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2009
RELATRIO ANUAL DE AVALIAO DA ACTIVIDADE
DAS NO ANO DE
CPCJ
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COMISSO NACIONAL DE PROTECO DAS CRIANAS E JOVENS EM RISCO
Relatrio anual de avaliao da actividade das Comisses de Proteco de Crianas
e Jovens
2009
www.cnpcjr.pt Rua Castilho N 24 7Esq
1250-069 Lisboa Telefone 21 311 49 00 Fax 21 310 87 59
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N D I C E
Nota Preambular .............................................................................................................. 5
Sumrio Executivo........................................................................................................... 9
PARTE 1 - MEIOS LOGSTICOS..............................................................................................20
Instalaes e mobilirio ................................................................................................ 20
Equipamento informtico.............................................................................................. 22
Outros equipamentos de telecomunicaes ............................................................... 24
Viaturas para deslocaes............................................................................................ 26
Apoio administrativo ..................................................................................................... 27
Apoios complementares disponibilizados pelo Municpio ......................................... 28
Apoio de outras entidades............................................................................................ 30
Fundo de Maneio ........................................................................................................... 31
Sntese............................................................................................................................ 33
PARTE 2 - FUNCIONAMENTO DA CPCJ -MODALIDADE ALARGADA............... 35
Composio da Comisso na modalidade Alargada .................................................. 37 Presidncia das CPCJ................................................................................................... 37 Organizao da comisso alargada CPCJ................................................................... 41 Instrumentos Orientadores da aco das CPCJ ......................................................... 45 Balano da Actividade das CPCJ ................................................................................. 45 Sntese............................................................................................................................ 53
-
NOTA PREAMBULAR
4
PARTE 3 - FUNCIONAMENTO DA CPCJ -MODALIDADE RESTRITA.................. 55
Composio da comisso restrita................................................................................ 54
Funcionamento da comisso restrita........................................................................... 56
Organizao do trabalho processual ........................................................................... 59
Relacionamento com o Ministrio Pblico .................................................................. 65
Sintese............................................................................................................................ 74
PARTE 4 - AVALIAO DA ACTIVIDADE PROCESSUAL DAS CPCJ ................. 77
Anlise do fluxo processual global nacional............. .................................................. 78
Entidades sinalizadoras ............................................................. ....................................87
Caracterizao das crianas e jovens....................................... ....................................88 Caracterizao do agregado das crianas e jovens................. ....................................97 Problemticas ........................................................................... ....................................103
Medidas ..................................................................................... ....................................111
Anlise dos processos reabertos.................................................... .............................114
Anlise dos processos arquivados................................................. .............................117
Apoios Economicos .................................................................................................... 120
Autorizao na participao artes e espectaculos.................................................... 123
Sintese..............................................................................128Erro! Marcador no definido.
PARTE 5 - AVALIAO O DA ARTICULAO ENTRE A CNPCJR E AS CPCJ124
Acompanhamento das CPCJ...................................................................................... 124
Site da CNPCJR ........................................................................................................... 128
Formao proporcionada pela CNPCJR .................................................................... 130
Propostas das CPCJ.................................................................................................. 1319
Sintese.......................................................................................................................... 142
ANEXOS
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NOTA PREAMBULAR
5
Nota Preambular
A avaliao anual da actividade das Comisses de
Proteco de Crianas e Jovens (CPCJ) constitui um
contributo imprescindvel para o desenvolvimento da
misso, que o sistema de promoo e proteco lhes
atribui, de contriburem de forma muito significativa,
em consonncia com a centralidade que ocupam na
concepo do sistema, para o progresso, no
pensamento e aco, do projecto correspondente a
uma nova cultura da criana, traduzida numa cada vez mais rpida e aperfeioada
interiorizao e concretizao dos seus direitos.
As CPCJ, numa manifestao de adeso ao sistema e revelando maturidade e sentido de
responsabilidade, vm fazendo um notvel esforo para corresponder aos objectivos dessa
avaliao, recolhendo e transmitindo os dados necessrios elaborao e publicao, pela
Comisso Nacional de Proteco das Crianas e Jovens em Risco, do relatrio anual.
Assim sucedeu tambm com a avaliao da actividade em 2009, sendo de salientar que, em
continuidade do verificado nos trs anos anteriores, todas as CPCJ instaladas elaboraram o
seu relatrio.
Houve, pela primeira vez, recolha de dados pelo recurso aos elementos disponibilizados
atravs do sistema de informatizao dos processos das CPCJ, que est a desenvolver-se em
conformidade com um percurso de aperfeioamento da sua eficcia e de esforo para que se
implemente de forma generalizada e com qualidade. Pode dizer-se que estamos face ao
-
NOTA PREAMBULAR
6
ano zero dos relatrios fundados em elementos recolhidos atravs do sistema de
informatizao, sendo promissor o trabalho de implementao e adaptao que as
Comisses vm efectuando.
Elaborado o relatrio, impe-se a sua divulgao e, a nvel interno e externo, o seu estudo e
anlise, para que, tanto quanto possvel, se extraiam leituras quantitativas e qualitativas que
contribuam para uma perspectiva crtica abalizada que concorra para, por um lado,
fortalecer os aspectos criativos e os factores desencadeantes de progressos no sistema de
promoo e proteco e, por outro, para que se reforcem os estmulos apropriados a superar
os aspectos que contrariam o seu esprito e a cultura que pressupe ou atrasam a
concretizao dinmica e generalizada dos valores, princpios, misso e viso que o
inspiram e caracterizam.
Essas leituras tm, naturalmente, que se cruzar e complementar com a considerao e
avaliao de todo um outro conjunto de elementos que so proporcionados por diferentes
formas de escuta das Comisses de Proteco e de outros agentes do sistema, e ainda da
observao e acompanhamento da sua interveno concreta.
Entre esses outros elementos, avultam os que so proporcionados por quatro actividades
que se tm revelado de muito interesse e impacte:
- Os encontros distritais de trabalho com as Comisses de Proteco que a Exma. Secretria
de Estado Adjunta e da Reabilitao vem promovendo, com regularidade, h j quatro anos,
em que participa tambm a Comisso Nacional de Promoo e Proteco das Crianas e
Jovens em Risco. A se promovem vrios objectivos: Sensibilizar as Entidades
representadas nas Comisses para a sua cabal correspondncia honra e s
responsabilidades que essa representao implica; Incentivar as Comisses de Proteco a
colocarem todas as questes que pretendam abordar e discutir e abrir uma consequente
reflexo; Exprimir o respeito, a considerao, a exigncia e a esperana com que o seu
trabalho acompanhado; Estimular crianas e jovens a interiorizar e a exercitar a sua
cidadania, particularmente no que respeita efectivao dos seus direitos palavra e
participao, que experienciam na prpria sesso; Sensibilizar os adultos para o respeito e a
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NOTA PREAMBULAR
7
promoo do exerccio desses direitos pelas crianas e jovens, to relevantes para uma
cidadania activa, no presente e no futuro.
- O acompanhamento das Comisses de Proteco pela Equipa Tcnica de Apoio
Comisso Nacional que, num esforo notvel e bem sucedido, vem intensificando, tanto
quanto possvel, o acompanhamento presencial, em complemento do apoio com outros
meios, nomeadamente o electrnico, o telefnico, o escrito e a utilizao do stio da
Comisso Nacional.
- A cooperao frequente de elementos da Comisso Nacional em numerosas iniciativas de
informao, sensibilizao e discusso de temas, promovidas, em muitas localidades, pelas
Comisses de Proteco, ou em que estas colaboram activamente;
- As reunies de trabalho organizadas, descentralizadamente, pela Comisso Nacional, com
a interveno activa, para alm dos Membros das Comisses de Proteco, de Dirigentes de
Servios Pblicos e Instituies pblicas e privadas a quem compete, por um lado, intervir
como Entidades com Competncia em Matria de Infncia e Juventude e, por outro,
integrar as Comisses de Proteco atravs dos representantes por si indicados.
Afigura-se-nos que estamos num momento crucial da evoluo do Sistema de Promoo
Proteco, que nos impe uma reflexo transparente e profunda sobre os importantes
caminhos j trilhados e os que se impe percorrer, com seriedade, empenho e esperana,
em conformidade com a nova cultura, o novo sentido de responsabilidade e a ambio de
novos e mais justos futuros compatveis com a formidvel aquisio civilizacional que o
nosso tempo nos proporciona o reconhecimento da criana como Sujeito de direito.
Insere-se nesse processo de balano e projecto a avaliao propiciada pelo presente
relatrio, objectiva, serena e com a perspectiva de procura incessante de progressos na
efectivao dos valores e princpios que inspiram e orientam a interveno dos actores do
Sistema.
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NOTA PREAMBULAR
8
Sumrio executivo Ao nvel do apoio logstico, salientam-se melhorias no que respeita s
instalaes disponibilizadas s CPCJ, nomeadamente no seu uso exclusivo,
no acesso directo e na identificao exterior. Persiste, no entanto, a
necessidade de generalizar essas melhorias, promovendo a qualidade das
instalaes, designadamente no domnio do respeito pela privacidade
das pessoas e eliminando a falta ou deficincias de mobilirio que garanta
a segurana dos processos, tendo em vista o princpio do seu carcter
reservado.
No que respeita aos meios informticos, todas as CPCJ dispem de
computador, facto tanto mais relevante quanto este equipamento
indispensvel ao projecto, em execuo, de informatizao dos
processos. Contudo, verificam-se ainda deficincias, a ultrapassar
rapidamente, nomeadamente no que respeita a alguns casos de
utilizao de computadores partilhada com outros servios, o que
incompatvel com o carcter reservado dos processos, e dotao de
cada comisso com o nmero de computadores indispensvel ao
processamento clere dos respectivos procedimentos.
No ano de 2009 praticamente a totalidade das CPCJ referiu acesso
Internet e dispe de caixa de correio electrnico. Vem ganhando
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SUMRIO EXECUTIVO
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tambm relevncia ano aps ano, a disponibilizao de uma pgina na
Internet ainda que no seja includa num domnio exclusivo.
A disponibilidade de meios de comunicao, na modalidade de telefone
e telemvel prprios, regista tambm neste ano melhorias face ao ano
anterior. O mesmo se verifica quanto disponibilidade de fax, sendo
porm ainda necessrio eliminar o nmero de casos de utilizao no
exclusiva de fax, em respeito pelo princpio pelo carcter reservado dos
processos.
Regista-se uma larga maioria de opinies positivas das comisses
relativamente ao acesso utilizao de viatura, embora se refiram ainda
algumas limitaes, ligadas sobretudo aos constrangimentos da sua no
utilizao exclusiva. Os Municpios so a entidade que mais disponibiliza os
seus recursos de transporte s CPCJ.
Quanto ao apoio administrativo, os relatrios do notcia de algumas
limitaes no que respeita disponibilizao desse apoio ou da
insuficincia do tempo a ele atribudo, com repercusses negativas na
funcionalidade da comisso. J no que respeita disponibilidade de
tcnicos pelas autarquias, denotam-se melhorias.
A maioria das comisses de proteco tem uma opinio positiva sobre o
conjunto dos apoios prestados pelo Municpio. Referem, porm, ainda
algumas necessidades no satisfeitas no que respeita: disponibilizao
de viatura, equipamento informtico, telefone, telemvel e fax.
Quanto a outros apoios, salienta-se a disponibilizao, pela Segurana
Social, tcnicos para reforo do apoio s CPCJ, que se tem mostrado do
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SUMRIO EXECUTIVO
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maior relevo para a sua funcionalidade. Este reforo tcnico tambm se
verificou nas Regies Autnomas dos Aores e Madeira.
Quanto ao apoio de outras entidades, destaca-se que apenas uma parte
das CPCJ dele dispe. Comparativamente ao ano de 2008, regista-se uma
aumento dos apoios das IPSS.
Relativamente ao fundo de maneio, regista-se que uma parte ainda
relevante de CPCJ refere no o utilizar e que o mesmo no est disponvel
nas suas instalaes. Tendo em vista a superao destas dificuldades, o
ISS, I.P. emitiu orientaes aos seus servios no sentido de, sem prejuzo da
observncia dos requisitos legais, facilitar os procedimentos de utilizao.
Na analise do funcionamento da CPCJ na modalidade alargada,
semelhana dos anos anteriores, o Municpio assume maior relevncia ao
nvel da presidncia das CPCJ. Ganha relevncia a figura dos membros
cooptados no que refere s nomeaes para o cargo de Secretrio. No
que diz respeito formao acadmica dos membros que exercem a
funo de presidente e de secretrio, regista-se uma prevalncia da
pedagogia e do servio social (presidente), e do servio social e
psicologia (secretrio). Destaca-se ainda que a maioria dos presidentes
das CPCJ esto no seu primeiro mandato.
A maioria das CPCJ organiza o trabalho da modalidade alargada por
grupos para assuntos especficos, destacando-se, entre outros: a
elaborao do plano anual de interveno, a avaliao de
necessidades/problemticas e a dinamizao de parcerias.
Somente cerca de metade das comisses rene o plenrio da
modalidade alargada no mnimo de 2 em 2 meses, de acordo com o
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SUMRIO EXECUTIVO
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estipulado na lei. As razes apontadas para o no cumprimento da
periodicidade estabelecida remetem para a indisponibilidade dos
membros e para a sobrecarga de trabalho. As reunies em plenrio da
modalidade alargada tm lugar em horrio laboral estando o perodo de
funcionamento definido na maioria das CPCJ.
A quase totalidade das comisses dispe de regulamento interno e 86%
elaboraram plano de aco, o que representa uma melhoria significativa
face a 2008. Ao nvel dos aspectos positivos decorrentes da
implementao do plano de aco, sobressaem a visibilidade das CPCJ
junto da comunidade, a melhor organizao interna do trabalho
desenvolvido pelas CPCJ e a maior sensibilizao da comunidade para a
problemtica das crianas e jovens em risco e em perigo.
Os principais factores positivos decorrentes da actividade das CPCJ
centram-se na interveno interdisciplinar/trabalho em parceria, na
proximidade local, na multidisciplinaridade e na interveno precoce. O
trabalho de interveno com as famlias destacado como uma boa
prtica.
Os principais constrangimentos confirmam as tendncias dos anos
anteriores: escassez de respostas sociais, indisponibilidade dos tcnicos,
falta de priorizao do trabalho por parte dos servios.
Na composio das comisses na modalidade restrita destacam-se, tal
como em 2009, as reas de servio social e pedagogia. O maior nmero
de elementos presentes na modalidade restrita so os elementos
cooptados. So tambm relevantes os representantes dos Municpios (em
especial tcnicos de servio social, pedagogia, psicologia e direito),
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SUMRIO EXECUTIVO
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Ministrio da Educao (essencialmente pedagogia)e Segurana Social
(sobretudo tcnicos de servio social).
A maioria dos representantes exerce as suas funes a tempo parcial,
continuando as comisses a apontar a necessidade de reforo tcnico,
sobretudo nas reas do direito e da Psicologia
A grande Maioria das CPCJ dispe de um horrio de funcionamento
definido O regime de permanncia assegurado pelo telemvel e pelo
reencaminhamento de chamadas para a GNR e PSP. Cerca de metade
das CPCJ teve solicitaes no regime de permanncia em valor
semelhante a 2008, em especial nos dias teis fora do horrio de
funcionamento e sem variao significativa ao longo do ano.
A maioria das comisses na modalidade restrita cumprem a
periodicidade das reunies de plenrio definida por lei, reunindo no
mnimo, quinzenalmente. Ao nvel da organizao processual, recorrem
com frequncia ao gestor de caso e a grupos de trabalho. Os critrios de
distribuio do trabalho processual assentam, sobretudo, nas
problemticas, rea geogrfica, disponibilidade de tempo e no servio de
origem.
Face comunicao de uma situao de perigo, a maior parte das CPCJ
instaura um processo de promoo e proteco, em harmonia com a
orientao da CNPCJR e com o disposto no art. 97o n.1. Em 2009
aumentou o nmero de comisses que adoptaram este procedimento.
Verifica-se tambm que a maioria das comisses instaura um processo de
promoo e proteco por criana/jovem.
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SUMRIO EXECUTIVO
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Para o contacto com os pais a forma mais utilizada foi a escrita, seguida
da visita domiciliria.
Na maioria das CPCJ, esto presentes, no momento da audio da famlia
e da celebrao do acordo, 2 elementos da sua modalidade restrita. Na
esmagadora maioria destas situaes os pais esto presentes. As crianas
esto presentes menos vezes na audio inicial e mais nas outras fases. As
crianas entre os 7 e os 12 anos estiveram presentes com muito menor
frequncia nestas ocasies. O envolvimento de outras entidades foi muito
reduzido na fase da audio, sendo mais significativo nas fase de
celebrao do acordo e da sua assinatura.
A grande maioria das CPCJ tem um interlocutor do Ministrio Pblico.
quando questionadas sobre a sua participao nas reunies, as mesmas
referiram a participao na modalidade alargada e na modalidade
restrita, estando em curso diligncias para apurar o motivo desta
ocorrncia.
Os contactos entre as CPCJ e o Ministrio Pblico ocorrem com maior
frequncia por iniciativa das CPCJ, designadamente para apoio em
diligncias processuais.
As CPCJ fazem uma avaliao positiva dos contactos com o Ministrio
pblico e cerca de trs quartos considera-os suficientes.
A actividade processual das CPCJ foi em 2009 (volume processual global)
de, 66896 processos, mais 237 processos do que os acompanhados em
2008.
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SUMRIO EXECUTIVO
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O total de processos transitados de anos anteriores ascende a 34416,
processos. Este elevado nmero de processos permite constatar que h
processos que se mantm activos para alm do ano em que foram
instaurados.
de assinalar que, pelo segundo ano consecutivo, o nmero de processos
instaurados diminuiu comparativamente ao ano anterior. Assim, foram
instaurados 28401 processos, o que representa um decrscimo de 3%.
Relativamente aos processos reabertos, registaram-se, em 2009, 4079
reaberturas, um aumento de 93 processos face ao ano anterior.
Aps anlise preliminar, parte destes processos, 7798, foram arquivados
liminarmente. Aps o incio da interveno, 24073 foram arquivados, mais
2,4% que no ano anterior. O nmero de processos activos ascendeu a
35025 processos.
No que respeita aos escales etrios das crianas e jovens
acompanhadas pelas CPCJ, verifica-se que o escalo mais representativo
o dos 11 aos 14 anos, seguido do escalo dos 0 aos 5 anos. Em todos os
escales etrios regista-se a predominncia do sexo masculino
relativamente ao sexo feminino.
Considerando os processos instaurados, os Estabelecimentos de ensino so
a entidade sinalizadora que mais se destaca, registando um ligeiro
decrscimo relativamente ao seu valor em 2008. As Autoridades policiais
so a segunda entidade sinalizadora.
As crianas so naturais, maioritariamente, dos concelhos da
competncia territorial das CPCJ. Verifica-se relativamente a 2008, que as
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SUMRIO EXECUTIVO
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crianas naturais de outros pases registaram um aumento significativo, em
oposio verificou-se um decrscimo nas crianas de outros concelhos e
dos PALOPS.
O acompanhamento materno a insero pr-escolar, mais
representativa no escalo dos 0 aos 5 anos, sendo que a maioria das
crianas e Jovens dos restantes escales frequenta o ensino regular. As
CPCJ indicaram que 0,9% das crianas ou jovens apresentam algum tipo
de deficincia.
O grupo de crianas e jovens que, encontrando-se em idade escolar, no
frequentam nenhum tipo de ensino, regista um aumento no escalo etrio
dos 6 aos 10 anos, nos outros escales etrios assinala-se relativamente a
2008 um decrscimo.
No conjunto de todas as problemticas regista-se a Negligncia como a
principal ocorrncia, seguida da exposio a modelos de comportamento
desviante, dos Maus tratos psicolgicos / abuso emocional , do abandono
escolar e dos Maus tratos fsicos.
No escalo etrio dos 0 aos 5 anos a problemtica mais diagnosticada a
Negligncia, seguindo-se a Exposio a modelos de comportamento
desviante e os Maus tratos psicolgicos / abuso emocional. No escalo
etrio dos 6 aos 10 anos destacam-se a Negligncia, Exposio a modelos
de comportamento desviante e os Maus tratos psicolgicos/abuso
emocional.
semelhana dos escales etrios dos 0-5 e dos 6-10 anos, tambm no
escalo dos 11 aos 14 anos a Negligncia apresenta o valor mais elevado,
o Abandono escolar regista um valor muito prximo, seguido da Exposio
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SUMRIO EXECUTIVO
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a modelos de comportamento desviante. J no escalo etrio de mais de
15 anos o Abandono escolar regista um valor superior s restantes
problemticas.
Ao nvel das medidas aplicadas, predominam as medidas meio natural de
vida, designadamente da medida de Apoio junto dos pais. O peso relativo
do acolhimento familiar e do Acolhimento Institucional decresce em
percentagem do total de medidas aplicadas. Em todos os escales etrios
a medida mais aplicada foi o Apoio junto dos pais, seguida da medida de
Apoio junto de outros familiares, a excepo verifica-se no escalo 18-21
anos, onde o acolhimento institucional e ao apoio para a autonomia de
vida registam valores significativos.
A grande maioria das crianas e jovens vive com a sua famlia biolgica.
O nmero de crianas e jovens que vive em famlias monoparentais
feminina aumentou.
Seguindo a tendncia de anos anteriores, a maioria dos processos
reabertos tem como causa de reabertura a reincidncia da situao de
perigo anteriormente verificada.
As principais causas do arquivamento liminar foram, por ordem
decrescente, os seguintes: a ausncia de situao de perigo, a remessa a
tribunal e a sinalizao a CPCJ competente. No que respeita ao
Arquivamento aps interveno podem referir-se 2 causas principais:
Ausncia de situao de perigo por esta no subsistir e a Cessao da
medida de promoo e proteco aplicada.
As CPCJ atriburam apoios econmicos, ao abrigo do disposto no decreto-
lei n. 12/2008, de 17 de Janeiro, o montante total atribudo ascendeu a
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SUMRIO EXECUTIVO
17
601.313,45 , correspondendo, maioritariamente, a apoios econmicos
regulares.
O peso relativo dos apoios econmicos prestados a crianas com a
medida de apoio junto dos pais foi maior, tanto nos apoios regulares com
nos apoio pontuais.
Durante o ano de 2009 as comisses movimentaram 59 processos de
autorizao para a participao de menores de 16 anos em espetculos
e outras actividade Nesses processos, as comisses de proteco
deliberaram por 56 ocasies, correspondendo a 46 autorizaes, trs
revogaes de autorizao e sete indeferimentos.
Relativamente ao ano anterior, verifica-se uma diminuio dos pedidos de
autorizao (iniciaram-se 42 processos em 2009, em comparao com 123
processos iniciados em 2008).
Na avaliao da articulao com a CNPCJR, a opinio da maioria das
CPCJ sobre o acompanhamento que lhes proporcionado foi,
semelhana da manifestada em 2008, globalmente positiva, sendo
considerada eficaz e til ou como cumprindo o essencial, havendo
aspectos em que deve ser melhorada. A grande maioria das CPCJ refere
a necessidade de uma maior regularidade do acompanhamento
presencial, sobressaindo a proposta de calendarizao de reunies de
acompanhamento individualizado entre o Gabinete Tcnico de Apoio
CNPCJR e as CPCJ.
A opinio sobre a frequncia do encontro anual foi considerada suficiente,
sendo a sua a qualidade avaliada como globalmente positiva, (muito boa
qualidade, ou suficiente). O acompanhamento telefnico foi considerado
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SUMRIO EXECUTIVO
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suficiente, enquanto a qualidade foi referida como positiva (muito boa,
boa, ou suficiente). Os instrumentos de apoio disponibilizados pela CNPCJR
foram considerados suficientes pela maioria das CPCJ, enquanto foi
positiva a avaliao da sua qualidade (muito boa, boa ou suficiente). J
no que toca ao acompanhamento presencial, as comisses apontam
para a necessidade o reforo desse acompanhamento. De salientar que o
acompanhamento presencial faz-se intensivamente e sempre que
possvel, de acordo com os meios disponveis.
A quase totalidade das CPCJ j consultou o site, sendo que, relativamente
a 2008, verifica-se um aumento da consulta com carcter dirio. O site
avaliado positivamente nos 4 itens considerados - design, contedos,
utilidade e navegabilidade. A tendncia mais notria das sugestes das
CPCJ vai no sentido de que o site inclua mais informao e seja mais
actualizado. Comentam algumas destas CPCJ que o frum integrante do
site deve ser melhorado nos aspectos da acessibilidade e da extenso dos
contedos.
Algumas sugestes, relativas realizao do encontro anual, apontam
para o alargamento do nmero de participantes.
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SUMRIO EXECUTIVO
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Parte 1
MEIOS LOGSTICOS Para que a CPCJ possa realizar as suas funes cabe ao Municpio,
segundo a legislao em vigor, ceder instalaes, apoio administrativo e
outros meios logsticos e materiais de apoio, essenciais garantia da
qualidade da interveno. Por sua vez o Estado responsabiliza-se pela
transferncia de verbas que se destinam a apoiar os Municpios no
cumprimento dessa obrigao, conforme Protocolo de cooperao
celebrado com a Associao Nacional de Municpios Portugueses
(Despacho conjunto n. 562/2001, de 22 de Junho). O valor desta
comparticipao tem como referncia a populao residente no
concelho com idade inferior a 15 anos e o volume processual de cada
comisso.
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MEIOS LOGSTICOS
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Instalaes e mobilirio
A maioria das comisses de proteco avaliou as suas instalaes de acordo com alguns
critrios, designadamente, o tipo de utilizao, a acessibilidade, a garantia de privacidade
de quem contacta com a CPCJ e a forma como esto identificadas no exterior.
Grfico1: Condies oferecidas pelas instalaes utilizadas pelas CPCJ
226
190
161
55
88
118
Identif icaoexterior
Acessodirecto doexterior
Utilizaoexclusiva
sim no
CPCJ que enviam dados: Utilizao exclusiva das instalaes e Acesso directo do exterior: 287; Identificao exterior: 287;
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens no ano de 2009, CNPCJR
No que respeita autonomia das instalaes, 57,7% das Comisses referem que j dispem
de instalaes exclusivamente para seu uso. Em 2008, esse valor era de 59,9%. A
comparao entre o ano de 2008 e 2009 exige cuidado, uma vez que o universo de
respostas diferente. Assim, em 2008, responderam a esta questo 277 Comisses,
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MEIOS LOGSTICOS
21
enquanto que, em 2009, 279. Apesar dos diferentes universos, h menos 5 CPCJ que
assinalam dispor de instalaes para uso exclusivo (166 em 2008 161 em 2009).
Grfico 2:Opinio das CPCJ cerca garantia de privacidade oferecida pelas respectivas instalaes.
226
55
SIM NO
CPCJ que enviam dados: 281;
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens no ano de 2009, CNPCJ
Relativamente garantia da privacidade que as instalaes oferecem a quem a elas se
desloca, 80,4% das Comisses de Proteco considera que as instalaes de que dispem
garantem aquela privacidade, enquanto que, 19,6% (55), refere o inverso. Em 2008, 18,7%
(52) das Comisses referiram que as suas instalaes no garantiam a privacidade.
Novamente a comparao entre o ano de 2008 e 2009 exige cuidado, uma vez que o
universo de respostas diferente. Assim, em 2008, responderam a esta questo 278 CPCJ,
enquanto que, em 2009, 281. Mantm-se inalterado o nmero de CPCJ que considera que
as suas instalaes respeitam a privacidade das pessoas: 226;
As instalaes com acesso directo do exterior promovem a privacidade de quem a elas
acede. No ano de 2009, grande parte (278) das CPCJ caracterizaram as suas instalaes
quanto a este aspecto. Destas, 31,7% (88), refere que as suas instalaes no dispem deste
tipo de acesso. Neste domnio regista-se uma ligeira melhoria relativamente a 2008 - 33,6%
(93)
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MEIOS LOGSTICOS
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A identificao das instalaes foi caracterizada por 281 CPCJ. Em 2009, 80,4% (226) das
CPCJ responderam que as suas instalaes esto identificadas.
Apesar da melhoria registada ao longo dos anos, as boas condies de utilizao das
instalaes ainda no so generalizadas, podendo em alguns casos condicionar a aplicao
do princpio da privacidade consagrado na Lei de Proteco.
Equipamento informtico de assinalar que, semelhana do ano anterior, todas as comisses de proteco referem
dispor de computador, instrumento fundamental ao exerccio das suas atribuies, tendo em
conta, nomeadamente, o plano, em execuo, de informatizao dos processos. Esta
realidade foi possvel graas ao empenho dos Municpios e do Instituto da Segurana
Social, I.P., que assumiu o encargo com a aquisio de um computador e de uma
impressora pelos Municpios que o desejaram.
-
MEIOS LOGSTICOS
23
Grfico 3:Condies referentes ao equipamento e funcionalidades informticas
154
278
234
278
238
125
45
41
1
3
Pgina oficial
Endereo electrnico
Programa de gesto processual
Ligao internet
Utilizao exclusiv a do computador
sim no
CPCJ que enviam dados: Existncia de computador: N=278; Forma de utilizao: 279 Ligao
Internet: 279; Existncia de programa/base de dados: 279; Existncia de endereo electrnico: 281; Existncia de pgina oficial:279.
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Relativamente ao equipamento informtico a realidade revelada pelo
relatrio demonstra os significativos progressos verificados, mas tambm a
necessidade da sua rpida acentuao nos seguintes aspectos:
A utilizao partilhada de computadores com outras entidades, em percentagem de
14,7% (41), superior de 13,5% assinalada em 2008;
A insuficincia do nmero de computadores disponveis, assinalada
por 66 comisses, correspondente percentagem de 24,1%, superior
de 23,8% registada em 2008. As comparaes com o ano de 2008
exigem cuidado porque, apesar das diferentes percentagens, existe
menos uma CPCJ a partilhar o seu computador com outra entidade;
O acesso Internet, de que apenas uma CPCJ no disps, em percentagem de 0,4
%, inferior verificada em 2008 (2,8%).
-
MEIOS LOGSTICOS
24
O contacto por endereo electrnico de que 3 comisses no dispuseram em 2009,
na percentagem de 1,1%, inferior registada em 2008 (1,4%).
Em 2009, 44,8% (125) das comisses de proteco no dispunham de pgina electrnica,
valor que representa uma ligeira melhoria face a 2008, 46,4%
Outros equipamentos de telecomunicaes Em 2009 verificaram-se melhorias quanto disponibilidade de telefone, telemvel e fax,
registando-se as seguintes percentagens relativamente s verificadas em 2008:
Telefone exclusivo - 181 comisses (64,6%); em 2008 - 63,6%;
Telemvel 176 comisses (62,4%); em 2008 - 58,6%;
Fax exclusivo 156 comisses (55,9%); em 2008 - 51,3%
O grfico seguinte representa a disponibilidade de telefone cruzada com a disponibilidade
de telemvel.
-
MEIOS LOGSTICOS
25
Grfico 4: Condies referentes utilizao do telefone e do telemvel
117
64
2211
35 31
Comtelemvel
Semtelemvel
Comtelemvel
Semtelemvel
Comtelemvel
Semtelemvel
181 33 66
TELEFONE EXCLUSIVO TELEFONE DIRECTO TELEFONE INDIRECTO
CPCJ que enviam dados: 280 Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR -
Relativamente ao uso de fax verifica-se que 44,1% (123) ainda no dispe deste recurso de
forma exclusiva, o que representa uma ligeira melhoria relativamente ao ano de 2008
(48,7%). O grupo das CPCJ que no possui fax exclusivo divide-se entre as que, apesar
disso, tm acesso directo ao fax, 23,4 % (65) e as que no tm esse recurso de forma directa
20,5%( 57). Assinale-se a relevncia do uso exclusivo de um aparelho de fax considerando,
no s a necessidade de receber e enviar informao de carcter urgente, como a
necessidade de respeitar o carcter reservado de todas as informaes que chegam CPCJ
ou so por esta transmitidas.
-
MEIOS LOGSTICOS
26
Grfico 5: Condies referentes utilizao do fax
156
65 57
Fax Exclusivo Fax Directo Sem Fax Exclusivo ouDirecto
N de
CP
CJ
CPCJ que enviam dados: 277 Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR -
No deixa de ser relevante registar que, no ano de 2009, que 6,8% (19) das CPCJ refere no
dispor de telefone directo, fax ou telemvel.
Viaturas para deslocaes No ano de 2009, semelhana dos anos anteriores, a grande maioria das CPCJ refere poder
dispor de viatura, 95,7% (270), pese embora este valor constitua um ligeiro decrscimo
percentual relativamente ao ano de 2008, (98,6%), representa, em termos numricos, um
aumento face ao verificado naquele ano (267). Das CPCJ que referem dispor de viatura,
9,2% (26), tem este recurso para uso exclusivo. No ano de 2008 a percentagem foi de,
8,2% (23).
Relativamente ao tempo de utilizao da viatura, a maioria das Comisses de Proteco,
77,8 % (210), considera que a disponibilidade suficiente para as suas necessidades, o que
representa uma ligeira melhoria face ao valor registado em 2008, 77,2%.
-
MEIOS LOGSTICOS
27
Grfico 6: Utilizao de viatura por parte das CPCJ
26
244
12
Utilizao exclusiva Utilizao no exclusiva No dispe de Viatura
N de
CP
CJ
CPCJ que enviam dados: 281
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2008), CNPCJR
A cedncia de viaturas por parte dos Municpios para o uso das CPCJ foi reforada no ano
de 2009. Assim, em 96,9% (248) dos casos, a viatura cedida CPCJ pelo Municpio,
enquanto que, em 2008, esse valor era de 89,93%.
O grupo mais relevante de outras entidades que cedem igualmente transporte para apoio s
necessidades da CPCJ so: Segurana Social 8,59%(22), Foras de Segurana 5,1% (13) e
a Sade, 1,2%(3).
Apoio administrativo A maioria das comisses dispe de apoio administrativo (75,2%; 212), embora, 24,8%(70)
ainda no disponham desse apoio. Este facto implica o desempenho das tarefas
administrativas pelos elementos da comisso, com prejuzo das suas funes. No entanto,
em relao a 2008, regista-se uma ligeira melhoria neste aspecto, visto que, nesse ano,
apenas 74,8% dispunha deste apoio. Na maioria das CPCJ a entidade cedente do Apoio
Administrativo o Municpio 95,3 % (202).
-
MEIOS LOGSTICOS
28
Apoios complementares disponibilizados pelo Municpio Para alm dos apoios previstos na Lei de Proteco, os Municpios prestam outros apoios
complementares, quer ao nvel da cedncia de tcnicos, quer ao nvel do suporte financeiro
para a elaborao de material de divulgao, aquisio de publicaes tcnicas e
participao em aces de formao, conferncias e seminrios.
Grfico 7: Cedncia de tcnicos por parte do Municpio
233
40
SIM NO
CPCJ que enviam dados: 279
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR -
Em 2009, 85,3 % das CPCJ referem que o Municpio disponibiliza, pelo menos, mais um
tcnico.
A maioria das CPCJ, 82,8% (231), considera que suficiente o apoio que recebe do
Municpio para a elaborao de material de divulgao valor prximo do valor registado
em 2008 (80,65%).
-
MEIOS LOGSTICOS
29
Grfico 8: Outros apoios complementares do Municpio
231
156185
15
16
27
33
10668
Elaborao de material dedivulgao
Aquisio de publicaestcnicas
Participao em aces deformao
N de CPCJ
Suficiente Insuficiente Inexistente
CPCJ que enviam dados: Elaborao material de divulgao: 279 Aquisio publicaes tcnicas:278;
Participao aces formao:280 Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009),
So tambm avaliados positivamente outros apoios prestados pelo Municpio pela maioria
das Comisses de Proteco, designadamente, a aquisio de publicaes tcnicas, 56,1%
(156) e o apoio financeiro para a participao em aces de formao, 66,1% (185).
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MEIOS LOGSTICOS
30
Grfico 9: Necessidades ainda no satisfeitas pelo Apoio Logstico do Municpio
CPCJ que enviam dados: 183
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Apesar do apoio j prestado pelos Municpios e semelhana de anos anteriores, verifica-se
que as CPCJ consideram ter necessidade de outros apoios. Seguidamente, indicam-se essas
prioridades, por ordem decrescente: Viatura de uso exclusivo, Equipamento Informtico,
Telefone e fax, Melhoria de instalaes, Instalaes Prprias, Mobilirio, Apoio
Administrativo, Apoio tcnico, Telemvel, Apoio Financeiro.
Apoio de outras entidades Para alm do apoio prestado pelo Municpio, 81 Comisses (29,2%), referem ter recebido
apoio das seguintes entidades: Segurana Social 24,6% (29), Centro de Sade 15,3%(18);
Escolas do concelho 15,3% (18) IPSS 13,6% (16), Santa Casa da Misericrdia 9,3% (11), a
-
MEIOS LOGSTICOS
31
PSP 8,5% (10), outras entidades 7,6%(9), GNR 5,9 % (7) e Juntas de freguesia 5,9% (7),
tal como consta no grfico seguinte.
Grfico 10: Entidade que colaboraram com as CPCJ
CPCJ que enviam dados: 277
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Como factor muito relevante de apoio, destaca-se a colocao pelo Instituto de Segurana
Social, I.P., Instituto de Aco Social dos Aores e Centro de Segurana Social da Madeira,
de tcnicos de reforo nas Comisses com maior volume processual.
Fundo de Maneio O fundo de maneio consiste numa verba disponibilizada pelos servios locais do Instituto
da Segurana Social, I.P. (ISS, IP)1 para suporte de despesas ocasionais e de pequeno
montante que se revelem necessrias no decurso da interveno junto das crianas e
jovens, suas famlias ou detentores da guarda de facto, e sempre que no seja possvel a
utilizao dos recursos formais das entidades representadas nas CPCJ.
1 Cf. Despacho normativo no 29/2001, de 30 de Junho.
-
MEIOS LOGSTICOS
32
Grfico 11: Utilizao do fundo de maneio por parte das CPCJ
75
50
32
11
53
0 10 20 30 40 50 60 70 80
No utilizam
De 0% a 25%
De 25% a 50%
De 50% a 75%
De 75% a 100%
N de CPCJ
CPCJ que enviam dados: 287
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Relativamente a este apoio, informaram t-lo utilizado 76,0% (212) das CPCJ, percentagem
ligeiramente superior verificada em 2008 (73,74%).
Os montantes do fundo de maneio foram utilizados nas seguintes percentagens: 18,8% (53)
utilizou entre 75% e 100%; 3,4 % (11) utilizou entre 50% e 75%; 11,3 % (32) utilizou entre
25% e 50%; 17,7%(50) entre 0% e 25% (47). Cerca de 26,6%(75) das Comisses referem
no ter utilizado o fundo de maneio.
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MEIOS LOGSTICOS
33
Sntese
Ao nvel do apoio logstico, salientam-se melhorias no que respeita s instalaes
disponibilizadas s CPCJ, nomeadamente no seu uso exclusivo, no acesso directo e na
identificao exterior. Persiste, no entanto, a necessidade de generalizar essas melhorias,
promovendo a qualidade das instalaes, designadamente no domnio do respeito pela
privacidade das pessoas e eliminando a falta ou deficincias de mobilirio que garanta a
segurana dos processos, tendo em vista o princpio do seu carcter reservado.
No que respeita aos meios informticos, todas as CPCJ dispem de computador, facto
tanto mais relevante quanto este equipamento indispensvel ao projecto, em execuo, de
informatizao dos processos. Contudo, verificam-se ainda deficincias, a ultrapassar
rapidamente, nomeadamente no que respeita a alguns casos de utilizao de computadores
partilhada com outros servios, o que incompatvel com o carcter reservado dos
processos, e dotao de cada comisso com o nmero de computadores indispensvel ao
processamento clere dos respectivos procedimentos.
No ano de 2009 praticamente a totalidade das CPCJ referiu acesso Internet e dispe de
caixa de correio electrnico. Vem ganhando tambm relevncia ano aps ano, a
disponibilizao de uma pgina na Internet ainda que no seja includa num domnio
exclusivo.
A disponibilidade de meios de comunicao, na modalidade de telefone e telemvel
prprios, regista tambm neste ano melhorias face ao ano anterior. O mesmo se verifica
quanto disponibilidade de fax, sendo porm ainda necessrio eliminar o nmero de casos
de utilizao no exclusiva de fax, em respeito pelo princpio pelo carcter reservado dos
processos.
Regista-se uma larga maioria de opinies positivas das comisses relativamente ao acesso
utilizao de viatura, embora se refiram ainda algumas limitaes, ligadas sobretudo aos
-
MEIOS LOGSTICOS
34
constrangimentos da sua no utilizao exclusiva. Os Municpios so a entidade que mais
disponibiliza os seus recursos de transporte s CPCJ.
Quanto ao apoio administrativo, os relatrios do notcia de algumas limitaes no que
respeita disponibilizao desse apoio ou da insuficincia do tempo a ele atribudo, com
repercusses negativas na funcionalidade da comisso. J no que respeita disponibilidade
de tcnicos pelas autarquias, denotam-se melhorias.
A maioria das comisses de proteco tem uma opinio positiva sobre o conjunto dos
apoios prestados pelo Municpio. Referem, porm, ainda algumas necessidades no
satisfeitas no que respeita: disponibilizao de viatura, equipamento informtico,
telefone, telemvel e fax.
Quanto a outros apoios, salienta-se a disponibilizao, pela Segurana Social, tcnicos
para reforo do apoio s CPCJ, que se tem mostrado do maior relevo para a sua
funcionalidade. Este reforo tcnico tambm se verificou nas Regies Autnomas dos
Aores e Madeira.
Quanto ao apoio de outras entidades, destaca-se que apenas uma parte das CPCJ dele
dispe. Comparativamente ao ano de 2008, regista-se uma aumento dos apoios das IPSS.
Relativamente ao fundo de maneio, regista-se que uma parte ainda relevante de CPCJ
refere no o utilizar e que o mesmo no est disponvel nas suas instalaes. Tendo em
vista a superao destas dificuldades, o ISS, I.P. emitiu orientaes aos seus servios no
sentido de, sem prejuzo da observncia dos requisitos legais, facilitar os procedimentos de
utilizao.
-
MEIOS LOGSTICOS
35
Parte 2
FUNCIONAMENTO DA CPCJ NA MODALIDADE ALARGADA A CPCJ na sua modalidade alargada tem o relevante papel desenvolver aces de
promoo dos direitos e de preveno das situaes de risco e perigo para a criana e
jovem, pelo que a forma como decorrem os seus trabalhos e como est organizada
contribuem decisivamente para a concretizao deste objectivo. O modelo de organizao
da comisso, a periodicidade e horrio das reunies, a aprovao e alteraes ao
regulamento interno, a definio e implementao do plano de aco e o tipo de articulao
das CPCJ com outros parceiros da comunidade, so aspectos de grande interesse para a
anlise da forma como a modalidade alargada desenvolve a sua aco.
-
MODALIDADE ALARGADA
36
Composio da Modalidade Alargada Em 2009, 286 CPCJ identificaram os elementos que compem a modalidade alargada.
Foram identificados 4637 membros desta modalidade de funcionamento, o que significa
que, em mdia, h 16,2 membros por CPCJ.
Relativamente representao nesta modalidade destaca-se:
Em 73,4%(210) das CPCJ esto indicados os 4 cidados eleitores designados pela
Assembleia Municipal (6,3%(18) tem 3 elementos, 17,5%(50) CPCJ tem 2
elementos, 0,7%(2) um elemento e 2,1%(6) no tem a indicao de qualquer
elemento;
Que o nmero de elementos cooptados ascende a 1113, o que, em mdia, representa
3,9 por CPCJ. O nmero de cooptados na modalidade alargada, por ordem
decrescente, de: 2 elementos 4,2%(47 CPCJ); 4 elementos 3,8%(42 CPCJ); 3
elementos 3,7%(41 CPCJ); 5 elementos 3,1%(34 CPCJ); 1 elementos 2,9%(32
CPCJ); 0 elementos 2,2%(25 CPCJ); 10 elementos 1,8%(20 CPCJ); 6 elementos
1,3%(15 CPCJ); 7 elementos 1,2%(13 CPCJ); 9 elementos 0,8%(9 CPCJ); 8
elementos 0,7%(8 CPCJ);
As valncias tcnicas mais representadas, por ordem decrescente, so: Pedagogia
21,8% (1006); Servio Social 17,3% (800); Psicologia 11,2% (515); Sade
8,4% (387); Direito 6,5% (300) e a Sociologia 3,1% (144)
1813 (39,1%) membros da modalidade alargada acumulam esta representao com
a participao em parcerias locais. Destaca-se a participao no CLAs (49,1%) e no
RSI (31,6%).
-
MODALIDADE ALARGADA
37
Presidncia das CPCJ O presidente da Comisso de Proteco de Crianas e Jovens eleito pelo plenrio da
comisso alargada, de entre todos os seus membros, por um perodo de 2 anos, renovvel
at ao limite de 6 anos consecutivos, de acordo com a legislao em vigor. A este compete
representar a comisso, presidir s reunies da Comisso nas modalidades Alargada e
Restrita, orientar e coordenar as suas actividades, promover a execuo das suas
deliberaes, elaborar o Relatrio Anual de Actividades e autorizar a consulta dos
processos de promoo e proteco.
Grfico 12: Entidades que assumiram a presidncia da CPCJ
151
3428 26
17
7 6 3 2 2 2 1 00
20
40
60
80
100
120
140
160
Municpio/Freguesia
Elementos
Cooptados
Segurana Social
Ministrio da
Educao
Cidados Eleitores
Ministrio da Sade
IPSS/ONG
(actividade de
IPSS/ONG
(actividade de
Santa Casa da
Misericrdia de
Associao de Pais
Associao
Desportiva,
Foras de
Segurana
Associao de
Jovens/Servios da
N
de
CP
CJ
CPCJ que enviam dados: 279
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
semelhana dos anos anteriores, o cargo de presidente ocupado, maioritariamente, por
representantes do Municpio (54,1%), valor um pouco superior ao registado em
-
MODALIDADE ALARGADA
38
2008(52,3%). Os representantes das restantes entidades assumem a presidncia num
nmero bastante inferior registando-se, por ordem decrescente, as seguintes percentagens:
Elementos Cooptados 12,2% (34); Segurana Social 10,0% (28); Educao 9,3% (26);
Cidados eleitores 5,1% (17); Ministrio da Sade 2,5% (7); IPSS/ONG (actividades de
carcter institucional) 2,1 % (6); Santa Casa da Misericrdia Lisboa 0,7% (2); Associao
Pais, 0,7% (2); Associao Desportiva, 0,7% (2); Foras de Segurana, 0,4% (1)
Grfico 13: Mandato do presidente
140
96
43
1 Mandato 2 Mandato 3 Mandato
CPCJ que enviam dados: 279
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Em 50,2% (140) das CPCJ os presidentes cumprem o seu 1 mandato, valor ligeiramente
inferior ao ano de 2008 (57,2%). Para 34,4% (96) das CPCJ, o presidente cumpre o 2
mandato, valor que, pelo contrario, ligeiramente superior ao registado em 2008 (28,3%).
Em 15,4% (43) das CPCJ o presidente cumpre o 3 mandato.
-
MODALIDADE ALARGADA
39
Grfico 14: Valncia do elemento que desempenha o cargo de Presidente da CPCJ
CPCJ que enviam dados: 287
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Quanto rea de formao acadmica dos presidentes das comisses, destacam-se: Servio
Social, 29,8% (82), Pedagogia, 26,2% (72); Direito 9,1% (25); Psicologia, 8,4% (23);
Sociologia 6,5 % (18) e Sade 5,8% (16).
O Secretrio designado pelo presidente, de entre todos os membros da CPCJ,
substituindo-o nos seus impedimentos.
-
MODALIDADE ALARGADA
40
Grfico 15: Entidades que assumiram as funes de secretrio da CPCJ
86
69
39 36
13 12 9 7 72 2 1 1
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100Elementos
Cooptados
Municpio/Freguesia
Ministrio da
Educao
Segurana Social
IPSS/ONG
(actividade de
Cidados Eleitores
Ministrio da Sade
IPSS/ONG
(actividade de
Foras de
Segurana
Santa Casa da
Misericrdia de
Associao de Pais
Associao
Desportiva,
Associao de
Jovens/Servios da
CPCJ que enviam dados: 287
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
As entidades representadas pelo membro designado como secretrio so, por ordem
decrescente de frequncia, as seguintes: Elementos cooptados 30,3 % (86); Municpio/ J.
Freguesia 24,3% (69); Ministrio da Educao 13,7%(39); Segurana social - 12,7%
(36); IPSS/ONG (actividades de carcter institucional) - 4,5% (13); Cidados eleitores -
4,2% (12); Ministrio da Sade - 3,2% - (9); IPSS/ONG (actividades de carcter no
institucional) 2,5%(7); Foras Segurana - 2,5%(7); Santa Casa da Misericrdia 0,7
%(2); Associao de Pais - 0,7 %(2); Associao Desportiva e as Associaes de Jovens
0,4%(1);
-
MODALIDADE ALARGADA
41
Grfico 16: Valncia do elemento que desempenha o cargo de Secretrio da CPCJ
99
56
49
38
14
13
11
0 50 100 150
Servio
Social
Psicologia
Pedagogia
Outra (para
alm do
Direito
Sociologia
Sade
CPCJ que enviam dados: 287
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Os membros que exercem a funo de Secretario da CPCJ tm as seguintes formaes
acadmicas: Servio social - 35,4% (99); Psicologia 20,0% (56); Sociologia - 4,6 %(13);
Direito 5,0%(14); Pedagogia 17,5% (49); Sade - 3,9%(11). Em 13,6% (38) das CPCJ a
formao acadmica do Secretrio no identificada.
Organizao da comisso alargada CPCJ Para alm do funcionamento em plenrio, obrigatrio por lei, uma das formas de
organizao possveis para o desenvolvimento da actividade da comisso na modalidade
alargada a constituio de grupos de trabalho conforme os temas escolhidos segundo o
plano de actividades.
-
MODALIDADE ALARGADA
42
Grfico 17. Modelo de organizao da Comisso Alargada
CPCJ que enviam dados: 287
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
A constituio de grupos de trabalho conforme os temas escolhidos segundo o plano de
actividades foi a opo adoptada por 66,9% (192) das CPCJ. As restantes organizam o seu
trabalho de forma diversa.
Grfico 18: Temticas abordadas pelos grupos de trabalho da modalidade alargada
CPCJ que enviam dados: 286
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
As temticas abordadas pelos grupo de trabalho so diversas registando-se, por ordem
decrescente, os seguintes valores percentuais: Sensibilizao/divulgao do trabalho - 63,1
%(178); Elaborao do plano anual de interveno - 37,6 %(106); Dinamizao de
parcerias - 36,99 % (104); Avaliao de necessidades/problemticas - 29,8 %(84);
-
MODALIDADE ALARGADA
43
Respostas Sociais/Recursos - 29,1 %(82); Formao - 28,1 %(79); Regulamento interno -
20,6 %(58); Outros temas - 14,2 % (40); Diagnstico do funcionamento da CPCJ - 12,8 %
(36); Superviso - 2,5 %(7).
Grfico 19: Periodicidade das reunies da Comisso na modalidade Alargada
CPCJ que enviam dados: 282 Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Quanto periodicidade das reunies na modalidade alargada os dados revelam o seguinte:
41,8% (118) reuniu de 2 em 2 meses;
3,6% (10) realizou reunies mensais;
54,6% (154) reuniu com periodicidade superior a 2 meses.
Em comparao com 2008, regista-se um aumento do nmero de CPCJ que rene com
uma periodicidade superior a 2 meses (+ 4,6%).
Parte das CPCJ que no cumprem a periodicidade mxima de 2 meses apontam as seguintes
razes: a Indisponibilidade dos membros - 37,9%( 50); o facto de considerarem que no se
justifica - 20,5%(27); o elevado volume de trabalho da modalidade restrita - 18,8 %(24); o
pouco envolvimento da comisso alargada - 7,5 %(10); o facto de se organizar por grupos
de trabalho - 5,3 % (7); a acumulao de representaes em parcerias - 3,82%(3).
-
MODALIDADE ALARGADA
44
Grfico 20: Horrio das reunies da Comisso na modalidade Alargada
CPCJ que enviam dados: 283
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
As reunies da modalidade alargada ocorrem, na maioria dos casos 88,7%(251, em horrio
laboral. Em 10,9%(31) das CPCJ as reunies realizam-se em horrio ps-laboral .
Grfico 21: Existncia de perodo de funcionamento definido
237
33
Sim No
CPCJ que enviam dados: 270
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
O perodo de funcionamento das reunies da modalidade alargada est definido em 87,8%
(237) das CPCJ, valor idntico ao registado no ano de 2008 (87,8%).
-
MODALIDADE ALARGADA
45
Grfico 22: Reunies realizadas em 2009
219
56
Menos de 6 reunies 6 ou + reunies
N de CPCJ
CPCJ que enviam dados: 275
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
No ano em avaliao, realizaram-se, em mdia, por ano 3,8 reunies, tendo a maioria das
CPCJ reunido menos de 6 vezes (79,6%(219)). Para 20,4% (56) das comisses, decorreram
seis ou mais reunies durante o ano (em mdia 6,9 vezes).
Instrumentos Orientadores da aco das CPCJ A definio e aprovao do regulamento interno revelam-se fundamental para a
estruturao da actividade das comisses, na medida em que so formalizadas as
competncias das modalidades de funcionamento, os procedimentos logsticos e de
organizao (nomeadamente, convocao de reunies, regime de faltas, elaborao e
actas), o acompanhamento e distribuio de processos e a atribuio e gesto do fundo de
maneio e das verbas decorrentes do protocolo de cooperao.
Tal como se verificou em anos anteriores, a quase totalidade das comisses 97,8% (274)
dispe de regulamento interno aprovado em plenrio da modalidade alargada.
-
MODALIDADE ALARGADA
46
De igual importncia se reveste o plano de aco, instrumento de planeamento anual das
actividades e aces a realizar no ano seguinte, com base nas necessidades diagnosticadas,
atendendo s problemticas e aos recursos existentes na rea geogrfica em que exerce a
sua competncia.
Grfico 23: Aspectos positivos decorrentes da implementao do Plano de Aco
CPCJ que enviam dados relativamente a cada uma das categorias: 285
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Em comparao com 2008, a percentagem de CPCJ que elaboraram o Plano de Aco
registou um aumento significativo: de 81,6%, registados em 2008, para 86,1% em 2009.
O subgrupo de CPCJ que procedeu planificao anual das suas actividades identifica os
seguintes aspectos positivos:
maior sensibilizao da comunidade para a problemtica das crianas/jovens em
risco - 63,5% (181);
maior visibilidade das CPCJ junto da comunidade - 63,2%(180);
melhor organizao interna do trabalho - 57,2 % (163;)
o maior comprometimento dos membros da CPCJ - 56,5%(161);
melhor gesto dos recursos e servios existentes ao nvel da comunidade
39,6%(113).
-
MODALIDADE ALARGADA
47
Um grupo de 2,8% (8) aponta outras razes mas no as especifica.
Balano da actividade das CPCJ O balano da actividade baseia-se, tal como em anos anteriores, na identificao dos
factores positivos e boas prticas decorrentes do trabalho da CPCJ, assim como dos
constrangimentos sentidos em termos do seu funcionamento no ano de avaliao.
Grfico 24: Factores positivos decorrentes do trabalho da CPCJ
90
91
66
66
25
18
14
4
67
67
85
30
25
28
25
0
52
51
47
29
42
41
22
0
0 50 100 150 200 250
Interveno interdisciplinar / trabalho em parceria
Proximidade local e conhecimento da realidade por parte da CPCJ
Multidisciplinaridade do trabalho da CPCJ / complementaridade de
saberes
Interveno precoce (atempada)
Sensibilizao/envolvimento da comunidade face problemtica da
infncia / juventude
Reconhecimento da CPCJ ao nvel da comunidade
Reconhecimento da CPCJ ao nvel das entidades nela representadas
Outro.
N de referncias
1 2 3
CPCJ que enviam dados: 285
As CPCJ pontuaram de 1 a 3 as categorias de factores positivos Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Entre os factores positivos considerados mais relevantes pelas CPCJ, sobressaem:
-
MODALIDADE ALARGADA
48
Interveno interdisciplinar / trabalho em parceria - 21,2%(209)
Proximidade local e conhecimento da realidade por parte da CPCJ - 21,2%(209)
Multidisciplinaridade do trabalho da CPCJ / complementaridade de saberes - 20,1%
(198)
Interveno precoce (atempada)12,7%(125)
Sensibilizao/envolvimento da comunidade face problemtica da infncia /
juventude - 9,3% (92)
Reconhecimento da CPCJ ao nvel da comunidade 8,8% (87)
Reconhecimento da CPCJ ao nvel das entidades nela representadas - 6,2% (61)
Grfico 25: Boas prticas decorrentes do trabalho da CPCJ
89
172
38
13
3
108
76
84
28
0
72
22
110
45
4
0 50 100 150 200 250 300
Articulao com outros servios
da comunidade
Trabalho com as faml ias
Diagnstico de necessidade e
promoo junto das entidades
Articulao inter-CPCJ
Outras
"1" "2" "3"
CPCJ que enviam dados: 286
As CPCJ pontuaram de 1 a 3 as categorias de boas prticas Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
-
MODALIDADE ALARGADA
49
Ao nvel das boas prticas decorrentes da interveno das CPCJ, destaca-se: o trabalho
com as famlias e a articulao com outros servios da comunidade, que representam
respectivamente 31,3%(270) e 31,1%(269).
Grfico 26: Dificuldades relativas ao funcionamento das CPCJ
1
1
1
2
3
9
14
14
14
3
23
17
17
21
34
0
2
4
3
4
4
5
6
8
17
4
10
12
14
12
0
1
0
1
3
5
2
2
5
8
4
4
5
3
7
0 10 20 30 40 50 60
Apoio Informtico
Formao
Documentao tcnica
Maior disponibildade de viatura
Outra
Apoio Financeiro
Telemvel
Apoio tcnico
Apoio Administrativo
Mobil irio
Instalaes Prprias
Melhoria de instalaes
Telefone e fax
Equipamento Informtico
Viatura de uso exclusivo
1 Opo 2 Opo 3 Opo
CPCJ que enviam dados: 277
As CPCJ pontuaram de 1 a 3 as categorias de dificuldades sentidas Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
No que se refere s dificuldades de funcionamento, salientam-se: Insuficincia de
disponibilidade dos membros da CPCJ, 18,5%(184); escassez de respostas sociais
18,0%(179) e a ausncia de priorizao do trabalho por parte das entidades de origem,
17,6%(175) .
-
MODALIDADE ALARGADA
50
Sntese
semelhana dos anos anteriores, o Municpio assume maior relevncia ao nvel da
presidncia das CPCJ. Ganha relevncia a figura dos membros cooptados no que refere s
nomeaes para o cargo de Secretrio. No que diz respeito formao acadmica dos
membros que exercem a funo de presidente e de secretrio, regista-se uma prevalncia da
pedagogia e do servio social (presidente), e do servio social e psicologia (secretrio).
Destaca-se ainda que a maioria dos presidentes das CPCJ esto no seu primeiro mandato.
A maioria das CPCJ organiza o trabalho da modalidade alargada por grupos para assuntos
especficos, destacando-se, entre outros: a elaborao do plano anual de interveno, a
avaliao de necessidades/problemticas e a dinamizao de parcerias.
Somente cerca de metade das comisses rene o plenrio da modalidade alargada no
mnimo de 2 em 2 meses, de acordo com o estipulado na lei. As razes apontadas para o
no cumprimento da periodicidade estabelecida remetem para a indisponibilidade dos
membros e para a sobrecarga de trabalho. As reunies em plenrio da modalidade alargada
tm lugar em horrio laboral estando o perodo de funcionamento definido na maioria das
CPCJ.
A quase totalidade das comisses dispe de regulamento interno e cerca de 86%
elaboraram plano de aco, o que representa uma melhoria significativa face a 2008. Ao
nvel dos aspectos positivos decorrentes da implementao do plano de aco, sobressaem a
visibilidade das CPCJ junto da comunidade, a melhor organizao interna do trabalho
desenvolvido pelas CPCJ e a maior sensibilizao da comunidade para a problemtica das
crianas e jovens em risco e em perigo.
-
MODALIDADE ALARGADA
51
Os principais factores positivos decorrentes da actividade das CPCJ centram-se na
interveno interdisciplinar/trabalho em parceria, na proximidade local, na
multidisciplinaridade e na interveno precoce. O trabalho de interveno com as famlias
destacado como uma boa prtica.
Os principais constrangimentos confirmam as tendncias dos anos anteriores: escassez de
respostas sociais, indisponibilidade dos tcnicos, falta de priorizao do trabalho por parte
dos servios.
-
MODALIDADE ALARGADA
52
Parte 3
FUNCIONAMENTO DA CPCJ NA MODALIDADE RESTRITA
A anlise do funcionamento da CPCJ na modalidade restrita inclui um leque diversificado
de aspectos desde: i) composio da equipa tcnica (reas de formao, disponibilidade de
tempo para o trabalho na CPCJ e necessidades ao nvel do reforo tcnico); ii) horrio de
funcionamento e os meios utilizados para assegurar o atendimento em permanncia; iii)
organizao do trabalho processual (periodicidade das reunies, critrios de distribuio do
trabalho processual, forma de contacto com representantes legais da criana/jovem e
presena dos elementos da comisso na modalidade restrita na celebrao dos acordos de
promoo e proteco); iv) articulao estabelecida com o Ministrio Pblico.
-
MODALIDADE RESTRITA
53
Composio da comisso restrita No cumprimento do previsto na lei, a modalidade restrita da comisso deve ser composta
por uma equipa interinstitucional e interdisciplinar, incluindo, sempre que possvel, as
valncias de servio social, psicologia e educao, a sade e o direito, com o objectivo de
garantir uma maior eficcia ao nvel da interveno.
Grfico 27: N de Valncias mnimas presentes na modalidade restrita
CPCJ que enviam dados: 280
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
No ano de 2009 verifica-se que 22,8 % (66) das CPCJ tm na composio da modalidade
restrita pelo menos um elemento daquelas 5 valncias. Em 46,1% (129) existem 4 das 5
valncias indicadas pela lei, enquanto 26,8%(75) tem 3. Esta situao foi atenuada graas
colocao de elementos de reforo tcnico.
semelhana dos anos anteriores, os membros cooptados correspondem a 31,55% (714)
dos elementos que integram a modalidade restrita. Esta percentagem regista um aumento
face quela que se verificou em 2008 (26,7%). Por ordem decrescente, as restantes
entidades mais representadas so: Municpio/ J. Freguesia -12,6%( 306), Ministrio da
Educao - 11,6% (294) Segurana Social - 11,8%(280) Ministrio da Sade - 9,6%(233);
IPSS/ONG (Actividades de carcter institucional) representam 6,4%(158). As Foras de
segurana 5,1% (121) e as restantes entidades representam menos de 5 %.
-
MODALIDADE RESTRITA
54
Grfico 28: Elementos presentes na CPCJ modalidade restrita
CPCJ que enviam dados: 280
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Considerando a totalidade dos elementos de cada CPCJ na modalidade restrita regista-se a
seguinte distribuio de valncias: Servio social - 29,3%(686); Pedagogia - 20,3 %(476);
Psicologia - 16,1 %(377; Outras valncias no especificadas, 13,7%(320); Sade - 10,4
%,(244). Na rea do Direito registam-se 6,2 %(146) e da Sociologia 3,9 %(91).
-
MODALIDADE RESTRITA
55
Grfico 29: Disponibilidade semanal dada pelos servios de origem aos tcnicos
2197
161
Tempo inteiro Tempo parcial
CPCJ que enviam dados: 280
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
semelhana de anos anteriores a quase totalidade dos membros da modalidade restrita
exerce funes a tempo parcial (93,2%; 2197).
No que respeita ao nmero de horas dedicado ao exerccio de funes na modalidade
restrita, destacam-se: elementos cooptados - 37,9% (9501 horas) relativas a 744 elementos;
Ministrio da Educao - 17,6% (4411 horas)- 273 elementos; Municpio/ J. Freguesia -
15,1 % (3594 horas) relativos a 287 elementos; Seg. Social, 11,1% (2791 horas) 279
elementos; e Ministrio da Sade - 5,1% (1273 horas) relativas a 227 profissionais. As
restantes entidades disponibilizam 14% do total de horas, representando menos de 5% do
total de horas cada.
-
MODALIDADE RESTRITA
56
Grfico 30: Disponibilidade total de horas por entidade relativamente ao total de horas disponveis em todas as CPCJ
CPCJ que enviam dados: 280
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
O nmero mdio de horas disponibilizado a cada um dos membros representantes variou
entre as 15,9 horas e as 4,3 horas, valores idnticos aos registados em 2008.
Quando questionadas sobre a razo da solicitao de mais reforo tcnico, 86 CPCJ
identificaram as seguintes razes principais: a valncia no est presente na composio da
CPCJ, a necessidade de apoio jurdico, a importncia dessa valncia para o trabalho directo
com as famlias.
Funcionamento da comisso restrita Conforme estatui a alnea a) do n.2 do art. 21 da Lei de Proteco de Crianas e Jovens
em Perigo, compete comisso na modalidade restrita, nomeadamente: atender e informar
-
MODALIDADE RESTRITA
57
as pessoas que se dirigem CPCJ; apreciar liminarmente as situaes de que tenha
conhecimento, proceder instruo de processos; solicitar a participao dos membros da
comisso alargada nos processos sempre que tal se mostre necessrio; solicitar parecer e
colaborao de tcnicos ou de outras entidades pblicas ou privadas; decidir, acompanhar e
rever as medidas de promoo e proteco e informar semestralmente a comisso alargada.
Para o desenvolvimento das aces que se enquadram nesta lista de competncias, em
especial as que respeitam natureza essencial das suas funes, como o contacto com as
crianas e suas famlias, essencial que se possa dispor de um horrio de funcionamento
definido, sem o qual fica comprometido o trabalho da CPCJ.
Grfico 31: Horrio de funcionamento da CPCJ na modalidade restrita
CPCJ que enviam dados: 270
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
O horrio de funcionamento foi referido por 270 CPCJ. Destas, 88,2 % (238) tem um
horrio de funcionamento definido; 9,2% (25) das CPCJ no definiram horrio, enquanto
2,6%(7) CPCJ referem outra situao.
-
MODALIDADE RESTRITA
58
Grfico 32: Meios utilizados para assegurar o atendimento em permanncia
CPCJ que enviam dados: 271
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2008), CNPCJR
Para assegurar o funcionamento em regime de permanncia, as CPCJ utilizaram os
seguintes meios: telemvel - 48,0 % (132); voice-mail/reencaminhamento de chamadas
para entidades de 1 linha, nomeadamente GNR, PSP, Linhas de Emergncia e
Hospitais/Centros de Sade 33,8 % (93). Com menor expresso surge o sistema de
voice-mail com possibilidade de deixar uma mensagem gravada na CPCJ 8,8% (24),
assinale-se que este meio no permite actuao imediata. As CPCJ indicaram ainda outras
formas de garantir o regime de permanncia que representaram 9,5%(26) dos registos.
-
MODALIDADE RESTRITA
59
Grfico 33: Atendimento em permanncia aos dias teis e ao fim-de-semana em funo dos meses do ano
CPCJ que enviam dados: 287
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Apenas uma parte das CPCJ, 43,9% (126) refere ter recebido solicitaes para intervir fora
do perodo normal de expediente. O nmero total de solicitaes recebidas por estas CPCJ
foi de 4626, Tal valor constitui um aumento significativo em comparao com 2008 da
ordem dos 12,8%.
Estas solicitaes ocorrem mais frequentemente nos dias teis (62,6% ), no se registando
variaes mensais assinalveis.
Organizao do trabalho processual Tal como verificado em 2008, a quase totalidade das CPCJ 89,9% (251) cumpre o
estipulado por lei no que respeita periodicidade das reunies da modalidade restrita,
reunindo, no mnimo, com periodicidade quinzenal 51,6% (144) ou semanal 38,3% (107).
As comisses que no renem com esta periodicidade (8,63% (24)), referem as seguintes
razes: reduzido volume processual ou renem quando necessrio
-
MODALIDADE RESTRITA
60
Grfico 34: Periodicidade das reunies da comisso na modalidade restrita
CPCJ que enviam dados: 279
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
As CPCJ na modalidade restrita adoptam diversas formas de organizao do trabalho
processual, as mais comuns so as equipas de trabalho, o gestor de caso entre outras.
Grfico 35: Organizao do trabalho processual da comisso na modalidade restrita
CPCJ que enviam dados: 285
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
O trabalho processual das comisses de proteco organizado utilizando, nomeadamente,
as seguintes metodologias de trabalho:
Gestor de caso 80,7% (230);
Equipas de Trabalho 43,2% (123);
-
MODALIDADE RESTRITA
61
Outras formas 3,9%.
Atendendo ao facto de algumas CPCJ utilizarem mais do que uma destas metodologias de
trabalho, regista-se, no grfico anterior, as combinaes possveis: Apenas atravs da figura
do gestor 48,2 %(119); Gestor e Equipas de trabalho 41,3%(102); Apenas Equipas
6,5%(16); Gestor e outra forma de organizao 2,0%(5); Gestor, Equipas e ainda outra
forma de organizao 1,6%(4); apenas outra forma 0,4%(1)
Grfico36: Formas de distribuio dos processos em funo do tipo de organizao do trabalho na CPCJ
CPCJ que enviam dados: 285
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Os critrios subjacentes distribuio dos processos incidem, sobretudo, nas problemticas
que motivaram as situaes de perigo, rea geogrfica, o servio, valncia tcnica e
disponibilidade dos membros, sem diferenas substanciais no que respeita sua relao
com as formas de organizao mais frequentes, tal como mostra o grfico seguinte
O processo de promoo e proteco (PPP) inicia-se com a recepo de comunicaes
escritas ou verbais ou atravs de factos de que a CPCJ tenha conhecimento. No
cumprimento do consignado por lei, a comisso na modalidade restrita dever proceder
apreciao liminar dessas situaes de perigo sinalizadas, instaurao de processo sempre
que justificvel e consequente aplicao, acompanhamento e execuo da medida de
promoo e proteco.
-
MODALIDADE RESTRITA
62
Grfico 37: Procedimentos face abertura de um PPP
CPCJ que enviam dados: 285
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Em 2009, semelhana do que j vinha a ser registado em anos anteriores, voltou a
aumentar o nmeros de CPCJ que instaura um processo de promoo e proteco face a
uma comunicao de perigo, em obedincia ao disposto no art. 97 n.1 . As CPCJ que
assim procedem representam 83,2%(237), percentagem comparativamente maior que a
verificada em 2008( 81,9%) e em 2007(79,6%)
Paralelamente, existem 18,1% de CPCJ que antes de instaurar um processo procedem a
uma avaliao preliminar da situao de perigo. Esta diferena de procedimentos tem
tendncia a decrescer, merc da orientao da CNPCJR (emitida em 2006) que, em
observncia do disposto no art. 97, n. 1, da LPCJP, estipula que os processos devem ser
instaurados logo aps a sinalizao e, as diligncias sumrias a que alude o art. 94 da
mesma Lei, quando indispensveis e legtimas, devem ser efectuadas no mbito de um
processo j instaurado.
Verifica-se que a maioria das comisses instaura um processo de promoo e proteco por
criana/jovem. Constitui orientao da CNPCJR que a abertura de um processo por mais do
que uma criana/jovem s suceda nos termos previstos no art. 80 da LPCJP.
Igualmente, constitui orientao da Comisso Nacional de Proteco das Crianas e Jovens
em Risco que, para a obteno do consentimento para a interveno da CPCJ, os pais,
representantes legais ou detentores da guarda de facto da criana/jovem, se deve privilegiar
-
MODALIDADE RESTRITA
63
o contacto pessoal e a visita domiciliria, preferencialmente com tcnicos que j
acompanham a situao.
Grfico 38: Primeiro contacto com pais/representantes legais ou detentor da guarda, numa sequncia de opes
14
230
25
4
4
81
22
106
51
6
93
13
88
60
0
63
7
40
130
3
0 50 100 150 200 250 300
Por telefone
Por escrito
Atravs de visita domiciliria
Atravs dos agentes da comunidade
Outros meios:
1 em frequncia 2 em frequncia 3 em frequncia 4 em frequncia 5 em frequncia
CPCJ que enviam dados: 285
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Pela anlise do grfico verifica-se que o contacto por escrito representa a forma de contacto
mais frequente 82,4% (230). A visita domiciliria segue em segundo lugar com 40,8 %
(106), seguida do contacto pelo telefone 36,6%(93). O contacto por agentes da comunidade
foi mais frequentemente escolhido como 4 forma de contacto em 52,2 % (130) das CPCJ.
A visita domiciliria constitui a forma de contacto a privilegiada para as situaes de perigo
mais graves, designadamente para a vida e integridade fsica.
importante referir que a forma de contacto com os pais est necessariamente ligada
natureza e urgncia da situao de perigo comunicada.
-
MODALIDADE RESTRITA
64
Grfico 39: Elementos presentes no momento da audio da criana e jovem, celebrao do APP e assinatura do acordo
CPCJ que enviam dados: 285
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
A presena dos pais, representantes legais ou detentores da guarda de facto das
crianas/jovens, as crianas com 12 ou mais anos nos momentos de audio, celebrao do
acordo de promoo e proteco e na sua assinatura de crucial importncia para todo o
processo de interveno. Para alm destes importante que esteja presente o gestor de caso
se estiver indicado ou de outros responsveis pelo acompanhamento da situao. A
frequncia relativa s presenas destas pessoas nos vrios momentos foi assinalada pelas
CPCJ, no difere daquela verificada em 2008. Assim:
- Pais, representante legal ou detentor da guarda de facto
Audio - 95,4% (272 CPCJ);
Celebrao do acordo - 96,8% (276);
Assinatura do acordo - 95,4 % (272)
- Criana com idade igual ou superior a 12 anos:
Audio - 63,9% (182);
Celebrao do acordo - 94,4 % (269);
Assinatura do acordo - 91,2 % (260).
-
MODALIDADE RESTRITA
65
- Gestor de caso
Audio - 96,7% (264)
Celebrao do acordo - 94,0 % (268)
Assinatura do acordo - 87,4% (249)
Na fase da audio o envolvimento de outras entidades foi muito reduzido 4,9% (14) sendo
mais frequente, como natural, nas fase de: celebrao do acordo e da sua assinatura,
43,9%(125) e 50,9%(145) respectivamente.
Relativamente s crianas entre os 7 e os 12 anos registaram-se as seguintes percentagens:
audio - 16,88% (48); celebrao do acordo - 15,4% (44); assinatura do acordo 2,5%(7)
Apesar da legitimidade para a interveno no estar dependente da oposio das crianas
desta idade sem prejuzo desta ser relevante se a criana tiver maturidade para entender o
sentido e alcance da interveno - a lei de proteco consagra a sua participao,
designadamente atravs da audio e presena nos actos processuais acima referidos.
Relacionamento com o Ministrio Pblico De acordo com o consignado na Lei de Promoo e Proteco o Ministrio Pblico
acompanha a actividade das comisses de proteco, apreciando a legalidade e a adequao
das decises, fiscalizando a sua actividade processual e promovendo os procedimentos
judiciais adequados. tambm da sua competncia, representar as crianas e os jovens
em perigo, propondo aces, requerendo providncias tutelares cveis e usando quaisquer
meios judicirios necessrios promoo e defesa dos seus direitos e sua proteco.
-
MODALIDADE RESTRITA
66
Grfico 40: Existncia de interlocutor designado pelo MP e sua participao nas reunies da CPCJ
254
86 85
29
197 198
Existncia de interlocutor
designado pelo MP
Participao do MP nas
reunies da Modalidade
Restrita
Participao do MP nas
reunies da Modalidade
Alargada
sim no
CPCJ que enviam dados: 283
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Obrigatoriamente todas as CPCJ tm um interlocutor Ministrio Pblico designado embora
29 afirmem desconhece-lo. Das 254 (90,7%) CPCJ que afirmam ter interlocutor, quando
questionadas sobre a sua participao nas reunies, as mesmas referiram a participao na
modalidade alargada 30,4%(86), embora 30,0%(85), tenham referido a sua participao nas
reunies da modalidade restrita, estando em curso diligncias para apurar o motivo desta
ocorrncia.
-
MODALIDADE RESTRITA
67
Grfico Tipo de articulao e meios de contacto entre a CPCJ e o MP
CPCJ que enviam dados: 283
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
Dos 10719 contactos registados entre as CPCJ e o Ministrio Pblico, conclui-se que, em
63,7% dos casos, a iniciativa foi comisses, enquanto que em 36,3%, a iniciativa foi do
Ministrio Pblico.
Os motivos dos contactos estabelecidos com o Ministrio Pblico por iniciativa da CPCJ
revelam uma frequncia idntica aos assinalados no ano de 2008 e foram os seguintes:
Orientao para diligncias processuais - 47,4%, (em mdia 11,5 contactos por CPJC);
esclarecimentos de ordem jurdica - 26,0% (6,3 contactos mdios por CPCJ);
Procedimentos de Urgncia -7,6% (2,0 contactos mdios por CPCJ); Convite para a
participao em pelo menos uma reunio da CPCJ na modalidade Alargada 6,7% (1,6
contactos em mdia por CPCJ) e Outros motivos 12,3% (3,9 contactos em mdia por
CPCJ)
Os contactos estabelecidos por iniciativa do Ministrio Pblico tiveram os mesmos
motivos: Orientao para diligncias processuais 37,4%, ( em mdia 7,5 contactos por
CPJC); esclarecimentos de ordem jurdica - 15,2 % (4,8 contactos mdios por CPCJ);
Procedimentos de Urgncia - 6,7 % (2,0 contactos mdios por CPCJ); Convite para a
participao em pelo menos uma reunio da CPCJ na modalidade Alargada 22,1% (6,6
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contactos em mdia por CPCJ) e Outros motivos 18,7 % (11,7 contactos em mdia por
CPCJ).
Grfico 42: Formas de contacto entre a CPCJ e o MP
CPCJ que enviam dados: 283
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
As CPCJ tendem a recorrer mais aos contactos telefnicos, 46,8 % (3923), enquanto que o
Ministrio Pblico opta com mais frequncia por um contacto escrito, 71,0% (2617). Os
contactos pessoais assumem um menor peso relativo j que constituem 15,7% (1331) do
total dos contactos estabelecidos pela CPCJ e 13,8 % (653) pelo do Ministrio Pblico.
Grfico 43: Avaliao da frequncia dos contactos estabelecidos com MP
CPCJ que enviam dados: 282
Fonte: Relatrios de Actividades das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (2009), CNPCJR
A avaliao por parte das CPCJ da frequncia dos contactos estabelecidos positiva, com
77,0 %(218) de CPCJ a afirmarem ter sido suficiente.
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Algumas CPCJ (41) sugerem melhorias na articulao com o Ministrio Pblico,
designadamente, reunies mais frequentes se possvel com um calendrio definido para a
discusso de situaes mais complexas e a avaliao de procedimentos nos processos de
promoo e proteco., Verifica-se a necessidade de partilhar as
problemticas/constrangimentos da interveno.
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