PRIMEIRO DE ABRIL - Fundação Torinodos ou constituições refutadas parecem ser inúteis ......

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SIMULAZIONE DELLE NAZIONI UNITE BELO HORIZONTE, 1 DE ABRIL DE 2017 O primeiro do mês quarto chegou quebrando tudo, e com ele várias as falsas notícias disseminadas pela MUNDI, que movimentaram os comitês. O primeiro alvo das brincadeiras de primeiro de abril foi o comitê Brexit. A notícia chegou pela manhã e di- zia: “Putin é sequestrado e partido comunista russo toma poder”. Infelizmente, a pegadinha não teve o efeito desejada já que um dos diretores desmentiu o fato. Já o segundo alvo, o comitê de Segurança, teve a surpresa da suposta aliança entre Estados Unidos e Estado Islâmico. Um alvoroço enorme foi criado no comitê, que já estava em clima de crise. A MUNDI pede desculpas pelo transtorno e espera que todos tenham compreendido a brincadeira desse dia tão singular. PRIMEIRO DE ABRIL ! Laura Tomaz, Luiza Andrade 1

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SIMULAZIONE DELLE NAZIONI UNITE BELO HORIZONTE, 1 DE ABRIL DE 2017

O primeiro do mês quarto chegou quebrando tudo, e com ele várias as falsas notícias disseminadas pela MUNDI, que movimentaram os comitês.

O primeiro alvo das brincadeiras de primeiro de abril foi o comitê Brexit. A notícia chegou pela manhã e di-zia: “Putin é sequestrado e partido comunista russo toma poder”. Infelizmente, a pegadinha não teve o efeito

desejada já que um dos diretores desmentiu o fato.Já o segundo alvo, o comitê de Segurança, teve a surpresa da suposta aliança entre Estados Unidos e Estado

Islâmico. Um alvoroço enorme foi criado no comitê, que já estava em clima de crise.

A MUNDI pede desculpas pelo transtorno e espera que todos tenham compreendido a brincadeira desse dia tão singular.

PRIMEIRO DE ABRIL!Laura Tomaz, Luiza Andrade

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Alice Fara e Noa Travassos

A FALTA DE EMPATIA DIPLOMÁTICA GERA CRISE

No segundo dia de debates acirrados no comitê CSNU 2020, questões ideológicas do Estado Islâmico e dos países posicionados foram amplamente discutidas. O problema do não reconhecimento do ISIS como estado levou a contrastes nos pareceres antagônicos entre as nações. As colocações mais abordadas foram aquelas da Índia e da Arábia Saudita, que, por razões econômicas, autenticaram o ISIS como um legítimo estado.Como ressaltado, o dever do diplomata é de demon-strar o interesse da própria população e não neces-sariamente a ideologia do governo atuante e, tendo isso em vista, é preciso tomar como base o diálogo para atingir uma conclusão plausível. Acordado quase que unanimemente pelos países, as fundamentais in-tenções do Estado Islâmico são, através do extremis-mo, expandir-se e consequentemente disseminar o ódio, a dor e o caos por meio de uma teocracia antiéti-ca; contradizendo à genuína palavra do texto sagrado que afirma que a fé muçulmana deve ser alastrada de maneira não violenta.As nações que declararam o ISIS como estado foram: Catar, Afeganistão e Índia, essa qual justificou seu posi-cionamento por urgentes carências econômicas, dev-ido a financiamentos externos insuficientes. Quando atacada pelos demais países, fundamentou sua decisão

sob o egoísmo desses mesmos por não se disporem abertos a oferecer nenhuma ajuda de caráter algum. Como solução, a resolução propunha inicialmente uma ameaça a um embargo econômico (realizado pelos países do P5) à República da Índia.A crise foi estabelecida pela revelação abrupta do reconhecimento do ISIS como estado por parte da Arábia saudita, esclarecendo sua atitude por motivos meramente econômicos, pois o Estado Islâmico con-trabandeava o seu petróleo e vendia-o por um preço menor, reduzindo a compra oficial e gerando inflação. Para desestabilizar seus laços com o grupo terrorista, pede ajuda militar, para se defender do ISIS, um mer-cado eficaz para seu petróleo e ajuda humanitária. A situação sucedida na Arábia Saudita se assemelha sutil-mente àquelas dos demais países que se declararam a favor do estabelecimento legítimo do Estado Islâmico. Portanto, a resolução à crise foi a declaração de um embargo econômico de todos os países presentes contra as nações da Índia, Afeganistão, Catar e Arábia Saudita, o qual seria extinto se essas se compromet-essem a não se aliar novamente ao Estado Islâmico. A resolução foi votada e aprovada.

ESTADOISLÂMICO

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Laura Tomaz e Francisco Lacerda

Crianças soldados: meio necessário ou abusivo?

O segundo dia de simulação no CPAR (Conferência de Paris) começou com a discussão da agenda. Algu-mas questões estavam em pauta: a maioridade, a idade mínima para o ingresso nas forças armadas, como pre-venir o recrutamento, modos de retirar as crianças das guerras, entre outros.

Alguns países, principalmente europeus, se mostraram fortemente contrários à guerra e ao uso de crianças soldados, preocupando-se com o futuro das mesmas e das suas respectivas nações. Porém, outros delegados ressaltaram que a guerra é uma realidade presente em vários países africanos e asiáticos e, por isso, é preciso usar qualquer meio necessário no combate, deixando claro que as crianças não eram colocadas diretamente no fronte, mas treinadas para futuramente entrar em guerra.

Facilmente a casa entrou em acordo e criou um docu-mento de trabalho, definindo como treze anos a idade mínima estabelecida para ingressar nas forças armadas, mas não definindo a maioridade. Foi recomendada também a criação de escolas militares, com matérias voltadas para o ensino bélico e humanitário, quase

sempre teórico. Ainda sim existiria a possibilidade de enviar as crianças para a batalha em casos de urgência, os quais não foram definidos pelos membros do com-itê. Delegações de países mais desenvolvidos, tais quais Holanda, Itália, Grécia e Espanha, se dispuseram a for-necer ajuda humanitária, econômica e alimentícia.

A chegada da delegação japonesa durante a terceira sessão agitou a discussão. Críticas à existência da guerra, à competência de governos e até ao posicionamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estavam sempre presentes no discurso do delegado japonês. Os comentários levaram a acusações ao Japão e ao seu passado, mas também provocaram uma maior participação dos diplomatas, que passaram a defender com mais força as suas posições.

O dia de simulações terminou com uma surpresa: dez-essete crianças foram encontradas abandonadas na beira da estrada. Apresentavam quadros clínicos graves, tais como desnutrição e psicológico gravemente abalado. O povo clamava por uma resposta rápida do país e da comissão diante do acontecimento de tal atrocidade.

CRIANÇASSOLDADOS

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Luiza Andrade e Maria Izabel Clozato

“O militar nunca está pronto para a guerra, está em constante aprimoramento”.

Hoje, a MUNDI teve a enorme oportunidade de con-versar com o Capitão Tenente Dias Santos, responsável pela Colégio Naval de Angra dos Reis, RJ.

Ele conheceu a SNU através de um secretário do Grêmio escolar, e está muito satisfeito: “Não hánenhuma crítica a ser feita, Apenas elogios”.

Sua experiência em simulações durante seu perío-do de Ensino Médio não foi extensa, mas quando entrou para a Colégio Naval do Rio de Janeiro teve a oportunidade de delegar: foi para São Paulo, Cu-ritiba e até debateu na Sede da Força Aérea. “Para nós militares é muito importante essa troca de conhe-cimento, pois nos acrescenta humanamente”.

Os alunos navais de Angra começam sua rotina às 7 horas da manhã, com aulas de Instrução Militar Naval, aulas de Inglês e Espanhol, além de outras matérias comuns ao currículo de outras escolas. Na parte da tar-de, eles treinam seu físico com esportes (o Capitão Tenente era atleta de esgrima), como Vela, Canoagem,

etc., além de aulas de navegação com curtos trajetos práticos. No Rio, a escola também serve como gradu-ação, e os estudantes podem escolher entre os cursos de mecânica, eletrônica, sistema de armas e adminis-tração (onde as vagas são bem mais restritas).

Enquanto escolas “normais” fazem excursões para mu-seus, na Colégio Naval eles treinam suas habilidades de navegação em um navio-escola que visita lugares da América ou Europa durante seis meses, a chamada Viagem de Ouro. “É como uma embaixada móvel, Os alunos conhecem várias culturas diferentes”. O Capitão diz que seu sonho é que um dia, a Viagem de Ouro se torne uma circunavegação.

Quando perguntamos sobre sua preparação bélica, sua resposta foi objetiva e realista: “O militar nunca está pronto para a guerra, está em constante aprimoramen-to”.

Sobre a questão das mulheres atuantes no âmbito naval, o Capitão Tenente constata que é muito im-portante a participação do sexo feminino, inclusive, o Colégio admite garotas no curso de administração, onde elas recebem o mesmo treinamento físico dos homens.

É uma honra para a Fundação Torino não apenas rece-bê-lo, mas também ouvir os elogios que foram feitos à instituição e à simulação.

ENTREVISTA

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países apelam para uma política nacionalista e extrema-mente protecionista. Temas claros, como a preferencia pelo o continente europeu para receber refugiados, são debatidas enquanto guerra não é só manchete de jornal para uns.Perante todo esse caos generalizado e o mundo em eterna decadência, é ainda mais penoso reconhecer que um bloco de integração política, econômica e cul-tural se vê saturado. O terrorismo é imagem semelhança, não tem rosto, cul-

tura e nação. Não são os humanos que fazem guerra. Somos nós a faze-la. A qualidade de ser uno, de não poder ser dividido encontra-se gradativamente uma fac-uldade mais arbitrária. Somos nos que demolimos nos-sas casas, matamos nossos compatriotas e reservamos um futuro de guerra para nossos filhos. O ser humano é inerte à liberdade, logo, vale o livre-ar-bítrio no que tange a questão dos refugiados?

Vitoria Mendes

Tal como as pessoas, há países que têm “mais mundo” do que outros. No caso europeu, se há país que tem mundo é a Grã-Bretanha. Parecemos terminar o se-

gundo dia sem uma definição do quadro complexo que o Brexit é. A supranacionalidade do bloco torna-se um conceito progressivamente incerto, tendo em vista os caminhos consideravelmente divergentes propos-tos pelos integrantes do bloco. O que se propunha ser um conselho comprometido a solucionar os entraves por meio da diplomacia, paira em margens turbulentas. O debate girou em torno da possibilidade de os britânicos ficarem no mercado comum mesmo saindo da UE. A resposta europeia não foi imperativa, já que as posições dos delegados diferem de forma atroz.Propostas sancionadas, leis infringidas, tratados debati-dos ou constituições refutadas parecem ser inúteis para conter o fenômeno que se forma na assembleia europeia. Perdidos nos fardos carregados pelo ser humano,

COEBREXIT

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SNU, FUNDAÇÃO TORINO.1/04/2017

JOÃO PAULO OLIVEIRA CRUZ, LUIZA ANDRADE. COMIT Ê DE IMPRENSA. 7