nando Reis, Maria Rita, Titãs, Toquinho, Leoni, Alceu Valença, Steve Vai e muitos outros. Na exposição todos estão representados em fotografias únicas e marcantes. "Fico feliz por ser tão apaixonado por música e hoje trabalhar registrando imagens de músicos que tanto admiro desde a adolescência. Essa exposição é minha homenagem a todos os músicos" revela Mafort. Alguns artistas locais também estão na exposição, como Rockfour, Expresso Santiago, Rock and Roll Gang e Júlia Vargas. Misturando várias técnicas da fotografia, o fotógrafo abusa da paciência, ao esperar o momento de maior emoção do artista ao envolver-se com sua música, trazendo assim uma linguagem fotográfica de expressões, luzes, movimentos e cores. Vale conferir!

Luz Câmera e Som!

Pelas lentes do fotógrafo passaram artistas comoToquinho, Toni Bellotto (Titãs),Zé Ramalho e Marcelo Braune(Rockfour), entre muitos outros

Para conhecer mais o trabalhodo fotógrafo acesse o sitewww.smileflash.net

A exposição “Luz, Câmera e Som”acontece no Restaurante O BodeExpiatório até o dia 15 de janeirode segunda a sexta das 12h às 16he das 17h às 21h e nos sábadosdas 12h às 16h.

16 CARLOS MAFORT

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Dotado de ambientes aconchegantes e acolhedores em uma bela arquiteturatombada pelo patrimônio histórico da cidade, o Colonial Gourmet possui um cardápio variado que vai desde saborosas picanhas e batatas rostie a petiscos como o tradicional bolinho de bacalhau, além de fácil acesso, amplo estacionamento e atendimento personalizado.

Page 18: Presto revista fribook número 9

PAULOCESARDE ARAÚJO

Bru

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Dia

s

O autor de “Roberto Carlos em Detalhes”, livro que iniciou toda apolêmica das biografias bateu um papo franco com a Fribook e reveloutudo sobre sua batalha com o Rei.

Page 19: Presto revista fribook número 9

“Essa turma do‘Procure Saber’eu já entrevistei

toda. Eu já estavaprocurando saber

muito antesdeles (Risos!)”

Ele é baiano, de Vitória da Conquista, e está há muito tempo no Rio. Antes disso, morou em

São Paulo e desde criança é um grande fã de Roberto Carlos. Autor do livro “Roberto Carlos em Detalhes”, obra retirada do mercado logo após seu lançamento e que trouxe à tona a polêmica das biografias não autorizadas, recentemente julgada pelo STF, Paulo Cesar ainda se considera admirador da obra da Rei, mesmo após tanto desgaste entre audiências e pedidos de indenização.

A ministra Cármen Lúcia encerrou a audiência pública, realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 21 de novembro enfatizando a importância da p a r t i c i p a ç ã o d e c a d a u m , i n d e p e n d e n t e m e n t e d a o p i n i ã o apresentada. “Estamos lutando pela liberdade e a liberdade é sempre plural”, afirmou, informando que todas as manifestações apresentadas durante a audiência serão levadas em consideração para instruir o julgamento da ação sobre biografias não autorizadas. Esse é, certamente, um sinal de que estamos caminhando para a liberação de biografias não autorizadas, desde que haja , naturalmente, respeito e compromisso com a verdade dos fatos, o que, segundo Paulo Cesar deve ser o princípio básico e indispensável a todo historiador.

FRIBOOK – Antes de entrarmos na polêmicas das biografias vamos falar do início de carreira. Como começou sua carreira como escritor?

PAULO CESAR – Sou professor de História e na época do vestibular fiquei em dúv ida s e f a r i a H i s tó r i a ou Comunicação. Acabei prestando os dois vestibulares e passando nos dois cursos. Tinha que decidir, na época, qual dos dois cursos eu me identificava mais. Acabei iniciando as duas no mesmo semestre: Comunicação na PUC e História na UFF. Mas como eu tinha bolsa na PUC priorizei Comunicação e depois terminei História. Então na verdade fiz as duas faculdades, mas nunca trabalhei em redação. Sempre dei aula. Assim que me formei em História, comecei a dar aula. Já na época da faculdade de Comunicação eu comecei a pesquisar a Música Popular Brasileira, porque lá eu identifiquei uma lacuna, ou seja, em 1988 ou 1989, notei que não havia nenhum livro que explicasse, por exemplo, o fenômeno Roberto Carlos, naquela altura já com trinta e cinco anos

de sucesso. Já havia vários livros sobre Elvis Presley, Bob Dylan, alguns fenômenos correspondentes. Mesmo aqui no Brasil, já tínhamos livros sobre Pixinguinha, Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso e não havia nenhum livro sobre Roberto Carlos e sobre a música brega, totalmente excluída. Vi um grande vazio na historiografia. Uma “história mal contada”. Comecei então em 1990, a pesquisar a MPB de uma maneira geral para entender essa exclusão. No caminho dessa pesquisa foram surgindo as ideias. Decidi então escrever um livro sobre a música brega que foi minha tese de mestrado. E depois, a ideia do livro sobre Roberto Carlos foi nascendo nesse caminhar. No início, não estava na minha cabeça escrever uma biografia do Roberto. A pesquisa vai te apontando o caminho.

Na verdade foi uma pesquisa de quinze anos sobre a música brasileira que já resultou em dois livros: o primeiro “Eu não sou cachorro não” em 2002 e o “Roberto Carlos em Detalhes”, em 2006. E outros livros que ainda vou escrever, porque a pesquisa é muito grande, tenho muito. Usei apenas parte do que tenho. São mais de duzentas entrevistas, com artistas que vão desde Waldick Soriano a João Gilberto... Tom Jobim, Milton Nascimento, Djavan, Caetano Veloso, Gilberto Gil. O único que eu não consegui uma entrevista exclusiva foi o Roberto Carlos. Já tive encontros informais com ele, mas não uma entrevista exclusiva. O Lula (N.E: amigo, professor no curso Comunicação da PUC e jornalista na Veja Rio) foi entrevistá-lo na casa dele e me levou, mas uma entrevista, nunca aconteceu. Essa turma do “Procure Saber” eu já entrevistei toda (N.E.: Grupo de autores, artistas, e pessoas ligadas a música dedicado a estudar e informar os interessados e a população em geral sobre regras, leis e

funcionamento da indústria da música no Brasil). Eu já estava procurando saber muito antes deles (risos!). Escrevo nos intervalos... no meio dessa correria de aula aqui, aula ali. Não foi possível me dedicar integralmente à carreira de escritor. A grande questão é que temos que pagar as contas no fim do mês e com um livro proibido, isso se torna ainda mais difícil. Se para os caras que têm seu livro publicado e comercializado normalmente não dá, imagine com os proibidos.

FRIBOOK – Como foi o trajeto percorrido para realização dessa pesquisa?

PAULO CESAR – Quando comecei, meu primeiro contato com o Roberto foi pela assessoria dele, quando falei para ele que era estudante de Comunicação da PUC e que estava fazendo uma pesquisa sobre MPB e gostaria de entrevistá-lo. Depois disso eu iniciei meu mestrado e já estava pesquisando para o livro “Eu não sou cachorro não” e tentei um contato novamente dizendo que era estudante de mestrado e que iria escrever um livro sobre a música brega e mais uma vez não consegui. Dos quinze anos de pesquisa para o “Roberto Carlos em Detalhes”, fiquei treze como independente. Apenas em 2003, a Editora Planeta, sabendo que eu estava pesquisando sobre o Roberto, me chamou dizendo que gostaria de publicar o livro. Nessa nova tentativa de contato já foi: “Roberto, sou Paulo César, vou publicar um livro pela Editora Planeta sobre você...” e mais uma vez sem sucesso. Mas é importante salientar que ele nunca disse que não. Ele não diz não, ele só não diz sim. Se alguém, por exemplo, pedir para gravar uma música dele, ele não nega, mas também não diz sim. A assessoria fica sempre naquela de “o Roberto ainda não avaliou...” e o cara acaba lançando o disco sem a música pois a resposta não vem. No meu caso não foi diferente. Nunca disseram: “Paulo, o Roberto não quer que você escreva sobre ele”. A resposta era sempre: “o Roberto está viajando, o Roberto esta gravando...”. Nunca perguntaram nada sobre o livro. Apenas pediam para que eu ligasse no mês seguinte e era sempre a mesma coisa: “ele agora está saindo em turnê, agora só lá para março...”. Em março era: “ele está em estúdio, concentrado no novo disco, procure-o em junho...”. E assim se passaram quinze anos... nunca me perguntaram nada. Talvez eles estivessem achando que eu pretendia uma entrevista

PAULO CESAR DE ARAÚJO 19

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20 PAULO CESAR DE ARAÚJO

“As tais coisasnão verdadeiras

apontadas por ele na coletiva de imprensanão foram citadas noprocesso. Não negou

sequer um fatonarrado no livro”

com o Roberto para que ele ditasse o livro e eu escrevesse. Então, se eu não falasse com ele, não haveria livro nenhum. Eles não tinham noção do volume da pesquisa. Penso que eles devem ter f icado surpreendidos quando viram o tamanho do livro, a quantidade de informações.

O primeiro retorno que tive foi depois do lançamento do livro, que foi lançado dia 2 de novembro de 2006. No dia 11 de dezembro, ele deu uma coletiva lançando um disco dele e um repórter fez uma pergunta, dizendo que havia sido publicado recentemente um livro sobre ele, se ele tinha lido e qual era a sua opinião. Ele respondeu que não tinha lido, mas que era uma obra que ele não havia autorizado e que estava muito triste, pois a história dele é patrimônio dele e que o au tor t e r i a se apropr i ado desse patrimônio, usando em seu próprio benefício. Ou seja, me chamou de ladrão logo de cara! Disse ainda que isso o ofendia e a pessoas queridas, pois estava cheio de coisas não verdadeiras. O repórter então perguntou que inverdades eram essas e ele retrucou dizendo que eram muitas, mas não queria falar sobre isso e que já estava nas mãos dos seus advogados. Como era fim de ano, Natal, muita gente achou que ele t inha desabafado no calor do momento e que talvez reconsiderasse. Nelson Motta até escreveu uma crônica na época, dizendo “Roberto, eu acabei de ler o livro, é emocionante, uma honra, um presente pra qualquer artista...”. Mas logo no início de janeiro ele entrou com dois processos: um na vara cível e outro na criminal. Na cível, pedindo quinhentos mil (reais) por cada dia que o livro continuasse à venda e a proibição e apreensão do livro. E na criminal, a minha prisão por período superior a dois anos e também a proibição e apreensão do livro. Tudo o que fosse possível, ele pediu: prisão, apreensão, proibição e indenização.

FRIBOOK – Você imagina quais poderiam ser essas inverdades a que ele se referiu?

PAULO CESAR – Fiquei esperando o processo para entender, pois eu não saberia dizer. Estava esperando que ele apontasse, até para reconhecer caso eu tivesse errado e ele estivesse com razão. Mas minha tranquilidade ao ver o processo foi que em nenhum momento ele desmentiu ou negou nenhum fato narrado por mim no livro. Apenas disse

que não queria que falasse do acidente, do caso com Maísa ou do caso com a Sonia Braga. Pegaram então alguns trechos do livro que justificassem para ele a tal “invasão de privacidade”. As tais coisas não verdadeiras apontadas por ele na coletiva de imprensa não foram citadas no processo. Não negou sequer um fato narrado no l ivro. Não desmentiu absolutamente nada. O processo então ficou como um livro não autorizado, que invade a privacidade do artista, se baseando nos artigos 20 e 21 do Código Civil.

FRIBOOK – O que você acha que pode ter causado essa atitude do Roberto?

PAULO CESAR – Acredito que uma das razões para que ele ficasse furioso comigo foi porque o livro chegou com força no mercado.

Chegou a ser capa de todos os segundos cadernos e logo estava na lista dos mais vendidos. Isso acendeu o sinal vermelho dele... aguçou sua visão comercial. Ele acredita que a vida dele é um patrimônio, como um carro ou um imóvel, por isso o pedido de prisão. “Esse cara tá se apropriando de algo que não é dele...”.

FRIBOOK Soubemos que você, nessa época, teve que abrir mão de uma matrícula como professor.

PAULO CESAR – Na época eu dava aula no estado e no município de manhã, à tarde e à noite. Pensei então que não conseguiria terminar o livro nunca. Eu já estava há quinze anos trabalhando. A editora queria publicá-lo. Pedi uma licença não remunerada ao município e não consegui. Então pedi exoneração. Fiquei trabalhando apenas à noite e deixei o dia para escrever o livro.

FRIBOOK – Certamente começou aí seu prejuízo financeiro.

PAULO CESAR – Sim, sem dúvida. Em valores atuais, seriam cerca de dois mil e quinhentos reais mensais.

FRIBOOK – Você acredita que esse caso possa mudar a forma de se escrever biografias?

PAULO CESAR – Do jeito que está, qualquer livro pode ser proibido. Na verdade, qualquer livro, qualquer música, jornal, revista... porque o artigo 20 do Código Civil diz que salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requer imento e sem pre ju ízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. A transmissão da palavra, a publicação de escritos, não necessariamente livros. Isso tem sido usado basicamente contra biografias que são vendidas, afinal vivemos no sistema capitalista. Vários livros foram proibidos... do Guimarães Rosa, do Noel Rosa. Todos baseados nesse artigo 20. Acho que com a mudança da lei, que pretende tirar a aplicação desse artigo às biografias de pessoas públicas, pessoas famosas, os biógrafos terão mais tranquilidade e liberdade para escrever. Por outro lado, esse debate deu um peso de responsabilidade a todos. Acredito que as editoras serão mais criteriosas e responsáveis. Muitos foram acusados de serem fofoqueiros. As biografias foram confundidas com fofoca. Acho que vai ser bom para todo mundo. Não vai ser qualquer um aventureiro que vai chegar com um livro, como oportunista... o que vai favorecer os trabalhos sérios e de qualidade.

FRIBOOK – O que você acha que vai acontecer em relação à lei?

PAULO CESAR – Acho que o STF vai considerar inconstitucional. O Joaquim Barbosa e outros já disseram. E acho que não tem mais onde essa lei se sustentar já que é aberrante. Dizem até que essa lei não foi promulgada com essa intenção, foi um descuido do legislador em 2002 e acabou passando. Então acredito que fatalmente esse artigo 20 não se sustenta

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“Mas independentede tudo isso, continuo

um grande fã. De vez emquando coloco o álbum

‘O Inimitável’ e quanto maisescuto vejo como essedisco estava à frente

do seu tempo”

mais. Ele vai continuar lá para outras coisas. Quando dizem que a imagem do artista não deve ser explorada com fins comerciais é para proteger o artista, para que não se vendam camisetas ou qualquer outro produto com sua foto, por exemplo. Mas livro, não. Tem a finalidade cultural, embora seja vendido.

FRIBOOK – Você chegou a ter uma audiência com Roberto Carlos. Como foi esse episódio?

PAULO CESAR – Tentamos fazer um acordo de conciliação, o que não aconteceu. Para minha surpresa e, segundo a editora, dela também, nessa suposta audiência de conciliação o juiz ameaçou fechar a Editora Planeta, disse que era muito grave se publicar uma biografia não autorizada no Brasil. Disse inclusive que já estava com uma ordem para a s s ina r que de te r minava o fechamento da editora, caso eu não comparecesse à audiência. A editora com medo de ter que pagar a multa fixada então para cinquenta mil reais por dia resolveu devolver toda a publicação, inclusive os onze mil exemplares em estoque, exigidos pelo Roberto naquela ocasião. A editora Planeta aceitou fazer o acordo com o Roberto e se dispôs a retirar todo o estoque dos livros que já estavam em circulação com a condição de que o artista retirasse a acusação. Esse foi o acordo. Na prática, eu acabei ficando literalmente sem defesa. Os advogados que, em tese, estariam lá para me defender, com o acordo firmado, passou a defender os interesses da editora. Ou seja, as duas pré-condições pra qualquer pessoa que vai a uma audiência me foram negadas. Não tive o direito à defesa, passei a não ter advogados defendendo meus interesses e me foi negada também a imparcialidade do juiz. Não foi uma audiência de conciliação. Acordo foi o que propus, dizendo que se o problema era dinheiro, que ele poderia ficar com os direitos autorais do livro, mas ele quis proibir tudo. Todas as páginas, capítulos. Além de não termos podido contar com a imparcialidade do juiz, que era um grande fã do Roberto (risos!). No final da audiência, ele entregou um cd e disse que era compositor, um grande fã do trabalho do artista. Promotoria pedindo pra tirar foto com Roberto Carlos. Aí pudemos entender os reais motivos daquela audiência de conci l iação, que de conciliação não teve absolutamente nada.

FRIBOOK – E o prejuízo causado por t o d o e s s e e v e n t o . P o d e s e r recuperado?

PAULO CESAR – Vamos agora para um embate. Primeiro porque o livro não saiu de circulação por uma sentença judicial. Foi um acordo entre as partes. A editora Planeta aceitou o acordo. Vamos supor que amanhã mude a lei. Nenhuma outra editora fez acordo com o Roberto. Então qualquer editora, tendo liberdade na constituição e não tendo feito qualquer acordo com ele, em tese, pode publicar o livro. Além disso, houve uma falha técnica: esse acordo não foi homologado na justiça e acho que ninguém sabe o porquê. E quando um acordo não é homologado a jurisprudência entende que ele não tem validade. E eu questionei o acordo antes que fosse homologado, ou seja, essa é minha brecha. Vou começar tudo de novo com outra editora. Caso ele reaja, ele vai ficar como aqueles donos de escravos no dia seguinte da abolição da escravatura... com um papel de posse sem validade legal.

FRIBOOK – Você vê possibilidade de ainda ter esse livro publicado?

PAULO CESAR – Claro. Uma edição atualizada e ampliada, com novas informações, já que a história evoluiu. Novas músicas foram lançadas. “Esse cara sou eu”, por exemplo, não está lá. Será uma edição atualizada, inclusive falando sobre toda essa situação polêmica que estamos vivendo, que faz parte da história dele.

FRIBOOK – Você está preparando um novo livro. Como será?

PAULO CESAR – Esse livro é um projeto para 2014 e fala desses quinze anos de pesquisa. Vou contar os

bastidores.. . meus encontros com Caetano Veloso, com Chico Buarque, meus desencontros com o Roberto. Vai contar os caminhos de um biógrafo. Um livro específico sobre isso. E dessa vez estarei contado a minha história, dessa vez não tem conversa. Acho que pelo menos a minha história eu posso contar né? (risos!).

FRIBOOK – Você acredita que mesmo que a lei não seja aprovada, o Roberto autorize a publicação do livro?

PAULO CESAR – Acho difícil. Ele mudou a forma para dizer a mesma coisa. Em sua entrevista à Rede Globo, ele não dizia mais ser contra a biografia não autorizada. Disse “sou a favor, mas com ajustes”. “Temos que discutir” disse ele. Ou seja, ele quer inventar algo que ainda não existe: uma biografia não autorizada, autorizada. Parece apenas que ele mudou a forma de expressar sua opinião para parecer menos radical, mas na verdade a opinião dele continua a mesma. Ele apenas recuou quando viu o que tinha feito. A única coisa que ele se mostrou mais positivo foi em relação ao meu livro. Quando foi perguntado se permitiria o livro que foi lançado, vocês lembram... foram 5 segundos pensando na pergunta. Uma eternidade na televisão (risos!). Ele respondeu “temos que discutir”. Mas discussão até agora, nada também...

FRIBOOK – Como você vê a posição do grupo Procure Saber sobre o fato ocorrido?

PAULO CESAR – Acho que eles não perceberam que o direito à preservação de suas privacidades que eles estavam cobrando para eles, vai valer para toda a historiografia do país. Do torturador, do ditador, do ex-presidente. Coisas que eles tanto lutaram contra, durante toda a ditadura. Não precisamos de liberdade para dizer o que o cara quer que seja dito e sim, para o que ele não quer, liberdade para criticá-lo. Essa é a liberdade. De crítica e de opinião. Acho que o limite tem que ser a calúnia. Não se pode inventar. Mas do jeito que estão pedindo a coisa fica muito subjetiva. Ele chamou Caetano, Gil e outros para participarem com ele do processo, mas em determinado momento viu que o que tinha feito era incompatível e resolveu então retornar à estratégia anterior para tentar ganhar uma batalha que já estava praticamente perdida. O

PAULO CESAR DE ARAUJO 21

Page 22: Presto revista fribook número 9

“Roberto Carlos Em Detalhes” chegou avender cerca de onze mil exemplares

antes de ser recolhido do mercado

Procure Saber surgiu por uma causa justa dos compositores que viam que o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) era uma caixa preta e não passava as informações sobre seus direitos. Então a ideia era essa: procure saber os seus direitos. Claro... bacana! Agora, pegar essa ideia para proibir livros, ficou aberrante demais. E entrando numa seara que não era a deles. Foi onde se perderam.

FRIBOOK – Apesar de todo esse impasse, você ainda continua fã, admirador do Roberto Carlos como artista?

PAULO CESAR – Isso é uma coisa que eu separo bem. Eu entendo o Roberto, nesse sentido. Ele é uma figura obsessiva compulsiva que quer controlar tudo. Isso está no livro. O Roberto nunca teve intimidade com livros. Não tem o hábito de ler. É um cidadão brasileiro típico que gosta de ver novelas, Big Brother... eu compreendendo essa personalidade, nada do que ele está fazendo me surpreende. Em nenhum momento pensei em fazer um livro para ele. Meu compromisso como historiador é com a história. Eu

identifiquei uma lacuna na historiografia. Cheguei a ouvir que eu tinha escrito um livro de fã e se eu tivesse feito assim, a capa seria azul, outra fonte (risos!). Seria outro livro. Este é um livro feito por um fã do Roberto, mas não é um livro de fã. Fico mais chateado com Caetano, Gil e Chico do que com ele. Porque esses caras sabem o que é um livro. Sabem da importância da leitura. Mais do que leitores, são autores de livros. Chico Buarque é filho de um historiador, nasceu no meio da elite intelectual. Mas independente de tudo isso, continuo um grande fã. De vez em quando coloco o álbum “O Inimitável” e quanto mais escuto vejo como esse disco estava à frente do seu tempo. Nessa grande fase de 1970 tem “Jesus Cristo”, por exemplo. Que arranjo... aquele piano de Dom Salvador... incrível!!! Da mesma forma que há disco que não gosto, como qualquer artista. Mas os grandes discos dele eu escuto com prazer, pois são incomparáveis. Bem gravados, com ótima sonoridade, arranjos maravilhosos e canções muito boas. Roberto Carlos estava à frente de seu tempo. Nesse sent ido não inter fer iu em nada . Absolutamente. E ele como meu objeto de estudo, ainda tenho muito o que falar e

não posso brigar como meu objeto de estudo. O mais difícil já foi feito, que são os anos de pesquisa. Agora é continuar o trabalho. Ele não conseguiu me deixar magoado o suficiente para parar o trabalho. E como dizia Raul Seixas: “Não diga que a vitória está perdida, se é de batalhas que se vive a vida... tente outra vez!” (risos!).

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Page 24: Presto revista fribook número 9

Há situações que pedem um prato bem elaborado, sofisticado até, para que sejam comemoradas à

altura. E em Jantares do Que Marravilha!, novo livro do chef Claude Troisgros, o anfitrião vai para a cozinha, mostra toda a sua habilidade com as panelas e, no final da noite, recebe largos elogios. São 14 menus, cada um deles com entrada, prato principal e sobremesa, divididos para sete ocasiões diferentes. Desde a que todo mundo pode botar a mão na massa e fazer da reunião um encontro bem divertido, até aquela em que se pretende mostrar o romantismo em um encontro íntimo, a dois.

Caprichadíssimos e para todos os gostos, os pratos já foram preparados por Claude no programa Que marravilha!, no ar desde 2010 pelo GNT. No final de cada receita, o chef dá dicas valiosas para quem não tem tanta intimidade com os ingredientes. Escolheu o filé-mignon em crosta de ervas e cogumelos? Fique sabendo que um bom substituto do vinho do Porto, item importante na lista para formar o purê que recheia os cogumelos, é a cachaça – para quem prefere um gostinho mais brasileiro. Quer saber o ponto certo do cheesecake cremoso de goiaba? Atenção no tempo de cozimento: depois de uma hora e meia, a sobremesa, ainda que pareça crua, está pronta, embora o creme só vá ganhar consistência na geladeira.

Fã de vinhos e expert na bebida, C l a u d e d á s u a s i n d i c a ç õ e s d e harmonização. A paella, por exemplo, pode ser acompanhada tanto por Albariño como por Verdejo, enquanto o polpetone pede um Chianti ou vinhos da uva Sangiovese, produzidos na região da Toscana, na Itália.

Com a experiência de anos e anos à frente de uma cozinha, Claude ensina o leitor a se sair bem no preparo dos pratos e faz com que a arte de cozinhar pareça fácil. E encantadoramente gostosa.

C l a u d e Tr o i s g r o s e nv i o u especialmente para a Fribook receitas que farão sucesso nas suas festas de final de ano. Mãos à obra!

TERRINE DE POLVO COM BATATA CROCANTE (Porção: 8 pessoas)

Ingredientes:Para o Polvo1 polvo de 2,5 Kg1 cenoura cortada em cubos2 talos de aipo cortados em cubo2 colheres (sopa) de tomate concentrado1 cebola cortada em cubos1 cabeça de alho cortada ao meio1 bouquet garni (tomilho, louro e salsa)250 ml de vinho branco100 g de sal grosso

água para cobrir

Para o Molho300 ml do molho de cozimento do polvo100 ml de azeite extravirgempimenta-malagueta secasalsa picadasal

Para a Batata Crocante4 batatas500 ml de azeite extravirgem500 ml de óleo de soja

Na hora de servirminirrúculaazeite extravirgem

Modo de fazerPolvoCubra o polvo com sal grosso e deixe-o suar por 10 minutos. Lave bem depois. Refogue o alho, a cebola, a cenoura e o aipo n o a z e i t e . A c r e s c e n t e o t o m a t e concentrado e o bouquet garni. Junte o polvo. Ponha um pouco de água e vinho branco. Deixe cozinhar por 2 horas nesse caldo ou por 15 a 20 minutos na panela de pressão. Retire o polvo do caldo, deixe esfriar um pouco e corte em tentáculos longos.

TerrineDisponha os tentáculos do polvo em uma terrine e aperte bem. Coloque na geladeira por 12 horas com muito peso sobre o polvo. No dia seguinte, desenforme.

MolhoReduza o molho de cozimento do polvo à metade. Peneire. Coloque o azeite, a pimenta-malagueta, a salsa picada e o sal.

O Novo Livro de

ClaudeTroisgrosChef ensina em novo livro os melhores pratos para surpreender edá dicas para cozinhar e receber em casa com estilo

24 CLAUDE TROISGROS

Page 25: Presto revista fribook número 9

O novo livro de Claude Troisgros é um lançamentoda Editora Globo Estilo e pode ser encontrado nalivraria Arabesco por R$ 39,90

Batata CrocanteCorte as batatas na mandolina em tiras. Depois, deixe por 30 minutos em água com gelo. Seque. Coloque o azeite e o óleo para esquentar em uma panela e frite a batata até começar a corar. Frite a batata uma segunda vez para ficar dourada e crocante. Escorra em papel absorvente e tempere com sal.

Dicas: É muito difícil cortar a terrine sem que ela quebre. Para evitar isso, use uma faca elétrica. Para servir, disponha a batata no centro do prato. Corte a terrine em fatias e coloque-as sobre a batata. Pincele com azeite. Regue o prato com algumas g o t a s d e m o l h o. D e c o r e c o m a minirrúcula.

BERINJELA COM TAHINE(Porção: 4 pessoas)

IngredientesPara a Berinjela8 berinjelas pequenasazeite

Para o Tahine2 ½ colheres (sopa) de tahinesuco de ½ limão1 dente de alho picado4 colheres (sopa) de água filtradapimenta síriasal a gosto

Na hora de servirazeite extravirgempáprica docefolhas de salsa

Modo de FazerBerinjelaLave, seque e depois molhe as berinjelas no azeite. Coloque as berinjelas inteiras numa

grelha sobre a chama do fogão. Vire de vez em quando até tostar e murchar. Enrole em papel alumínio e reserve por 15 minutos. Retire do papel-alumínio e descasque as berinjelas, elimine os resíduos da casca escurecida e coloque no prato. Amasse as berinjelas com um garfo.

TahineMisture o tahine com o suco de limão. Acrescente o sal, o alho, a pimenta síria, a água filtrada e misture novamente.

ServirRegue as berinjelas com o tahine e depois com o azeite. Decore com um pouco de páprica doce e folhas de salsa.

Dica: Para obter o sabor defumado típico da receita é importante tostar bem as berinjelas.

TORTA SUFLÊ DE CHOCOLATE(Porção: 4 pessoas)

IngredientesPara a Massa250 g de farinha de trigo1 ovo30 g de amêndoas moídas150 g de manteiga amolecida75 g de açúcar de confeiteirouma pitada de sal

Para o Suflê5 gemas5 claras150 g de chocolate em pó100 g de açucar (50 g para as gemas e 50 g para as claras)140 g de manteigauma pitada de sal

Na hora de servir

açúcar de confeiteirosorvete de creme

Modo de FazerMassaPeneire a farinha e misture-a com o açúcar de confeiteiro e as amêndoas moídas. Faça um buraco no meio da farinha e coloque a manteiga. Misture com as mãos até formar uma farofa. Junte o ovo e o sal, e misture bem. Guarde na geladeira por 4 horas. Abra a massa e coloque-a em fôrmas de tartelete. Cubra com papel-manteiga e encha com feijão cru. Asse a 180 º C por 15 minutos. Retire o papel-manteiga e o feijão e deixe mais um pouco no forno, até a massa secar.

SuflêBata as gemas e 50 g de açúcar até clarear. Amoleça o chocolate, a manteiga e as gemas batidas com o açúcar em banho-maria. Bata 5 claras em neve com 50 g de açúcar e o sal. Misture as claras com o chocolate bem devagar. Encha as tarteletes e polvilhe com açúcar de confeiteiro. Asse no forno a 180º C por 10 minutos. Sirva imediatamente.

ServirPolvilhe com açúcar de confeiteiro. Sirva com sorvete de creme ao lado.

Dica: É fundamental misturar bem devagarinho as claras batidas com o chocolate para elas não murcharem.

CLAUDE TROISGROS 25

Page 26: Presto revista fribook número 9

SteveVai

Carlo

s Mafo

rt

The AbsolutelyFuckin’ Amazing

por Flavia Zambrotticom a colaboração de

Jean EmmerichFotos de

Carlos Mafort

Page 27: Presto revista fribook número 9

STEVE VAI 27

E x - i n t e g r a n t e d a b a n d a Whitesnake, Steve já tocou ao lado de uma infinidade de músicos

famosos: Ozzy Osbourne, Frank Zappa, David Lee Roth, entre outros. Fez parte de uma das formações do lendário grupo G3 acompanhado de Joe Satriani e Eric Johnson. Doutor em música pelo Musicians Institute, Califórnia EUA, Steve já recebeu três vezes o prêmio Grammy e teve nove indicações. “The Story of Light 2013 Tour” é s u b l i m e . A l é m d a p e r f o r m a n c e tecnicamente impecável e inquestionável de Steve, chama a atenção sua intimidade com o público. Talvez devido à sua experiência com artistas como David Lee Roth e Whitesnake, que nos anos 80 e 90 lotavam as plateias do mundo inteiro, no Rio, ele conduziu a energia da plateia do Circo Voador do início ao fim. Chamou os fãs ao palco e fez com que a noite parecesse uma grande reunião de amigos. Sua genialidade vai muito além de um instrumento. Com mais de três horas seguidas de show, parecendo flutuar pelo palco, Steve fez mágica com as mãos e

dominou as guitarras como se fossem uma extensão de seu corpo. A plateia parecia hipnotizada. Ninguém tirava os olhos do palco nem se quer para ir ao bar. Steve se diferencia por ter uma a s s i n a t u r a m u s i c a l e a r t í s t i c a inconfundível. Musicalmente insaciável, com dedicação total ao que faz, ele transita com elegância por vários gêneros musicais sem deixar de lado a sua identidade. Todo o projeto visual e sua postura no palco mostram que o show de Steve Vai está muito além de um simples show de um grande guitarrista. A banda, composta por Philip Byunoe, no baixo, Dave Weiner, na guitarra e Jeremy Colson na bateria foi liderada com maestria pelo guitarrista.

Steve é completo. Um dos raros músicos que pode e sabe usar técnica e emoção genuína ao mesmo tempo. A energia e a paixão com que seus dedos passeiam pelas cordas fascinam em um show que é 99% instrumental e que consegue emocionar e encantar não apenas

músicos e conhecedores da arte, mas qualquer amante da boa música. As apresentações no Brasil aconteceram nos dias 7, 8, 9 e 10 de Dezembro no Rio de Janeiro (Circo Voador), São Paulo (Credicard Hall), Belo Horizonte (Chevrolet Hall) e Brasília (Teatro Villa), respectivamente.

Em um depoimento à revista Fribook, no show do Circo Voador, o guitarrista Marcus Amorim declara: “Eu sempre saio do show feliz e atordoado com algumas questões loucas na cabeça: ‘esse cara é humano? Teria ele um pacto com o Diabo como no papel que ele fez no filme A Encruzilhada?’. O guitarrista base é um excelente guitarrista mas o Vai está num nível inexplicável e ele faz aquilo tudo com a tranquilidade e a desenvoltura de quem está abrindo uma lata de cerveja. A capacidade de entreter o público e tê-lo na mão é a cereja no bolo para completar toda musicalidade do frontman e sua banda. Casa lotada e satisfeita. Aguardo o próximo”.

Carlo

s Mafo

rt

A turnê brasileira do guitarrista norte-americano Steve Vai teve início na cidade do Rio de Janeiro no sábado 7 de Dezembro. Com o show no Circo Voador, Steve mostrou porque é considerado um dos melhores e mais conceituados guitarristas de todos os tempos.

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Joe Satriani, sobre seu novo aluno,o jovem Steve Vai

“Eu pensava comigo: Este cara deveter um par de músculos extras ou alguns

tendões a mais nas mãos!”

Carlos Mafort, credenciado pela Contra Cena Arte, conseguiu captar aessência do show de Steve Vai em fotos vibrantes.Veja mais em www.smileflash.net.

Fribook, em parceria com Jean Emerich, realizou um bate papo exclusivo com o guitarrista novaiorquino, que falou sobre influências e o respeito e admiração pelas bandas que já integrou.

Com a tranquilidade e a simplicidade que poucos artistas conseguem demonstrar com tanto tempo de estrada, Steve Vai chegou à coletiva, cumprimentou a todos, sentou em

uma cadeira de plástico e imediatamente deixou todo mundo à vontade, distribuindo simpatia e sorriso fácil. “Steve Vai é um cara extremamente carismático. Simples, sem frescuras!” Jean Emerich, representando a Fribook, conseguiu conversar com Steve Vai. Foi um papo rápido e objetivo. Havia cerca de 30 outros jornalistas e representantes de fãs clubes para conversar com o ídolo. Sempre atencioso, Steve provou que para ser um grande Rockstar não é preciso ser extravagante, impetuoso ou intenso. Basta ser humano, muito humano, mas tocar como um alienígena. Assim é Steve Vai.

FRIBOOK – Você já foi integrante de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Como foi tocar com lendas como David Coverdale em uma banda com a projeção que tem o Whitesnake, lotando arenas e esgotando ingressos em todo o mundo?

STEVE – Sem dúvida, representou muito na minha carreira. Foi muito bom para mim, na época, porque eu havia acabado de lançar meu trabalho solo quando entrei para o Whitesnake e eles, generosamente, fizeram o que não era muito comum na época e não é até hoje. Me deixavam executar canções de meu trabalho solo nos shows da banda. Assim, no meio do set, entre tantas canções famosas (N.E.: “Love Ain’t No Stranger”, “Is This Love” e “Here I Go Again” são alguns dos sucessos do Whitesnake) eu executava parte de meu trabalho solo. Isso foi muito importante para consolidar minha carreira.

FRIBOOK – Você já integrou importantes bandas e acompanhou artistas extremamente influentes no cenário mundial. Pode destacar algum trabalho que tenha gostado mais de fazer?

STEVE – Uma das bandas onde eu me senti mais à vontade foi quando acompanhei David Lee Roth. Esse período, sem dúvida, teve grande responsabilidade no meu crescimento como artista.

FRIBOOK – Quem você considera seu maior ídolo na música?

STEVE – É claro que eu aprendi muito com Joe Satriani mas minha maior inspiração é Frank Zappa.

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