Primeiros Socorros

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1 Primeiros Socorros Indice - Abordagem da vítima; - Afogamento; - Asfixia; - Choque elétrico; - Desmaio e crise epilética; - Enfarte; - Fratura; - Insolação / Golpe de calor - Parto de emergência - Picada de cobra; - Sangramentos; - Transporte da vítima; - Bibliografia.

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Primeiros Socorros

Indice

- Abordagem da vítima;

- Afogamento;

- Asfixia;

- Choque elétrico;

- Desmaio e crise epilética;

- Enfarte;

- Fratura;

- Insolação / Golpe de calor

- Parto de emergência

- Picada de cobra;

- Sangramentos;

- Transporte da vítima;

- Bibliografia.

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Abordagem da vítima no ABCDE

Airway Nível de consciência - via aérea

Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem movimentar a cabeça e procure:

Elevação da mandíbula com os dedos em gancho.

Se a boca abre naturalmente; Se existe sangue ou outros fluídos; Se existem dentes partidos; Se existem próteses dentárias soltas;

Abertura da boca com a técnica dos dedos cruzados

Uma ligeira tração a região cervical; Alinhe a região cervical; Efetue a elevação da mandíbula; Aplicar um tubo orofaríngeo; Aspire se existirem fluídos;

Elevação da mandíbula

Se ao alinhar a região cervical sentir resistência, não forçar e manter a posição; Só aplicar o colar cervical quando a vítima se encontrar devidamente alinhada; Aplicar o tubo orofaríngeo somente se a vítima não reagir; Efetuar uma aspiração rápida, atenção ao vômito;

Breathing Ventilação

Na primeira abordagem pesquise:

Se ventila; Se a ventilação é eficaz; Se os movimentos torácicos são simétricos; Se existem lesões abertas do tórax;

Atuação

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Se a vítima não ventila efetue duas insuflações, e verifique a circulação; Se a vítima estiver com pulso e não ventilar, efetue uma insuflação cada 5 segundos (adulto), ou 1 insuflação cada 3 segundos (criança) Se os ciclos ventilatórios forem inferiores a 10, assista a ventilação;Administrar oxigênio: Traumatismo simples - 3Lt/m Traumatismo aberto - 10 Lt/m Paragem ventilatória - 15 Lt/m Ventilação assistida - 15 Lt/m

Recomendações:

Se ao ventilar o ar não entrar, verifique a elevação da mandíbula; Se após ter corrigido a elevação da mandíbula e o ar não entrar, considere a obstrução da via aérea, que pode ser por: Edema Fluídos (sangue ou outro) Dentes partidos Pesquise novamente a cavidade bucal e aspire se necessário. Se a vítima apresenta dificuldade ventilatória, procure: Se não existe sangue na orofaringe; Se a expansão torácica é eficaz e simétrica; Despiste um possível pneumotórax;

Circulation Circulação

Na primeira abordagem pesquise :

Se a vítima tem pulso; Se existem hemorragias ativas; Se existe alterações da cor, umidade e temperatura da pele

Atuação

Se a não tem pulso, inicie de imediato as manobras de R.C.P. Se tiver alguma hemorragia, proceda ao seu controlo; Se a vítima apresentar, palidez, sudorese, hipotermia, pulso rápido efetue a elevação dos membros inferiores, aqueça a vitima; Administrar oxigênio: Se não apresenta alterações da pele, da ventilação ou do pulso-3 lt/m Se apresentar sinais de CHOQUE - 10 lt/m Se apresentar hemorragia - 10 Lt/m Recomendações: Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;

Recomendações

Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução; Controle as hemorragias utilizando umas das técnicas ou em conjunto: Compressão direta Elevação do membro; Compressão indireta; Aplicação de frio;

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Garrote/torniquete - a usar somente em amputados ou esmagamentos e quando todas as outras técnicas falharem; Ao efetuar a elevação dos membros inferiores não ultrapasse os 45º para não interferir com um possível traumatismo vertebro-medular

Disability Avaliação neurológica

O exame neurológico deve ser feito avaliando:

Nível de consciência Habitualmente é classificado segundo a Escala de Coma de Glasgow que descreve a resposta ocular, verbal e motora a estímulos verbais e dolorosos. Trata-se de uma escala utilizada por equipas médicas. Para o Tripulante de Ambulância recomenda-se a quantificação da resposta da doente de acordo com a nomenclatura A-V-D-I,: A – ALERTA – Neste caso o doente apresenta-se consciente, no entanto é necessário verificar se está orientado no tempo e no espaço, se o discurso que apresenta é compreensível, etc.., Caso esteja inconsciente passe a fase seguinte V – Responde a estímulos VERBAIS – O doente encontra-se inconsciente, neste caso chame pela vítima e verifique se esta reage, e se sim, que tipo de reacção obtém ao estímulo verbal, se abre espontaneamente os olhos ou outro tipo de reacção; D – Responde a estimulação DOLOROSA – Não se obteve qualquer estimulo à voz, neste caso vai-se provocar dor ao doente, verificando se este reage a dor e se sim que tipo de reacção obtemos, se este localiza a dor ou se apresenta um movimento de fuga a dor; I – Sem resposta (IRRESPONSÍVEL)– O doente não reage a nenhum estímulo, quer verbal quer doloroso, no entanto é necessário verificar se este apresenta algum movimento de flexão ou extensão anormal, ou outro tipo de movimentos que possam surgir. Estes elementos depois de recolhidos e transmitidos ao médico vai possibilitar que este os enquadro na escala de Glasgow.

Escala de glasgow

Deve ser pesquisada em todos os pacientes de trauma que apresentem alguma alteração do nível de consciência. Os pacientes cujo estado de consciência e orientação estão evidentemente preservados, serão classificadas com score máximo de “15 ”. As vítimas que apresentam “ parada cárdio respiratória”, receberão o score mínimo de “3”.

A) Pesquisa da abertura ocular.

1) Verifique se o paciente abre os olhos espontaneamente. Se positivo, atribua o score “4”

2) Se não estiver com os olhos abertos, chame-a, com a voz forte e alta, pergunte-lhe o nome, observe se abre os olhos a estímulos sonoros. Mesmo que após abrir os olhos, não os mantenha abertos atribua o score “3”.

3) Se não obtiver reação, estimule-a dolorosamente com compressão breve em região esternal e observe se há abertura ocular mesmo que por um breve instante, neste caso atribua o score “2”.

4) Se não obtiver abertura ocular, atribua o score “1”.

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B) Pesquisa da melhor resposta verbal

1) Após chamá-la, pergunte-lhe o nome, o que ocorreu, se sabe onde esta. Caso apresente-se orientada, conversando, atribua score “5”.

2) Se o paciente lhe responde, mas demonstrar através da conversa que não tem noção do que esta ocorrendo, não sabe onde esta ou quem é, esta desorientada, atribua score “4”.

3) Se o paciente não conversa, mas apenas fala palavras ou frases soltas, desconexas, inapropriadas para a situação, atribua score “3”.

4) Se o paciente reage apenas com sons ou gemidos, mesmo a estímulos dolorosos, atribua score “2”.

5) Se não houver qualquer resposta atribua a score “1”.

C) Pesquisa da melhor resposta motora

1) Solicite ao paciente que execute algum gesto simples. Por exemplo, levante os dedos, aperte sua mão, pisque os olhos. Tal solicitação tem, por finalidade em verificar se a mesma compreende e atende alguma destas ordens simples. Se positivo, atribua score “6”.

2) Se o paciente não atende a solicitações, faça um estimulo doloroso breve, ( compressão e fricção esternal) e verifique se a mesma localiza e afasta o estimulo com as mãos. Se fizer, atribua score “5”.

3) Se o paciente não chega a localizar e afastar o estimulo doloroso, verifique se ao menos ela esboça alguma reação, como pequena flexão dos cotovelos, aproximação dos membros ao tronco, mímica facial, retirada do membro quando estimulado ( compressão do leito ungueal). Se houver este tipo de reação, atribua score “4”.

4) Se o paciente reage ao estimulo doloroso com postura tipicamente conhecida como decorticação ( Flexão dos membros superiores e extenção da cabeça e dos pés), mesmo que em apenas uma metade do corpo atribua score “3”.

5) Se o paciente reage ao estimulo doloroso com postura tipicamente conhecida como descerebração ( extensão dos membros superiores, cabeça e pés), mesmo que em apenas uma metade do corpo, atribua score “2”.

6) Se não houver reação atribua score “1”.

Obs: Se o paciente apresentar trauma torácico importante, não utilize a compressão esternal como estimulo doloroso.

Ao avaliar a melhor resposta, verifique antes se os movimentos dos membros da vítima não estão restringidos. A avaliação da resposta pode também ser confundida por uma paralisia localizada.

Em situações em que o paciente apresenta distúrbio de comportamento como histeria ou síndrome conversiva, a avaliação é bastante prejudicada, e a baixa pontuação pode não corresponder à realidade do problema.

Reatividade das pupilas

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Para além da nomenclatura A-V-D-I, deve avaliar a resposta pupilar à luz, pois é um bom indicador da existência ou não de sofrimento cerebral. Para isso, deve incidir uma luz diretamente sobre cada uma

das pupilas.

Miose

Midriase

Anisocoria

Verifique se a reação é idêntica em ambas. Se não existir contração pupilar ou se esta for diferente de pupila para pupila, poderá indicar sofrimento do Sistema Nervoso Central.

Exposition

Exposição das vestes

Procure expor as vestes da vítima em locais mais fáceis para o corte e tomando o cuidado com a hipotemia. Evite exposição desnecessárias evitando constrangimentos.

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Afogamento

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.

SINAIS E SINTOMAS

Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito, distensão abdominal, tremores , cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-respiratória

PREVENÇÃO

Para bebês- Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida. Para crianças- Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.

Para adultos- Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas. Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro.

"NUNCA SE DEVE FINGIR ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO"

PRIMEIROS SOCORROS EM AFOGAMENTO

Objetivo

Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.

Meios

Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não evasivas.

"NÃO É PERMITIDO AO SOCORRISTA NENHUMA MEDIDA EVASI VA"

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O socorrista

Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP )

O resgate

O resgate deve ser feito por fases consecutivas : Compreendendo a Fase de observação, de entrada na água , de abordagem da vítima, de reboque da vítima, e o atendimento da mesma.

Fase de observação

Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate.

O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima.

Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.

Fase de entrada na água

O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.

Fase de Abordagem

Esta fase ocorre em duas etapas distintas:

Abordagem verbal; Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos.

Abordagem física; O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.

"O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR QUE A VÍTIMA O AGAR RE"

Fase de reboque

O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar , ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa . No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda .

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Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito.

Fase de atendimento

O atendimento

Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos(água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.

Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações.

Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.

A nível de Primeiros Socorros deve-se sempre:

1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes

2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.

3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.

Outros procedimentos em casos particulares seriam:

1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , da retirada do corpo estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.

2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.

3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.

Respiração Artificial Boca-a-Boca

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Asfixia

Crianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial no nariz, boca e

ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes, moedas, bolinhas de papel e

grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e respiração difícil ou ausente.

No ouvido o Não tente retirar objetos profundamente introduzidos, nem coloque nenhum instrumento no canal auditivo.

o Não bata na cabeça para que o objeto saia, a não ser que se trate de um inseto vivo.

o Pingue algumas gotas de óleo mineral morno (vire a cabeça para que o óleo e o objeto possam escorrer para

fora), e procure ajuda médica especializada imediatamente.

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Nos olhos o Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos, pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de água morna

no olho atingido. Se isso não resolver, cubra os 2 olhos com compressas de gaze, sem apertar, e procure um

médico.

o Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra-os e procure ajuda médica. Se não for

possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo, um copo) e procure ajuda médica

imediata.

No nariz

o Instrua a vítima para respirar somente pela boca, orientando-a para assoar o nariz.

o Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto. Se ele não sair, procure auxílio

médico.

Objetos engolidos o Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior. Deixe a pessoa tossir

com força, este é o recurso mais eficiente quando não há asfixia.

o Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure um médico.

o Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de que o objeto está obstruindo as vias

respiratórias, o que significa que há asfixia.

Asfixia

O que fazer:

o Aplique a chamada "manobra de Heimlich". Fique de pé ao lado e ligeiramente atrás da vítima.

o A cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito. Em seguida, dê 4 pancadas fortes no meio das costas,

rapidamente com a mão fechada. A sua outra mão deve apoiar o peito do paciente.

o Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, com seus braços ao redor da cintura da pessoa.

Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro, contra o abdômen da vítima, ligeiramente acima do

umbigo e abaixo do limite das costelas. Agarre firmemente o pulso com a outra mão e exerça um rápido puxão

para cima. Repita, se necessário, 4 vezes numa seqüência rápida.

o Se a vítima for um bebê ou criança pequena, deite-a de bruços apoiando no seu braço. Dê 4 pancadas fortes,

mas sem machucá-lo.

o Mantenha o bebê apoiado no seu braço, virado de costas, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, e

apóie 2 ou 3 dedos no seu abdômen, ligeiramente acima do umbigo e abaixo da caixa torácica. Pressione as

pontas dos dedos com um ligeiro alongamento ascendente. Se necessário, repetir 4 vezes. Procure auxílio médico.

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Choque elétrico

O que acontece O choque elétrico, geralmente causado por altas descargas, é sempre grave, podendo causar distúrbios na circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à parada cárdio-respiratória. Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3º grau) - a de entrada e de saída da corrente elétrica.

Primeiras providências Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral.

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Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel. Empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha.

O que fazer Se houver parada cárdio-respiratória, aplique a ressucitação. Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo. Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. Se estiver inconsciente, deite-a de lado. Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma. Procure ajuda médica imediata.

A ressucitação cárdio-pulmonar Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (o chamado osso esterno).

......... ............

Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.

........ ...........

Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater. Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.

DESMAIO E CRISE EPILÉTICA

O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, fazendo com que o

paciente caia no chão. Pode ser causado por vários fatores, como a subnutrição, o cansaço, excesso de sol,

stress. Pode ser precipitado por nervosismo, angústia e emoções fortes, além de ser intercorrência de

muitas outras doenças.

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Identificação:

· Tontura;

· Sensação de mal-estar;

· Pele fria, pálida e úmida;

· Suor frio;

· Perda da consciência.

Tratamento:

Diante de um indivíduo que sofreu desmaio, devemos proceder da seguinte maneira:

· Arejar o ambiente;

· Afrouxar as roupas da vítima;

· Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas;

· Não permitir aglomeração no local para não prejudicar a vítima.

Crise Epilética:

A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza por causar crises de

convulsões (ataques) em sua forma mais grave.

Os ataques ou convulsões se caracterizam por:

· Queda abrupta da vítima;

· Perda da consciência;

· Contrações de toda a musculatura corporal;

· Aumento da atividade glandular com salivação abundante e vômitos.

Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfíncteres com micção e evacuação involuntárias.

Ao despertar, o doente não se recorda de nada do que aconteceu durante a crise e sente-se muito

cansado, indisposto e sonolento.

A conduta do socorrista no ataque epilético consiste, principalmente, em proteger o doente e evitar

complicações. Deve-se deitar o paciente com roupas leves e desapertadas (as contrações musculares

aumentam a temperatura corpórea) e virá-lo de lado para que não aspire as secreções ou o vômito para os

pulmões.

Um cuidado especial deve ser dado à boca, pois o doente pode ferir-se, mordendo a língua ou as

bochechas. Para tanto, interpõe-se um calço (pedaço de pano, por exemplo) entre os dentes superiores e

inferiores, impedindo que eles se fechem. Esta manobra, entretanto, deve ser cuidadosa, pois o socorrista

poderá ser mordido, ou o objeto poderá causar obstrução respiratória. Cessada a crise, que dura de 1 a 5

minutos, o doente deverá receber limpeza corpórea, ingerir líquidos e repousar em ambiente silencioso.

É preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doença acarreta um grande senso de

inferioridade e a presença de estranhos apenas contribui para a acentuação do problema psicológico.

Deve-se orientar o paciente para voltar a procurar o médico, pois haverá necessidade de ajustar a

dose da droga em uso.

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Enfarte

O que acontece O enfarte ou ataque cardíaco, mais precisamente chamado de infarto do miocárdio, é a obstrução de uma artéria, impedindo o fluxo sanguíneo para uma área do coração, lesando-a. Ele pode ser fatal, por isso necessita de ajuda médica imediata.

O que fazer >> Providencie auxílio médico imediato. >> Deixe o paciente em posição confortável, mantendo-o calmo, aquecido e com as roupas afrouxadas. >> Se houver parada cárdio-respiratória, aplique a ressucitação cárdio-pulmonar.

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O que acontece Em decorrência da gravidade de um acidente, pode acontecer a parada cárdio-respiratória, levando a vítima a apresentar, além da ausência de respiração e pulsação, inconsciência, pele fria e pálida, lábios e unhas azulados.

O que não fazer >> Não dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la. >> Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não esta batendo.

Procedimentos preliminares Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.

A ressucitação cárdio-pulmonar >> Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).

......... ............

>> Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.

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........ ...........

>> Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater. Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.

Fratura

Fratura É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento. Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que, apesar do choque, deixam a pele intacta, e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure socorro imediato.

Fratura fechada - sinais indicadores Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação. Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região. Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro machucado.

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O que não fazer Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido. Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.

O que fazer Solicite assistência médica, enquanto isso, mantenha a pessoa calma e aquecida. Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea. Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala. Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma.

Entorse É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta as articulações). Os cuidados são semelhantes aos da fratura fechada.

Luxação É o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na articulação. Os primeiros socorros são também semelhantes aos da fratura fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na região, nem tentar recolocar o osso no lugar.

Contusão É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).

Improvise uma tala Amarre delicadamente o membro machucado (braços ou pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista dobrada, vassoura ou outro objeto qualquer. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar a circulação sanguínea.

Improvise uma tipóia Utilize um pedaço grande de tecido com as pontas presas ao redor do pescoço. Isto serve para sustentar um braço em casos de fratura de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado.

Imobilização

Fratura: É toda solução de continuidade súbita e violenta de um osso. A fratura pode ser fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) quando a pele sofre solução de continuidade no local da lesão óssea. As fraturas são mais comuns ao nível dos membros, podendo ser únicas ou múltiplas. Na primeira infância, é freqüente a fratura da clavícula. Como causas de fraturas citam-se, principalmente, as quedas e os atropelamentos. Localizações principais: (a) fratura dos membros, as mais comuns, tornando-se mais graves e de delicado tratamento quanto mais próximas do tronco; (b) fratura da bacia, em geral grave, acompanhando-se de choque e podendo acarretar lesões da bexiga e do reto, com hemorragia interna; (c) fratura do crânio, das mais graves, por afetar o encéfalo, protegido por aquele; as lesões cerebrais seriam responsáveis pelo choque, paralisia dos membros, coma e morte do paciente. A fratura do crânio é uma ocorrência mais comum nas grandes cidades, devido aos acidentes automobilísticos, e apresenta maior índice de mortalidade em relação às demais. O primeiro socorro precisa vir através de aparelho respiratório, pois os pacientes podem sucumbir por asfixia. Deve-se lateralizar a cabeça, limpar-lhe a boca com o dedo protegido por um lenço e vigiar a respiração. Não se deve esquecer que o choque pode também

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ocorrer, merecendo os devidos cuidados; (d) fratura da coluna: ocorre, em geral, nas quedas, atropelamentos e nos mergulhos em local raso, sendo tanto mais grave o prognóstico quanto mais alta a fratura; suspeita-se desta fratura, quando o paciente, depois de acidentado, apresenta-se com os membros inferiores paralisados e dormentes; as fraturas do pescoço são quase sempre fatais. Faz-se necessário um cuidado especial no sentido de não praticar manobras que possam agravar a lesão da medula; coloca-se o paciente estendido no solo em posição horizontal, com o ventre para cima; o choque também pode ocorrer numa fratura dessas. Obs: Jamais alinhe uma fratura

Imobilização no cotovelo

Braço imobilizado com apoio de uma bandagem triangular

Imobilização do braço esticado com uma tala e quatro bandagens.

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Imobilização do braço dobrado com uma tala e quatro bandagens e uma bandagem de

apoio.

Imobilização com braço esticado e na posição encontrada, semi dobrado

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Seqüência de imobilização da mão e dedos

2º Seqüência de imobilização da mão com apoio de uma tipóia

Imobilização do Ombro com bandagem triangular

Imobilização da mandíbula Imobilização da mandíbula inferior

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Imobilização no nariz Bandagem no tórax

A imobilização na coluna cervical, é feita após ter aplicado técnicas de estabilização da coluna cervical e a colocação de um colar cervical conforme o tamanho da pessoa.

Técnica para girar caso não haja respiração ou esteja com dificuldade de respirar

Imobilização da bacia ou do fêmur Imobilização do pé ou tornozelo

Imobilização da tíbia Imobilização do tornozelo

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Insolação / Golpe de calor

O suor é o nosso ar condicionado natural. À medida que ele se evapora da nossa pele ocorre o esfriamento

do corpo. Porém, esse sistema pode falhar se ocorrer uma exposição prolongada ao calor, num local

fechado e sobreaquecido (por ex:, dentro de uma viatura fechada, ao sol) ou se ocorrer uma exposição

prolongada ao sol.

A insolação é caracterizada por: cefaleias (dores de cabeça), tonturas, vómitos, excitação, pele fria e

pegajosa, boca seca, fadiga e fraqueza, pulso rápido e inconsciência.

O que deve fazer:

É importante baixar a temperatura do corpo, para tal:

Coloque a pessoa num local fresco e à sombra;

Desaperte-lhe a roupa, ou remova as roupas e envolva a pessoa num lençol fresco e húmido;

Coloque compressas frias na cabeça e axilas;

Eleve a cabeça da vítima;

Dê a beber água fresca, se a vítima estiver consciente;

Se estiver inconsciente, coloque-a em PLS (Posição Lateral da Segurança).

Nota: Esta é uma situação grave, principalmente nas crianças, que pode provocar hemorragia cerebral e

como tal, necessita de transporte urgente para o Hospital

PARTO DE EMERGÊNCIA

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A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente, apenas sendo assistidos pelo médico ou

obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá antes de a parturiente chegar ao hospital, ou mesmo

a caminho dele. Nestes casos, deve-se estar treinado para assistir (acompanhar) ao parto.

No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que são indicativos do

início do trabalho de parto.

Identificação do parto iminente:

· Construções regulares a cada 2 minutos;

· Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento;

· Saída de água pela vagina (ruptura da bolsa das águas);

· Gestante multípara, com vários partos normais;

· Nestas condições, o parto está se iniciando.

Procedimentos gerais:

· Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que possam obstruir o

canal de nascimento;

· Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido, retardado ou

acelerado;

· Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar, o tempo todo, a

parturiente;

· Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e manter ao máximo a

privacidade da gestante;

· Não permitir que a gestante vá ao banheiro se são constatados os sinais do parto iminente.

Procedimentos específicos:

· Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas afastadas uma da

outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de expulsão cada vez que sentir uma contração

uterina;

· Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos;

· À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em cada contração.

Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto; nunca se deve tentar puxar a cabeça da

criança para apressar o parto;

· À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos, sem imprimir nenhum

movimento, que não o de sustentação;

· Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e, então,

sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com cuidado. Nunca puxar a criança, nem o

cordão umbilical; deixar que a mãe expulse naturalmente o bebê;

· Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com gaze ou pano limpo e

assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou respirar, segurá-la de cabeça para

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baixo, pelas pernas, com cuidado para que não escorregue, e dar alguns tapinhas nas costas para estimular

a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a respiração sairá;

· Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente, insuflando apenas o

volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre em um movimento respiratório normal;

· Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o hospital demorar menos

de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for superior a 30 minutos, deitar a criança de costas e,

com um fio previamente fervido, fazer nós no cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente quatro

dedos da criança (10 cm) e o segundo nó distante a 5 cm do primeiro. Cortar entre os dois nós com uma

tesoura, lâmina ou outro objeto esterilizado;

· O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o nascimento;

· Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da parturiente para

provocar a contração do útero e diminuir a hemorragia que é normal após o parto;

· Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial médica. Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela saiu completamente.

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Picada de cobra

As cobras são animais de sangue frio, ou seja, não conseguem manter a temperatura de seu corpo, quando seu corpo está "frio" seu metabolismo diminui de tal forma que ela é capaz de ficar dias sem comer. Para a digestão as cobras também precisam manter uma temperatura "agradável", pois para o processo digestivo ocorrer é preciso um bom funcionamento metabólico do animal, por isso que depois de uma boa alimentação as cobras costumam ficar horas paradas ao sol. Esse fato também explica a distribuição de cobras no planeta, pode-se notar que em lugares frios não existem cobras e nem outros tipos de répteis. Fora os lugares frios, as cobras se adaptaram bem aos outros habitat, pode-se encontrar cobras desde os secos desertos até as úmidas florestas tropicais. Muitos foram os fatores que proporcionaram tal sucesso: - As cobras comem a maioria dos bichos, desde insetos até mamíferos, principalmente roedores e até ovos. - Botam ovos (até então os animais dependiam da água para sua reprodução. ver anfíbios), esses ovos tornaram os animais independentes da água em sua reprodução. Com vitelo o suficiente para nutrir o embrião e uma casca que impede a perda de água, os ovos contribuíram muito para as cobras e outros répteis dominarem o ambiente terrestre. - Uma língua bífida, capaz de detectar o cheiro de sua presa no ar. - Uma incrível capacidade de deslocar as mandíbulas, podendo assim comer animais grandes. - Dentes virados para trás com a função de prender as vitimas - Algumas desenvolveram um veneno que pode paralisar ou até matar a presa em instantes.

Identificação

Dessas cobras, as venenosas, existem pequenos detalhes a serem lembrados: - Apresentam uma pequena cavidade, muitas vezes confundida com uma narina, chamada fosseta loreal (foto) - A forma de sua cabeça é triangular e apresenta pequenas escamas. - Possuem grandes dentes frontais. - Na maioria das vezes chamam a atenção, seja pela cor ou por seus ruídos (somente as cascavéis apresentam um chocalho, que o som serve como um tipo de alerta para outros animais) Mas lembre-se: alguns detalhes são muito difíceis de serem notados e existem muitas exceções, portanto tome cuidado com todas as cobras... Caso você encontre uma e capture-a, envie-a para o Instituto Butantã!

O que acontece Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

Sinais indicadores Inchaço e dores, com sensação de formigamento no local da mordida. Manchas rosas na pele. Pulso acelerado. Fraqueza e visão turva. Náuseas, vômitos e dificuldades para respirar.

O que não fazer Não dê álcool a vítima, sedativos ou aspirinas. Nunca faça cortes ou incisões. O uso do torniquete é contra-indicado.

O que fazer

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Solicite socorro médico imediato. Mantenha o local da mordida abaixo do nível do coração. Em seguida, limpe-o com água e sabão. Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.

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Sangramentos

As hemorragias O controle da hemorragia deve ser feito imediatamente, pois uma hemorragia abundante e não controlada pode causar morte em 3 a 5 minutos. A hemorragia externa é a perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria). Quando uma artéria é atingida, o perigo é maior. Nesse caso, o sangue é vermelho vivo e sai em jatos rápidos e fortes. Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro, e sai de forma lenta e contínua. A hemorragia interna é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.

Sangramentos externos - o que fazer Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração. Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos. Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos. Observação: Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada.

O que não deve fazer Não deve tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos; Não deve aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto.

Sangramentos internos - como verificar o que fazer Acidentes graves, sobretudo com a presença de fraturas podem causar sangramentos internos. A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para os sinais externos: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência. Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores. Peça auxílio médico imediato.

Sangramentos nasais - o que fazer Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas. Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local. Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz. Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.

Torniquetes - o que fazer O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como: Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples. Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido. Marque o horário em que foi aplicado o torniquete. Procure socorro médico imediato. Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.

Ferimentos

Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados. Abertos são aqueles que apresentam descontinuidade da pele, enquanto que, nos fechados, a pele encontra-se íntegra.

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Ferimentos fechados Ocorrem em conseqüência de contusões, compressões e abrasões. Esses mecanismos lesam os tecidos da pele e podem provocar rompimento dos vasos sangüíneos. O trauma provoca o acúmulo de líquido nos tecidos e o rompimento dos vasos gera sangramento. Esses ferimentos são chamados de contusões. Dependendo da intensidade da energia e da força aplicadas, outras estruturas mais profundas, como músculos, ossos e órgãos, podem ser lesados junto com a pele. Os sinais clínicos mais freqüentes do acometimento superficial são edema, equimose e hematoma. Essas lesões superficiais geralmente não colocam a vida em risco, porém podem ser um sinal importante da presença de lesões internas graves concomitantes. Ferimentos abertos Os ferimentos abertos podem ser divididos em: 1) escoriações - são lesões da camada superficial da pele ou das mucosas, que podem ou não apresentar sangramento discreto e são acompanhadas de dor local intensa; 2) cortocontusos - são lesões superficiais, de bordas regulares, e que geralmente são produzidas por objetos cortantes, como facas, fragmentos de vidros ou de metais. O sangramento dessas lesões pode ser extremamente variável, dependendo da existência de ruptura de pequenos vasos. Os ferimentos cortocontusos também podem produzir lesões de vasos, tendões, nervos e músculos; 3) lacerações - são lesões teciduais de bordos irregulares, em geral decorrentes de traumatismos intensos produzidos por objetos rombo; 4) ferimentos perfurantes - são lesões produzidas por objetos pontiagudos, tais como pregos, agulhas e estiletes, com orifício de entrada geralmente pequeno. De acordo com a profundidade de penetração, podem ser lesadas estruturas e órgãos internos. Na região do tórax, as intercorrências mais freqüentes e graves são o pneumotórax, o hemotórax e o tamponamento cardíaco, que podem colocar em risco a vida do doente. No abdome, os ferimentos perfurantes podem provocar hemorragia e/ou peritonite, podendo gerar risco de vida; 5) avulsões - são lesões abertas, onde existe descolamento de pele em relação aos planos profundos, com perda do revestimento cutâneo. Essas lesões também podem ser acompanhadas de sangramento; 6) esmagamentos - ocorrem em traumatismos resultantes da aplicação de energia e força intensas. As lesões podem ser abertas ou fechadas, podendo causar extensa destruição tecidual. Os mecanismos que provocam essas lesões são as colisões automobilísticas, os desabamentos e os acidentes de trabalho.

Localização de pontos arterial

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Técnicas de estancamento em ferimentos

Estancamento por elevação do membro

Tipos de Hemorragias

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Pressão direta sobre artéria

Compressão arterial Torniquete LEIA COM ATENÇÃO SOBRE TORNIQUETE

Ferimento no braço Imobilização do Ombro com bandagem triangula

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Ferimento na cabeça Ferimento nos olhos

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Transporte da vítima

Antes de providenciar a remoção da vítima Controle hemorragias e respiração. Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas. Evite e/ou controle o estado de choque. Providencie uma maca.

Durante a remoção ou transporte Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado e em particular a cabeça. Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça. Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes. No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local. Poderá usar-se uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la terá de se manter a cabeça da vítima em cima e esticar-lhe as articulações das ancas e dos joelhos para lhe manter as costas e os braços direitos.

Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.

Nota: não sendo estritamente necessário não deverá transportar a vítima.

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Bibliografia

Wikipedia

Bombeiros Emergencia

Apostila El Shaday

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